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Alerta

As recomendações aqui apresentadas são embasadas em pesquisas


científicas de instituições renomadas. Porém, não apoiamos a
automedicação e a interrupção do tratamento sem o conhecimento
do seu médico. Sempre converse com o profissional de saúde de sua
confiança sobre qualquer questão relativa à sua saúde e bem-estar.
Controle sua pressão

© 2019

Copyright by

Editor | Daniel Forjaz


Supervisão editorial | Mariane Zendron
Capa | Fernando Cruz
Projeto gráfico | Fernando Cruz e Thiago Carvalho
Ilustrações | Thiago Carvalho, Bárbara Anacleto
Revisão de Texto | Fernanda Aranda, Fernanda
Mariana Ferreira, Mirela Leme e
Nivia de Souza
Agradecimentos | Ana Paula Santos, Giulia Forjaz de
Moraes, Bruno dos Santos Forjaz,
Artur dos Santos Forjaz, Gabriel
Ellian Benoski, Ártemis Forjaz
Benoski e Camila Arakaki

CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

Controle sua pressão


Daniel Forjaz. – São Paulo : Jolivi Publicações,
2019.
Publicações. – São Paulo, 2019.
192 p.

ISBN: 978-65-80308-02-6
1. Doença – Pressão arterial I. Título.

CDD-616.1

Índice para catálogo sistemático:


1. Doença – Pressão arterial 616.1

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autor, por escrito, sobre pena de constituir violação do copyright (Lei 5.988)

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SUMÁRIO

MEU AGRADECIMENTO E MEU CONVITE..............................................................13

CAPÍTULO 1
DESVENDANDO SUA PRESSÃO.................. 14

O ENCARREGADO PELA LIMPEZA


DO NOSSO ORGANISMO.......................................................................................15

COMO FUNCIONA SEU CORAÇÃO ........................................................................16

O PAPEL DE VEIAS E ARTÉRIAS ............................................................................19

POR QUE SUA PRESSÃO SOBE? ..........................................................................20

A SAÚDE DO SISTEMA CIRCULATÓRIO.................................................................22

OS PERIGOS OCULTOS DOS TRATAMENTOS CONVENCIONAIS...........................27

CAPÍTULO 2
O PERIGO DOS ANTI-HIPERTENSIVOS...... 31

DIURÉTICOS .........................................................................................................32

EFEITOS COLATERAIS DOS PRINCIPAIS DIURÉTICOS..........................................33

INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA................................37

EFEITOS COLATERAIS DOS INIBIDORES DE ECA.................................................38


BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA...................................41

EFEITOS COLATERAIS DOS BLOQUEADORES DE RECEPTORES DE


ANGIOTENSINA ....................................................................................................42

BETABLOQUEADORES..........................................................................................44

EFEITOS BETABLOQUEADORES...........................................................................45

BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO.............................................................47

EFEITOS COLATERAIS DOS BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO................47

CAPÍTULO 3
10 PLANTAS PARA DERRUBAR
SUA PRESSÃO................................................. 61

GUIA DAS PLANTAS MEDICINAIS QUE DERRUBAM SUA PRESSÃO......................62

1. AGRIÃO (NASTURTIUM OFFICINALE).................................................................63

2. EMBAÚBA (CECROPIA SP.).................................................................................64

3.ASSA-PEIXE (VERNONIA POLYANTHES)..............................................................65

4. PICÃO-PRETO (BIDENS ALBA / BIDENS PILOSA) ..............................................66

5. CHAPÉU-DE-COURO (ECHINODORUS GRANDIFLORUS)...................................67

6. ERVA-BOTÃO (ECLIPTA PROSTRATA).................................................................68

7. SETE-SANGRIAS (CUPHEA CARTHAGENENSIS).................................................69


8. AROEIRA-SALSA (SCHINUS MOLLE)..................................................................70

9. ERVA-DE-TOURO (TRIDAX PROCUMBENS)........................................................71

10. TRANÇAGEM (PLANTAGO MAJOR)...................................................................72

OS CINCO PASSOS DO CHÁ PERFEITO.................................................................73

CAPÍTULO 4
TRÊS SOLUÇÕES PARA A SUA
PRESSÃO ALTA............................................... 75

AVISOS IMPORTANTES.........................................................................................76

ÁGUA DE ALHO .....................................................................................................80

SUCO PARA HIPERTENSÃO...................................................................................82

CHÁ PARA HIPERTENSÃO.....................................................................................85

CAPÍTULO 5
FARMÁCIA NA QUITANDA........................... 87

ABACATE...............................................................................................................89

ABACAXI................................................................................................................91

AÇAFRÃO DA TERRA..............................................................................................93

ACEROLA...............................................................................................................94
AGRIÃO..................................................................................................................96

ALECRIM................................................................................................................98

ALHO.....................................................................................................................99

BANANA..............................................................................................................100

BERINJELA..........................................................................................................102

BETERRABA........................................................................................................103

CAFÉ....................................................................................................................104

CAJU...................................................................................................................106

CARAMBOLA........................................................................................................108

CEBOLA...............................................................................................................110

COENTRO............................................................................................................111

COCO...................................................................................................................113

COUVE.................................................................................................................115

GENGIBRE...........................................................................................................117

GOIABA................................................................................................................118

GRAVIOLA............................................................................................................119

HORTELÃ.............................................................................................................120
INHAME...............................................................................................................121

LARANJA.............................................................................................................123

LIMÃO..................................................................................................................125

LOURO................................................................................................................127

MAMÃO................................................................................................................128

MANGA................................................................................................................130

MARACUJÁ..........................................................................................................132

MELÃO.................................................................................................................134

NOZ-MOSCADA...................................................................................................136

QUIABO...............................................................................................................138

ROMÃ..................................................................................................................140

SALSA..................................................................................................................141

CAPÍTULO 6
15 DIAS PARA REJUVENESCER
SEU CORAÇÃO............................................. 144

DIA 01: BEBA 2L DO SEU MELHOR REMÉDIO.....................................................146

DIA 02: DORMIR TAMBÉM É REMÉDIO................................................................149


DIA 03: APOSTE EM PLANTAS CONTRA O ESTRESSE........................................153

DIA 04: O MELHOR SAL PARA SUA SAÚDE.........................................................155

DIA 05 – COMO PARAR DE COMER AÇÚCAR.......................................................159

DIA 6: PRESSÃO BAIXA, COMO TRATAR COM ERVAS?.......................................161

DIA 7: EMAGREÇA COM AJUDA DESSAS 7 PLANTAS..........................................163

DIA 8: USE A GRAVIOLA E MUITO MAIS PARA BATER O “IRMÃO” DA


HIPERTENSÃO....................................................................................................166

DIA 9: PARA USAR EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA...........................................171

DIA 10: CONHEÇA OS DIURÉTICOS NATURAIS...................................................172

DIA 11: TRANSFORME A QUITANDA EM UMA FARMÁCIA...................................176

DIA 12: A RELAÇÃO ENTRE UM REMÉDIO PARA PRESSÃO E O CÂNCER...........179

DIA 13: ADOTE ESSAS ESTRATÉGIAS CONTRA OS PICOS DE PRESSÃO............183

DIA 14: BETERRABA PARA DIABÉTICOS TAMBÉM?.............................................186

DIA 15: AS DICAS DE OURO PARA O DESMAME DE MEDICAMENTOS...............188


Meu agradecimento e
meu convite
Sérgio, Márcia, Sandra e Olavo…

Tem a Célia, o José Gentil, a Ana Clara...

Diariamente, recebo mensagens de


pessoas que relatam melhoras incríveis com o apoio das plantas
medicinais.

Gente que deixa para trás um histórico de doenças crônicas e


sintomas limitantes para uma nova vida.

Estes relatos são a minha inspiração e locomotiva. Como pesqui-


sador, eu sei do valor de uma experiência científica...

… mas é a vida real, a experiência empírica que realmente atesta


a eficiência de uma recomendação de saúde.

Veja, não há nada mais importante e valioso para mim do que


minha família. Minha inspiração, base e porto seguro. De onde eu
vim e para onde eu sempre volto.

Eu cuido de mim e dos meus maiores tesouros com as plantas


medicinais. O que quero dizer com isso é que só te ofereço este
caminho porque confio que é o melhor que eu posso oferecer.

É o que considero a minha missão.

Por isso, você que agora dá inicio às páginas deste livro - escrito
com tanto empenho - tem a chance de um novo caminho. Eu espero,
honestamente, que em breve você mande um relato sobre a sua
melhora.

Com toda a sinceridade do mundo, será como saber que alguém


da minha família venceu uma doença. E não há nada que me deixe
mais feliz.
13
Capítulo 1

Desvendando
sua pressão
O encarregado pela limpeza
do nosso organismo
O sistema circulatório é um dos mais importantes sistemas na
manutenção do nosso organismo.

É composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos. Sua função


é bombear o sangue por todo o corpo, garantindo, assim, a distri-
buição necessária de oxigênio e nutrientes a todas as células do
organismo.

Além desta função, o sistema circulatório ainda é responsável


pela limpeza do organismo, recolhendo os resíduos metabólicos
gerados por células, mortas ou velhas, e outros contaminantes, le-
vando-os para o baço – onde células sanguíneas velhas serão retidas
e eliminadas; para o fígado - onde açúcares serão armazenados, gor-
duras serão processadas e toxinas serão filtradas; para o pulmão,
onde o gás carbônico será eliminado e o oxigênio será captado; e
para os rins – onde resíduos metabólicos como ureia, amônia, crea-
tinina, sais, bactérias mortas e outros resíduos serão eliminados na
forma de urina.

Outra função importantíssima deste sistema é na regeneração


de tecidos.

Quando uma lesão é identificada em qualquer parte do or-


ganismo, as plaquetas, fibrinas, trombinas e outras substâncias
e estruturas presentes na corrente sanguínea começam a agir es-
tancando o sangramento e regenerando o tecido, seja interna ou
externamente.

Nosso sistema de regeneração é extremamente complexo, mas


funciona com exatidão e precisão incríveis, possibilitando que o
organismo esteja sempre na sua melhor constituição.

Por fim, vale lembrar que o sistema imunológico também atua


por meio do sistema circulatório.

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As células brancas de defesa do organismo (leucócitos) são car-
regadas e distribuídas pela corrente sanguínea, permitindo que
nosso organismo livre-se de micro-organismos patógenos com
muita rapidez e eficiência.

Assim, bactérias, fungos e vírus são rapidamente identificados,


atacados e eliminados pela ação do Sistema Imunológico, conduzido
pelo sistema circulatório.

Desta forma, percebemos que o sistema circulatório é uma


chave importantíssima para o bom funcionamento do nosso corpo,
integrando com, praticamente, todos os demais sistemas, seja o
respiratório, excretor, digestivo, imunológico e etc.

Como funciona seu coração


O coração é o principal órgão do sistema circulatório. É uma
estrutura muscular extremamente forte, que funciona como uma
bomba de impulsionamento de sangue pelo corpo.

O tamanho aproximado do seu coração equivale à sua mão


fechada, bombeando o sangue para todo o corpo, sem parar.
Localiza-se no interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões.

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Funciona ao ritmo médio de 72 batidas por minuto, ou seja, 104
mil batimentos por dia, 38 milhões por ano e algo em torno de 2,5
bilhões de pulsações ao longo da vida.

Ele bombeia 85 gramas de sangue a cada batida, o que equivale


a mais de 9 mil litros de sangue passando por ele a cada dia. Em um
minuto, o coração lança 5 litros de sangue no corpo; em uma hora,
são 400 litros.

O órgão faz dois movimentos: sístole e diástole. A sístole, que


é uma espécie de contração, é responsável pela distribuição do
sangue. Na diástole, o coração descansa.

Assim, ele contrai na sístole e relaxa na diástole.

O coração gera seu próprio impulso elétrico, independentemente


da função cerebral. Isso faz com que ele consiga continuar batendo
fora do corpo humano, desde que haja um suporte de oxigênio. É
isso que viabiliza o transplante do órgão.

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Este órgão é uma estrutura muscular formada por 4 cavidades.
Neste processo de bombeamento de sangue, ele recebe, pelas veias
o sangue rico em gás carbônico (sangue venoso) que vem das extre-
midades do corpo.

Este gás carbônico é gerado pelas funções metabólicas das


células. Quando elas quebram a glicose para a produção de energia,
forma-se este gás que precisa ser eliminado.

Para transformar este sangue e oxigená-lo, o coração envia-o


para os pulmões. Lá ele será liberado do gás carbônico e agregado
ao oxigênio, preparando-se para retornar em sua jornada por todas
as células do corpo. Depois da oxigenação ele volta para o coração.

Nesta fase, o sangue passa a ser chamado de sangue arterial,


segue pelas artérias e por todas as periferias do organismo, até que
retome seu ciclo e, pelas veias, volte para o coração.

O próprio coração também precisa ser oxigenado e alimentado.


Por isso, quando o sangue já está preparado para retornar ao corpo
ele sai do coração pela artéria aorta.

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Esta artéria se ramifica nas artérias coronárias, que envolvem o
coração como uma malha, oxigenando-o, alimentando-o e remo-
vendo seus resíduos.

As coronárias são pequenas e finas e se, por algum motivo,


temos um entupimento de uma delas, principalmente por conta da
arteriosclerose, sofremos um infarto, que é a morte de um conjunto
de fibras do coração por falta de oxigenação e nutrição.

Se o infarto for numa região muito restrita, haverá dor e des-


conforto, mas o funcionamento geral do coração estará garantido.
Todavia, se o bloqueio coronário ocorrer numa região maior, pode-se
ter um infarto fulminante, levando à morte.

O papel de veias e artérias


As artérias são responsáveis por conduzir o sangue para fora
do coração, portanto, quando o coração bombeia o sangue, ele
bombeia este sangue diretamente nas artérias com grande pressão,
para que essas possam conduzir o sangue na direção dos tecidos.

Para aguentar essa pressão, as artérias têm um reforço em seu


revestimento interno. Quando este revestimento é danificado temos
problemas como arteriosclerose.

As veias são responsáveis por conduzir o sangue de volta ao


coração e por removerem as toxinas dos tecidos.

Para evitar o retorno do sangue pelas veias, elas possuem pe-


quenas válvulas que se abrem para a passagem do sangue e se
fecham logo após. Quando essas válvulas se rompem, temos as
varizes.

As veias têm início após os vasos capilares, pois os capilares são


os vasos sanguíneos mais finos e representam a junção entre as
artérias e as veias.

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Capilares é o local de junção entre as artérias e as veias e é nos
capilares que ocorrem as trocas de substâncias entre as células e o
sangue.

Os tecidos são envolvidos por uma vasta rede capilar, onde os nu-
trientes serão absorvidos pelas células e as toxinas serão removidas.

Por que sua pressão sobe?


A pressão arterial é o que faz com que o sangue circule pelo
organismo, e se inicia a partir das batidas do coração. É a força do
bombeamento de sangue feito pelo coração nos vasos. O coração
bate e o sangue é jogado pelas artérias. As paredes dos vasos san-
guíneos contraem e relaxam para que o sangue circule por todas as
partes do corpo.

A pressão arterial pode ser alterada, dependendo do volume e


densidade do sangue, da frequência cardíaca e da elasticidade dos
vasos.

Os batimentos do coração resultam em um volume de sangue


que passa pela artéria aorta e quando ele passa pelas demais ar-
térias, ocorre uma contração, para que ele seja lançado para frente.

Esse processo é necessário para que o sangue chegue em partes


distantes do corpo, como os pés.

A pressão arterial pode alterar com base nas atividades reali-


zadas pela pessoa durante o dia. Ela aumenta quando realizamos
atividades físicas, e baixa quando o corpo está em repouso.

Não existe um valor exato; porém, a pressão de 120/80mmHg


representa um número ideal.

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O símbolo mmHg quer dizer: uma medida de pressão calibrada
em milímetros de mercúrio, que é uma unidade de medida de
pressão utilizada em medicina.

O número que representa um valor maior recebe o nome de sis-


tólico, e representa a pressão da artéria quando o coração se contrai
e bombeia o sangue.

Já, o segundo número, representado por um valor menor, recebe


o nome de diastólico e faz referência à pressão nessa mesma artéria
quando o coração fica relaxado depois de contrair.

Se estes valores tendem a ser muito mais altos, temos a chamada


hipertensão arterial (pressão alta). Valores mais baixos são retrato
da hipotensão arterial (pressão baixa).

21
A saúde do sistema circulatório
É cada vez mais frequente a incidência de problemas cardiovas-
culares. Tanto a Organização Mundial da Saúde, quanto o Ministério
da Saúde em nosso país, têm gerado alertas para a necessidade de
controle deste tipo de problema, assim como programas de redução
dos seus índices no Brasil e no mundo.

Na verdade, os problemas do coração e das artérias estão entre


os que mais crescem, gerando grande preocupação e um imenso
número de mortes. Mais pessoas morrem anualmente por essas
enfermidades do que por qualquer outra causa.

Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças


cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes
em nível global. Desses óbitos, estima-se que, 7,4 milhões ocorrem
devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões devido a acidentes
vasculares cerebrais (AVCs).

Mais de três quartos das mortes por doenças cardiovasculares


ocorrem em países de baixa e média renda.

Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de


70 anos) por doenças crônicas não transmissíveis, 82% acontecem
em países de baixa e média renda e 37% são causadas por doenças
cardiovasculares.

A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenidas por


meio da abordagem de fatores comportamentais de risco – como o
uso de tabaco, dietas não saudáveis, obesidade, falta de atividade
física e uso nocivo do álcool.

Para as pessoas com doenças cardiovasculares ou com alto


risco cardiovascular (devido à presença de um ou mais fatores de
risco como hipertensão, diabetes, hiperlipidemia ou doença já
estabelecida) é fundamental o diagnóstico e tratamento precoce,
por meio de serviços de aconselhamento ou manejo adequado de
medicamentos.

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Os vilões deste processo são silenciosos e maliciosos.

Nós nem percebemos quando eles atacam. Quando nos damos


conta, já estamos à beira de um infarto ou de um AVC (acidente vas-
cular cerebral).

Esses vilões, nada mais são do que nossos hábitos de vida. Somos
convidados cotidianamente a adoecer e facilmente, a maioria das
pessoas, aceita o convite.

Alimentação industrializada, rica em açúcar, sal refinado, gor-


duras saturadas, aditivos químicos. Fastfood, comida pronta,
frituras, gordura vegetal hidrogenada, glutamato monossódico,
glicose de milho, aspartame…

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Esses tipos de alimentos, entre outros fatores, aumentam
significativamente a produção de colesterol LDL, subindo o
risco aterogênico, que atesta suas chances de ter um problema
cardiovascular.

Outro vilão sórdido é o sedentarismo. A maioria das pessoas vive


uma vida de facilidades que nos adoecem.

Andam apenas de carro, usam controles remotos, jogam jogos


eletrônicos, assistem cada vez mais séries e filmes, tudo pode ser en-
tregue na sua porta sem que você precise sair de casa… um conforto
que custa muito caro para o coração.

Não andam, não se movimentam, não se exercitam. O tempo


gasto em atividades sedentárias, sentado, deitado, parado, é cada
vez maior.

Abandonam-se as caminhadas, a bicicleta, a praia, os parques, o


cuidados com o jardim, a visita aos amigos, os esportes, os espaços
ao ar livre. E neste ritmo, adoecem severamente.

Acrescentam-se, hábitos deletérios, como o cigarro e o consumo


de álcool, que estão entre os mais prejudiciais para a saúde, endure-
cendo e entupindo as artérias, intoxicando o organismo.

O mais alarmante é que estes hábitos estão estabelecidos como


padrões da sociedade, e criamos nossos filhos sob tal modelo.

Cada vez mais crianças e jovens adotam posturas que poderão


custar muito caro na fase adulta.

E, se somos responsáveis pelos pequenos, somos responsáveis


por sua formação e pela construção de seu caráter e consciência
sobre si mesmos, sobre a sociedade e o todo. Isso significa que o
que acontecerá no futuro, terá também nossa parcela de culpa e
responsabilidade.

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O caminho para alcançar a saúde desejada para o coração é o
da mudança de hábitos, do modo de viver, a maneira como cons-
truímos nossas famílias e formamos nossos filhos.

Mas, para tanto, é preciso querer e este querer, este desejo, deve
despertar o mais cedo possível, enquanto ainda há tempo de tomar
rumos mais saudáveis.

Combatendo uma inimiga


Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a
pressão arterial, frequentemente, igual ou maior que 14 por 9
(140/90mmHg).

A pressão se eleva por vários motivos, mas, principalmente,


porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem.

O coração e os vasos podem ser comparados a uma torneira


aberta, ligada a vários esguichos. Se fecharmos a ponta dos es-
guichos, a pressão lá dentro aumenta e o jato de água fica forte.

O mesmo ocorre quando o coração bombeia o sangue. Se os


vasos são estreitados, a pressão sobe.

A pressão alta ataca os vasos no coração, rins e cérebro.

Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito


fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando
com pressão elevada.

Esse dano causado leva o vaso a um processo de cicatrização,


que deixa suas paredes mais rígidas, mais grossas.

Com isso, os vasos ficam endurecidos e estreitos. Eles perdem


sua elasticidade natural, o que leva, progressivamente, a uma piora
geral do estado de saúde, podendo, com o passar dos anos, entupir
pela formação de placas gordurosas ou romper.

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Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, resulta
na angina, que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupi-
mento ou rompimento de um vaso leva ao “derrame cerebral” ou
AVC. Nos rins podem ocorrer alterações na filtração, até a parali-
sação dos órgãos.

A prevalência de hipertensão está acima de 30% na população


brasileira com mais de 50 anos. Entre 60 a 69 anos, é de 50%. Acima
de 70 anos, é de 75%. Entre os gêneros, a prevalência é maior nos
homens (38%), do que nas mulheres (32%).

A hipertensão é uma doença silenciosa. Muitas pessoas não


percebem que estão tendo tais alterações e só vão descobrir o pro-
blema quando realmente há uma variação muito grande da pressão.
E, neste ponto, já precisam de atendimento médico.

Mas, existem alguns sintomas que podem servir de indicadores


de elevação da sua pressão, vale muito a pena estar atento caso
alguns deles apareça:

• Dor de cabeça

• Falta de ar, cansaço excessivo, dificuldade para respirar em


repouso ou com pouco esforço;

• Visão borrada, turva ou dupla;

• Zumbido no ouvido, também chamado de tinido (tinnitus);

• Tontura, vertigem e até enjôo;

• Dores no peito

Caso perceba que algo não vai bem, procure rapidamente o


atendimento médico.

26
Os perigos ocultos dos tratamentos
convencionais
Na medicina convencional, depois de ter reduzido o consumo
de sal do paciente, aumentado seu consumo de água e sugerido
alguma atividade física, a solução mais comum para o controle da
hipertensão, infelizmente, passa pelos medicamentos químicos.

São várias classes de moléculas químicas que têm diferentes


ações dentro do sistema circulatório, numa tentativa de frear o
aumento da pressão sanguínea.

• Inibidores de ECA (enzina


conversora de angiotensina)

• Bloqueadores dos receptores


de angiotensina

• Beta-bloqueadores

• Bloqueadores de canal de
cálcio

• Diuréticos

Mas será que isso realmente é eficiente?

As pessoas começam com um diurético e, com o passar do


tempo, o tratamento vai sendo complementado com outro e mais
outro medicamento.

Não é raro que alguém faça uso de dois, três ou quatro medi-
camentos diferentes ao dia e, mesmo assim, tem dificuldade em
controlar a sua pressão.

Além deste fato, temos um ponto crucial quando decidimos usar


esses medicamentos: OS EFEITOS COLATERAIS.

27
A cada medicamento, são dezenas de reações adversas que
podem comprometer a saúde do paciente de muitas maneiras
diferentes, muitas vezes gerando problemas mais graves do que a
hipertensão arterial.

