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RESUMO DA TEOLOGIA GERAL E ESCATOLÓGICA


Contém questões para estudos em Célula, Escola Dominical, Discipulado
e Cursos para Obreiros. Compreenda mais assistindo do mesmo autor o DVD
de Teologia Geral. Reúna um grupo de irmãos de todas as igrejas, uma noite
por semana durante 4 a 12 semanas, e, faça o Curso e afinal a festa de
formatura.
Opcional: Certificado, Credencial e Colação de Grau e, para quem já é
Obreiro a Unção e Consagração para pastor, bispo e apóstolo e filiação na
Convenção Geral e ao Conselho Federal de Pastor para obtenção da
Credencial de Autoridade Eclesiástica. Arrumamos documentos para abrir
igreja (ata, estatuto e CNPJ), rádios com requerimento para a Anatel, ONG e
clínica para viciados. Temos 486 cursos como para evangelista, formar pastor,
bacharel em teologia, mestrado, doutorado e PHD.
Total de 50 perguntas, 35 dos módulos 1 a 4, e 15 do módulo 5,
responder em duas linhas para cada questão, pessoal e discursiva, e
remeter junto com a foto via e-mail para receber certificado internacional
de teologia e credencial, ouvir o DVD de duas horas e meia para ajudar.
CURSO DE TEOLOGIA GERAL E ESCATOLÓGICA
ÍNDICE DOS 5 MÓDULOS:
Palavra do Reitor
PRIMEIRO MÓDULO (natureza da doutrina; doutrina de Deus; Atributos
naturais; Triunidade; Nomes de Deus; Obras de Deus; Doutrina da Trindade);
SEGUNDO MÓDULO (Doutrina dos Anjos; Antropologia; Doutrina do
Pecado; Doutrina de Cristo; Hamartiologia);
TERCEIRO MÓDULO (Doutrina da Salvação, Soteriologia; Doutrina da
Igreja; Escatologia);
QUARTO MÓDULO (Antigo e Novo Testamentos; Igreja, Teologia de
João e outros; Doutrina do Espírito Santo; Ensino Apostólico;
QUINTO MÓDULO
CURSOS DA FACULDADE GOSPEL
1-Como são os Cursos da Faculdade Gospel?
TRINDADE SANTA
2-Como a Teologia explica Deus?
BIBLIOLOGIA
3-Porque a Teologia verdadeira deve se apoiar na Bíblia?
ABENÇOAREI OS QUE ABENÇOAREM
4-Porque nós os Evangélicos devemos amar Israel?
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO E DA IGREJA
5-Teologicamente como é dividido a História Geral?
HISTÓRIA DE ISRAEL, NAZISMO E REPATRIAÇÃO
TEMPO DOS GENTIOS PÓS ISRAEL
TEMPO DOS GENTIOS E MISSÕES URGENTES
6-O que a Teologia define como Tempo dos Gentios?

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ARREBATAMENTO
7-Como a Teologia vê a aproximação do momento do Arrebatamento?
SEXO PRÉ, EXTRA E UNIÃO ESTÁVEL
8-Porque Amasiados e quem pratica o Jugo Desigual e o Sexo Pré e
Extra não serão Arrebatados?
TRIBUNAL DE CRISTO E BODAS DO CORDEIRO
9-Para onde iremos e como será a Jerusalém Celeste?
GRANDE TRIBULAÇÃO
10-Quando e como será a Terceira Guerra ou Grande Tribulação?
MILÊNIO
11-Como será o Milênio?
POUCO DE TEMPO - 4ª E ÚLTIMA GUERRA
12-Como será a 4ª e Última Guerra na Terra?
JUÍZO FINAL
13-Para quem será o Juízo Final?
NOVO CEU E NOVA TERRA
14-Quem habitará no Novo Céu e na Nova Terra?
IDE E A PROSPERIDADE ESPIRITUAL
15-Como ficar rico no Céu?
Total de 50 perguntas, 35 dos módulos 1 a 4, e 15 do módulo 5,
responder em duas linhas para cada questão, pessoal e discursiva, e
remeter junto com a foto via e-mail para receber o certificado de teologia
e a credencial, ouvir o DVD de duas horas e meia para ajudar.
16-10 OUTROS CURSOS RECOMENDADOS PARA CRESCER OS
FIÉIS TANTO NA QUALIDADE QUANTO NA QUANTIDADE.
1-CURSO PARA NAMORADOS E NOIVOS; 2-CURSO DE CASAIS; 3-
CURSO ANTIDROGAS; 4-CURSO DE ORAÇÃO, JEJUM E INTERCESSÃO;
5-CURSO PARA MÚSICO, MAESTRO, REGENTE E MINISTRO DE LOUVOR;
6-COLAÇÃO DE GRAU DOS FORMANDOS E UNÇÃO E CONSAGRAÇÃO
DE OBREIROS, CRIAMOS IGREJAS, RÁDIO E ONGS; 7-CURSO DE
MISSIONÁRIO OU EVANGELISTA; 8-CURSO DE MINISTRAÇÃO, ORATÓRIA
E PREGAÇÃO; 9-CURSO DE DIÁCONO, PRESBÍTERO, EVANGELISTA E
PASTOR; 10-CURSO DE BACHAREL, PSICOLOGIA, MESTRADO,
DOUTORADO E PHD;
17-COMO FORMAR NÚCLEO E POLO EM SUA CIDADE;
18-ABRIMOS IGREJAS, RÁDIOS, ONGS E MINISTÉRIOS (ATA E
ESTATUTO COM CNPJ) E JÁ CONSAGRAMOS A PASTORES, BISPOS E
APÓSTOLOS E FILIAMOS NA CONVENÇÃO.
Palavra do Reitor - Seja bem vindo ao mais moderno Curso de Teologia
Internacional! Você está fazendo parte dos milhões de alunos que optaram pela vitória,
sucesso e prosperidade espiritual que já fizeram esse curso nos últimos 10 anos em
dezenas de países. Cada pessoa tem que procurar crescer diariamente na cultura
espiritual, conhecimento, graça, fé, amor e no bom senso e, ser muito dinâmico, fazendo
semanalmente cursos, boas leituras, jejuns, orações, seminários, simpósios e
participando de conferencias. Sobretudo ser um obcecado pela Bíblia e comunhão com
Deus. Sempre deve procurar se aperfeiçoar na profundeza do conhecimento, da emoção
e da razão, porque são meios que aumenta a força e consolida a personalidade e a moral

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para vencer as batalhas especialmente emocionais e viver consistentemente em um Porto


Seguro.
Sonhe com a sabedoria, poder espiritual, prosperidade, sorte e liberdade, ouse
sonhar, pois você nunca vai além de seus sonhos, mas no limite que projetar os seus
sonhos e, seja persistente! A sua vida terá duas fases distintas, uma até a leitura desse
curso e outra após essa leitura.
No final do presente curso, existem as questões para serem respondidas de forma
discursiva e dissertativa em estudo individual, reuniões familiares, célula ou na escola. O
presente curso substitui dezenas de enciclopédias e, quando terminar de ler você vai
testemunhar que realmente são nos menores frascos que contém os melhores perfumes.
O seu crescimento na fé e em todas as áreas será fantástico e, você vai querer
recomendar para todos da sua família e para os seus amigos essa obra rara e único
método didático de cultura e ajuda que somente existe aqui na Faculdade Gospel
www.faculdadegospel.com.br
Esse é o Curso que todo Leigo, Novo Convertido, Líder, Autoridade, Empresário,
Educador, Pai de Família, Terapeuta, Religioso ou Conselheiro deve e precisa ler e ouvir
para obter resultado pessoal de elevação da estima, e, saber quando, como e o que
conversar com pessoas que estão com problemas na fé, parado à beira do caminho,
caído na sarjeta, prestes a se suicidar, no leito de dor, no cárcere físico ou emocional, no
fundo do poço, fornalha de fogo, cova de leões e noutros lugares indesejáveis. O povo
está muito carente, sofrido, angustiado, agonizado e problemático e precisa muito de
ânimo e consolo, está errante e sempre procura conselheiros que estão habilitados e,
doravante você será um grande mestre.
Estamos vivendo tempos de sede espiritual, onde heresias têm procurado se instalar
no meio da Igreja. Não basta apenas termos talentos naturais ou compreensão das
conseqüências das crises que o mundo atravessa.
Precisamos, exercer influências com nosso testemunho perante os que dispomos a
ensinar a Palavra de Deus. Esse treinamento compacto e objetivo da Teologia
Sistemática é muito importante porque nos dará ampla visão da teologia Divina, atrairá
futuros líderes ao aprendizado e criará um ambiente mais espiritual na nossa Igreja
(Koinonia). Aprendizados errados geram desastres e resistência à Obra de Deus.
Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na consciência e submissão ao
Espírito Santo que rege a Igreja. Temos que combinar estratégias de ensino com o nosso
caráter revelado em nossas vidas; devemos incentivar a confiança dos alunos na
Escritura, com coerência e potencial.
Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, começando do mundo interior
das consciências humanas dos alunos, que se tornarão futuros evangelizadores
capacitados na Palavra de Deus.
Não preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para destruir, mas para ajudar e
corrigir as almas, com amor, esperando que Deus lhes conceda o entendimento do Reino
dos Céus. É importante que cada pessoa tenha esse curso, e que também responda as
questões para didaticamente aprender mais e, ser transformado completamente a filosofia
de vida, e afinal conseguir o respectivo Certificado, credencial e histórico (opcional) para
enriquecer o seu currículo e portar a prova material em sua pasta eclesiástica para exibir
a todos que o cercam. Entre em contato com os nossos consultores por meio de nossos
sites e peça os novos lançamentos. Quem pára de ler pára de crescer, de vencer e de
conquistar. Que Deus te dê vida longa e saúde, sabedoria e conhecimento.
Abraços afetuosos do autor Ap. Pr. Dr. Omar
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DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM RESPONSABILIDADE


DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM ORAÇÃO.
A Palavra de Deus é discernida espiritualmente. Por isso, devemos
orar pedindo a Deus que abra os nossos olhos para podermos ver as
maravilhas de sua lei (1 Co 2.14; Sl 119.18). Entender a Bíblia é uma
virtude espiritual que somente Deus pode nos dar (Ef 1.17-19). A
qualidade de nosso estudo teológico passa pela qualidade de nossa
espiritualidade, que se manifesta numa vida de dependência de Deus pela
oração.
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM HUMILDADE.
A Bíblia diz que ―Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça
aos humildes‖ (1 Pe 5.5). À medida que aprendemos das Escrituras,
devemos ter o cuidado de não nos orgulharmos, assumindo assim uma
atitude de superioridade em relação àqueles que não conhecem o que
temos estudado. Para evitar o orgulho, devemos associar o conhecimento
ao amor (1 Co 8.1).
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM A RAZÃO.
Podemos e devemos usar nossa razão para estudar e tirar conclusões do
estudo das Escrituras Sagradas, mas nunca fazer deduções que
contradiga o que a própria Bíblia diz. Nossas conclusões lógicas podem
muitas vezes ser errôneas, pois os pensamentos de Deus são mais altos
que os nossos pensamentos (Isaias 55.8-9). A Bíblia é a essência da
verdade, e todo o seu conteúdo é justo e permanente (Salmos 119.160).
Toda conclusão lógica que tivermos ao estudar teologia, deve estar em
harmonia com toda a Bíblia. Caso contrário, nossa lógica está enganada,
pois a Bíblia não se contradiz jamais.

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DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM A AJUDA DE OUTROS.


Deus estabeleceu mestres na igreja e seminários de teologia (1 Co
12.28). Isso significa que devemos ler livros escritos por teólogos e
seminários preparados como o Seminário Gospel. Conversar com outros
cristãos sobre teologia é também uma excelente maneira de conhecer
mais sobre Deus.
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COMPILANDO PASSAGENS
BÍBLICAS.
O uso de uma boa concordância bíblica nos ajudará a procurar
palavras-chave sobre determinado assunto. Resumir versículos relevantes
e estudar passagens difíceis também ajuda. É grande a alegria ao
descobrir temas bíblicos. É a recompensa do próprio estudo.
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM ALEGRIA.
Não podemos estudar teologia de forma fria, pois ela trata do Deus
vivo e de suas maravilhas. O estudo da Bíblia é uma maneira de amar a
Deus de todo o coração (Dt 6.5), pois seus ensinamentos ―dão alegria ao
coração‖, são grandes riquezas (Sl 19.8; 119.14). No estudo da teologia
somos levados a dizer: ―Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do
conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e
inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou
quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o
recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja
a glória para sempre! Amém‖ (Rm 11.33-36).

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CURIOSIDADES BÍBLICAS:
A palavra Bíblia vem do grego, através do latim, e significa: livros.
Os primeiros materiais utilizados para as escrituras foram: a pedra,
usada por Moisés para receber os dez mandamentos (Êxodo 24:12 e
34:1); o papiro, material extraído de uma planta aquática desse mesmo
nome (Jó 8:11; Isaías 18:2); de papiro deriva o termo papel (II João 12) e
o pergaminho, pele de animais, curtida e preparada para escrita, usado a
partir do início do século i, na Ásia menor (II Timóteo 4:13).
A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1600
anos.
A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do
prelo, em 1452 em Mainz, Alemanha.
A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748, a tradução foi
feita a partir da vulgata latina e iniciou-se com d. Diniz (1279-1325).
A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário
parisiense Stephen langton, em 1227, que viria a ser eleito bispo de
cantuária pouco tempo depois.
A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor
parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo
facilitar a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo
os judeus;
O versículo central da Bíblia é o Salmo 118:8, o qual divide a
mesma ao meio.
Os livros de Ester e cantares de Salomão não possuem a palavra
―Deus‖. A frase ―não temas‖, ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá
uma para cada dia do ano! Há mais de 8 mil promessas na Bíblia.

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A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor


parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo
facilitar a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo
os judeus;
O versículo central da Bíblia é o Salmo 118:8, o qual divide a
mesma ao meio.
Os livros de Ester e cantares de Salomão não possuem a palavra
―Deus‖.
A frase ―não temas‖, ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá
uma para cada dia do ano!
Há mais de 8 mil promessas na Bíblia.
O antigo testamento encerra citando a palavra ―maldição‖, o novo
testamento encerra citando ―a graça de nosso Senhor Jesus Cristo‖.
A Bíblia completa pode ser lida em 70 horas e 40 minutos, na
cadência de leitura de púlpito. O antigo testamento leva 52 horas e 20
minutos. O novo testamento, 18 horas e 20 minutos. Para ler a Bíblia toda
em um ano basta ler 5 capítulos aos domingos e 3 nos demais dias da
semana.
COMO PODEMOS SABER SE A BÍBLIA É INFALÍVEL?
A PRÓPRIA BÍBLIA O AFIRMA:
A Bíblia afirma em várias passagens acerca de si mesma que ela é a
palavra de Deus e não contem erros (II Timóteo 3:16-17; II Pedro 1:20-21;
Mateus 24:35)
A expressão "assim diz o Senhor" e equivalentes encontram-se cerca de
3.800 vezes na Bíblia.

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Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano,


como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão
de quem estuda, falsa aplicação quanto aos sentidos do texto, etc. saibamos
refletir como Agostinho, que disse: ―num caso desse, deve haver erro do copista,
que não consigo entender...‖
A BÍBLIA FAZ REFERÊNCIA A FATOS ATUAIS:
A primeira citação da redondeza da terra é feita na Bíblia, e não por
Galileu Galileu (Isaías 40: 22).
O trânsito pesado e veloz, os cruzamentos e os faróis acesos aparecem
descritos exatamente como são hoje (Naum 2:4).
A mensagem através de "out-doors" é uma citação bíblica detalhada
(Habacuque 2: 2).
A primeira referência a impressões digitais aparece no livro mais antigo
da Bíblia (Jó 37:7).
A UNIDADE DA BÍBLIA É UM MILAGRE:
Unidade da Bíblia só pode ser explicada como um milagre. Há nela 66
livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos.
Esses homens tinham diferentes atividades e escreveram sob diferentes
situações.
Na maior parte dos casos não se conhecem e nada sabiam sobre o que já
havia sido escrito pelos outros. Tudo isto somando num livro puramente humano
daria uma babel indecifrável!
A BÍBLIA TEM UM ÚNICO TEMA CENTRAL:
É o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo declara em Lucas 24: 27, 44 e João
5:39. Considerando Cristo como o tema central da Bíblia, os 66 livros apontam
para Ele:
Gênesis: Jesus é o descendente da mulher (3:15)
Êxodo: é o Cordeiro Pascal (12:5-13)
Levíticos: é o sacrifício expiatório (4:14,21) Números: é a rocha ferida
(20:7-13) Deuteronômio: é o profeta (18:15)

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Josué: é o príncipe dos exércitos do Senhor (5:14)


Juízes: é o libertador (3:9)
Rute: é o parente divino (3:12)
Reis e Crônicas: é o rei prometido (I Reis 4:34)
Ester: é a providência divina (4:14)
Jó: é o nosso redentor (19:25)
Salmos: é o nosso socorro e alegria (46:1)
Provérbios: é a sabedoria de Deus (8:22-36)
Cantares: é o nosso amado (2:8)
Eclesiastes: é o pregador perfeito (12:10)
Profetas: é o messias prometido (Mateus 2:6)
Evangelhos: é o salvador do mundo (João 3)
Atos: é o Cristo ressurgido (2:24)
Epístolas: é a cabeça da Igreja (Efésios 4:14)
Apocalipse: é o alfa e o ômega (22:13)
Podemos afirmar que a Bíblia é a palavra de Deus, nossa única regra de
fé e prática infalível, nenhuma de suas promessas jamais falhou e seguir suas
orientações é garantia de sucesso em todas as áreas da vida.

PRIMEIRO MÓDULO
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA SISTEMÁTICA
A Teologia Sistemática é uma importante ferramenta em nos ajudar a
compreender e ensinar a Bíblia de uma forma organizada.
DEFINIÇÃO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA
A palavra ―teologia‖ é derivada dos termos gregos theos, que significa
―Deus‖ e jogos, que significa ―palavra‖, ―discurso‖, ―tratado‖ ou ―estudo‖. A
Teologia pode então ser conceituada, do modo mais simples, como ―a ciência do
estudo de Deus‖.
O seu campo é estendido não apenas à pessoa de Deus, mas também às
Suas obras, de forma que ela tem sido chamada de ―o estudo de Deus e de sua
relação para com o Universo‖, ‖Sistematizar‖, por sua vez, é ―reduzir diversos
elementos a um sistema‖ ou ―agrupar em um corpo de doutrina‖.

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Sistemático, portanto, é aquilo que segue um sistema, uma ordenação,


um método.
Quando se aplica o adjetivo a essa disciplina da enciclopédia teológica
não se quer dizer que outras disciplinas (como a exegese ou a teologia bíblica)
não seguem qualquer sistema, mas que é a Teologia Sistemática que procura
oferecer a verdade acerca de Deus e sua obra, apresentada na Bíblia, como um
todo, como um sistema unificado.
Teologia Sistemática é qualquer estudo que responda à pergunta: ―O que
a Bíblia toda nos ensina hoje?‖ sobre qualquer assunto. (John Frame,
Westminister Seminary, Escondido, Califórnia – EUA). Essa definição índica que
Teologia Sistemática envolve coletar e compreender todas as passagens
relevantes na Bíblia sobre vários assuntos e então resumir seus ensinos
claramente de modo que conheçamos aquilo que cremos sobre cada assunto.

OUTRAS DEFINIÇÕES DE TEOLOGIA


CHAFER:
Teologia sistemática pode ser definida como a coleção, cientificamente
arrumada, comparada, exibida e defendida de todos os fatos de toda e qualquer
fonte referentes a Deus e às Suas obras. Ela é temática porque segue uma
forma de tese humanamente idealizada, e apresenta e verifica a verdade como
verdade (Lewis Sperry Chafer).

HODGE:
A teologia sistemática tem por objetivo sistematizar os fatos da Bíblia, e
averiguar os princípios ou verdades gerais que tais fatos envolvem (Charles
Hodge).
THOMAS:
A ciência é a expressão técnica das leis da natureza; a teologia é a
expressão técnica da revelação de Deus. Faz parte da teologia examinar todos
os fatos espirituais da revelação, calcular o seu valor e arranjá-los em um corpo
de ensinamentos. A doutrina, assim, corresponde às generalizações da ciência
(W. H. Griffith Thomas).

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STRONG:
A ciência de Deus e dos relacionamentos de Deus com o universo (A. H.
Strong).
SHEDD:
Uma ciência que se preocupa com o infinito e o finito, com Deus e o
universo. O material, portanto, que abrange é mais vasto do que qualquer outra
ciência. Também é a mais necessária de todas as ciências (W. G. T. Shedd).
DEFINIÇÕES ERRADAS:

Para definir teologia foram empregados alguns termos enganadores e


injustificados. Já se declarou que ela é "a ciência da religião"; mas o termo
religião de maneira nenhuma é um sinônimo da Pessoa de Deus e de toda a
Sua obra. Da mesma forma já se disse que ela é "o tratamento científico
daquelas verdades que se encontram na Bíblia; mas esta ciência, embora
extraia porção maior do seu material das Escrituras, extrai também o seu
material de toda e qualquer fonte. A teologia sistemática também tem sido
definida como o arranjo ordeiro da doutrina cristã; mas como o cristianismo
representa apenas uma simples fração de todo o campo da verdade relativa à
Pessoa de Deus e o Seu universo, esta definição não é adequada.
OUTRAS ÀREAS DA TEOLOGIA ABORDADAS EM CURSOS
DE BACHAREIS EM TEOLOGIA DO SEMINÁRIOGOSPEL.COM
TEOLOGIA BÍBLICA:
Investiga a verdade de Deus e o Seu universo no seu desenvolvimento
divinamente ordenado e no seu ambiente histórico conforme nos apresentados
diversos livros da Bíblia. A teologia bíblica é a exposição do conteúdo doutrinário
e ético da Bíblia, conforme originalmente revelada. A teologia bíblica extrai o seu
material exclusivamente da Bíblia, seu período compreende somente até o final
da era apostólica.
TEOLOGIA DOGMÁTICA:
É a sistematização e defesa das doutrinas expressas nos símbolos da
Igreja. Assim temos "Dogmática Cristã", por H. Martensen, com uma exposição
e defesa da doutrina luterana; "Teologia Dogmática", por Wm. G. T. Shedd,
como uma exposição da Confissão de Westminster e de outros símbolos
presbiterianos; e "Teologia Sistemática", por Louis Berkhof, como uma
exposição da teologia reformada.

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TEOLOGIA EXEGÉTICA:
Estuda o Texto Sagrado e assuntos relacionados, através do estudo das
línguas originais, da arqueologia bíblica, da hermenêutica bíblica e da teologia
bíblica.
TEOLOGIA HISTÓRICA:
Considera o desenvolvimento histórico da doutrina, mas também investiga
as variações sectárias e heréticas da verdade. Ela abrange história bíblica,
história da Igreja, história das missões, história da doutrina e história dos credos
e confissões. A teologia histórica tem seu período compreendido desde a era
apostólica até os dias atuais.
TEOLOGIA NATURAL:
Estuda fatos que se referem a Deus e Seu universo que se encontra
revelado na natureza.

TEOLOGIA PRÁTICA:
Trata da aplicação da verdade aos corações dos homens trazidas pelos
outros ramos da teologia, sobretudo a sistemática. Ela busca aplicar à vida
prática os ensinamentos das outras teologias, para edificação, educação, e
aprimoramento do serviço dos homens. Ela abrange os cursos de homilética,
administração da igreja, liderança liturgia, educação cristã e missões.
OBJETIVO DA TEOLOGIA
―A coleção, o arranjo lógico, a comparação, a exposição e a defesa de todos
os fatos de todas as fontes com respeito a Deus e Suas relações com o Universo‖.
(Paul Davidson, Vol. I, p. 2).
―O papel da Teologia como ciência não é criar fatos, mas descobri-los e
apresentar a relação deles entre si. Os fatos com que lida a Teologia estão na
Bíblia‖ (Paul Davidson, idem).
LIMITAÇÕES AO CONHECIMENTO TEOLÓGICO
Limitações da mente humana (Rm 11:33; 2 Pe 3:16); Limitações da
linguagem humana (2 Co 12:4); Restrições colocadas pelo próprio Deus
(Deuteronômio 29:29; Provérbios 25:2; Marcos 13:32; Jô 16:12; Atos 1:7).
Para chegarmos à organização que temos hoje, foram necessários anos
de estudos e combate às heresias. Após a era apostólica (morte dos apóstolos)

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surgiram figuras de muita importância no cenário cristão, os apologistas,


estudiosos cristãos que defendiam a fé diante das heresias que surgiam em sua
época, como Justino Mártir, Tertuliano, Irineu entre outros (100 – 451 d.C.). Essa
apologética contribuiu em muito para a organização das doutrinas bíblicas como
as temos hoje.

A NATUREZA DA DOUTRINA
A Bíblia Sagrada dá grande relevância à doutrina, e afirma fornecer o
material próprio para seu conteúdo. Ela é enfática em sua condenação contra o
que é falso. Adverte contra as "doutrinas dos homens" (Cl. 2.22); contra a
"doutrina dos fariseus" (Mt. 16.12); contra os "ensinos de demônios" (I Tim. 4.1);
contra os que ensinam "doutrinas que são preceitos de homens" (Mc. 7.7);
contra os que "são levados ao redor por todo vento de doutrina" (Ef.4.14).
No entanto, se por um lado a Bíblia condena o falso profeta, por outro
exorta e recomenda a verdadeira doutrina. Entre outras coisas para a doutrina
que "da Escritura é... útil para o ensino" (2 Tim. 3.16). Portanto, nas Escrituras a
doutrina é reputada como "boa" (I Tim. 4.6); "sã" (I Tim. 1.10); "segundo a
piedade" (I Tim. 6.3); "de Deus" (Tt. 2.10), e "de Cristo" (II Jo.9).
Para alguns cristãos, a palavra "doutrina" pode se mostrar um tanto
ameaçadora. Ela evoca visões de crenças muito técnicas, difíceis e abstratas,
talvez apresentadas de forma dogmática. Doutrina, entretanto, não é isso.
A doutrina cristã é apenas a declaração das crenças mais fundamentais
do cristão: crenças sobre a natureza de Deus; sobre sua ação; sobre nós, que
somos suas criaturas; e sobre o que Deus fez para nos trazer à comunhão com
ele. Longe de serem áridas ou abstratas, são as espécies mais importantes de
verdades. São declarações sobre as questões fundamentais da vida, ou seja,
quem sou eu? Qual é o sentido último do universo? Para onde vou? A
doutrina cristã, portanto, constitui-se das respostas que o cristão dá àquelas
perguntas que todos os seres humanos fazem. A doutrina lida como verdades
gerais ou atemporais sobre Deus e sobre o restante da realidade. Não é apenas
um estudo de eventos históricos específicos tais como o que Deus fez,

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mas da própria natureza do Deus que atua na história.


Crenças doutrinárias corretas são essenciais no relacionamento entre o
cristão e Deus. Assim, por exemplo, o autor de Hebreus disse: ―De fato, sem fé é
impossível agradar a Deus, portanto é necessário que aquele que se aproxima
de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hb.
11.6).
Também importante para um relacionamento adequado com Deus é a
crença na humanidade de Jesus; João escreveu: "Nisto reconheceis o Espírito
de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus"
(I Jo 4.2).
Paulo destacou a importância da crença na ressurreição de Cristo: "Se
você confessar com a boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê
para justiça, e com a boca se confessa para salvação" (Rom. 10.9,10, NIV).

A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA
É comum em nossas igrejas, principalmente as pentecostais, existir um
sentimento de negativismo em relação à teologia, certa vez ouvi um obreiro dizer
o seguinte: ―eu não compro uma Bíblia de estudo porque contém teologia de
homens‖, Bíblias de estudo à parte, esta opinião equivocada tem contribuído
para que o ensino teológico seja colocado à margem, talvez por um
desconhecimento da teologia e seus efeitos na vida cristã individual e da igreja.
A importância da teologia se dá em alguns aspectos:
SATISFAZ A MENTE HUMANA
Deus quando criou o homem, deu-lhe uma capacidade especial, o
intelecto, a razão, ou raciocínio, é da mente humana querer entender o que está
ao seu redor, o homem não concebe viver sem entender a vida, já dizia o
filósofo Sócrates ―uma vida sem reflexão não merece ser vivida‖. A teologia
como ciência humana, vem para tentar preencher a lacuna do entendimento
humano acerca de Deus, fundamentando-se no que Ele revelou em sua Palavra,
a Bíblia, que é a fonte primária da teologia (Mateus 22.37).

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AJUDA NA FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO


A teologia injeta em nosso intelecto um conhecimento sobre Deus que
influi no desenvolvimento do nosso caráter cristão, moldando a nossa mente
para tornar-se parecida com a de Cristo, ter uma mente cristã é ver o mundo
com a lente dos ensinamentos de Cristo.
―Ter a mente cristã é compreender o mundo ao nosso redor, influenciados
pela verdade de Deus, a ponto de, mesmo imperfeitamente, pensarmos os
pensamentos de Deus a respeito de qualquer assunto: desde o salário digno de
uma empregada doméstica que tem duas crianças para cuidar e alimentar até as
implicações éticas da biogenética. Entre outras coisas, ter a mente cristã é
também fazer a análise de um filme ou de uma de um conto seriado, à luz do
ensino do evangelho.‖ (R. RAMOS, 2003, p. 20).
SERVE PARA PUREZA E DEFESA DO CRISTIANISMO
Ao longo da história da Igreja, surgiram, e ainda surgem muitas teorias,
doutrinas, correntes, heresias e afins. Para que a igreja esteja preparada para
combater isso e manter uma doutrina bíblica pura, sua teologia precisa estar
fundamenta da Bíblia, alguns movimentos religiosos têm sua doutrina
fundamentada em teorias que foram combatidas ainda pelos pais da Igreja, a
doutrina da trindade é um exemplo disso.

CONTRIBUI PARA O AVANÇO DO EVANGELHO


A Igreja avança de forma sadia quando compreende o significado do
evangelho, sendo capaz de dar uma explicação inteligível da verdade a outrem.
Os líderes da Igreja têm a responsabilidade de cuidar do desenvolvimento do
rebanho (Ef. 4.11-14).
FUNDAMENTA A PRÁTICA CRISTÃ
Para o cristão é imprescindível entender as escrituras para por em prática
os seus mandamentos, a qualidade da nossa espiritualidade é proporcional à
qualidade do nosso entendimento da Bíblia.

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AS ESCRITURAS

2 Timóteo 3.16,17 ―Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa


para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.‖
O termo ―Escritura‖, conforme se encontra em 2 Timóteo 3.16, refere-se
principalmente aos escritos do Antigo Testamento (3.15). Há evidências, porém,
de que escritos do Novo Testamento já eram considerados Escritura
divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2 Timóteo
(1Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2Pe 3.15,16). Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos
escritos divinamente inspirados tanto do Antigo Testamento quanto do Novo
Testamento. São (os escritos) a mensagem original de Deus para a
humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de Deus para
todas as pessoas.
Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. A palavra
―inspirada‖ (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que
significa ―Deus‖, e pneuo, que significa ―respirar‖. Sendo assim, ―inspirado‖
significa ―respirado por Deus‖. Toda a Escritura, portanto, é respirada por Deus;
é a própria vida e Palavra de Deus. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos
originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e
infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata
da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro
em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos cf. 2Pe 1.20,21; veja
também a atitude do salmista para com as Escrituras no Salmos 119). Os
escritores do Antigo Testamento estavam conscientes de que o que disseram ao
povo e o que escreveram é a Palavra de Deus (ver Dt 18.18; 2Sm 23.2).
Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão:
―Assim diz o Senhor‖.
Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até
em seus mínimos detalhes (Mateus 5.18).

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Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai
e é verdadeiro (Jo 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda
futura (a verdade revelada do restante do Novo Testamento), da parte do
Espírito Santo através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é
desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mateus 5.18; 15.3-6; Lc
16.17; 24.25-27, 44,45; Jo 10.35), do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12-
13; 1Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou
descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.
Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar
a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro
(3.16; 2Pe 1.20,21; ver 1Co 2.12,13 notas).
A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de
Deus e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em
Cristo (Mateus 4.4; Jo 6.63; 2 Timóteo 3.15; 1Pe 2.2).
As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus,
na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, as
Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente
obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições
religiosas igualam-se à autoridade delas.
Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve
ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver
Dt 13.3). As Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus devem ser recebidas,
cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas
pertencentes à vida e à piedade (Mateus 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2 Timóteo
3.15,16; ver Êx 20.3). Na Igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as
questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na
justiça (2 Timóteo 3.16,17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de Cristo
sem estar submisso a Deus e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo
8.31,32, 37).

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Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia


com o Espírito Santo. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos
o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade (ver
1Co 2.12).
Devemos nos firmar na inspirada Palavra de Deus para vencer o poder do
pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mateus 4.4; Ef 6.12,17; Tg
1.21).
Todos devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro,
tendo-as como a única verdade de Deus para um mundo perdido e moribundo.
Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus
ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e
defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades
eternas (ver Fp 1.16; 2 Timóteo 1.13,14 notas; 2.2; Jd 3). Ninguém tem
autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2
nota; Apocalipse 22.19 nota).
Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração
somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que
acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de
pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter
em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema:

(a) as cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter


inexatidão;
(b) as traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou
hebraico podem conter falhas; ou
(c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta
ou incorreta.

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A DOUTRINA DE DEUS
DEFINIÇÕES BÍBLICAS:
As expressões "Deus é Espírito" (Jo. 4: 24) e "Deus é Luz " ( I Jo.1:5), são
expressões da natureza essencial de Deus, enquanto que a expressão "Deus é
amor" ( I Jo. 4:7) é expressão de Sua personalidade. (I Tm.6:16).
DEFINIÇÃO CRISTÃ DO BREVE CATECISMO:
Deus é um Espírito, infinito, eterno e imutável em Seu Ser, sabedoria,
poder, santidade, justiça, bondade e verdade.
DEFINIÇÃO FILOSÓFICA DE PLATÃO:

Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a mente ou


razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, imutável,
onisciente, onipotente; tudo permeia e tudo controla; é justo, santo, sábio e bom;
o absolutamente perfeito, o começo de toda a verdade, a fonte de toda a lei e
justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa de todo o
bem.
DEFINIÇÃO COMBINADA: Deus é um espírito infinito e perfeito em
quem todas as coisas têm sua origem, sustentação e fim (Jo. 4:24; Ne. 9:6;
Apocalipse l:8; Is. 48:12; Apocalipse 1:17).

A EXISTÊNCIA DE DEUS
TEORIAS SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS:
ATEÍSMO: Nega a existência teórica e prática de Deus.
DEÍSMO: Deus criou, mas se retirou e deixa a criação à sua própria sorte.
Não interfere.
PANTEÍSMO: Deus é uma força impessoal que está presente em tudo.
TEÍSMO: Existe um Deus, vivo e pessoal, que criou e governa todas as coisas.
Não se pode duvidar da existência de ateus práticos, visto que tanto a
Escritura como a experiência a atestam. A respeito dos ímpios o Salmo 14.1
declara: ―Diz o insensato no seu coração: não há Deus‖ (Salmos 10.4b). E Paulo
lembra aos Efésios que eles tinham estado anteriormente ―sem Deus no mundo‖,
Efésios 2.12. A experiência também dá abundante da presença deles no mundo.

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Eles não são necessariamente ímpios notórios aos olhos dos homens,
mas podem pertencer aos assim chamados ―homens decentes do mundo‖,
embora consideravelmente indiferentes para com as coisas espirituais. Tais
pessoas muitas vezes têm a consciência do fato de que estão em desarmonia
com Deus, tremem ao pensar em defrontá-lo e procuram esquecê-lo. Parecem
ter um secreto prazer em exibir o seu ateísmo quando tudo vai bem, mas é
sabido que dobram os seus joelhos em oração quando sua vida entra
repentinamente em perigo. Na época presente, milhares desses ateus práticos
pertencem à Associação Americana para o Progresso do Ateísmo.
Para nós a existência de Deus é a grande pressuposição da teologia. Não
há sentido em falar-se do conhecimento de Deus, se não se admite que Deus
existe. A pressuposição da teologia cristã é um tipo muito definido. A suposição
não é apenas de que há alguma coisa, alguma idéia ou ideal, algum poder ou
tendência com propósito, a que se possa aplicar o nome de Deus, mas que há
um ser pessoal auto-consciente, auto-existente, que é a origem de todas as
coisas e que transcende a criação inteira, mas ao mesmo tempo é imanente em
cada parte da criação.
Pode-se levantar a questão se esta suposição é razoável, questão que
pode ser respondida na afirmativa. Não significa, contudo, que a existência de
Deus é passível de uma demonstração lógica que não deixa lugar nenhum para
dúvida; mas significa, sim, que, embora verdade da existência de Deus seja
aceita pela fé, esta fé, se baseia numa informação confiável. Embora a teologia
reformada considere a existência de Deus como pressuposição inteiramente
razoável, não se arroga a capacidade de demonstrar isto por meio de uma
argumentação racional. Dr. Kuyper fala como segue da tentativa de fazê-lo: ―A
tentativa de provar a existência de Deus ou é inútil ou é um fracasso. É inútil se
o pesquisador acredita que Deus recompensa aqueles que O procuram. É um
fracasso se, se trata de uma tentativa de forçar, mediante argumentação, ao
reconhecimento, num sentido lógico, uma pessoa que não tem esta pistis‖.

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ACEITAR A EXISTENCIA DE DEUS PELA FÉ


O Cristão aceita a verdade da existência de Deus pela fé. Mas esta fé não
é uma fé cega, mas fé baseada em provas, e as provas se acham,
primariamente, na Escritura como a Palavra de Deus inspirada, e,
secundariamente, na revelação de Deus na natureza. A prova bíblica sobre este
ponto não nos vem na forma de uma declaração explícita, e muito menos na
forma de um argumento lógico. Nesse sentido a Bíblia não prova a existência de
Deus.
O que mais se aproxima de uma declaração talvez seja o que lemos
em Hebreus 11:6 ―… é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam‖. A Bíblia
pressupõe a existência de Deus em sua declaração inicial, ―No princípio criou
Deus os céus e a terra‖. Ela não somente descreve a Deus como o Criador de
todas as coisas, mas também como o Sustentador de todas as Suas criaturas. E
como o Governador de indivíduos e nações. Ela testifica o fato de que Deus
opera todas as coisas de acordo com o conselho da Sua vontade, e revela a
gradativa realização do Seu grandioso propósito de redenção.
O preparo para esta obra, especialmente na escolha e direção do povo de
Israel na velha aliança, vê-se claramente no Velho Testamento, e a sua
culminação inicial na Pessoa e Obra de Cristo ergue-se com grande clareza nas
páginas do Novo testamento. Vê-se Deus em quase todas as páginas da
Escritura Sagrada em que Ele se revela em palavras e atos. Esta revelação de
Deus constitui a base da nossa fé na existência de Deus, e a torna uma fé
inteiramente razoável. Deve-se notar, que é somente pela fé que aceitamos a
revelação de Deus e que obtemos uma real compreensão do seu conteúdo. Disse
Jesus, ―Se alguém quiser fazer a vontade d‘Ele, conhecerá a respeito da doutrina,
se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo‖, João 7.17. É este conhecimento
intensivo, resultante de íntima comunhão com Deus, que Oséias tem em mente
quando diz: ―Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor‖, Oséias 6.3.

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O incrédulo não tem nenhuma real compreensão da palavra de Deus. As


palavras de Paulo são pertinentes nesta conexão: ―Onde está o sábio? Onde o
escriba? Onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a
sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o
conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem, pela
loucura da pregação‖, 1 Coríntios 1.20, 21.
PROVAS RACIONAIS DA EXISTÊNCIA DE DEUS.
No transcurso do tempo foram elaborados alguns argumentos em favor
da existência de Deus. Acharam ponto de apoio na teologia, especialmente pela
influência de Wolff. Alguns deles já tinham sido sugeridos, em essência, por
Platão e Aristóteles, e outros foram acrescentados modernamente por
estudiosos da filosofia da religião. Somente os mais comuns podem ser
apresentados aqui.
O ARGUMENTO ONTOLÓGICO.
Este argumento foi apresentado em várias formas por Anselmo,
Descartes, Samuel Clark, e outros. Foi apresentado em sua mais perfeita forma
por Anselmo. Este argumenta que o homem tem a idéia de um ser
absolutamente perfeito; que a existência é atributo de perfeição; e que, portanto,
um ser absolutamente perfeito tem que existir. Mas é evidente que não podemos
tirar uma conclusão quanto à existência real partindo de um pensamento
abstrato. O fato de que temos uma idéia de Deus ainda não prova a Sua
existência objetiva. Além disto, este argumento pressupõe tacitamente como já
existente na mente humana o próprio conhecimento da existência de Deus que
teria que derivar de uma demonstração lógica. Kant declarou, com ênfase,
insustentável este argumento, mas Hegel o aclamou como um grande
argumento em favor da existência de Deus. Alguns idealistas modernos
sugeriram que ele poderia ser proposto de forma um tanto diferente, como a que
Hocking chamou, ―O registro da experiência‖. Em virtude podemos dizer: ―Tenho
idéia de Deus: portanto, tenho experiência de Deus‖.

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O ARGUMENTO COSMOLÓGICO.
Este argumento tem aparecido em diversas formas. Em geral se
apresenta como segue: Cada coisa existente no mundo tem que ter uma causa
adequada; sendo assim, o universo também tem que ter uma causa adequada,
isto é, uma causa indefinidamente grande. Contudo, o argumento não produz
convicção, em geral. Hume questionou a própria lei de causa e efeito, e Kant
assinalou que, se tudo que existe tem uma causa adequada, isto se aplica
também a Deus, e, assim, somos suposição de que o cosmo teve uma causa
única, uma causa pessoal e absoluta, e, portanto, não prova a existência de
Deus. Esta dificuldade levou a uma construção ligeiramente diversa do
argumento como, por exemplo, a que B.P.Bowne fez.
O universo material aparece como sistema interativo e, portanto, como
uma unidade que consiste de várias partes. Daí, deve haver um Agente
Integrante que veicule a interação das várias partes ou constitua a base
dinâmica da existência delas.

O ARGUMENTO TELEOLÓGICO.
Este argumento também é causal e, na verdade, é apenas uma extensão
do imediatamente anterior. Pode ser exposto da seguinte forma: Em toda parte o
mundo revela inteligência, ordem, harmonia e propósito, e assim implica a
existência de um ser inteligente e com propósito, apropriado para a produção de
um mundo como este. Kant considera este argumento o melhor dos três que
mencionamos, mas alega que ele não prova a existência de Deus, nem de um
criador, mas somente a de um grande arquiteto que modelou o mundo.
É superior ao argumento cosmológico no sentido de que explicita aquilo
que não é firmado no anterior, a saber, que o mundo contém evidências de
inteligência e propósito. Não se segue necessariamente que este ser é o Criador
do mundo.

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―A prova teológica‖. Diz Wright. ―indica apenas a provável existência de


uma mente que, ao menos em considerável medida, controla o processo do
mundo, suficiente para explicar a quantidade de teleologia que nele
transparece‖. Hegel considerava este argumento válido, mas o tratava como um
argumento subordinado. Os teólogos sociais dos nossos dias rejeitam-no,
juntamente com todos os outros argumentos, como puro refugo, mas os
neoteístas o aceitam.
O ARGUMENTO MORAL.
Como os outros argumentos, este também assumiu diferentes formas.
Kant tomou seu ponto de partida no imperativo categórico, e deste deferiu a
existência de alguém que, como legislador e juiz, tem absoluto direito de
dominar o homem. Em sua opinião, este argumento é muito superior a qualquer
dos outros. É o argumento em que se apóia principalmente, em sua tentativa de
provar a existência de Deus.
Esta pode ser uma das razões pelas quais este argumento é mais
geralmente reconhecido do que qualquer outro, embora nem sempre com a
mesma formulação. Alguns argumentam baseados na desigualdade muitas
vezes observada entre a conduta moral dos homens e a prosperidade que eles
gozam na vida presente, e acham que isso requer um ajustamento no futuro
que, por sua vez, exige um árbitro justo. A teologia moderna também o usa
amplamente, em especial na forma de que o reconhecimento que o homem tem
do Sumo Bem e a sua busca de uma ideal moral exigem e necessitam a
existência de um ser santo e justo, não torna obrigatória a crença em um Deus,
em um Criador ou em um Ser de infinitas perfeições.

O ARGUMENTO HISTÓRICO OU ETNOLÓGICO.


Em geral este argumento toma a seguinte forma: Entre todos os povos e
tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos exteriores.
Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria natureza do homem.

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E se a natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, isto só


pode achar sua explicação num ser superior que constituiu o homem um ser
religioso. Todavia, em resposta a este argumento, pode-se dizer que este
fenômeno universal pode ter-se originado num erro ou numa compreensão
errônea de um dos primitivos progenitores da raça humana, e que o culto
religioso referido aparece com mais vigor entre as raças primitivas e desaparece
à medida que elas se tornam civilizadas.
Ao avaliar estes argumentos racionais, deve-se assinalar antes de tudo
que os crentes não precisam deles. Sua convicção a respeito da existência de
Deus não depende deles, mas, sim, da confiante aceitação da auto-revelação de
Deus na Escritura. Se muitos em nossos dias estão querendo firmar sua fé na
existência de Deus nesses argumentos racionais, isto se deve em grande
medida ao fato de que eles se negam a aceitar o testemunho da palavra de
Deus. Além disso, ao usar estes argumentos na tentativa de convencer pessoas
incrédulas, será bom ter em mente que de nenhum deles se pode dizer que
transmite convicção absoluta.
Ninguém fez mais para desacreditá-los que Kant. Desde o tempo dele,
muitos filósofos e teólogos os têm descartado como completamente inúteis, mas
hoje os referidos argumentos estão recuperando apoio e o seu número está
crescendo. E o fato de que em nossos dias tanta gente acha neles indicações
satisfatórias da existência de Deus, parece indicar que eles não são inteiramente
vazios de valor. Têm algum valor para os próprios crentes, mas devem ser
denominados testimonia, e não argumentos.
Eles são importantes como interpretações da revelação geral de Deus e
como elementos que demonstram o caráter razoável da fé em um ser divino.
Além disso, podem prestar algum serviço na confrontação com os adversários.
Embora não provem a existência de Deus além da possibilidade de dúvida e a
ponto de obrigar o assentimento, podem ser elaborados de maneira que
estabeleçam uma forte probabilidade e, por isso, poderão silenciar muitos
incrédulos.

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CONCLUSÃO:
Nada podemos saber de Deus, se Ele mesmo não quiser revelar. Todo
nosso conhecimento de Deus é derivado de sua auto-revelação na natureza e
nas escrituras sagradas, precisamos de um relacionamento pessoal íntimo com
ELE.
ESSÊNCIA, NATUREZA DE DEUS:
Quando falamos em essência de Deus, queremos significar tudo o que é
essencial ao Seu Ser como Deus, isto é, substância e atributos.
SUBSTÂNCIA DE DEUS:
Há duas substâncias: matéria e espírito.
Deus é uma substância simples: A substância de Deus é puro espírito,
sem mistura com a matéria (Jo.4:24).
ATRIBUTOS DE DEUS:
Sua substância é Espírito e Seus atributos são as qualidades ou
propriedades dessa substância. Atributos é a manifestação do Ser de Deus.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS:
NATURAIS E MORAIS:
Também chamados de "intransitivos e transitivos", "incomunicáveis e
comunicáveis", "absolutos e relativos", "negativos e positivos" ou "imanentes e
emanentes".

ATRIBUTOS NATURAIS:
VIDA:
Deus tem vida; Ele ouve, vê, sente e age, portanto é um Ser vivo
(Jo.10:10; Salmos 94:9,l0; II Cr.16:9; At.14:15; I Ts.1:9). Quando a Bíblia
fala do olho, do ouvido, da mão de Deus, etc., fala metaforicamente. A isto
se dá o nome de antropomorfismo. Deus é vida (Jo.5:26; 14:26) e o
princípio de vida (At.17:25,28).
ESPIRITUALIDADE:
Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância
material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as
limitações temporais (Jo.4:24; Dt.4:15-19,23; Hb.12:9; Is.40:25; Lc.24:39;
Cl.1:15; ITm.1:17; IICo.3:17).

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PERSONALIDADE:
Existência dotada de auto-consciência e auto-determinação
(Ex.3:14; Is.46:11).
a) Volição ou vontade = querer (Is.46:10; Ap. 4:11).
b) Razão ou intelecto = pensar (Is.14:24; Salmos 92:5; Is.55:8).
Emoção ou sensibilidade = sentir (Gêneses 6:6, IRs.11:9, Dt.6:15;
Provérbios 6:16; Tg.4:5).
TRI-UNIDADE:
UNIDADE DE SER:
Há no Ser divino apenas uma essência indivisível. Deus é um em sua
natureza constitucional. A palavra hebraica que significa um no sentido absoluto
é yacheed (Gêneses 22:2), isto é, uma unidade numérica simples. Essa palavra
não é empregada para expressar a unidade da divindade. A unidade da
divindade é ensinada nas palavras de Jesus: Eu e o Pai somos um. (Jo.10:30).
Jesus está falando da unidade da essência e não de unidade de
propósito. (Jo.17:11,21-23, IJo.5:7).

TRINDADE DE PERSONALIDADE:
Há três Pessoas no Ser divino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra
hebraica que significa um no sentido de único é echad que se refere a uma
unidade composta. Esta palavra é empregada para expressar a unidade da
divindade. Esta palavra é usada em Dt.6:4; Gêneses 2:24 e Zc.14:9 (Veja
também Dt.4:35;32:39; ICr.29:1; Is.43:10;44:6;45:5; IRs.8:60; Mc.10:9;12:29;
ICo.8:5,6; ITm.2:5; Tg.2:19; Jo.17:3; Gl.3:20; Ef.4:6).

ELOHIM:
Este nome está no plural e não concorda com o verbo no singular quando
designativo de Deus (Gêneses 1:26;3:22; 11:6,7;20:13;48:15; Is.6:8)

HÁ DISTINÇÃO DE PESSOAS NA DIVINDADE:


Algumas passagens mostram uma das Pessoas divinas se referindo à
outra (Gêneses 19:24; Os.1:7; Zc.3:1,2; IITm.1:18; Salmos110:1; Hb.1:9).

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AUTO EXISTÊNCIA

Jerônimo disse: Deus é a origem de Si mesmo e a causa de Sua própria


substância. Jerônimo estava errado, pois Deus não tem causa de existência,
pois não criou a Si mesmo e não foi causado por outra coisa ou por Si mesmo;
Ele nunca teve início.

Ele é o Eterno EU SOU (Ex.3:14), portanto Deus é absolutamente


independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e perpetuidade de
Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência (Jo.5:26; At.17:24-28;
ITm.6:15,16).
INFINIDADE OU PERFEIÇÃO

É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu


Ser e em seus atributos (Jó.11:7-10; Mt.5:48). A infinidade de Deus se contrasta
com o mundo finito em sua relação tempo-espaço.
ETERNIDADE
A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade.
Deus é Eterno (Salmos 90:2; 102:12,24-27; Salmos 93:2; Ap.1:8; Dt.33:27;
Hb.1:12). A eternidade de Deus não significa apenas duração prolongada, para
frente e para traz, mas sim que Deus transcende a todas as limitações temporais
(IIPe.3:8) existentes em sucessões de tempo. Deus preenche o tempo. Nossa
vida se divide em passado, presente e futuro. mas não há essa divisão na vida
de Deus. Ele é o Eterno EU SOU. Deus é elevado acima de todos os limites
temporais e de toda a sucessão de momentos, e tem a totalidade de sua
existência num único presente indivisível (Is.57:15).
IMENSIDÃO
A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada imensidão ou
imensidade. Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó.36:5,26; Jó.37:22,23;
Jr.22:18; Salmos145:3). Imensidão é a perfeição de Deus pela qual Ele
transcende (ultrapassa) todas as limitações espaciais e, contudo está presente
em todos os pontos do espaço com todo o seu Ser PESSOAL (não é
panteísmo).

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A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não significa


extensão ilimitada no espaço, como no panteísmo. A imensidão de Deus é
transcendente no espaço (intramundano ou imanente = dentro do mundo –
Salmos 139:7-12; Jr.23:23,24) e fora do espaço (supramundano = acima do
mundo; extramundano = além do mundo; emanente = fora do mundo - IRs.8:27;
Is.57:15).

ONIPRESENÇA:
É quase sinônimo de imensidão: A imensidade denota a transcendência
no espaço enquanto que a onipresença denota a imanência no espaço. Deus é
imanente em todas as Suas criaturas e em toda a criação. A imanência não
deve ser confundida com o panteísmo (tudo é Deus) ou com o deísmo que
ensina que Deus está presente no mundo apenas com seu poder (per
portentiam) e não com a essência e natureza de ser Ser (per essentiam et
naturam) e que age sobre o mundo à distância.
Deus ocupa o espaço repletivamente porque preenche todo o espaço e
não está ausente em nenhuma parte dele, mas tampouco está mais presente
numa parte que noutra (Salmos 139:11,12). Deus ocupa o espaço variavelmente
porque Ele não habita na terra do mesmo modo que habita no céu, nem nos
animais como habita nos homens, nem nos ímpios como habita nos piedosos,
nem na Igreja como habita em Cristo (Is.66:1; At.17:27,28; Compare Ef.1:23 com
Cl.2:9).
IMUTABILIDADE:
É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em Deus, em
sua natureza, em seus atributos e em seu conselho.

A "BASE" PARA A IMUTABILIDADE DE DEUS:

É Sua simplicidade, eternidade, auto-existência e perfeição. Simplicidade


porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem mistura, não está
sujeito a variação (Tg.1:17).

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32

Eternidade porque Deus não está sujeito às variações e circunstâncias do


tempo, por isso Ele não muda (Salmos 102:26,27; Hb.1:12 e 13:8). Auto-
existência porque uma vez que Deus não é causado, mas existe em Si mesmo,
então Ele tem que existir da forma como existe, portanto sempre o mesmo
(Ex.3:14). E perfeição porque toda mudança tem que ser para melhor ou pior e
sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio, mais santo,
mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Por isso Deus é imutável como a
rocha (Dt.32:4).

IMUTABILIDADE NÃO SIGNIFICA IMOBILIDADE:


Nosso Deus é um Deus de ação e muito dinâmico (Is.43:13).

IMUTABILIDADE IMPLICA EM NÃO ARREPENDIMENTO:

Alguns versículos falam de Deus como se Ele se arrependesse (Ex.32:14,


IISm.24:16, Jr.18:8; Jl.2:13), trata-se de antropomorfismo (Nm.23:19; Rm.11:29;
ISm.15:29; Salmos110:4).

IMUTABILIDADE DE DEUS EM SUA NATUREZA:


Deus é perfeito em sua natureza por isso não muda nem para melhor
nem para pior (Ml.3:6).

IMUTABILIDADE DE DEUS EM SEUS ATRIBUTOS:

Deus é imutável em suas promessas (IRs.8:56; IICo.1:20); em sua


misericórdia (Salmos103:17; Is.54:10); em sua justiça (Ez.8:18); em seu amor
(Gêneses 18:25,26).

ONISCIÊNCIA
Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si
próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. O
conhecimento de Deus tem suas características:

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É ARQUÉTIPO:
Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia anterior à
sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento
não é obtido de fora, como o nosso (Rm.11:33,34).

É INATO E IMEDIATO:
Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó.37:16)

É SIMULTÂNEO:

Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua


totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Is. 40:28).

É COMPLETO:

Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente


(Salmos 147:5).

CONHECIMENTO NECESSÁRIO:

Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas


possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua onipotência. É
chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade
divina.
Por exemplo: O conhecimento do mal é um conhecimento necessário
porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido (Hc.1:13) Deus
não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por experiência, que envolve
uma ação de Sua vontade, mas sim por simples inteligência, por ser ato do
intelecto divino (veja II Co.5:21 onde o termo grego ginosko é usado).

CONHECIMENTO LIVRE:

É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que
existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também
chamado visionis, isto é, conhecimento de vista.

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PRESCIÊNCIA:
Significa conhecimento prévio; conhecimento de antemão. Como Deus
pode conhecer previamente as ações livres dos homens? Deus decretou todas
as coisas, e as decretou com suas causas e condições na exata ordem em que
ocorrem, portanto sua presciência de coisas contingentes (ISm.23:12;
IIRs.13:19; Jr.38:17-20; Ez.3:6 e Mt.11:21) apoia-se em seu decreto.
Deus não originou o mal mas o conheceu nas ações livres do homem
(conhecimento necessário), o decretou e preconheceu os homens. Portanto a
ordem é: conhecimento necessário, decreto, presciência. A presciência de Deus
é muito mais do que saber o que vai acontecer no futuro, e seu uso no N.T. é
empregado como na LXX que inclui Sua escolha efetiva (Nm.16:5; Jz.9:6;
Am.3:2).
Veja Rm.8:29; IPe.1:2; Gl.4:9. Como se processou o conhecimento
necessário de Deus nas livres ações dos homens antes mesmo que Ele as
decretasse? A liberdade humana não é uma coisa inteiramente indeterminada,
solta no ar, que pende numa ou noutra direção, mas é determinada por nossas
próprias considerações intelectuais e caráter (lubentia rationalis = auto-
determinação racional). Liberdade não é arbitrariedade e em toda ação racional
há um porquê, uma razão que decide a ação.
Portanto o homem verdadeiramente livre não é o homem incerto e
imprevisível, mas o homem seguro. A liberdade tem suas leis - leis espirituais - e
a Mente Onisciente sabem quais são (Jo.2:24,25). Em resumo, a presciência é
um conhecimento livre (scientia libera) e, logicamente procede do decreto, "...
segundo o decreto sua vontade" (Ef.1:11).
SABEDORIA:
A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na
adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores
meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. H.B. Smith define a
sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os melhores
resultados possíveis com os melhores meios possíveis.

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Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus:


Sabedoria é a perfeição de Deus pela qual Ele aplica o seu conhecimento à
consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o máximo (Rm.ll:33-36;
Ef.1:11,12; Cl.1:16). Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Salmos19:1-
7; Salmos104), na redenção (ICo.2:7; Ef.3:10) . A sabedoria é personificada na
Pessoa do Senhor Jesus (Provérbios 8 e ICo.1:30; Jó.9:4; veja também Jó
12:13,16).
ONIPOTÊNCIA
É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer
qualquer coisa que Ele queira.
A onipotência de Deus não significa o exercício para fazer aquilo que é
incoerente com a natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que um fato do
passado não tenha acontecido, ou traçar entre dois pontos uma linha mais curta
do que uma reta. Deus possui todo o poder que é coerente com Sua perfeição
infinita, todo o poder para fazer tudo aquilo que é digno d‘Ele. O poder de Deus
é distinguido de duas maneiras:
Potentia Dei absoluta = absoluto poder de Deus
Potentia Dei ordinata = poder ordenado de Deus.
- HODGE E SHEDD
Definem o poder absoluto de Deus como a eficiência divina, exercida sem
a intervenção de causas secundárias, e o poder ordenado como a eficiência de
Deus, exercida pela ordenada operação de causas secundárias.

- CHANOCK
Define o poder absoluto como aquele pelo qual Deus é capaz de fazer o
que Ele não fará, mas que tem possibilidade de ser feito, e o poder ordenado
como o poder pelo qual Deus faz o que decretou fazer, isto é, o que Ele ordenou
ou marcou para ser posto em exercício; os quais não são poderes distintos, mas
um e o mesmo poder.

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O seu poder ordenado é parte do seu poder absoluto, pois se Ele não
tivesse poder para fazer tudo que pudesse desejar, não teria poder para fazer
tudo o que Ele deseja. Podemos, portanto, definir o poder ordenado de Deus
como a perfeição pela qual Ele, mediante o simples exercício de Sua vontade,
pode realizar tudo quanto está presente em Sua vontade ou conselho.
E' óbvio, porém, que Deus pode realizar coisas que a Sua vontade não
desejou realizar (Gêneses 18:14; Jr.32:27; Zc.8:6; Mt.3:9; Mt.26:53). Entretanto
há muitas coisas que Deus não pode realizar: Ele não pode mentir, pecar, mudar
ou negar-se a Si mesmo (Nm.23:19; ISm.15:29; IITm.2:13; Hb.6:18; Tg.1:13,17;
Hb.1:13; Tt.1:3), isto porque não há poder absoluto em Deus, divorciado de Sua
perfeições, e em virtude do qual Ele pudesse fazer todo tipo de coisas
contraditórias entre Si (Jó.11:7). Deus faz somente aquilo que quer fazer
(Salmos115:3; Salmos135:6).

EL-SHADDAI:
A onipotência de Deus se expressa no nome hebraico El-Shaddai
traduzido por Todo-Poderoso (Gêneses 17:1; Ex.6:3; Jó.37:23 etc.).
EM TODAS AS COISAS:
A onipotência de Deus abrange todas as coisas (ICr.29:12), o domínio
sobre a natureza (Salmos107:25-29; Na.1:5,6; Salmos33:6-9; Is.40:26; Mt.8:27;
Jr.32:17;
Rm.1:20), o domínio sobre a experiência humana (Salmos91:1; Dn.4:19-
37; Ex.7:1-5; Tg.4:12-15; Provérbios .21:1; Jó.9:12; Mt.19:26; Lc.1:37), o
domínio sobre as regiões celestiais (Dn.4:35; Hb.1:13,14; Jó.1:12; Jó 2:6).
NA CRIAÇÃO, NA PROVIDÊNCIA E NA REDENÇÃO:
Deus manifestou o seu poder na criação (Rm.4:17; Is.44:24), nas obras
da providência (ICr.29:11,12) e na redenção (Rm.1:16; ICo.1:24).
SOBERANIA OU SUPREMACIA
Atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas
criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gêneses 14:19; Ne.9:6; Ex.18:11;
Dt.10:14,17; ICr.29:11; IICr.20:6; Jr.27:5; At.17:24-26; Jd.4; Salmos 22:28;
47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5; 145:11-13; Ap.19:6).

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VONTADE OU AUTO-DETERMINAÇÃO:
A perfeição de Deus pela qual Ele, num ato sumamente simples, dirige-se
à Si mesmo como o Sumo Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) e às Suas
criaturas por amor do Seu nome (Is.48:9,11,14; Ez.20:9,14,22,44; Ez.36:21-23).
A vontade de Deus recebe variadas classificações, pois à ela são
aplicadas diferentes palavras hebraicas (chaphets, tsebhu, ratson) e gregas
(boule, thelema).
VONTADE PRECEPTIVA:
Na qual Deus estabeleceu preceitos morais para reger a vida de Suas
criaturas racionais. Esta vontade pode ser desobedecida com freqüência (At.
13:22; I Jo.2:17; Dt. 8:20). VONTADE DECRETÓRIA:
Pela qual Deus projeta ou decreta tudo o que virá a acontecer, quer
pretenda realizá-lo causativamente, quer permita que venha a ocorrer por meio
da livre ação de suas criaturas (At.2:23; Is.46:9-11). A vontade decretória é
sempre obedecida. A vontade decretória e a vontade preceptiva relacionam-se
ao propósito em realizar algo.
VONTADE DE EUDOKIA:
Na qual Deus deleita-se com prazer em realizar um fato e com desejo de
ver alguma coisa feita. Esta vontade, embora não se relacione com o propósito
de fazer algo, mas sim com o prazer de fazer algo, contudo corresponde àquilo
que será realizado com certeza, tal como acontece com a vontade decretória
(Salmos115:3; Is.44:28; Is.55:11).

VONTADE DE EURESTIA:
Na qual Deus deleita-se com prazer ao vê-la cumprida por Suas criaturas.
Esta vontade abrange aquilo que a Deus apraz que Suas criaturas façam, mas
que pode ser desobedecido, tal como acontece com a vontade preceptiva
(Is.65:12).
A VONTADE DE EUDOKIA:
Não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente o
elemento de deleite (Mt.11:26). A vontade de eudokia e a vontade de eurestia
relacionam-se ao prazer em realizar algo.

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VONTADE DE BENEPLACITUM:
Também chamada Vontade Secreta. Abrange todo o conselho secreto e
oculto de Deus. Quando esta vontade nos é revelada, ela torna-se na Vontade
do Signum ou Vontade Revelada. A distinção entre a vontade de beneplacitum e
a vontade de signum encontra-se em Deuteronomio.29:29.

A VONTADE SECRETA:
É mencionada em Salmos 115:3; Dn.4:17,25,32,35; Rm.9:18,19;
Rm.11:33,34; Ef.1:5,9,11, enquanto que a vontade revelada é mencionada em
Mt.7:21; Mt.12:50; Jo.4:34; Jo.7:17; Rm.12:2. Esta vontade está mui perto de
nós (Dt.30:14; Rm.10:8). A vontade secreta de Deus pertence a todas as coisas
que Ele quer efetuar ou permitir, tal como acontece na vontade decretória, sendo
portanto, absolutamente fixa e irrevogável.

LIBERDADE:
A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age necessária e
livremente. Assim como há conhecimento necessário e conhecimento livre, há
também uma voluntas necessária = vontade necessária e uma voluntas libera =
vontade livre. Na vontade necessária Deus não está sob nenhuma compulsão,
mas age de acordo com a lei do Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si
próprio e quer a Sua natureza santa.
Deus necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições. As Suas
criaturas são objetos de Sua vontade livre, pois Deus determina voluntariamente
o que e quem Ele criará; e os tempos, lugares e circunstâncias de suas vidas.
Ele traça as veredas de todas as Suas criaturas, determina o seu destino e as
utiliza para Seus propósitos (Jó.ll:10; Jó.23:13,14; Jó.33:13. Provérbios .16:4;
Provérbios 21:1; Is.10:15; Is.29:16; Is.45:9; Mt.20:15; Ap.4:11; Rm.9:15-22;
ICo.12:11).

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20 CURIOSIDADES BÍBLICAS QUE PODEM MUDAR A SUA VIDA! VOCÊ SÁBIA QUE:

1-Na Bíblia tem 2 livros que levam os nomes de duas mulheres que são “Ester” e “Rute”;
2-No livro de Ester não menciona o nome de Deus;
3-O maior versículo da Bíblia tem 92 palavras e está em Ester 8.9;
4-O menor versículo da Bíblia tem 10 letras e está em Êxodo 20.13 “Não Matarás”;
5-O 2° menor versículo da Bíblia tem 11 letras e está em João 11.35 “Jesus Chorou”;
6-A Bíblia foi escrita por 40 homens e ao longo de 1.536 anos. Iniciou com o Pentateuco de Moisés no
Sinai em 1.440 a.C. e terminou com o quarteto do Apóstolo João: Ap; 1º Jo; 2º Jo e 3º Jo no ano 96 d.C.;
7-A Terra tem 7 bilhões de pessoas e apenas 5% é Cristã ou seja apenas 350 milhões vão para o Céu
(além de 10% de inocentes);
8-Adão e Eva foram criados há 8.101(2015); da criação ao dilúvio passaram 1.656 anos; do dilúvio a Cristo
foram 4.430 anos e, de Cristo até hoje são 2.015 anos. Porém os elementos usados para formar a Terra e
a criação de animais e vegetais são bem mais antigos e pode chegar a 100 mil anos ou mais e, que o dia
da criação desses elementos e animais pode não ser de 24 horas de 60 minutos do relógio solar de hoje;
9-O homem que mais viveu na Terra foi “Metusela” ou “Matusalém” era avô de Noé e, morreu afogado no
dilúvio porque não creu na pregação do neto; hoje a Arca da Salvação é Cristo e o betume é o Seu sangue;
10-Os Cristãos não podem ouvir ou cantar músicas mundanas: 1º porque não louva a Deus, 2º porque
louva a carne e os demônios e, 3º porque sempre tem mensagens subliminar, psicografada e sensual;
11-A Figueira brotou as folhas em 1.948, ou seja, Israel renasceu e já estamos no momento propício para o
Arrebatamento. Onde os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e juntamente com os Cristãos vivos vão
subir para a Jerusalém Celeste, passar 3,5 anos no Tribunal de Cristo para receber coroas e galardões e
depois 3,5 anos nas Bodas do Cordeiro que é festa de casamento entre a Igreja e Cristo. Toda pessoa que
hoje morre com Cristo o seu espírito vai repousar no Paraíso Celeste ou Seio de Abraão;
12-A Grande Tribulação será a 3ª Guerra Mundial, liderados pelo Anticristo e a Besta/Falso Profeta e
começará após a subida da Igreja Cristã. Na Terra em 7 anos todas as pessoas infiéis sofrerão o castigo e
punições com pragas, ferrões de escorpiões, trombetas e selos. Vai chover pedras de 30 quilos e o povo
será carimbado com o 666, castigados e mortos. Armagedom será a batalha final dos países contra Israel
13-O Milênio será um período de mil anos de paz na Terra para os Judeus, onde os animais serão mansos,
não haverá: armas e guerras, moedas, doença e noite e, as mulheres terão de 30 a 150 filhos;

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14-O Pouco de Tempo será a 4º e última Guerra na Terra após o Milênio, com duração de 6 a 12
meses, e fogo vai descer do Céu e devorar os Judeus rebeldes para após serem julgados no Juízo Final;
15-A Nova Terra de Ap. 21 será para os Judeus obedientes, reconstrução do Jardim do Éden e, a Igreja
estará na Jerusalém Celeste com corpos espirituais e cantando ao redor do trono de Deus para sempre;
16-No Juízo Final do Trono Branco, todas as pessoas que morrem sem Cristo, os seus espíritos já estão
hoje sofrendo no Inferno e, serão ressuscitados e receberão corpos imortais, doentes e feios da forma que
morreram e receberão a sentença do castigo eterno e serão lançados no Lago de Fogo que arde mais que
o Inferno. Serão condenados pela obra de: não ter crido no Senhor Jesus e na Bíblia que é Palavra de
Deus, não ter se arrependido, confessado e abandonado os pecados, não ter se batizado e não ter
frequentado uma igreja;
17-Quem não consegue dominar e eliminar o desejo da carne de prostituir, beber, fumar, dançar e odiar é
porque ainda não tem a salvação e ainda não foi selado pelo Espírito Santo, e, ainda não tem o nome
escrito no Livro da Vida no Céu e, para ser franco é porque ainda está possesso e oprimido por demônios;
18-Deus aprova, venera e apóia o sexo no leito sem mácula, ou seja, de pares casados no civil e se
possível na igreja; e reprova e castiga já agora e também depois no Inferno aos que se dão à prostituição,
ou seja, o sexo praticado antes ou fora do casamento e entre amasiados (Heb 13.4); Deus, diz na Bíblia,
que reprova a união de pessoas do mesmo sexo, porém está pronto para perdoar e salvar a alma de
homossexuais e de lésbicas e de todos os prostitutos.
19-Que o maior diálogo do Senhor Jesus registrado na Bíblia foi com uma Prostituta, liberou perdão e ela
tornou-se a primeira missionária e ganhou toda uma cidade para Jesus (João 4). O importante é o
arrependimento e fazer propósito de mudança de vida e, então para aquele que se arrepende, confessa,
pede perdão e muda totalmente de vida não tem nenhuma condenação. Jo 8.11 Vai e não peques mais;
20-No sangue de Cristo, todos os seus pecados pretos como a escarlata ficam branco como a neve e, os
vermelhos como o carmesim ficam como a branca lã. Is 1.18. Jesus cura todo tipo de doença, depressão,
angústia, enxuga as lágrimas, liberta de opressão maligna, dá vitória, alegria, muita paz e leva ao Céu.
Querido amigo, hoje é o dia de você encontrar-se ou reconciliar-se com o Senhor Jesus! Venha agora para
a presença de Deus, o Arrebatamento está chegando e amanhã poderá ser tarde demais! E para você que
já é cristão, continue firme nas promessas, perdoe tudo e a todos!. Abraços, tenha um bom dia, lhe desejo
saúde, vida longa e muita sabedoria espiritual. Pr.Omar.

Essas 20 curiosidades foram só para descontrair e quebrar a rotina dos


estudos, agora pode voltar a sequência, grato, Deus te abençoe.

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ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS

SANTIDADE:

É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e


mantém a Sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em
suas criaturas. Ser Santo vem do hebraico qadash que significa cortar ou
separar. Neste sentido também o Novo testamento utiliza as palavras gregas
hagiazo e hagios. A santidade de Deus possui dois diferentes aspectos,
podendo ser positiva ou negativa (Hb.1:9;Am.5:15; Rm.12:9).

SANTIDADE POSITIVA:

Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente perfeito,


puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (IJo.1:5; Is.57:15; IPe.1:15,16;
Hc.1:13). A santidade positiva é amor ao bem.
SANTIDADE NEGATIVA:
Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal e de
tudo quanto o aborrece (Lv.11:43-45; Dt.23:14; Jó.34:10; Provérbios .15:9,26;
Is.59:1,2; Lc.20:26; Hc. 1:13; Provérbios .6:16-19; Dt.25:16; Salmos5:4-6). A
santidade negativa é ódio ao mal. Além de possuir dois aspectos a santidade de
Deus possui também duas maneiras diferentes de manifestar-se:

RETIDÃO:
Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, em
virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade legislativa).
Salmos 145:17; Jr.12:1; Jo.17:25; Salmos116:5; Ed.9:15.

JUSTIÇA:
Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a
expressão da justiça absoluta (santidade judicial). Strong a chama de santidade
transitiva. A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça é a demonstração
de Sua santidade.

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A justiça de Deus pode ser retributiva e remunerativa. A justiça retributiva


se divide em punitiva e corretiva. A justiça punitiva é aquela pela qual Deus pune
os pecadores pela transgressão de Suas leis. Esta justiça de Deus exige a
execução das penalidades impostas por Suas leis (Salmos 3:5;11:4-7 Dt.32:4;
Dn.9:12,14; Ex.9:23-27;34:7). A justiça corretiva é aquela pela qual Deus
"pune" Seus filhos para corrigi-los (Hb.12:6,7).
Aqueles que não são Seus filhos, Deus pune como um Juiz Severo
(Rm.11:22; Hb.10:31), mas aos Seus filhos, Deus "pune" (corrige) como um Pai
Amoroso (Jr.10:24;30:11;46:28; Salmos 89:30-33; ICr.21:13) A justiça
remunerativa é aquela pela qual Deus recompensa, com Suas bênçãos, aos
homens pela obediência de Suas leis (Hb.6:10; IITm.4:8; ICo.4:5;3:11-15;
Rm.2:6-10; IIJo.8)
IRA:
Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da santidade de
Deus, pois em Sua ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo quanto contraria
Sua santidade (Dt.32:39-41; Rm.11:22; Salmos 95:11; Dt.1:34-37; Salmos
95:11). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade negativa
de Deus (Rm.1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc.). A ira é também designada de
severidade (Rm.11:22).
BONDADE:
É uma concepção genérica incluindo diversas variedades que se
distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é perfeição absoluta e
felicidade perfeita em Si mesmo (Mc.10:18; Lc.18:18,19; Salmos 33:5; Salmos
119:68; Salmos 107:8; Na.1:7).
A BONDADE IMPLICA NA DISPOSIÇÃO DE TRANSMITIR
FELICIDADE.

BENEVOLÊNCIA:
É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E' a perfeição de
Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas criaturas
(Salmos 145:9,15,16; Salmos 36:6;104:21; Mt.5:45;6:26; Lc.6:35; At.14:17).

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THIESSEN
Define benevolência como a afeição que Deus sente e manifesta para
com Suas criaturas sensíveis e racionais. Ela resulta do fato de que a criatura é
obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha feito (Jó.14:15) mas
apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o pecado (Ec.7:29).
BENEFICÊNCIA:
Enquanto que a benevolência é a bondade de Deus considerada em sua
intenção ou disposição, a beneficência é a bondade em ação, quando seus
atributos são conferidos.
COMPLACÊNCIA:
É a aprovação às boas ações ou disposições. É aquilo em Deus que
aprova todas as Suas próprias perfeições como também aquilo que se conforma
com Ele (Salmos 35:27; Salmos 51:6; Is.42:1; Mt.3:17; Hb.13:16).
LONGANIMIDADE OU PACIÊNCIA:
O hebraico emprega a palavra erek'aph que significa grande de rosto e
daí também lento para a ira. O grego emprega makrothymia que significa ira
longe. Portanto longanimidade é o aspecto da bondade de Deus em virtude do
qual Ele tolera os pecadores, a despeito de sua prolongada desobediência. A
longanimidade revela-se no adiamento do merecido julgamento (Ex.34:6;
Salmos 86:15; Rm.2:4; Rm.9:22; IPe.3:20; IIPe.3:15)
MISERICÓRDIA:
Também expressa pelos sinônimos compaixão, compassividade, piedade,
benignidade, clemência e generosidade. No hebraico usa-se as palavras chesed
e racham e no grego eleos. É a bondade de Deus demonstrada para com os que
se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos
(Dt.5:10; Salmos 57:10; Salmos 86:5; ICr.16:34; IICr.7:6; Salmos 116:5; Salmos
136; Ed.3:11; Salmos 145:9; Ez.18:23,32; Ex.33:11; Lc.6:35; Salmos 143:12; Jó
6:14). A paciência difere da misericórdia apenas na consideração formal do
objeto, pois a misericórdia considera a criatura como infeliz, a paciência
considera a criatura como criminosa; a misericórdia tem pena do ser humano em
sua infelicidade, a paciência tolera o pecado que gerou a infelicidade.

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A paciência difere da misericórdia apenas na consideração formal do


objeto, pois a misericórdia considera a criatura como infeliz, a paciência
considera a criatura como criminosa; a misericórdia tem pena do ser humano em
sua infelicidade, a paciência tolera o pecado que gerou a infelicidade. A
infelicidade e sofrimento deriva-se de um justo desagrado divino, portanto
exercer misericórdia é o ato divino de livrar o pecador do sofrimento pelo qual
ele justamente e merecidamente deveria passar, como conseqüência do
desagrado divino.
GRAÇA:

É a bondade de Deus exercida em prol da pessoa indigna. Portanto graça


é o ato divino de conceder ao pecador toda a bondade de Deus a qual ele não
merece receber (Ex.33:19). Na misericórdia Deus suspende o sofrimento
merecido, na graça Deus concede bênçãos não merecidas. Todo pecador
merece ir para o inferno; assim Deus exerce Sua misericórdia livrando o pecador
da condenação.
Nenhum pecador merece ir para o paraíso; assim Deus exerce a Sua
graça doando ao pecador o privilégio de ir gratuitamente para o paraíso. Essa
diferença entre misericórdia e graça é notada em relação aos anjos que não
caíram. Deus nunca exerceu misericórdia para com eles, posto que jamais
tiveram necessidade dela, pois não pecaram, nem ficaram debaixo dos efeitos
da maldição. Todavia eles são objetos da livre e soberana graça de Deus pela
qual foram eleitos (ITm.5:21) e preservados eternamente de pecado e colocados
em posição de honra (Dn.7:10; IPe.3:22).
AMOR:
A perfeição da natureza divina pela qual Ele é continuamente impelido a
se comunicar. É, entretanto, não apenas um impulso emocional, mas uma
afeição racional e voluntária, sendo fundamentada na verdade e santidade e no
exercício da livre escolha. Este amor encontra seus objetos primários nas
diversas Pessoas da Trindade. Assim, o universo e o homem são
desnecessários para o exercício do amor de Deus. Amor é, portanto, a perfeição
de Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria comunicação. Ele
ama a Si mesmo, Suas virtudes, Sua obra e Seus dons.

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VERDADE:

É a consonância daquilo que é asseverado com o que pensa a Pessoa


que fez a asseveração. Neste sentido a verdade é um atributo exclusivamente
divino, pois com freqüência os homens erram nos testemunhos que prestam,
simplesmente por estarem equivocados a respeito dos fatos, ou então por pura
incapacidade fracassam em promessas que fizeram com honestas intenções.
Mas a onisciência de Deus impede que Ele chegue a cometer qualquer
equívoco, e a Sua onipotência e imutabilidade asseguram o cumprimento de
Suas intenções (Dt.32:4; Salmos119:142; Jo.8:26; Rm.3:4; Tt.1:2; Nm.23:19;
Hb.6:18; Ap.3:7; Jo.17:3; IJo.5:20; Jr.10:10; Jo.3:33; ITs.1:9; Ap.6:10; Salmos
31:5; Jr.5:3; Is.25:1). Ao exercê-la para com a criatura, a verdade de Deus é
conhecida como sua veracidade e fidelidade.

VERACIDADE:

Consiste nas declarações que Deus faz a respeito das coisas, conforme
elas são, e se relaciona com o que Ele revelou sobre Si mesmo. A veracidade
fundamenta-se na onisciência de Deus.

FIDELIDADE:
Consiste no exato cumprimento de Suas promessas ou ameaças. A
fidelidade fundamenta-se na Sua onipotência e imutabilidade (Dt.7:9;
Salmos36:5;
ICo.1:9; Hb.10:23; Dt.4:24; IITm.2:13; Salmos 89:8; Lm.3:23; Salmos
119:138; Salmos 119:75; Salmos 89:32,33; ITs.5:24; IPe.4:19; Hb.10:23).

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NOMES DE DEUS

Este é o chamado Tetragrama Sagrado ‫ הוהי‬YHVH ou YHWH


(transliteração mais adotada pelos estudiosos), é literalmente O Nome de Deus,
na grafia original, refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita já
transliterada (substituição dos símbolos gráficos hebraicos por letras do alfabeto
ocidental atual – A, B, C...); etimologicamente tetragrama é uma palavra de
origem grega que significa quatro letras (Tetra = quatro / gramma = letra). Esta
forma de escrita (e leitura) é feita de trás para frente em relação às formas de
escritas ocidentais. Originariamente, em aramaico (hebraico), as palavras são
escritas e lidas horizontalmente, da direita para esquerda; ou seja, HVHY.
Formado por quatro consoantes hebraicas — Yud ( ( ‫ י‬Hêi (‫ )ה‬Vav (‫ )ו‬Hêi (‫ ; )ה‬o
Tetragrama YHVH tem sido latinizado para JHVH já por muitos séculos.
A forma da expressão ao declarar o nome de Deus YHVH (ou JHVH na
forma latinizada) deixou de ser utilizada há milhares de anos na pronúncia
correta do hebraico original (que é declarada como uma língua quase que
completamente extinta.

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Os homens deixaram de pronunciar O Nome de Deus por medo de pecar


por pronunciar O Nome de Deus em vão - "Não tomarás o nome de YHWH, teu
Deus, em vão, pois YHWH não considerará impune aquele que tomar seu nome
em vão." (Êxodo 20:7) - e com isso perderam a capacidade de pronunciar de
forma satisfatória e correta, pois a língua (que quem pronunciava O Nome de
Deus no idioma original) precisaria se curvar (dobrar dentro da boca) de uma
forma muito difícil, para muitos impossível de ser pronunciada corretamente.

Para alguns eruditos o nome YHVH pode se identificar mais com as


palavras: YaHVeH (vertido em português para Javé), ou YeHoVaH (vertido em
português para Jeová). Essas palavras são transliterações possíveis nas línguas
portuguesas e espanholas; já outros eruditos a forma mais correta de escrever O
Nome de Deus seria Javé (Yahvéh ou JaHWeH). Ainda alguns destes
estudiosos concordam que a pronúncia Jeová (YeHoVaH ou JeHoVáH), seria a
mais a forma mais correta de pronunciar O Nome de Deus, sendo este o
pensamento mais aceito pelos teólogos da atualidade.

Contudo o significado exato do Tetragrama YHVH ainda é objeto de


controvérsia entre os especialistas. Em Êxodo 3:14, YHVH disse a Moises:
―Ehiéh ashér ehiéh‖ Segundo muitas traduções da Bíblia, esta expressão,
encontrada no texto hebraico significa: ―EU SOU O QUE SOU‖. E disse mais:
"Assim dirás aos filhos de Israel: 'EU SOU' me enviou até vós.".

Esta expressão ―EU SOU O QUE SOU‖ é usada como título para Deus,
para indicar que Ele realmente existe antes que houvesse dia (Isaias 48. 17);
isso corresponde às expressões: "Eu sou aquele que é", "Eu sou o existente".
YHVH assim confirma a Sua própria existência.
O Tetragrama YHWH na maioria das versões bíblicas utilizadas no século
XX e XXI foi substituído pela palavra SENHOR com todas as letras maiúsculas,
para evitar erros e problemas gramaticais.

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O certo mesmo é que a pronúncia verdadeiramente correta d‘O Nome de


Deus (YHVH) se perdeu no tempo e hoje nenhum ser humano sabe exatamente
como pronunciar este Nome. Mesmo assim os nomes Javé e Jeová são formas
que os homens encontraram para tentar pronunciar e invocar O Nome de Deus
Pai.
Devemos também considerar que quando uma criança de 04 (quatro)
anos se dirige a seu pai terreno, ela não o chama pelo nome e por sua vez o
genitor dessa criança não vai deixar de dar-lhe atenção porque ela não sabe
pronunciar o seu nome. Deste modo, é importante dizer que sabendo ou não
pronunciar corretamente O Nome d‘Ele, todas as pessoas que se dirigirem a
Deus, com um espírito quebrantado e um coração contrito, chamando-O de PAI,
serão ouvidas por Ele, porque independente do Seu Nome, ELE gosta de Ser
Chamado assim.
Alguns dos nomes de Deus dizem respeito a Ele como sujeito: Jeová,
Senhor, Deus; outros são atribuídos como predicados que falam d‘Ele ou a Ele,
como: Santo, justo, bom, etc. Alguns nomes expressam a relação entre Deus e
as criaturas: Criador, Sustentador, Governador, etc. Alguns nomes são comuns
às três pessoas, como; Jeová, Deus, Pai, Espírito. E outros são nomes próprios
usados para expressarem Sua obra e Seu caráter.
O nome de Deus é o que Ele é: representação do Seu caráter. Mas o
Criador é tão grande que nome algum jamais será adequado à Sua grandeza.
Se o céu dos céus não O pode conter, como pode um nome descrever o
Criador? Portanto, a Bíblia contém vários nomes de Deus que O revelam em
diferentes aspectos de Sua maravilhosa personalidade.
ELOÌM

Este é o primeiro nome de Deus encontrado nas Escrituras (Gênesis 1:1),


e aqui o nome encontra-se em sua forma plural, mas o verbo continua no
singular, indicando a pluralidade das pessoas na unidade do Ser.