E ainda podemos pensar no efeito cumulativo disso, usando


estes medicamentos por anos e anos, ou vários medicamentos
como esses por anos e anos.

Por este motivo, quando uma pessoa me diz que tem algum pro-
blema de saúde e ele se relaciona com algum efeito colateral desses
medicamentos, eu logo pergunto: você toma medicamento para a
pressão?

Se a resposta for sim, muito provavelmente o problema está nos


efeitos colaterais do medicamento.

Para te esclarecer um pouco mais sobre o risco que você pode


estar correndo hoje, ao realizar este tipo de tratamento para a
pressão, vou te explicar o que cada um desses medicamentos faz
para controlar sua pressão, mas também vou te mostrar aberta-
mente os riscos de cada um deles.

Não quer dizer que todos os efeitos colaterais venham a se ma-


nifestar em uma pessoa que toma o medicamento, mas significa
claramente que quem utiliza uma substância como essa, está se
expondo a todo esse risco.

Algumas pessoas podem dizer: “Minha mãe usou e nada acon-


teceu”, “Eu usei e estou bem”. Mas eu gostaria que você imaginasse
um jogo de roleta-russa, onde existe uma arma com apenas uma bala
no tambor e cada participante terá que dar um tiro em si mesmo.

Pode ser que você escape e não dispare a bala desta vez. Mas
pode ser que aconteça.

E os resultados podem ser preocupantes, principalmente quando


pensamos no uso crônico, ou seja, por uso prolongado, porque é
isso que temos no caso da hipertensão. Depois que a pessoa começa

28
a usar um medicamento como esses, vai ter que usá-los por toda a
vida.

Você lê a bula?

O risco existe, é verdadeiro e a maioria dos profissionais de saúde


que adota esses tratamentos não informa tudo aos seus pacientes,
não é verdade? Seu médico te contou o que esses medicamentos
fariam enquanto tratam sua pressão? Provavelmente, não.

Na minha opinião, seria obrigação do seu médico sentar com


você e ler toda a bula para poder explicar cada problema ou possi-
bilidade que você poderá enfrentar. Mas isso não acontece.

E quando você se sentir mal, ele não buscará na bula do remédio


a causa do problema para mudar o tratamento. Ele te indicará um
novo remédio, com muitos outros efeitos colaterais, criando e ali-
mentando um ciclo pernicioso de dor e sofrimento, ao qual a maioria
das pessoas se submete.

29
E você, ao receber a receita de um medicamento, lê a bula?
Analisa os riscos? Pesa os prós e contras de usar uma medicação
como esta, ou simplesmente aceita a indicação médica e se submete
à avalanche de efeitos colaterais?

Muitas vezes, não percebemos que a dor de cabeça, aquele


zumbido no ouvido, aquele sangramento, o problema do fígado, o
diabetes ou a gastrite sejam reações causadas pelo medicamento,
seguimos nos intoxicando, na esperança de nos curarmos.

Para um adulto saudável e forte, possivelmente, o impacto não


seja tão notório. Mas, e para uma criança, um bebê? E para um idoso,
já com vários outros pontos que comprometem a saúde? E para uma
gestante ou para alguém que já tem algum problema mais grave
para resolver?

Possivelmente, este seja um momento de uma grande reflexão


para você que já usa alguma dessas substâncias, ou que tem algum
usuário em casa.

Eu não gostaria de expor meus filhos, meus pais, as pessoas que


amo e a mim mesmo a nada disso. E imagino que você também não.

Mas, a parte boa é que existem alternativas, existem soluções e


vamos descobri-las, juntos. Depois do que aprendermos aqui, não
precisaremos mais nos submeter a toda essa tirania farmacêutica...

Pelo menos, não no caso da hipertensão arterial.

30
Capítulo 2

O perigo dos
Anti-hipertensivos
Diuréticos
Os diuréticos são medicamentos que aumentam a eliminação do
sódio (sal) e água através da urina. Desta forma, atuam estimulando
a excreção de íons sódio (Na+), cloro (Cl-) ou bicarbonato (HCO3-),
que são os principais eletrólitos presentes no sangue.

São utilizados, principalmente, para tratar a hipertensão arterial


e quadros de edema (acúmulo de água resultando em inchaços),
bem como outros distúrbios, como a insuficiência cardíaca con-
gestiva (ICC), insuficiência renal crônica e glaucoma.

Agora, para você entender melhor como eles agem, vou explicar
um pouco sobre os rins.

O néfron é a unidade funcional básica dos rins, que é constituído


por um glomérulo, túbulos contorcidos proximal e distal, alça de
Henle e ducto coletor.

A urina tem sua formação no glomérulo, onde é ultrafiltrada


para que fique livre de substâncias celulares não filtráveis, como
as hemácias (células sanguíneas vermelhas), leucócitos (células
brancas do sangue) e proteínas, formando um fluido praticamente
sem proteínas.

Este fluído então passa pelo néfron (unidade funcional do rim),


onde 98 a 99% da água juntamente com uma porção de eletrólitos
(Na+, K+, Cl-, HCO3-), além da glicose e ureia sofrem reabsorção e

32
voltam para o sangue. O que resta, a urina, é então eliminada, cor-
respondendo a aproximadamente 1,5L /dia.

Apesar de apresentarem diferenças do local onde agem no néfron


e duração desta ação, os diuréticos têm em comum a propriedade
de estimular a eliminação de sódio (sal) pela urina.

Como o sódio não é eliminado sozinho, ele carrega a água do


sangue, aumentando o volume urinário e reduzindo a quantidade
de líquido nos vasos sanguíneos, o que reduz a pressão sanguínea.

EFEITOS COLATERAIS DOS PRINCIPAIS


DIURÉTICOS

a) Furosemida
Distúrbios metabólico e nutricional

Distúrbios eletrolíticos, (perda excessiva de sódio, cálcio, potássio


e cloro) causando efeitos no organismo; desidratação e hipovolemia
(pouco sangue no organismo), especialmente em pacientes idosos;
aumento nos níveis de creatinina (mau funcionamento dos rins) e
triglicérides no sangue.

Aumento nos níveis de colesterol e ácido úrico no sangue, crises


de gota e aumento no volume urinário.

Tolerância à glicose diminuída; o diabetes mellitus latente pode


se manifestar.

Hipomagnesemia, aumento nos níveis de ureia no sangue e al-


calose metabólica (desequilíbrio ácido-básico no sangue), Síndrome
de Bartter (grupo raro de doenças que afeta os rins).

33
Distúrbios vasculares:

‒‒ Vasculite (inflamação da parede do vaso sanguíneo),


Trombose;

‒‒ Hipotensão incluindo hipotensão ortostática (queda de


pressão ao se levantar), no uso injetável.

Distúrbios nos rins e urinário:

‒‒ Aumento no volume urinário;

‒‒ Nefrite tubulointersticial (inflamação dos rins);

‒‒ Aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina, retenção


urinária (em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário);
nefrocalcinose (excesso de cálcio nos rins) / nefrolitíase (pedra nos
rins) em crianças prematuras e falência renal.

Distúrbios gastrintestinais:

‒‒ Náuseas, vômitos, diarreia;

‒‒ Pancreatite aguda.

Distúrbios do fígado e vesícula:

‒‒ Colestase (obstrução da vesícula), aumento das


transaminases.

Distúrbios auditivos e do labirinto:

‒‒ Alterações na audição em pacientes com insuficiência renal


ou hipoproteinemia (redução das proteínas do sangue);

‒‒ Casos de surdez, algumas vezes irreversível, após adminis-


tração oral ou intravenosa do medicamento;

‒‒ Tinido (zumbido no ouvido).

34
Distúrbios no tecido subcutâneo e pele:

‒‒ Prurido, urticária, dermatite bolhosas, eritema multiforme,


penfigóide, dermatite esfoliativa, púrpura (erupções cutâneas di-
versas), reações de fotossensibilidade;

‒‒ Síndrome de Stevens-Johnson (grave doença de pele), ne-


crólise epidérmica tóxica (morte das células de pele), PEGA (Pustulose
Exantemática Generalizada Aguda) e DRESS (rash ao fármaco com
eosinofilia e sintomas sistêmicos), manifestação de liquens.

Distúrbios do sistema imune:

‒‒ Reações anafiláticas severas (por exemplo, com choque);

‒‒ Manifestação de lúpus eritematoso sistêmico.

Distúrbios do sistema nervoso:

‒‒ Parestesia (incomodo na pele, como dor, formigamento ou


falta de sensibilidade);

‒‒ Encefalopatia hepática em pacientes com insuficiência do


fígado;

‒‒ Vertigem, desmaio ou perda de consciência, cefaleia.

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo:

‒‒ Hemoconcentração (falta de soro no sangue);

‒‒ Trombocitopenia (falta de plaquetas no sangue);

‒‒ Leucopenia (falta de células brancas no sangue);

‒‒ Agranulocitose, anemia aplástica ou anemia hemolítica.

35
Distúrbios congênito e genético / familiar:

‒‒ Persistência do ducto arterioso (permanência, após o nasci-


mento, da conexão fetal entre a aorta e a artéria pulmonar), quando
administrada a crianças prematuras.

b) Hidroclorotiazida
Gastrointestinais:

‒‒ Anorexia, desconforto gástrico, náuseas, vômitos;

‒‒ Constipação (prisão de ventre), icterícia colestática,


pancreatite.

Sistema nervoso central:

‒‒ Vertigens;

‒‒ Parestesia (sensação desagradável na pele como dor, formi-


gamento, ardência);

‒‒ Cefaleia.

Hematológicas:

‒‒ Leucopenia (falta de células brancas no sangue);

‒‒ Agranulocitose (se manifesta por ulcerações nos intestinos


ou em outras mucosas, na garganta e na pele);

‒‒ Trombocitopenia (falta de plaquetas no sangue);

‒‒ Anemia aplástica, anemia hemolítica.

Cardiovasculares:

‒‒ Hipotensão ortostática (queda de pressão ao levantar-se).

36
Hipersensibilidade:

‒‒ Púrpura, eritema, fotossensibilidade, urticária, erupção


cutânea, reações anafiláticas.

Outras:

‒‒ Hiperglicemia (aumento da glicemia), glicosúria (glicose na


urina);

‒‒ Fraqueza, espasmo muscular. Dor nas extremidades, boca


seca;

‒‒ Polaciúria (aumento das micções), Hiperuricemia (excesso


de urina), aumento de urgência urinária, disúria (dor ao urinar);

‒‒ Risco aumentado de câncer de pele.

Distúrbios oculares:

‒‒ Glaucoma agudo de ângulo fechado e/ou miopia aguda.

Inibidores da enzima conversora de


angiotensina
A angiotensina II é uma substância presente em nosso organismo
que tem a função de causar constrição dos nossos vasos sanguíneos,
causando elevação da pressão arterial.

Este é um processo que acontece em várias etapas. Podemos


considerar que tudo começa no fígado, onde é produzida uma
substância chamada angiotensinogênio. Ela é quem dá origem à
angiotensina.

Nos rins é produzida uma segunda substância, a renina. Esta


substância transforma o angiotensinogênio em angiotensina I. Mas
a angiotensina I ainda não tem a função de elevar a pressão arterial

37
causando a contração dos vasos sanguíneos. Precisamos transfor-
má-la de angiotensina II.

Para formar angiotensina II, a angiotensina I precisa sofrer ação


de uma outra substância, a enzima conversora de angiotensina
(ECA).

Este processo acontece nos pulmões e, dali, a angiotensina II é


distribuída por todo o corpo, controlando a pressão arterial.

Sua ação faz com que maior concentração de cálcio entre nas
células musculares que envolvem os vasos sanguíneos, fazendo-os
se contraírem e, consequentemente, aumentar a pressão arterial.

Isso acontece o tempo todo, com todas as pessoas, e é por isso


que nossa pressão arterial sempre está regulada. Do contrário, te-
ríamos quedas graves de pressão.

O problema acontece quando uma pessoa, por diversos motivos,


tem descontrole da sua pressão arterial, desenvolvendo hipertensão.
Nestes casos, controlar a produção de angiotensina II pela inibição
da enzima conversora de angiotensina é uma estratégia terapêutica
para controle da pressão sanguínea.

Efeitos colaterais dos inibidores de ECA

Captopril
Efeitos colaterais dermatológicos:

‒‒ Erupções cutâneas, prurido;

‒‒ Febre, dores nas articulações;

‒‒ Eosinofilia (reação inflamatória).

38
Cardiovasculares:

‒‒ Poderá ocorrer hipotensão;

‒‒ Taquicardia, dores no peito e palpitações.

Gastrointestinais:

‒‒ Alteração do paladar.

Respiratórias:

‒‒ Tosse.

Dermatológicas:

‒‒ Lesão associada e reversível do tipo penfigóide (formação


de bolhas na pele e nas mucosas como boca, garganta, olhos, nariz
e região genital);

‒‒ Reações de fotossensibilidade.

Cardiovasculares:

‒‒ Angina pectoris, infarto do miocárdio, síndrome de Raynaud


(distúrbio dos vasos sanguíneos com descoloração dos dedos) e
insuficiência cardíaca congestiva.

Hematológicas:

‒‒ Anemia, trombocitopenia (falta de plaquetas no sangue),


pancitopenia (redução dos níveis de hemácias, leucócitos e pla-
quetas no sangue) e agranulocitose (se manifesta por ulcerações nos
intestinos ou em outras mucosas, na garganta e na pele).

Imunológicas:

‒‒ Angioedema, podendo provocar obstrução fatal das vias


aéreas.

39
Renais:

‒‒ Insuficiência renal, dano renal, síndrome nefrótica, poliúria


(excesso de urina), oligúria (falta de urina);

‒‒ Proteinúria (eliminação de proteínas na urina).

Gerais:

‒‒ Astenia (perda da força muscular), ginecomastia (desenvol-


vimento das glândulas mamárias em homens).

Cardiovasculares:

‒‒ Parada cardíaca, acidente/insuficiência cerebrovascular,


distúrbios de ritmo (taquicardia ou bradicardia), hipotensão ortos-
tática (queda de pressão ao levantar-se), síncope.

Dermatológicos:

‒‒ Pênfigo bolhoso, eritema multiforme (incluindo síndrome de


Stevens-Johnson), dermatite esfoliativa.

Respiratórios:

‒‒ Broncoespasmo, pneumonite eosinofílica, rinite.

Gastrointestinais:

‒‒ Pancreatite, glossite (inflamação da língua), dispepsia (difi-


culdade na digestão).

Hematológicos:

‒‒ Anemia, incluindo as formas aplástica e hemolítica.

Fígado e vesícula:

‒‒ Icterícia, hepatite, necrose hepática e colestase (parada da


vesícula).

Metabólicos:

40
‒‒ Hiponatremia sintomática (perda grave de sódio).

Musculoesquelético:

‒‒ Mialgia (dor muscular), miastenia (perda de movimento


muscular).

Nervoso/Psiquiátricos:

‒‒ Ataxia (perda de movimento), confusão, depressão, nervo-


sismo, sonolência.

Órgãos dos Sentidos:

‒‒ Visão turva.

Urogenitais:

‒‒ Impotência.

Bloqueadores dos receptores de


angiotensina
Os inibidores dos receptores de angiotensina atuam no controle
da pressão arterial impedindo que a angiotensina cause a con-
tração das fibras da musculatura lisa que atua no entorno dos vasos
sanguíneos.

Ao ser produzida, a angiotensina segue pela corrente sanguínea,


até chegar às células musculares que circulam os vasos sanguíneos
para causar sua constrição.

Quando esses medicamentos estão agindo no organismo, as


células musculares não conseguem captar a angiotensina dispo-
nível, por isso não se contraem.

O resultado final deste processo é o mesmo que o dos inibidores


de ECA, com a redução da pressão arterial.
41
Efeitos colaterais dos bloqueadores de
receptores de angiotensina

a) Losartana
Alterações do Sangue e Sistema Linfático:

‒‒ Anemia e Trombocitopenia (redução das plaquetas);

‒‒ Hiponatremia (falta de sódio no sangue), Hipercalemia


(excesso de potássio no sangue), Hipoglicemia (falta de glicose no
sangue);

‒‒ Aumento de ureia e creatinina no sangue (má função renal).

Alterações do sistema imune:

‒‒ Reações de hipersensibilidade, reações anafiláticas, an-


gioedema e vasculite.

Alterações psiquiátricas:

‒‒ Depressão.

Alterações do sistema nervoso:

‒‒ Tontura, sonolência, distúrbios do sono, cefaleia, enxaqueca;

‒‒ Parestesia (sensação desconfortável sob a pele – dor, quei-


mação, ardência, formigamento, etc.);

‒‒ Disgeusia (perda de sensibilidade na língua).

Alteração do ouvido e labirinto:

‒‒ Vertigem e labirintite;

‒‒ Zumbido.

42
Alterações cardíacas:

‒‒ Palpitações, angina, síncope;

‒‒ AVC.

Alterações vasculares:

‒‒ Hipotensão ortostática (queda de pressão ao levantar-se).

Alterações respiratórias:

‒‒ Dispinéia e tosse.

Alterações gastrointestinais:

‒‒ Dor abdominal, constipação, diarreia;

‒‒ Náusea e vômito.

Alterações do fígado e pâncreas:

‒‒ Alteração do fígado e hepatite;

‒‒ Pancreatite.

Alterações da pele:

‒‒ Urticária, prurido, erupção cutânea;

‒‒ Fotossensibilidade e eritrodermia (pele avermelhada,


podendo desenvolver feridas e bolhas);

Alterações músculo-esqueléticas:

‒‒ Mialgia, artralgia, rabdomiólise (lesão muscular que intoxica


o sangue e prejudica gravemente os rins).

Alterações renais e urinárias:

‒‒ Insuficiência renal e falência renal.

43
Alteração reprodutiva:

‒‒ Impotência sexual.

Perturbações gerais:

‒‒ Astenia (falta de força muscular), fadiga, edema, mal-estar.

Outros problemas:

‒‒ Risco aumentado de desenvolvimento de câncer.

Betabloqueadores
Betabloqueadores, ou bloqueadores adrenérgicos são medica-
mentos utilizados tanto para o controle da ansiedade, quanto para
o controle da hipertensão arterial.

Os receptores beta são receptores pós-sinápticos da adrenalina


(epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina), presentes em diversas
partes do organismo humano, tais como, coração, rins, vasos
sanguíneos do músculo esquelético e musculatura lisa bronquial
(pulmões).

A adrenalina é o hormônio e neurotransmissor responsável


por preparar o organismo para a realização de grandes feitos, se-
cretado pelas glândulas suprarrenais. Em momentos de “stress”, as
suprarrenais secretam quantidades abundantes deste hormônio,
que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o
coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai
outros.

Para receber esses hormônios, temos no organismo dois tipos


de receptores, os alfa e os beta. Entre eles, os receptores beta são os
responsáveis pela elevação da pressão arterial.

44
Desta forma, os beta-bloqueadores inibem a ação da adrenalina,
porque impedem que ela seja captada pelos receptores beta, evi-
tando a elevação da pressão arterial e controlando a ansiedade.

Efeitos betabloqueadores

Propanolol
Geral:

‒‒ Fadiga e/ou lassitude (frequentemente transitória);

‒‒ Vertigem.

Cardiovascular:

‒‒ Bradicardia, extremidades frias, fenômeno de Raynaud


(ponta dos dedos arroxeadas e geladas);

‒‒ Piora da insuficiência cardíaca, precipitação do bloqueio car-


díaco, hipotensão postural que pode estar associada com síncope e
exacerbação de claudicação intermitente.

Sistema nervoso central:

‒‒ Distúrbios do sono e pesadelos;

‒‒ Alucinações, psicoses, alterações de humor, confusão;

‒‒ Síndrome do tipo miastenia (fraqueza muscular) grave ou


exacerbação da miastenia grave.

Gastrointestinal:

‒‒ Distúrbios gastrointestinais, assim como náuseas, vômito e


diarréias.

45
Sangue:

‒‒ Trombocitopenia (redução das plaquetas).

Pele:

‒‒ Púrpura, alopecia (queda de cabelo), reações cutâneas ti-


popsoríase, agravamento da psoríase, exantema (erupções cutâneas
pelo corpo, como catapora).

Neurológico:

‒‒ Parestesia (sensação desagradável sob a pele como dor,


queimação, ardência, formigamento).

Olhos:

‒‒ Olhos secos, distúrbios visuais.

Respiratório:

‒‒ Pode ocorrer broncoespasmo em pacientes com asma brôn-


quica (algumas vezes com resultado fatal).

Sistema endócrino:

‒‒ ​Hipoglicemia em recém-nascidos, lactentes, crianças, pa-


cientes idosos, pacientes submetidos a hemodiálise, pacientes em
terapia antidiabética concomitante, pacientes em jejum prolongado
e pacientes com doença hepática crônica.

ATENÇÃO
A interrupção do tratamento com um betabloqueador deve ser
gradual. Nunca pare seu uso abruptamente. Em pacientes que fazem
o uso crônico deste tipo de medicação, a interrupção abrupta pode
causar eventos graves. Entre eles, estão: aumento de frequência de
angina, aumento de arritmias, aumento na incidência de infarto e
morte de origem cardiovascular.

46
Bloqueadores de canais de cálcio
O cálcio é um elemento essencial para contração muscular, seja
no coração, na musculatura geral do corpo ou nos músculos lisos
que envolvem os vasos sanguíneos.

Nas células musculares, existem duas proteínas que são respon-


sáveis pela contração muscular, a miosina e a actina. Mas, para que
elas se conectem e promovam a contração, é necessário a presença
do cálcio, que permite essa conexão entre as duas. Sem o cálcio,
actina e miosina não reagem e não há a contração das fibras mus-
culares, por consequência, nos vasos sanguíneos há a consequente
redução da pressão arterial.

Por meio dos “canais de cálcio” presentes na membrana celular,


os íons de cálcio entram na célula. Se utilizamos os bloqueadores de
canais de cálcio, automaticamente reduzimos significativamente a
entrada de cálcio nas células musculares, evitando a contração das
fibras musculares e a elevação da pressão arterial.

Efeitos colaterais dos bloqueadores de


canais de cálcio

Anlodipino
Distúrbios do sistema nervoso:

‒‒ Dores de cabeça, tontura, sonolência;

‒‒ Distúrbios cardíacos e palpitações.

Distúrbios vasculares:

‒‒ Rubor (vermelhidão).

47
Distúrbios gastrointestinais:

‒‒ Dor abdominal, náusea (enjoo).

Distúrbios gerais e condições do local de administração:

‒‒ Edema (inchaço), fadiga (cansaço).

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático:

‒‒ Leucopenia (redução de células brancas no sangue);

‒‒ Trombocitopenia (diminuição das plaquetas).

Distúrbios do metabolismo e nutrição:

‒‒ Hiperglicemia (aumento de glicose no sangue).

Distúrbios psiquiátricos:

‒‒ Insônia, humor alterado.

Distúrbios do sistema nervoso:

‒‒ Hipertonia (aumento da contração muscular); Hipoestesia


(diminuição da sensibilidade); Parestesia (dormência e formiga-
mento); Neuropatia periférica (doença que afeta um ou vários
nervos), síncope (desmaio); Disgeusia (alteração do paladar);

‒‒ Tremor; Transtorno extrapiramidal (ligado aos neurônios


responsáveis pelos movimentos).

Distúrbios visuais:

‒‒ Deficiência visual.

Distúrbios do ouvido e labirinto:

‒‒ Tinido (zumbido no ouvido).

48
Distúrbios vasculares:

‒‒ Hipotensão (pressão baixa); Vasculite (inflamação da parede


de um vaso sanguíneo).