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O nome de Deus é o que Ele é: representação do Seu caráter. Mas o


Criador é tão grande que nome algum jamais será adequado à Sua grandeza.
Se o céu dos céus não O pode conter, como pode um nome descrever o
Criador? Portanto, a Bíblia contém vários nomes de Deus que O revelam em
diferentes aspectos de Sua maravilhosa personalidade.
ELOÌM

Este é o primeiro nome de Deus encontrado nas Escrituras (Gênesis 1:1),


e aqui o nome encontra-se em sua forma plural, mas o verbo continua no
singular, indicando a pluralidade das pessoas na unidade do Ser. Este nome
denota a grandeza e o poder de Deus. Este nome encontra-se somente no
relato da criação (Gênesis 1:1-2:4); é o Seu nome de criação. Eloím é sempre
traduzido no português, como Deus em nossa Bíblia. De acordo com a opinião
mais ponderada entre os estudiosos, esta palavra é derivada duma raiz na
língua árabe que significa "adorar".
Esta opinião é fortalecida quando observamos que a mesma palavra é
usada inapropriadamente para anjos, dos homens, e falsas divindades. No
Salmo 8:5 a palavra anjos é eloím no texto original, e vemos que certas vezes os
anjos são impropriamente louvados. No Salmo 82:1,6 eloím é traduzido deuses,
e é usado para homens. Em Jeremias 10:10-12 temos o verdadeiro Deus (eloím)
contrastado com os "deuses" (eloím) que não fizeram os céus nem a terra,
implicando assim que ninguém, não ser Deus, é objeto próprio de adoração.
EL-SHADAI
Este nome composto é traduzido "Deus o Todo poderoso" (El é Deus e
Shadai é Todo poderoso). O título El é Deus no singular, e significa forte ou
poderoso. El é traduzido 250 vezes no Velho Testamento como Deus. Este título
é geralmente associado com algum atributo ou perfeição de Deus, como; Deus
Todo Poderoso (Gênesis 17:3); Deus Eterno (Gênesis. 21:33); Deus zeloso
(Êxodo 20:5); Deus vivo (Josué 3:10).

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Shadai, sempre traduzido Todo-poderoso, significa suficiente ou rico em


recursos. Pensa-se que a palavra é derivada duma outra que significa seios. A
palavra seio nas Escrituras simboliza bênção e nutrição. Na pronúncia da última
bênção de Jacó sobre José quando morria, entre outras coisas disse: "Pelo
Deus (El) de teu pai o qual te ajudará, e pelo Todo-poderoso (Shadai), o qual te
abençoará com bênçãos dos céus de cima, com bênçãos do abismo que está
debaixo, com bênçãos dos peitos e da madre". Gênesis 49:25.
Isaías, ao descrever a excelência futura e as bênçãos de Israel, diz: "E
mamarás o leite das nações, e te alimentarás dos peitos dos reis; e saberás que
eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, o Possante de Jacó". Isaías
60:16. O povo de Deus será sustentado pelos recursos das nações e dos reis
porque seu Deus é El-Shadai - O poderoso para abençoar.
Satanás tenta competir com Deus e é um falsificador de Suas obras.
Portanto, podemos esperar encontrar nas religiões pagãs imitações de Deus em
vários aspectos de seu caráter e governo. Este fato é bem demonstrado na
seguinte citação tirada do livro de Nathan J. Stone concernente aos nomes de
Deus no Velho Testamento.
"Tal conceito de um deus ou divindade não era estranha nem incomum
aos antigos. Os ídolos dos antigos pagãos são às vezes chamados por nomes
que indicam seu poder em suprir as necessidades dos seus adoradores. Sem
dúvida, porque eram considerados como grandes agentes da natureza ou dos
céus, dando chuva, fazendo com que da terra brotassem águas, para trazer
abundância e frutos para manter e nutrir a vida.
Havia muitos ídolos com peitos, adorados entre os pagãos. Um
historiador mostra que o corpo inteiro da deusa egípcia, Isis, era coberto de
peitos, porque todas as coisas são sustentadas e nutridas pela terra ou
natureza. O mesmo se vê com a deusa Diana dos efésios no capítulo 19 de
Atos, pois Diana simbolizava a natureza e todo o mundo, com todos os seus
produtos.

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Este nome de Deus primeiramente aparece em conexão com Abrão.


Gênesis 17:1-2. Anos antes e em diferentes ocasiões, Deus prometera a Abraão
que faria dele uma grande nação e uma numerosa descendência. Os anos se
passaram e o filho prometido a Sara e Abrão não vinha.
Foi então que ele recorreu aquele expediente carnal que trouxe Ismael e
o Islamismo ao mundo. E a promessa de Deus ainda não havia se cumprido. E
agora, de acordo com as leis da natureza, era muito tarde: Abrão contava com
99 anos de idade e Sara com 90. A esta altura é que Deus lhe aparece como o
Deus Todo-poderoso (El-Shadai) e repete Sua promessa.
E aqui é que seu nome foi mudado de Abrão a Abraão, que significa "pai
de muitas nações". Aqui temos uma promessa desconcertante, mas Abraão não
vacilou, pois ele "era forte na fé, dando glória a Deus". Romanos 4:20. A fé forte
de Abraão era baseada sobre esta nova revelação de Deus como Deus Todo-
poderoso (El-Shadai). "Ele não considerou mais seu corpo como morto... nem a
madre de Sara como infrutífera"; pois seus pensamentos estavam sobre um
Deus Todo-suficiente. Esta é uma bela ilustração da diferença entre a lei da
natureza e o Deus da natureza. As leis da natureza não podiam produzir um
Isaque, mas isto não era problema para o Deus da natureza. Não importa, se
todas as coisas forem contra Deus; Ele é Todo-suficiente nele mesmo.

ADONAI
Este nome de Deus está no plural, denotando assim a pluralidade das
pessoas na Divindade. É traduzido como Senhor em nossa Bíblia e denota uma
relação de Senhor e escravo. Quando usado no possessivo, indica a posse e
autoridade de Deus. A escravidão é uma bênção quando Deus é o Dono e
Senhor. Nos dias de Abraão, a escravidão era uma relação entre homem e
homem e não era um mal implacável. O escravo comprado tinha a proteção e os
privilégios não gozados pelos empregados assalariados. O escravo comprado
devia ser circuncidado e tinha permissão de participar da Páscoa. Êxodo 12:44.

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Esta palavra no singular (Adon) refere-se a homem mais de duzentas


vezes no Velho Testamento e é traduzida várias vezes como; Senhor, Mestre,
Dono. Este nome de Deus é usado pela primeira vez no Velho Testamento em
conexão com Abraão. Abraão foi o primeiro a chamar Deus de Adonai.
Abraão como dono de escravos reconhecia Deus como seu mestre e
proprietário. Quando Abraão retorna da sua vitória sobre os reis, depois de ter
libertado Ló, o rei de Sodoma queria gratificá-lo, mas ele recusou recompensas.
E "depois destas coisas veio a palavra do Senhor (Jeová) a Abraão dizendo:
"Não temas, Abraão, Eu sou teu escudo e tua grande recompensa, e Abraão
disse: Senhor Deus" (Adonai Jeová). Ele que possuía escravos reconhecia a si
próprio como escravo de Deus.
JEOVÁ

Este é o mais famoso dentre os nomes de Deus e é predicado dele como


um Ser necessário e auto-existente. O significado é: AQUELE QUE SEMPRE
FOI, SEMPRE É E SEMPRE SERÁ. Temos assim traduzido em Apocalipse 1:4:
"Daquele que é, e que era, e que há de vir".
Jeová é o nome pessoal, próprio e incomunicável de Deus. No Salmo
83:18 lemos: "Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome Jeová, és o
Altíssimo sobre toda a terra". Os outros nomes de Deus são às vezes
empregados a criaturas, mas o nome Jeová é usado exclusivamente para o
Deus vivo e verdadeiro.
Os judeus tinham uma reverência supersticiosa por este nome e não o
pronunciavam quando na leitura, antes o substituíam por Adonai ou Eloím. Este
é o nome de Deus no concerto com o homem. Este nome aparece
aproximadamente sete mil vezes e na maioria é traduzido como "Senhor". Como
já dissemos ele inclui todos os tempos; passado, presente e futuro. O nome vem
de uma raiz que significa "Ser."

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A. W. Pink tem comentários esclarecedores sobre a relação entre Eloim e


Jeová em seu livro: A Inspiração Divina da Bíblia, e citamos: "Os nomes Eloim e
Jeová são encontrados nas páginas do Velho Testamento diversas mil vezes,
mas nunca são usados de modo negligente nem alternadamente.
Cada um destes nomes tem um propósito e significado definido, e se os
substituirmos um pelo outro a beleza e a perfeição de muitas passagens seriam
destruídas. Como ilustração: A palavra "Deus" aparece em todo o capítulo de
Gênesis 1, mas "Senhor Deus" no capítulo 2. Se nestas duas passagens os
nomes fossem invertidos; falha e defeito seriam o resultado. "Deus" é o título de
criação, enquanto que "Senhor" implica relação de concerto e mostra Deus
tratando com Seu povo.
Portanto, em Gênesis 1, "Deus" é usado, no capítulo 2 "Senhor Deus" é
empregado e através do resto do Velho Testamento estes dois nomes são
usados discriminadamente e em harmonia com seus significados neste dois
primeiros capítulos da Bíblia.
Um ou dois exemplos serão o suficiente. "E entraram para Noé na arca,
dois a dois de toda carne que havia espírito de vida. E os que entraram, macho
e fêmea de toda carne entraram, como Deus (Eloím, C. D. Cole) lhe tinha
ordenado; "Deus", porque era o Criador exigindo o respeito de Suas criaturas;
mas no restante do mesmo versículo, lemos: "e o Senhor (Jeová, C. D. C.)
fechou-a por fora, (Gênesis 7:15-16) isto porque a ação de Deus para com Noé
estava baseado na relação de concerto.
Quando saiu para enfrentar Golias, Davi disse: "Neste dia o Senhor
(Jeová) te entregará na minha mão (porque Davi tinha um concerto com Deus) e
ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje
mesmo às aves dos céus e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há
Deus (Eloím) em Israel; E saberá toda esta congregação (que estava em relação
de concerto com Ele) que o Senhor (Jeová) salva não com espada nem com
lança". 1 Samuel 17:46-47. Mais uma vez: "Sucedeu pois que, vendo as
capitães dos carros a Josafá disseram:

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É o rei de Israel e o cercaram para pelejarem, porém Josafá clamou, e o


Senhor (Jeová) o ajudou. E Deus (Eloim) os desviou dele". 2 Crônicas 18:31. E
assim temos exemplos através todo o Velho Testamento.

OS TÍTULOS DE JEOVÁ

O nome Jeová é muitas vezes usado de modo composto com outros


nomes para apresentar o verdadeiro Deus em algum aspecto de Seu caráter,
satisfazendo certas necessidades de Seu povo. Existem quatorze destes títulos
de Jeová no Velho Testamento, mas neste volume não há espaço para se tratar
de cada um separadamente. Teremos que nos satisfazer com uma
apresentação dos títulos e algumas referências onde são usados:

JEOVÁ-HOSENU, "Jeová nosso criador". Salmo 95:6.


JEOVÁ-JIRÉ, "Jeová proverá". Gênesis 22:14.

JEOVÁ-RAFÁ, "Jeová que te cura". Êxodo 15:26.

JEOVÁ-NISSI, "Jeová, minha bandeira". Êxodo 17:15.

JEOVÁ-M?KADDÉS, "Jeová que te santifica". Levítico 20:8.

JEOVÁ-ELOENU, "Jeová nosso Deus". Salmo 99:5 e 8.


JEOVÁ-ELOEKA, "Jeová teu Deus". Êxodo 20:2,5,7.
JEOVÁ-ELOAI, "Jeová meu Deus". Zacarias 14:5.
JEOVÁ-SHALOM, "Jeová envia paz". Juízes 6:24.

JEOVÁ-TSEBAOTE, "Jeová das hostes". 1 Samuel 1:3.


JEOVÁ-ROÍ, "Jeová é meu pastor". Salmo 23:1.
JEOVÁ-HELEIÓN, "Jeová o altíssimo". Salmo 7:17; 47:2.

JEOVÁ-TSIDKENU, "Jeová nossa justiça". Jeremias 23:6.

JEOVÁ-SHAMÁ, "Jeová está lá". Ezequiel 48:35.

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OS NOMES DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO


TEOS.
No Novo Testamento grego este é geralmente o nome de Deus, e
corresponde a Eloim no Velho Testamento hebraico. É usado para todas as três
pessoas da Trindade, mas especialmente para Deus, o Pai.
PATER.
Este nome corresponde ao Jeová do V. T., e denota a relação que temos
com Deus através de Cristo. É usado para Deus duzentas e sessenta e cinco
vezes e é sempre traduzido como Pai.
DÉSPOTES.
(Déspota no português). Este título denota Deus em Sua soberania
absoluta, e é semelhante a Adonai do V. T. Encontramos este nome apenas
cinco vezes no N. T., Lucas 2:29; Atos 4:24; 2 Pedro 2:1; Judas 4; Apocalipse
6:10.
KÚRIOS.
Este nome é encontrado centenas de vezes e traduzido como; Senhor
(referendo a Jesus), senhor (referendo ao homem), Mestre (referendo a Jesus),
mestre (referendo ao homem) e dono. Em citações do hebraico usa-se
muitas vezes em lugar de Jeová. É um título do Senhor Jesus como mestre e
dono.
CHRISTUS.
Esta palavra significa o Ungido e é traduzida Cristo. Deriva-se da palavra
"chrio" que significa ungir. É o nome oficial do Messias ou Salvador que era por
muito tempo esperado. O N. T. utiliza este nome exclusivamente referindo-se a
Jesus de Nazaré.
Destes nomes todos do Ser Supremo, aprendemos que Ele é o Ser
eterno, imutável, auto-existente, auto-suficiente, todo-suficiente e é o supremo
objeto de temor, confiança, adoração e obediência.

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AS OBRAS DE DEUS
O DECRETO DE DEUS
É o eterno propósito de Deus, segundo o conselho da sua vontade, pelo
qual, para a sua própria glória, ele determinou tudo o que acontece.

O DECRETO DE DEUS É SOMENTE UM:


Embora muitas vezes usemos esse termo no plural, em sua própria
natureza o decreto é somente um único ato de Deus. Esse ato é imediato e
simultâneo, não sucessivo como o nosso, e a sua compreensão é sempre
completa. Não existem, pois, uma série de decretos de Deus, mas somente um
plano que abrange tudo o que se passa.
A RELAÇÃO DO DECRETO COM O CONHECIMENTO DE DEUS:
O decreto de Deus tem a mais estreita relação com o seu conhecimento.
o decreto de Deus não refere-se ao ser essencial de Deus, nem às suas
atividades imanentes dentro do ser divino. Deus não decretou ser santo e justo,
nem existir como três pessoas numa essência, nem gerar o filho. Essas coisas
são como são necessariamente e não dependem da vontade optativa de Deus.
Aquilo que é essencial ao ser divino não pode fazer parte do conteúdo do
decreto. O decreto não se limita aos atos realizados pessoalmente por Deus,
mas abrange também as ações das suas criaturas livres. Algumas coisas Deus
faz pessoalmente, outras ele faz com que aconteçam por meios secundários, os
quais ele vitaliza e sustenta pelo seu poder.
O DECRETO NÃO É O ATO PROPRIAMENTE DITO:
Deve-se fazer distinção entre o decreto e sua execução. O decreto para
criar não é a criação em si, nem o decreto para justificar é a justificação em si.
Ordenar Deus o universo de tal modo que o homem seguirá certo curso de ação,
também é bem diferente de ordenar-lhe que aja desse modo. O decreto não é
dirigido ao homem e não é de natureza estatutária, tampouco impõe compulsão
ou obrigação à livre vontade do homem.

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AS CARACTERÍSTICAS DO DECRETO DIVINO:


TEM SEU FUNDAMENTO NA SABEDORIA DIVINA
(Efésios. 3:10,11, Salmos. 104:24, Provérbios 3:19, Jr. 10:12, 51:15,
Salmos. 33:11, Provérbios . 19:21.)

É ETERNO
(Atos. 15:18, Efésios. 1:4, II Tm. 1:9.)
É EFICAZ
(Salmos. 33:11, Is. 46:10.)
É IMUTÁVEL
(Jó 23:13,14, Lc. 22:22, At. 2:23.)
É UNIVERSAL E TOTALMENTE ABRANGENTE
(Efésios 1:11, Efésios. 2:10, Provérbios . 16:4, At. 4:27,28, Gêneses 45:8,
50:20, Salmos. 119:89-91, II Ts. 2:13, Efésios. 1:4, Jó 14:5, Salmos. 39:4, At.
17:26).

OBJEÇÕES À DOUTRINA DO DECRETO:


É INCOERENTE COM A LIBERDADE MORAL DO HOMEM

A Bíblia revela que Deus decretou a liberdade do homem e este, no pleno


uso de sua liberdade sempre leva a efeito o decreto absoluto de Deus. ex.: foi
decretado que Jesus seria crucificado, todavia os homens foram perfeitamente
livres em seu procedimento e responsabilizados por este crime.
Ademais, o decreto divino só dá certeza aos eventos, mas não implica
que Deus os realizará ativamente. A questão é: a certeza prévia de Deus se
coaduna com a livre ação. O fato de se estar razoavelmente certos quanto ao
curso de ação que alguém que conhecemos seguirá não implica em infringir sua
liberdade.

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O DECRETO ELIMINA A TODOS OS MOTIVOS PARA


ESFORÇO
O decreto divino não é dirigido para o homem como uma regra de ação,
visto que o conteúdo dele só se torna conhecido pela sua concretização, e
depois desta. Há, porém uma regra de ação incorporada na lei e no evangelho e
essa sim, deve ser seguida à risca. o decreto não inclui somente os diversos
fatos da vida humana, mas também as livres ações humanas, logicamente
anteriores aos resultados e destinadas a produzi-lo. Em At. 27 era
absolutamente certo que todos os que estavam no navio com Paulo seriam
salvos, mas era igualmente certo que, para assegurar este fim, os marinheiros
tinham que permanecer a bordo.
A CRIAÇÃO
O estudo do decreto nos leva naturalmente à consideração da sua
execução, e esta começa com a obra da criação. O conhecimento desta doutrina
só se aceita pela fé. (Hb. 11:3).
Em distinção à geração do filho, que foi um ato necessário do pai, a
criação do mundo foi um ato livre do Deus triúno. A criação esteve eternamente
na vontade de Deus e, portanto, não produziu mudança nele.
Antes da criação o tempo não existia, dado que o mundo foi trazido à
existência juntamente ―com o tempo, antes que no tempo‖. A Igreja, de um modo
geral, sustenta que o mundo foi criado em seis dias comuns, no entanto alguns
vultos da história da igreja, como Agostinho, afirmavam que os dias seriam dias
eternos, já que ―para o Senhor um dia é como mil anos‖.
Alguns também sugerem que transcorreu um longo período de tempo
entre a criação primária de Gêneses 1:1,2 e a criação secundária dos versículos
subseqüentes. A Bíblia está repleta de provas sobre a criação do mundo por
parte de Deus:
Passagens que salientam a onipotência de Deus na obra da criação. (Is.
40:26,28, Am. 4:13)
Passagens que indicam sua exaltação acima da natureza. (Salmos. 90:2,
102:26,27, At. 17:24)
Passagens que se referem à sabedoria de Deus na obra da criação. (Is.
40:12-14, Jr. 10:12-16, Jo. 1:3)

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Passagens que vêem a criação do ponto de vista da soberania e do


propósito de Deus. (Is. 43:7, Rm. 1:25).
Passagens que falam da criação como a obra fundamental de Deus. (I
Co. 11:9, Cl. 1:16).
Passagens que revelam explicitamente Deus como o criador. (Ne. 9:6, Is.
42:5, 45:18, Apocalipse 4:11, 10:6).
A crença da Igreja na criação do mundo vem expressa já no primeiro
artigo confissão de fé apostólica: ―creio em Deus Pai, todo-poderoso, criador dos
céus e da terra‖.
A Igreja primitiva entendia o verbo ―criar‖ no sentido estrito de ―produzir do
nada alguma coisa‖. No entanto deve-se notar que nem sempre a escritura usa
a palavra hebráica ―bará‖ e o termo grego ―ktizein‖ nesse sentido absoluto.
Também emprega esses termos para denotar uma criação secundária, na
qual Deus fez uso de material já existente, mas que não podia causar por si
mesmo o resultado indicado. (Gêneses 1:21,27, 5:1, Is. 45:7,12, 54:16, Am.
4:13, I Co. 11:9, Ap.10:6).
Dois outros termos são utilizados como sinônimos de termo ―criar‖: fazer,
do hebraico ―asah‖ e do grego ―poiein‖ e formar, do hebraico ―yatsar‖ e do grego
―plasso‖.
DEFINIÇÃO:
A criação é o livre ato de Deus pelo qual ele, segundo a sua vontade
soberana e para a sua própria glória, produziu no princípio todo o universo,
visível e invisível, em parte do nada e em parte de material que, por sua
natureza, nada poderia produzir, e assim lhe deu uma existência distinta da sua
própria, e, ainda assim dele dependente.
A CRIAÇÃO É UM ATO DO DEUS TRIÚNO:
Embora o Pai esteja em primeiro plano na obra da criação (I Co. 8:6), esta
é também reconhecida como obra do Filho (Jo. 1:3) e do Espírito Santo
(Gêneses 1:2, Jó 26:13). Todas as coisas são, de uma só vez, oriundas do Pai,
por meio do Filho e no Espírito Santo. Pode-se dizer, de modo geral, que o ser
provém do Pai, a idéia provém do Filho e a vida provém do Espírito Santo.

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A CRIAÇÃO É UM ATO LIVRE DE DEUS:


A Bíblia nos ensina que Deus criou todas as coisas segundo o conselho
da sua vontade. (Ef. 1:11, Apocalipse 4:11) e que ele é auto-suficiente e não
depende de suas criaturas, de modo nenhum. (Jó 22:2,3, At. 17:25)

A CRIAÇÃO É UM ATO TEMPORAL DE DEUS:


A Bíblia começa com a singela declaração: ―no princípio criou Deus os
céus e a terra‖. (Gêneses 1:1) o termo hebraico ―bereshith‖ (no princípio) é
indefinido e, naturalmente, surge a questão: princípio de quê? Parece melhor
tomar a expressão no sentido absoluto, como uma indicação do início de todas
as coisas temporais e do próprio tempo. não é correto presumir que já existia o
tempo quando Deus criou o mundo e que ele, em certo ponto desse tempo
existente, deu ―princípio‖ a produção do universo. Está claro na escritura que o
mundo teve começo em passagens como Salmos 90:2, 102:25, Mt. 19:4,8, Mc.
10:6, Jo. 1:1,2, Hb. 1:10.

O FIM ÚLTIMO DA CRIAÇÃO:


São duas as teorias sobre qual teria sido a finalidade das coisas criadas:

A FELICIDADE DA HUMANIDADE
Alguns teólogos afirmam que a bondade de Deus o induziu a criar o
mundo. Ele desejava se comunicar com suas criaturas e a felicidade destas era
o fim que ele tinha em vista. No entanto é certo que esse fim ainda não foi
alcançado, levando em consideração todos os sofrimentos que há no mundo.
Não podemos imaginar que um Deus sábio e onipotente escolhesse um fim
destinado a falhar no todo ou em parte. (Jó 23:13). Mas vai se concretizar na JC
e na Nova Terra e Novo Céu.

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A GLÓRIA DECLARATIVA DE DEUS


A Igreja de Jesus Cristo encontrou o verdadeiro fim da criação, não em
alguma coisa que esteja fora de Deus, mas em Deus mesmo. O fim supremo de
Deus na criação é a manifestação de sua glória. (Is. 43:7, 60:21, 61:3, lc. 2:14,
Rm. 9:17, 11:36, I Co. 15:2).
A INTERPRETAÇÃO DE GÊNESES 1:1,2:
Alguns interpretam Gênesis 1:1 com um título do restante da criação, não
possuindo um sentido independente, mas isso é objetável por, pelo menos, duas
razões:
1. Porque a narração subsequente está ligada ao primeiro versículo
pela partícula ―e (waw), o que não aconteceria se fosse um título.
2. Nos versículos seguintes não contêm o relato da criação dos céus.
A interpretação mais aceita é que Gêneses 1:1 registra a criação original
e imediata do universo, chamado ―céus e terra‖. Nessa expressão, a palavra
céus refere-se à ordem invisível das coisas, (não deve ser confundido com os
céus cósmicos, como nuvens, astros e estrelas) e a palavra terra refere-se à
ordem visível original. Dos que aceitam essa teoria, muitos acham que a terra
era um lugar de habitação de anjos, vindo a se tornar um caos com a rebelião de
lúcifer e a expulsão dos rebeldes (vs. 2). A terra então foi transformada numa
habitação adequada para os homens.
O CONCEITO DE QUE FORAM DIAS LITERAIS:
Apesar de sempre ter havido os defensores de que foram longos períodos
de tempo, a ideia predominante na Igreja sempre foi que os dias de Gêneses
capítulo 1 devem ser entendidos como dias literais, eis as razões:
Em seu significado primário, a palavra ―yom‖ denota um dia natural, e é
boa regra de exegese não abandonar o sentido original de uma palavra.
O autor de gênesis parece ter-nos aprisionado absolutamente na
interpretação literal acrescentando, quanto a cada dia, as palavras: ―houve tarde
e manhã‖, cada dia teve uma tarde e uma manhã, coisa que dificilmente se
aplicaria num período de mil anos.

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Se cada dia fosse um longo período de tempo, o que seria da vegetação


depois que esta foi criada?
Em ex. 20:9-11 ordena-se a Israel que trabalhe seis dias e descanse no
sétimo, porque Jeová fez os céus e a terra em seis dias e descansou no sétimo,
presume-se nesse texto que os dias eram da mesma espécie tanto para Deus
como para os homens.
Os últimos três dias certamente foram dias comuns, pois foram
determinados pelo sol, embora se possa admitir que os dias anteriores tenham
sido um pouco diferentes em termos de duração, é extremamente improvável
que diferissem como períodos de milhares de anos, mas não é impossível.

A OBRA DOS DIAS SEPARADOS:

O PRIMEIRO DIA:
Foi criada a luz, e pela separação de luz e trevas, o dia e a noite foram
constituídos. Muitos contestam esse versículo devido ao sol só ter sido criado no
quarto dia. Porém a própria ciência mostra que a luz não emana do sol, mas é
refletida por ele, como ondas de éter produzidas por elétrons energéticos. o
próprio sol é descrito como luzeiro.

O SEGUNDO DIA:
A obra do segundo dia também foi de separação, o firmamento foi
estabelecido com a divisão das águas de cima e as águas debaixo, as águas de
cima são as nuvens e, não, o mar de vidro ou o rio da vida como dizem alguns.

O TERCEIRO DIA:
A separação é levada avante com a divisão entre mar e terra seca.
Acrescido a isso, foi estabelecido o reino vegetal de plantas e árvores em três
grandes classes: ―deshe‖, plantas que não dão flores e não frutificam umas das
outras de maneira usual, ―esebh‖, vegetais e grãos que dão sementes e ―ets
Peri‖ árvores frutíferas, que dão fruto segundo a sua espécie.

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O versículo 12 mostra que as diferentes espécies de plantas foram


criados por Deus, e não que se desenvolveram umas das outras.

O QUARTO DIA:
Sol, lua e estrelas são criados com uma variedade de propósitos: dividir
dia e noite, servir de sinais, ou seja, pontos cardeais, servir de estações,
dividindo dias, semanas, meses e anos, transmitir luz a terra possibilitando a
existência de vida orgânica.

O QUINTO DIA:
Criação das aves e dos peixes, habitantes das águas e dos ares.
Também criados segundo a sua espécie, não evoluindo uns dos outros.

O SEXTO DIA:
Descreve a criação dos animais, empregando mais uma vez o termo
"produza a terra...". não se deve entender que os animais brotaram naturalmente
da terra, mas que foram criados pala palavra de Deus, de maneira definida
conforme diz o versículo 25, onde diz que Deus fez os animais selváticos,
domésticos e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. a criação do
homem se distingue pelo solene conselho que lhe precede ―façamos o homem à
nossa imagem e semelhança‖. Os dois termos ―imagem e semelhança‖ (tselem
e demuth) não significam exatamente a mesma coisa, mas a idéia é que a
imagem é de todos os modos semelhante ao original. O homem em todo o seu
ser é a própria imagem de Deus.
O SÉTIMO DIA:
O descanso de Deus é como o repouso do artista que, após completar a
sua obra prima, agora a observa com profunda admiração e deleite, e se satisfaz
perfeitamente contemplando sua produção. ―viu Deus todo quanto fizera, e eis
que era muito bom‖. Ela respondeu bem ao propósito de Deus e correspondeu
ao ideal divino. Daí, Deus de regozija com a sua criação, pois reconhece nela o
reflexo das suas gloriosas perfeições.

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A Doutrina da Trindade
INTRODUÇÃO:
Embora a palavra ―TRINDADE‖ não apareça nenhuma vez nas escrituras,
são abundantes às vezes em que ela nos apresenta Deus como uma pluralidade
de pessoas, mesmo sendo ele uma só essência Divina.

A TRINDADE DEFINIDA
Talvez o sentido da Trindade de Deus nunca foi afirmado melhor do que
está por A. H. Strong – "em a natureza do Deus único há três distinções eternas
que se nos representam sob a figura de pessoas e estas três são iguais"
(Systematic Theology, pág. 144).
Os princípios do Seminário estabelecem a doutrina da Trindade como
segue: "Deus nos é revelado como Pai, Filho e Espírito Santo, cada um com
atributos pessoais distintos, mas sem divisões de natureza, essência ou ser".

A TRINDADE CONSISTE DE TRÊS DISTINÇÕES.


A doutrina da Trindade não quer dizer que Deus meramente Se manifesta
em três diferentes maneiras. Há três distinções atuais na Divindade. A verdade
disto aparecerá mais claramente depois.
ESTAS TRÊS DISTINÇÕES SÃO ETERNAS
Isto está provado, de um lado, pela imutabilidade de Deus. Se já houve
um tempo em que estas distinções não existiram, então, quando vieram a existir,
Deus mudou. Provado está outra vez pelas Escrituras, as quais afirmam ou
implicam a eternidade do Filho e do Espírito Santo. Vide João 1:1,2; Apocalipse
22:13,14; Hebreus 9:14.
"Não é resposta a isto, que as expressões "gerado" e "procedido de"
envolvem, a idéia da existência antecedente do que gera e de quem há
processão, porque estes são termos da linguagem humana aplicados a ações
divinas e devem ser entendidos ajustadamente a Deus. Não há aqui dificuldade
maior do que em outros casos em que este princípio está prontamente
reconhecido (Boyce, Abstract of Systematic Theology, págs. 138, 139).

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ESTAS TRÊS DISTINÇÕES NOS SÃO REPRESENTADAS


SOB A FIGURA DE PESSOAS, MAS NÃO HÁ DIVISÃO DE
NATUREZA, ESSENCIA OU SER.
A Doutrina da Trindade não quer dizer triteismo. Quando falamos das
distinções da Divindade como pessoas, devemos entender que usamos o termo
figuradamente. Não há três pessoas na Divindade no mesmo sentido em que
três seres humanos são pessoas. No caso de três seres humanos há divisão de
natureza, essência e ser, mas Deus não é assim. Tal concepção de Deus está
proibida pelo ensino da Escritura quanto à unidade de Deus.
OS TRÊS MEMBROS DA TRINDADE SÃO IGUAIS.
Muitos dos mesmos atributos atribuem-se a cada membro da Trindade e
os atributos assim atribuídos são tais como não podiam ser possuídos sem
todos os outros atributos divinos. A igualdade dos membros da Trindade mostra-
se ainda pelo fato de cada um deles ser reconhecido como Deus, como veremos
depois.
A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO:
O termo plural ―ELOHIM‖ é usado muitas vezes no antigo testamento
como designativo de DEUS e é um forte argumento a favor da TRINDADE
(Gênesis 14:19-20, Números 24:16, Isaías 14:14);
Deus fala de si mesmo no plural (Gênesis 1:26, 11:7);
A presença das três pessoas na criação (Gênesis 1:1, 1:2, João 1:1-2);

O anjo de Jeová (JESUS), ora é citado como o próprio DEUS, Ora é


distinto d‘Ele (Gênesis 16:7,9,13, Malaquias 3:1).

A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO:


Se no antigo testamento Jeová é apresentado como o redentor e salvador
de seu povo (Jó 19:25, Salmos 19:14), no novo testamento o Filho é que tem
essa capacidade (Mateus 1:21). Se no antigo testamento é Jeová quem habita
em Israel (Salmos 74:2, Zacarias 2:10,11), no novo testamento é o Espírito
Santo quem habita na Igreja (Romanos 8:9).

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O novo testamento revela Deus enviando seu Filho ao mundo (João


3:16) e o Pai e o Filho enviando o Espírito Santo (João 14:26, 15:26).
O novo testamento mostra o pai dirigindo-se ao Filho (Marcos 1:11), o
Filho ao Pai (Mateus 11:25), o Espírito Santo ao Pai (Romanos 8:36).
No batismo de Jesus o Pai fala e o Espírito desce em forma de pomba
(Mateus 3:16,17).
O batismo cristão deve ser em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
(Mateus 28:19).
A única passagem que fala explicitamente da tri-unidade de Deus é I
João 5:7, mas não devemos construir doutrinas usando só textos que
aparecem na Bíblia entre colchetes, pois os mesmos não aparecem em todos
os manuscritos originais.

COMO ENTENDER A TRINDADE?

HÁ NO SER DIVINO APENAS UMA ESSÊNCIA


INDIVISÍVEL
Deus é um em seu ser essencial, ou seja, em sua natureza
constitucional. (Deuteronômio 6:4; Tiago 2:19)

NESTE ÚNICO SER DIVINO HÁ TRÊS PESSOAS OU SUBSISTÊNCIAS


INDIVIDUAIS: O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO.
Em Deus não temos três indivíduos separados uns dos outros, mas
somente auto-distinções pessoais dentro da única essência divina. As três
subsistências são relacionadas umas com as outras e distintas entre elas por
suas propriedades incomunicáveis (Mateus 3:16; 4:1; João 1:18; 5:20-22).

TODA A INDIVISÍVEL ESSÊNCIA DE DEUS PERTENCE


IGUALMENTE A CADA UMA DAS TRÊS PESSOAS
Isso quer dizer que a essência não é dividida entre as três pessoas, mas
está com a totalidade absoluta da sua perfeição em cada uma das pessoas.

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A SUBSISTÊNCIA E AS OPERAÇÕES DAS TRÊS PESSOAS DO SER


DIVINO SÃO ASSINALADAS POR CERTA ORDEM DEFINIDA
Quanto à subsistência pessoal o Pai é a primeira pessoa, o Filho é a
segunda pessoa e o Espírito Santo é a terceira, esta ordem não significa prioridade
de tempo ou de dignidade, mas somente à derivação lógica: o Pai não é gerado por
nenhuma das duas pessoas, nem delas procede; o Filho é eternamente gerado pelo
Pai (contudo sempre existiu e nunca foi criado) e o Espírito Santo da mesma forma
procede do Pai e do Filho desde toda a eternidade.

HÁ CERTOS ATRIBUTOS PESSOAIS PELOS QUAIS SE DISTINGUEM


AS TRÊS PESSOAS

Conquanto sejam obras das três pessoas conjuntamente, atribui-se a


criação primariamente ao Pai, a redenção ao Filho e a santificação ao Espírito
Santo.
ANALOGIAS:
A árvore: com a sua raiz, o seu tronco e seus ramos (mesma essência,
várias partes);
A água: em seus estados líquido, sólido e gasoso (mesma essência,
várias formas);

AS OBRAS ATRIBUÍDAS PARTICULARMENTE AO PAI:


Em algumas obras do Deus trino o Pai está em primeiro plano:
Planejamento da obra da redenção (Salmos 2:7-9, Isaías 40:6-9);
Criação e providência, principalmente em seus estágios iniciais (I
Coríntios 8:6);
É aquele que recebe e responde as orações dos santos (João 15:16,23,
Mateus 6:6,9).
A DIVINDADE DO FILHO:
Os argumentos da Bíblia a favor da divindade do Filho são:

Ela o assevera explicitamente (João 1:1, 20:28, Romanos 9:5, Filipenses


2:6, Tito 2:13, I João 5:20); Ela aplica a Ele nomes Divinos (Isaías 9:6, 40:3,
Jeremias 23:5, 6, Joel 2:32, I Timóteo 3:16);

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ELA ATRIBUI A ELE PERFEIÇÕES DIVINAS, TAIS COMO:


Existência eterna
(Apocalipse 1:8, 22:13)
Onipresença
(Mateus 18:20, 28:20, João 3:13)
Onisciência
(João 2:24, 25, 21:17, Apocalipse 2:23)
Onipotência
(Filipenses 3:21)
Imutabilidade
(Hebreus 1:10-12, 13:8)
ELA FALA DELE COMO REALIZANDO OBRAS DIVINAS, TAIS
COMO:
Criação
(João 1:3,10, Colossenses 1:16, Hebreus 1:2,10)
Providência
(Lucas 10:22, João 3:35, 17:2, Efésios 1:22, Colossenses 1:17)
Perdão de pecados
(Mateus 9:2-7, Marcos 2:7-10, Colossenses 3:13)
Ressurreição e juízo
(Mateus 25:31,32, Atos 10:42, 17:31, II Timóteo 4:1)

AS OBRAS ATRIBUÍDAS PARTICULARMENTE AO FILHO:


Mediação, não só na esfera espiritual como na esfera natural (I
Coríntios 8:6) Atributos de misericórdia e graça (II Coríntios 13:13,
Efésios 5:2,25)

A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO:


A Bíblia lhe dá designativos de pessoa (João 14:26, 15:26, 16:7 o
chama de ―parakletos‖, que só admite como tradução ―consolador‖).

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SÃO LHE ATRIBUÍDOS CARACTERÍSTICAS DE PESSOA, TAIS


COMO:
Inteligência
(Romanos 8:16)
Vontade
(Atos 16:7, I Coríntios 12:11)
Sentimentos
(Isaías 63:10, Efésios 4:30)
Ele realiza atos próprios de pessoa, como sondar, falar, testificar,
ordenar, revelar, lutar, criar, interceder, vivificar, etc. (gênesis 1:2, 6:3, Lucas
12:12, João 16:8, Atos 8:29, 13:2, Romanos 8:11, I Coríntios 2:10,11).

ELE É COLOCADO LADO A LADO COM OUTRAS PESSOAS:


Com os Apóstolos
(Atos 15:28)
Com Cristo
(João 16:14)
Com o Pai e o Filho
(Mateus 28:19, II Coríntios 13:13, I Pedro 1:1,2, Judas 20,21)

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO:


Pode se estabelecer a veracidade da divindade do espírito com base nas
escrituras:

São lhe dados nomes Divinos (Êxodo 17:7, Hebreus 3:7-9, Atos 5:3,4, I
Coríntios 3:16, II Timóteo 3:16, II Pedro 1:21).

SÃO LHE ATRIBUÍDAS PERFEIÇÕES DIVINAS, COMO:


Onipresença
(Salmos 139:7-10)
Onisciência
(Isaías 40:13,14, Romanos 11:34, I Coríntios 2:10,11, Romanos 15:19)

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Onipotência
(I Coríntios 12:11)
Eternidade
(Hebreus 9:14)
ELE REALIZA OBRAS DIVINAS, COMO:
Criação
(Gênesis 1:2, Jó 26:13, 33:4)
Regeneração
(João 3:5,6, Tito 3:5)
Ressurreição
(Romanos 8:11) - É lhe prestada honra divina (Mateus 28:19, Romanos
9:1, II Coríntios 13:13).

CONCLUSÃO:
Embora seja muito difícil que nossa mente consiga discernir o mistério da
TRINDADE, essa verdade é absoluta na Bíblia e precisamos crer nela, ainda
que pela fé, a igreja confessa que a Trindade é um ministério ou mistério que
transcende a compreensão do homem. Certamente entenderemos perfeitamente
quando estivermos face a face com o Senhor.

SEGUNDO MÓDULO
A DOUTRINA DOS ANJOS
ANGELOLOGIA: A DOUTRINA DOS ANJOS
INTRODUÇÃO

A doutrina dos anjos, é fundamentalmente o estudo dos ministros da


providência de Deus (são os agentes especiais de Deus). Como em toda
doutrina, há uma negligência muito grande desta, nas igrejas e entre os
Teólogos. Considerado pelos estudiosos contemporâneos como a mais notável
e difícil das matérias. Marco da implantação de grandes seitas e heresias, do
mundo atual.

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VEJAMOS TRÊS ASPECTOS DE NEGLIGÊNCIA DESTA DOUTRINA:


PRIMEIRO.
Desde a antigüidade, os gnósticos prestavam adoração aos anjos (Cl
2:18); depois então, na Idade Média, com as crenças absurdas dos rituais de
bruxarias com culto aos anjos, e agora em nossos dias, os estudos cabalísticos
personalizados no meio esotérico e místico, ensinam novamente o culto aos
anjos, por meio de bruxos sofisticados e modernos. Sabendo que antes de tudo,
a existência e ministério dos anjos são fartamente ensinados nas escrituras, por
isso, não podemos negligenciar os ensinamentos sagrados.
SEGUNDO.
A evidência de possessão demoníaca e adoração a demônios de forma
veemente em nossos dias. O apóstolo Paulo parece travar grande luta com a
grande idolatria que considerava adoração a demônios (I Co.10:19-21 ). Nos
últimos dias, esta adoração aos demônios e a ídolos deve aumentar bastante
(Apocalipse 9:20-21 G.Trib.). A negligência deixa de existir para dar lugar à um
crescente pensamento sobre o assunto, especialmente do lado do mal. Não
podemos negligenciar tal doutrina.

TERCEIRO.
A prática acentuada do espiritismo que crescerá assustadoramente nos
últimos dias, conduzindo homens, mulheres e crianças a profundos caminhos de
trevas e cegueira espiritual (I Tm. 4:1-2). E ainda a obra de satanás e dos
espíritos maléficos, atrapalhando o progresso da graça em nossos próprios
corações e a obra de Deus no mundo ( Ef. 6:12 ).
Ao nosso redor há um mundo espiritual poderoso, populoso e de recursos
superiores ao nosso mundo visível. Bons e Maus espíritos passam em nosso
meio, de um lugar para o outro, com grande rapidez e movimentos
imperceptíveis. Alguns desses espíritos se interessam pelo nosso bem estar,
outros, porém, estão empenhados em fazer-nos o mal. Muitas pessoas
questionam se existem realmente tais espíritos ou seres, quem são, onde se
encontram e o que fazem. A Bíblia afirma que existem e que os rebeldes foram
amaldiçoados e ficam atormentando o povo e, os bons acampam ao redor dos
que temem a Deus e os guardam.