Distúrbios cardíacos:

‒‒ Infarto do miocárdio (morte de células do músculo cardíaco


por falta de sangue); arritmia (alteração do ritmo do coração);

‒‒ Incluindo bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos);

‒‒ Taquicardia ventricular (aceleração dos batimentos


cardíacos);

‒‒ Fibrilação atrial (tipo de alteração do ritmo cardíaco);

‒‒ Dor torácica.

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinal:

‒‒ Tosse;

‒‒ Dispneia (falta de ar);

‒‒ Rinite (inflamação da mucosa nasal).

Distúrbios gastrintestinais:

‒‒ Mudanças nos hábitos intestinais; Boca seca; Dispepsia (má


digestão); incluindo gastrite (inflamação do estômago); Aumento
das gengivas; Pancreatite (inflamação no pâncreas); Vômito.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo:

‒‒ Alopecia (perda de cabelo); Hiperidrose (aumento de


sudorese/transpiração); Púrpura (manchas causadas por extravasa-
mento de sangue na pele); Descoloração da pele; Urticária (alergia
da pele), Prurido (coceira); Rash (erupção cutânea); Angioedema
(inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa,

49
geralmente de origem alérgica) e eritema multiforme (manchas ver-
melhas, bolhas e ulcerações em todo o corpo).

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:

‒‒ Artralgia (dor nas articulações); Dor nas costas; Espasmos


musculares; Mialgia (dor muscular).

Distúrbios renais e urinários:

‒‒ Poliúria (aumento da frequência urinária); Distúrbios uri-


nários; Noctúria (aumento da frequência urinária à noite).

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamas:

‒‒ Ginecomastia (aumento da mama em homens); Disfunção


erétil (impotência).

Distúrbios do fígado e vesícula:

‒‒ Hepatite (inflamação do fígado); Icterícia (coloração ama-


relada da pele e mucosas por acúmulo de pigmentos biliares);
Elevações de enzimas hepáticas (do fígado), a maioria compatível
com colestase (parada ou dificuldade da eliminação da bile). Alguns
casos graves requerendo hospitalização.

Distúrbios gerais e condições do local de administração:

‒‒ Astenia (fraqueza); Mal estar; Dor;

‒‒ Aumento/redução de peso.​

Dicas importantes
Quando temos um problema de saúde, muitas vezes imagi-
namos que precisaremos de um médico e alguns medicamentos.
Pelo menos, é assim que a maioria das pessoas pensa.

50
Todavia, nem sempre é assim. Para uma grande parcela dos
problemas de saúde, apenas mudanças na forma como lidamos
com nosso corpo já resulta em melhorias significativas e, em muitos
casos, evita o uso de medicamentos químicos.

Parece surreal, mas movimentar o corpo, tomar água e mudar


um pouco a alimentação já resolveria a maior parte dos problemas
que a maioria das pessoas enfrenta.

E digo mais, nem mesmo plantas medicinais seriam necessárias


em muitos casos.

Claro que depois que passamos décadas e décadas prejudi-


cando o organismo com hábitos destrutivos, como sedentarismo,
alto consumo de açúcar e gorduras, uso de fumo e excesso de álcool,
baixo consumo de água, alimentação artificial, mau sono, excesso
de estresse... O corpo vai começar a apresentar danos que precisa-
remos resolver.

Se conseguirmos ter rotinas, hábitos e modos de vida mais


saudáveis, escolhas mais acertadas com nossa saúde, consegui-
remos viver bem toda a vida e aproveitar o melhor que ela pode
oferecer sem termos que nos preocupar com médicos, tratamentos
e medicamentos.

Não é tão complicado assim... Basta querer e estar disposto a


fazer o que é necessário pela sua própria saúde.

A partir de agora, vou apresentar um conjunto de ações, não


medicamentosas, ou seja, que não precisam de remédios químicos
ou de plantas, que poderão ser um grande diferencial em sua saúde,
trazendo expressivo ganho de qualidade de vida.

Vamos juntos?

51
Mantenha alguma atividade física
Quando falamos de movimentar o corpo, a maioria das pessoas
torce o nariz. A falta de atividade física ainda é um entrave na saúde
de milhares e milhares de pessoas.

O grande problema é que desta forma estamos expondo nosso


corpo a um processo degenerativo silencioso. E quando nos damos
conta, tudo vai mal.

O corpo humano não foi feito para passar horas, dias, sentado
atrás de uma mesa, sem se movimentar, diante de uma telinha. Mas
é assim que a maioria das pessoas passa grande parte de suas vidas.

Se você é uma dessas pessoas, é importante que você crie a


consciência de que precisa mudar isso na sua rotina.

Claro que, a maioria das pessoas vai pensar em atividade física


como frequentar uma academia, ou praticar um esporte, algo assim.
Mas, na verdade, precisamos de menos do que isso.

Quando falamos de uma prática física frequente, estamos


falando de pequenas caminhadas de 20 a 30 minutos. Praticar ci-
clismo ou natação alguns dias da semana.

Claro que, se você puder implementar algo a mais nestas prá-


ticas, será muito melhor para você e para a sua saúde. Mas o mínimo
já é essencial.

52
Então saia do sedentarismo, leve seus filhos e netos ao parque,
vá com sua esposa ou marido fazer uma trilha, ou uma caminhada
em algum local bonito e interessante.

Desça do ônibus dois pontos antes quando for trabalhar, ou es-


tacione seu carro a duas quadras. Suba de escadas e abandone o
elevador apenas uma vez ao dia.

Dance, nade, corra, pedale... Movimente seu corpo!

AUMENTE O CONSUMO DE ÁGUA


Pouca água no sistema circulatório leva a maior concentração de
eletrólitos, que são certas substâncias que estão diluídas no plasma
sanguíneo, como cálcio, sódio, potássio e cloro.

Quanto maior sua concentração, melhor eles agem elevando a


pressão arterial. Por isso, aumentando o consumo de água, temos
uma redução da ação destes eletrólitos no nosso organismo.

Uma das razões para isso acontecer é que, com maior volume de
água no sistema, os rins se sentem estimulados a filtrar o sangue e
eliminar parte destes eletrólitos. É por este motivo que os médicos
frequentemente indicam aos seus pacientes hipertensos diuréticos,
para acelerar esta eliminação de eletrólitos.

Claro que, se você já tem uma pressão muito alta, é melhor as-
sociar este consumo de água com chás diuréticos. Mas, via de regra,

53
para a manutenção geral da saúde é bom que, desde sempre, você
esteja consumindo suficiente quantidade de água.

E água não é refrigerante, nem suco, nem leite, nem nada que
não seja água. Eu abro aqui uma exceção para os chás terapêuticos,
que poderemos considerar como volume de água.

Do mais, minha sugestão é o consumo de pelo menos 1 copo


de água de 200ml de hora em hora. Isso é o mínimo. Ou seja, em 12
horas de atividade, você terá consumido 2,4L de água.

Uma boa estratégia é levar a água consigo. Se você não se lembra


de tomar a água, ou se trabalha ou permanece muito tempo longe
de uma torneira, tenha água perto de você. Uma garrafinha de 500ml
levada na bolsa ou na mochila, pode fazer toda a diferença.

Sem perceber, você acabará tomando 3 ou 4 garrafas ao dia e


logo isso se torna um hábito muito importante, não apenas para o
controle da hipertensão arterial, mas para dezenas de outros pro-
blemas de saúde.

Um brinde à sua saúde.

54
Fuja do cigarro e evite o excesso de álcool
Não é segredo para ninguém que cigarro é um produto altamente
tóxico, cancerígeno e causa dezenas de doenças, como enfisema pul-
monar, impotência sexual, gastrite, esteatose hepática, insuficiência
cardíaca e, entre muitos outros problemas, hipertensão arterial.

Além da nicotina, são 5.000 substâncias tóxicas e metais pesados


que o fumante inala e absorve por meio de seus pulmões, entregando
isso para a corrente sanguínea e distribuindo por todo o corpo. Por
isso, os problemas do cigarro são sistêmicos e múltiplos.

A doença cardiovascular causa 29% das mortes por doenças re-


lacionadas ao tabaco. A relação entre o tabagismo e a hipertensão
arterial está ligado a uma complexa lista de fatores que envolvem
vários sistemas.

De forma aguda, a nicotina gera ativação do sistema nervoso


simpático e provoca aumento da frequência cardíaca, pressão ar-
terial e contratilidade do coração, com redução da oferta de oxigênio
aos vasos e miocárdio.

Os efeitos a longo prazo do tabagismo na pressão arterial são


complexos. Hipertensos fumantes possuem pior prognóstico cardio-
vascular mesmo quando tratados para hipertensão por um provável
efeito nocivo dos compostos do cigarro.

55
Para os consumidores pesados, a ocorrência de hipertensão ar-
terial equivale ao dobro da observada em abstêmios e consumidores
leves, sendo possível observar redução da pressão arterial após uma
semana de abstinência.

Se nada disso te convencer a procurar meios de parar de fumar,


podemos considerar que você seja um potencial suicida. Aí, nem
remédios, nem plantas vão resolver seu problema.

Mas, se estiver a fim de mudar esta realidade e recuperar sua


saúde, há alternativas.

Sobre o álcool, temos outro problema.

Não há um efeito imediato do álcool sobre a pressão arterial,


dentro de minutos ou horas. Pode até mesmo haver redução da
pressão após oito horas de sono nas pessoas que bebem à noite.

Aí, uma pessoa que consome álcool vai dizer: “viu? Nem é tão
grave assim. O álcool baixa a pressão”. Mas a história não acaba aqui.

As pesquisas mostram que a pressão arterial tende a se elevar de


forma subaguda, ou seja, dentro de dias e semanas. Além disso, há
evidências que o consumo de álcool pode reduzir o efeito de medi-
camentos para hipertensão arterial.

O mais impressionante é que a redução do consumo de álcool


pode exercer papel semelhante, ou melhor, sobre a hipertensão que
a perda de peso, atividade física e redução na ingestão de sal.

E neste caso, não importa o que você bebe. O problema é pro-


priamente o álcool. Observa-se que o tipo de bebida, cerveja, vinho
ou destilado, não interfere consideravelmente nos resultados.

A recomendação é que, se a pessoa consome bebidas alcoólicas,


o faça com moderação. Isso significa no máximo de 1 a 2 doses, por
dia para homens e 1 por dia para as mulheres. Alerta também que
beber acima destes limites aumenta os riscos para o alcoolismo,

56
hipertensão arterial, obesidade, acidente vascular cerebral, câncer
de mama e acidentes de trânsito e domésticos.

Melhor seria não beber. Mas se você escolher consumir álcool, a


palavra de ordem, é: moderação.

Nutra seu corpo com alimentos de verdade


Quando falamos de hipertensão e alimentação, logo alguém
levanta a mão e diz que devemos reduzir o sal. Mas será que é só
isso? Com certeza o sal se torna um vilão quando pensamos na
forma como nos alimentamos, mas existe muito mais por traz dos
nossos problemas de saúde do que o sal.

A maneira como nos alimentamos diz muito sobre nossa saúde


e como viveremos.

Na sociedade contemporânea, as pessoas não têm tempo.


Corremos para todo lado, trabalhando, estudando, levando os filhos
e netos para lá e para cá, para dar tempo de ir à academia, etc. Parece
que o dia cada vez fica mais curto.

Por este motivo vemos uma grande transformação nos hábitos


de vida das pessoas. Mas nem todas as transformações e adaptações
têm sido boas no sentido da nossa saúde e qualidade de vida.

Um exemplo disso é que as pessoas não têm tempo de se ali-


mentar ou para pensar na alimentação. Tanto é assim, que vemos
uma explosão nas ofertas de fast-food por todo lugar.

Nos supermercados, a oferta de comida industrial, artificial, hi-


perprocessada, é cada vez maior. Tudo congelado, tudo fechado a
vácuo, tudo instantâneo.

Sem falar na utilização de aditivos químicos, como conservantes,


corantes, estabilizantes, emulsificantes, gelificantes, sabores artifi-
ciais, edulcorantes, e assim vai a lista...

57
Nos nutrimos com coisas que nem são consideradas alimentos.
Coisas artificiais, que só pioram nossa saúde e roubam nossa qua-
lidade de vida, como a gordura vegetal hidrogenada, glutamato
monossódico, glucose de milho, aspartame...

Substâncias que nosso organismo não tem como digerir, nem


como lidar... E estão presentes em tudo o que é industrial.

Assim alimentamos nossos filhos, nossos netos, nossas famílias,


a nós mesmos. E, se num primeiro momento esta agilidade, toda
essa facilidade parece resolver nossos problemas imediatos, como
isso acontece no médio e no longo prazo?

Hoje, notamos como estes hábitos têm deixado profundas marcas


em nossa sociedade. Altos índices de obesidade, de doenças dege-
nerativas, câncer, problemas hormonais, infertilidade, colesterol
altíssimo, diabetes e entre tantos outros problemas, a hipertensão.

Comer melhor, mais saudável, mais natural, é essencial. Ninguém


precisa ser radical em nada, mas se sabemos que determinados
produtos interferem negativamente em nossa saúde, por que con-
tinuamos consumindo-os?

Mais frutas, menos doces...

Mais verduras, menos churrasco...

Mais vegetais frescos, menos enlatados...

Mais sucos naturais, menos refrigerantes...

Mais especiarias na comida e menos sal...

Mais encontros na cozinha em volta do fogão, menos praças de


alimentação...

Mais carinho e atenção na alimentação e menos fast food.

São escolhas. Como você escolhe viver?

58
Pé no freio. mantenha a calma!
Nosso estado emocional está diretamente ligado à nossa pressão
arterial.

Quando estamos sob estresse, automaticamente as suprar-


renais começam a produzir mais adrenalina, o que causa elevação
da pressão.

Isso é um mecanismo natural do organismo, para que estejamos


mais alertas e vigilantes, prontos para nos defender em situações de
perigo ou ameaça.

O problema é que nossa rotina de alta exigência e cumprindo


várias atividades ao mesmo tempo, nos coloca em situação de es-
tresse por tempo prolongado.

Este estado é bom, mas precisa ser pontual. Todo dia, o tempo
todo, isso causa um desgaste muito grande na saúde. Estressa
nossos rins, nosso fígado, nosso estômago, intestinos, o pâncreas,
o coração...

É como se guiássemos um carro sempre na velocidade máxima.


Desta forma, a vida útil das peças será muito menor e, antes do
prazo esperado, ele precisará de reparo, pois apresentará defeito.
Nosso corpo é a mesma coisa.

É muito comum ouvir de um diabético que sua glicemia subiu


por conta de um pico de estresse. Ou um cardíaco sentir palpitações

59
durante uma situação de pressão. Várias vezes ouvimos pessoas que
sofrem de gastrite reclamando de uma piora em função de situações
estressantes.

Com a pressão arterial, é a mesma coisa. Basta um pouco mais


de nervosismo, de estresse, e a pressão sobe.

Precisamos relaxar mais, aproveitar o tempo com a família,


com os filhos. Caminhar mais na natureza, em espaços abertos, nos
parques, praças, praias. Precisamos de tempo para olhar o dia, ver o
sol nascer e se pôr... Contar estrelas, fotografar os pássaros.

Esse é um santo remédio.

Os mais pessimistas e estressadinhos vão dizer: “É fácil falar.


Quero ver encontrar tempo pra olhar passarinho...”. O que posso
dizer é que, ou você escolhe ter saúde, ou escolhe todo o resto. Mas
depois, não culpe os outros, a vida, o universo. A escolha é sua.

Se queremos atingir nossos objetivos, temos que estabelecer


nossas prioridades e se meu objetivo é controlar minha pressão
arterial, minha prioridade é manter a calma e dar aos problemas e
situações negativas o valor que eles realmente têm.

E você, qual a sua escolha?

60
Capítulo 3

10 Plantas para
derrubar sua
pressão
Guia das plantas medicinais que
derrubam sua pressão
A partir de agora, quero te mostrar um universo de possibilidades
com as plantas medicinais. Possibilidades verdadeiras e confiáveis,
para que você e qualquer pessoa, que assim deseje, possa cuidar de
sua pressão arterial com ótimos resultados e sem correr o risco de
passar por inúmeros efeitos colaterais.

Mas, lembre-se de uma coisa importante:

Eu posso te oferecer toda a informação necessária para poder


realizar seu próprio tratamento de maneira segura e eficiente. Mas,
não posso fazer o tratamento por você. A responsabilidade por
colocar essas informações em prática é totalmente sua e, assim, a
transformação da sua saúde e da sua vida também é.

Se você quer assumir o controle de sua saúde, é hora de colocar


a mão na massa.

Quer conhecer mais sobre este incrível universo?

Então, vamos juntos!

62
1. Agrião
(Nasturtium officinale)
Sobre o seu uso, mesmo em altas doses
e a longo prazo, o agrião é uma planta
segura que não causa toxicidade, nem
alterações nos padrões sanguíneos, nos
órgãos, nem no ganho de peso, sendo con-
siderado uma planta altamente indicada.
Numa dose única muito alta (equivalente
a 4g por kg de peso), foram notadas alte-
rações no fígado e no coração de cobaias.

Sobre a hipertensão, o consumo de


agrião – diariamente por cobaias diagnos-
ticadas–, foi capaz de reduzir e normalizar
a pressão arterial no prazo de 30 dias.

Pode ser adicionado ao suco verde.

63
2. Embaúba
(Cecropia sp.)
Planta típica da flora da américa do Sul
e Central. No Brasil, cresce espontanea-
mente, onde encontramos basicamente
3 espécies principais: Cecropia glaziovii,
Cecropia pachystachya e Cecropia holo-
leuca, as três usadas como tratamento
anti-hipertensivo, onde usam-se suas
folhas.

Pesquisas demonstram que a embaúba


é bastante eficiente em controlar a hiper-
tensão, interferindo na ação da adrenalina
e da angiotensina.

É uma planta bastante segura para o


uso fitoterápico.

64
3.Assa-peixe
(Vernonia polyanthes)
Planta de crescimento espontâneo em
pastagens e campos de agricultura. Muito
conhecida e utilizada popularmente para
problemas respiratórios, como asma e
bronquite.

No tratamento da hipertensão,
algumas pesquisas demonstram sua ação
benéfica, entre elas, verifica-se aumento
da produção de urina, com elevação da
excreção de sódio, contribuindo para o
controle da pressão.

Ainda outra pesquisa, identificou uma


ação inibidora de ECA (enzima conversora
de angiotensina), o que também foi po-
sitivo na redução da hipertensão arterial.

65
4. Picão-preto
(Bidens alba /
Bidens pilosa)
O picão não apresenta nenhuma to-
xicidade, nem em dose única ou elevada,
nem em doses repetidas. Não foi eviden-
ciado nenhuma modificação nos padrões
sanguíneos, nem danos em nenhum órgão
interno.

Na hipertensão, o uso do picão-preto


causa vasodilatação, refletindo direta-
mente em excelente controle da pressão
arterial. Este efeito se dá, provavelmente,
pelo bloqueio da ação da adrenalina (beta-
-bloqueador) e pela interferência da ação
do cálcio no músculo cardíaco (inibidor dos
canais de cálcio).

66
5. Chapéu-de-couro
(Echinodorus grandiflorus)
Planta encontrada ao redor de lagos e
beiras de cursos d’água.

Planta segura, sem toxicidade geral.


Evitar o uso de plantas colhidas em cór-
regos contaminados, pois pode acumular
toxinas e metais. Em gestantes pode
causar anemia e problemas do fígado.

Como anti-hipertensiva, tem excelente


capacidade vaso relaxante, protetora
cardíaca e diurética. Evita o risco de arte-
riosclerose e doenças coronarianas.

Sua ação vasodilatadora e hipotensiva


é confirmada por várias pesquisas cientí-
ficas, sendo que a planta age por diversas
vias no nossos organismo.

67
6. Erva-botão
(Eclipta prostrata)
Sobre sua toxicidade, não causou
efeitos adversos, nem morte das cobaias.
O extrato alcoólico não causou toxicidade,
mudanças de comportamento ou dos
padrões fisiológicos.

No controle da pressão arterial, a


planta, pelo período de 60 dias, causou
uma redução de 17% da pressão arterial,
aumentando em 34% a produção de urina,
e em 24% a excreção de sódio pela urina.
Ainda causou a redução do colesterol.

Os extratos da planta causaram controle


da pressão arterial em animais hipertensos
por obesidade.

68
7. Sete-sangrias
(Cuphea carthagenensis)
Planta de baixa toxicidade, porém
poucos estudos sobre sua toxicidade são
encontrados. Não é recomendado o uso
por crianças.

No controle da pressão arterial,


sete-sangrias apresenta uma apreciável ati-
vidade hipotensora por ação de inibição da
ECA (enzima conversora de angiotensina),
além de efeito diurético.

69
8. Aroeira-salsa
(Schinus molle)
Apresenta baixa toxicidade, mesmo
em altas doses. Animais alimentados
com doses altas do extrato pelo prazo
de 90 dias não mostraram alterações no
comportamento.

Nos padrões hematológicos, houve


leve alteração nos glóbulos brancos. Não
se verificou prejuízo aos órgãos internos.

O extrato a base de água das folhas


inibiu 75% da enzima conversora de an-
giotensina. O extrato a base de álcool,
causou redução de 61%. Em outro estudo,
causou redução da pressão arterial por
interferência na ação da noradrenalina
(bloqueador adrenérgico).

70
9. Erva-de-touro
(Tridax procumbens)
Não apresenta toxicidade nas doses
usuais, sem causar mudança de peso, pro-
blemas sanguíneos ou reações adversas.

Não deve ser usada por pessoas hipo-


tensas(pressão baixa) ou com bradicardia
(batimentos cardíacos fracos), nem por
pessoas com doença autoimune.

É eficiente em controlar a hipertensão


e rebaixar os batimentos cardíacos.
Também reduz a concentração de sódio
no sangue, além de contribuir para o
controle do colesterol. Tem potencial va-
sodilatador, que pode contribuir para sua
atividade hipotensora.

71
10. Trançagem
(Plantago major)
Sobre sua segurança, a planta é
descrita como segura e sem toxicidade
significativa, podendo ser utilizada com
tranquilidade. Não foram encontradas pes-
quisas sobre seu uso durante a gestação e
amamentação.

No controle da hipertensão arterial,


uma pesquisa demonstrou que os extratos
de Trançagem causaram a inibição de 28%
na ação da enzima conversora de angio-
tensina, causando vaso relaxamento e
consequente redução da pressão arterial.

72
Os cinco passos do chá perfeito
Muitas pessoas querem usar plantas medicinais, mas acabam
barrando numa dificuldade crucial: Como fazer o chá?

Para muita gente pode parecer algo simples, mas para outras
tantas é um limitador que pode impedi-las de continuar o trata-
mento, o que as fará voltar aos tratamentos convencionais.

Muitas vezes, a pessoa prepara o chá da maneira incorreta e


acaba tendo resultados menos interessantes em seu tratamento do
que poderia, se fizesse um bom chá.

Para resolver este problema, vou mostrar abaixo os 5 passos


para você fazer um excelente chá por infusão, que é indicado para
quando usamos folhas, flores e frutos carnosos.

Siga as indicações e tenha uma ótima experiência com as plantas!

73
74
Capítulo 4

Três soluções
para a sua
pressão alta
AVISOS IMPORTANTES
Você decidiu fazer um tratamento com as plantas medicinais?
Excelente, receba meus parabéns por esta decisão.

Existe uma possibilidade muito grande de que o seu problema de


hipertensão seja resolvido em pouco tempo e logo você não precise
mais de medicamentos químicos.

Mas antes de você começar esta jornada, eu preciso te dar alguns


avisos importantes e peço que você seja muito criterioso ao lê-los,
devendo considerar cada um deles:

1. Os resultados com o uso de plantas medicinais podem variar


de pessoa a pessoa, de acordo com a resposta do organismo
ao tratamento e a gravidade do quadro do paciente.

2. Caso persistam os sintomas, ou você se sinta mal ao longo


do tratamento, procure assistência médica ou terapêutica
especializada.

3. Usar as plantas apresentadas sempre na proporção e


dosagens indicadas. O uso em excesso pode trazer efeitos ad-
versos e dosagens muito baixas podem impedir os resultados.

4. Mantenha as plantas secas ao abrigo da luz e da umidade


para garantir sua qualidade. Caso haja mudanças de odor, cor
ou qualquer uma de suas características, descarte o produto.

5. Em caso de reação adversa, suspenda o uso. Como qualquer


outro produto ou alimento, existe a possibilidade de que
algumas pessoas sejam sensíveis aos seus princípios ativos.

6. A escolha, preparação e uso das plantas medicinais é uma


responsabilidade sua. Por isso, respeite as orientações e
indicações.

76
Suspensão de medicamentos químicos

É muito comum, quando uma pessoa decide começar a usar


plantas, que ela tenha o desejo de suspender sua medicação
convencional.

Mas é possível e seguro fazer esta suspensão? Nem sempre.

Por isso, antes de suspender qualquer tipo de medicação de uso


contínuo ou controlado, consulte seu médico e procure o acompa-
nhamento de um terapeuta capacitado.

O fato de existirem pessoas que usam apenas plantas para cuidar


de sua saúde pode nos motivar a seguir pelo mesmo caminho. Mas,
muitas vezes os medicamentos químicos causam uma certa depen-
dência em nosso organismo e pode ser que sua suspensão imediata
e total possa ser traumática.

Desta forma, o que aconselhamos é que, com acompanhamento


e devidamente orientado, você procure fazer o “desmame” do
medicamento. Isso significa ir diminuindo, gradativamente, a dose
enquanto usa as plantas medicinais, para que seu corpo possa se
adaptar a esta nova realidade.

Isso pode levar alguns dias, semanas ou meses. Depende de


pessoa a pessoa, caso a caso. Por isso tenha paciência, mantenha-se
calmo e vamos começar a construir uma nova realidade, com segu-
rança e eficiência.

Mesmo com o uso de plantas medicinais, nenhum tratamento


convencional deve ser abandonado sem acompanhamento médico.

Muitas pessoas me perguntam: “Daniel, o que você me reco-


menda?” e esperam uma boa dica para cuidar de sua saúde.

A primeira coisa que devo dizer é que, sem conhecer a pessoa


mais profundamente, sem entender seu quadro geral, sem co-
nhecer seu histórico médico, sem conhecer seus hábitos de vida, os
medicamentos que toma... fica muito difícil dar uma orientação que
realmente seja eficiente.

77
Mas, ao longo do tempo, vamos percebendo que existem certas
receitas que são coringas, ou seja, funcionam na maioria dos casos
e trazem excelentes resultados.

Por isso, eu separei aqui um mini programa de controle da hiper-


tensão para você com algumas dessas dicas que eu tenho visto ao
longo destes anos, funcionarem para muitas pessoas.

Isso significa que vai resolver o seu problema de hipertensão?

Bem, não foi isso que eu disse... mas posso te garantir que, pela
minha experiência de já ter ajudado centenas de pessoas hiper-
tensas, essas receitas têm grande chance de trazer uma melhora
significativa no seu caso, também. E quem sabe, te livrar da escra-
vidão dos medicamentos químicos.

Topa o desafio?

Se você respondeu SIM à pergunta acima, a primeira coisa que


vou te dizer é que não existe milagre com as plantas. Quem vai fazer
a diferença entre sofrer um infarto ou viver em paz, é você mesmo.

Digo isso porque, se você não melhorar sua alimentação, não


aumentar seu consumo de água, não começar alguma prática física
e não tratar seu emocional, o resultado que as plantas podem trazer
será muito menor do que aquele que você espera.

Por isso, antes de começar a tomar chás pra todo lado, faça uma
avaliação cruelmente sincera de sua vida e seus hábitos e mude o
que precisa ser mudado.

Lembre-se, o prêmio por alcançar estes resultados é a sua saúde,


a sua vida!

Muito bem. Vou te passar 3 passos que, para mim, são funda-
mentais e que eu tenho visto funcionar com muita gente: Um suco,
um chá e uma água.

Parece simples. E é simples! Mas você precisa observar que os


resultados dependerão de alguns fatores, entre eles, estão:

78
• A qualidade dos produtos que você usa, já que planta ruim
gera resultado ruim;

• A boa preparação do seu tratamento, ou seja, respeitar as


dosagens, a forma correta de preparo e de armazenamento,
etc.

• A continuidade do tratamento, visto que muita gente ao invés


de tomar o chá 3 vezes ao dia, toma uma ou duas... ao invés
de fazer por 30 dias, faz por 10 ou 15.... Se não respeitamos a
dosagem, posologia e o período de tratamento, os resultados
não acontecem.

Agora, vamos lá, vou te passar minhas 3 receitas de ouro, que


se forem bem feitas e bem aplicadas, serão a diferença entre você
terminar seus dias sofrendo com hipertensão, destruindo seu
corpo com medicamentos químicos, ou começar um novo futuro de
maneira simples, segura, eficiente e 100% natural.

79
Água de alho
Tem gente que ama, tem gente que odeia alho... Espero que você
o ame, mas se não for o caso, espero que você aprenda a amá-lo.
Digo isso porque o que o alho tem a fazer pela sua pressão arterial e
pelo seu coração é incrível.

O sabor do alho é picante e seu cheiro bastante forte. Ele pode


modificar o hálito e, em excesso, pode até alterar o cheiro do suor.

Mas o esforço vale a pena. Além de ser um tratamento muito fácil


de ser encontrado, pesquisas demonstram que o alho é um
potente inibidor da angiotensina e seus resultados no controle da
hipertensão são mais eficientes que o do atenolol.

O alho ainda reduz a força de contração do coração, controla


as taxas de triglicerídeos e de colesterol, reduzindo também o risco
de arteriosclerose. Isso significa que o alho pode aumentar suas
chances de ter um coração sadio por toda a vida, além de controlar
sua pressão arterial.

80
Receita:

• Pegue uma garrafa de água de 500ml. Destas comuns mesmo


que você encontra em supermercados.

• Descasque 3 dentes de alho e corte cada um em 3 partes.

• Coloque o alho picado dentro da garrafinha e agite.

• Você deve preparar uma garrafa como esta pela manhã e


outra depois do almoço. Ou seja, você deve ter tomado pelo
menos 1 litro de água de alho ao dia.

• De uma garrafa para outra, você não precisa trocar o alho.


Somente descarte o alho e coloque novos no dia seguinte.

Siga o tratamento por pelo menos 30 dias para alcançar resul-


tados positivos. Antes disso, é provável que as mudanças sejam
pequenas, por isso, dê o tempo para que as coisas aconteçam. Vá
avaliando sua pressão arterial para verificar os resultados.

81
Suco para hipertensão
Este suco é muito simples, mas, ao mesmo tempo, muito efi-
ciente. Ele pode ser feito com plantas que você tem na sua cozinha e
caso não as tenha, poderá ir a qualquer supermercado ou quitanda
e começar a se tratar hoje mesmo.

Este suco já foi testado por muitas pessoas e os resultados foram


muito significativos, sendo que alguns conseguiram eliminar o uso
de medicamentos controladores de pressão simplesmente pelo uso
do suco.

Receita:

• Beterraba – descasque e pique uma beterraba em quan-


tidade suficiente para meia xícara de beterraba picada. A
beterraba é um importante recurso no controle da hiper-
tensão, sendo inclusive considerada um tratamento de
emergência para o caso de picos de pressão.

• Chuchu – planta muito comum e barata, o chuchu tem alto


potencial relaxante e controlador da pressão arterial. Isso se
deve, em grande parte, ao seu potencial diurético, que subs-
titui com facilidade medicamentos químicos, aumentando

82
de maneira natural a produção de urina e a excreção de
eletrólitos.

• Pepino – Planta de fácil acesso, deve ser descascada e picada


também na proporção de meia xícara para uso no suco.
Destaca-se por sua elevada ação diurética, o que auxilia a
eliminação de eletrólitos.

• Agrião – Verdura popular nas mesas brasileiras e facilmente


adquirida em feiras e mercados. Pesquisas demonstram que
o consumo de agrião pelo período de 30 a 60 dias causou
controle na pressão arterial de animais hipertensos, simples-
mente incluindo-o na alimentação. Pique ½ xicara de agrião
para a receita.

• Limão – O suco de limão é muito eficiente em reduzir pla-


quetas no sangue, o que reduz a sua densidade e melhora
sua fluidez nos vasos sanguíneos. O limão reduz o risco de
arteriosclerose, de trombose e auxilia no controle da pressão
arterial. Para cada copo de suco, use o suco de 1 limão.

Modo de preparo

Para começar, você não precisa usar todas as plantas ao mesmo


tempo. Mas é importante que você escolha pelo menos 3 itens e faça
sempre o mesmo suco pelos 30 dias de tratamento.

Este é um período para você verificar se os resultados estão


sendo positivos ou não. Se em 30 dias de uso do suco você não tiver
resultados satisfatórios, pode ser necessária a revisão do tratamento
e substituição de algum dos ingredientes do suco.

Mas, não se preocupe, via de regra o resultado é sempre muito


eficiente, desde que você tome da maneira correta e prepare da
forma adequada.

A escolha das plantas fica a seu critério, mas eu farei minha su-
gestão pessoal, que é a receita que tenho visto maior resultado:

83
• ½ xícara de beterraba

• ½ xícara de chuchu

• Suco de 1 limão

• 300ml de água

Bata tudo no liquidificador, coe e tome pelo menos 2 vezes ao


dia, sendo uma pela manhã e outra no final do dia.

Agora, caso você seja diabético e não quiser usar a beterraba,


tudo bem. Substitua pelo pepino ou pelo agrião.

Agora se a diabetes não for o seu caso, eu recomendo forte-


mente que continue com a beterraba. Ela é muito importante neste
tratamento.

84
CHÁ PARA HIPERTENSÃO
Neste livro, você pode conhecer 10 plantas medicinais de fácil
acesso, que nascem espontaneamente em todo o Brasil e que podem
ser encontradas em casas de produtos naturais ou em farmácias de
manipulação (é o caso da embaúba, do chapéu-de-couro, da sete-
-sangrias, do picão-preto) e têm, comprovadamente, um excelente
efeito no controle da hipertensão.

Você também já aprendeu a fazer o chá por infusão da maneira


correta, o que vai te ajudar muito a começar e dar continuidade ao
seu tratamento. Então, siga a receita e faça acontecer.

Minha sugestão aqui é escolher duas ou três dessas plantas.


Aquelas que estiverem mais acessíveis a você ou que você realmente
conheça e tenha perto de você. Use estas plantas.

Após escolher as plantas e tê-las à sua disposição, vamos


começar. O ideal será tomar pelo menos de duas a três xícaras de
chá ao dia. E para tanto, você poderá preparar as três xícaras de uma
só vez.

Coloque três xícaras de água para ferver e use uma colher de


cada uma das plantas que você escolheu, seguindo o passo a passo
da receita que já foi mostrada.

Quando o chá estiver pronto, tome a primeira xícara e guarde as


demais na geladeira, em frasco limpo e tampado, para ir tomando
ao longo do dia.

Claro, que se você quiser preparar cada xícara individualmente,


não tem problemas.

Só observe as quantidades de planta para a preparação, já que


você terá que colocar 1/3 de colher de cada planta a cada preparação.

85
O período para avaliação também é de 30 dias. Faça corretamente
o chá e tome conforme indicado. Depois deste período, verifique se é
necessária alguma mudança ou não.

ORIENTAÇÕES GERAIS
Eu sei que um tratamento em 3 fases (água de alho, suco e chá)
parece um pouco demais para algumas pessoas, mas se queremos
resultados, temos fazer o que é necessário.

Posso dizer que tudo pode variar neste processo. Já vi pessoas com
uma hipertensão leve que apenas com a água de alho conseguiram
excelente resultado conseguindo, assim, controlar sua pressão.

Atualmente os melhores resultados têm sido com o suco.

Muitas pessoas deixam medicamentos com o uso do suco de be-


terraba, chuchu e limão. É realmente impressionante.

Outras pessoas fazem uso apenas do chá.

O que é o correto? Qual é o melhor caminho?

Eu não diria que tem um caminho correto. Para mim, existe um


caminho de fazer o que é possível e viável. Não precisamos começar
com as três partes do tratamento ao mesmo tempo. Você pode escolher
começar com o chá, os primeiros 30 dias e ver o resultado. Se precisar,
inclua o suco ou a água de alho e assim vai.

Da mesmo forma, você pode escolher começar com o suco e ver


como evolui neste primeiro período. E, caso seja, necessário comple-
mente com o chá ou a água de alho.

Mas se você quiser já começar com o suco e a água de alho, ou com


o suco e o chá, ou o chá e a água de alho, no caso de sua pressão ser
muito descontrolada. Não tem problema.

O importante é começar logo e colocar a mão na massa (ou nas


plantas...), assumir a responsabilidade sobre sua saúde, tomar em
suas mãos o controle do que acontece com o seu corpo e se tornar, de
86 uma vez por todas autor da sua própria saúde!
Capítulo 5

Farmácia na
quitanda
Muitas pessoas me pedem com frequência para falar sobre
plantas raras, complicadas de encontrar e muitas vezes muito caras
e de difícil acesso... E por conhecer as plantas, eu sei que existem
opções muito mais simples e de fácil acesso e com um custo muito
baixo que podem resolver com facilidade a maioria dos problemas
de saúde que as pessoas enfrentam. Então, por que complicar?

Por isso, eu criei esse capítulo, para que cada vez mais pessoas
possam tratar, da melhor maneira sua saúde e da saúde de sua
família com o uso das plantas medicinais, sem ter que sair de casa,
apenas abrindo a geladeira ou buscando na fruteira.

Quero te apresentar aqui, um conjunto de 33 plantas medicinais


de fácil acesso que estão à sua disposição em qualquer quitanda,
em qualquer mercadinho de bairro ou em qualquer supermercado.

Mas, não é porque são comuns, simples e baratas, que elas não
são poderosos medicamentos. Nós precisamos apenas ampliar
nossa visão e passar a enxergar os recursos que temos à mão.

Afinal, você pode estar tomando um ou dois medicamentos para


baixar a pressão arterial e eu te garanto que, com alguns dentes de
alho, você resolveria este problema em poucos dias. Pode ser que
você esteja hoje dando para seu filho um xarope mucolítico por
conta da bronquite, sem saber que um abacaxi poderia fazer este
trabalho muito melhor e sem efeitos colaterais.

É assim... Costumo dizer que “a verdade habita na simplicidade”


e é por isso que hoje convido você a se a profundar e se surpreender
no lugar mais simples no campo da cura... A nossa cozinha.

88
Abacate
Persea americana

FOLHAS:
‒‒ Analgésico, anti-inflamatório e antitérmico;

‒‒ Auxilia no controle da hipertensão arterial e da arteriosclerose;

‒‒ Anticonvulsivas, comparável ao Diazepan, na prevenção de


convulsões em pessoas com epilepsia;

‒‒ Controlam açúcar no sangue e reduzem colesterol total,


reduzindo LDL e regularizando HDL, causando redução no peso cor-
poral e agindo como tratamento anti-obesidade;

‒‒ Combatem com bons resultados o agente causador da


tuberculose;

‒‒ Excelente ação antiúlcera gástrica e protetora do fígado


contra danos químicos;

‒‒ Apresentou excelentes resultados na inibição de seu desen-


volvimento do vírus da herpes simples.

89
POLPA:
‒‒ Inibe a absorção de colesterol pelo organismo, aumentando
sua excreção pelas fezes. Reduz a síntese de colesterol pelo próprio
corpo, reduzindo as taxas totais de colesterol e o acúmulo de gor-
duras viscerais;

‒‒ Excelente ação cicatrizante;

‒‒ Previne o câncer da próstata. Forte ação em inibir o desen-


volvimento das células cancerígenas.

SEMENTES:
‒‒ Em doses extremamente elevadas apresentaram alterações
em alguns parâmetros fisiológicos;

‒‒ Excelente ação antibacteriana e fungicida, inclusive candida


albicans, causadora da candidíase;

‒‒ Ação controladora da hipertensão arterial;

‒‒ Excelente atividade no controle da glicemia, inclusive na


proteção e regeneração das células pancreáticas;

‒‒ Ação antirreumática, sendo que seu extrato alcoólico mis-


turado à cânfora, utilizado externamente apresenta bons resultados;

‒‒ É eficiente contra diarreias e para problemas do fígado, da


vesícula, dos rins e da bexiga. Excelente ação vermífuga.

90
Abacaxi
Ananas comosus

‒‒ Seu princípio ativo é a bromelina. É encontrada em maior


concentração na casca e no talo central;

‒‒ Em excesso pode causar náuseas, vômitos, diarreia e fluxo


menstrual excessivo, reações alérgicas;

‒‒ Deve ser consumido com moderação durante a gravidez;

‒‒ Rico em vitamina C, com excelente ação antioxidante e esti-


mulante do sistema imunológico;

‒‒ Atua no processamento de colesterol e na absorção de ferro


pelo organismo, além de aumentar a produção de colágeno;

‒‒ Tem ação mucolítica, dissolvendo o muco ou catarro dos


pulmões, facilitando a expectoração;

‒‒ É um anti-inflamatório natural. É muito eficaz no tratamento


de contusões, entorses e distensões, na forma de cataplasmas;

‒‒ Pode ajudar a aliviar os sintomas da artrite reumatoide e


reduz o inchaço pós-operatório;

‒‒ Reduz inflamações no prazo de algumas horas e causa


redução da sensibilidade a dor;

‒‒ Contra sinusite, atenua significativamente os sintomas;

91
‒‒ É digestivo, acelerando a digestão pesada;

‒‒ Excelente capacidade antidiarreica, reduzindo em mais de


60% diarreias;

‒‒ Combate a prisão de ventre, reduzindo as dores, os gases e


facilitando a evacuação;

‒‒ Inibe a agregação plaquetária, evitando a trombose, me-


lhorando a circulação, o sistema cardiovascular e eliminando os
sintomas das anginas;

‒‒ Atua na redução de tumores, inibe seu desenvolvimento e


previne a metástase;

‒‒ As folhas de abacaxi reduzem a resistência à insulina no caso


do diabetes tipo 2. Também, controlam a glicemia, reduzindo o nível
de colesterol pósprandial.

92
Açafrão da terra
Curcuma longa

‒‒ Em excesso, pode causar dor de estomago, enjôo,


fotossensibilização;

‒‒ O uso durante a gestação deve ter acompanhamento médico;

‒‒ Purificador e protetor do fígado. Estimula a vesícula biliar.


Útil contra cálculo da vesícula;

‒‒ Combate icterícia;

‒‒ Auxilia na prisão de ventre, na digestão e aumenta o apetite;

‒‒ Ação anti-inflamatória comparável à da fenil-butazona.


Auxilia no combate à artrite com efeito semelhante ao do ibuprofeno;

‒‒ Estimulante do sistema imunológico. Apresenta ação an-


tibiótica e anti-histamínica, combatendo processos alérgicos com
resultados parecidos com o da cortisona;

‒‒ Desintoxica o organismo de fumaças e outros poluentes;

‒‒ Utilizado para doenças de pele, como eczemas, psoríase e


furúnculos;

‒‒ Utilizado na prevenção de diversos tumores, promovendo


também sua redução;

‒‒ Protege o cérebro contra doenças degenerativas, como


Parkinson e Alzheimer, melhorando as funções cognitivas.
93
Acerola
Malpighia emarginata

‒‒ É uma importante fonte de vitamina C e, por este motivo,


é utilizada para combater gripes, resfriados e para aumentar a ati-
vidade do sistema imunológico;

‒‒ Seu consumo é extremamente seguro e pode-se comer tanto


seus frutos, como tomar seu suco sem riscos à saúde. Não há uma
limitação clara para seu consumo;

‒‒ Apresenta elevada atividade antioxidante, por elevada con-


centração de vitamina C. Chega a ter 1500mg da vitamina em cada
100g de fruta fresca. Nos frutos imaturos, pode chegar a mais de
2.000mg em cada 100g de fruta. Já a laranja, tem apenas 85mg;

‒‒ Protege o fígado contra os danos químicos causados por


álcool;

‒‒ Como anti-inflamatório, o suco de acerola tem boa ação no


combate a diversos modelos inflamatórios;

‒‒ O consumo de acerola tem um efeito moderado no controle


das taxas de açúcar, impedindo, parcialmente, a absorção de açúcar
pelo intestino;

‒‒ Impede o ganho exagerado de peso, melhorando significati-


vamente o perfil de gorduras, com menores índices de LDL e maiores
índices de HDL;

94
‒‒ A farinha produzida com o bagaço da acerola inibe par-
cialmente várias enzimas digestivas, reduzindo a digestão de
carboidratos e gorduras, impedindo sua absorção pelo intestino,
auxiliando no controle da hiperglicemia pós-prandial;

‒‒ A acerola tem um efeito clareador sobre a pele, impedindo


que as células da pele produzam melanina, mesmo quando estimu-
ladas por Raios UVB;

‒‒ Este pode ser um tratamento importante para evitar a for-


mação de melasmas e outras manchas de pele.

95
Agrião
Nasturtium officinale

‒‒ Sobre a segurança do uso do agrião, mesmo em altas doses


e a longo prazo, saiba que é uma planta altamente indicada;

‒‒ Tem excelente atividade antioxidante, podendo evitar di-


versas doenças inflamatórias, doenças crônicas, obesidade e câncer;

‒‒ Tanto de forma sistêmica, quanto em uso tópico, o extrato


alcoólico de agrião demonstrou relevante ação anti-inflamatória;

‒‒ No controle do colesterol, reduz os níveis de LDL e em


aumenta em até o HDL, auxiliando no controle da obesidade e
outras doenças ligadas ao colesterol;

‒‒ Como protetor do fígado, evita os danos causados por


agentes químicos e contra a radiação;

‒‒ Como protetor dos rins, protege dos danos causados por


antibióticos;

‒‒ Contra a tuberculose, inibiu o desenvolvimento de bactérias


resistentes a antibióticos;

‒‒ Ainda, o extrato de agrião teve excelentes resultados no


combate a uma das bactérias mais comuns causadora da pneumonia;

96
‒‒ O extrato alcoólico de agrião reduz, significativamente, a
glicose sanguínea. O uso de agrião por 4 semanas, reduz tanto a
glicose, quanto o colesterol em diabéticos;

‒‒ Sobre a hipertensão arterial, o consumo diário é capaz de


normalizar a pressão arterial, no prazo de 30 dias;

‒‒ Sobre a cicatrização em feridas orais, o extrato de agrião


aumentou a deposição de colágeno na área do dano.

97
Alecrim
Rosmarinus officinalis

Apresenta excelente ação digestiva, combatendo também os


gases estomacais e intestinais;

Protege o fígado contra medicamentos e outros agentes quí-


micos e estimula a vesícula biliar;

É um ótimo anti-inflamatório intestinal, combatendo hemor-


roidas, colites, enterocolites e outros problemas;

É bom remédio para inflamações da bexiga;

Tem ação analgésica contra dores de cabeça e ação antide-


pressiva comprovada;

É tônico e estimulante, sendo eficiente contra cansaço físico e


mental;

Apresenta ação cicatrizante e antimicrobiana, sendo eficiente na


desinfecção de feridas;

Na alopecia, é um estimulante eficiente do couro cabeludo na


forma de banhos com o chá forte;

Em grande quantidade pode ser tóxico.

98
Alho
Allium sativum

‒‒ Sobre o aparelho digestivo, auxilia o processo da digestão.