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A palavra de Deus é a única fonte de informação que merece confiança, e


que possui respostas para estas perguntas. Ela deixa claro que há outra classe
de seres Diferentes do homem. Esses seres habitam nos céus e formam os
exércitos celestiais, a inumerável companhia dos servos invisíveis de Deus.
Esses são os anjos de Deus, os quais estão sujeitos ao governo divino, e o
importante papel que têm desempenhado na história da humanidade torna-os
merecedores de referência especial. Existem também aqueles, pertencentes a
mesma classe de seres, que anteriormente foram servos de Deus mas que
agora se encontram em atitude de rebelião contra seu governo.

A doutrina dos anjos segue logicamente a doutrina de Deus, pois os anjos


são fundamentalmente os ministros da providência de Deus. Essa doutrina
permite-nos conhecer a origem, existência, natureza, queda, classificação, obra
e destino dos anjos.

A ORIGEM DOS ANJOS


A época de sua criação não é indicada com precisão em parte alguma,
mas é provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus (Gênesis
1:1). Pode ser que tenham sido criados por Deus imediatamente após a criação
dos céus e antes da criação da terra, pois de acordo com Jó 38:4-7, rejubilavam
todos os filhos de Deus quando Ele lançava os fundamentos da terra. Que os
anjos não existem desde a eternidade é mostrado pelos versículos que falam de
sua criação (Ne 9:6, Salmos 148:2,5; Cl 1:16). Embora não seja citado número
definido na Bíblia, acredita-se que a quantidade de anjos é muito grande (Dn
7:10; Mateus26:53; Hb 12:22). Contudo teólogos analisando os livros proféticos
encontraram 66 bilhões, 1/3 caiu, ou seja, 22 bilhões e 2/3 acampam ao redor do
crente e, como tem 5% de crentes na terra e mais os inocentes, são ao todo
cerca de um bilhão de crentes, dando 40 anjos para guardar cada crente.

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TERMINOLOGIA

O termo anjo da língua portuguesa tem origem na palavra latina angelu,


que por sua vez se deriva do termo aggelov (aggelos) do grego. Em hebreu, a
palavra traduzida como anjo é K)lm (mal'ak).

A palavra malak ocorre 214 vezes no Antigo Testamento, e a palavra


aggelos ocorre 188 vezes no Novo Testamento, sendo que ambas tem o
significado de mensageiro, representante, enviado ou embaixador.

Pela terminologia também podemos entender que os anjos têm gênero


masculino, pois são assim invariavelmente referidos. Não cabe, portanto, a idéia
de que anjos não teriam gênero definido. Se assim o fosse, seriam estes
representados por palavras de gênero neutro nas línguas de origem, ou em
ocasiões seriam representados utilizando-se palavras de gênero masculino e em
outras de gênero feminino; fatos estes que nunca ocorrem.

A NATUREZA DOS ANJOS

SÃO SERES ESPIRITUAIS E INCORPÓREOS.


Os anjos são descritos espíritos, porque diferentes dos homens, eles não
estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e desaparecem, e
movimenta-se com uma rapidez imperceptível sem usar meios naturais. Apesar
de serem espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de
tornar visível sua presença aos sentidos do homem (Gênesis 19:1-3). Que os
anjos são incorpóreos está claro em Efésios 6.12, onde Paulo diz que "a nossa
luta não é contra a carne nem sangue, e sim contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do
mal, nas regiões celestes". Outras referências: Salmos 104:4; Hb 1:7,14; At
19:12; Lc 7:21; 8:2; 11:26; Mateus 8:16; 12.45. Não têm carne nem ossos e são
invisíveis (Cl 1:16).

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SÃO UM EXÉRCITO E NÃO UMA RAÇA.

As Escrituras ensinam que o casamento não é da ordem ou do plano de


Deus para os anjos (Mateus 22:30; Lc 20:34-36), portanto não se caracteriza
uma raça. No Velho Testamento por cinco vezes os anjos são chamados de
"filhos de Deus" (Gênesis 6:2,4; Jó 1:6; 2:1; 38:7) mas nunca lemos a respeito
dos "filhos dos anjos". Os anjos sempre são descritos como varões, porém na
realidade não tem sexo, não propagam sua espécie (Lc 20:34-35).

Várias passagens das Escrituras indicam que há um número muito


grande de anjos (Dn 7:10; Mateus26:53; Salmos 68:17; Lc 2:13; Hb 12:22), e
são repetidamente mencionados como exércitos do céus ou de Deus. No
Getsêmani, Jesus disse a um discípulo que queria defendê-los dos que vieram
prendê-lo: "Acaso pensas que não posso rogar ao meu Pai, e ele me mandaria
neste momento mais de doze legiões de anjos"? (Mateus26:53). Portanto, seu
criador e mestre é descrito como "Senhor dos Exércitos".

É evidente que eles são criaturas e, portanto limitados e finitos. Apesar de


terem mais livre relação com o espaço e o tempo do que o homem, não podem
estar em dois ou mais lugares simultaneamente.

SÃO SERES RACIONAIS MORAIS E IMORTAIS.


Aos anjos são atribuídas características pessoais; são inteligentes
dotados de vontade e atividade. O fato de que são seres inteligentes parece
inferir-se imediatamente do fato de que são espíritos (2 Sm 14:20; Mateus24:36 ,
Ef 3:10; 1 Pe 1:12; 2 Pe 2:11). Embora não sejam oniscientes, são superiores ao
homens em conhecimento (Mateus 24:36) e por ter natureza moral estão sob
obrigação moral; são recompensados pela obediência e punidos pela
desobediência.
A Bíblia fala dos anjos que permanecerem leais como "santos anjos"
(Mateus 25:31; Mc 8:38; Lc 9:26; At 10:22; Apocalipse 14:10) e retrata os que
caíram como mentirosos e pecadores (Jo 8:44; 1 Jo 3:8-10).

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A imortalidade dos anjos está ligada ao sentido de que os anjos bons não
estão sujeitos a morte (Lc 20:35-36), além de serem dotados de poder formando
o exército de Deus, uma hoste de heróis poderosos, sempre prontos para fazer
o que o Senhor mandar (Sl 103:20; Cl 1:16; Ef. 1:21; 3:10; Hb 1:14) enquanto
que os anjos maus formam o exército de Satanás empenhados em destruir a
obra do Senhor (Lc 11:21; 2 Ts 2:9; 1 Pe 5:8). Ilustrações do poder de um anjo
são encontradas na libertação dos apóstolos da prisão (At 5:19; 12:7) e no rolar
da pedra de mais de 4 toneladas que fechou o túmulo de Cristo (Mateus 28:2).
A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
ANJOS BONS E ANJOS MAUS
Há pouca informação sobre o estado original dos anjos. Porém no dia de
sua obra criadora Deus viu tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.
Pressupõe-se que todos os anjos tiveram um boa condição original (Jo 8:44; 2
Pe 2:4; Jd 6). Os anjos bons são chamados "anjos eleitos" (1 Tm 5:21) e
evidentemente receberam graça suficiente para habilitá-los a manter sua
posição de perseverança, pela qual foram confirmados em sua condição e agora
são incapazes de pecar . São chamados também de "santos anjos ou anjos de
luz" (2 Co 11:14). Sempre contemplam a face Deus (Lc 9:26), e tem vida imortal
(Lc 20:36). Sua atividade mais elevada é a adoração a Deus (Ne 9:6; Fp 2:9-11;
Hb 1:6; Jó 38:7; Is 6:3; Salmos 103:20; 148:2 Apocalipse 5:11).
QUATRO TIPOS DE ANJOS BONS:
ANJOS BONS.
Tanto no grego quanto no hebraico a palavra "anjo" significa "mensageiro". São
exércitos como seres alados (Dn 9:21; Apocalipse 14:6) para nos favorecer. Desde a
entrada do pecado no mundo, eles são enviados para dar assistência aos herdeiros da
salvação (Hb 1:14). Eles se regozijam com a conversão de um pecador (Lc 15:10),
exercem vigilância protetora sobre os crentes (Salmos 34:7; 91:11), protegem os
pequeninos (Mateus18:10), estão presentes na Igreja (1 Tm 5:21) recebem
aprendizagem das multiformes riquezas da graça de Deus (Efésios 3:10; 1 Pe 1:12) e
encaminham os crentes ao seio de Abraão (Lc 16:22,23). A idéia de que alguns deles
servem de anjos da guarda de crentes individuais não tem apoio nas Escrituras.

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A declaração de Mateus 18:10 é geral demais, embora pareça indicar que há


um grupo de anjos particularmente encarregado de cuidar das criancinhas. At
12:15 tampouco o prova, pois esta passagem mostra apenas que, naquele
período primitivo havia alguns, mesmo entre discípulos, que acreditavam em
anjos guardiões, e no geral guarda a todos os crentes de igual forma.
Embora os anjos não constituam um organismo, evidentemente são
organizados de algum modo. Isto ocorre do fato de que ao lado do nome geral
"anjo", a Bíblia emprega certos nomes específicos para indicar classe de anjos.
O termo grego "angelos" (anjos = mensageiros) também e freqüentemente
aplicado a homens (Mateus 11:10; Mc 1:2; Lc 7:24; 9:52; Gl 4:14). Não há nas
Escrituras um nome geral, especificamente distintivo, para todos os seres
espirituais. Eles são chamados filhos de Deus, (Jó 1:6; 2:1) espíritos (Hb 1:14),
santos (Salmos 89:5,7; Zc 14:5; Dn 8:13 ), vigilantes (Dn 4:13,17). Contudo, há
nomes específicos que indicam diferentes classes de anjos.

ANJOS BONS: QUERUBINS.


São responsáveis pela guarda da entrada do paraíso (Gênesis 3:24),
observam o propiciatório (Ex 25:18,20; Salmos 80:1; 99:1; Is 37:16; Hb 9:5) e
constituem a carruagem de que Deus se serve para descer à terra (2 Sm 22:11;
Salmos 18:10). Como demonstração do seu poder de majestade, em Ez 1º e
Apocalipse 4º são representados simbolicamente como seres vivos em várias
formas. Mais do que outras criaturas, eles foram destinados a revelar o poder, a
majestade e a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do
Éden, no tabernáculo, no templo e na descida de Deus à terra.
ANJOS BONS: SERAFINS.
Mencionados somente em Is 6:2,6, constituem uma classe de anjos muito
próxima dos querubins. São representados simbolicamente em forma humana
com seis asas cobrindo o rosto, os pés e duas prontas para execução das
ordens do Senhor. Permanecem servidores em torno do trono do Deus
poderoso, cantam louvores a Ele e são considerados os nobres entre os anjos.

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ANJOS BONS: ARCANJOS.


O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas escrituras (1 Ts 4:16; Jd 9),
mas há outras referências para ao menos um arcanjo, Miguel. Ele é o único a
ser chamado de arcanjo e aparece comandando seus próprios anjos (Apocalipse
12.7) e como príncipe do povo de Israel (Dn 10:13,21; 12.1). A maneira pela qual
Gabriel é mencionado também indica que ele é de uma classe muito elevada.
Ele está diante da presença de Deus (Lc 1:19) e a ele são confiadas as
mensagens de mais elevada importância com relações ao reino de Deus (Dn
8:16; 9:21).

PRINCIPADOS, POTESTADES, TRONOS E DOMÍNIOS.


A Bíblia menciona certas classes de anjos que ocupam lugares de
autoridades no mundo angélico, como principados e potestades (Efésios 3:10; Cl
2:10), tronos (Cl 1:16), domínios (Efésios 1:21; Cl 1:16 ) e poderes (Efésios 1:21,
1 Pe 3:22). Estes nomes não indicam espécies de anjos, mas diferenças de
classe ou de dignidade entre eles. Embora em Efésios 1:21 a referência parece
incluir tanto anjos bons quanto os maus, nas outras passagens essa
terminologia se refere definitivamente apenas aos anjos maus (Rm 8:38; Efésios
6:12; Cl 2:15). Veja mais abaixo.

ANJOS MAUS
Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, e como o homem dotado
de livre escolha. Sob a direção de Satanás, muitos pecaram e foram lançados
fora do céu (2 Pe 2:4; Jd 6). O pecado, no qual eles e seu chefe caíram foi o
orgulho.
Segundo as Escrituras, os anjos maus passam o tempo no inferno (2 Pe
2:4) e no mundo, especialmente nos ares que nos rodeiam. (Jo 12:31; 14:30; 2
Co 4:4; Apocalipse 12:4,7-9). Enganando os homens por meio do pecado,
exercem grande poder sobre eles (2 Co 4:3,4; Efésios 2:2; 6:11,12); este poder
está aniquilado para aqueles que são fieis a Cristo, pela redenção que ele
consumou (Apocalipse 5:9; 7:13,14). Os anjos não são contemplados no plano
da redenção (1 Pe 1:12), mas no inferno foi preparado o eterno castigo dos
anjos maus (Mateus25:41).

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Os anjos maus são empregados na execução dos propósitos de Satanás,


que são opostos aos propósitos de Deus, e estão envolvidos nos obstáculos e
danos contra a vida espiritual e o bem estar do povo de Deus.

O texto de efésios 6:12 traz uma noção de como são organizados os


anjos caídos:
ANJOS MAUS PRINCIPADOS
No grego ―archás‖ essa palavra é usada para descrever uma série de
―líderes, reis, majestades ou governadores‖. Isso mostra que o reino satânico
está bem organizado. Satanás é o chefe e sob seu domínio está uma fila de
espíritos de altas posições. Algumas passagens do antigo testamento nos dão
base para supormos que esses príncipes são colocados sobre regiões
específicas, com o único objetivo de fazer o mal (Daniel 10:13; Ezequiel 28:2).
Isso talvez explique por que determinadas regiões apresentem sistematicamente
o mesmo tipo de problema no decorrer de sua história: corrupção, violência,
divórcio, prostituição, homossexualismo, suicídio, desemprego, seca, etc. esse
pode ter sido o motivo por que os demônios que saíram do gadareno pediram
para não serem mandados para fora do país (marcos 5:9, 10).

ANJOS MAUS POTESTADES


No grego ―exousías‖ é a palavra traduzida por ―autoridades‖. Os espíritos
imundos estão investidos de autoridade para realizar seu propósito maligno.
Essa autoridade vem do seu chefe (o diabo), obviamente por permissão de
Deus, e foi dada por causa do pecado. Dentro do propósito eterno de Deus, está
previsto que até que a criação seja redimida completamente, o que se dará após
o arrebatamento da Igreja, satanás tem autoridade para agir (I João 5:19;
Apocalipse 12:12). No entanto o crente tem autoridade maior, inclusive sobre os
espíritos imundos (Lucas 10:17-19), porque na vida do crente tem o Espírito
Santo e ao redor os anjos de Deus.

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ANJOS MAUS DOMINADORES DESTE MUNDO


No grego ―kosmokrátoras‖ que também é traduzido por ―príncipes deste
século‖ ou ―deuses deste século‖ (II Coríntios 4:4). Quando Adão caiu por seu
próprio pecado, satanás ganhou domínio sobre o mundo. Em Mateus 4:9 ele
oferece a Jesus a glória deste mundo se recebesse adoração. Não vemos Jesus
respondendo que ele não poderia oferecer isso, que não era dele, mas
resistindo à sua proposta pela palavra de Deus dizendo que preferia oferecer
culto a Deus.
ANJOS MAUS FORÇAS ESPIRITUAIS DO MAL

No grego ―dunamys‖ que pode ser traduzido como ―poderes‖. Esse texto
mostra que os poderes das trevas estão unidos num só propósito: o mal. Jesus
já havia alertado em João 10:10 que ―o ladrão vem somente para roubar, matar
e destruir‖. Ainda que satanás se disfarce em anjo de luz e atraia muitas
pessoas, seu propósito é sempre maligno.

A QUEDA DOS ANJOS MAUS


O FATO DA SUA QUEDA
Os anjos foram criados em estado de perfeição. No capitulo 1º de
Gênesis, lemos sete vezes que o que Deus havia feito era bom. No último
versículo deste capitulo lemos "Viu Deus tudo o quanto fizera, e eis que era
muito bom". Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade quando
originalmente criados. Algumas pessoas acham que Ez 28:15 se refere a
Satanás. Um prova que ele é definitivamente mostrado como tendo sido criado
perfeito. Mas diversas passagens mostram alguns dos anjos como maus (Sl
78:49; Mateus 25:41; Apocalipse 9:11; Apocalipse 12:7-9). Isto se deve ao fato
de terem deixado seu próprio principado e habitação apropriada (Jd 6) e pecado
(2 Pe 2:4). Não há dúvida que Satanás tenha sido o chefe da apostasia. Is 14:12
e Ez 28:15-17 parece lamentar a sua queda.

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A ÉPOCA DE SUA QUEDA

Nas Escrituras não há referência de quando ocorreu a queda dos anjos,


mas deixa claro que se deu antes da queda do homem, já que Satanás entrou
no jardim na forma de serpente e induziu Eva a pecar (Gênesis3).

A CAUSA DE SUA QUEDA.

De acordo com as Escrituras o universo e a criatura eram originalmente


perfeitos. A criatura tinha originalmente a capacidade de pecar ou não. Ela foi
colocada na posição de poder fazer qualquer uma das duas coisas sem ser
obrigada a optar por uma delas. Em outras palavras, sua vontade era autônoma.
Portanto, conclui-se que a queda dos anjos se deu devido a sua revolta
deliberada e auto determinada contra Deus. Grande prosperidade e beleza
parecem ser apontadas como possíveis causas. Em Ez 28:11-19, o rei de Tiro
parece simbolizar Satanás e diz-se que ele caiu devido a essas coisas. Ambição
desmedida e o desejo de ser mais que Deus parecem ser outra causa. O rei da
Babilônia é acusada de ter essa ambição, ele também parece simbolizar
Satanás (Is 14.13-14).
Em qualquer um dos casos o egoísmo, descontentamento com aquilo que
tinha e o desejo de ter tudo o que os outros tinham, foi a causa da queda de
Satanás e de outros anjos que o seguiram.

O RESULTADO DE SUA QUEDA


Todos eles perderam a sua santidade original e se tornaram corruptos em
natureza e conduta (Mateus 10:1; Ef 6:11-12; Apocalipse 12:9); Alguns deles
foram lançados no inferno e estão acorrentados até o dia do julgamento (2 Pe
2:4); Alguns deles permanecem em liberdade e trabalham em definida oposição
à obra dos anjos bons (Apocalipse 12:7-9; Dn 10:12,13,20,21; Jd 9); Pode
também ter havido um efeito sobre a criação original. A terra foi amaldiçoada ao
pecado de Adão (Gênesis 3:17-19) e a criação está gemendo por causa da
queda (Rm 8:19-22).

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Não é improvável, portanto, que o pecado dos anjos tenha tido algo a ver
com a ruína da criação original no capítulo 1º de Gênesis; Eles serão, no futuro,
atirados para a terra (Apocalipse 12:8-9), e após seu julgamento (1 Co 6:3), no
lago de fogo e enxofre (Mateus 25:41; 2 Pe 2:4; Jd 6).

OS DEMÔNIOS
Nos Evangelhos aparecem os espíritos maus desprovidos de corpos, que
entram nas pessoas, das quais se diz que têm demônios. Os efeitos desta
possessão se evidenciam por loucura, epilepsia e outras enfermidades,
associadas principalmente com o sistema mental e nervoso (Mateus 9:33; 12:22;
Mc 5:4,5).
O indivíduo sob a influência de um demônio não é senhor de si mesmo; o
espírito fala através de seus lábios ou emudece à sua vontade; leva-o aonde
quer e geralmente o usa como instrumento, revestindo-o às vezes de uma força
sobrenatural.
Quando examinam as Escrituras, algumas pessoas ficam em dúvida se
os demônios devem ser classificados juntamente com os anjos ou não; mas não
há dúvida de que na Bíblia, há ensino positivo concernente a cada um dos dois
grupos.
Ainda que alguns falem em "diabos", como se houvesse muitos de sua
espécie, tal expressão é incorreta. Há muitos "demônios", mas existe um único
"diabo". Diabo é a transliteração do vocábulo grego "diabolos", nome que
significa "acusador" e é aplicado nas Escrituras exclusivamente a Satanás.
"Demônio" é a transliteração de "daimon" ou "daimonion". O Lúcifer.

A NATUREZA DOS DEMÔNIOS


São seres inteligentes (Mateus 8:29,31; 1 Tm 4:1-3; 1 Jo 4:1 e Tg 2:19),
possuem características de ações pessoais o que demonstra que possuem
personalidade (Mc 1:24; Mc 5:6,7; Mc 8:16; Lc 8:18-31); São seres espirituais
(Lc 9:38,39,42; Hb 1:13,14; Hb 2:16; Mateus 8:16; Lc 10:17,20); São reputados

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idênticos aos espíritos imundos, no Novo Testamento; São seres numerosos


(Mc 5:9) de tal modo que tornam Satanás praticamente ubíquo por meio desses
seus representantes; São seres vis e perversos - baixos em conduta (Lc 9:39;
Mc 1:27; 1 Tm 4:1; Mateus 4:3); São servis e obsequiosos (Mateus 12:24-27).
São seres de baixa ordem moral, degenerados em sua condição, ignóbeis em
suas ações, e sujeitos a Satanás.

AS ATIVIDADES DOS DEMÔNIOS

Apossam-se dos corpos dos seres humanos e dos irracionais (Mc 5:8, 11-
13); Afligem aos homens mental e fisicamente (Mateus 12:22; Mc 5:4,5);
Produzem impureza moral (Mc 5:2; Efésios 2:2);

SATANÁS

ORIGEM DE SATANÁS

Alguns leigos afirmam que Satanás não existe, mas observando-se o mal
que existe no mundo, é lógico que se pergunte: "Quem continua a fazer a obra
de Satanás durante a sua ausência, se é que ele não existe?" Quem afirma que
não existe é porque está cheio e possesso dele.
Satanás aparece nas Escrituras como reconhecido chefe dos anjos
decaídos. Ele era originalmente um dos poderosos príncipes do mundo angélico,
e veio a ser o líder dos que se revoltaram contra Deus e caíram. De acordo com
as Escrituras, Satanás era originalmente Lúcifer ("o que leva a luz"), o mais
glorioso dos anjos.
Mas ele orgulhosamente aspirou a ser "como o Altíssimo" e caiu "na
condenação (Ez 28:12,19; Is 14:12-15). O nome "Satanás" revela-o como "o
adversário", não do homem em primeiro lugar, mas de Deus. Ele investe contra
Adão como a coroa da produção de Deus, forja a destruição, razão pela qual é
chamado Apolion (destruidor), Apocalipse 9:11, e ataca Jesus, quando Este
empreende a obra de restauração.

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Depois da entrada do pecado no mundo ele se tornou "diabolos"


(acusador), acusando continuamente o povo de Deus, Apocalipse 12:10. Ele é
apresentado nas Escrituras como o originador do pecado (Gênesis 3:1,4; Jo
8:44; 2 Co 11:3; 1 Jo 3:8; Apocalipse 12:9; 20:2,10) e aparece como
reconhecido chefe dos que caíram (Mateus 25:41; 9:34; Efésios 2:2). Ele
continua sendo o líder das hostes angélicas que arrastou consigo em sua queda,
e as emprega numa desesperada resistência a Cristo ao seu reino.
É também chamado "príncipe deste mundo" (Jo 12:31; 14:30; 16:11) e até
mesmo "deus deste século" (2 Co 4:4). Não significa que ele detém o controle
do mundo, pois Deus é quem o detém, e Ele deu toda autoridade a Cristo, mas o
sentido é que Satanás tem sob controle este mundo mau, o mundo naquilo em
que está separado de Deus (Efésios 2:2).
Ele é mais que humano, mas não é divino; tem poder, mas não é
onipotente; exerce influência em grande escala, mas restrita (Mateus 12:29;
Apocalipse 20:2), e está destinado a ser lançado no abismo (Apocalipse 20:10).
CARÁTER DE SATANÁS
Presunçoso
(Mateus 4:4,5);
Orgulhoso
(1 Tm 3:6; Ez 28:17);
Poderoso
(Efésios 2:2);
Maligno
(Jó 2:4);
Astuto
(Gênesis 3:1; 2 Co 11:3);
Enganador
(Efésios 6:11); Feroz e cruel (1 Pe 5:8).

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ATIVIDADES DOS ANJOS MAUS:

A NATUREZA DAS ATIVIDADES:


Perturbar a obra de Deus
(1 Ts 2:18);
Opor-se ao Evangelho
(Mateus 13:19; 2 Co 4:4);
Dominar, cegar, enganar e laçar os ímpios
(Lc 22:3; 2 Co 4:4; Apocalipse 20:7,8; 1 Tm 3:7);
Afligir e tentar os santos de Deus
(1 Ts 3:5).
O MOTIVO DE SUAS ATIVIDADES:

Ele odeia até a natureza humana com a qual se revestiu o Filho de Deus.
Intenta destruir a igreja porque ele sabe que uma vez perdendo o sal da terra o
seu sabor, o homem torna-se vítima em suas mãos inescrupulosas.

SUAS ATIVIDADES SÃO RESTRITAS:

Ao mesmo tempo em que reconhecemos que Satanás é forte, devemos


ter cuidado de não exagerar o seu poder. Para aqueles que crêem em Cristo, ele
já é um inimigo derrotado (Jo 12:31), e é forte somente para aqueles que cedem
à tentação. Apesar de rugir furiosamente ele é covarde (Tg 4:7). Não pode tentar
(Mateus 4:1), afligir (1 Ts 3:5), matar (Jó 2:6), nem tocar no crente sem a
permissão de Deus.

SUA ATUAÇÃO
Não limita suas operações aos ímpios e depravados. Muitas vezes age
nos círculos mais elevados como "um anjo de luz" (2 Co 11:14).

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Deveras, até assiste às reuniões religiosas, o que é indicado pela sua


presença no ajuntamento dos anjos (Jó 1:6), e pelo uso dos termos "doutrina de
demônios" (1 Tm 4:1) e "a sinagoga de Satanás" (Apocalipse 2:9).
Freqüentemente seus agentes se fazem passar como "ministros de justiça" (2
Co 11:15).

O SERVIÇO DOS ANJOS BONS


SERVIÇO COMUM:
É definido como serviço comum dos anjos seus louvores a Deus dia e
noite (Isaías 6:3, Salmos 103:20, Apocalipse 5:11), dão assistência aos
herdeiros da salvação (Hebreus 1:14), protegem os crentes (Salmos 34:7),
protegem os pequeninos (Mateus 18:10), estão presentes na Igreja (II Coríntios
11:10, I Timóteo 5:21) e encaminham os crentes ao céu (Lucas 16:22).

SERVIÇO ESPECIAL:

A queda do homem tornou necessária a atuação extraordinária dos anjos.


Muitas vezes eles são intermediários das revelações especiais de Deus a seu
povo e executam o juízo sobre seus inimigos.

É certo que os anjos estão a serviço do ser humano (Hebreus 1:14), mas
não se deve usar os textos de Mateus 18:10 e Atos 12:15 para tentar
argumentar sobre a existência de anjos da guarda específicos para cada um.
Também não pode ao homem dar ordens diretamente aos anjos, pois é o
Senhor quem dá ordens aos seus anjos a nosso respeito (Salmos 91:11).

DERROTA DOS ANJOS MAUS


Deus decretou sua derrota (Gênesis 3:14,15). No princípio foi expulso do
céu; durante a grande tribulação será lançado da esfera celeste à terra
(Apocalipse 12:7-9); durante o milênio será aprisionado no abismo (Apocalipse
20:1-3), e depois de mil anos será lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:10).
Dessa maneira a Palavra de Deus nos assegura a derrota final do mal.

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A DOUTRINA DO HOMEM
ANTROPOLOGIA
Esse termo é usado tanto na Teologia (homem em relação a Deus), como
na Ciência (História Natural da Raça, Psicologia, Sociologia, Ética, Anatomia,
Fisiologia e História Natural).

O conhecimento dessa doutrina servirá de alicerce para entender melhor


as doutrinas sobre o ―pecado‖, o ―juízo‖ e a ―salvação‖, as quais se baseiam no
homem.

CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO
Hoje em dia, provavelmente nenhuma questão é mais debatida em
diferentes esferas da sociedade do que a origem do homem. O debate sobre a
inerrância das Escrituras acertadamente tem incluído uma discussão sobre a
historicidade da narrativa que Gênesis faz da criação. Muitos pontos de vista
diferentes procuram ser aceitos, alguns defendidos inclusive por evangélicos.

EVOLUÇÃO ATEÍSTA:

Evolução significa simplesmente uma mudança em qualquer direção. Mas


quando essa palavra é usada para se referir às origens do homem, seu
significado envolve a origem com base em um processo natural, tanto no
surgimento da primeira substância viva quanto no de novas espécies. Essa
teoria afirma que, bilhões de anos atrás, substâncias químicas existentes no
mar, influenciadas pelo Sol e pela energia cósmica, acabaram unindo-se por
obra do acaso e dando origem a organismo unicelulares. Desde então, vêm se
desenvolvendo por intermédio de mutações benéficas e de seleção natural,
formando todas as plantas, animais e pessoas.

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EVOLUÇÃO TEÍSTA:

Afirma que Deus direcionou, usou e controlou o processo da evolução


natural para ―criar‖ o mundo e tudo o que nele existe. Normalmente, essa visão
inclui as seguintes idéias: os dias da criação de Gênesis 1, na verdade, foram
eras; o processo evolutivo estava envolvido na criação de Adão; a Terra e as
formas pré-humanas são extremamente antigas.

CRIAÇÃO:
Ainda que existam variantes no conceito de criacionismo, a principal
característica desse ponto de vista é que ele tem a Bíblia como sua única base.
A ciência pode contribuir para nosso entendimento, mas jamais deve controlar
ou mudar nossa interpretação das Escrituras para acomodar suas descobertas.
A Bíblia claramente nos ensina que o homem foi uma criação especial de
Deus. Nunca existiu uma criatura subumana ou um processo de evolução.
Gênesis 1:26-27: ―...Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou.‖
Os criacionistas possuem diferentes pontos de vista em relação aos dias
da criação, mas para alguém ser um criacionista é preciso acreditar que o
registro bíblico é historicamente factual e que Adão foi o primeiro homem.
Embora a Bíblia não seja um livro exclusivo de Ciência, isso não significa
que ela não seja precisa quando revela verdades científicas. Com certeza, tudo
o que ela revela sobre qualquer área do conhecimento é verídico, preciso e
confiável. A Bíblia responde a todas as perguntas que desejamos fazer a
respeito das origens, o que ela revela deve ser reconhecido como verdade.

Somente o registro bíblico nos dá informações precisas sobre a origem da


humanidade. Duas características principais do ato da criação do homem
destacam-se no texto.
Foi planejada por Deus (Gênesis 1:26); Ocorreu de forma direta, especial
e imediata (Gênesis 1:27; 2:7) Imago dei (A Imagem de Deus no Homem).

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Da mesma forma que se discute a origem do homem, discute-se também


o propósito da criação do mesmo, de todas as criaturas que Deus fez só de uma
delas, o homem diz-se ter sido feita ―à imagem de Deus‖. O que isso significa?
Podemos usar a seguinte definição: O fato de ser o homem à imagem de
Deus significa que ele é semelhante a Deus e o representa.
Quando Deus diz: ―Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança‖, isso significa que ele pretende fazer uma criatura
semelhante a si. As palavras hebraicas que exprimem ―imagem‖ e ―semelhança‖
se referem a algo similar, mas não idêntico, à coisa que representa ou de que é
uma ―imagem‖. A palavra imagem também pode ser usada para exprimir algo
que representa outra coisa.

Os teólogos gastam muito tempo tentando especificar uma característica


do homem ou bem poucas delas, em que se vê primordialmente a imagem de
Deus. Alguns já cogitam que a imagem de Deus consiste na capacidade
intelectual do homem, ou no seu poder de tomar decisões morais e fazer
escolhas voluntárias. Outros conceberam que a imagem de Deus era uma
referência à pureza moral original do homem, ou ao fato de termos sido criados
homem e mulher, ou ao domínio humano sobre a terra.

Dentro dessa discussão, melhor seria concentrar a atenção


primeiramente nos significados das palavras ―imagem‖ e ―semelhança‖. Esses
termos tinham significados bastante claros para os primeiros leitores:

IMAGEM: (no Hebraico = Tselem; no Grego = Eikon; no Latim = Imago)


significa: molde, modelo, imagem, representação. Uma representação formada,
concreta.

SEMELHANÇA: (no Hebraico = Damuth; no Grego = Homoiosis; no Latim


= Similitudo) significa: similitude, semelhança. Uma similaridade abstrata,
imaterial, ideal.

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Embora alguns venham tentando fazer uma distinção entre as duas


palavras para ensinar que existem dois aspectos na imagem de Deus, nenhum
contraste grande entre eles tem apoio na lingüística. Os termos são sinônimos
potenciais/facultativos. O uso ocasional dos dois termos juntos sugere um
reforço de um termo por sua associação com outro. Ao usar as duas palavras
juntas, o autor bíblico parece estar tentando expressar uma idéia muito difícil, na
qual deseja deixar claro que o homem, de alguma maneira, é o reflexo concreto
de Deus, mas, ao mesmo tempo, deseja espiritualizar isso, em direção à
abstração. Para os primeiros leitores, Gênesis 1:26 significava simplesmente:
―Façamos o homem como nós, para que nos represente‖.
Como ―imagem‖ e ―semelhança‖ já carregavam esses significados, as
Escrituras não precisam dizer algo como:

―O fato de ser o homem à imagem de Deus significa que o homem é


como Deus nos seguintes aspectos: capacidade intelectual, pureza moral,
natureza espiritual, domínio sobre a terra, criatividade, capacidade de tomar
decisões éticas, capacidade relacional e imortalidade.
Tal explicação é desnecessária, não só porque os termos tinham
significados claros, mas também porque nenhuma lista desse tipo faria justiça ao
tema: o texto precisa afirmar que o homem é como Deus, e o restante das
Escrituras fornece mais detalhes que explicam esse ponto. De fato, na leitura do
restante da Bíblia, percebemos que uma compreensão da plena semelhança do
homem a Deus exigiria uma plena compreensão de quem é Deus no seu ser e
nos seus atos, e uma plena compreensão de quem é o homem e o que faz.
Quanto mais sabemos sobre Deus e o homem, mais semelhanças
reconhecemos, e mais plenamente compreendemos o que as Escrituras querem
dizer ao afirmar que o homem existe à semelhança de Deus. A expressão se
refere a todo aspecto em que o homem é como Deus. Na verdade, em toda a
Escritura, o alvo do homem é o de ser semelhante a Deus.

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HOMEM X MULHER

Um dos aspectos da criação do ser humano à imagem de Deus foi sua


feitura como homem e mulher (Gênesis 1:27). O mesmo elo entre criação à
imagem de Deus e criação como homem e mulher se faz em Gênesis 5:1-2.
Embora a criação do ser humano como homem e mulher não seja o único
aspecto da nossa criação à imagem de Deus, ele é tão significativo que as
Escrituras o mencionam logo no mesmo versículo em que descrevem a criação
do homem por Deus. Podemos resumir da seguinte maneira os aspectos
segundo os quais a criação dos dois sexos representa algo da nossa criação à
imagem de Deus:
A criação do ser humano como homem e mulher revela a imagem de
Deus em (1) relações interpessoais harmoniosas, (2) igualdade em termos de
pessoalidade e de importância e (3) diferença de papéis e autoridade.
A ESTRUTURA DO HOMEM
De quantas partes compõe-se o homem? Todos concordam que temos
um corpo físico. A maioria das pessoas sente que também tem uma parte
imaterial – uma ―alma‖ que sobreviverá à morte do corpo.
Mas aqui termina a concordância. Algumas pessoas crêem que, além do
―corpo‖ e da ―alma‖, temos uma terceira parte, um ―espírito‖ que se relaciona
mais diretamente com Deus.
A concepção de que o homem é constituído de três partes chama-se
tricotomia. Idéia comum no ensino bíblico evangélico. Segundo muitos
tricotomistas, a alma e o espírito do homem abarca o seu intelecto, as suas
emoções e a sua vontade. Eles sustentam que todas as pessoas têm alma e
espírito, e que os diferentes elementos da alma podem ou servir a Deus ou
ceder ao pecado. O espírito do homem age na faculdade humana superior que
em contato com o Espírito Santo, arrepende e a pessoa torna-se cristã. O
espírito de uma pessoa seria aquela parte dela que mais diretamente adora e
ora a Deus.

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Outros dizem que o ―espírito‖ não é uma parte distinta do homem, mas
simplesmente outra palavra que exprime ―alma‖, e que ambos os termos são
usados indistintamente nas Escrituras para falar da parte imaterial do homem, a
parte que sobrevive após a morte do corpo. A idéia de que o homem é composto
de duas partes chama-se dicotomia. Aqueles que sustentam essa idéia muitas
vezes admitem que as Escrituras usam a palavra espírito mais freqüentemente
com referência à nossa relação com Deus, mas que esse uso não é uniforme e
que a palavra alma é também usada em todos os sentidos em que se pode usar
espírito.
As duas opiniões têm defensores no mundo cristão de hoje. Embora a
dicotomia tenha sido mais geralmente sustentada ao longo da história da Igreja,
a tricotomia também teve e tem muitos defensores e, todos chegaram a
conclusão que é a correta.
ORIGEM DA ALMA E DO ESPÍRITO

Sabemos que a primeira alma veio a existir como resultado de Deus ter
soprado no homem o Espírito de vida. Então surge uma pergunta: Como
chegaram a existir as demais almas desde esse tempo? Em que momento a
alma é formada? Contudo a pessoa quando nasce recebe o Espírito que torna
sendo imortal e tem então espírito e alma. E por meio do espírito será imortal
com Deus se crer em Jesus ou, com Satanás se for um ateu.
A respeito da origem da alma academicamente existem três teorias
principais:
PREEXISTÊNCIA
Deus teria criado todas as almas antes da queda e antes de cessar a sua
atividade criadora. Desse estoque de almas Deus daria a cada corpo uma alma.
DEFESA:
A origem do Imaterial não pode ser material.
DIFICULDADES:
A preexistência não tem respaldo nas Escrituras. Tem associações com
teorias não-Bíblicas como transmigração da alma e reencarnação. Contradiz os
ensinos de Paulo de que todo pecado e morte são resultado do pecado de Adão
(1 Coríntios 15:21-22).

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CRIACIONISMO
Deus estaria criando cada alma em algum momento da fecundação,
unindo-se ao corpo imediatamente. A alma se tornaria pecaminosa por causa do
contato com a natureza humana, pela culpa herdada dela.

DEFESA:
Passagem das Escrituras que falam de Deus como criador da alma e do
espírito: Números 16:22; Salmo 104:30; Eclesiastes 12:7; Zacarias 12:1;
Hebreus 12:9. A alma (imaterial) não pode ser meramente transmitida. Explica
porque Cristo não assumiu a natureza pecaminosa de Maria.

DIFICULDADES:
A atividade criadora de Deus cessou no sexto dia em Gênesis 2:1 – 3, e
não pode ser que Deus crie uma alma diariamente, a cada hora e momento. Por
que Deus criaria uma alma pura para colocá-la numa situação de pecado e
provável condenação eterna?

TRADUCIONISMO

A Raça Humana foi criada em Adão, tanto o corpo como a alma, e os dois
são propagados a partir dele pelo processo de geração natural.

DEFESA:
Esta teoria se harmoniza perfeitamente com as Escrituras, com a
Teologia e com uma concepção correta da natureza humana. No Salmo 51 Davi
reconhece que herdou a alma depravada de sua mãe; em Gênesis 46:26, almas
que descenderam de Jacó; em Atos 17:26, Paulo nos ensina que Deus ―de uma
vez fez toda a raça humana‖. É melhor explicado o ―pecado hereditário‖ e a
―transmissão da natureza pecaminosa‖.
DIFICULDADES:
Quem é responsável pela comunicação ou transmissão da alma? Como
acontece a formação da alma? Como Cristo nasceu sem pecado?

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SIGNIFICADO TEOLÓGICO DA CRIAÇÃO DO HOMEM

O fato de terem sido criados significa que eles não têm existência
independente. Tudo o que temos e somos vem do Criador. Toda nossa vida é
por direito dele.
Humanidade faz parte da criação; isto nos diz que deve haver harmonia
entre nós e o restante da criação. A ecologia ganha um significado rico
(Mandado Cultural).
Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Dos animais diz-se
que foram feitos. Isso significa que os homens não alcançam a plenitude quando
todas as suas necessidades animais são satisfeitas. Há um elemento
transcendente.
Há um vínculo comum entre todos os seres humanos.

Há limitações definidas sobre a humanidade. Somos criaturas, finitas.


Nosso conhecimento é incompleto. Somos mortais. Só Deus é inerentemente
eterno. Qualquer possibilidade de viver para sempre depende de Deus.

A limitação não é inerentemente má (Gênesis 1:31).


O homem é algo maravilhoso. Apesar de criaturas somos a mais
elevada dentre elas. Fomos feitos pelo melhor e pelo mais sábio dos seres!
Somos origem da Fonte, da vontade e das mãos de Deus.
ALIANÇAS ENTRE DEUS E O HOMEM
Como Deus se relaciona com o homem? Desde a criação do mundo o
relacionamento entre Deus e o homem tem sido definido por promessas e
requisitos específicos. Deus revela às pessoas como ele deseja que ajam e
também faz promessas de como agirá com eles em várias circunstâncias. A
Bíblia contém vários tratados a respeito das provisões que definem as diferentes
formas de relacionamento entre Deus e o homem que ocorrem nas Escrituras, e
freqüentemente chama esses tratados de alianças. Podemos apresentar a
seguinte definição das alianças entre Deus e o homem nas Escrituras: ―Uma
aliança é um acordo imutável e divinamente imposto entre Deus e o homem, que
estipula as condições no relacionamento entre as partes.‖

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OUTRAS DEFINIÇÕES:
AURÉLIO:
―Do francês alliance‖. Ato ou efeito de aliar(-se). Ajuste, acordo, pacto.
União por casamento. Cada um dos pactos que, segundo as Escrituras, Deus
fez com os homens.
ENCICLOPÉDIA HISTÓRICO-TEOLÓGICA:

―Um pacto ou contrato entre duas partes, que as obriga mutuamente a


assumir compromissos de cada uma em prol da outra. Teologicamente (usado a
respeito dos relacionamentos entre Deus e o homem) denota um compromisso
gracioso da parte de Deus no sentido de benevidiar e abençoar o homem, e
especificamente, aqueles homens que, pela fé, recebem as promessas e se
obrigam a cumprir os deveres envolvidos neste compromisso‖.

DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA:

No grego é ―ditheke‖ (dia + tithemi, ―por, colocar, expor, dispor‖ = ―Expor


mediante um testamento‖). Significa, portanto, uma decisão irrevogável, que não
pode ser cancelada por pessoa alguma. Uma condição prévia da sua eficácia
diante da lei, é a morte do testador (―Porque onde há testamento é necessário
que intervenha a morte do testador‖ – Hebreus 9:16).

AS ALIANÇAS DE DEUS
POR QUE DEUS FAZ ALIANÇA COM O HOMEM?
Porque através das alianças Deus expressa seu pensamento, seus
propósitos.
Porque mediante alianças com o homem Deus lhe aumenta a fé.
Para dar-lhe garantia. ―Ao fazer uma aliança, Ele informa claramente ao
homem qual o intento do coração divino.‖ (Watchman Nee).
AS PRINCIPAIS ALIANÇAS ENTRE DEUS E O HOMEM
Adão: Gênesis 2:15 – 17.
Noé: Gênesis 6:18.
Abraão: Gênesis 17:1 – 8.
Moisés: Êxodo 19:5 – 6.
Davi: Salmo 89:20 – 37 (2 Samuel 7:12 – 17).