Combate vermes intestinais e ainda é protetor do fígado;

‒‒ No aparelho circulatório, o alho é um excelente contro-


lador da pressão arterial, além de proteger o coração. Previne
problemas como a trombose por inibir a agregação plaquetária e a
arteriosclerose;

‒‒ No controle da diabetes, o alho reduz as taxas de açúcar no


sangue e no colesterol, tem significativa ação redutora do triglice-
rídeos e colesterol, no prazo de 60 dias;

‒‒ No combate ao câncer, o alho demonstra potente ação anti-


tumoral, principalmente em casos de câncer colo-retal;

‒‒ Como analgésico, o alho demonstra ser muito eficiente no


combate à dor de cabeça;

‒‒ No sistema imunológico, é um estimulante das defesas do


organismo;

‒‒ Ainda é um excelente antibiótico, combatendo com efi-


ciência fungos e bactérias, inclusive o vírus da herpes tipo 1;

‒‒ Também, o alho é um eficiente anti-inflamatório agindo em


diversos modelos de inflamação.

99
Banana
Musa paradisíaca

FRUTOS MADUROS
‒‒ Controla a pressão arterial e evita que ela se eleve;

‒‒ Rico em triptofano, combatendo depressão;

‒‒ Apresenta ação antialérgica.

FRUTOS VERDES (COZIDOS)


‒‒ Controla diarreias infantis (50g ao dia);

‒‒ Reduz colesterol e triglicérides;

‒‒ Aumenta o nível de insulina no sangue e estimula o fígado


a fixar a glicose na forma de glicogênio, auxiliando muito no trata-
mento da diabetes;

‒‒ Protege o estômago, evitando e cicatrizando úlceras.

CASCAS
‒‒ Alto valor nutricional. Rica em minerais;

‒‒ Apresentam moderada ação no controle da arteriosclerose;

‒‒ Ação diurética;

100
‒‒ Em associação com casacas de romã e de laranja, de-
monstrou efeito protetor contra disfunções da tireoide.

FLORES
‒‒ Apresenta potente ação no controle da hiperglicemia,
podendo ser utilizada como suplemento alimentar para diabéticos;

‒‒ Apresenta uma moderada ação bactericida.

FOLHAS
‒‒ Atividade bactericida contra muitos micro-organismos;

‒‒ Apresenta atividade contra vermes intestinais.

PSEUDOCAULE (TRONCO)
‒‒ Seu suco auxilia o tratamento da diabetes;

‒‒ Em associação com a planta indiana varuna (crataeva


nurvala), mostrou alta capacidade em tratar cálculos renais, dimi-
nuindo as pedras, facilitando a passagem e reduzindo a dor;

‒‒ Tem ação protetora do fígado;

‒‒ Seu extrato apresenta capacidade de estancar sangramentos.

SEIVA
‒‒ Diluída em água, tem excelente resultado contra diarreias;

‒‒ Sobre feridas, acelera processos de cicatrização.

RIZOMA (PARTE SUBTERRÂNEA)


‒‒ Extrato em associação com coccínea indicou controle sensi-
velmente a quantidade de açúcar no sangue e reduziu a morte dos
espermatozoides em ratos diabéticos;

‒‒ O extrato alcoólico reduz o colesterol no sangue.


101
Berinjela
Solanum melongena

‒‒ A casca é a parte da berinjela onde está concentrada a maior


parte de seus princípios ativos;

‒‒ Seu suco auxilia muito no controle da diabetes;

‒‒ Apresenta efeito redutor do colesterol e triglicérides;

‒‒ Pode ser utilizada como analgésica (dor) e antipirética, com-


batendo febres;

‒‒ Contra o câncer, sua casca demonstra atividade antitumoral


contra fibrossarcoma. Além disso, apresentou atividade inibitória
contra diversos outros tipos de câncer;

‒‒ Apresenta efeito protetor do coração, aumentando a ati-


vidade cardíaca e reduzindo os infartos.

102
Beterraba
Beta vulgaris

‒‒ Não deve ser consumida em excesso por quem tem pro-


blemas renais;

‒‒ Planta extremamente nutritiva, pouco calórica;

‒‒ Rica em ácido pantotênico e ácido fólico;

‒‒ Rica em zinco, manganês, cobre, boro, ferro e iodo;

‒‒ Rica em betacaroteno;

‒‒ Sua alta concentração de fibras auxilia muito no tratamento


da prisão de ventre;

‒‒ Na hipertensão arterial, seu suco reduz a pressão arterial no


prazo de uma hora;

‒‒ É rica em triptofano e betaína, substâncias que combatem a


depressão, causam relaxamento e acalmam;

‒‒ A betaína ainda protege o fígado e evita a diabetes, além de


reduzir a formação de colesterol;

‒‒ O consumo regular de beterraba tem ação preventiva contra


vários tipos de câncer, com grande eficiência quando comparado
com drogas químicas contra câncer;

‒‒ Rica em açúcares lentos, que são liberados gradualmente na


corrente sanguínea, evitando a hiperglicemia.
103
Café
Coffea arabica

Pessoas que têm sensibilidade a dor de cabeça, que são estres-


sadas e irritadas, que têm gastrite, arritmias cardíacas, hipertensão
arterial e problemas com insônia, devem evitar o uso de bebidas
ricas em cafeína, como o café. Também é restrita a idosos que não
estejam em perfeita saúde, crianças menores que 10 anos, gestantes
e mães que estão amamentando.

É uma planta estimulante, por sua concentração de cafeína. A


cafeína melhora o cansaço físico, melhora a concentração e o estado
de alerta, diminui a fadiga mental, pode funcionar como um leve an-
tidepressivo, melhora o desempenho nas atividades físicas, possui
efeito termogênico, ou seja, acelera o metabolismo (transforma a
gordura em fonte de energia), melhora o humor, atua no controle
do peso, pode ajudar no tratamento de diabetes e ativa a memória.

A quantidade ideal para ingestão de cafeína diária é de aproxi-


madamente 300mg, ou seja, de duas a três xícaras de café.

No caso de crianças, a partir dos 10 anos, em doses controladas,


de uma a duas xícaras de café por dia, o café pode melhorar o de-
sempenho intelectual, a disponibilidade física, melhorar a atenção,
a concentração e a proatividade. Em excesso, pode causar séria
agitação, insônia, acentuar casos de hiperatividade e agressividade.

Quanto ao diabetes tipo 2, o uso frequente de café demonstra a


capacidade de aumentar a eficiência da insulina. O consumo diário
de café na dosagem de mais de cinco xícaras pode reduzir o risco de
diabetes em até 67%.
104
Quanto à hipertensão arterial, o café não apresenta efeitos re-
levantes no aumento da pressão. Sobre o risco de AVC, o consumo
habitual de três a quatro xícaras de café ao dia pode proporcionar
uma redução de 17% no risco de AVC.

O consumo diário de quatro ou cinco xícaras de café reduz ex-


pressivamente o risco de depressão, e auxilia o combate aos seus
sintomas.

É protetor do fígado. Na fibrose hepática, reduz o avanço da


doença e no caso de cirrose, protege as células do fígado, reduzindo
as chances de se desenvolver a doença.

Na hepatite C, os danos da doença sobre o fígado são retardados


pelo café. E na hepatite B, algumas substâncias do café têm ação
antiviral, capaz de impedir ou de reduzir a replicação do vírus.

No estômago, o café é capaz de estimular a produção de suco


gástrico, o que, em altas doses, pode ser prejudicial.

No caso de Alzheimer e processos de demência, o consumo


regular de café durante a meia idade pode reduzir potencialmente o
risco deste tipo de problema. O café pode agir como neuroprotetor,
evitando-se o desenvolvimento de doenças degenerativas como
Alzheimer e Parkinson.

Na flora intestinal, aumenta o número de bactérias boas e reduz


expressivamente o número de bactérias nocivas.

Nos ossos, o café demonstrou um efeito negativo, podendo


aumentar a eliminação de cálcio pela urina, contribuindo para
a redução da densidade mineral dos ossos, agravando casos de
osteoporose.

Aparentemente mulheres na menopausa que já têm o hábito de


tomar café durante a vida têm um risco 70% menor de desenvolver
câncer de mama. Ainda, sobre o câncer no fígado, estudos apontam
o café como inibidor de seu desenvolvimento. No caso do câncer de
pele, o uso de cafeína diluída em água colocada sobre a área afetada
induziu a morte das células cancerosas.

105
Caju
Anacardium occidentale / Anacardium humile

‒‒ Como bochecho e gargarejo, o chá das suas cascas é útil


para problemas e inflamações da boca e da garganta;

‒‒ O líquido extraído das castanhas é relativamente perigoso,


pois em contato com a pele, pode causar manchas e queimaduras,
deixando marcas que não saem;

‒‒ As flores do cajueiro são utilizadas contra tosses e contra a


diabetes;

‒‒ Seu suco é rico em minerais, com porções significativas de


cobre, fósforo, magnésio, manganês e zinco;

‒‒ A castanha de caju conta com carboidratos de qualidade,


além de açúcares benéficos para o estado de saúde de todos, junto
a fibras e vitaminas, aminoácidos e grande quantidade de gorduras
saudáveis;

‒‒ As folhas apresentam baixíssima toxicidade, assim como o


tronco e o fruto verdadeiro;

‒‒ As folhas e a goma do tronco protegem o estômago contra


lesões causadas por agentes químicos, como certos medicamentos
e o excesso de acidez, com resultados melhores que o losanorazol.

106
Como anti-hipertensivo, o extrato das folhas e da casca do
tronco tem ação vasorelaxante, hipotensora, antihipertensiva e
controladora das taquicardias.

As folhas e a casca do tronco apresentam ação anti-hipergli-


cêmica e antidiabética, podendo ser utilizados de maneira segura,
como auxiliar no tratamento do diabetes. As folhas demonstraram
também a capacidade de proteger e promover a regeneração das
células do pâncreas, de proteger os rins contra os efeitos do dia-
betes, além de aumentar a produção de testosterona e garantir a
integridade dos testículos e a fertilidade entre diabéticos.

As cascas têm ação anti-inflamatória menor que o diclofenaco,


mas sem efeitos colaterais. Ainda tem interessante efeito analgésico.

As castanhas controlam os níveis de colesterol do organismo,


promovendo a redução da produção de colesterol pelo próprio
fígado. O extrato da casca do cajueiro é muito eficiente em controlar
o nível de gorduras, além de proteger o fígado contra lesões cau-
sadas pelo excesso de colesterol.

Como antibiótico, todas as partes da planta demonstraram


capacidade de combater até mesmo bactérias resistentes a antibió-
ticos químicos. Na infecção generalizada, o extrato da casca pode
evitar a morte.

A goma (seiva) extraída do tronco é capaz de inibir em até 88%


o desenvolvimento de certo tipo de sarcoma, demonstrando sua
capacidade antitumoral.

Como cicatrizante, a goma foi aplicada em feridas e verificou-se


sua capacidade em melhorar a condição geral da ferida, facilitando
o processo de cicatrização.

Como antidiarreico, a goma do tronco e as folhas, demons-


traram uma ação semelhante ou melhor que os medicamentos de
referência.

107
Carambola
Averrhoa carambola

Não foi verificada nenhuma toxidade nas folhas nas doses reco-
mendadas. Todavia, o fruto da carambola é capaz de agredir os rins
se consumido em altas doses, podendo causar nefrites graves e até
paralisia dos rins. Nos casos de uremia, que é o acúmulo de ácido
úrico na corrente sanguínea pelo mau funcionamento dos rins, o
consumo de carambola pode levar à morte, sendo necessário um
tratamento de emergência com hemodiálise.

Gestantes podem consumir os frutos moderadamente, desde


que não tenham nenhum problema renal.

As folhas são utilizadas como redutoras dos níveis de glicose no


tratamento do diabetes tipo 2.

O suco do fruto tem atividade tranquilizante, depressora do


sistema nervoso central, aumentando o tempo de sono.

Como anti-inflamatório tópico, as folhas de carambola de-


monstraram excelentes resultados no tratamento para dermatites
e psoríase.

Como hipotensivo, as folhas controlam a hipertensão arterial.

108
O consumo de carambola tem ação muito saudável sobre o
fígado, protegendo seus tecidos de danos químicos, assim como
ação preventiva contra o câncer do fígado.

No sistema imunológico, as folhas tem ação imunomoduladora,


capazes de equilibrar as atividades imunológicas.

Como antimicrobiano, os extratos dos frutos demonstraram


capacidade de combater alguns tipos de bactérias, podendo ser
utilizado em infecções e como antisséptico.

109
Cebola
Allium cepa

No sistema respiratório, a cebola é eficaz contra gripes, res-


friados, bronquite e como expectorante. Para tanto, basta comer a
cebola crua na forma de salada ou preparar seu xarope a frio.

Tem ação redutora do colesterol, assim como dos níveis de


açúcar no sangue.

No sistema circulatório, a cebola é excelente antitrombótico, im-


pedindo a agregação plaquetária. Ainda, combate a arteriosclerose.

Sua ação anti-inflamatória é muito eficiente.

110
Coentro
Coriandrum sativum

Apesar de não demonstrar efeito abortivo, o uso do coentro


pode impedir a fixação do embrião na parede do útero, impedindo
a gestação.

Apresenta atividade anti-inflamatória quando administrado


oralmente e topicamente.

A atividade antioxidante, tanto nas folhas quanto nas sementes,


faz do coentro um medicamento antioxidante de boa ação.

As sementes de coentro demonstraram apreciável atividade


ansiolítica.

O extrato aquoso das sementes apresenta ação diurética muito


parecida com a das furosemida, mostrando-se também bom
anti-hipertensivo.

No controle do colesterol, as sementes reduzem do colesterol


LDL (ruim), promovendo o aumento do HDL, conhecido como coles-
terol bom para o organismo.

No controle do diabetes, os extratos das sementes mostraram


excelente ação no controle da glicemia, aumentando a produção de
insulina e agindo de maneira semelhante à insulina.

111
Os extratos das sementes têm significativa atividade anticonvul-
sionante, reduzindo a intensidade e a frequência das convulsões,
apresentando,ainda, efeito sedativo e prolongador do sono.

Como gastroprotetoras, as sementes têm boa atividade contra


gastrites e formação de úlceras, além de atividade vermífuga.

Outra atividade verificada nas folhas de coentro é sua capa-


cidade protetora do fígado contra danos químicos.

112
Coco
Cocos nucifera

FIBRAS DA CASCA:
‒‒ Atividade protetora cardíaca;

‒‒ Ação antidiabética e controladora a hiperglicemia;

‒‒ Excelente atividade anti-inflamatória para uso interno;

‒‒ Ação antibiótica contra vários tipos de bactérias e fungos;

‒‒ Atividade contra infecções causadas pelo vírus da herpes


simples.

ENDOCARPO (PARTE DURA):


‒‒ Demonstra atividade antidiabética;

‒‒ Exibe ação vaso-relaxante e anti-hipertensiva, o que resulta


no controle da hipertensão arterial.

FLORES NÃO ABERTAS:


‒‒ Combatem as hemorragias uterinas (menorragia);

‒‒ Aumentam a produção de progesterona (hormônio sexual


feminino);

113
‒‒ Apresentam efeito antidiabético, controlando a hipergli-
cemia, protegendo as células do pâncreas e estimulando a produção
de insulina.

ÓLEO DE COCO:
‒‒ Ação anti-inflamatória, antitérmica e analgésica nos casos
de inflamações crônicas;

‒‒ Excelente ação cicatrizante para queimaduras.

POLPA DO COCO:
‒‒ O leite feito com a polpa do coco evita o surgimento de
úlceras e reduz o tamanho das já existentes;

‒‒ Apresenta ação anti-inflamatória e de redução da sensação


de dor. Ação antitumoral no intestino.

ÁGUA DE COCO:
‒‒ Efeito muito expressivo no controle da hipertensão arterial;

‒‒ Efeito antidiabético comparável a alguns medicamentos


comerciais.

114
Couve
Brassica oleracea var. acephala

Alimento rico em minerais. Uma única dose de 100g de couve


fresca pode fornecer 188-873mg K, 35-300mg Ca; 20-100mg Mg.

Também é fonte de carboidratos de absorção lenta e tem baixo


valor calórico.

É rica em vitamina A, vitaminas do complexo B, vitamina C e K.

É uma excelente opção na prevenção da osteoporose, dada sua


concentração de minerais e das vitaminas A e K, que são importan-
tíssimas na saúde dos ossos.

Como protetora estomacal, ela é capaz de aumentar a produção


de muco na parede do estômago e reduzir a acidez, auxiliando no
combate à gastrite e úlcera. Ainda tem ação protetora contra o
refluxo similar à do omeprazol.

As folhas de couve têm ação hipoglicemiante, contribuindo no


tratamento do diabetes tipo 2.

Sobre a pressão arterial, o suco de couve administrado diaria-


mente por 28 dias auxilia significativamente no seu controle.

Contra problemas cardiovasculares, o suco de couve evita a


arteriosclerose.

115
Como antioxidante, por sua alta concentração de vitamina C e
betacaroteno, a couve apresenta capacidades protetoras do DNA e
anticancerígenas.

No combate ao câncer, o suco da couve tem uma potente ação


antiproliferativa contra células de cancerígenas colorretais.

116
Gengibre
Zingiber officinale

O gengibre é rico em vitaminas do complexo B e vitamina C, com


potente ação antioxidante.

Seus princípios ativos estão contidos em seus rizomas de sabor


picante e refrescante. Muito utilizado na culinária, na preparação de
molhos, temperos, sucos, bebidas e sobremesas.

Possui uma importante ação antimicrobiana e anti-inflamatória


no extrato fresco de seu rizoma, sendo útil, por exemplo, em in-
fecções e inflamações da garganta (faringite, laringite, amigdalite).

No estômago, o gengibre é um excelente estimulante digestivo,


combatendo a dispepsia, os gases estomacais e cólicas.

Por sua ação cardiotônica, fortalecedora do coração, o gengibre


também pode combater as hipotensões, ou seja, os casos de pressão
baixa. Ainda auxilia nos casos de trombose.

No aparelho respiratório, o gengibre também tem excelente


ação, combatendo as tosses persistentes com melhores resultados
do que alguns medicamentos comerciais.

Nos casos de hipotireoidismo, pode auxiliar na estimulação da


tireoide, principalmente em associação com a casca de melão.

117
Goiaba
Psidium guajava

Usam-se os olhos (primeiro conjunto de folhas de cada ramo).

O chá das folhas (15 olhos para 1 litro de água) combate diarreias
e infecções intestinais.

Excelente controlador do açúcar no sangue, auxiliando o trata-


mento do diabetes tipo 2.

Possui ação anti-inflamatória e efeito antitérmico em casos de


febres por inflamações.

Protetor do fígado contra medicamentos e lesões, com ação se-


melhante à da silimarina, um medicamento convencional.

Leve efeito depressor do sistema nervoso central (SNC), cau-


sando relaxamento e induzindo o sono.

Possui ação anti-hipertensiva e atividade analgésica.

Na forma de bochechos, é bom para aftas e para lesões e in-


fecções da mucosa, por sua ação adstringente e cicatrizante.

Excelente para lavagem de feridas, por sua ação bactericida.


Inclusive, é útil contra herpes na forma de banhos.

Em excesso pode causar prisão de ventre.

118
Graviola
Anona muricata

‒‒ Fruto saboroso e refrescante;

‒‒ Apresenta potencial tóxico. Deve ser utilizada com cautela.

FOLHAS:
‒‒ Ação antidiarreica;

‒‒ Reduz as taxas de açúcar no sangue, sendo útil no controle


da glicemia;

‒‒ Atividade hipotensiva, auxiliando no controle da hipertensão


arterial;

‒‒ As folhas apresentam, como um de seus princípios ativos,


a acetogenina, que tem forte atividade antitumoral, combatendo
alguns tipos de câncer, como próstata, pulmão, pâncreas, fígado e
intestino;

‒‒ Em alguns casos, apresenta melhor resultado que os


quimioterápicos.

SEMENTES:
‒‒ Ação vermífuga quando transformadas em pó.

119
Hortelã
Mentha piperita / Mentha spicata

‒‒ Estimula a digestão, combate vômitos e náuseas;

‒‒ Estimulante da vesícula;

‒‒ Combate inflamações da boca e da faringe na forma de chás


e gargarejos;

‒‒ Combate vermes intestinais com muita eficiência;

‒‒ Forte ação antibacteriana e fungicida, combatendo amebas


(90%), giardia (75%) e tricomoníase urogenital (pomada);

‒‒ Tem ação larvicida contra dengue;

‒‒ Como antigripal, apresenta ação descongestionante nasal,


sendo eficiente em casos de rinites alérgicas na forma de inalações;

‒‒ Excelente contra dores de cabeça, na forma de chá, massa-


geando as têmporas com óleo essencial ou com as folhas amassadas;

‒‒ Eficiente como compressas para dores musculares e infla-


mações dos nervos;

‒‒ Externamente, elimina coceiras.

120
Inhame
Colocasia esculenta

‒‒ As folhas não são comestíveis, pois causam urticária na


mucosa e edema da glote, podendo causar morte por asfixia;

‒‒ Gestantes devem evitar inhame;

‒‒ Altamente nutritivo. Rico em carboidratos e fibras


alimentares;

‒‒ Rico em substâncias que se convertem em hormônios


sexuais;

‒‒ Combate sintomas da TPM e aumenta a fertilidade;

‒‒ Impede a proliferação do câncer de mama, do cólon, pulmão


e osteossarcoma. Impede a metástase;

‒‒ Em leucemia, leva à morte das células cancerígenas;

‒‒ Estimula fortemente a ação do sistema imunológico;

‒‒ Auxilia a eliminação de radicais livres e possui significativa


atividade anti-inflamatória;

‒‒ Reduz o risco de doenças vasculares, pois reduz a síntese de


colesterol em até 55%. Auxilia no controle da hipertensão arterial e
da frequência cardíaca, pela presença de potássio;

121
‒‒ No combate a anemias, tem excelente ação por sua alta con-
centração de ferro orgânico;

‒‒ É útil nos casos de dengue, pois acelera a maturação das


células sanguíneas, evitando a plaquetopenia;

‒‒ Atividade antidiabética, controlando os níveis de açúcar no


sangue;

‒‒ Leve atividade sedativa, ansiolítica e calmante.

122
Laranja
Citrus cinensis

Os extratos produzidos a partir das cascas e folhas mostram


toxicidade para o fígado em altas doses.

Por sua ação de rebaixamento da produção de hormônios tireoi-


dianos, os extratos da casca não devem ser utilizados por pessoas
que desenvolvem hipotireoidismo.

O extrato da casca e das folhas de laranja demonstraram exce-


lente ação antioxidante contra radicais livres.

Como antidiabético, os extratos de casca de laranja foram


capazes de regular todos os fatores ligados à disfunção glicêmica.
Ainda, o extrato das sementes reduziu a glicação da hemoglobina
em casos de diabetes.

O extrato das cascas da laranja são eficientes em inibir a ação


das enzimas amilase e glucosidase com muita eficiência, evitando a
absorção de açúcares no processo de digestão.

Em casos de hipertireoidismo, o extrato da casca da laranja tem


a capacidade de reduzir em 43% o hormônio T3 e 28% o T4.

Na hipertensão arterial, os extratos da casca da laranja têm a


capacidade de inibir expressivamente a angiotensina, reduzindo a
pressão.

123
Como sedativo, as flores de laranjeira demonstraram atividade
facilitadora do sono.

Contra doenças degenerativas, como Alzheimer, os extratos da


casca inibiram a enzima acetilcolinesterase, demonstrando até 90%
e inibição.

No combate ao câncer, as polimetoxiflavonas presentes nas


cascas da laranja têm uma ação considerável anticâncer, no caso de
câncer de pulmão e câncer de mama.