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OUTRA FORMA DE DIVIDIR AS ALIANÇAS


Aliança das Obras
Aliança da Redenção
Aliança da Graça

Um elemento muito importante nas alianças que Deus tinha em Israel


achava-se no duplo aspecto da condicionalidade e da incondicionalidade. As
Suas promessas solenes, que tinham a natureza de um juramento obrigatório,
deviam ser consideradas passíveis do não-cumprimento, caso os homens
deixassem de viver à altura das suas obrigações para com Deus? Ou havia um
sentido em que os compromissos que Deus assumiu segundo a aliança tinham
absoluta certeza de cumprimento, sem levar em conta a infidelidade do homem?
A resposta a esta pergunta tão debatida parece ser: (1) que as promessas feitas
por Jeová na aliança da graça representam decretos que Ele certamente
realizará, quando as condições forem propícias ao seu cumprimento; (2) que o
benefício pessoal – e especialmente o benefício espiritual e eterno – da
promessa de Deus será creditado somente àqueles indivíduos do povo, da
aliança divina que manifestarem uma fé verdadeira e viva (demonstrada por uma
vida piedosa). Sendo assim, o primeiro aspecto é ressaltado pela forma inicial da
aliança com Abraão, em Gênesis 12:1 – 3; não há sombra de dúvida de que
Deus não deixará de fazer Abraão uma grande nação, de tornar grande o seu
nome e de abençoar todas as nações da terra através dele e da sua
posteridade. É assim que o plano de Deus é exposto desde o início; nada o
frustrará.
Por outro lado, os filhos de Abraão devem receber os benefícios pessoais
somente na medida em que manifestarem a fé e a obediência de Abraão; assim
diz Êxodo 19:5.
Ou seja, Deus cuidará para que o Seu plano de redenção seja levado a
efeito na história, mas também fará com que nenhum transgressor das
exigências de santidade participe dos benefícios eternos da aliança. Nenhum
filho da aliança que Lhe apresente um coração infiel será incluído nas bênçãos
da Aliança. (Enciclopédia Histórico-Teológica)

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NOVA ALIANÇA

É digno de nota que, embora ―aliança‖ ocorra quase 300 vezes no AT,
ocorre somente 33 vezes no NT. Quase metade destas ocorrências se acham
em citações do AT, e outras 5 claramente se aludem a declarações no AT.

A NOVA ALIANÇA É SUPERIOR PORQUE O MEDIADOR É


SUPERIOR.

Hebreus 8:6. ―Posto que uma aliança envolve duas partes contratantes, o
mediador é intermediário cuja tarefa é manter as partes em comunhão uma com
a outra. Num caso em que Deus é uma das partes e o homem é a outra, a idéia
da aliança é inevitavelmente unilateral. A apostasia é sempre do lado do
homem, e, portanto, a tarefa do mediador é principalmente agir em prol do
homem diante de Deus, embora também deva agir em prol de Deus diante dos
homens‖ (Donald Guthrie).

A NOVA ALIANÇA É SUPERIOR PORQUE É INSTITUÍDA COM BASE


EM SUPERIORES PROMESSAS.
Regeneração
Purificação
Justificação
Vida e Poder
O que significa ―receber‖ a Jesus? Podemos afirmar que ―receber‖ a
Jesus é fazer uma aliança com Ele, o que implica em fidelidade até o fim. ―Ora,
como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados e
edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações
de graça‖ (Colossenses 2:6-7).

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A Doutrina do Pecado
A Doutrina de Cristo
HAMARTIOLOGIA
ORIGEM DO MAL

O problema do mal que há no mundo sempre foi considerado um dos


mais profundos problemas da filosofia e da Teologia. É um problema que se
impõe naturalmente à atenção do homem, visto que o poder do mal é forte e
universal, é uma doença sempre presente na vida em todas as manifestações
desta, e é matéria da experiência diária na vida de todos os homens.
Como podemos então explicar o relacionamento entre Deus e o mal?
Alguns afirmam o mal e negam a realidade de Deus (Ateísmo). Outros afirmam a
Deus e negam a realidade do mal Panteísmo). Outros, no entanto, procuram
afirmar um em oposição eterna com o outro (Dualismo). Já o Teísmo explica o
relacionamento entre Deus e o mal com um Deus infinitamente bom e poderoso
que permitiu o mal para produzir um bem maior. Ou seja, esse mundo livre é a
melhor maneira de produzir o melhor mundo.
Deus não é o autor do mal. Ele livremente criou o mundo, não porque
precisava fazê-lo, mas sim, porque desejava criar. Deus criou criaturas
semelhantes a Ele mesmo, que poderiam amá-lo livremente. No entanto, essas
criaturas poderiam também odiá-lo. Ele deseja que todos os homens o amem,
mas não forçará nenhum deles a amá-lo contra sua vontade.
Deus persuadirá os homens a amá-lo tanto quanto for possível. Ele
outorgará àqueles que não querem amá-lo a escolha livre deles eternamente (ou
seja, o inferno). Finalmente, o amor de Deus é engrandecido quando retribuímos
seu amor (visto que primeiramente nos amou), bem como quando não o
retribuímos. Ele demonstra assim quão grandioso Ele é amando até mesmo
aqueles que O odeiam.

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No final, Deus terá compartilhado Seu amor com todos os homens. Ele
terá salvo tantos quanto podia salvar sem violar o livre arbítrio dos homens. John
W.
Wenham afirma: ―A devoção de um ser livre é de um nível mais elevado...
A outorga de liberdade de escolha ao homem envolve a possibilidade (na
presciência de Deus envolve certeza) de pecar, com todas suas horríveis
conseqüências.

Todavia, parece que esta liberdade foi um pré-requisito para um


conhecimento profundo de Deus. A devoção de um ser livre e racional é de um
nível mais elevado e mais bela do que a de um animal, muito embora o amor
entre os seres humanos e os animais possa ser notável. Entretanto, esta
liberdade humana envolve a possibilidade de crueldade, imoralidade, ódio, e
guerra... todavia, apesar de todas essas coisas, nenhum homem convertido
desejaria mudar sua situação para a de um animal ou de uma máquina.

DADOS BÍBLICOS A RESPEITO DA ORIGEM DO PECADO.

Na escritura, o mal moral existente no mundo, transparece claramente no


pecado, isto é, como transgressão da lei de Deus.
NÃO SE PODE CONSIDERAR DEUS COMO O SEU AUTOR.

O decreto eterno de Deus evidentemente deu a certeza da entrada do


pecado no mundo, mas não se pode interpretar isso de modo que faça de Deus
a causa do pecado no sentido de ser Ele o seu autor responsável. Esta idéia é
claramente excluída pela Escritura.
Longe de Deus o praticar ele a perversidade e do Todo-poderoso o
cometer injustiça... (Jó 34:10). Ele é o Santo Deus... (Is 6:3). Ele não pode ser
tentado pelo mal e ele próprio não tenta a ninguém... (Tg 1:13). Quando criou o
homem, criou-o bom e à sua imagem. Ele positivamente odeia o pecado, (Dt
25:16 , Sl 5:4 , 11:5 , Zc 8:17 , Lc 16:15) e em Cristo fez provisão para libertar do
pecado do homem.

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O PECADO SE ORIGINOU NO MUNDO ANGÉLICO.


A Bíblia nos ensina que na tentativa de investigar a origem do pecado
devemos retornar à queda do homem, na descrição de Gn 3 e fixar a atenção
em algo que sucedeu no mundo angélico. Deus criou um grande número de
anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador, (Gn
1:31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico, queda na qual legiões de
anjos se apartaram de Deus (Ez 28:15; Ez 23:13 – 17; Is 14:12 – 15). A ocasião
exata dessa queda não é indicada, mas em (Jo 8:44) Jesus fala do diabo como
assassino desde o princípio e em (1 Jo 3:8 ) diz: o Diabo peca desde o princípio.
A ORIGEM DO PECADO NA RAÇA HUMANA.
Com respeito à origem do pecado na história da humanidade, a Bíblia
ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e, portanto,
com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador veio do
mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em
oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus.
Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do
fruto proibido. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção
que dada a solidariedade da raça humana, teria efeito não somente sobre Adão,
mas também sobre todos os seus descendentes.
Como resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza
depravada aos pósteros. Dessa fonte não Santa o pecado fluí numa corrente
impura passando para todas as gerações de homens corrompendo tudo e todos
com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão
pertinente a pergunta de Jó: ―Quem da imundície poderá tirar cousa pura?
Ninguém‖ (Jó 14:4). Adão pecou não somente como pai da raça humana, mas
também como chefe representativo de todos os seus descendentes, e, portanto,
a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são possíveis de
punição e morte. É primariamente nesse sentido que o Pecado de Adão é o
pecado de todos. É o que Paulo ensina em (Rm 5:12). ―Portanto, assim como
por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.‖

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Adão era o representante de toda a raça. Adão pecou, e como


representante transmitiu seu pecado a toda raça (Os 6:7). Adão continha nele
toda a posteridade da raça, por isso, o seu pecado foi imputado a todos, porque
todos estavam em Adão.
Por causa do pecado de Adão a culpa foi imputada imediatamente à raça
humana, e por sermos da mesma raça de Adão a natureza pecaminosa é
transmitida por ―hereditariedade‖.
Deus atribui a todos os homens a condição de pecadores, culpados em
Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em
Jesus Cristo. É o que Paulo quer dizer, quando afirma: ―Pois assim como por
uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim
também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a
justificação que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores; assim também por meio da obediência de um só,
muitos se tornarão justos.‖ (Rm 5:18,19).
O primeiro homem desobedeceu à vontade de Deus, e trouxe sobre si e
sobre todos os seus descendentes as conseqüências da sua desobediência.
Aquele estado de comunhão perfeita entre Deus e o homem foi quebrado,
formando uma barreira (pecado) entre a criatura e o criador.
A NATUREZA DO PECADO OU DA QUEDA DO HOMEM.
O pecado é uma transgressão, um erro de caminho ou alvo (tortuosidade
ou perversidade), contrário à ―retidão‖ que é um andar reto num ideal ou alvo
colocado por Deus.

SEU CARÁTER FORMAL:

Pode-se dizer que numa perspectiva puramente formal, o primeiro pecado


do homem consistiu em comer ele dá arvore do conhecimento do bem e do mal.
Quer dizer que não seria pecaminoso, se Deus não tivesse dito: ―Da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás.‖

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A ordem dada por Deus para não se comer do fruto da árvore serviu
simplesmente ao propósito de por à prova a obediência do homem. Foi um teste
de pura obediência desde que Deus de modo nenhum procurou justificar ou
explicar a proibição.

SEU CARÁTER ESSENCIAL E MATERIAL:


O primeiro pecado do homem foi um pecado típico, isto é, um pecado no
qual a essência real do pecado se revela claramente. A essência desse pecado
está no fato de que Adão se colocou em oposição a Deus, recusou-se a sujeitar
a sua vontade a vontade de Deus de modo que Deus determinasse o curso da
sua vida, e tentou ativamente tomar a coisa toda das mãos de Deus e
determinar ele próprio o futuro. Naturalmente pode-se distinguir diferentes
elementos do seu primeiro pecado: No intelecto, revelou-se como incredulidade
e orgulho na vontade como o desejo de ser como Deus, e nos sentimentos como
uma ímpia satisfação ao comer do fruto proibido.
A QUEDA – O PECADO ORIGINAL
A CULPA ORIGINAL:
A palavra ―culpa‖ expressa a relação que há entre o pecado e a justiça,
ou, como o colocam os teólogos mais antigos, e a penalidade da lei. É a
condenação a qual todo homem está sujeito por causa do pecado. Quem é
culpado está numa relação penal com a lei. Podemos falar da culpa em dois
sentidos, a saber, como reatus culpae (réu convicto) e como reatus poenae (réu
passível de condenação). O sentido habitual, porém, em que falamos de culpa
na teologia, é o de reatus poenae. Com isto se quer dizer merecimento de
punição, ou obrigação de prestar satisfação à justiça de Deus pela violação da
lei, feita por determinação pessoal. Isso é evidenciado pelo fato de que, como a
Bíblia ensina, a morte, como castigo do pecado, passou de Adão a todos os
seus descendentes: (Rm 5:12 - 19, Ef 2:3, 1 Co 15:22).

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DEPRAVAÇÃO TOTAL:
O significado Teológico da palavra é ―que todos os homens são por
natureza pecadores, totalmente depravados‗, ou seja, todas as inclinações
mentais (que são o princípio das ações externas) são completamente
corrompidas. Em vista do seu caráter impregnante, a corrupção herdada toma o
nome de depravação total; muitas vezes esta frase é mal compreendida, e
portanto requer cuidados discriminação. Esta depravação total é negada pelos
pelagianos, pelos socinianos e pelos arminianos do século dezessete, mas é
ensinada claramente na Escritura. (Jo 5:42, Rm 7:18, 23, 8:7, Ef 4:18, 2Tm 3:2 –
4, Tt 1:15, Hb 3:12).
O CONCEITO BÍBLICO DE PECADO.
Errar Alvo, dívida, transgressão, queda, derrota (Ver. Gn. 6:5; 1 Jo.1:18
Hb.12:5). A história da raça humana que se apresenta nas Escrituras é
primordialmente a história do homem num estado de pecado e rebelião contra
Deus e do plano redentor de Deus para levar o homem de volta a Ele. Portanto,
convém agora ponderar acerca da natureza do pecado que separa o homem de
Deus.
O conceito bíblico de pecado vem do estudo das palavras usadas nos
dois testamentos para falar do pecado. Existem pelo menos oito palavras
básicas para falar de pecado no AT e uma dúzia no NT. Assim teríamos uma
definição correta e final, ainda que muito longa. Talvez seja uma melhor idéia
defini-lo da seguinte forma: Pecado é errar o alvo, maldade, rebelião, iniqüidade,
desviar-se do caminho, impiedade, desgarrar-se, crime, desobediência à Lei,
transgressão, ignorância e queda.
De maneira mais sucinta, pecado geralmente é definido como
transgressão à Lei (1 João 3:4). Essa é uma definição correta quando
entendermos o pecado em seu sentido mais amplo, ou seja, afastamento dos
padrões estabelecidos por Deus. Augustus Strong apresenta um bom exemplo
quando define pecado como ―inconformidade à Lei moral de Deus, seja por meio
de atos, disposição ou estado‖.

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Pecado também pode ser definido como algo contra o caráter de Deus.
Buswell define assim: ―Pecado pode ser definido como qualquer coisa na
criatura que não expresse ou que seja contrário ao caráter santo do Criador‖.
Certamente a principal característica do pecado é que ele é direcionado contra
Deus.
Qualquer definição que deixe de refletir isso não é bíblica. O lugar comum
que considera os pecados divididos em categorias, como pecados contra a
pessoa, contra os outros e contra Deus, acaba não enfatizando que, no final,
todo pecado é contra Deus.

Não nos esqueçamos de que o pecado é terrível aos olhos de um Deus


santo.
Habacuque disse de forma sucinta: ―Tu és tão puro de olhos, que não
podes ver o mal e a opressão não podes contemplar‖. (Hc 1:13). Lembre-se de
que o pecado é tão destrutivo que somente a morte do Filho de Deus pode
retirá-lo (Jô 1:29).

CONCEITO DE PECADO:
É a falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição
ou conduta.
PARA INDICAR ISSO, A BÍBLIA USA VÁRIOS TERMOS, TAIS COMO:
Pecado
(Sl 51.2; Rm 6.2);
Desobediência
(Hb 2.2);
Transgressão
(Sl 51.1; Hb 2.2);
Iniqüidade
(Sl 51.2; Mt 7.23);
Mal, maldade, malignidade
(Pv 17.11; Rm 1.29)

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Perversidade
(Pv 6.14; At 3.26);
Rebelião, rebeldia
(1Sm 15.23; Jr 14.7);
Engano
(Sf 1.9; 2;Is 2.10);
Injustiça
(Jr 22.13; Rm 1.18);
Erro, falta
(Sl 19.12; Rm 1.27);
Impiedade
(Pv 8.7; Rm 1.18);
Concupiscência
(Is 57.5; 1Jo 2.16);
Depravidade, depravação
(Ez 16.27,43,58).

O diabo quer que pequemos, afirmando que não estamos crescendo na


presença de Deus ou estamos falhando. Verdadeiro crescimento contra o
pecado é cooperar com o Espírito Santo batalhando.
EXISTEM GRAUS DE PECADO?
Serão alguns pecados piores do que os outros? A pergunta pode ser
respondida de modo afirmativo ou negativo, dependendo do sentido que se lhe
dê.
CULPA LEGAL:
No tocante à nossa posição legal perante Deus, qualquer pecado, mesmo
aquilo que nos pareça um pecado leve, torna-nos legalmente culpados perante
Deus, e, portanto, dignos de castigo eterno. Adão e Eva aprenderam isso no
jardim do Éden, onde Deus lhes disse que um só ato de desobediência resultaria
na pena de morte.

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E Paulo afirma que ―o julgamento derivou de uma só ofensa, para a


condenação‖. Esse único pecado tornou Adão e Eva pecadores perante Deus, já
incapazes de permanecer na santa presença divina. Portanto, em termos de
culpa legal, todos os pecados são igualmente maus, pois nos fazem legalmente
culpados perante Deus e nos constituem pecadores.

CONSEQÜÊNCIAS NA VIDA E NO RELACIONAMENTO COM DEUS:


Por outro lado, alguns pecados são piores do que outros, pois trazem
conseqüências mais danosas para nós e para os outros e, no tocante ao nosso
relacionamento pessoal com Deus Pai, provocam-lhe desprazer e geram ruptura
mais grave na nossa comunhão com Ele.
Segundo as Escrituras, porém, todos os pecados são ―mortais‖, pois
mesmo o mais leve deles nos torna legalmente culpados perante Deus e
merecedores do castigo eterno. No entanto, até o mais grave dos pecados é
perdoado quando a pessoa se entrega a Cristo em busca de salvação. Ou seja,
os pecados podem variar segundo as conseqüências e o grau em que
perturbam nosso relacionamento com Deus. No entanto, pecado, é pecado!

PECADO IMPERDOÁVEL

Diversas passagens da escritura falam de um pecado que não pode ser


perdoado, após o qual é impossível a mudança do coração e pelo qual não é
necessário orar. É geralmente conhecido como pecado ou blasfêmia contra o
Espírito Santo. O Salvador fala explicitamente dele em (Mt 12:31 – 32) e
passagens paralelas, e em geral se pensa que (Hb 6:4 – 6, 10:26 – 27 e 1 Jo
5:16), também se referem a esse pecado.

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
A Bíblia nos ensina que o pecado afetou toda a criação de Deus, trazendo
conseqüências tanto no céu como na terra.

NO CÉU: O pecado de Satanás afetou as regiões celestes contaminando


aos anjos caídos que lutam contra os crentes (Efésios 6:11 – 12).

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NA TERRA: Por causa do pecado de Adão houve rompimentos nos


relacionamentos do homem.

Do homem com Deus:


Gênesis 3:8 – 10 (se esconderam de Deus)
Do homem com Ele mesmo:
Gênesis 3:10 – 16 (Tiveram medo)
Do homem com seu semelhante (Humanidade):
Eclesiastes 7:20; Gênesis 3:16 (Adão culpou Eva)
Do Homem com a Natureza:
Gênesis 3:17 – 18; 9:1 – 3; Romanos 8:18 – 23 (Espinhos e Abrolhos)

MORTE ESPIRITUAL

O pecado separa de Deus o homem, e isso quer dizer morte, pois é só na


comunhão com o Deus vivo que o homem pode viver de verdade. A morte
entrou no mundo por meio do pecado (Rm 5:12), e que o salário do pecado é a
morte (Rm 6:23). A penalidade do pecado certamente inclui a morte física, mas
inclui muito mais que isso, a separação espiritual e sofrimento eterno.

PALAVRA PECADO NO ANTIGO TESTAMENTO:


* hajx chatta ah ou tajx chatta th - pecado, envolvendo condição de
pecado, culpa pelo pecado, punição, oferta e purificação dos pecados de
impureza cerimonial . (Gn. 4:7), procedente de chata - pecar, falhar, perder o
rumo, errar o alvo ou o caminho do correto e do dever, incorrendo em culpa,
para sofrer penalidade pelo pecado, perder o direito.
* evp pesha„ - transgressão, rebelião contra indivíduos, nação contra
nação ou contra Deus. (Jó.34:6);

* hum matstsah - conflito, contenda (Pv.17:19), vem de natsah-


devastado, desolado, em ruínas e estar como montes arruinados.

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NATUREZA DO PECADO NO ANTIGO TESTAMENTO:


Existe uma variedade de termos, estudando-se o hebraico para expressar
esse mal da ordem moral.

NA ESFERA MORAL:
Errar o alvo, reunindo 3 idéias: • errar como arqueiro erra o alvo; • errar
como viajante erra caminho; • errar como ser achado em falta na balança;
(Gn.4:7)-Pecado é a besta pronta para tragar;
Tortuosidade ou perversidade, contrário de retidão, tornando-se não reto
e sem ideal reto; c) Mal, pensamento de violência ou infração, violando a lei de
Deus. O pecado sem perdão é a incredulidade (Mt 12.31-32).
NA ESFERA DA CONDUTA FRATERNAL:
Violência ou conduta injuriosa, homem maltrata/oprime os seus (Gn.6:11
e Pv.16:29);

NA ESFERA DA SANTIDADE:
Ofensor já teve comunhão com Deus; como cada israelita era santo e
sacerdote, mas profanaram e tornaram imunda a Lei, sendo irreligiosos,
transgressores e criminosos.

NA ESFERA DA VERDADE:

Inútil e fraudulento; falar e tratar falsidade, representar e dar falso


testemunho, numa vaidade vazia e sem valor, onde a mentira iniciou o 1º
pecado e o 1º pecador, pois todo o pecado contêm elemento do engano (Hb.
3:13).
NA ESFERA DA SABEDORIA:
Impiedade por não pensar não querer pensar corretamente, para
descuido e ignorância.
O homem natural não desenvolveu na direção do bem, mas se inclina
naturalmente para o mal, ouvindo, mas esquecendo, conduzido para o pecado
(Mt.7:26). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6.23).
O homem sem entendimento precipita em julgar coisas que não sabe,
ímpio; nega o que é dado de graça (Pv.8:1-10);

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O insensato se prende às coisas da carne e não se disciplina, podendo


fazer o bem (Pv.15:20);
O homem ímpio justifica a impiedade com argumentos racionais
ateísticos; escarnece infiel (Sl.1:1 e Pv.14:6).
PALAVRA PECADO NO NOVO TESTAMENTO (EM GREGO):
Amartia hamartia- não ter parte; errar o alvo; desviar-se do caminho de
retidão e honra, fazer ou andar no erro; desviar-se da lei de Deus, violar a lei de
Deus, uma ofensa, violação da lei divina em pensamento ou em ação ou
coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou
várias. (Mt.12:31);
krisis - separação, divisão, repartição, julgamento, sentença de
condenação, julgamento condenatório, condenação e punição por colégio dos
juízes (um tribunal de sete homens nas várias cidades da Palestina; distinto do
Sinédrio, que tinha sua sede em Jerusalém) (Mc. 3:29). Da morte
espiritual/eterna escapa quem chega a Jesus. (Rm 3.21; 8.39).
NATUREZA DO PECADO NO NOVO TESTAMENTO:
• Errar o Alvo, na mesma idéia do A.T.;
• Dívida, para não guardar dos mandamentos de Deus e o homem é
incapaz de pagar e necessita de uma remissão ou fiador.
• Desordem, pois o pecado é iniqüidade; o pecador rebelde, idólatra
quebra o mandamento por sua vontade, fazendo uma lei para si e constituindo o
seu ―EU‖ como uma divindade, numa obstinação;
• Desobediência, ou ouvir mal, sem atenção. (Hb.2:2 e Lc.8:18);
• Transgressão, ir além do limite (Rm.4:15);
• Queda, cair para um lado sem conduta, no pecado (Ef.1:7);
• Derrota, rejeitando Jesus e perdendo o propósito (Rm.11:12);
• Impiedade, sem adoração ou reverência (Rm.1:18 e 2 Tm.2:16),
dando pouca ou nenhuma importância a Deus ou às coisas sagradas, sem
temor/reverência;
• Erro, decisões erradas para desconhecer, quando o homem decide
fazer o mal, sem avaliar conseqüências, mais do que falta pela debilidade.

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CONSEQUÊNCIAS DO PECADO NA PESSOA:


Pecado é ato; rebelião contra a lei e pecaminoso contra Deus, tendo 2
resultados: resultados dos atos e castigos futuros:

FRAQUEZA ESPIRITUAL:

• DESFIGURA IMAGEM DIVINA


Traz vergonha perante Deus. (Is.59:2; Tg.3:9); Será repreendido pelo
mundo (Pv.3:35;1 Co.15:34).
• PECADO INERENTE/ORIGINAL
Traz engano (Is. 64:7; Sl.66:18). - Inclinado para pecar (Sl. 51:5), difere
de pecado atual (efeito da queda), sendo maldito, estranho, enganoso, inimigo,
escravo, morto e filho da ira. Deus vai lhe levar em abismos profundos
(Sl.107:26-28).

• DISCÓRDIA INTERNA
Perdemos a comunhão com Deus. Desarmonia; divisão interna e
fragilidade(conflitos); transforma a pessoa em perigosa de se estar perto pois a
qualquer instante pode descer sobre ela a ira divina.(Mt.8:28; Mt.9:36;1
Sm.31:4;Sl.78:31;Rm.1:18; Jo.3:36).

PECADO NO CORPO (MANIFESTAÇÃO):


• BOCA IMPURA
Querer amoldar a Palavra à sua própria vontade (Salmos. 50: 16; Is.53: 9;
Tg.3:6; Is.58:9; Salmos.50:19-23).

• OUVIDOS IMPUROS
Querer ouvir apenas o que lhe agrada (Is.50:4-5; 2 Tm.4:3; 1 Rs.22:13; 2
Cr.28:12;

• OLHOS IMPUROS
Julgar mentalmente as pessoas pelo que se vê (Is.11:3; Sl.50:20-21;
Ap.3:18);

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• NARIZ IMPURO
Símbolo de pessoas empinadas e orgulhosas (Is.65:5; Is.3:16-25;
Ez.8:17);
• CABEÇA IMPURA
Menear a cabeça, reprovando as coisas de Deus (Jó.16:4; Is.1:5);
• CORAÇÃO IMPURO
Pessoa maliciosa que guarda mágoas (Sl.78:18; Sl.95:8; Mt.19:8;
Rm.1:24; Ez.14:3). Dureza de coração tem haver com desprezar ouvir e rejeitar
a Palavra de Deus (Pv.29:1), de 3 maneiras: * Negligenciar na oração e leitura;
Fofocar no meio da Igreja e acalentar pecados secretos (Mt.24:19). Envolve dois
tipos de pessoas: Os que gostam de ouvir a Palavra de Deus e apreciam o culto,
mas não praticam (Ez. 33: 31-32) e os que apenas querem sair do aperto,
pedindo oração.

• PESCOÇO IMPURO
Pessoa que carrega e confia em fardos pesados de pecado (Is.10:27;
Ez.21:29);
• BRAÇOS IMPUROS
Ficar de braços cruzados sem nada fazer para Jesus (Pv.6:10; Mc.10:16;
Lc.2:28).

• MÃOS IMPURAS
Agir com roubo, violência e impureza (Jó.16:17; Sl.7:3; Sl.26:10; Sl.28:4;
Sl.106:42);
• ESTÔMAGOS IMPUROS
Cheios de iniqüidade; desejam prostituir-se no mundo (Ez.7:19;
Lc.15:16;1 Co.6:13).

• RINS IMPUROS
Quando não se expeli de si, o que não presta, guarda o mal, como
vingança (Jr.20:12)

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• VENTRES IMPUROS
Quando apenas se pensa na glória terrestre, como o deus da
prosperidade (GL.1:15) e adeptos da teologia da prosperidade.

• PERNAS IMPURAS
Quando não se encurva diante de Deus nem se ajoelha diante dele
(Pv.26:7; Ez.21:7)

• PÉS IMPUROS
Quando se vacila, pisando nos outros, de modo impuro (Jó.12:5; Jó.18:8;
Pv.6:18; Ez.34:18-19).

• CORPO IMPURO
Desonrar, prostituir-se em sensualidade escarnecedora e ímpia (Rm.1:24-
27;1 Co.6:15; Jd.1:19)

CASTIGO POSITIVO:
Separado da fonte da vida, pela MORTE: 3 Fases: 1) morte espiritual na
vida (Ef.2:1); 2) morte física (Hb.9:27) e 3) 2a. morte (Ap.21:8).
OUTRAS CONSEQÜÊNCIAS:
• Efeito do pecado nos animais; doenças e morte (Gn.6:11; Gn.6:19-
20; Gn.3:14; Lv.4:3; Lv.4:27-28; Ec.3:18);

• Efeitos na terra e meio ambiente (Fome, furacão, falta de água e


enchentes, tsunamis; Poluição – (Jr.5:28-29; Gl.6:7; Sl.18:7; Gn. 3:17; Rm.1:26-
32; Sf.1:3);

• Efeitos do pecado nas nações (Guerras e desentendimentos –


(Jr.30:12; 1 Rs.8:46; Sf.2:11; 2 Rs.17:11; Am.9:9).

COISAS BOAS QUE DEIXAM AS PESSOAS FORA DO CÉU:


Ter zelo pelas coisas boas, deixando de lado as coisas de Deus (Mt.6:33;
Cl. 3:2-3; Hb. 10:25).

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• Ter desatenção à Palavra e ser absorvido pelos próprios interesses


(Lc.17:30;
Jr. 2:31-32);
• Estar tão ocupado com as coisas de Deus que não há tempo para
buscá-lo. (Sl.32:6; Sl. 69:13);
• Dar atenção parcial a Jesus (Cl. 1:18; Lc. 14:16-24);
• Colocar a família antes do Senhor (Hb.11:7; Ef.2:19);
• Não ser apaixonado por Jesus, não se protegendo o tempo todo ao
seu lado (Jr.2:31-32; Lc.14:24).

PERGUNTA-SE:
Quando chegar o dia, Jesus nos conhecerá? (Jo.8:55; Mt.7:23; Lc.13:27);

PERMANÊNCIA NO PECADO:
POR QUE OS CRISTÃOS PERMANECEM NA PRÁTICA DO PECADO?

• Não têm temor a Deus pela falta de graça e por não entenderem o
completo perigo do pecado e suas conseqüências (Pv.16:6; Pv.3:7; Ap.3:15;
Pv.4:23).

• São super confiante em si mesmo achando-se superior às


tentações (2 Co.1:3-7).

• Têm o pecado oculto arraigado há anos dentro de seu coração.


(Sl.32:5; 38:3).

OBSERVAÇÃO: * Deus condena mais os perversos pecados dos cristãos


que dos ímpios. (Dt.1:37;Jr.1:16). * Quanto mais tempo no pecado, mais se
endurece (Hb.3:12-13); * Quanto mais permanece no pecado, enfrenta a vara de
Deus (Sl.89:30-34); * Quanto mais permanece no pecado, enfrenta
esvaziamento de paz e força (Sl.31:10; Sl.38:3); * Quanto mais permanece no
pecado, enfrenta crescente dúvida e incredulidade (1 Sm.13:13-14).

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PECADOS PRINCIPAIS:
IRA
Raiva, cólera ou agressividade exagerada em querer destruir os outros.
(Jó.5:2);
GULA
Querer assimilar tudo, engolindo e não digerindo (Is.56:11);
INVEJA
Desgosto e pesar pelos bens dos outros; o outro é mais que eu
(Pv.14:30);
ORGULHO
Ser melhor que outros (Sl.90:10);
AVAREZA
Não confiar em ninguém (Is.57:17);
PREGUIÇA
Não querer aprender nada.(Ec.10:8);
LUXÚRIA
(desfrutar do poder de dominar)-prazer pelo excesso (Jr.11:15);
IDOLATRIA
Não querer a Deus de modo exclusivo. (2 Rs.17:41; Dt.32:17; 1 Co.10:20;
1 Co.10:14; Js.24:15; 2 Cr.24:18).

TERCEIRO MÓDULO
A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
SOTERIOLOGIA
DEFINIÇÃO:
Soteriologia é a união entre dois termos gregos "Soteria" que significa
Salvação e "Logia" que significa Estudo.

Portanto Soteriologia é o Estudo da Salvação.

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INTRODUÇÃO:
É fundamental que tenhamos convicção da nossa salvação. A Bíblia
garante que podemos ter convicção da vida eterna. Sem esta convicção é
impossível viver a vida cristã. Ao fazer o estudo, examine como está a sua
convicção a luz da Palavra de Deus.
BREVE EXEGESE DE SALVAÇÃO
De uma forma simples, podemos dizer que ―salvação é o fato do homem
ser salvo do poder e dos efeitos do pecado‖.
O vocábulo português se deriva do latim salvare, ―salvar‖ e de salus,
―saúde‖, ―ajuda‖, e traduz o termo hebraico yeshu‗a e cognatos (largura,
facilidade, segurança) e o vocábulo grego sõteria, e cognatos (cura,
recuperação, redenção, remédio, salvação, bem estar). Significa a ação ou o
resultado de livramento ou preservação de algum perigo ou enfermidade,
subentendendo segurança, saúde e prosperidade. Nas Escrituras, o movimento
parte dos aspectos mais físicos para o livramento moral e espiritual. Assim é que
as porções mais antigas do AT dão ênfase aos meios dos servos individuais de
Deus escaparem das mãos de seus inimigos, a emancipação de Seu povo da
escravidão e o estabelecimento dos mesmos numa terra de abundância; já as
porções posteriores dão maior ênfase às condições e qualidades morais e
religiosas da bem-aventurança, e estende suas amenidades além das fronteiras
nacionais (O Novo Dicionário da Bíblia, Vol-II, p 1464 – 5).
Em primeira instância, o verbo sõzõ, ―salvar‖ bem como o substantivo
sõtêria, ―salvação‖, denotam o ―salvamento‖ e a ―libertação‖ no sentido de evitar
algum perigo que ameaça a vida. Pode ocorrer na guerra ou em alto mar. Aquilo
de que se recebe o livramento pode, no entanto, ser uma doença. Onde não se
menciona qualquer perigo imediato, também podem significar ―conservar‖ ou
―preservar‖. O verbo e o substantivo podem até significar ―voltar com segurança‖
para casa. Na LXX sõzõ traduz nada menos do que 15 verbos hebraicos
diferentes, mas os mais importantes são yãsa, que se emprega no hiphil para
―libertar‖ e ―salvar‖, e mãlat, niphal, ―escapulir‖, ―escapar‖, ―salvar‖. E embora
Iahweh empregue agentes humanos, o israelita piedoso tinha consciência do
fato do livramento vir do próprio Iahweh (Salmo 12:1; 121: 1-2);

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Mas o conteúdo exato dessa libertação ou salvação varia de acordo com


o contexto e as circunstâncias.

No Novo Testamento, o verbo sozõ ocorre 106 vezes, e o substantivo


sõtêria, 45 vezes. Sendo que a graça de Deus é a grande fonte de salvação (Ef
2:8 – 9), e o Filho de Deus é o Salvador do Mundo (Lc 2:11; 1 Jo 4:14).

A VERDADEIRA IDÉIA DA SALVAÇÃO


Há diversas idéias a respeito da salvação. Vamos mencionar algumas das
mais importantes e apontar a que está mais de acordo com a idéia apresentada
por Jesus Cristo.
A SALVAÇÃO E O PASSADO
Atos 17:30 Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância,
manda agora que todos os homens em todos os lugares se arrependam.
Suponhamos que uma pessoa que não saiba nadar esteja prestes a afogar-se;
mas, felizmente alguém o salva. A salvação nada tem haver com o passado da
pessoa salva.
A SALVAÇÃO E O FUTURO
Imaginemos agora, um condenado a morte, porém perdoado por alguém
cheio de bondade e amor. Este perdão garante ao condenado o livramento do
castigo merecido. Esta salvação visou o livramento do castigo futuro
A SALVAÇÃO DE JESUS
Lucas 9:24 Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á;
porém qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.
Suponhamos que temos um único grão de arroz no mundo em nossas mãos.
Para salvar esta semente o que temos que fazer? A melhor maneira de salvá-lo
é plantando-o, pois se colhera centenas deles

A verdadeira idéia da salvação é, aquela que contempla mais aquilo para


o que somos salvos do que aquilo de que fomos salvos.
.

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A salvação ensinada por Jesus acentua mais o céu com toda a sua glória
do que o inferno com todo o seu horror. Não somos salvos para escaparmos da
morte, mas para gozarmos a vida eterna.

I Jo. 3:2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado
o que havemos de ser.

ELEMENTOS BÁSICOS PARA A SALVAÇÃO


Rom. 3:24-25 E são justificados gratuitamente pela sua Graça, pela
redenção que há em Cristo Jesus. Deus o propôs para propiciação pela Fé no
seu Sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes
cometidos sob a tolerância de Deus.
Os elementos básicos estabelecidos para salvação conforme escrito pelo
Apóstolo Paulo aos Romanos são:

A GRAÇA
Tito 2:11 Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos
os homens. Graça significa, primeiramente, favor, ou a disposição bondosa da
parte de Deus. (Favor não merecido). A graça de Deus aos pecadores revela-se
no fato de que ele mesmo pela expiação de Cristo, pagou toda a pena do
pecado. Por conseguinte, ele pode justamente perdoar o pecado sem levar em
conta os merecimentos ou não merecimentos. A graça manifesta-se
independente das obras dos homens. A graça é conhecida como Fonte da
Salvação.
O SANGUE

I Jo. 1:7 O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo
pecado. Em virtude do sacrifício de Cristo no calvário, o crente é separado para
Deus, seus pecados perdoados e sua alma purificada. Sangue é conhecido
como a Base da Salvação.

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A FÉ
Efésios 2:8-9 Pois é pela graça que sois salvos, por meio da Fé; e isto
não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie. Pela fé reconhece o homem a necessidade de salvação, e pela mesma fé
é ele levado a crer em Cristo Jesus. Heb. 11:6 Ora, sem Fé é impossível agradar
a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele
existe, e que é galardoador dos que o buscam. A Fé conduz-nos ao Salvador, a
Fé coloca a verdade na mente e Cristo no coração. A Fé é a ponte que dá
passagem ao mundo espiritual, por isso concluímos que a Fé é o Meio para a
Salvação.
A NATUREZA DA SALVAÇÃO
ASPECTOS DA SALVAÇÃO
JUSTIFICAÇÃO
Justificar é um termo judicial que significa absolver, declarar justo. O réu,
ao invés de receber sentença condenatória, ele recebe a sentença de
absolvição. Esta absolvição é dom gratuito de Deus, colocado a nossa
disposição pela fé. Essa doutrina assim se define: "Justificação" é um ato da
livre graça de Deus pelo qual ele perdoa todos os nossos e nos aceita como
justos aos seus olhos somente por nos ser imputados a justiça de Cristo, que se
recebe pela Fé. Justificação é mais que perdão dos pecados, é a remoção da
condenação. Deus apaga os pecados, e, em seguida, nos trata como se nunca
tivéssemos cometido um só pecado. Portanto Justificação é o Ato de Deus
tornar justo o pecador. Romanos 3 : 24,30 Sendo justificados gratuitamente pela
sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus... Concluímos, pois, que o
homem é justificado pela fé sem as obras da lei. A justificação, é realizada no
homem quando este passa a crer no Senhor Jesus Cristo como Salvador, logo
que ele crê em Jesus, Deus o declara livre da condenação.
Cristo Nossa Imputação Rom. 4:6 ...Bem-aventurado o homem a quem
Deus imputa justiça sem as obras,... Imputar é atribuir a alguém a
responsabilidade pelos atos de outro. Isto é Jesus Cristo assumiu nossos
pecados, Deus permitiu que Jesus pagasse nosso débito.

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Cristo Nossa Substituição Gal. 3 : 13 Cristo nos resgatou da maldição da


lei, fazendo ele próprio maldição em nosso lugar,... Como nosso substituto,
Cristo Jesus ganhou esta justiça para nós, morrendo em nosso lugar, a fim de
nos salvar e garantir o perdão dos nossos pecados. Somos agora aceitos por
Deus, porque nos foi creditada a perfeita Justiça de Cristo.
Justiça de Cristo I Cor. 1:30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual
para nós foi feito por Deus sabedoria, Justiça, e santificação, e redenção. Esta
justiça foi adquirida pela morte expiatória de Cristo. Sua morte foi ato perfeito de
justiça, porque satisfez a lei de Deus. Foi também um ato perfeito de obediência.
Tudo isto foi feito por nós e posto a nosso crédito.

REGENERAÇÃO REGENERAR SIGNIFICA


Restaurar o que está destruído. Quando se trata do ser humano,
Regeneração é uma mudança radical, operada pelo Espírito Santo na alma do
homem. Esta Regeneração, atinge, portanto todas as faculdades do homem ou
seja : Intelecto, Volição e a Sensibilidade. O homem regenerado não faz tanta
questão de satisfazer à sua própria vontade como de satisfazer à de Deus. Na
Regeneração, ele passa a pensar de modo diferente, sentir de modo diferente e
querer de modo diferente: tudo se transforma. II Cor. 5:17 Portanto, se alguém
está em Cristo, Nova Criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo.
A Bíblia descreve a regeneração como:
Nascimento João 3:3 Jesus respondeu, e disse : Na verdade, na verdade
te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Uma
pessoa, para pertencer a aliança feita a Israel e gozar de todos os seus direitos,
precisava somente nascer de pais judaicos. Para pertencer ao reino do Messias,
contudo, uma pessoa precisa nascer de novo. Ezeq. 36:26 Dar-vos-ei um
coração novo, e porei dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração
de pedra, e vos darei um coração de carne.Vivificação A essência da
regeneração é um nova vida concedida por Deus, mediante Jesus Cristo e pela
operação do Espírito Santo.

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. Jo. 10:10 ... Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.
Viver É estar com vida. Vivificar É dar vida. Vivificação: É o Ato, a Ação ou o
efeito de viver. É usufruir da vida espiritual que Deus concedeu.
Purificação: Ato ou efeito de purificar. Tito 3:5 Não por obras de justiça
que houvéssemos feitos, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou
mediante a lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo. A alma foi
lavada completamente das imundícias da vida de outrora.

SANTIFICAÇÃO
Santificar é tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo. A Palavra
santo tem muitos significados:
Separação: Representa o que está separado de tudo quanto seja terreno
e humano. I Ped. 3:11 Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.
Dedicação: Representa o que está dedicado a Deus, no sentido ser sua
propriedade. Rm 12:1 Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional.
Purificação: Algo que separado e dedicado tem de ser purificado, para
melhor ser apresentado. (imaculado) II Cor. 7:1 Ora, amados, visto que temos
tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne, como do
espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no temor de Deus.

Consagração: No sentido de viver uma vida santa e justa. Lev. 11:44 Eu


sou o Senhor vosso Deus; consagrai-vos, e sede santos, porque eu sou santo.