124
Limão
Citrus limon / Citrus limonia

As furocumarinas fotossensibilizantes presentes em seu sumo,


facilitam a ação dos raios UV, podendo causar sérias queimaduras
de pele.

Para tosses, febres e problemas respiratórios o limão é um exce-


lente medicamento.

Existe uma cura popular feita com o limão, considerada muito


útil para a circulação, gastrites e hipertensão. Começa-se tomando
um limão no primeiro dia, dois no segundo e assim por diante até 10
limões. Depois retorna-se diminuindo até chegar a um limão.

Contra acnes, furúnculos e eczemas, costuma-se consumir uma


semente limão partida ao meio todos os dias durante sete dias.

Para limpeza da pele e clareamento, é costumeiro utilizar dois


colheres de suco de limão misturado com mel, passando-se sobre a
pele durante 20 minutos antes de dormir.

Os extratos da casca têm ação antioxidante, prevenindo enve-


lhecimento, Alzheimer e Parkinson, além de ação anti-inflamatória.

No sistema cardiovascular, o suco tem ação contra trombose,


arteriosclerose, hipertensão, úlcera varicosa e hemorroidas.

O suco fresco mostrou ação antidepressiva e ansiolítica.

125
A pectina do limão (parte branca da casca) e suas fibras reduzem
a absorção de gorduras, reduzindo colesterol e triglicérides.
Aumentam a saciedade e reduzem a glicose na corrente sanguínea.
O suco reduz o colesterol e triglicerídeos , auxiliando no controle da
obesidade.

As fibras alimentares da parte branca da casca previnem doenças


gástricas, a obesidade, hemorroidas e câncer colorretal.

O extrato da casca e o suco fresco têm grande atividade gastro-


protetora, combatendo a bactéria Helicobacter pilory (H. Pilory), e
aumentando a eficiência dos medicamentos contra úlcera.

Os extratos das cascas são antibióticos, combatendo bactérias


e fungos.

Também protegem o fígado contra intoxicações químicas.

Extratos da casca controlam os níveis glicêmicos, permitindo seu


uso no diabetes. Além de facilitar a cicatrização em caso de diabetes,
aumentando a síntese de colágeno e o crescimento de novos tecidos.

No controle das acnes, o suco de limão se mostrou mais eficiente


que os medicamentos convencionais.

Os extratos de limão tem a capacidade de aumentar o volume


de urina, prevenindo cálculos renais, pois evitam as cristalizações
de cálcio e reduzindo a concentração de oxalato.

126
Louro
Laurus nobilis

‒‒ Utilizada como condimento culinário;

‒‒ Estimulante do apetite e da digestão, combatendo as


dispepsias;

‒‒ Também é útil contra gases estomacais e intestinais;

‒‒ Estimulante das funções gerais e contra a fraqueza e cansaço


da gripe;

‒‒ Pesquisas demonstram uma boa atividade analgésica,


sendo considerado útil contra cólicas e dores musculares;

‒‒ Demonstra boa atividade anti-inflamatória. Auxilia a eli-


minar inflamações, como artrite e reumatismo;

‒‒ Boa atividade fungicida e bactericida. Usado como antis-


séptico contra caspa, pé de atleta e chulé. Apresenta leve atividade
cicatrizante;

‒‒ Apresenta excelente ação antitumoral nos ovários.

127
Mamão
Carica papaya

FRUTOS:
‒‒ Quando maduros, são digestivos pela ação proteolítica da
papaína e da quimopapaína, laxantes, diuréticos e cicatrizantes;

‒‒ O fruto verde apresenta atividade cicatrizante;

‒‒ Ainda verde, tem ação abortiva.

LATEX:
‒‒ Popularmente, seu látex (leite de mamão) é utilizado diluído
em água contra asma e diabetes (algumas gotas em um litro de
água);

‒‒ Possui ação bactericida, sendo útil para lavar feridas;

‒‒ Puro, é utilizado contra vermes, para dissolver verrugas e


calos;

‒‒ Cicatrizante para queimaduras.

128
SEMENTES:
‒‒ Sementes secas moídas são excelentes como vermífugo;

‒‒ Também reduzem as taxas de glicose e triglicérides,


colesterol.

RAÍZES:
‒‒ Ação vermífuga e bactericida;

‒‒ Ótimo contra infecções intestinais, gástricas e do ouvido


médio.

FLORES:
‒‒ Ação antitérmica e expectorante. Útil no tratamento de
gripes e bronquites.

FOLHAS:
‒‒ São tóxicas em altas doses. Apresentam ação calmante,
sedativa, hipotensiva, reduzindo o ritmo cardíaco. É depressora do
SNC;

‒‒ Excelente contra amebas e muitas outras bactérias;

‒‒ Ação anti-inflamatória para inflamações crônicas, como a


artrite;

‒‒ No tratamento da dengue, aumenta a quantidade de pla-


quetas no sangue. Fortalece as membranas celulares (ataques virais);

‒‒ Apresenta ação imunomoduladora, sendo útil no controle


de alergias;

‒‒ Reduz as taxas de açúcar e de gorduras.

129
Manga
Mangifera indica

Seu principal princípio ativo é a mangiferina que tem inúmeras


propriedades medicinais e pode ser encontrada em todas as partes
da planta, contudo, suas maiores concentrações estão na casca do
tronco e nas folhas novas.

O uso da mangiferina é seguro, não sendo encontrados efeitos


colaterais relevantes nas doses recomendadas. Somente pessoas
alérgicas a manga ou a algum de seus princípios ativos não devem
usar a mangiferina.

O extrato feito a partir da casca do tronco apresenta importante


ação anti-inflamatória, inclusive em doenças inflamatórias crônicas,
como reumatismo e artrite.

O extrato do tronco da mangueira também demonstrou ati-


vidade estimulante do sistema imunológico.

A mangiferina, demonstrou excelente ação em evitar o desenvol-


vimento e a proliferação do câncer do intestino.

Contra doenças autoimunes, a mangiferina tem excelente ação,


reduzindo e controlando a ação do sistema imunológico. Ainda, de-
monstra boa ação antialérgica contra alergias crônicas.

Como antitérmica, pode reduzir a febre gradativamente. Como


analgésico, tem potente ação de redução da dor.

130
Nos casos de periodontite, constatou-se sua segurança e efeti-
vidade tanto em prevenir, quanto em combater este problema.

Como gastroprotetora, previne contra lesões no tecido estomacal.

Quanto ao sistema respiratório, tem efeito relaxante, evitando


ou atenuando as crises de asma alérgica. Ainda, apresenta excelente
ação anti-inflamatória para os tecidos do pulmão, servindo como
medicamento contra bronquites, pneumonia e asma, além de o
extrato da casca do tronco apresentar efeito antibiótico contra bac-
térias causadoras de doenças pulmonares.

Apresenta, ainda, proteção cerebral contra danos causados pela


isquemia.

Suas folhas e casca do tronco apresentam uma apreciável


atividade antidiabética, reduzindo as taxas de açúcar, com efeito
semelhante aos medicamentos comerciais.

Ainda, os extratos das folhas se mostraram muito eficientes no


controle do colesterol.

As sementes, sem sua casca dura, são antidiarreicas muito


eficientes.

131
Maracujá
Passiflora edulis / Passiflora incarnata / Passiflora alata

O chá de suas folhas deve ser utilizado com cautela, pois elas
possuem substâncias que se convertem em ácido cianídrico (cianeto)
no organismo e podem levar a pessoa a um quadro de intoxicação.
Por isso se recomenda o cozimento de suas folhas para eliminação
desta substância.

O maracujá verde é muito mais tóxico, enquanto o fruto maduro


perde a toxidade.

Este fruto é fonte de vitaminas A, C e do complexo B. Além disso,


apresenta boa quantidade de sais minerais (ferro, sódio, cálcio e
fósforo).

Possui atividade vasorelaxante e tranquilizante, com efeito se-


melhante aos benzodiazepínicos, que são ansiolíticos (diazepan,
valium, lexotan).

Quando comparado a diazepan, o maracujá amarelo demonstrou


uma capacidade ansiolítica muito parecida, mas sem causar danos
à memória.

A pectina do maracujá, a parte branca na forma de farinha, é


uma fibra solúvel muito importante na nutrição por sua capacidade
de eliminação de gorduras, sendo um fundamental incremento
na alimentação de pessoas que precisam perder peso. Ainda, esta
mesma farinha mostrou-se funcional no controle da glicemia.

132
No extrato das folhas do maracujá-roxo, também foi verificada
uma expressiva atividade controladora da glicemia.

Foi verificado que os extratos das folhas de maracujá realmente


possuem atividade ansiolítica e sedativa. Efeito ansiolítico também
foi verificado no extrato produzido com as flores do maracujá-roxo.

O maracujá amarelo mostrou capacidade depressora do sistema


nervoso central.

O uso do extrato de maracujá em associação com diazepan,


evitou a dependência causada pelo medicamento.

As crises epiléticas podem ser atenuadas com o extrato alcoólico


da planta, eliminando também os efeitos depressivos do uso de dia-
zepan após a crise.

Quanto ao distúrbio do sono, pessoas tratadas com chá de


maracujá tiveram melhora na sua condição. Em crianças com trans-
torno de déficit de atenção (TDA), o extrato de maracujá mostrou
melhora no quadro geral dos pacientes.

No caso de tabagismo, facilita o abandono da dependência por


nicotina, reduzindo significativamente a crise de abstinência.

Contra tosse, o efeito do extrato de maracujá foi comparável ao


fosfato de codeína. Auxilia também no tratamento da asma.

133
Melão
Cucumis melo

Pode-se consumir as sementes e a casca do fruto, além de sua


polpa.

A casca do fruto serve para a preparação de sucos e seu sabor


é muito parecido com o da polpa. É rica em pectina, o que impede
a absorção de gorduras pelo organismo, em compostos fenólicos,
flavonoides, carotenoides e outras substâncias com importantes
funções biológicas.

Além disso, é mais rica em vitaminas e minerais do que a polpa.


Outra alternativa é cozinhar a casca e utilizá-la em refogados e
saladas.

As sementes tem ação anti-inflamatória e anticancerígena,


podendo ser transformada em pó para consumo junto com a
alimentação.

Como anti-inflamatório e analgésico, o extrato alcoólico das se-


mentes demonstrou uma potente atividade em reduzir inflamações,
além de reduzir a sensação de dor.

Nas úlceras estomacais, os extratos feitos a partir das sementes


têm elevada capacidade gastroprotetora, levando à regeneração
das úlceras.

134
Na proteção do fígado, o talo do melão demonstrou capacidade
de proteger as células hepáticas de intoxicações, cirrose crônica,
hepatite e outras injúrias do fígado.

Como diuréticas, as sementes do melão aumentam, expressiva-


mente, o volume de urina.

No controle do hipotireoidismo, a casca de melão demonstrou


capacidade em estimular a produção de hormônios pela tireoide.

Além disso, no diabetes, o fruto mostrou capacidade de controlar


com sucesso a glicose sanguínea. Ainda, o extrato feito das folhas do
melão tem uma significativa ação hipoglicemiante, controlando os
níveis de glicemia. As sementes demonstraram excelente atividade
em inibir a hiperglicemia.

Como anti-hipertensivo, extratos produzidos a partir de brotos


de melão tem a capacidade de inibir a proteína angiotensina, redu-
zindo a pressão arterial.

Combatendo vermes intestinais, as sementes de melão tem ex-


celentes resultados.

Contra o câncer, um extrato preparado a partir das sementes


de melão demonstrou uma ação comparável à do paclitaxel, um
quimioterápico convencional, contra células de câncer linfático e de
câncer cervical.

Já o suco de melão, reduz o tamanho do câncer da próstata.


Ainda, demonstra a capacidade em combater o câncer de pulmão, a
leucemia, e o câncer da glia, no cérebro.

135
Noz-moscada
Mirystica fragrans

Seu consumo excessivo pode causar toxidade em órgãos como


fígado, rins e pâncreas, assim como forte ansiedade e outros efeitos
estimulantes do sistema nervoso central.

Nas doses recomendadas (1 colher de chá de semente ralada


para cada xícara de água), apresenta atividade anticonvulsionante
significativa.

Excelente atividade antimicrobiana contra diversos tipos de


bactérias, inclusive aquelas responsáveis pela formação de cáries.
Também apresenta ação antifúngica muito expressiva, inclusive
contra a candida albicans e ação inseticida.

O extrato alcoólico reduz significativamente os níveis de coles-


terol, além de uma incrível capacidade de proteger o fígado contra
lesões químicas.

Quanto ao comportamento sexual, o extrato alcoólico de


noz-moscada, demonstrou capacidade de aumentar o desempenho
sexual masculino de maneira intensa e sustentada.

Apresentou duradoura ação anti-inflamatória, atividade anal-


gésica e antitrombótica, reduzindo a agregação plaquetária.

Antidiabética, com a redução dos níveis de açúcar no sangue.

Excelente ação antidiarreica.

136
Previne o desenvolvimento do câncer no colo no útero. No caso
de câncer de pele, reduz em 50% o surgimento de cânceres, assim
como de seu tamanho. No caso de leucemia e de neuroblastoma, o
extrato de noz-moscada foi capaz de induzir as células cancerosas
à apoptose. Apresenta também atividade no combate ao câncer de
mama.

137
Quiabo
Abelmoschus esculentus

A toxicidade para o quiabo é baixíssima, podendo ser consumido


como alimento e como medicamento sem risco à saúde humana.

Como antioxidante, tanto a polpa quanto as sementes torradas e


feitas em pó apresentaram elevada atividade de combate a radicais
livres.

Sua concentração de vitamina C é de 27% da necessidade diária


de uma pessoa. Ela é um dos mais potentes antioxidantes naturais,
contribuindo para o combate ao envelhecimento.

No caso de hemorragias e sangramentos nasais em que o


problema esteja ligado à dificuldade de coagulação do sangue,
o quiabo oferece 50% da necessidade diária de vitamina K a uma
pessoa comum, combatendo este problema.

Na gravidez, o quiabo é importante por sua concentração de


vitamina B, ácido fólico e vitamina C, garantindo o bom desenvol-
vimento do bebê.

No controle da diabetes e na obesidade por conta da diabetes,


as cascas do quiabo e suas sementes na forma de pó têm excelentes
resultados em controlar a glicemia e os níveis de colesterol ruim.

Ainda, no controle da glicemia, o efeito do extrato aquoso de


quiabo é muito parecido com o da glibenclamida.

138
Nos casos de obesidade, o consumo regular de quiabo reduz
significativamente os níveis de colesterol reuim no organismo.

Nos casos de problemas estomacais causados pela bactérias H.


pilory, o quiabo tem uma ação antiadesiva sobre a bactéria, impe-
dindo que ela se fixe na parede do estômago.

No sistema imunológico o consumo de quiabo aumenta a ati-


vidade de defesa do organismo.

139
Romã
Punica granatum

As flores de romã protegem os rins e reduzem os efeitos causados


pela insuficiência renal.

Sobre a pressão arterial, o uso do suco da romã demonstra boa


atividade controladora das hipertensões.

Na colite ulcerativa, o extrato de suas flores evita a formação das


úlceras.

Como antibiótico, combate com eficiência a Candida albicans,


fungo causador da candidíase. Contra diversos tipos de bactérias e
fungos, o extrato das cascas tem excelente ação antibiótica.

Como antiviral, o extrato das cascas impede a replicação e causa


a morte dos vírus da herpes genital. Contra o vírus da gripe humana,
os extratos da casca inibem a proliferação do vírus.

No combate a diarreias, o extrato da casca do fruto é muito


eficiente.

Como anti-inflamatório, as cascas de romã são eficientes contra


doenças inflamatórias crônicas, como a osteoartrite.

As flores de romã protegem os rins e reduzem os efeitos causados


pela insuficiência renal.

Sobre a pressão arterial, o uso do suco da romã demonstra boa


atividade controladora das hipertensões.

140
Salsa
Petroselinum crispum / Petroselinum sativum

Em excesso, pode causar dor de cabeça, aborto, problemas do


fígado, dos rins e do intestino. Pode causar sensibilidade na pele e
piorar queimaduras de sol.

Antibiótica contra vários tipos de bactérias e fungos, como a


Candida albicans, causadora da candidíase.

Apresenta atividade antidiabética, aumentando a atividade do


pâncreas.

Protege o fígado de portadores de diabetes.

Protege o estômago da formação de úlceras, reduzindo a pro-


dução de suco gástrico.

Apresenta atividade anti-inflamatória significativa e excelente


atividade de proteção no fígado em caso de lesões causadas por
agentes químicos.

Efeito protetor do cérebro contra danos oxidativos. Pode pre-


venir doenças degenerativas em função da idade, por exemplo.

Apresenta atividade imunossupressora. É útil no controle de


alergias crônicas. Não deve ser consumida por pessoas com pro-
blemas imunológicos.

141
As sementes apresentam uma atividade antiespasmódica e
analgésica, sendo útil para tratar cólicas intestinais e uterinas.

Estimula a produção de espermatozoides e a sua viabilidade. Em


mulheres, aumenta produção de hormônios femininos, podendo ser
útil na menopausa.

Apresenta ação anti-hipertensiva.

Já no extrato alcoólico como o óleo essencial, apresenta ati-


vidade inibidora do desenvolvimento do câncer de mama.

142
143
Capítulo 6

15 dias para
rejuvenescer
seu coração
• 1 novo hábito por dia: Vença a hipertensão e suas sequelas
em 15 dias;

Para contribuir em sua missão de derrubar a hipertensão, criei


este passo a passo.

Aqui neste espaço você terá, catalogado, tudo que precisa fazer
em 15 dias para melhorar a sua pressão alta.

É importante lembrar que a hipertensão é um sintoma que revela


um pedido de socorro do seu organismo.

É um sinal de que muitas doenças, incluindo estresse e an-


siedade, estão habitando o seu corpo e deixando o funcionamento
em descompasso.

Por isso, para atacá-la é preciso agir em diversas fontes, de


maneira integrada e multifatorial.

Estabeleça um compromisso de colocar em prática uma dica por


dia.

Depois, avalie os resultados.

145
DIA 01: BEBA 2L DO SEU MELHOR
REMÉDIO
Quantos copos de água você já bebeu hoje?

Pode parecer uma pergunta boba e desimportante… mas na


verdade, muitas pessoas nem sequer bebem um copinho de água
por dia. E essa realidade é mais frequente do que você imagina.

Beber um ou dois copos ao dia talvez seja a realidade de milhões


de pessoas. E, de verdade, a maioria acredita que consumir sucos,
refrigerantes ou outras bebidas, já seja um grande avanço para a
saúde, e que essas bebidas possam compensar o consumo de água.

Mas não é bem assim.

Faça um experimento.

Pegue um copo de água pura e outro copo com a mesma quan-


tidade de suco longa vida ou de refrigerante. No copo com água, vá
colocando açúcar e mexa para dissolvê-lo, colocando cada vez mais
açúcar, até que se forme um acúmulo no fundo do copo e não seja
mais possível dissolvê-lo.

Anote quantas colheres de açúcar você conseguiu dissolver.

Agora, faça o mesmo procedimento com o suco longa vida ou


refrigerante, e veja até onde você consegue dissolver o açúcar. Ao
comparar o resultado dos dois copos, vai verificar que o copo com

146
água limpa e pura foi capaz de dissolver muito mais açúcar do que
o suco ou refrigerante.

Sabe por quê?

A água, assim como todos os solventes do mundo tem uma


capacidade máxima de dissolver as demais substâncias. Quando
atingimos este limite, a água já não dissolve mais nada.

Assim é no nosso organismo também. Quando ingerimos água


pura, ela é capaz de dissolver sais, açúcares, proteínas, aminoácidos,
etc.

Se ingerimos sucos, refrigerantes ou qualquer outra bebida,


esta capacidade da água já está comprometida com todos os ingre-
dientes dessa bebida.

E, no nosso organismo, ela também não terá a mesma capa-


cidade, comprometendo nossa digestão, nossa circulação, nossa
pressão arterial, etc.

Por isso é tão importante que estejamos consumindo água pura


de verdade todos os dias.

Especialistas recomendam a ingestão de 1 a 2 litros de água por


dia. Mas isso é mínimo!

Esta quantidade é variável de acordo com a dieta que a pessoa


faz, a quantidade de exercícios diários que realiza, seu peso corporal,
sua taxa de metabolismo, o clima de onde vive, etc.

Perdemos água na urina, nas fezes, no suor, na respiração etc…

Para o controle da pressão arterial, o consumo de água é de


extrema importância.

Quanto menos água você tem no corpo, mais espesso fica o


sangue (mais grosso, como dizem popularmente), fazendo com que
o coração tenha que trabalhar muito mais.

147
Além disso, este sangue pobre em água, acaba ferindo com mais
facilidade a parede das artérias, aumentando significativamente o
risco de doenças arteriais, como a arteriosclerose, o AVC e o infarto.

A recomendação é que você tome 1 copo de água (200ml) a cada


hora. Isso mesmo! De hora em hora, um copo de água.

Pode parecer muito…

Mas se você imaginar uma pessoa que tem uma rotina diária de
12 horas, ela terá consumido 12 copos de água, o que equivale a 2,4
litros ao dia. Isso é muito bom.

Para muitas pessoas, tomar água é uma dificuldade, seja pelo


sabor (ou pela falta de sabor), seja pelo acesso, afinal nem sempre
estamos perto de uma fonte de água.

Para o primeiro problema, a única solução é se acostumar o mais


rápido possível e enfrentar a necessidade de tomar água.

Para o segundo problema, carregar consigo uma garrafinha já é


uma boa solução.

Se a água estiver ao seu lado, tenho certeza de que você vai se


lembrar de tomar.

Lembre-se, isso é pela sua saúde!

148
DIA 02: DORMIR TAMBÉM É REMÉDIO
Vou falar do sono, ou melhor, da qualidade do seu sono e como
ela interfere diretamente em sua pressão arterial.

Eu costumo dizer que o bom sono é um dos ingredientes


essenciais para uma boa saúde. Cada vez mais, vejo pessoas negli-
genciando isso e sofrendo silenciosamente com seus efeitos.

Digo silenciosamente, porque, na maioria das vezes, não conse-


guimos contabilizar o prejuízo que dormir mal traz para a saúde.

Por isso, é tão importante falarmos sobre este assunto!

Uma pessoa com mais de 64 anos, precisará dormir pelo menos


7 horas de bom sono toda noite. Isso é o mínimo para uma boa re-
generação de suas células, para evitar dezenas de doenças e para
controlar bem a pressão arterial.

E você, tem dormido bem?

A maioria das pessoas comete erros graves ao dormir, o que


compromete a qualidade do sono.

Não adianta apenas deitar-se 22h e acordar às 6h da manhã.

Tempo de sono não representa a qualidade do seu sono. E como


garantir que seu sono seja de qualidade?

149
Para começar, temos um círculo vicioso entre mau sono e
hipertensão.

Ou seja, quanto pior é seu sono, pior sua pressão. Quanto pior
sua pressão, pior o seu sono. E assim por diante.

Uma pesquisa realizada pela Universidade do Extremo Sul


Catarinense, demonstrou que a qualidade do sono de pacientes
hipertensos era muito pior, quando comparada a pacientes não
hipertensos. Esta pesquisa acompanhou o sono de 280 pessoas com
hipertensão arterial.

Desta forma, você precisa melhorar o seu sono para melhorar


sua pressão e precisa melhorar sua pressão, para melhorar seu sono.
Uma sinuca de bico, não é mesmo?

O caminho para resolver esse impasse é tratar as duas frentes,


ou seja, controlar a pressão com as plantas medicinais e tomar
medidas que melhorem seu sono. Tudo ao mesmo tempo.

Os resultados vão acontecer, se você fizer tudo direitinho.


Lembre-se, depende mais de você do que das plantas.