Muito acentuada se acha no Velho Testamento a idéia de que a


santificação consta de uma relação especial com Deus. As coisas consagradas
ao Senhor eram consideradas santas: Arca do Concerto, O Templo, O
Tabernáculo, O Altar, Os Vasos, Os Sacerdotes.
No Novo Testamento, a idéia é a de que a santificação consiste no
processo do homem ser perfeito como Ele é perfeito.
Jesus ensinou que o homem deve procurar aperfeiçoar-se cada vez mais.
"Bem-aventurado os limpos de coração, porque eles verão a Deus".

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DIANTE DO EXPOSTO, PODEMOS ESTABELECER O SEGUINTE:


Santificação é um processo. O crente precisa esforçar-se para progredir
em santificação. II Cor.7:1 Ora, amados, visto que temos tais promessas,
purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne, como do espírito,
aperfeiçoando a nossa santificação no temor de Deus. O processo de
santificação pode ser comparado ao crescimento de uma pessoa, porém
condicionado à sua vontade.

OS MEIOS DIVINOS DE SANTIFICAÇÃO

O Sangue de Cristo I Jo.1:7 O sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos


purifica de todo o pecado.
O Espírito Santo Fil. 1:6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em
vós começou boa obra a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo.
A Palavra de Deus Jo. 17:17 Santifica-os na verdade a tua palavra é a
verdade.

VEJAMOS A SEGUIR O QUE O ESPÍRITO SANTO SANTIFICA NO


CRENTE

I Tes. 5:23 O mesmo Deus de Paz vos santifique completamente. E todo


o vosso espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (prova bíblica da tricotomia).

O CORPO Rom. 12:1 ... que apresenteis os vossos corpos como


sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

A ALMA I Ped. 1:22 Tendo purificado as vossas almas


Espírito Sal. 78:8 ... Geração de coração instável, e cujo espírito não foi
fiel a Deus. Glorificação. Glorificar significa honrar, dar glória.
Deus em seu plano de salvação, manifestou a sua glória através de Cristo
Jesus, o pecador pode experimentar esta manifestação pelo Espírito Santo.
O ato final do processo da salvação será a glorificação do crente por
Deus.
A Glória de Deus em Nós. Em todo o tempo a glória de Deus demonstra
poder, autoridade, virtude e acima de tudo consagração.

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É manifestada através da fé.


Foi nos dada através de Jesus e serve para manter a unidade da Igreja.

Jô. 17:24 Pai, quero que onde eu estiver, estejam também comigo
aqueles que me deste, para que vejam a minha glória, a glória que me deste,
porque me amaste antes da criação do mundo.
A Glorificação do Corpo Rom. 8:30 E aos que predestinou, a estes
também chamou, e, aos que chamou, a estes também justificou; e, ao que
justificou, a estes também glorificou.
A Glorificação do corpo se dará por ocasião do arrebatamento, nosso
corpo será transformado em um corpo glorioso. Neste ato, se dará a glorificação,
quando estaremos em corpo incorruptível, e assim, estaremos para sempre com
o Senhor.
Conhecemos que a glória da roseira é a rosa e que a de qualquer árvore
são os frutos; mas a glória do crente o que será?
I Cor. 13:12 Agora vemos em espelho, de maneira obscura; então
veremos face a face. Agora conheço em parte; então conhecerei como também
sou conhecido.
Rom.8 : 18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
A Glorificação é o objetivo de nosso serviço realizado
I Cor. 15:58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes,
sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso
trabalho não é vão.
O trabalho do cristão deve ser realizado da melhor forma possível.
Com Amor, dedicação, voluntário, humilde, alegria, sacrificial, sabedoria
etc. .
ARREPENDIMENTO

Formada por duas palavras gregas (meta + nous), ―arrependimento‖ não


significa, como muitos pensam, um rosto cuja face correm lágrimas de remorso,
e cujos lábios proferem promessas de mudança e um voto de jamais cair no
mesmo pecado. Na Palavra de Deus descobrimos que a palavra quer dizer
―mudança de mente‖.

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―Esta experiência tem sido descrita como sendo o ato pelo qual o
pecador, ao aceitar a Cristo, dá uma meia volta no rumo em que seguia na vida
até então, e avança em direção diametralmente oposta. Isto significa uma
mudança total de conduta ou procedimento. É o primeiro passo para a salvação.
É a volta do pecador a Deus.‖

VEJAMOS OUTRAS DEFINIÇÕES:

É a mudança de pensamento para com o pecado e para com a


vontade de Deus, o que conduz a uma transformação de sentimento e de
propósito a seu respeito.
É a verdadeira tristeza pelo pecado, incluindo um esforço sincero
para abandoná-lo.
É a confissão da culpa produzida pelo Espírito Santo ao aplicar a Lei
Divina no coração.

O Senhor Jesus nos dá uma ótima ilustração do conceito de


arrependimento em Mateus 21:28-30.
SUA NECESSIDADE

Jesus começou Seu ministério pregando arrependimento (Mc 1:14-15). E


isso seria mais que suficiente para comprovar a necessidade de arrependimento
por parte do homem. Mas a Igreja Primitiva também anunciava a mesma
mensagem (At 2:38; 17:30; 20:21; 26:20). E foi também uma ordem deixada pelo
Senhor Jesus (Lc 24:47).
―Deus só pode perdoar o pecador quando ele sinceramente se arrepende.
Isto é forte o bastante para que continuemos a pregar a necessidade de
arrependimento e a necessidade do homem ter a mesma atitude que Deus tem
em relação ao pecado (Lc 13:3-5; 1 Tm 2:4; 2 Pe 3:9)‖.
SUA NATUREZA
Em 2 Coríntios 7:10, Paulo nos mostra que há uma relação entre tristeza
e arrependimento quando diz: ―Porque a tristeza segundo Deus produz
arrependimento para a salvação...‖. Você pode observar neste verso que tristeza
e arrependimento não são de modo algum a mesma coisa.

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A tristeza realiza a sua obra, e quando isso acontece o resultado é o


arrependimento e a conseqüência dessa mudança de opinião é a salvação. O
apóstolo estabeleceu dessa forma uma progressão: tristeza, arrependimento e
salvação. Neste verso descobrimos que arrependimento não é sentir somente
tristeza pelos pecados, mas viver uma vida diferente. Cremos que o verdadeiro
arrependimento envolve três faculdades básicas do homem: seu intelecto, suas
emoções e sua vontade.
O INTELECTO
Arrepender-se significa mudar de pensamento. Langston afirmou que
―intelectualmente falando, o arrependimento é uma mudança na maneira
de pensarmos em Deus, em nosso pecado e em nossas relações com o nosso
próximo‖. Há uma radical mudança na maneira de pensar. O filho pródigo é um
clássico exemplo disso.
AS EMOÇÕES
Arrepender-se significa mudar de sentimentos. ―O homem arrependido
deixa de amar ou apreciar o que antes amava ou apreciava. O prazer deixa de
fixar-se nas coisas terrenas para descansar nas celestiais... O arrependimento
chora seus pecados, mas chora ainda mais a falsa atitude que antes tinha para
com Deus...‖ O arrependimento verdadeiro fixa os olhos do arrependido mais em
Deus do que no pecado cometido (Langston). No Salmo 51 Davi, chora
por seus pecados, mas lamenta muito mais a sua infidelidade diante de Deus.
"Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as
minhas transgressões segundo a multidão das tuas misericórdias. Contra ti,
contra ti somente pequei, e fiz o que mau à tua vista, para que sejas justificado
quando falares e puro quando julgares".
A VONTADE
Arrepender-se significa mudar de propósitos. ―Antes de arrepender-se, o
homem quer fazer a própria vontade, quer dirigir-se a si mesmo, quer andar no
seu próprio caminho. No arrependimento, porém, ele quer fazer a vontade de
Deus, quer ser dirigido por Ele, porque está convencido de que a vontade e
a

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direção de Deus são melhores...‖ (Langston). Após o arrependimento, Davi orou:


―Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito
inabalável‖ (Sl 51:10).

SUA PRATICIDADE

Na prática, o arrependimento que é causado pela ―tristeza segundo


Deus‖, é gerada por obra do Espírito Santo (Jô 16:8-11). Ao ouvir a mensagem
do Evangelho (At: 37-41) o homem sente-se tocado pelo dedo de Deus e, se o
coração for fértil, a semente produzirá bons frutos (Mt 13:23).

SEUS RESULTADOS
O texto de Atos 3:19 é claro em mostrar um dos principais resultados do
arrependimento: cancelamento dos pecados, que é outro modo de dizer que são
perdoados os seus pecados (Cl 2:14).

A alegria entre os anjos é um outro resultado do arrependimento (Lc


15:7).

Sem o arrependimento, o Espírito Santo não virá habitar em qualquer


coração humano (At 2:38; Ef 1:13).

EXEGESE DOS TERMOS FÉ-CRER


Originalmente, pistis significava o relacionamento fiel de partes de um
contrato e a fidedignidade das suas promessas. Vieram a significar, num sentido
mais lato, a credibilidade de declarações, relatórios e narrativas em geral, sejam
sacros, sejam seculares. No grego do NT, obtiveram uma importância especial e
conteúdo específico através da sua aplicação ao relacionamento com Deus em
Cristo: a aceitação e reconhecimento, em plena confiança, daquilo que Deus fez
ou prometeu através d‘Ele.

GREGO SECULAR
Na literatura grega clássica, pistis significa a ―confiança‖ que um homem
pode ter nas pessoas ou nos deuses. Da mesma forma, pisteuõ significa confiar
em alguém ou nalguma coisa.

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Originalmente, o grupo de palavras significava conduta que honrava um


contrato ou obrigação. Daí a experiência da fidelidade e da infidelidade pertence
à idéia da fé, desde o início. No grego secular, portanto, este grupo de termos
representa um largo espectro de idéias. Emprega-se para expressar
relacionamentos entre um homem e outro, e também para expressar o
relacionamento como divino.

ANTIGO TESTAMENTO
Em hebraico, a raiz aman, no niphal, significa: ser leal, digno de
confiança, fiel.
Pode se aplicar aos homens (Nm 12:7; servos – 1 Sm 22:14; a uma
testemunha – Is 8:2; a um mensageiro – Pv 25:13; aos profetas – 1 Sm 3:20).
Pode, no entanto, também ser aplicado ao próprio Deus, que guarda Sua aliança
e dá graça àqueles que o amam (Dt 7:9).
No AT o termo fé, é encontrado apenas duas vezes (Dt 32:20 e Hc 2:4).
Isso não significa, entretanto, que a fé não seja elemento importante no ensino
do AT, pois ainda que a palavra não seja freqüente, a idéia, o é. É usualmente
expressa por verbos tais como ―crer‖, ―confiar‖ ou ―esperar‖, os quais ocorrem
com abundância.

NOVO TESTAMENTO
No NT, a fé é altamente proeminente. O substantivo pistis e o verbo
pisteuõ ocorrem ambos mais de 240 vezes, enquanto que o adjetivo pistos
ocorre sessenta e sete vezes. No NT, o pensamento que Deus enviou Seu Filho
para ser Salvador do mundo, é central. Cristo realizou a salvação do homem ao
morrer expiatoriamente na cruz do Calvário.
No quarto Evangelho, as formas de pensamento são diferentes de outras
partes do NT. A fé surge do testemunho, que é autenticado por Deus, e nela os
sinais também desempenham um papel (Jô 1:7).

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Por isso, quem é da verdade escuta esta chamada da parte de Deus (Jô
18:37). A fé e o conhecimento (Jô 6:69), o conhecimento e a fé (Jô 17:8), não
são dois processos mutuamente independentes; pelo contrário, são
coordenadas instrutivas que falam, a partir de pontos de vistas diferentes, do
recebimento do testemunho.
Há íntima conexão entre a fé e a vida. Aquele que crê no Filho tem a
promessa de que não perecerá mas que, pelo contrário, terá a vida eterna (Jô
6:16, 36; 11:25).
Portanto, a fé é atitude mediante a qual o homem abandona toda a
confiança em seus próprios esforços para obter a salvação, quer sejam eles
ações de piedade, de bondade ética, ou seja o que for.

Em João, a fé ocupa um lugar importantíssimo, pois ali o verbo pisteuõ é


encontrado noventa e oito vezes. Curioso é que o substantivo pistis fé, nunca é
encontrado. Isso possivelmente se deve ao seu uso em círculos de tipo gnóstico.
O enorme uso de pisteuõ em João se deve ao próprio objetivo claramente
revelado no Evangelho em João 20:31.

A fé não consiste meramente em aceitar certas coisas como verdadeiras,


mas consiste em confiar numa Pessoa, e essa Pessoa é Jesus Cristo. E como a
fé é fundamental ao Cristianismo, os cristãos são simplesmente chamados
crentes. E crer implica em:

• Confiar (Jô 4:50)


• Seguir (Jô 8:12)
• Servir (Jô 13:12-15; 21:15-17)
• Obedecer (Jô 14:23-24)
A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO
É possível alguém que aceitou à Cristo como salvador cair da graça?
Os que seguem a doutrina de Calvino dizem que não e os que seguem a
de Armínio diz que sim.

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Estudemos então as duas doutrinas:


O CALVINISMO
A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a
ver com a sua salvação.
Romanos 8:35 Quem nos separará do amor de Cristo ? Será tribulação,
ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?

Isto porque a sua vontade se corrompeu com o pecado. Desta forma o


homem não pode se arrepender sem a ajuda de Deus.

Efésios 1:4-5 Assim como nos escolheu nele antes da fundação do


mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor. Nos
predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo
o beneplácito de sua vontade.
A doutrina calvinista ensina que Deus predestinou alguns para serem
salvos e outros para serem perdidos. A predestinação é o eterno decreto de
Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um.

O ARMINIANISMO

A vontade de Deus é que todos os homens sejam Salvos, porque Cristo


morreu por todos.
I Tim. 2:4 O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem
ao pleno conhecimento da verdade.
As Escrituras ensinam uma predestinação, mas não individual. Ele
predestina a todos os que querem ser salvos.
Tito 2:11 Portanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os
homens.
O homem pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e
rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.

REGENERAÇÃO

Do lado divino, a mudança de coração é chamada de regeneração, de


novo nascimento; do lado humano, é chamada de conversão. Na regeneração, a
alma é passiva; na conversão, é ativa.

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Podemos definir a concessão de uma nova natureza (2 Pe 1:4) ou


coração (Jr 24:7; Ez 11:19; 36:26), e a produção de uma nova criação (2 Co
5:17; Ef 2:10; 4:24). No entanto, a regeneração não é uma mudança as
substâncias da alma. Hodge o diz muito bem:
Como a mudança não é na substância nem no mero exercício da alma,
ela ocorre naquelas disposições, princípios, gostos ou hábitos imanentes aos
quais todo o exercício consciente está subordinado, e que determinam o caráter
do homem e de todas as suas ações.

A NECESSIDADE DA REGENERAÇÃO

A Escritura declara repetidamente que o homem tem que ser regenerado


antes de poder ver a Deus. Estas afirmações da Palavra de Deus são reforçadas
pela razão e pela consciência.
A santidade é uma condição indispensável para sermos aceitos na
comunhão com Deus. Mas toda a humanidade é pecadora por natureza, e
quando chega a consciência moral, torna-se culpada de transgressão real.
Portanto, em seu estado natural, a humanidade não pode ter comunhão com
Deus. Agora, esta mudança moral no homem somente pode ser feita por um ato
do Espírito de Deus.
Ele regenera o coração e comunica a este a vida e a natureza de Deus.
As Escrituras mostram esta experiência como sendo um novo nascimento, pelo
qual o homem se transforma em Filho de Deus (Jô 1:12; 3:3 – 5; 1 Jo 3:1). Por
natureza, os homens são: (1) Filhos da ira – Ef 2:3; (2) Filhos da desobediência
– Ef 2:2; (3) Filhos do Mundo – Lc 16:8; (4) Filhos do Diabo – Mt 13:38; 23:15; At
13:10; 1 Jo 3:10. Esta última expressão é usada especialmente para os que
rejeitaram a Cristo, em João 8:44. Somente o novo nascimento pode produzir
uma natureza santa dentro dos pecadores de modo a tornar possível a
comunhão com Deus.

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OS MEIOS DA REGENERAÇÃO

A Escritura apresenta a regeneração como obra de Deus. Mas há


numerosos meios e agências envolvidos na experiência, que faremos bem em
notar.
A VONTADE DE DEUS.
Somos nascidos ―da vontade de Deus‖ (Jô 1:13). As palavras de Tiago
esclarecem ainda mais: ―Pois, segundo seu querer, ele nos gerou pela palavra
da verdade‖ (Tg 1:18).
A MORTE E RESSURREIÇÃO.
Precisamos nos lembrar que o novo nascimento é condicionado à fé no
Cristo crucificado (Jô 3:14-16); e que a ressurreição de Cristo está igualmente
envolvida em nossa regeneração (1 Pe 1:3).

A PALAVRA DE DEUS.
É um dos principais agentes para a nossa regeneração, como já vimos
em Tiago 1:18. O mesmo pensamento é expresso em Jô 3:5; 1 Pe 1:23. Que a
água a que se refere João 3:5 não é o batismo é evidenciado pelo fato de que
em Ef 5:26 a nossa purificação é relacionada à Palavra. Deve-se explicar Tito
3:5 da mesma maneira, pois é claro que a água não tem poder regenerador.
Paulo havia gerado os coríntios mediante o Evangelho (1 Co 4:15), mas havia
batizado apenas alguns deles (1 Co 1:14-16). Zaqueu (Lc 19:9), o ladrão
arrependido (Lc 23:42-43, e Cornélio (At 10:47) foram declarados salvos antes
de terem sido batizados.
BATIZADOS
ESPÍRITO SANTO
O Agente eficaz real na regeneração é o Espírito Santo (Jô 3:5; Tt 3:5). A
verdade não constrange a vontade por si só; além disso, o coração não
regenerado odeia a verdade até ser trabalhado pelo Espírito Santo. O Senhor
Jesus disse acerca do Espírito Santo, em João 16:8: ―Quando ele vier
convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo‖.

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Portanto, podemos afirmar que o Espírito Santo é tanto um Advogado


quanto um Acusador. O rabino Eliezer bem Jacob diz: ―Quem cumpre um
mandamento‖ conseguiu um advogado para si, e quem transgride um
mandamento – conseguiu um acusador para si. Diz Strong:
Não é um simples aumento na claridade que vai permitir que um cego
veja; a enfermidade do olho tem que ser curada primeiro antes que os objetos
externos se tornem visíveis... Apesar de trabalhada juntamente com a
apresentação da verdade ao intelecto, a regeneração difere da persuasão moral
por ser um ato imediato de Deus.
Talvez seja de palavras como estas que afirmamos que alguns são
―convencidos‖, mas não ―convertidos‖.

RESULTADOS DA REGENERAÇÃO

Aquele que é nascido de Deus vence a tentação (1 Jo 3:9; 5:4,18). O


tempo presente em que todos esses verbos são usados indica uma vida de
vitória contínua.
A pessoa regenerada ama aos irmãos (1 Jo 5:1), à Palavra de Deus (Sl
119:97; 1 Pe 2:2), seus inimigos (Mt 5:43 – 48), e as almas perdidas (2 Co 5:14).

A pessoa regenerada também goza de certos privilégios como Filho de


Deus, como a satisfação de suas necessidades (Mt 6:31-32), de uma revelação
da vontade do Pai (1 Co 2:10-12), e de ser guardada (1 Jo 5:18).
O homem que é nascido de Deus é herdeiro de Deus e co-herdeiro com
Cristo (Rm 8:16-17).
Embora o entrar realmente no gozo da herança ainda esteja quase no
futuro, o filho de Deus já agora tem um penhor dessa herança na dádiva do
Espírito Santo (Ef 1:13-14).
É claro que estes resultados não são diferentes visíveis aos olhos do
mundo, mas são, não obstante, muito reais para aquele que nasceu para a
família de Deus.

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NOVO NASCIMENTO
O que é? O Novo Nascimento é um milagre do Espírito Santo operado na
natureza do indivíduo, transformando-o completamente. De fato o Novo
Testamento é um novo começo. Por mais maculado que seja o seu passado; por
mais deformado que seja o seu presente; por mais sombrio que pareça o seu
futuro, há uma saída, há uma possibilidade de começar tudo de novo, pelo
NOVO NASCIMENTO. Não é esta uma notícia maravilhosa?
Portanto, o Novo Nascimento é obra do Espírito Santo, não representa
fruto do esforço ou boas qualidades do homem. Não há mérito humano na
operação (João 3:6-7).
O batismo não efetua o Novo Nascimento. É falsa a doutrina que prega
a regeneração pelo batismo nas águas.
Não se adquire por hereditariedade (João 1:12-13). A Igreja não tem
poder de operar o Novo Nascimento. Como disse alguém:

―Não serás um automóvel pelo fato de teres nascido em uma


garagem‖.
Ninguém nasce de novo por pertencer a esta ou àquela Igreja.
Nenhum rito religioso, afinal, será capaz de efetuar o Novo Nascimento.

Não representa fruto de resoluções humanas. Assim como o


nascimento físico depende de fatores fora do eu, na regeneração o eu é passivo,
ele recebe o Novo Nascimento (Jô 1:12-13).
O Novo Nascimento é a penetração da vida divina no ser humano. O
estado de pecado é um estado de morte, morte espiritual (Ef 2:1). O Novo
Nascimento opera uma nova vida no ser humano. Como se vê, o fenômeno é
inexplicável em seu alcance mais profundo. O próprio Nicodemos que era
príncipe, um sábio, e mestre em Jerusalém, não entenderam isso pela mera
exposição em palavras (João 3:4, 8, 9). Jesus insistiu na necessidade de
experimentar o novo Nascimento. Em matéria de religião, de vida espiritual, o
caminho para a compreensão é viver, experimentar primeiro para depois
entender. A mera especulação mental não penetra os mistérios espirituais.

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A doutrina do Novo Testamento é amplamente encontrada nas Escrituras


tanto no Novo, como no Antigo Testamento. É apresentada, às vezes, com
palavras diferentes, mas a verdade é a mesma: que o homem não pode mover a
si mesmo na direção do propósito de Deus; que como essa natureza total está
comprometida com a corrupção do pecado é-lhe impossível andar retamente no
caminho de Deus. É necessária uma mudança de natureza e é Deus quem nele
opera a transformação, tornando-o um novo ser em Cristo.
Há vários textos que merecem consideração e estudo para o
conhecimento da doutrina, mas o capítulo 3 do Evangelho de João é o que mais
longamente expõe o tema do Novo Nascimento. É o texto mais impressionante
de toda a Bíblia; nenhum crente o pode ignorar como fato, muito menos na sua
interpretação, pois a aplicação de seu eterno princípio de regeneração pela fé
depende à entrada de qualquer um no Reino dos Céus.

ANTES DE EXPOR A DOUTRINA PROPRIAMENTE, ESCLAREÇAMOS


ALGUMAS EXPRESSÕES USADAS NO TEXTO:
FARISEUS
Constituíam umas três principais seitas do Judaísmo e era a melhor, ou a
mais severa (Atos 26:5). Os Judeus foram combatidos por feroz perseguição de
Antíoco Epifanes, rei da Síria, depois da volta do Cativeiro Babilônico. Os mais
patriotas se organizaram em partido para resistirem à infiltração do Helenismo.
Isso em 175 – 164 a. C. Logo, os fariseus tiveram uma nobre origem:
visavam preservar a religião de Israel, as Escrituras Hebraicas, estimular o amor
pátrio, etc. Mas seu nome aparece só lá pelos anos 135-105 a. C. Os fariseus
criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, na existência do
espírito, nas recompensas e castigos na vida futura (céu e inferno). E nisso se
opunham aos saduceus que não aceitavam nem uma nem outra destas coisas
(Atos 23:6-6).
Mas em matéria de religião não basta ter conceitos teológicos corretos, é
preciso ter uma vida consentânea com aquilo que se crê.

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Enfatizaram em extremo as formas externas de religião tornando-se


legalistas. Chegaram a transformar a religião num montão de formalismos sem
vida. Opuseram-se ferrenhamente a Jesus. Foram duramente acusados por
João Batista e por Jesus. Apesar de tudo, tiveram em seu meio homens de
grande capacidade intelectual e social: tais como Gamaliel (At 5:34; 22:3); Saulo
de Tarso (Fp 3:5), que veio a se converter mais tarde (At 9:1 – 22), e a ser
chamado para o apostolado; Nicodemos (Jô 3:1), e outros de muito boa vontade
(At 5:34; Jô 7:50).
Os fariseus julgavam que por muito falarem seriam ouvidos em suas
orações (Mt 6:7).
NICODEMOS
Agostinho descreve-o como ―um dos crentes em quem Jesus não podia
confiar logo‖ (Jô 2:24). A tradição rabínica o descreve como um dos três homens
mais ricos de Jerusalém. Era de uma alta autoridade no Sinédrio, corpo
legislativo, judicial e executivo entre os judeus.
Aparentemente no início desta entrevista ele está convencido, mas não
convertido. Jesus repudia o regime religioso do indivíduo Nicodemos e de toda a
sua elite religiosa, e exige dele radical transformação, se quer entrar no Reino
dos Céus.
É mencionado três vezes no Evangelho de João. A primeira vez, visitando
Jesus de noite (Jô 3:1-15); a segunda, protestando contra a condenação de
Jesus sem o ouvirem. Nicodemos estava tão impressionado com as palavras de
Jesus que seu desejo era que seus colegas o ouvissem também (Jô 7:50-51); e
a terceira vez, trazendo especiarias para ungir o corpo de Jesus em seu
sepultamento (Jô 19:38-39).

DE NOITE
João 3:2, nos diz que Nicodemos ―foi ter com Jesus de noite‖. Por que de
noite? Por que temia o povo? Envergonhava-se de Jesus? Ou apenas procurava
uma entrevista mais longe do burburinho da multidão?

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Parece que o problema era mesmo um temor político e social. Não queria
prejudicar sua posição (Jô 3:10). O texto expõe, sem rodeios, o motivo ―por
medo dos judeus‖ (Jô 19:38 – 39), em relação a José de Arimatéia. E
Nicodemos? ―A sinceridade militava contra a timidez e a timidez contra a
sinceridade no coração de Nicodemos‖ (O. Boyer). Pelo menos mostrou
devoção a Jesus. Muitos que hoje censuram por ter procurado Jesus de noite,
têm outros preconceitos que os arrastam de Jesus de dia e de noite, vivem
longe d‘Ele. Afinal, foi Nicodemos que cuidou (juntamente com José de
Arimatéia), do corpo de Jesus e do seu sepultamento (Jô 19:38-39).
―Rabi, SABEMOS que és Mestre...‖ ―o verbo está no plural‖ ―sabemos‖.
Em nome de quem fala Nicodemos? Nicodemos fala por seu grupo. Era membro
do Sinédrio e delegado único dos chefes dos judeus para saber de suas
pretensões.
O magno tribunal já havia investigado oficialmente acerca de João Batista
(João 1:19-31) nunca fez isso com relação a Jesus. E Nicodemos se queixa
disso mais tarde (Jô 7:50), querendo que Jesus fosse ouvido em juízo. Ele
mesmo ficara impressionado com a pessoa e o ensino de Jesus de ter estado
com ele naquela noite memorável, posto que já estivesse anteriormente
deslumbrado com seus milagres.
REINO DE DEUS

Os Judeus esperavam e criam que seria assinalada a vinda do Reino


por manifestações de pompa e poderio político e militar. O Reino de Deus era a
época Messiânica. Jesus aqui proclama uma ordem espiritual invisível aos olhos
e aos sentidos. A regeneração é isso – o arrependimento para a remissão de
pecados e a renovação pelo Espírito Santo; e esta experiência dupla é
indispensável para a entrada no Reino dos Céus. O Reino dos Céus é o domínio
de Deus e de Cristo e do Espírito Santo sobre a vida do discípulo e da Igreja
(Lucas 17:20-21).
É a vontade de Deus se consumando. É chamado o ―Supremo Bem‖.
Não há nada melhor ou equivalente ao Reino de Deus na vida.

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NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO


Muitas são as interpretações que tem sido dada a estas palavras.
C. H. Wright, erudito anglicano, interpreta como sinônimas as
expressões. Assim, para ele, nascer da água e do Espírito é uma e a mesma
coisa. Jesus apenas enfatiza a necessidade de nascer de cima.

Outros evangélicos aceitam que a expressão toma o sinal (batismo) pelo


significado (arrependimento), assim, nascer da água seria ―nascer do
arrependimento‖.
Há quem interprete ―nascer da água‖, como o primeiro nascimento, pelo
aspecto impressionante do parto
Há os que fogem da idéia do Reino Espiritual e o identificam com as
Igrejas, e dão ao batismo o valor de entrar nas igrejas, admitem nisso
equivalência com entrar no Reino.

Além de uma outra mais generalizada, tanto quanto mais falsa idéia
sacramentalista que interpreta a expressão ―nascer da água‖, como uma
referência do Mestre ao batismo. É a idéia católica da Regeneração Batismal,
através do sacramento chamado batismo.

SEGUINDO TAYLOR, OPOMOS AS SEGUINTES REFUTAÇÕES:


Taylor não concorda que sejam sinônimas as expressões, embora
admitindo a probabilidade de que o fossem. E, contudo, pode-se optar pela
interpretação bastante inteligente do Dr. Wright, sem ferir qualquer doutrina
bíblica, sem cair no sacramentalismo anti-bíblico. Pode-se, pois admitir as duas
expressões ―nascer da água e do Espírito‖, apenas como repetição da idéia para
enfatizar a necessidade de uma transformação a operar por Deus. Neste caso
as duas são uma e a mesma coisa – nascer de novo, nascer de cima.
É arriscado supor que Nicodemos devesse entender como
arrependimento o nascer da água, ou como batismo ou qualquer forma de
nascimento, muito menos ligá-lo à idéia de entrar na igreja.

.
135
136

A IDÉIA SACRAMENTALISTA, QUE ADMITE O “NASCER DA ÁGUA”


COMO SENDO O BATISMO REQUISITO AO NOVO NASCIMENTO, É
CONTRADITÓRIA:
Quando afirma que o único batismo conhecido era o de João;
Que este era destituído da graça salvadora e do Espírito
regenerador;
Que o batismo cristão só começaria no dia de Pentecoste, de
conformidade com o Concílio de Trento.
É o mesmo que admitir que Jesus estivesse a afirmar algo mais ou menos
assim: Nicodemos, se você não nascer de novo não poderá entrar no Reino dos
Céus; entretanto, como você bem sabe isso é coisa absolutamente impossível
no presente, pois o batismo ainda não foi instituído. Mas nós sabemos que
Jesus tem melhor bom senso, do que o mero pregador.

Quando admite que o batismo é o meio pelo qual se opera


o Novo Nascimento. É ou não contraditório?
Além de tudo isso, a idéia sacramentalista entra em contradição com
todo o ensino claro das Escrituras sobre a doutrina bíblica do batismo, que não
tem o poder de operar a regeneração; o batismo não salva. É para ser
ministrado a pessoas que já tenham tido a experiência do Novo Nascimento.
A participação dos ritos sacramentais de qualquer igreja religiosa não
abre a porta a ninguém para entrar no Reino de Deus, mas só pelo
arrependimento e fé, caminhos bíblicos da regeneração. Pois, se fosse de outro
modo (pelo batismo), não seria razoável censurar Nicodemos por não entender
o ensino de Jesus. Sabemos, pois, que nascer da água, não é o mesmo que
batismo.
Mas, então, o que queria Jesus dizer com a expressão ―nascer da
água e do Espírito? Um dos fatores indispensáveis na regeneração do pecador
é a Palavra de Deus, o Evangelho. Vários textos ensinam isto: Jô 15:3; Ef 5:26;
Hb 4:12; 10:22; Tg 1:21; 1 Pe 1:22-23; etc. É doutrina bíblica inegável que o
Espírito Santo regenera pela Palavra.

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TAYLOR, DEPOIS DE LONGA ANÁLISE E MUITAS CITAÇÕES,


CONCLUI:

Essas considerações me levam a afirmar que aqui, como nas outras


passagens estudadas nas páginas do Evangelho de João, Jesus ensina um
Novo Nascimento com dois fatores sublimes: o poder purificador do Evangelho
de salvação pelo sangue de Jesus e a obra vitalizadora do Espírito Santo que
acompanha a pregação e opera no pecador ouvinte a graça e a Nova Vida.
Esta interpretação concorda com outros textos mais claros da Palavra
de Deus e justifica a circunstância de haver Jesus censurado a Nicodemos por
não haver entendido o Seu ensino. E Nicodemos era profundo conhecedor dos
textos vetero-testamentários, tais como Isaias 44:3; Ezequiel 36:25-26; etc.; que
tratam da regeneração como operação divina pelo Seu poder e pela Sua
palavra.
Água, simboliza pois, a purificação efetuada no crente pelo
Evangelho de Jesus, fator sublime na regeneração – Evangelho da purificação
operada no pecador pelo sangue remidor de Jesus.
Observe o versículo 6 do capítulo 3 do Evangelho de João: Todo o que é
nascido do Espírito é espírito. Não apenas o crente batizado. Todo o crente tem
a vida eterna, antes do seu batismo, quando crê. Haja vista o caso do ladrão
convertido à cruz, foi salvo sem batismo, quando lhe prometeu Jesus: Hoje
mesmo estarás comigo no Paraíso (Lucas 23:43). Não é possível, pois, que
Jesus estivesse falando de batismo como meio de Nascer de Novo.
EVIDÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO
Uma nova visão e compreensão espiritual
(2 Co 4:6; Ef 1:18; 1 Co 2:14)
O coração sofre uma revolução
(Ez 36:26; Ef 4:20-24)
Uma vontade transformada
(Ef 5:15-17)
Uma atitude diferente para com o pecado
(Rm 6:1-23)

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Uma disposição de obedecer a Deus


(1 Jo 2:6 )
Um coração habitado por Cristo
(Jô 14:23; Cl 1:27)
Uma vida separada do mundo
(Tg 4:4; 1 Jo 2:15-17)
Luz do Mundo
(Mt 5:14-16)
Sal da Terra
(Mt 5:13)
Bom Perfume
(2 Co 15:16 )
JUSTIFICAÇÃO
Por natureza, o homem não somente é filho do mal, mas é também um
transgressor e um criminoso (Rm 3:23; 5:6-10; Cl 1:21; Tt 3:3). Na regeneração,
o homem recebe uma nova vida e uma nova natureza; na justificação, uma nova
posição. A justificação pode ser definida como o ato de Deus pelo qual Ele
declara justo aquele que crê em Cristo. O Breve Catecismo afirma:
Justificação é um ato da livre graça de Deus, pelo qual ele perdoa todos
os nossos pecados e nos aceita como justos a seus olhos, somente pela justiça
de Cristo a nós imputada e recebida pela fé.

A JUSTIFICAÇÃO É UM ATO DECLARATIVO. NÃO É ALGO


OPERADO NO HOMEM, MAS SIM ALGO DECLARADO A RESPEITO DO
HOMEM.
A REMISSÃO DA PENA.
A pena para o pecado é a morte (Rm 5:12-14; 6:23). Se o homem for ser
salvo, esta pena terá que ser removida primeiro. Foi removida pela morte de
Cristo, e é na morte de Cristo, que sofreu o castigo de nossos pecados em Seu
próprio corpo no madeiro (1 Pe 2:24).

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A IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA.
Como justificação é acertar a pessoa com a Lei, precisamos observar,
como diz Strong, que ―a lei requer não simplesmente a ausência de ofensa
negativamente, mas toda maneira de obediência e semelhança a Deus
positivamente‖. Em outras palavras, o pecador precisa não apenas ser perdoado
por seus pecados passados, mas também receber uma justiça positiva antes de
poder ter comunhão com Deus. Esta necessidade é satisfeita na imputação da
justiça de Cristo ao crente.
Imputar é debitar a alguém (cf Sl 32:2; Rm 1:17; 1 Co 1:30; 2 Co 5:21;
Fm 18). Devemos observar que este não é o atributo de Deus, pois a nossa fé
nada tem a ver com ele; mas sim a justiça que Deus providenciou para aquele
que crê em Cristo. Assim, Deus nos restaura ao favor imputando-nos a justiça
de Cristo. Esta é a veste nupcial que está pronta para todo aquele que aceita o
convite para o banquete (Mt 22:11-12; Lc 15:22-24).

O MÉTODO DA JUSTIFICAÇÃO
Não é pelas obras da Lei – Rm 3:20; Gl 2:16. Os homens não são salvos
por fazerem o melhor que podem, mas são salvos por crerem naquele que fez o
melhor. A justificação pela Lei só acontece através do cumprimento total da
mesma!
(d) pela Graça de Deus – Rm 3:24; Tt 3:7.

(e) pelo Sangue de Cristo – Rm 5:9.

(f) pela Fé – Rm 3:26-30; 4:5-12; 5:1; Gl 3:8, 24.

ADOÇÃO
A doutrina da adoção é puramente paulina. Os outros autores do NT
associam as bênçãos que Paulo relaciona à adoção com as doutrinas da
regeneração e da justificação.

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A palavra grega traduzida como adoção (huiothesia), somente ocorre


cinco vezes nas Escrituras, e todas elas nos escritos de Paulo: Rm 8:15, 23; 9:4;
Gl 4:5; Ef 1:5. Uma vez é aplicado a Israel como nação (Rm 9:4); uma vez
relaciona a completa realização da adoção à vinda futura de Cristo (Rm 8:23); e
três vezes, declara ser ela um fato presente na vida do Cristão.
DEFINIÇÃO
Como a palavra grega (huiothesia) indica, adoção é literalmente colocar
na posição de filho. Scofield diz:
Adoção, ―colocar na posição de filho‖ não é tanto uma palavra de
relacionamento como de posição. A relação de filho do crente para com Deus
resulta do novo nascimento (Jô 1:12-13), ao passo que adoção é o ato de Deus
pelo qual aquele que já é filho, através de redenção da lei, é colocado na
posição de filho adulto (Gl 4:1 – 5). O Espírito que habita no crente o leva à
percepção disto em sua experiência presente (Gl 4:6); mas a plena
manifestação de sua filiação aguarda a ressurreição, transformação e
trasladação dos santos, e é chamada de ―redenção do corpo‖ (Rm 8:23; 1 Ts
4:14 – 17; Ef 1:4; 1 Jo 3:2).
Quer-nos parecer que Paulo considerava os crentes do AT como ―filhos‖
embora ―de menor idade‖; mas os crentes do NT ele considerava tanto como
―filhos‖ quanto ―filhos adultos‖. As principais vantagens da filiação, segundo
Paulo, são a libertação da Lei (Gl 4:3-5) e a posse do Espírito Santo, o Espírito
de Filiação (Gl 4:6). Resumindo: na regeneração, recebemos nova vida; na
justificação, uma nova reputação; na adoção, uma nova posição.

O TEMPO DA ADOÇÃO
A ADOÇÃO TEM UM RELACIONAMENTO TRÍPLICE DE TEMPO:
Nos conselhos de Deus, foi um ato do passado eterno (Ef 1:5). Antes
mesmo de começar a raça hebraica, sim antes da criação, Ele nos predestinou
para esta posição (cf Hb 11:39-40). Na experiência pessoal ela se torna
verdadeira para o crente na hora em que ele aceita a Jesus Cristo (Gl 3:26).

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Mas a percepção plena da filiação aguarda a vinda de Cristo. É naquela


hora que a adoção será plenamente consumida (Rm 8:23).

OS RESULTADOS DA ADOÇÃO
Talvez o primeiro dentre eles seja a libertação da lei (Rm 8:15; Gl 4:4-5).
O crente já não está debaixo de ―guardiões‖.
O penhor da herança, que é o Espírito Santo (Gl 4:6-7; Ef 1:11-14). O
Pai ajuda o filho adulto a começar com a investidura do Espírito. É o pagamento
inicial da herança total que ele receberá quando Cristo vier.
SANTIFICAÇÃO
SANTIDADE DE DEUS
A palavra hebraica para santo é quadash, derivada da raiz quad, que
significa ―cortar‖ ou ―separar‖. A idéia básica de santidade de Deus não é tanto
uma qualidade moral de Deus, mas, sim, a posição ou relação entre Deus e
alguma coisa ou pessoa. É dupla a idéia bíblica da santidade de Deus.
Ele é absolutamente distinto de todas as suas criaturas e exaltado sobre
elas em infinita majestade.
Há um aspecto especificamente ético, e isto significa que em virtude de
Sua santidade Deus não tem comunhão com o pecado (Jô 34:10; Hc 1:13; 1 Jo
1:5).

DEFINIÇÃO DE SANTIFICAÇÃO

SEPARAÇÃO PARA DEUS.

A separação para Deus pressupõe separação da impureza. Isto se


refere a coisas, lugares ou pessoas (2 Co 6:14 – 7:1).

IMPUTAÇÃO DE CRISTO COMO NOSSA SANTIDADE.


A imputação de Cristo como nossa santidade acompanha a imputação
de Cristo como nossa justiça. Ele se tornou justiça e santificação para nós (1 Co
1:30). Paulo diz que somos ―santificados em Cristo Jesus‖ (1 Co 1:2; At 26:18; Ef
5:26).

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Assim, o crente é reconhecido como santo bem como justo por


estar revestido com a santidade de Cristo.

Neste sentido, todos os crentes são chamados de santos sem


levar em consideração suas conquistas espirituais (Rm 1:7; 1 Co 1:2; Ef
1:1; Fp 1:1; Cl 1:1). É a conhecida ―santificação posicional‖.

PURIFICAÇÃO DO MAL MORAL.


Esta é a ―santificação progressiva‖. A pergunta do salmista é: ―de
que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?‖. Tem como
resposta, ―observando-o segundo a Tua Palavra‖ (Sl 119:9). É um
processo contínuo.

CONFORMIDADE COM A IMAGEM DE CRISTO.


A conformidade com a imagem de Cristo é o aspecto positivo da
santificação, assim como a purificação é o negativo, a separação e
imputação são o posicional. Alguns textos básicos para esta verdade são:
Rm 8:9; 2 Co 3:18; Gl 5:22-23; Fp 1:6; 3:10; 1 Jo 3:2). Claramente este é
um processo que se estende por toda a vida e que só será consumado
por completo quando estivermos com o Senhor.

OS MEIOS DE SANTIFICAÇÃO
―Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo‖ (Lv
19:2; 1 Pe 1:16). Evidentemente que estamos nos referindo à ―santificação
progressiva‖. O primeiro meio de santificação é a Palavra de Deus, ou
seja, a meditação e a obediência à mesma (Sl 119:9; Jô 15:3; 17:17; Ef
5:26; 2 Tm 3:16; 1 Pe 1:22 – 23). O segundo meio de santificação é a
prática da auto disciplina através de jejum, oração, meditação, estudos,
etc. (1 Co 9:27). E o terceiro meio seria por meio do poder do Espírito
Santo (Rm 8:13).