Agora, para melhorar a forma como você descansa seu corpo, vou
deixar aqui um conjunto de dicas que podem fazer toda a diferença.

1) Tenha horário regular para dormir e acordar, mesmo nos


fins de semana.

O organismo trabalha com ritmos. Se você costuma dormir às 22


horas, ao chegar perto desse horário, o corpo estimula a secreção de
melatonina e reduz a temperatura corporal — induzindo o sono. Se
você não estabelece um hábito de sono, o corpo nunca sabe quando
precisa parar e preparar seu organismo para dormir, o que leva à
insônia e reduz a qualidade do sono.

150
2) Evite assistir televisão na cama.

Toda luminosidade ou claridade, mesmo artificial, é interpretada


pelo cérebro como se fosse luz do sol, ou seja, como se fosse dia. Por
“achar” que é dia, o cérebro não estimula a secreção da melatonina,
hormônio que induz o sono. Por isso, é tão importante dormir no
escuro total, sem luzinhas, abajures, luminárias e sem televisão.

3) Se acordar no meio da noite, não fique na cama.

Se a pessoa acorda ansiosa no meio da noite, pode demorar


muito para dormir se insistir em permanecer deitado. O ideal é le-
vantar-se, tomar um chazinho relaxante e voltar a deitar. Isso reduz
a ansiedade e facilita o sono.

4) Evite tomar bebidas estimulantes após as 16 horas.

Café, refrigerantes de cola e alguns tipos de chás (como o verde)


possuem substâncias estimulantes do sistema nervoso central,
como a cafeína e a teína. Esses estimulantes deixam o organismo
em estado de alerta. Para quem já tem tendência à insônia, a reco-
mendação é evitar essas bebidas a partir das 16 horas. Assim, até a
hora de dormir, o efeito dos estimulantes já vai ter passado e pegar
no sono será mais fácil.

5) Não pratique atividade física perto da hora de dormir.

A atividade física é estimulante para o organismo, pois provoca


a produção de substâncias como a adrenalina. Os efeitos diminuem
somente cerca de quatro horas depois da prática, o que pode atra-
palhar o sono.

Caso a rotina não permita exercitar-se em outro horário, a reco-


mendação não é abandonar os exercícios. Apesar de estimulante, a
atividade física ajuda a controlar o sono de maneira geral, por causa,
principalmente, das endorfinas, neurotransmissores relaxantes libe-
rados após o exercício.

151
6) Não consuma álcool antes de dormir.

Tomar uma taça de vinho antes de dormir ajuda a relaxar, mas


prejudica o sono. Quando o álcool entra na corrente sanguínea, o
cérebro recebe um sinal para entrar em estado de alerta.

Desregulado, o sono não vai permanecer na fase REM (movi-


mento rápido nos olhos), aquela em que a pessoa mais descansa.

7) Desligue o celular e o computador uma hora antes de


dormir.

Estudos já constataram que utilizar qualquer tipo de aparelho


eletrônico, como vídeo game, celular e computador, até uma hora
antes de deitar pode atrapalhar o sono.

A exposição à luz artificial aumenta o estado de vigilância do


organismo e anula a liberação de melatonina, hormônio indutor do
sono.

Até o simples hábito de trocar mensagens pelo celular à noite


interfere no repouso, de acordo com uma pesquisa.

Bom, agora, você já sabe. Se quer ter a pressão controlada, é


bom começar a cuidar também do seu sono. Sua saúde está em suas
mãos.

152
DIA 03: APOSTE EM PLANTAS CONTRA O
ESTRESSE
Respire, feche os olhos, relaxe e deixe seu corpo se regenerar.

Sentiu o ar entrar nos pulmões? Sentiu o coração se acalmar?


Seu cérebro relaxou?

Mas diante do cenário geral que temos na sociedade, podemos


compreender que a grande e esmagadora maioria das pessoas está
sujeita ao risco do estresse.

Agora, o crítico é que ninguém pode mudar a maneira como


você cuida da sua vida… só você mesmo!

E, se você entende que tomar um “diazepanzinho” de vez em


quando é normal, que um “rivotrilzinho” duas vezes na semana é
tranquilo e que uma “fluoxetinazinha” todos os dias pela manhã
é uma ótima forma de controlar o estresse, é bom você abrir seus
olhos.

Medicamentos como esses causam dependência química e


trazem dezenas e dezenas de efeitos colaterais que podem ser muito
piores do que o estresse original que você tinha.

E se você está nessa, a boa notícia é que existem alternativas


viáveis, seguras e saudáveis que você pode adotar hoje mesmo.

E garanto que te trarão excelentes resultados.

153
A primeira coisa é dar valor ao que merece valor…

E talvez essa seja a parte mais difícil.

Mas é crucial começar a valorizar aquilo que vale a pena.

Afinal, hospitalizado, doente, intoxicado de medicamentos para


reverter tantos problemas causados pelo estresse, você não vai ter,
efetivamente, resolvido nada. Vai ter só perdido sua saúde, o que, a
meu ver, não vale muito a pena.

A segunda coisa é apostar em chás que podem te trazer mais


equilíbrio emocional para tratar de seus problemas e obrigações.

Plantas como:

• Erva-cidreira-verdadeira (Melissa officinalis)

• O maracujá (Passiflora edulis);

• O mulungú (Erythrina sp.)

Todas são ótimas opções para um chazinho pela manhã e outro


antes de deitar-se.

Como sugestão para hoje, peço que você conheça o mulungú.

O mulungú pertence a árvores que fazem parte do gênero


Erithryna. Elas têm a coloração vermelho e alaranjada com muitas
propriedades medicinais.

São popularmente usadas como relaxante muscular e para


melhora do sono.

O mais comum é usar a casca do tronco. No entanto, é uma planta


que requer cuidado na dosagem porque seu efeito pode ser forte.

Use 1 colher de sobremesa para cada xícara de água.

154
DIA 04: O MELHOR SAL PARA SUA SAÚDE
Tem coisas que a gente não percebe, mas acabam tendo in-
fluência direta na nossa vida e na nossa saúde.

Com certeza, você já deve ter ouvido falar muito sobre os perigos
do uso do sal e que devemos reduzir o seu consumo consideravel-
mente, não é mesmo?

Realmente o consumo do cloreto de sódio, que é a substância


química que compõe o nosso sal de mesa (aquele branco que com-
pramos baratinho nos supermercados), tem sido muito alto em
nossa sociedade.

As pessoas comem sal demais!

Mas será mesmo? Será que isso é verdade?

O sódio (Na) é um importante elemento na nossa contração


muscular, na transmissão de impulsos pelos neurônios e no equi-
líbrio osmótico das nossas células.

Sem sódio, tudo isso falha.

O cloro (Cl) também é muito importante e participa do equilíbrio


do pH (equilíbrio ácido-base) do nosso sangue e na produção de
ácidos estomacais.

Então, o problema do sal não são os elementos que o compõem.

155
O problema está no processo pelo qual o sal é produzido e a
quantidade em que nós o consumimos.

Quando falamos de sal de mesa, estamos falando puramente de


NaCl, ou Cloreto de Sódio.

Mas nem sempre o sal foi assim…

Ao ser extraído do mar ou de minas terrestres de sal, ele é com-


posto por dezenas e dezenas de outros minerais.

Se você observar o sal bruto, retirado do mar, ele é cinzento, não


é branquinho como o sal da maioria dos saleiros.

Isso acontece porque o sal refinado, de mesa, passou por muitos


processos químicos de branqueamento para se tornar o sal que
conhecemos.

E muitas das substâncias químicas que são usadas neste pro-


cesso de branqueamento são tóxicas para nosso organismo.

Daí é que vem o risco de hipertensão arterial, arteriosclerose,


problemas renais, etc.

Se moderamos este consumo, o risco diminui significativamente.

Hoje, a média de consumo de sal do brasileiro é de 12g/dia, ou


seja quase 2,5 vezes mais do que o máximo recomendado. Não per-
cebemos todas as fontes de sal que ingerimos.

Primeiro porque ele já é naturalmente encontrado na natureza e


faz parte de tudo o que comemos.

E quando você percebe, a pressão já está nas alturas.

Mas e aí, o que fazer?

Não posso consumir demais, porque me causa problemas car-


diovasculares. Não posso reduzir demais porque suas substâncias
químicas me farão falta.

156
Bom, precisamos pensar em alternativas e eu quero tentar te
ajudar aqui.

Muito se ouve falar, atualmente, sobre outros sais, como o sal


rosa do himalaia, o sal negro, o sal marinho, o sal integral.

Mas desses todos, qual seria a melhor opção para o consumo


diário?

Uma coisa já posso dizer, sais que não foram refinados são mais
saudáveis e mais nutritivos.

Trazem em sua composição natural dezenas e dezenas de outros


elementos químicos, além do sódio e do cloro.

Alguns sais podem passar de 80 minerais diferentes, alguns deles


difíceis de serem encontrados na alimentação e que têm papel es-
sencial para nosso organismo.

Um exemplo, é o magnésio, que pode ser encontrado nos sais


não refinados em excelentes concentrações e que auxilia no controle
da hipertensão arterial.

Isso significa que um sal com magnésio ao invés de piorar sua


hipertensão, poderá ajudar a controlá-la.

O magnésio causa relaxamento da nossa musculatura e da mus-


culatura dos vasos sanguíneos.

Mas, no processo de purificação e refino, ele é retirado e eli-


minado da composição do sal.

E qual seria o melhor sal?

Bem, desde que seja de boa procedência e não seja refinado e


purificado, todos são bons.

Cada um com sua composição química específica. O problema


são as adulterações.

157
Isso acontece muito no caso do sal rosa do Himalaia

Por conta de sua procura e por ser um produto necessariamente


importado do Paquistão, é um produto de alto valor agregado e
algumas pessoas, agindo de má fé, tingem o sal grosso convencional
para vendê-lo como sal rosa.

O sal negro é a mesma coisa…

Sal grosso comum, adulterado com corantes para ser vendido


mais caro.

Agora, também não podemos nos deixar enganar por algumas


propagandas. Por exemplo, o sal marinho.

Para começar, no Brasil, todo sal é marinho, ou seja, é retirado


de salinas, onde a água do mar é evaporada e o que sobra no final
é sal bruto.

Este sal bruto é cinza e não tem os grãozinhos todos soltinhos,


como um sal comum.

Além de não receber nenhum tratamento químico para ser


purificado, ele também não recebe os antiumectantes, como o fer-
rocianeto de sódio.

Ele não é tão bonitinho, nem tão charmoso como o sal refinado,
nem é tão chique como o sal rosa, mas é muito saudável.

Justamente porque tem em sua composição todos os minerais


que o sal naturalmente tem.

158
DIA 05 – COMO PARAR DE COMER
AÇÚCAR
Uma pergunta que sempre escuto é: dá para viver sem açúcar?

E a minha resposta é categórica: sem o açúcar de mesa, esse


branquinho, ou mascavo, ou demerara, dá para viver sim e muito
bem.

A humanidade viveu alguns milhares de anos sem nem saber o


que era açúcar.

Até alguns séculos atrás, ninguém adoçava nada. No máximo


usavam mel em algumas preparações. Mas açúcar, nem existia.

Como é que esse povo vivia? Muito bem, obrigado!

Ainda hoje, comunidades indígenas nas Américas, África, Ásia e


Oceania não conhecem açúcar e são extremamente saudáveis.

Dá para viver sem açúcar, sim.

O que não dá para viver é sem carboidratos.

Batatas, raízes, frutos, sementes, castanhas e nozes….

Tudo tem carboidratos. Na carne, no leite, nos ovos. Tudo tem


carboidratos. E é deles que vamos tirar a energia que precisamos
para o bom funcionamento do nosso corpo.

159
O difícil é largar o vício!

Isso mesmo, açúcar é viciante! Ele causa uma sensação de tanta


felicidade e satisfação no cérebro que quanto mais você consumir
açúcar, mais seu cérebro vai querer.

Algumas pesquisas com animais demonstraram que os ratinhos,


depois de um longo período sendo alimentados com açúcar, quando
privados do docinho, tiveram os mesmos sintomas de crise de absti-
nência de uma dependência química.

Isso acontece conosco também!

Por isso, precisamos tanto evitar o excesso do seu consumo, ou


podemos acabar viciados, dependentes, e cada vez mais será difícil
deixa-lo de lado.

Tente ficar uma semana sem consumir açúcar nenhum.

Nem no café, nem no suco, nem no leite, nem doces, nem balas,
nem nada que tenha açúcar e seja realmente doce.

É difícil… Mas, perfeitamente possível!

O que gostaria que você compreendesse é que: ou nos guiamos


pelo nosso desejo e adoecemos, ou nos guiamos pela razão e
mudamos nossos hábitos de vida para ter a saúde que tanto
procuramos.

160
DIA 6: PRESSÃO BAIXA, COMO TRATAR
COM ERVAS?
Muito se fala sobre a hipertensão arterial, mas pouco se fala da
Hipotensão, ou seja da pressão baixa.

Se o padrão convencionado como normal para a pressão é o


famoso 12/8, existirão pessoas que apesar de estarem bem e sau-
dáveis, não conseguem manter este padrão.

Alguns chegarão a 14/9, e tudo bem.

Outros chegarão a 10/6, e tudo bem também.

Isso não significa que a pessoa esteja doente ou tenha algum


problema.

Conhecer seu corpo é sempre algo muito importante.

E agora você vai me dizer… Ok, Daniel, eu já entendi.

Agora, quero conhecer as plantas que podem me ajudar a elevar


a pressão caso ela caia demais.

Então, vamos lá!

Guaraná (Paullinia cupana): pela presença de cafeína, o guaraná


tem uma função estimulante que leva à contração dos vasos san-
guíneos, causando elevação da pressão arterial.

161
Sene (Senna sp.) – Planta normalmente utilizada como estimu-
lante intestinal, para casos de constipação e prisão de ventre. Outro
efeito da planta é aumentar a aldosterona, um hormônio ligado ao
aumento do sódio no sangue e da recaptação de água nos rins. Com
mais aldosterona, os rins reduzem a filtragem e a eliminação do
sódio. Com mais sódio na corrente sanguínea e mais água, a pressão
naturalmente sobe. Seria uma função oposta a dos diuréticos.

Pimenta de macaco (Piper aduncum): planta muito usada


como cicatrizante e antihemorrágico. Esse efeito acontece porque
ele causa a contração dos vasos sanguíneos. Pesquisas demonstram
que esta contração acontece pela presença de adrenalina nas folhas
e a adrenalina é uma das responsáveis pela contração geral dos
vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial.

Poejo (Mentha pulegium): pesquisas mostram que a planta


causa a redução de nitritos e nitratos no sangue. Estas plantas estão
ligadas com a síntese do óxido nítrico, que auxilia no controle da
pressão arterial. Com menos óxido nítrico, a pessoa acaba experi-
mentando uma elevação da pressão arterial.

Alecrim (Rosmarinus officinalis): pesquisas demonstram que


os extratos da planta (chás, tinturas, extratos secos), controlam a hi-
pertensão e evitam problemas cardiovasculares. Já o óleo essencial
concentrado, causa elevação da pressão arterial. Todavia, pessoas
sensíveis à planta podem sentir elevação da pressão mesmo com
seus chás.

162
DIA 7: EMAGREÇA COM AJUDA DESSAS 7
PLANTAS
Você já deve ter escutado que, em nome da sua saúde, é preciso
emagrecer.

Então, eu preciso te contar quais são os dois grandes entraves


que atrapalham este processo.

• É a pressa;

• O imediatismo.

Associados à dificuldade (e falta de vontade) que as pessoas têm


de fazer as mudanças necessárias em sua vida, aumenta cada vez
mais a fila para as cirurgias bariátricas, o uso de medicamentos tarja
preta e as dietas que mais prejudicam a saúde do que ajudam de
verdade.

Eu costumo dizer que se a pessoa não reassume o controle de


sua saúde e não coloca em prática as mudanças necessárias, não
tem milagre!

E essa é uma decisão que só cabe a quem precisa mudar.

Junto com o excesso de peso, chegam os pedidos para controlar


a hipertensão, a diabetes, o colesterol, a gastrite, a ansiedade, a
enxaqueca, as dores nos joelhos e na coluna, e assim por diante.

163
Todos esses são filhos do sobrepeso e da obesidade.

É, mas como eu disse, não tem milagre…

O que eu posso oferecer para te ajudar são novas possibilidades.


E são excelentes as possibilidades que as plantas trazem.

Algumas espécies, por exemplo, agem estimulando nossas


enzimas.

As enzimas podem ser de dois tipos:

• ou que facilitam reações químicas, como é o caso da quebra


dos carboidratos, das proteínas e das gorduras;

• ou enzimas que acabam “nos traindo” e fazem com que a


gente estoque mais carboidrato e engorde.

Ocorre que o mundo moderno e nossos hábitos de vida acabam


fazendo com que, justamente, o organismo tenha mais enzimas
“traidoras”.

A boa notícia é que algumas plantas, como as indicadas abaixo,


podem te ajudar na missão de derrotar as enzimas que não te au-
xiliar e estimular as que te favorecem.

Basta tomar um chá de algumas delas entre 10 a 20 minutos


antes das refeições, para que elas cheguem ao duodeno antes do
seu alimento e inibam a ação dessas enzimas ruins.

Gostou da ideia?

Então vamos conhecer as plantas que têm esta ação de inibição


das enzimas digestivas:

1) Picão-preto (Bidens pilosa / Bidens alaba): demonstrou ca-


pacidade de redução de até 50% na ação da glucosidase, que é a
enzima responsável pela quebra de açúcares na digestão.

164
2) Erva-de-santa-luzia (Euphorbia hirta): inibe a ação da gluco-
sidase, uma enzima envolvida na quebra de açúcares na digestão,
reduzindo, expressivamente, a hiperglicemia pós-prandial.

3) Casca de laranja (Citrus cinensis): as cascas de laranja também


são importantes inibidores das enzimas amilase e glucosidase,
inclusive controlando a diabetes. Todavia, pessoas com hipotireoi-
dismo não podem utilizar as cascas da laranja porque ela reduz a
atividade da tireoide.

4) Pimenta vermelha (Capsicum sp.): as pimentas vermelhas têm


excelente ação inibitória das enzimas digestivas de carboidratos e
realizam esta ação simplesmente sendo incluídas na alimentação.

5) Farinha do bagaço de acerola (Malpighia glabra): o bagaço das


sementes e cascas que sobram da preparação do suco (sem açúcar)
podem ser secas em forno e transformadas em farinha. Esta farinha
é um potente inibidor da maioria das enzimas digestivas, inclusive
amilase e glucosidase.

6) Semente de erva-doce (Pimpinela anisum): reduz em até 94%


a ação da amilase e da glucosidase.

7) Alface (Lactuca sativa): a lactucaxantina, uma substância


isolada das folhas do alface inibiu a ação da amilase e da glucosidase,
duas enzimas digestivas responsáveis pela quebra dos açúcares
durante a digestão, reduzindo a hiperglicemia pós-prandial.

165
DIA 8: USE A GRAVIOLA E MUITO
MAIS PARA BATER O “IRMÃO” DA
HIPERTENSÃO
Alguns problemas de saúde parecem epidemias.

O diabetes, infelizmente, é um destes casos que explodiram


no mundo e costuma aparecer em organismos já castigados pela
pressão alta. Costumo dizer que ambos são irmãos.

Mas existem caminhos seguros para vencer este mal e, mais uma
vez, as plantas medicinais podem te ajudar.

Para começar, vamos entender esse problema.

Você vai ao médico e no exame de sangue ele identificou um


aumento da sua glicemia em jejum.

O que isso significa?

Significa que mesmo tendo passado um longo período sem


comer, enquanto dormia por exemplo, o nível de açúcar no seu
sangue está alto.

Normalmente, ela deveria estar baixinho, perto do limite.

Este resultado demonstra que algo não vai bem com sua saúde.

166
Pode ser seu pâncreas que não funciona bem e produz pouca
insulina, ou a insulina está sendo produzida, mas não está conse-
guindo cumprir seu papel no organismo.

E qual é o papel da insulina?

Insulina é um hormônio produzido por um órgão chamado


pâncreas.

Ele fica do lado direito do seu abdômen, atrás do estômago.

Este órgão possui células especializadas chamadas, de células


betapancreáticas, que são as pequenas usinas produtoras de
insulina.

Esta produção, acontece sempre que há uma nova entrada de


açúcar na corrente sanguínea, a chamada glicose.

Se a glicose aumenta, naturalmente o pâncreas produz mais


insulina e joga na corrente sanguínea.

Na corrente sanguínea, a insulina é distribuída por todas as


células do corpo e executa um papel importantíssimo: ela é uma
espécie de “mordomo”, que abre a porta da célula para a energia
entrar.

Sem a insulina, o açúcar fica livre no sangue e acaba causando


vários problemas para nosso organismo.

Em alguns casos, o pâncreas está tão debilitado, que não


consegue produzir mais insulina – ou produz muito pouco deste
hormônio.

Isso pode acontecer quando a pessoa tem diabetes tipo 1, que é


autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico ataca o pâncreas
e mata as células produtoras de insulina.

Este tipo de diabetes normalmente é congênito, ou seja, a


pessoa já nasce com ele e acaba manifestando o problema desde a

167
infância. Isso quer dizer que se, você encontra uma criança de 5 anos
diabética, provavelmente ela sofre de diabetes tipo 1.

Nos casos em que o pâncreas funciona mal ou vai deixando de


funcionar ao longo da vida, temos a diabetes tipo 2.

Neste caso, as pessoas desenvolvem o problema já adultas e os


motivos para que isso aconteça são variados. Um desses problemas
é a alimentação.

Cada vez comendo mais produtos sintéticos, quimicamente pro-


cessados, cheios de aditivos químicos que muitas vezes prejudicam
o pâncreas e muitos outros órgãos.

Se seu pâncreas vai bem, ele consegue fazer seu nível de glicemia
voltar ao normal, transformando todo este açúcar em gordura e re-
servas no fígado.

Agora, tudo tem limite.

E o limite do seu pâncreas é bem claro.

Quanto mais picos glicêmicos você causa comendo, mais açúcar


do que deveria, mais ele entra em estresse e vai ficando cansado. Até
que entra em falência.

Com o tempo, você pode tanto desenvolver uma resistência à


insulina quanto o diabetes propriamente dito.

Alguns medicamentos químicos também podem prejudicar a


produção pancreática.

Falo, por exemplo, da betametasona, que é um quase um coringa


dos médicos. Trata problemas inflamatórios, alergias, problemas
das glândulas, etc. Mas cobra um preço caro, pois pode ser gatilho
de diabetes.

168
Hidroclorotiazida, que é um diurético muito popular para o
tratamento da hipertensão e edemas, também é um potencial em
tornar seu corpo diabético.

Estatinas, como a sinvastatina, muito usada para o controle dos


níveis de colesterol, é outra.

A solução para isso não é nenhum mistério.

Alimentar-se bem e cuidar do seu corpo de maneira natural é um


bom caminho para evitar o diabetes ou deixá-lo bem longe de você,
principalmente se você tem histórico da doença na família.

Coma melhor, se exercite, deixe de fumar e tudo o mais que você


já sabe que deve fazer.

E lógico: aposte nas plantas medicinais que têm a capacidade de


te ajudar a controlar a glicemia ou mesmo regenerar seu pâncreas
para que ele tenha um melhor funcionamento.

Vamos conhecê-las?

– Folhas de Graviola (Annona muricata) – além de controlar a


glicemia e proteger as células beta-pancreáticas, ainda causa a sua
proliferação e regeneração.

– Semente de Jambolão (Syzygium jambolanum) – o extrato


alcoólico das sementes demonstrou boa atividade no controle da
glicemia, com resultados semelhantes aos da clorpropamida. A
semente de jambolão é estimulante das células pancreáticas se-
cretoras de insulina, podendo aumentar em até 16% a produção de
insulina.