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PERSEVERANÇA
―Se compreendida corretamente, esta doutrina oferece muito
conforto; mas não deve-se abusar dela ou interpretá-la mal. As
Escrituras ensinam que todos aqueles que, mediante a fé, são
unidos a Cristo, que foram justificados pela graça de Deus e
regenerados por Seu Espírito, jamais cairão total ou finalmente do
estado de graça, mas certamente nele perseverarão até o final.
Isto não significa que jamais escorregarão, jamais pecarão; ou
que todo aquele que professa ser salvo, está salvo para a
eternidade. Simplesmente significa que eles jamais cairão totalmente
do estado da graça ao qual foram trazidos, nem deixarão de, no fim,
levantar-se de novo quando escorregarem.
A doutrina da segurança eterna só é aplicável àqueles que
tiveram uma experiência vital de salvação‖ (Henry Clarence
Thiessen, Palestras em Teologia Sistemática).

POSIÇÕES FAVORÁVEIS À DOUTRINA


O Propósito de Deus
(Is 14:24; Rm 8:35 – 39)

A Mediação de Cristo
(Hb 7:25)

A contínua capacidade de Deus de nos guardar


(Fp 1:6; 2 Tm 1:12; Jd 24)

A natureza da mudança no crente


(2 Co 5:15)

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POSIÇÕES CONTRÁRIAS À DOUTRINA


Introduz à Frouxidão e Indolência
Rouba a Liberdade do Homem
As Escrituras ensinam o contrário (Jô 15:1 – 6; Mt 24:13; Hb 6:4
– 6)
Não pretendemos que esta seja uma conclusão completa sobre
o assunto.
Entretanto, o que queremos é ressaltar alguns fatos:
As Escrituras mostram que a união do crente com Cristo é
expressa de diversas formas: (a) a união entre o edifício e seu
fundamento (Ef 2:20 – 22; Cl 2:27; 1 Pe 2:4 – 5); (b) a união entre
marido e mulher (Rm 7:4; Ef 5:31 – 32; Ap 19:7 – 9); (c) a união entre o
Pastor e as ovelhas (Jô 10:27 – 28); (d) a união entre a videira e seus
ramos (Jô 15:1 – 6); (e) a união entre a cabeça e o corpo (1 Co 12:12;
Ef 1:22 – 23).
Nosso relacionamento com Cristo é também descrito em termos
de ―Aliança‖ (cf Mt 26:28; 1 Co 11:25). Aliança, é ―um pacto ou contrato
entre duas partes, que as obriga mutuamente a assumir compromissos
cada uma em prol da outra. Teologicamente denota um compromisso
gracioso da parte de Deus no sentido de beneficiar e abençoar o
homem e, especificamente, aqueles homens que, pela fé, recebem as
promessas e se obrigam a cumprir os deveres envolvidos neste
compromisso‖ (Enciclopédia Histórico-Teológica). O que é um crente?
A palavra grega (pistos) para ―crente‖ é a mesma para ―fiel‖.

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O PROBLEMA DA APOSTASIA
Hebreus 6:4 – 8 é a passagem mais difícil da carta, e tem dado
espaço para muita polêmica através dos séculos. Contudo, é bom lembrar
que o propósito das Escrituras não é confundir a mente de ninguém, e sim
iluminar, esclarecer (cf Sl 119:105; Jô 1:4; 8:12).
Para aqueles que acreditam na possibilidade de apostasia pessoal,
Hebreus 6:4-8 é obviamente uma das passagens mais importantes. É tão
importante como Hebreus 10:26 – 31 e 2 Pedro 2:20 – 22; isto sem
mencionar outras passagens significantes que providenciam a base para o
ensino deste assunto.
Cremos que uma série de perguntas devem ser levantadas para que
possamos entender melhor este parágrafo (Hb 6:4 – 8).
Qual é o tema de Hebreus? Já sabemos que a superioridade do
evangelho de Cristo é um tema relevante em Hebreus. Mas, se observarmos
bem, verificaremos que há várias advertências dentro desta carta, que
estimulam os leitores a firmarem-se na fé (eg 2:1; 3:6, 12, 14; 4:14; 6:12;
10:23, 26-31, 35-39). Portanto, a pergunta: qual a razão de ser de todas
essas advertências? Por que avisar alguém de um perigo se é impossível
que ele seja ferido por este?
Hebreus 6:4 – 5 descreve a verdadeira experiência de salvação?
A resposta só poderá ser dada mediante uma séria exegese do referido
texto.
A Bíblia Viva diz: ―Quando a terra de um lavrador recebeu muitas
chuvas e surgiram boas colheitas, aquela terra obteve a bênção de Deus
sobre ela. Porém se continuar dando safras de ervas daninhas e espinhos,
essa terra é considerada imprestável, e está pronta para ser condenada e
queimada‖.
Conclusão: Nossa rebeldia (apostasia) pode mudar a história da
nossa salvação.

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A DOUTRINA DA IGREJA - A DOUTRINA DAS


ÚLTIMAS COISAS - ESCATOLOGIA
A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE JERUSALÉM

A reconstrução do templo de Jerusalém já é debatida pelas autoridades


de Israel. Donativos já estão chegando para isso. O parlamento de Israel já se
ocupa do assunto. Essa construção pode ser muito rápida devido às
moderníssimas técnicas empregadas em construção. Quando na guerra de
1967, Israel retomou a parte antiga de Jerusalém, que encerra o remanescente
das muralhas do templo, um idoso historiador judeu (citado pela revista TIME),
disse: ―Agora chegamos ao mesmo ponto em que Davi chegou quando
conquistou Jerusalém. Da conquista de Jerusalém por Davi, até o momento em
que Salomão construiu o templo, houve apenas uma geração. Assim será
também Conosco‖.

O templo em consideração aqui é o da Tribulação (2 Ts 2.4; Mt


24.15), que será destruído naqueles mesmos dias. O profeta Zacarias diz
que ―a cidade será tomada‖. Apocalipse 11.1,2 também fala da destruição
desse templo. A passagem em apreço fala de medição do sentido de
destruição. E também o caso de Salmo 60.6 e Lamentações 2.8. A
destruição deste templo poderá ser causada também por terremoto, como
os mencionados em Apocalipse 11.13 e 16.18,19. O retorno total dos
judeus à sua terra, dar-se-á por ocasião da revelação de Cristo para o
estabelecimento do Milênio - um reino teocrático proeminentimente
judaico (Mt 24.3 1; Is 11.11,12).

PREDOMINÂNCIA DE UMA CONFEDERAÇÃO DE NAÇÕES


No dia 23 de maio de 1957, foi assinado um tratado em Roma, o
qual, sem dúvida, foi o primeiro passo do cumprimento de uma antiga
profecia de Daniel sobre a existência de urna confederação de nações,
como única forma de expressão do poder gentílico mundial. A profecia
está no capítulo 2, e se repete no capítulo 7 de Daniel. No Apocalipse, ela
é vista à partir do capítulo 13. fundamental do tratado é a unificação da
Europa mediante a formação dos Estados Unidos da Europa. Os seis
países membros fundadores foram: Itália, França, Alemanha Ocidental,
Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Novos membros foram admitidos mais
tarde. O dito tratado teve vigência a partir de 1º de abril de 1958.

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SIGNIFICADO PROFÉTICO DESTA CONFEDERAÇÃO DE


NAÇÕES.

Esta coalização de nações a ser formada, segundo a profecia,


na área geográfica do antigo Império Romano, está predita em
Daniel 2.33,41-44; 7.7,8,24,25; Apocalipse 13.3,7; 17.12,13. Não se
trata de uma restauração literal e total do antigo Império Romano, tal
como ele existiu, mas uma forma de expressão final dele, pois,
conforme a palavra profética em Daniel 2.34, a pedra feriu a estátua,
nos pés não nas pernas. As duas pernas representam o Império
Romano dividido em dois, fato que teve lugar em 395 d.C. O império
ocidental, com sede em Roma e, o oriental, com sede em
Constantinopla. Foi nessa condição que ele deixou de existir como
duas pernas. O império ocidental caiu em 476, e o oriental, em 1453
d.C.

A profecia bíblica destaca: ―as pernas de ferro, os pés em


parte de ferro, em parte de barro‖ (Dn 2.3 3). O Império Romano sob
a forma das duas pernas, da profecia, já ocorreu, mas sob a forma
de dez dedos dos pés (artelhos), nunca existiu. Portanto, está claro
que Daniel 2.41-44 ainda não se cumpriu. Não é o caso dos
versículos 3 2-40 que já pertencem à história. Basta ler os versículos
40 e 41 para notar que, entre estes dois, há um hiato de tempo.

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DESTRUIÇÃO DA NAÇÃO DO “NORTE” E SEUS SATÉLITES.

O aluno deverá, ao iniciar a leitura deste Texto, ler por inteiro os


capítulos 38 e 39 de Ezequiel e o capítulo 2 de Joel. Temos nessas profecias a
descrição da invasão de Israel por uma nação do ―Norte‖, nos dias finais da era
atual. Ver as expressões ―no fim dos anos‖, e ―nos últimos dias‖, em Ezequiel
38.8,16.

A INTERVENÇÃO DIVINA
O invasor e seus aliados serão totalmente derrotados e arruinados no
próprio território de Israel, por intervenção divina direta. Nos montes de Israel
cairás, tu e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; a toda espécie
de aves de rapina e aos animais do campo eu te darei, para que te devorem.
Cairás em campo aberto, porque eu falei, diz o Senhor Deus. (Ez 39.4,5). Deus
intervirá porque Israel é o Seu povo e Sua possessão. Em Ezequiel 38.16, Deus
chama Israel de ―o meu povo‖, e ―a minha terra‖. Isto é altamente significativo e
deveria servir de aviso a todos aqueles que se levantam contra Israel. Deus
afirmou a Abraão no passado:
Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no
decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e Dá tua
descendência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações,
toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus. (Gn.
17.7,8).
Esta nação, de que trata as profecias já mencionadas, deverá, na época
da invasão em apreço, ser muito poderosa belicamente, sabendo que a nação
de Israel, desde há muito é líder reconhecida em matéria de estratégia de
ataque e defesa. Nesse tempo Israel deve estar muito mais consolidada e
fortalecida como nação, do que atualmente, e certamente possuindo maior
território do que o atual (conforme Ez 3 8.8). Alguns estudantes da Bíblia julgam
ser Gogue e Magogue símbolos dos poderes do mal contra o povo de Deus nos
últimos dias, mas nesses capítulos de Ezequiel (38 e 39) vemos tratar-se
claramente de povos e nações reais.

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Também em Gênesis 10.2 onde temos o rol das nações troncos


originaram os demais povos, e também em 1 Crônicas 1.5, vemos que
trata-se de povos reais e não simples símbolos do mal. O fatos importante
nesses dois capítulos de Ezequiel é que Deus assegura que estará ao
lado de Israel e intervirá sobrenaturalmente, abatendo esses inimigos do
Seu povo: Gogue, o líder que intenta destruir Israel, juntamente com a
coalizão de nações sob sua liderança. Duas vezes Deus afirma na citada
profecia: Eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e Tubal.
(Ez 38.3; 39.1).

Os países atuais que situam-se ao norte geográfico de Israel são


os que compõem a CEI (Comunidade dos Estados Independentes), a ex-
União Soviética. Esse bloco de nações adotavam o comunismo ateu até
recentemente como sistema político de governo, e ainda relutam nesse
sentido. Metamorfoses políticas em grande escala vêm ocorrendo naquela
parte do mundo, como é o caso da já citada CEI e também da UE (União
Européia), antes conhecida como MCE (Mercado Comum Europeu).

GOGUE INVADIRÁ ISRAEL


O estudo meticuloso das profecias mencionadas no início deste
Texto, mostra que Gogue - a nação ou bloco de nações do norte da Terra,
em relação à Israel, invadirá esse pais nos últimos dias. A Bíblia localiza
Gogue ao norte de Israel (Ez 38.6,1 5; 39.2; Jl 2.20). Essa poderosa
nação do norte será ajudada nessa invasão por nações européias,
asiáticas e africanas. Veja a lista completa desses atacantes: Magogue,
Meseque, Tubal (Ez 3 8.2,3). Persas, etíopes, Pute, Gômer, Togarma, e
muitos povos (Ez 38.5,6). Líbios (Dn 11.43).

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Pelo estudo dos capítulos 38 e 39 de Ezequiel, e 10 de Gênesis, vemos


que muitos nomes geográficos estão hoje modificados devido a evolução das
línguas e os problemas de tradução e transliteração. O estudo comparativo da
etnologia antiga e moderna dessas regiões, facilitará a identificação das
mesmas:
Gogue. Magogue. Meseque. Tubal (Ez 3 8.2,3). No versículo 2, a
Tradução Brasileira, emprega a expressão príncipe de Rós, sendo Rôs uma
transliteração direta do hebraico, que muitos pensam significar Rússia, neste
contexto da profecia de Ezequiel. As versões de Almeida Atualizada e Corrigida,
empregam a expressão ―príncipe e chefe‖.
Gogue, o próprio texto bíblico explica que se trata do governante de
Meseque e Tubal, da terra de Magogue.
Magogue. Meseque, Tubal. Regiões primitivas ocupadas pelos citas e
tártaros, grandes remos do passado, correspondendo hoje à moderna CEI
(Comunidade dos Estados Independentes). Josefo declara que Magogue ocupa
a região das citas e tártaros (Josefo, Vol.1.6.1). Meseque converteu-se
graficamente em Tubal é o moderno nome de Tobolsk, uma das principais
cidades russas.
Gômer, Togarma (Ez 38.6). Gômer veio a Germânia e modernamente a
Alemanha, corresponde a Armênia e Turquia.
Persas, etíopes. Pute (Ez 3 8.5). A Pérsia tem o moderno nome Ira. Ela
adotou este nome em 1935. Em 1932 ela firmou um acordo com Moscou, que
em caso de guerra as forças da Rússia terão permissão de cruzar seu território
para atacar a Mesopotâmia. Segundo esta profecia de Ezequiel 3 8.5, o Irá
tornar-se-á comunista ou pró-comunista. A Etiópia moderna é fácil localizar pelo
seu outro nome: Abissínia. A Etiópia original ficava na bacia dos rios Tigre e
Eufrates (Gn 2.14). Daí seus habitantes emigraram para a África e fundaram o
extenso reino da Etiópia, do qual hoje a Abissinia é uma pequena fração. Etiópia
é palavra grega; em hebraico é Cuxe ou Cush. Os etíopes originaram muitos
povos africanos. Pute é a atual Líbia, vizinha do Egito.

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A Pute primitiva era uma região muito mais extensa. Esses dois últimos
povos (líbios e etíopes) são também mencionados na profecia de Daniel 11.43,
pertinente ao assunto em pauta.

MOTIVOS DA INVASÃO DE ISRAEL POR GOGUE


Os motivos da invasão de Israel por Gogue serão principalmente dois:
as riquezas de Israel, inclusive as do Mar Morto (Ez 38.11,12), e a posição
estratégica que Israel ocupa. ―Assim diz o Senhor Deus: Esta é Jerusalém; pu-la
no meio das nações e terras que estão ao redor dela.‖ (Ez 5.5).
Gogue será derrotado no próprio país de Israel (Ez 39.4,5). Será uma
sobrenatural intervenção divina (Ez 38.1 9,20). Haverá também rebelião entre as
próprias tropas atacantes (Ez 38.2 1). Tremendos flagelos sobrenaturais
atingirão em cheio o inimigo (Ez 3 8.22). O morticínio será incalculável (Ez 39.1
2).
Muitos confundem esta guerra de Gogue e seus aliados contra Israel,
com a Batalha de Armagedom, de que tratamos noutra Lição. Há muita
diferença entre os dois conflitos. O ataque de Gogue contra Israel começará no
início da 70ª semana de Daniel 9.27, isto é, no início da Grande Tribulação (ou
um pouco antes). Já o Armagedom ocorrerá no final da semana. Na invasão de
Israel por Gogue, apenas um grupo de nações participará; já no Armagedom
participarão todas as nações (Ap 16.14; 19.19; JL 3.2; Zc 12.3b; 14.2-4,9).
Na época da invasão de Israel por Gogue, o bloco de dez nações, na
área do antigo Império Romano, já está formado, e o Anticristo em evidência,
ocultando sua verdadeira identidade e propósito.
A queda total e irrecuperável de Gogue e seus aliados, originará um
tremendo vazio e desequilíbrio na liderança do poder político e bélico mundial. O
vazio deixado pela queda de Gogue deixará o caminho aberto para o surgimento
imediato do Anticristo no cenário mundial, como líder e salvador da crítica
situação mundial.

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OS 144.000 JUDEUS SALVOS DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO

Esta obra começará nesse tempo. Serão selados por anjos de Deus.
Esse selo, refere-se certamente ao que está descrito em Apocalipse 14.1, isto é,
os 144.000 são representantes das tribos. Certamente dentre eles sairão os
missionários que levarão ao mundo a Palavra de Deus, conforme afirma a
profecia de Isaias 66.1 9. Eles substituirão a Igreja na obra de testemunhar de
Deus. Deus nunca ficou sem testemunho, nem mesmo durante a apostasia de
Israel (1 Rs 19.19; Rrn 11.5). A mensagem que eles pregarão não é o
Evangelho que conhecemos, mas o chamado evangelho do reino (Mt 24.14), o
qual anuncia a iminente volta do Salvador à Terra e o julgamento das nações
impenitentes. Esse Evangelho foi anunciado por João Batista (Mt 3.2), por Jesus
(Mt 4.23), e pelos doze apóstolos (Mt 10.7); mas, como os judeus rejeitaram o
Rei, o Evangelho passou a ser anunciado a todas as nações (Mt 28.19).

A GRANDE TRIBULAÇÃO

O TIPO DE PAZ QUE A TERRA GOZARÁ NESSA ÉPOCA

As passagens bíblicas supracitadas e outras semelhantes, falam da paz


e prosperidade que a Terra experimentará no princípio do governo centralizado
da Besta. Daniel 11.36 diz que o seu governo será próspero. Ela convencerá o
mundo de que está raiando a era da paz e do progresso com que a humanidade
sonhava. A política, a religião, a economia, e a ciência, serão suas metas
principais. A ciência atingirá um ponto nunca alcançado. Todo esse progresso
será falso, porque será superficial e durará pouco. Logo depois, a Besta revelará
seu verdadeiro caráter maligno, ao mesmo tempo em que os juízos
desencadeados do Céu, sob os selos, as trombetas e as taças registrados nos
capítulos 6 a 18 de Apocalipse, porão tudo a descoberto, mostrando que as
multidões foram completamente iludidas.

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O NÚMERO DA BESTA: 666


A Besta terá um nome, no momento desconhecido. O número
resultante desse nome será 666 (Ap 13.17,18).
Três coisas a Bíblia diz sobre a Besta: seu nome, número e
marca. No momento, só o seu número nos é revelado: 666. A pessoa e
o nome serão revelados após o arrebatamento da Igreja (2 Ts 2.7,8).
Portanto, os que estão aguardando o arrebatamento da Igreja, não
necessitam saber disso agora; os que aqui ficarem saberão ... O
número repartido três vezes no nome da Besta, fala da suprema
exaltação do homem, cujo número na numerologia bíblica é 6. As três
vezes, pode significar o homem exaltando-se a si mesmo como se
fosse Deus, como está dito em 2 Tessalonicenses 2.4. O número do
Deus trino é 3.
Quanto a Besta ter número, convém notar que as nações mais
adiantadas projetam pôr em prática um sistema de números
permanentes para todos os cidadãos, a partir do nascimento ou da
naturalização, visando o controle total da população. Os computadores
já estão fazendo isso, controlando animais e mercadorias. Entramos na
era em que tudo será controlado à base de números. Em todos os
países já há muita coisa controlada à base de números permanentes.

ASSIM SERÁ A GRANDE TRIBULAÇÃO


A palavra tribulação significa literalmente comprimir com força,
como se faz com as uvas no lagar, ou com a cana de açúcar na
moenda. A tribulação aqui tratada, abrange o período da ascendência e
governo do Anticristo. O termo tribulum, da latim, também leva ao
mesmo sentido.

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DURAÇÃO DA GRANDE TRIBULAÇÃO

A Grande Tribulação abrangerá um período de sete anos, dos


quais os piores serão os últimos três anos e meio. Quanto a esse
período, diz a Escritura:

Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do


Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe
serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade
dum tempo. (Dn 7.25).

Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias


e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em
blasfêmias contra Deus> para lhe difamar o nome e difamar o
tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. (Ap 13.5,6).

O sofrimento nesse tempo será de tal monta que, se durasse


mais tempo ninguém escaparia com vida. Porque nesse tempo
haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até
agora não tem havido, e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles
dias sido abreviados, e ninguém seria salvo, mas, por causa dos
escolhidos tais dias serão abreviados. (Mt 24.21,22).

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A PIOR FASE DA GRANDE TRIBULAÇÃO


A primeira menção bíblica da tribulação está em Deuteronômio
4.30: Quando estiveres em angústia, e todas estas cousas te sobrevierem
nos últimos dias, e te voltares para o Senhor teu Deus, e lhe atenderes a
voz. Outras passagens que podem ser lidas agora, são: Dt 31.29; Is 13.9-
13; 34.8; Ez 20.33-37; Jr 30.5,11; Dn 12.1; JJ 1.15. Como já dissemos, a
pior fase da Grande Tribulação, será quando o Anticristo romper sua
aliança feita com os judeus, e começar a persegui-los. Tal fato ocorrerá
quando ele exigir adoração e os judeus recusarem oferecê-la. Os santos
perseguidos pela Besta, referidos em Daniel 7.2 1,25 e Apocalipse 13.7,
são, em primeiro plano.
Ao romper sua aliança com os judeus, o Anticristo romperá
também com a igreja apóstata, da qual ele recebeu apoio enquanto
necessitou da sua influência para galgar o poder, e a destruirá (Ap 17.16).
Ele destruirá a igreja falsa para implantar a nova forma de adoração dele
mesmo.
Apesar de a Grande Tribulação visar em primeiro lugar os judeus,
o mundo todo sofrerá os seus efeitos Jr 25.29-32; Ap 13.7,8). Deus
entrará em juízo com o Seu antigo povo, para expurgá-lo e levá-lo ao
arrependimento e conversão (Ez 20.33-39; Jr 30.7; Zc 14.2a; 13.8,9 12.9;
Rm 11.26,27; Mt 23.39).
A descrição mais detalhada e completa que temos da Grande
Tribulação é a que se encontra em Apocalipse, capítulos 6 a 18. Os
capítulos 6 a 9 abrangem a primeira parte, chamada Tribulação. Os
capítulos 10 a 18 abrangem a segunda parte, denominada Grande
Tribulação. Esta última parte é referida em Apocalipse e Daniel como
quarenta e dois meses, um tempo, dois tempos e

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metade de um tempo e mil duzentos e sessenta dias (Ap


11.2,3; 12.6,7,14; 13.5; Dn 7.25).

É nesse tempo de justiça divina que as sete piores pragas,


sob as taças de juízo, serão derramadas na Terra, como vemos em
Apocalipse, capítulos 15 e 16. Nesse tempo, as forças da natureza
que operam nos Céus entrarão em convulsão (Mt 24.29; Jl 2.20). É
interessante notar em Apocalipse, a partir do capítulo 6, quantas
vezes os Céus são mencionados como palco de tremendos eventos.
Em Isaias 13.11, Deus afirma: Castigarei o mundo por sua
maldade, e os perversos por causa da sua iniqüidade; farei cessar a
arrogância dos atrevidos> e abaterei a soberba dos violentos.
Talvez porque nesse tempo de apostasia, o povo não crerá no
Inferno (como milhões fazem hoje), haverá nesse mesmo tempo uma
amostra do Inferno para eles, durante cinco meses. Apocalipse 9.1-6
dá conta disso.

HAVERA SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE


TRIBULAÇÃO?
Muitos perguntam: Haverá salvação durante a Grande
Tribulação? Quase nada, vez que se com o selo e presença do
Espírito Santo o índice é mínimo, quanto mais sem a presença d‘Ele.
Uma única passagem como a de Apocalipse 7.14 bastaria para isso.
Respondi-lhe: meu Senhor tu o sabes. Ele, então, me disse: São
estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e
as alvejaram no sangue do Cordeiro. A melhor tradução deste texto é
a de Almeida Revista e Atualizada.

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Agora, uma coisa é certa: as condições espirituais prevalecentes durante a


Tribulação, não serão favoráveis como hoje. Tremendas trevas espirituais
envolverão o mundo. Haverá também oposição sem paralelo. Não poderá ser de
outra maneira, pois trata-se do reino do Anticristo. Poderá então haver, sim, salvos,
especialmente judeus, mas ficarão aqui para o milênio e depois a nova terra, se não
forem devorados por juízo de fogo na 4ª guerra mundial.
AS DUAS TESTEMUNHAS (AP 11)

Durante os negros dias da Tribulação haverá duas testemunhas especiais


da verdade divina, profetizando aqui na Terra (Ap 11.3-12). Esses dois homens
serão intocáveis até que cumpram a sua missão (Ap 11.7). Ambos serão mortos
pela Besta. Comparando-se Zacarias 4.11-14 com Apocalipse 11.4, vê-se que
essas duas testemunhas estão agora no Céu. Podem ser Enoque e Elias, do Antigo
Testamento. Ambos não passaram pela morte (Gn 5.24 e 2 Rs 2.11). Moisés não
pode ser um deles, pois morreu (Dt 34.5,6). E, aos homens está ordenado
morrerem apenas uma vez (Hb 9.27); ao passo que essas testemunhas ainda
morrerão aqui.
O fato não é relevante para a Igreja do Senhor, uma vez que quando essas
duas testemunhas atuarem aqui, a Igreja já estará com Cristo na glória. Certamente
a permanência de Enoque e Elias no Céu (se são eles), em corpos físicos, são
casos especiais. As palavras Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá
desceu, a saber o Filho do homem, de João 3.13, têm sentido diferente daquele que
geralmente se pensa. Significam subir ao Céu por seu próprio poder.
O MILÊNIO EM RELAÇÃO À IGREJA
No Milênio a Igreja estará glorificada com Cristo. Ela é o Seu povo
especial, como povo espiritual. O qual se deu a si mesmo por nós, para nos
remir de toda a iniqüidade e purificar para si um povo especial, zeloso de boas
obras. (Tt 2.14 - ARC). Já Israel é um povo especial de Deus, para uma missão
terrena. Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te
escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há
sobre a terra. (Dt 7.6).

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A IGREJA ESTARÁ GLORIFICADA NO MILÊNIO


A Igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém Celeste
(Cl 3.4; 1 Pe 5.1; Rm 8.17,18). Vemos assim, mais uma vez, que o
Milênio será uma época de manifestação da glória de Deus: glória da
Jerusalém celeste, glória no templo milenial, e glória na Igreja. Essa
glória divina, o homem perdeu ao cair (Rm 3.23), mas com o advento
de Jesus em Belém, ela começou a ser-lhe restaurada (Lc 2.9,14).

Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será


solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro
cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja.
O número dessas é como a areia do mar (Ap 20.7,8).

QUEM É GOGUE E MAGOGUE, EM APOCALIPSE 20.8?


Gogue e Magogue, em Apocalipse 20.8, são as nações
rebeladas contra Deus, instigadas por Satanás, e conduzindo um
furioso ataque contra os Santos.

POR QUE SATANÁS SERA SOLTO


Após mil anos de paz, justiça e prosperidade para todos, sem
o Tentador, este volta às suas atividades malignas.
O porquê dessa soltura momentânea vejamos algo do por que
disso; dessa liberdade tão curta de Satanás:
Provar os que nasceram durante o Milênio. Lembremo-nos
de que nem Jesus foi isento de tentação.

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Revelar que o coração humano não convertido,


permanece inalterado, mesmo sob o reino pessoal do Filho de Deus.
Hoje em dia o homem culpa o diabo por suas maldades, infortúnios,
transgressões e quedas. Durante o Milênio não haverá diabo
nenhum para tentar, mas ver-se-á que os mil anos de bênçãos
inigualáveis sob Cristo, não transformará o homem. O problema não
é de ambiente; é de coração.

Demonstrar que Satanás é totalmente incorrigível. Veja


que após passar mil anos na prisão, Satanás é o mesmo de sempre.
Será essa uma revolta mundial. Aqueles que atualmente
gostam de revoltas e de promovê-las, assim como contendas,
divisões, rebeliões, saibam que tudo isso procede do Inferno. Essa
última revolta de Satanás será imediatamente neutralizada e os
revoltosos, exterminados (Ap 20.9).

Demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza


humana, e que o homem por si mesmo jamais se salvará, mesmo
sob as melhores condições. O homem falhou antes, sob todas as
condições favoráveis possíveis; sob a Lei e a Graça, e, agora sob as
condições gloriosas do Milênio. Esse fracasso final do homem é uma
explicação de Tiago 1.14, onde vemos que o mal é residente,
imanente em nós. Somos pecadores por natureza. A inclinação para
pecar é imanente no homem, desde que nasce (Sl 58.3; 51.5). Só o
sangue de Jesus Cristo pode purificar-nos de todo pecado (1 Jo 1.7).

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O JULGAMENTO DOS ANJOS CAÍDOS


É consentâneo crer que os anjos decaídos, tanto os livres que
trabalham agora para Satanás, como os aprisionados ... para o juízo
do grande Dia... (Jd v. 6) e ainda os demônios, serão julgados
juntamente, com o diabo, a quem eles acompanharam, obedeceram
e serviram (Ap 20.10; 2 Pe 2.4; Jd v. 6; Lc 8.3 1; Mt 8.29).
A Igreja certamente estará associada neste juízo, pois travou
renhido combate contra o diabo e suas hostes. E, pois justo que a
Igreja os julgue também. Não sabeis que havemos de julgar os
próprios anjos?... (1 Co 6.3). Este evento marcará o ponto final da
libertação de ação do diabo, dos anjos decaídos e dos demônios. É o
final da sua carreira maligna (Mt 25.41).

O JUÍZO FINAL
Nessa ocasião os ímpios falecidos, de todas as épocas,
ressuscitarão com seus corpos literais e imortais, porém carregados
de pecado (Ap 20.1 1-15; Mt 10.28). Esse julgamento será para
aplicação de sentenças, pois o pecador já está condenado desde
quando não crê no Filho de Deus como seu Salvador. João 3.18, diz:
Quem nele crê não é julgado; o que não crê á está julgado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
O GRANDE TRONO BRANCO
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de
cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para
eles.
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em
pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro
da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas
obras, conforme o que se achava escrito nos livros.

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(Ap 20.1 1,12). 1. De cuja presença fugiram a terra e o


céu At 20.11). Assim como o sol, ao nascer, ofusca a lua e
as estrelas, e estes parecem recuar para o infinito, e não
podem ser vistos devido a superior claridade do sol, o
mesmo ocorrerá com a Terra e o Céu quando o Filho de
Deus se manifestar na Sua excelsa glória para julgar os
mortos. É a glória que eles (os mortos) se privaram de
participar quando em vida escolheram viver no pecado. No
Juízo das Nações, que ocorreu antes do Milênio, Jesus fez
o mesmo ante os vivos, aparecendo cheio de glória e
majestade (Mt 24.30; 25.31). 2. Os mortos, os grandes e os
pequenos, postos em pé diante do trono (Ap 20.12).
Grandes e pequenos aí, têm a ver com importância,
posição, prestígio, influência, e não com tamanho ou idade.
Veja à luz do original os seguintes contextos: Ap 11.18;
13.16; 19.5,18; Mt 10.42; At 8.10; 26.22.
O JULGAMENTO E OS LIVROS NO CÉU
.. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da
Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as
suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
(Ap 20.12).

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QUARTO MÓDULO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ANTIGO
TESTAMENTO
INTRODUÇÃO

O Cristianismo, desde o seu início, focalizou principalmente a pessoa de


Cristo, antes que os seus ensinos. Essa pessoa sempre ocupou o primeiro plano, o
que muito natural, especialmente nas epístolas do apóstolo Paulo, onde se
encontram doutrinas tão maravilhosas acerca da pessoa de Cristo. Isto, porém, em
nada pode diminuir a grandeza do corpo de doutrinas que Cristo mesmo ensinou.
Este exame ligeiro das idéias que constituem o mundo intelectual e religioso em que
Jesus esteve, mostraram quão ingrata era a terra em que Ele havia de lançar as
sementes do verdadeiro Reino de Deus. Não é de admirar, pois, o não ser
compreendidas pelo povo.
DEFINIÇÃO - Teologia do Novo Testamento é o ramo das disciplinas
cristãs que seguem determinados temas através de todos os autores do NT, e que
depois funde esses quadros individuais num só conjunto abrangente. Estuda,
portanto, a revelação progressiva de Deus em termos da situação vivencial na
ocasião da escrita, e depois delineia o fio subjacente que une todos os dados.
A HISTÓRIA DA TEOLOGIA NO NOVO TESTAMENTO
Analisaremos o processo progressivo da Teologia do NT, no transcorrer da
história.
A IDADE MÉDIA
Durante a Idade Média, o estudo bíblico esteve completamente subordinado
ao dogma eclesiástico. A teologia Bíblica foi usada apenas para reforçar os ensinos
dogmáticos da Igreja, os quais eram fundamentados na Bíblia e na tradição da
Igreja. A Bíblia era interpretada pela tradição histórica e a Igreja a considerava como
fonte da teologia dogmática.

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163

A REFORMA.
Os reformadores reagiram contra o caráter não Bíblico
da teologia dogmática e insistiram em que a teologia deve
estar fundamentada apenas na Bíblia. Berkhof1 diz que o
lema dos reformadores era: "A Igreja não determina o que
as Escrituras ensinam, mas as Escrituras determinam o que
a Igreja deve ensinar". O princípio fundamental era:
"Scriptura Scripturae interpres, isto é, a Escritura é intérprete
da Escritura".2

O ENSINO DE JESUS SEGUNDO OS EVAGELHOS


SINÓTICOS
A ATITUDE DE JESUS PARA COM O JUDAÍSMO
Considerando porém, que havia no judaísmo duas
correntes bem diversas, e que a grande maioria do povo
acompanhava uma dessas correntes, a qual se ia desviando
cada vez mais do eterno propósito de Deus.
Já foi observado que Cristo baseou os seus ensinos
no Antigo Testamento. Ele veio, não para principiar uma
coisa nova, mas para continuar uma obra já bem adiantada.
Cristo não trouxe o propósito de introduzir uma religião
nova;
3.
Louis BERKHOF. Princípios de Interpretação Bíblica.
Ed. Cultura Cristã. 2000., p. 24.
4.
Idem.

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A RELIGIÃO JUDAICA ERA PROVISÓRIA E


PREPARATÓRIA
Na sua grande obra de salvação Deus sempre adaptou a
sua ação às condições em que se achava o povo que queria
salvar. Isto era necessário porque a salvação é sempre um ato
moral, inteiramente ao alcance das pessoas a salvar. A religião
judaica era por natureza provisória e preparatória, foi adaptada
ao povo daquele tempo, Mt 5.27-29,39,39.

JESUS CUMPRIU A LEI NA SUA VIDA


Em primeiro lugar, Jesus cumpriu perfeitamente a lei na
sua vida pessoal. Tudo o que a lei exigia e tinha como alvo Ele
satisfez e realizou plenamente na sua vida; seu caráter satisfez
o mais alto ideal da lei. Nunca transgrediu a lei porque nunca
viveu no baixo plano em que ela operava.

A RELAÇÃO DO ANTIGO PARA O NOVO


Diante disto perguntará alguém: "Então o Antigo
Testamento perdeu o seu valor?" De modo nenhum. Será que a
flor nada tem com o fruto? Como é que se há de compreender o
fruto sem a flor? Como é que se há de compreender o homem
sem o presente sem o passado? A objeção não tem razão de
ser. O plano de Deus é um só. O princípio é tão necessário
como o fim para a compreensão do plano todo.

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A CONCEPÇÃO DOS JUDEUS A RESPEITO DO REINO DE


DEUS
O pensamento religioso do povo judaico estava saturado com a
idéia de um Reino de Deus. A idéia de uma teocracia achava-se
impregnada na vida da nação judaica, influenciando todo o povo, Êx
19.5,6. Apesar desta expressão, "o Reino de Deus" não ocorrer no Antigo
Testamento, a idéia verifica-se em toda a extensão da atividade profética.
A literatura rabínica desenvolveu uma escatologia semelhante, mas
fez um pouco mais uso do termo "o reino dos céus". O Reino de Deus foi
considerado como o domínio de Deus - o exercício de sua soberania.
O REINO DOS CÉUS
A expressão "o reino dos céus", aparece em Mateus, onde é
mencionada cerca de trinta e quatro vezes. Várias vezes em Mateus, e em
vários lugares no restante do Novo Testamento, a expressão "reino de
Deus", é usada. O ―reino dos céus", é uma expressão semítica, na qual o
vocábulo "céus" é um termo usado em substituição ao nome "divino" - Lc
15.18. Na realidade, ambas as expressões "o reino de Deus" e "o reino dos
céus", raramente foram usadas na literatura judaica antes dos dias de
Jesus.
O FILHO DE DEUS
A expressão messiânica Filho de Deus, é a mais importante no
estudo da auto-revelação de Jesus. Na história do pensamento teológico,
esta expressão conota a divindade essencial de Jesus Cristo. Ele é o Filho
de Deus, ou seja, Deus o Filho, a Segunda pessoa da trindade divina.
O título mais comum pelo qual Jesus é designado nos evangelhos
sinóticos é o de "Filho do Homem". É somente no evangelho de João, que
encontramos freqüentemente o outro título de "Filho de Deus".

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O SIGNIFICADO DA FRASE "FILHO DE DEUS"

HÁ PELO MENOS QUATRO MODOS DIFERENTES:

Uma criatura de Deus pode ser denominada o filho de Deus


em virtude de dever sua existência à atividade criativa imediata de
Deus - Lc 3.38; Êx 4.22;
Esta expressão pode ser usado para descrever a relação que
os homens podem manter com Deus como os objetos peculiares do
seu cuidado amoroso. Êx 4.22, em todo o Novo Testamento, este
conceito é carregado de um significado mais profundo, ao se fazer
menção dos cristãos em termos da filiação para com Deus, quer por
nascimento, Jo 3.3; 1.2; ou pela adoção, Rm 8.14,19; Gl 3.26; 4.5.
Este terceiro significado é messiânico; o rei da linhagem de
Davi é designado de filho de Deus, 2o Sm 7.14.
E o quarto é teológico. Esta expressão Filho de Deus na
teologia cristã, veio a ter um significado mais elevado; Jesus é o
Filho de Deus porque ele é Deus e participa da natureza divina.
Este é o propósito do apóstolo João ao escrever seu
evangelho.
Fazendo uma análise mais consciente, vemos que Jesus,
como o Filho de Deus, o Logos, era pessoalmente preexistente, ele
era Deus, e encarnou-se com o propósito de revelar Deus aos
homens.

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O HOMEM IMORTAL
Jesus também ensinou que o homem era imortal, embora não
falasse muito da vida além-túmulo. Porém, o que Ele disse é o suficiente
para estabelecer o fato da existência de uma vida além desta - Mc 12.18-
27.

JESUS CORRIGE DOIS ERROS DOS SADUCEUS:


Refuta a idéia de que a vida além túmulo seja uma alongamento
aqui na terra. Corrige sua falsa concepção dos mortos nos tempos
passados - v. 27.

O PECADO
Vejamos agora o que Jesus diz acerca do pecado. Como no caso
deo homem, Jesus não discute a origem ou a natureza do pecado; mas
reconhece que o pecado é problema muito sério.

O PECADO É UNIVERSAL
Jesus ensinou que o pecado é universal. É verdade que Ele fala de
certas pessoas que não necessitam de arrependimento, mas essas
pessoas eram justas só aos seus próprios olhos, Lc 15.7; 11.4; Mt 7.11;

O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO


Note-se, portanto, que o único pecado que não pode ser perdoado
é o pecado contra o Espírito Santo, o qual consiste em negar ao Espírito
Santo o poder de regenerar a alma do homem. Aquele que negasse ao
pão o poder de matar a fome, à água o poder de matar a sede e,
conseqüentemente, não se utilizasse desses elementos e no caso de
outros não haver, morreria irremediavelmente de fome e sede.

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A VERDADEIRA JUSTIÇA

A LEI É A BASE ANTIGA DA JUSTIÇA

Quando Jesus veio ao mundo, prevalecia a idéia de uma


justiça muito diferente daquela que Ele viera pregar e exemplificar na
sua vida. A justiça do fariseu era uma justiça legalista, adquirida pelo
indivíduo mediante obediência às exigências da letra da lei. Era a
justiça própria da pessoa que a possuía.
Para o fariseu a lei era a pedra de toque de tudo. Quem
estava bem com a lei e as suas exigências, estava bem em tudo.

JESUS MUDOU A BASE


Quando, porém, Jesus veio, substituiu essa relação para com
a lei, isto é, a relação pessoal que o homem tem para com Deus e
para com a humanidade - Lc 10.26,27. Em vez da lei então, como
base da justiça, temos as duas grandes relações pessoais, uma com
Deus e outra com a humanidade. Jesus estabeleceu, portanto, a
justiça em outras bases, em bases pessoais. Substituiu a relação
legalista pela relação pessoal; a lei, por Deus e a humanidade.

O AMOR É A ESSÊNCIA DA JUSTIÇA


No transferir a questão da justiça de uma relação legal para
uma relação pessoal, Jesus afirmou que o coração é a usina donde
sai a força que dá cumprimento às exigências das relações pessoais,
segundo Deus, que é o amor. Lc 10.27; Mt 5.23,24,48. Segundo a
concepção de Cristo não só todo o mandamento, mas toda a lei
resumem-se no amor. - Mt 22.36-40.

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A VERDADEIRA JUSTIÇA
É evidente destas considerações que Jesus achava a
verdadeira justiça, não nos simples atos, mas nos móveis desses
atos, na condição do coração do que executava. É verdade que
Cristo exige bom procedimento, porém, reconhece que o bom caráter
é a base e exclusiva garantia de boa conduta. Quem não é bom de
coração não pode realmente praticar o bem, Mt 7.17,18.

A LEI CUMPRIDA
É fácil ver deste ponto de vista, a idéia de Jesus quanto ao
cumprimento da lei. Já discutimos. É verdade, este assunto, porém,
é bem oportuno lembrarmo-nos que o cumprimento da lei por Jesus,
alcançou exatamente tudo quanto a lei visava. A lei, por exemplo,
visava o estabelecimento de boas relações entre os indivíduos, ou a
humanidade em geral.
A LEI RITUAL
Era justamente essa lei ritual que mais pesava, e influenciava
a vida judaica, no tempo de Cristo. - Mt 23.4,24; 5.23,24. Ele veio
para cumprir e não para destruir. Jesus visava sempre a condição do
coração, que realmente servia de fundo a todas as questões da lei.
Jesus queria converter em realidade o ideal da lei.

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A SALVAÇÃO MESSIÂNICA
A idéia de mais realce que nos aparece no Novo Testamento
é a da Salvação. - Lc 19.10. Esta salvação é oferecida por Jesus
Cristo debaixo de certas condições.
A missão messiânica de Jesus tinha como seu objetivo a
preparação dos homens para o Reino de Deus futuro. Jesus
constantemente lançou os seus olhares para a vinda do Reino
escatológico, quando o julgamento final irá efetivar uma separação
entre os homens, justos entrando para a vida e bênção do Reino, e
os ímpios para o estado de punição. A igreja primitiva considerou a
morte de Jesus como um dos eventos mais essenciais à realização
de sua missão. – 1a Co 15.1-3.