– Fruto do Melão-de-São-Caetano (Momordica charantia) – pode


reduzir a glicemia em jejum em até 48%. Possui substâncias com
atividade similar à insulina. Estimula a produção de insulina no pân-
creas. Com o uso do pó do fruto seco, durante 16 semanas, pacientes
com diabetes tipo 2 tiveram excelentes resultados no controle da
glicemia e não apresentaram efeitos tóxicos.

169
– Alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia) – Estimula a
produção de insulina pelo pâncreas, protege o pâncreas e aumenta
a eficiência da insulina na corrente sanguínea.

– Salsa (Petroselinum crispum) – Apresenta atividade antidia-


bética, aumentando a atividade do Pâncreas. Protege o fígado de
portadores de diabetes.

– Cajueiro (Anacardium occidentale) – demonstraram não


somente a capacidade de controlar a glicemia, como de proteger e
promover a regeneração das células do pâncreas, de proteger os rins
contra os efeitos da diabetes.

Essas são algumas das possibilidades que as plantas oferecem


para tratar a diabetes e ter sua glicemia em dia, sem ter que passar
pelos efeitos colaterais das medicações químicas.

Claro, que seus resultados serão tão melhores quanto forem


seus hábitos de vida (lembre-se, não tem milagre).

Quanto melhor você realizar seu tratamento, com as plantas cor-


retas, na dosagem correta e com a posologia correta, mais eficiente
será seu tratamento.

Agora, é só começar.

170
Dia 9: PARA USAR EM SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA
Respire fundo, feche os olhos.

Encha os pulmões de ar e vá soltando bem devagarzinho en-


quanto faz uma contagem regressiva de 10 a 0.

Vá se acalmando.

Agora tome um copo de água lentamente.

Respire fundo e espreguice-se.

Abra seus olhos vagarosamente enquanto continua uma respi-


ração profunda.

Melhorou? Aposto que sim.

Pode parecer besteira, mas em uma situação de grande estresse,


se você sair para um local mais reservado (pode ser no banheiro) e
fizer este procedimento, tenha certeza de que sua percepção sobre
o problema que precisa resolver vai mudar.

Utilize essa tática em situações de emergência.

O oxigênio é o principal combatente do estresse.

Você faz e o alívio é imediato.

171
Dia 10: CONHEÇA OS DIURÉTICOS
NATURAIS
O ser humano tem uma tendência natural em exagerar em tudo,
já percebeu?

É difícil encontrar uma pessoa totalmente comedida.

Tem pessoas que comem em excesso só porque gostam de


comer. Outras pessoas bebem cerveja em volumes absurdos.

Chocolates demais, carne demais, refrigerantes demais, exer-


cícios físicos demais, trabalhar demais…. e com o sal não seria
diferente.

O problema de todos os exageros da nossa vida é que eles trazem


prejuízos ao organismo.

Cometer um excesso presume ultrapassar um limite. Quando


falamos dos limites do nosso corpo, os resultados podem ser
catastróficos.

Hoje, eu quero te ajudar a tratar um desses problemas que


criamos com nosso modo de vida.

Como resolver os edemas (inchaços)?

Primeiro, preciso que você saiba que o volume do corpo


aumenta porque existe líquido se acumulando no tecido subcutâneo
(abaixo da pele).

172
Este líquido vem do extravasamento dos fluidos dos vasos san-
guíneos ou linfáticos.

Isso pode acontecer por diversos motivos e problemas, como


problemas renais, cardíacos, doenças autoimunes, problemas arte-
riais, venosos, inflamações, etc.

Se o coração não é forte o suficiente, a circulação fica com-


prometida, o que leva ao acúmulo de líquidos principalmente nas
pernas.

Mas, este acúmulo de líquidos pode também atingir a cavidade


abdominal e os pulmões, gerando outros problemas.

Se os rins não funcionam adequadamente, temos também pro-


blemas de acúmulo de líquidos. Ou seja, ao invés de colocar água
para fora do corpo, ela é reabsorvida e volta para a circulação.

Neste caso, o problema é uma insuficiência renal.

Da mesma forma, varizes, trombose e o período menstrual


complicam a circulação sanguínea e acaba ocorrendo acúmulo de
líquidos, gerando os inchaços.

Evidentemente, podemos usar nossas queridas plantas medi-


cinais para nos ajudar neste caminho.

Muitas plantas têm excelente efeito diurético, ou seja, aumentam


a filtragem renal e a excreção de sais e de água.

Algumas dessas plantas têm a mesma eficiência de diuréticos


químicos, como a Furosemida e a Hidroclorotiazida.

Mas o melhor neste uso é que são plantas de fácil acesso e que
não trazem efeitos colaterais para o organismo.

Vamos conhecer algumas?

173
– Sementes de Melão (Cucumis melo) – Sua ação diurética é com-
parável à da furosemida, aumentando expressivamente a produção
de urina. Pode se consumido na forma de chás, devendo ser bem
trituradas as sementes para a decocção.

– Sementes de Coentro (Coriandrum sativum) – A decocção de


suas sementes quebradas tem importante ação diurética, com-
parável à da Furosemida. Não deve ser usado quando se deseja
engravidar, ou durante a gestação.

– Capuchinha (Tropaeolum majus) – Como diurético, o extrato da


planta causou aumento significativo da excreção de sódio pela urina
e, em doses elevadas, aumentou o volume de urina.

O uso da capuchinha pode ser tão eficiente quanto da hidro-


clorotiazida na ação diurética, sem causar toxicidade aos rins. Não
altera a excreção de cálcio e potássio, sendo segura, em casos de
osteoporose. Pode ser consumida na forma de saladas.

Não deve ser usado por pessoas com dificuldade de coagulação,


tendência a sangramentos ou no pós operatório.

– Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus): apresentou ação


diurética equivalente à da hidroclorotiazida, medicamento comum
utilizado por hipertensos. Ainda ficou comprovada sua ação hipo-
tensora e antihipertensiva. Além disso, foi demonstrado seu efeito
protetor e regenerador dos rins.

- Crajirú (Arrabidaea chica) – Potente diurético, capaz de au-


mentar em 80% o volume de urina.

- Quebra-pedra (Phyllanthus sp.): excelente ação diurética,


melhora a filtração renal. Aumenta a excreção de sais e de ácido
úrico. Em excesso pode causar problemas do fígado.

- Dente-de-leão (Taraxacum officinale): aumenta significativa-


mente a produção de urina no prazo de algumas horas após seu uso.

174
Com o uso de algumas dessas plantas, você pode ter uma
melhora significativa nos seus inchaços, eliminando não apenas
maior quantidade de água, mas do sódio, que é o causador do
acúmulo de água.

Isso sem intoxicar seus rins e outros órgãos com diuréticos


químicos.

Faça 1 litro de chá com as plantas que preferir ou tiver à dispo-


sição. Deixe esfriar, adicione limão e tome gelado ao longo do dia.

175
Dia 11: TRANSFORME A QUITANDA EM
UMA FARMÁCIA
– Nossa, eu não tive tempo!

– Caramba, eu me esqueci!

– Ai, a vida anda tão corrida…

– Eu não comecei ainda, mas to quase começando.

– Eu não achei essas plantas que você me indicou.

Já perdi as contas de quantas vezes eu escuto “desculpas” como


essas acima para as situações em que as pessoas não priorizam o
uso das plantas medicinais.

Mas, a verdade, é que todas as pessoas que eu conheço que não


encontram tempo para cuidarem da saúde, acabaram tendo que
buscar tempo para dar conta de suas doenças.

Para tentar minimizar esse problema, eu estou sempre pensando


em como facilitar cada vez mais o uso e o acesso das pessoas às
plantas.

E é impressionante o que elas podem fazer pela sua saúde.

Berinjela, alho, cebola, laranja, limão, gengibre, noz-moscada,


salsinha, beterraba, chuchu…

176
Cada uma dessas plantas traz impressionantes potenciais para o
tratamento de dezenas e dezenas de problemas de saúde.

E tudo com experimentos científicos que justificam seu uso, sua


segurança e sua eficácia.

São tratamentos para gastrite, hipertensão, diabetes, colesterol,


problemas do fígado, dos rins, trombose, varizes, insônia e tantos
outros.

Os resultados são surpreendentes, tanto pela simplicidade,


quanto pela facilidade.

– Beterraba (Beta vulgaris rubra) – Tem importante ação antihi-


pertensiva, sendo considerada um tratamento de emergência para
a hipertensão, quando a pessoa tem um pico hipertensivo. Um suco
concentrado de beterraba consegue baixar em 1 hora a pressão ar-
terial descontrolada, normalizando-a.

– Chuchu (Sechium edule) – Tanto sua polpa quanto sua casca


são capazes de auxiliar no controle da pressão arterial. Resultado
excelente é encontrado na forma do suco. Um fator que contribui
para este fato é sua elevada capacidade diurética. Além disso, a
planta tem ação cardiotônica, ou seja, fortalecedora do coração.

– Alface (Lactuca sativa) – O extrato de alface tem a capacidade


de inibir a ação da angiotensina, causando relaxamento das artérias
e redução da pressão arterial. Além disso, tem efeito calmante e re-
laxante para pessoas que sofrem de estresse, que é um fator de risco
para a hipertensão.

– Agrião (Nasturtium officinale) – O consumo de agrião diaria-


mente é capaz de reduzir e normalizar a pressão arterial, no prazo de
30 dias. Pode ser consumido na forma de suco ou saladas. Ainda tem
excelentes efeitos no controle do colesterol e da diabetes.

– Inhame (Colocasia esculenta) – Reduz o risco de doenças


cardiovasculares, inclusive reduzindo em até 55% a síntese de

177
colesterol pelo fígado. Auxilia no controle da hipertensão arterial e
das arritmias cardíacas, pela alta concentração de potássio.

Bom, agora você pode vencer as desculpas que atrapalhavam a


sua decisão em priorizar a saúde.

Tenho certeza que vai se impressionar com os resultados.

178
Dia 12: A RELAÇÃO ENTRE UM REMÉDIO
PARA PRESSÃO E O CÂNCER
Há um consenso na nossa sociedade: Ninguém quer ficar doente.

Isso, quando falamos de câncer, é uma unanimidade ao cubo, ou


seja: ninguém quer nem pensar nesta possibilidade.

Tem gente que nem diz o nome da doença para não atrair…

Há uma crescente preocupação entre todas as pessoas com o


aumento da incidência de câncer. E isso ocorre a olhos vistos.

Não é incomum ouvir relatos de pessoas que estão passando por


este problema ou que conhecem alguém que está.

Vamos aprender mais sobre o assunto e saber quais plantas me-


dicinais podem te ajudar na prevenção?

O problema é que câncer não é um problema só.

Este é um nome genérico, dado a mais de 100 doenças diferentes.

Isso acontece, porque dependendo da célula de onde o câncer se


origina, ele é um câncer diferente.

Se ele começa no fígado, no rim, no baço, nas células sanguíneas,


nos linfonodos, na garganta, nos ossos, na tireoide, no pâncreas, no
pulmão, no útero, na próstata…. tudo muda.

179
Mas, há um ponto em comum sobre o “iniciar” do câncer. Que vai
além da alimentação e dos hábitos de vida, como você já deve saber.

E, é por isso que neste ensaio sobre hipertensão, eu estou tra-


zendo o assunto câncer.

Continue comigo.

Recentemente a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância


Sanitária) lançou um alerta sobre o risco de câncer de pele causado
pela Hidroclorotiazida, recomendando que todos os médicos, ao
indicarem este medicamento aos seus pacientes, que alertem sobre
os riscos de câncer.

Este medicamento está entre os mais utilizados para o trata-


mento da Hipertensão Arterial. É um forte diurético, contribuindo
para a redução da pressão arterial.

Até aí, tudo bem.

O problema é que este tipo de diurético causa fotossensibilização


da pele, ou seja, deixa a pele mais desprotegida contra os raios UV,
que são os maiores causadores do câncer de pele.

Sobre este tipo de câncer, temos a seguinte informação da


Sociedade Brasileira de Dermatologia:

“O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos


desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer
(Inca) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. O tipo
mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa,
porém, seus números são muito altos. A doença é provocada pelo
crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a
pele.

Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as


que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os
mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares.

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Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais
agressivo de câncer da pele.”

Vemos que este tipo de câncer é um dos mais comuns e representa


⅓ de todos os casos de câncer no Brasil. Um número assustador.

Tomar hidroclorotiazida aumenta expressivamente sua chance


de desenvolver o problema!

Se você não está convencido ainda desta realidade, você pode


ter acesso às pesquisas que embasaram a decisão da Anvisa:

“Uso de diuréticos fotossensibilizantes e risco de câncer de pele:


estudo caso-controle de base populacional”

“O uso de hidroclorotiazida está fortemente associado ao risco


de câncer labial”

“Uso de hidroclorotiazida e risco de câncer de pele não melano-


ma:Um estudo de caso-controle nacional da Dinamarca”

É importante estarmos cientes de que os medicamentos quí-


micos podem trazer grande facilidade nos tratamentos de certas
patologias, melhorar os resultados de tratamentos de problemas
graves…

Mas que trazem em si grandes problemas ocultos.

Se queremos ter a saúde garantida com segurança, precisaremos


cada vez mais estar atentos.

Agora, se você decidir seguir por um outro caminho, mais natural


e mais integrativo, utilize as plantas medicinais.

Com certeza você encontrará grandes alternativas que te livrarão


dos efeitos colaterais, inclusive do risco de desenvolver câncer e
também atacar a hipertensão.

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Assim é com o chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus) ou a
capuchinha (Tropaeolum majus), que tem ação diurética comparável
à da hidroclorotiazida, mas sem trazer o risco do câncer de pele.

A natureza nos oferece as alternativas.

Cabe a nós buscar esse conhecimentos e colocá-lo em prática a


favor de nossa saúde.

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DIA 13: ADOTE ESSAS ESTRATÉGIAS
CONTRA OS PICOS DE PRESSÃO
Você conhece quais são os sintomas dos picos de pressão?

Uma ação rápida neste caso pode salvar vidas!

Esse fenômeno acontece quando sua pressão tem uma rápida


elevação que pode ser persistente e difícil de baixar.

Evidentemente, num caso como estes é muito importante pro-


curar atendimento médico, porque este pico de pressão pode trazer
consigo um AVC ou infarto.

Por isso, muita atenção!

O grande problema é que esta é uma condição silenciosa.

Muitas vezes, só percebemos que a pressão subiu demais quando


já estamos passando mal. Por isso é muito importante saber quais
são os gatilhos que podem nos levar a este estado e quais os seus
sintomas.

Primeiramente, o que desencadeia o pico de pressão pode ser


um fator interno, do seu próprio organismo, ou externo, algo que
você fez ou situação pela qual você passou que elevam a pressão
arterial.

Daquilo que podemos controlar, temos situações de alto es-


tresse e ansiedade, que elevam a produção de cortisol e adrenalina;

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obesidade que pode elevar a frequência dos picos de pressão; o
uso de cigarro, que paulatinamente vai causando piora cardiovas-
cular, levando aos picos de pressão e alto consumo de sódio na
alimentação.

De todos esses fatores, a maioria dá para controlar, concorda?

Para saber se você está tendo ou não um pico de pressão, existem


alguns sintomas que podem te avisar deste perigo:

• Dor de cabeça aguda;

• Dor no peito;

• Dificuldade para respirar;

• Tontura e vertigem;

• Enjôo;

• Olhos vermelhos;

• Visão turva ou borrada;

Se você somar 2 ou 3 desses sintomas ao mesmo tempo, pro-


vavelmente estará num pico de pressão e é recomendado procurar
assistência médica.

Mas e as plantas?

As nossas amigas podem nos ajudar nestes casos também.


Algumas plantas são consideradas, realmente, um tratamento de
emergência para picos de pressão, baixando, com eficiência, e em
pouco tempo, a pressão arterial.

Vou apresentar aqui DUAS opções de fácil acesso:

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– Pepino (Cucumis sativus) – Altamente diurético e anti-hiper-
tensivo, o pepino e outra planta capaz de baixar em pouco tempo
um pico de pressão. Também pode ser consumido na forma de suco
concentrado. Qualquer tipo de pepino serve para o preparo do suco,
mas a variedade comum de pepino, aquela com a casca mais verde
escura é a mais indicada.

– Erva-de-touro (Tridax procumbens) – Esta é uma plantinha


comum que nasce em beiradas de calçada e de rodovias. Invade
gramados e jardins e é considerada planta daninha. Algumas vezes,
é confundida com picão-preto (Bidens alba), mas é outra espécie.
Sua ação é muito eficiente na redução da pressão, podendo levar a
um estado de hipotensão se for usada em excesso.

Um chá forte de erva-de-touro pode resolver o pico de pressão


em pouco tempo. Agora, é importante estar ciente de que mesmo
usando qualquer uma dessas possibilidades, é importante mesmo
assim procurar atendimento médico. Tome o suco ou o chá, mas
vá ao pronto atendimento para saber se realmente está tudo bem.

Os picos de pressão podem deixar sequelas e isso precisa ser


avaliado por um especialista.

Do mais, se você é hipertenso, tenha sempre à mão pepino ou


uma mudinha de erva-de-touro.

Afinal, você nunca sabe quando vai precisar usar ou quando vai
precisar ajudar uma outra pessoa que sofra de hipertensão.

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DIA 14: BETERRABA PARA DIABÉTICOS
TAMBÉM?
A beterraba é mundialmente conhecida por sua produção de
açúcar. Isso significa que ela tem grande quantidade de carboidratos
em sua estrutura. Intuitivamente, vamos pensar que ela tem alta
capacidade de elevar a glicemia.

Todavia, a beterraba possui duas substâncias interessantes que


podem minimizar este impacto sobre a glicemia. A primeira é a
betaína, que é uma de suas substâncias ativas e que além de auxiliar
no controle da pressão arterial, entre outras atividades, é capaz de
auxiliar no tratamento da diabetes.

Agora, você pode estar confuso. Tem açúcar e controla diabetes?


Por isso, as plantas são incríveis. Outra substância importante pre-
sente na beterraba são as fibras.

Beterraba é rica em fibras e uma das vantagens disso é que as


fibras são capazes de absorver gorduras e açúcares da alimentação,
reduzindo o risco de se elevar a glicemia. Claro que, se você fizer o
suco e coá-lo, vai retirar a maior parte das fibras.

Por isso, se você é diabético, a dica é não coar o suco para ga-
rantir a ação das fibras.

Evidentemente, existirão pessoas com estados diabéticos mais


avançados e menos avançados.

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Se sua glicemia já é muito alta e você tem dificuldade de con-
trolá-la, é realmente prudente evitar a beterraba em todas as suas
formas.

Agora, se sua glicemia não é tão alta e você consegue contro-


lá-la bem, com facilidade, sem problema nenhum. Experimente a
beterraba e acompanhe sua glicemia para ver qual o impacto você
vai perceber.

No caso de decidir não usar a beterraba, assista a aula dos sucos


funcionais e faça a substituição da beterraba por outra planta de
ação hipotensora.

E está tudo bem. Você alcançará excelentes resultados da mesma


forma.

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DIA 15: AS DICAS DE OURO PARA O
DESMAME DE MEDICAMENTOS
O uso de medicamentos químicos traz dezenas de efeitos cola-
terais e por isso é muito comum encontrarmos pessoas tentando
tratar um efeito colateral do seu medicamento ao invés de um pro-
blema de saúde de verdade. Isso é muito triste.

Por exemplo, a pessoa tem um refluxo e não sabe de onde vem.


Passa anos tentando resolver o problema sem resultados. Quando
verificamos sua medicação, ela está usando todo este tempo um
medicamento que entre seus efeitos colaterais, causa o refluxo. Ou
seja, somente mudando seu tratamento conseguiremos resolver a
situação.

É muito frequente quando uma pessoa começa a conhecer as


plantas medicinais e suas propriedades terapêuticas, que tenha o
desejo de abandonar sua medicação química. Afinal, se a planta
pode trazer a melhora esperada sem efeitos colaterais, logo surge
o questionamento: Por que preciso continuar com essa medicação
química? Mas existem algumas questões que precisam ser pensadas
neste processo.

Primeiramente, há de se considerar que não somos médicos e por


este motivo não temos competência clínica ou autoridade legal para
determinar se uma pessoa deve ou não abandonar sua medicação.

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Se fizéssemos isso seria uma grande irresponsabilidade de nossa
parte, principalmente, porque muitas vezes não conhecemos o his-
tórico geral da pessoa e não acompanhamos o seu quadro clínico
de perto.

Nossa missão aqui é ensinar para as pessoas o uso das plantas e


como prepará-las para ter os melhores resultados. Não somos e nem
queremos ser uma clínica médica ou pronto-socorro.

Desta forma, a substituição de uma medicação alopática pelo


uso de uma planta medicinal ou qualquer outro tipo de tratamento
alternativo é uma decisão de total responsabilidade de cada pessoa.

Nós não podemos interferir. Aconselhamos, ainda, que caso


realmente decida realizar esta substituição, que este processo seja
feito com o acompanhamento médico. Isso não significa que seu
médico vai aceitar facilmente o uso das plantas. Normalmente eles
não aceitam.

Mas é importante que durante o processo de transição você


esteja sendo acompanhado para verificar como está reagindo, prin-
cipalmente nos casos mais graves de medicamentos controlados ou
de uso contínuo. Ainda, caso deseje mudar a forma como está sendo
tratado, faça isso de maneira gradual e progressiva.

Não tente parar um medicamento de uma hora para outra


porque seu organismo pode sofrer com isso e você pode passar
mal. Em algumas situações, esta parada repentina pode trazer
consequências graves. Lembre-se, não sabemos como o organismo
vai reagir a esta substituição brusca, nem qual será a dosagem e
posologia adequados para atingir os mesmos resultados no caso
específico que estiver tratando. É preciso calma e ponderação.

Medicamentos de uso contínuo como antidepresivos, ansiolí-


ticos, betabloqueadores, anticonvulsivos e muitos outros causam
dependência química como qualquer outra droga e não podem
ser substituídos aleatoriamente. No caso dos betabloqueadores,
como atenolol ou propanolol, a sua retirada repentina pode causar

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síncope cardíaca, dependendo da dosagem que está sendo usada e
o quadro geral do paciente.

Por isso, seja paciente, responsável e racional. E se não se sentir


confiante ou seguro para realizar este processo, não faça até que se
sinta seguro. Temos muito mais a fazer com as plantas, tenha certeza.
O ideal quando decidir por esta transição é realizar um desmame,
em que você vai, gradualmente, substituindo a medicação e imple-
mentando o tratamento com as plantas. Comece reduzindo uma
parte do medicamento que quer substituir.

Na primeira semana observe os resultados com esta redução e


a inclusão das plantas. Se tudo estiver bem, reduza mais um pouco
na semana seguinte e siga o desmame até o fim. Caso sinta alguma
reação indesejada, espere mais um tempo para que seu organismo
se adapte a uma nova realidade. Sempre observe as respostas e
reações do seu corpo. E caso seja necessário, volte atrás e recomece.
Não arrisque sua saúde! Existe, sim, a possibilidade de usarmos
apenas as plantas para nos tratarmos.

Muitas pessoas já alcançaram este estado. Mas existe também


a possibilidade de pessoas que não se adaptam ao tratamento
natural e precisarão seguir, pelo menos em parte, com tratamentos
químicos.

Pode ser que, no seu caso, o desmame não funcione e a subs-


tituição não seja possível. Infelizmente, é uma realidade e não
estamos aqui para iludi-lo. Do mais, estude, aprenda, entenda e dê
os passos um de cada vez. O caminho mais seguro para cuidar da
saúde é sempre por meio do conhecimento e da razão.

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