O EVENTO DA CRUCIFICAÇÃO
Historicamente, a morte de Jesus foi uma tragédia relativa a
um homem que foi apanhado pelos poderes da força política. Jesus
havia incorrido na hostilidade mortal dos escribas e fariseus por
rejeitar a interpretação que faziam da lei, o que implicava na
destruição do fundamento do judaísmo rabínico como um todo.
Como mestre religioso, ele foi uma ameaça à religião farisaica
e sua popularidade com o povo o tornou paulatinamente perigoso, Jo
11.47,48. Quando o sinédrio condenou Jesus sob acusação de
blasfêmia, Mc 14.64, estavam agindo de acordo com a compreensão
que os seus membros possuíam do Antigo Testamento.

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171

PREDIÇÕES DA PAIXÃO
Os evangelhos representam Jesus como predizendo
claramente a sua paixão. O registro do Evangelho faz da
confissão e Pedro, em Cesaréia de Filipe, um ponto divisório
em seu ministério. Esta instrução sobre a sua morte
iminente tornou-se um elemento importante no ensino dos
dias subseqüentes, Mc 9.12,31; 10.33; Mt 17.12; 20.18,19;
Lc 17.25.

A MORTE DE JESUS É MESSIÂNICA


Essa conclusão é parcialmente deduzida da evidência
já citada de que Jesus considerou a sua morte como
elemento essencial em seu ministério totalmente em parte
da linguagem usada em suas predições a respeito dos seus
sofrimentos, Mc 8.31. A dádiva de sua vida é o objetivo para
o qual Jesus veio; a consumação e o propósito de sua
missão messiânica são incorporados no ato de entregar a
sua vida, Mc 10.45.

A MORTE DE JESUS É EXPIATÓRIA


O significado redentor da morte de Jesus pode ser
observado na declaração sobre o seu caráter expiatório
encontrado em, Mc 10.45. Aqui estão inserido dois
conceitos:

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172

A VIDA - o filho do homem dará a sua vida (psyche), por


muitos;
O RESGATE - e a idéia de resgate é (lutron), que envolvia o
preço para redimir um escravo da servidão. Este conceito era comum
no mundo helenista.

A MORTE DE JESUS É SUBSTITUTIVA


A morte de Jesus não é somente redentora; a expiação é
realizada por meio da substituição. Um elemento substitutivo deve
ser reconhecido tanto no conceito geral envolvido como na
linguagem particular empregada.

A MORTE DE JESUS É SACRIFICIAL


A morte de Cristo não apenas redime por meio da
substituição; é também uma morte sacrificial. A descrição do servo
sofredor em Isaías 53, tem em vista o servo de Deus derramando
sua alma como uma oferta pelo pecado, Is 53.10.
A MORTE DE JESUS É ESCATOLÓGICA
A morte de Jesus tem um significado escatológico, Mc 14.25.
Sua morte cria uma nova esfera de comunhão, que será
completamente realizada apenas no Reino de Deus escatológico. - 1
Co 11.26. A objeção de que este ensino sobre uma morte sacrificial
e redentora dificilmente pode ser considerado como parte autêntica
do ensino do Senhor, porque não tem consonância com o corpo de
seu ensino a respeito da natureza de Deus e não pode ser afirmada
e mantida de modo bem sucedido.

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A MORTE DE JESUS UMA VITÓRIA


Algumas poucas declarações encontradas em João
suscitam um outro aspecto no que tange ao significado da
morte de Jesus. Já vimos que no âmago da missão de
Jesus estava uma luta espiritual com os poderes do mal. A
morte de Jesus significa que o dominador deste mundo é
"lançado para fora‖, ou expulso - Jo 12.31.

A IGREJA
Em nosso estudo sobre o reino de Deus aprendemos
que o reino era - e ainda é - um reino espiritual. Segundo a
idéia predileta de Jesus, o reino não está tanto sobre nós
como em nós.

INDICAÇÕES DE QUE JESUS PRETENDIA


CONSTRUIR A IGREJA
Muito cedo no seu ministério, Jesus revelou a sua
intenção de formar ou fundar uma sociedade composta das
pessoas dentro do reino de Deus; porque Ele sabia que a
vida pujante e poderosa da comunhão do homem com
Deus, tinha necessidade de possuir um meio pelo qual
pudesse manifestar-se clara e eficazmente ao mundo.
A Igreja é o plano de Deus para unir toda a raça
humana numa nova raça salva, por Jesus Cristo.

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174

É A primeira indicação de que Jesus


tencionava fundar a Igreja, achar-se no modo d‘Ele
chamar alguns dos seus discípulos para O seguirem
nas suas viagens evangelísticas - Mc 1.18-20.
É Essa intenção de fundar uma igreja tornou-se
ainda mais clara quando Jesus escolheu doze homens
para estarem constantemente com Ele - Lc 6.12-16
É Também as exigências feitas por Jesus aos
seus seguidores mostram que as suas intenções eram
muito sérias e severas - Mt 8.19-22; 10.37-39.

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PARTE II
A TEOLOGIA DE JOÃO
A DIVERSIDADE E UNIDADE DA BÍBLIA
Quem tiver examinado, ainda que não muito profundamente, a
Bíblia, há de ter notado duas coisas: a sua diversidade e a sua unidade.
Do ponto de vista da sua diversidade o Novo Testamento divide-se
naturalmente em seis grandes divisões:
Os Evangelhos;

O 4o Evangelho e as cartas de João;

Os Atos dos Apóstolos, as cartas de Pedro e Tiago;

As cartas do apóstolo Paulo;

A carta aos Hebreus;

O Apocalipse.

É tarefa da Teologia Bíblica definir bem as peculiaridades de cada


uma destas grandes divisões, explicando os diversos tipos de ensino e os
pontos de vista que se encontram nas Escrituras Sagradas.

A PESSOA DE CRISTO, O CENTRO DE SUA TEOLOGIA


Destas peculiaridades a primeira que queremos notar, é que para
João a pessoa de Cristo é o centro de tudo. Na realidade Cristo é o centro
de toda a teologia das diversas porções, ou livros, que compõem a Bíblia;
há, porém, algumas diferenças no conceito.

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1. Na teologia de Paulo, a obra de Cristo, especialmente o


sacrifício da cruz, é onde este vê toda a glória de Deus - Gl 6.14;
2. Mas a ênfase de João é na própria pessoa de Cristo que se vê
realmente a face e a glória de Deus. "quem me vê a mim vê o Pai" - Jo
14.9b. É a grande impressão que a própria pessoa de Cristo fez em João,
que domina toda a sua teologia.

O DUALISMO JOANINO
Outra peculiaridade de João era a de pensar por antíteses e
contrastes. Uma espécie de dualismo caracteriza os seus escritos. É bom
notar, porém, que o seu dualismo não é um dualismo metafísico, mas um
dualismo moral, que todo o mundo pode observar na vida cotidiana e
também na história da raça humana, desde o seu começo.
OS DOIS MUNDOS
O dualismo dos Evangelhos Sinóticos é horizontal: um contraste
entre duas eras - a era presente e a era vindoura.

O dualismo de João é vertical, um contrastes entre dois mundos -


o mundo superior (de cima) e o mundo inferior (de baixo) - Jo 8.23. Os
Sinóticos contrastam esta era com a era vindoura, e sabemos, através do
uso Paulino, que "este mundo", pode ser um equivalente à expressão
"esta era", em contraste com o mundo de cima. "Este mundo", é visto
como mal, tendo o diabo como seu governante, 16.11. Jesus veio para ser
a luz deste mundo, 11.9. A autoridade de sua missão não procede "deste
mundo", mas do mundo de cima - de Deus, 18.36.

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OUTRAS EXPRESSÕES DUALÍSTICAS EM JOÃO:


1. Trevas e Luz - 1.5; 8.12; 9.5; 11.9; 12.35,36,46.
2. Carne e Espírito - 1.13,14; 3.6,12; 4.24; 6.63.
3. Kosmos - é importante compreender o uso que ele faz da
palavra "mundo", kosmos kosmos - "ordem criada", 17.5,24; e a
"terra em particular", 11.9; 16.21; 21.25.

3
1) o universo, o mundo (a soma das
coisas criadas); a terra habitadas; os habitantes da terra
toda; a raça humana; "a massa da humanidade ímpia,
alienada de Deus e hostil à causa de Cristo" - Thayer;
"afazeres mundanos, o agregado de bens, riquezas,
vantagens, prazeres, etc., que embora ocos, vãos e
passageiros estimulam a cobiça e constituem obstáculo a
Cristo" - Thayer; "o padrão da vida pagã" - Hort; "adorno".
W.C.TAYLOR. Dicionário do Novo Testamento Grego.
(doravante denominado de DNTG). Ed. JUERP. 1991., p.
121.
4. Por metonímia, kosmos pode designar não apenas o
mundo, mas também aqueles que habitam o mundo: o gênero
humano, 12.19; 18.20; 7.4; 14.22, observe esta expressão: "o
mundo inteiro vai após ele", 12.19, significa que Jesus assegura uma
grande resposta.

177
178

PECADO É DESCRENÇA
Descrença em Cristo é uma outra manifestação de uma
aversão básica por Deus. A presença de Jesus entre os homens
trouxe a aversão deles por Deus a uma crise de tal forma que ela
tornou-se claramente evidenciada como aversão por Cristo, 3.22-24;
8.24. Sendo assim, o pecado da descrença inflexível, por si mesma
condena o homem a uma separação eterna de Deus. Por esta razão,
o crer em Cristo (―pisteuoeis "), 20.31, recebe forte ênfase.
Em João a palavra é encontrada treze vezes nas palavras de
Jesus e vinte e nove vezes na interpretação de João. Descrença é
essência do pecado,
16.9; 3.36.
A CONCEPÇÃO DA RELIGIÃO
Resulta claro à luz destas considerações que João nos deu
uma concepção puramente espiritual e ética da religião, e não uma
concepção de formalidades e cerimônias. Como já notamos, o seu
evangelho ensina que "Deus é Espírito", e qualquer um em qualquer
tempo e lugar, pode adorá-lo desde que o faça "em espírito e
verdade". Quase nada João disse a respeito das instituições, nem da
Igreja. Não mencionou a instituição da Ceia, e as referências que fez
ao batismo estavam quase todas relacionadas com o batismo de
João.

178
179

A RELAÇÃO DE JESUS PARA COM DEUS

INTRODUÇÃO
O próprio evangelista declara o propósito de seu escrito: "Mas
estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome". 20.31 (NVI). Se
o tempo presente foi adotado, o propósito de João é confirmar os
cristãos em sua fé em Jesus como o Messias e Filho de Deus face
às interpretações errôneas que estavam surgindo na Igreja. A
CRISTOLOGIA é central ao livro, pois a vida eterna depende de um
correto relacionamento com Jesus Cristo.

A DOUTRINA DO VERBO OU LOGOS


Uma das doutrinas mais distintivas do 4o Evangelho é a
doutrina do Logos, ou do Verbo - 1.1,14. O termo "Verbo", é
empregado por João para designar a preexistência de Jesus, e
porque ele não tomou tempo para explicá-lo torna-se evidente que
ele já era mais ou menos conhecido do povo naquele tempo.
A FRASE "FILHO DE DEUS" SIGNIFICA RELAÇÃO
ESPECIAL
O título Filho de Deus, com suas modificações, é aplicado a
Jesus cerca de trinta vezes no evangelho de João, umas vinte nas
suas epístola.
Ninguém pode ler o Evangelho de João sem chegar à
conclusão de que a relação entre Jesus e o Pai é toda especial, é
uma relação natural e metafísica, e não simplesmente uma ralação
moral ou ética. Os homens podem ser feitos filhos de Deus, mas
Jesus foi, é e será sempre Filho de Deus. 1.12; 10.30; 17.5,21;

179
180

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO
Uma das diferenças mais destacadas entre os Sinóticos e o Quarto
Evangelho é o lugar que João da ao Espírito Santo, especialmente no
sermão do cenáculo com seu ensino singular a respeito do Paráclito.

PNEUMA NA RELIGIÃO HELENISTA


Há, certamente, grande variedade na religião helenista. Os gregos
geralmente pensaram a respeito do elemento mais essencial do ser
humanocomo psyche, não pneuma. No dualismo grego, psyche é
contrastado com o corpo da mesma forma como o mundo noumenal é
contrastado com o mundo phenomenal.
No pensamento gnóstico, o poder era concebido como se fora uma
substância, e pneuma incluía o conceito de substância básica da vida.
Deus é espiritual. No ato da criação, parte de sua substância espiritual
unir-se com a matéria; mas essa parte ainda está por libertar-se.
Redenção significa o reajuntamento de todas as partículas do pneuma.

OS NOMES DADOS AO ESPÍRITO SANTO


Vamos considerar em primeiro lugar os nomes pelos quais é
chamado o Espírito Santo. Além da designação conhecida de Espírito
Santo, há ainda o Parácleto, termo este que na tradução de Almeida é
consolador, 14.16,26. O termo consolador (segundo a tradução de
Almeida), vem de duas palavras latinas:
com e fortis, igual a confortares. O termo significa aquele
que fortalece, que conforta.

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Termo "parácleto", que é o termo original, é uma palavra


grega que se encontra também aplicada a Jesus, e vertida por
Almeida com a significação de "Advogado", em 1a Jo 2.1.
A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO
Consideremos agora um pouco a questão da missão de
Espírito Santo. Quanto a ele mesmo, sabemos já é uma pessoa
distinta, embora intimamente relacionada com Jesus. Qual, porém, é
a sua Missão?

Há três pontos a considerar no estudo desta questão:


1. qual é a missão do Espírito Santo em relação ao trabalho
de Cristo?
2. Qual é a missão do Espírito Santo em relação aos
crentes?
3. Qual é a missão do Espírito Santo em relação ao mundo?

1) Em relação ao trabalho de Cristo, o Espírito Santo é


enviando em nome de Jesus. Além de ser enviado em nome de
Jesus, o Espírito Santo tem ainda a missão de relembrar aos crentes
tudo aquilo que Jesus havia dito.

2) Em relação aos crentes foi mudar o fundamento ou base


da sua fé. Era, pois, necessário que a fé dos homens se transferisse
do visível para o invisível, do material para o espiritual.
3) Em relação com o mundo. Isto é, claramente exposto em
Jo 16.8-11. O termo "convencerá", é um termo legal. O trabalho do
advogado de acusação é fazer a acusação do réu, com as provas
em mão.

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PARTE III
O PRIMITIVO ENSINO APOSTÓLICO
A TEOLOGIA DOS "ATOS DOS APÓSTOLOS"
INTRODUÇÃO
O livro de Atos tem como propósito fornecer um
esboço da história da Igreja, começando nos seus dias mais
primitivos, em Jerusalém, até a chegada de seu maior herói
- Paulo - na principal cidade do Império Romano. O livro
fornece um programa do evangelho desde Jerusalém, na via
Samaria e Antioquia, até a Ásia Menor, Grécia e, finalmente,
Itália. Atos registra um número de sermões de Pedro,
Estevão e Paulo, que nos fornecem as informações para o
estudo da fé da igreja primitiva. Uma vez que tais sermões,
particularmente os de Pedro, são, de modo ostensivo, a
fonte primária para as crenças da Igreja em Jerusalém.

NO PRINCÍPIO NÃO HAVIA SEPARAÇÃO


COMPLETA
ENTRE O CRISTIANISMO E O JUDAÍSMO
Os primeiros discípulos então continuaram judeus,
praticando as cerimônias da religião dos seus pais. - At
16.3; 21.20-28.

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A RESSURREIÇÃO DEU-LHES MAIS CORAGEM


Os discípulos de Jesus apegaram-se firmemente à
esperança do breve estabelecimento do Reino de Deus.
Haviam argumentado sobre quem teria o status mais
elevado no reino, Mt 18.1. justamente, quando era maior o
seu desânimo, correu a notícia de que Jesus ressuscitara,
Lc 24.9-11. Parece que foi nesta passagem dos Atos dos
Apóstolos que os discípulos pela primeira vez procuraram
entender a idéia da necessidade da morte do Messias.

O KERYGMA ESCATOLÓGICO
• A era do cumprimento apareceu, At 2.16; 3.18,24;

• Este surgimento da era messiânica aconteceu


através do ministério, morte, e ressurreição de Jesus, At
2123;

• Por causa da ressurreição, Jesus foi exaltado à


direita de Deus, como o cabeça messiânico do novo Israel,
2.33-36; 3.13;

• O Espírito Santo, na Igreja, é sinal do presente poder


e glória de Cristo, 3.21.

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O JESUS HISTÓRICO
O kerygma primitivo tem seu ponto final na morte e exaltação
de Jesus. O kerygma da igreja proclamou o destino de um homem
real, o Jesus de Nazaré, At 2.22. No dia de Pentecostes, Pedro falou
de uma pessoa a quem ele e seus ouvintes conheceram com base
na experiência e observação pessoal, 10.38,39.

A SALVAÇÃO
Como Messias, Jesus é o portador da salvação, 4.12. Esta
salvação é considerada tanto pessoal como nacional; inclui tanto o
bem temporal como o bem espiritual, 2.38,39; 3.23.

O PRINCÍPIO BÁSICO DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA


É bom notar nesta conexidade que o princípio básico da
organização da Igreja primitiva foi a necessidade de cuidar do
serviço crescente. Havendo necessidade de fazer certo serviço a
Igreja podia, de acordo com este princípio, efetuar a organização que
cuidasse de tal serviço.
1. A Vida da Igreja Primitiva - A experiência do Pentecoste
não levou os primeiros cristão a romper com o judaísmo, 2.46,47;
5.13.

2. Batismo - A ekklesia recebia, em sua comunhão os que


aceitassem a proclamação de Jesus como o Messias, se
arrependessem e recebessem o batismo em água, Jo 3.22; 4.1,2; At
2.38,41; 8.12,36,37; 10.47,48; 9.18; 16.14,15.

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3. A Comunhão Cristã - Um dos elementos mais


admiráveis, na vida das igrejas primitivas, era o sentido de
comunhão, 2.42,44,47; 5.4; 6.2;

4. A Organização da Ekklesia - Examinando a organização


da ekklesia, precisamos reconhecer o aparecimento de líderes da
Igreja além do período mais primitivo. A ekklesia não era como hoje:
uma instituição organizada. Dos doze, três - Pedro, Tiago e João -
ocuparam um papel de proeminência, como líderes sobre os outros
nove, 1.13; 6.1,2,8ss; por ocasião do concílio de Jerusalém, 15.2,22;
16.4;

A TEOLOGIA DA EPÍSTOLA DE TIAGO

INTRODUÇÃO
O AUTOR - Esta epístola foi escrita por Tiago, irmão carnal de
Jesus Cristo, Gl 1.19; Tg 1.1. A epístola veio preencher certas
lacunas que o livro de Atos dos apóstolos deixara, pois não há
porção Bíblica que exiba a relação entre os ensinos de Jesus e os
dos seus primeiros discípulos melhor do que esta.
A QUEM FOI DIRIGIDA - É evidente que os crentes a quem a
epístola foi dirigida eram pessoas pobres, 2.15. Também nota-se que
estes dispersos estavam sendo oprimidos pelos seus senhores, 2.6.
O evangelho pode revelar que rico é aquele que o é para com Deus,
e pobre é aquele que só possui os bens da terra, 1.9-11.

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O PROPÓSITO DA CARTA
Consolar os oprimidos. Em geral, seu propósito é prático.
Tiago vive na expectativa dos últimos dias - um tempo, conclui,
em que a acumulação de tesouros terrenos será sem sentido. O
retorno iminente (parousia) do Senhor é ainda uma esperança
viva, 5.7-9. Tais referências de passagem deixam claro que a
escatologia desempenha um importante papel no pensamento
de Tiago.

A IDÉIA DA LEI
Deus, sendo perfeitamente bom, exige bondade do
homem, e essa exigência está na sua lei. Esta lei para Tiago é a
lei mosaica, 2.11,12.

A IDÉIA DA JUSTIÇA
Em Tiago temos a doutrina de justiça, apresentada em
termos do Antigo Testamento, porém, de pleno acordo com os
ensinos espirituais de Jesus Cristo. Isto naturalmente procede
do uso e da concepção que Tiago tem da lei divina, 4.12; 5.7.

A IDÉIA DE SALVAÇÃO
Estas considerações preparam o caminho para o estudo
da idéia de Tiago sobre a salvação. A base da salvação e a boa
vontade, a própria graça de Deus, 1.18,22,23.

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TIAGO E PAULO
O assunto que tem dado mais que falar em relação à
epístola de Tiago é o da justificação. Pare existir na epístola
de Tiago um conflito com os ensinos de Paulo. Tiago diz
que é inútil afirmar que uma fé que não se pode provar, ou
uma fé que não produz obra nenhuma possa salvar a alma.
2.20. Tiago em sua discussão não está falando de obras de
mérito, obras em relação à lei, obras que precedem a
salvação; mas está falando de obras motivadas pelo amor,
obras que surgem ou aparecem em relações pessoais,
obras da pessoa já salva.

A TEOLOGIA DA PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO


INTRODUÇÃO
A epístola de Pedro declara ter sido escrita pelo
apóstolo Pedro, 1.1, um
ancião, que foi testemunha ocular dos sofrimentos de
Cristo, 5.1. Ele tem um companheiro seu filho Marcos 5.13.
Uma forte tradição atribui esta epístola ao apóstolo Pedro
que usou, como seu amanuense, ou secretário, Silvano
(Silas; 5.12).

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DUALISMO PETRINO
O eruditismo recente tem enfatizado a similaridade na comum
divisão de Pedro e dos sermões em Atos. O presente, no entanto, é
a tensão escatológica entre o presente e o futuro, que não é
meramente cronológica, mas também soteriológica, 1.11. A morte de
Cristo não foi um mero evento histórico, mas um evento predestinado
por Deus antes da fundação do mundo, 1.20. Através de sua morte,
Cristo inaugurou o fim dos tempos, 1.20.

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Partilha deste caráter escatológico, pois o Cristo ressuscitado
foi para o céu, Ef 1.22. Isto significa que Cristo já assumiu sua lei
messiânica à mão direita de Deus, onde ele tem que reinar, 1a Co
15.25. A ressurreição de Cristo não é simplesmente um evento do
passado; é um evento em virtude do qual todo aquele que crê pode,
em tempo subseqüente, entrar em novidade de vida, através da
proclamação das boas-novas, 1.23.

ESCATOLOGIA
Assim, a escatologia desempenha um grande papel na
epístola. Pedro não usa a palavra (parousia), mas fala, várias vezes,
da revelação (apokalypsis), de Cristo, 1.7,13; 4.13; 5.4. O contraste
entre o mundo mau e o céu é particularmente forte e desempenha
um papel essencial no pensamento petrino, 1.14,15,18,20; 5.9; 4.3;
2.5,9,11; 3.1; 2.18.

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DEUS
O conceito de Deus por parte de Pedro contém a matéria-
prima da teologia trinitária, mas sua expressão é, em geral, prática, e
não teórica. Sua introdução contém referência a Deus: o Pai, ao
Espírito Santo e a Jesus Cristo, 1.2.
CRISTOLOGIA
Pedro mantém, claramente, uma alta Cristologia, embora ele
não fale de Cristo como o Filho, a par com o Pai. 1.20. Os crentes
também foram predestinados, 1.2,25; 3.12.

A Vida Cristã
Há duas ênfases notáveis, em Pedro, quanto á vida cristã. A
primeira é a firmeza no sofrimento. Sofrer é a experiência normal do
crente, porque o mundo, para ele, é uma terra estranha, 4.13. A
Segunda é a do bom comportamento (o verbo agathopoieo, fazer o
bem, ocorre quatro vezes em Pedro – 2.15,20; 3.6,17 – mas em
nenhum lugar em Pedro).

A TEOLOGIA DAS EPÍSTOLAS:


JUDAS E SEGUNDA DE PEDRO
INTRODUÇÃO
Devido à íntima relação entre a epístola de Judas e a 2a de
Pedro, vamos estudá-las em conjunto. Ambas tratam de certos erros
e abusos que surgiram, devido a uma perversão do evangelho.

189
190

Naturalmente não devemos esperar encontrar muita


discussão doutrinária, como por exemplo, nas cartas do
apóstolo Paulo, porque o fim destas epístolas é, não tanto
ensinar como corrigir. Por esta razão não há também uma
ordem formal ou lógica na discussão. Portanto, vamos
estudá-las do princípio ao fim, sem tentar organizar a
matéria ao redor de temas específicos, de modo
sistematizado como em geral acontece com os escritos
sagrados.

JUDAS
O AUTOR
Judas chama-se servo de Jesus Cristo e irmão de
Tiago, 1.1. Sendo ele irmão de Tiago e Tiago irmão de
Jesus, logo ele era também irmão de Cristo. Judas escreveu
aos chamados e santificados. O assunto de que ele trata é a
salvação que tanto ele como os chamados estão gozando.
O fim da epístola é exortar os chamados para que os frutos
da salvação não sejam perdidos, 1.3.
EXORTAÇÃO - Falsos mestres chegam à Igreja, que
negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo, v.4;
que rejeitaram toda autoridade e ultrajaram os anjos, v. 8;
que são escarnecedores, v.18;

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191

Os dois itens de interesse teológico são:


1. A referência de Judas aos anjos que não
guardaram o seu principado, v.6; ver 2a Pe 2.4;
2. E o seu uso da literatura apócrifa, v. 14.

A SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO


AUTOR
Declara vir do punho do apóstolo Simão Pedro, 1.1,
que foi testemunha ocular da majestade de Jesus, em sua
transfiguração, 1.16-18, pouco antes de sua morte (de
Pedro), 1.14.

Começa com uma descrição da salvação, em que o


cristianismo é considerado como o cumprimento da profecia.

O termo chave nesta epístola não é esperança, como


na primeira carta de Pedro, mas conhecimento, 1.13. A
redenção por meio de Cristo Jesus é mencionada uma só
vez nesta carta, e assim mesmo em mera alusão, 2.1. O
autor escreve aos crentes novos, isto é, os que aceitaram
Cristo pela pregação que, devido a perseguição, saíram de
Jerusalém, At 8.4.

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VIRTUDES CRISTÃS
Nos versos 5.7 do primeiro capítulo temos uma lista
das virtudes que deviam adornar o caráter do crente. Os
que cultivam estas virtudes terão em abundância este
conhecimento tão precioso e tão desejável, 1.8. Os que não
têm estas virtudes perderão o discernimento espiritual e
voltarão à vida velha, 1.9.
UMA EXORTAÇÃO
Em vista deste fato, o autor exorta os crentes a
seguirem uma vida pura e santa, 3.14,15. A epístola conclui
com mais uma exortação, 3.17-18.

A TEOLOGIA DE PAULO

INTRODUÇÃO

A teologia de Paulo não pode ser bem compreendida


à parte de sua personalidade e história. Mas do que a de
qualquer outro apóstolo, a sua história e experiência
religiosa influíram na formação da sua teologia. A primeira
coisa que precisamos fazer, pois, é dar em ligeiros traços a
sua biografia.

192
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ORIGEM E CARACTERÍSTICAS

Desde a sua mocidade Paulo manifestou um espírito religioso


arrebatado até o fanatismo. Expunha francamente as suas convicções, e
sinceramente vivia segundo aquilo que cria. Paulo nascera dentro da religião
judaica, Fp 3.5,6. Foi educado dentro dessa religião; considerava as doutrinas
do cristianismo falsas e perigosas. O messias do cristianismo, Jesus Cristo, era
para Paulo um impostor, e de forma alguma correspondia às esperanças e
concepções do povo judaico. Ter fé neste Messias era atraiçoar o culto do
judaísmo, desprezar as leis de Moisés, e desprezas as mais brilhantes
esperanças do judaísmo.
Homem de grande zelo e ardor, dedicava-se de todo o coração a
qualquer idéia que abraçasse. Não ficava jamais em meios termos, era ardente
ou frio; morno nunca.

PAULO COMO JUDEU E A LEI


Esta hipótese de uma ascendência judaica nasce das pressuposições
teológicas subjacentes de Paulo. Ele era um monoteísta inflexível, Gl 3.20; Rm
3.30; e rejeitava severamente a religião pagã, Cl 2.8; a idolatria, 1a Co 10.14,21;
e a imoralidade, Rm 1.26ss. Ele menciona o Antigo Testamento como a
Sagrada Escritura, Rm 1.2; 4.3; a Palavra de Deus divinamente inspirada, 2a Tm
3.16.

Como rabino judeu, Paulo partilhava inquestionavelmente da fé judia na


centralidade da Lei. Mesmo quando cristão, ele afirmou que a Lei é espiritual,
Rm 7.14, santa e boa, Rm 7.12. A Lei, para um fariseu, era tanto a Lei escrita de
Moisés como as tradições orais dos pais, Gl 1.14. O judaísmo tinha perdido o
sentido da revelação de Deus e a sua fala através da voz viva da profecia. A
doutrina judaica da revelação centralizava todo o conhecimento de Deus e sua
vontade na Lei.

193
194

Como rabino judeu, zeloso pela Lei, Saulo estava igualmente


entusiasmado em exterminar este novo movimento religioso que exaltava a
memória de Jesus de Nazaré. O livro de Atos localiza Paulo em Jerusalém de
algum modo participando na morte de Estevão, At 7.58.

A SUA TEOLOGIA
A sua teologia não é a teologia acanhada dos judeus da Palestina.
Devido às suas experiências com o povo grego, era mais liberal, menos preso
pelo nacionalismo dos judeus da Palestina. Como já observamos, tinha a
religiosidade do judeu, o discernimento do grego e a energia do romano. E é por
isso que notamos nele, um grande fervor religioso, uma grande penetração nas
doutrinas e no espírito do cristianismo, e uma energia nunca vista nos anais de
qualquer religião.

PAULO, O APÓSTOLO

O senso de autoridade de Paulo não é particularmente seu, mas foi-lhe


conferido, como apóstolo, pelo Senhor. É como apóstolo que Paulo reivindica
uma alta autoridade. Sua experiência no caminho de Damasco não apenas o fez
reconhecer Jesus como Messias ressuscitado e glorificado, At 9.15,16; 22.15;
26.17,18. Como apóstolo, Paulo não mantinha uma autoridade exclusiva, mas
uma autoridade que dividia com os outros apóstolos. Em sua lista de lideres na
a
igreja, Paulo citou apóstolos em primeiro lugar, 1 Co 12.28; Ef 4.11. As

qualidades primárias de um apóstolo eram que ele fosse testemunha ocular da


a
ressurreição, At 1.22; 1 Co 9.1, e que recebesse um chamado distinto e

incumbência do Senhor.

194
195

O HOMEM SEM CRISTO


A opinião de Paulo sobre o homem e o mundo ilustra
sua visão escatológica básica. Ele sempre foi interpretado
contra o pano de fundo do dualismo helenístico, que
envolvia um dualismo cosmológico e bastante associado a
um dualismo antropológico.
1. O dualismo cosmológico – contrastava dois níveis
de existência: o terreno e o divino;
2. O dualismo antropológico – contrastava duas
partes do homem: seu corpo e sua alma.

2.1. O mundo – kosmos é uma palavra grega que não


tem equivalentes nem em hebraico nem em aramaico, 1a Co
1.20; 3.19; 2.6.
2.2. Poderes Espirituais – Paulo não se refere
apenas a anjos bons e maus, a Satanás e aos demônios;
ele usa um outro grupo de palavras, para designar as fileiras
de espíritos angélicos. A terminologia é que se segue:
a. Potestades ou domínio (arche), 1a Co 15.24; Ef
1.21; Cl 2.10;

195
196

b. Potestades (archai); RSV, principados, Ef 3.10; 6.12; Cl


1.16; 2.15; Rm 8.38.
c. Dominações (kyriotes), Cl 6.2.

CONSCIÊNCIA
Não apenas tem os homens a responsabilidade de cultuar a
Deus, também a responsabilidade de fazer o bem, por causa da
consciência Rm 2.14,15.

PECADO
A natureza do pecado pode ser vista a partir de um estudo de
diversas palavras usadas por Paulo, mas a palavra mais
profendamente teológica para pecado é asebia, traduzida como
impiedade em Rm 1.18.

LEI
Paulo não considera a Lei meramente como padrão divino
para a conduta humana, nem como parte da Sagrada Escritura,
embora a Lei tenha origem divina e, portanto, sendo boa.

CARNE
Um dos inimigos finais do homem fora de Cristo, que apenas
precisa ser mencionado aqui, é a carne. Como veremos em capítulos
posteriores, carne, em Paulo, tem um uso distinto; designa o homem
em sua queda, sua pecabilidade e sua rebelião. Gl 5.17; 6.8.

196
197

A PESSOA DE CRISTO

Cristo, O Messias
(9.5; 10.6; 1a Co 10.4; 15.22; 2a Co 4.4; 5.10.)
O Messias é Jesus
(1a Co 11.23; Rm 1.3; Gl 1.19; Rm 15.8; Fl 2.7ss)
Jesus, O Senhor
(Rm 10.9; 1a Co 12.3; 2a Co 4.5; Mt 7.21)
Jesus como o Filho de Deus
(Rm 1.3,4; 8.3; Gl 4.5; Cl 1.13;)
Cristo, O último Adão
(Rm 5.12; 1a Co 15.45-47; Fp 2.6;)

A OBRA DE CRISTO: EXPIAÇÃO


O AMOR DE DEUS – Embora tanto o Novo
Testamento como o Antigo, tem como base para a obra
reconciliadora de Cristo, a ira de Deus, isto não tem que, de
modo algum, ser interpretado como a transformação da ira
de Deus em amor, 2a Co 5.19; Rm 3.21; 8.3,32;

197
198

Expiatória
(Rm 3.25; 8.3; 1a Co 5.7; Ef 5.2;)
Vicária
(Mc 10.45; Rm 5.8; 1a Tss 5.10; Ef 5.2; Gl 3.13; )
Substitutiva
(2a Co 5.14,21; Gl 2.20; 1a Tm 2.6; Ef 2.8,9; )
Propiciatória
(Rm 1.18,32; 3.20,24,25; 6.23; 1a Tss 5.9; Hb 9.5; Êx
25.17-20. )
Redentora
(Mc 10.45; 1a Tm 2.6; 1a Co 7.22,23; Gl 3.13; Ef 1.7;
Tt 2.14; )

A OBRA DE CRISTO: JUSTIFICAÇÃO E


RECONCILIAÇÃO
A Importância da Doutrina
(Rm 4.7; Cl 1.14; 2.13; Ef 4.32)
O Embasamento da Justificação
(Gl 2.21. Basicamente, justiça, é um conceito de
relacionamento. É justo quem cumprir as exigências
colocadas sobre si pelo relacionamento em que se
encontra).

198
199

A Justificação é Escatológica
(Rm 2.13; 5.1,9; 8.1; Gl 5.5; Mt 12.36,37; 1a Co 6.11; )
Imputação
(Rm 4.5,8; 2a Co 5.21).

RECONCILIAÇÃO
Reconciliação é uma doutrina estreitamente aliada à
da justificação. A justificação é absolvição, do pecador, de
todo pecado; a reconciliação e a restauração do homem
justificado ao relacionamento com Deus.

Reconciliação Objetiva
(Rm 5.8,10,11)
A Necessidade de Reconciliação
(Cl 1.21; Rm 5.10)
O Caráter da Reconciliação
(2a Co 5.19)
Os Resultados da reconciliação
(Traz paz com Deus, Rm 5.1; está livre da ira de
Deus, Ef 2.14-16)

199
200

A TEOLOGIA DO APOCALIPSE
INTRODUÇÃO
O livro do Apocalipse pretende ser uma revelação dos
eventos que ocorrerão no fim do século e do estabelecimento do
Reino de Deus. A teologia básica do livro tem emergido. A
abordagem mais fácil do apocalipse é seguir sua própria tradição
particular, como a opinião verdadeira, e ignorar as outras; mas o
intérprete inteligente tem que se familiarizar com os vários métodos
de interpretação, para que possa criticar e purificar sua própria
opinião.

O CONTEÚDO DO APOCALIPSE
A primeira visão – 1.9-3.22
Cristo é visto em pé, em meio a sete
candeeiros, 1,12; Segunda visão – 4.1-16.21
Retrata o trono celestial com um livro selado com sete selos
na mão de Deus.
Terceira visão –17.1-21.8
É a grande prostituta, Babilônia.

MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO
Interpretação preterista;
O método histórico;

200
201

O método simbólico ou idealista;


Interpretação futurista extrema: O dispensacionalismo;
O ponto de vista futurista moderado;
O PROBLEMA DO MAL
O Apocalipse prevê um curto período de terrível mal na
história no fim dos tempos. Como Mateus 24.15ss e 2a
Tessalonicenses 2.3ss, ele fala de um personagem maligno.

O REINO VINDOURO
Sua vinda é mostrada como destruição do mal – 19.11-16;
Há um reino temporário, de mil anos - 20.4;
A primeira ressurreição – 20.5;
A Segunda ressurreição – 20.11-15;
O julgamento é duplo: obras e o livro da vida – Rm 2.6-11.
NUNCA PARE DE ESTUDAR TEOLOGIA
A teologia não termina em conhecimento teórico e abstrato,
antes se planifica no conhecimento prático e existencial de Deus
através das Escrituras e da iluminação do Espírito. Conhecer a Deus
é obedecer a seus mandamentos. Fazer teologia é tarefa da Igreja;
não é um estudo descompromissado feito por transeuntes
acadêmicos (MAIA, 2007, p. 9).
Cabe aos líderes cristãos investir no ensino teológico para
que haja o aperfeiçoamento dos santos (Ef. 4.14), e a Teologia
Sistemática está presente na vida da Igreja como uma ferramenta
poderosa para a compreensão das Sagradas Escrituras.

201
202

CURSOS DA FACULDADE GOSPEL


1-Como são os Cursos da Faculdade Gospel?
TRINDADE SANTA
2-Como a Teologia explica Deus?
BIBLIOLOGIA
3-Porque a Teologia verdadeira deve se apoiar na Bíblia?
ABENÇOAREI OS QUE ABENÇOAREM
4-Porque nós os Evangélicos devemos amar Israel?
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO E DA IGREJA
5-Teologicamente como é dividido a História Geral?
HISTÓRIA DE ISRAEL, NAZISMO E REPATRIAÇÃO
TEMPO DOS GENTIOS PÓS ISRAEL
TEMPO DOS GENTIOS E MISSÕES URGENTES
6-O que a Teologia define como Tempo dos Gentios?
ARREBATAMENTO
7-Como a Teologia vê a aproximação do momento do
Arrebatamento?
SEXO PRÉ, EXTRA E UNIÃO ESTÁVEL
8-Porque Amasiados e quem pratica o Jugo Desigual e o
Sexo Pré e Extra não serão Arrebatados?
TRIBUNAL DE CRISTO E BODAS DO CORDEIRO
9-Para onde iremos e como será a Jerusalém Celeste?

202
203

GRANDE TRIBULAÇÃO
10-Quando e como será a Terceira Guerra ou Grande
Tribulação?
MILÊNIO
11-Como será o Milênio?
POUCO DE TEMPO - 4ª E ÚLTIMA GUERRA
12-Como será a 4ª e Última Guerra na Terra?
JUÍZO FINAL
13-Para quem será o Juízo Final?
NOVO CEU E NOVA TERRA
14-Quem habitará no Novo Céu e na Nova Terra?
IDE E A PROSPERIDADE ESPIRITUAL
15-Como ficar rico no Céu?

16-10 OUTROS CURSOS RECOMENDADOS PARA


CRESCER OS FIÉIS TANTO NA QUALIDADE QUANTO NA
QUANTIDADE.
1-CURSO PARA NAMORADOS E NOIVOS; 2-CURSO DE
CASAIS; 3-CURSO ANTIDROGAS; 4-CURSO DE ORAÇÃO, JEJUM
E INTERCESSÃO; 5-CURSO PARA MÚSICO, MAESTRO,
REGENTE E MINISTRO DE LOUVOR; 6-COLAÇÃO DE GRAU DOS
FORMANDOS E UNÇÃO E CONSAGRAÇÃO DE OBREIROS,
CRIAMOS IGREJAS, RÁDIO E ONGS; 7-CURSO DE MISSIONÁRIO
OU EVANGELISTA; 8-CURSO DE MINISTRAÇÃO, ORATÓRIA E
PREGAÇÃO; 9-CURSO DE DIÁCONO, PRESBÍTERO,
EVANGELISTA E PASTOR; 10-CURSO DE BACHAREL,
PSICOLOGIA, MESTRADO, DOUTORADO E PHD;

17-COMO FORMAR NÚCLEO E POLO EM SUA CIDADE;


203
204

18-ABRIMOS IGREJAS, RÁDIOS, ONGS E MINISTÉRIOS


(ATA E ESTATUTO COM CNPJ) E JÁ CONSAGRAMOS A
PASTORES, BISPOS E APÓSTOLOS E FILIAMOS NA
CONVENÇÃO;

CURSOS DA FACULDADE GOSPEL


1-Como são os cursos da Faculdade Gospel?
1-quantos cursos existem na Faculdade Gospel, pessoas de
quais igrejas podem fazer os cursos os cursos e se são reconhecidos
pelo MEC e são presenciais?
São num total de 486 cursos religiosos; Pessoas de qualquer
denominação e, cursos são reconhecidos como cursos livres e são a
distancia, feitos em casa.
2-em quanto tempo o aluno pode concluir os cursos, quem
escreveu o material das apostilas, qual o tamanho da Faculdade
Gospel, desde quando ela existe, quantos alunos têm e em quantos
países atua?
Depende da disponibilidade do aluno, geralmente duram de 3
a 6 meses; Todos foram elaborados pelo Dr. Omar, que é o maior
escritor do mundo; E a escola é a maior do mundo, existe desde
1990, neste ano 2015 completou 52 mil alunos em mais de 120
países e, 3 idiomas.
3-quais os cursos teológicos que são ministrados e quais os
demais cursos; como é o trabalho de logística para missionários e de
criação de igrejas e; quais os principais convênios que são
mantidos?
Ministra todos os cursos na área teológica como básico,
médio, bacharel, mestrado, doutorado e PhD e, tem todos os tipos de
204
205

cursos para as áreas ministeriais e eclesiásticas; instrui e preparam


missionários e faz ata, estatuto e regimento para criar igrejas em
todo o Brasil e até exterior e; a Faculdade mantém convênios com o
Conselho Federal de Pastor, Convenções das Assembléias de Deus,
Igrejas independentes e Batistas.
4-o que o aluno melhora quando faz, por exemplo, algum
curso de teologia; porque Igreja é um organismo vivo, crescente e
inteligente, onde Cristo é o Cabeça, e os santos devem ser
aperfeiçoados para crescer a Igreja e, devemos ter completo
conhecimento de Cristo e; porque quem não cresce, tende a
estagnar-se e, afinal, diminuir a ponto de desviar-se?
Melhora muito o aprendizado sobre Bíblia, sobre Religião,
sobre Cultura Geral e, sobretudo a parte espiritual e o
relacionamento com Deus; porque Igreja é composta de pessoas
interligadas pelo Espírito Santo, e todas as pessoas tendem a
crescer em conhecimento, sabedoria e graça e tem como líder o
Senhor Jesus Cristo, e cada um aperfeiçoando com leitura,
meditação e curso lógico que todos vão crescer e automaticamente
cresce a Igreja e se conhecem mais de Cristo e; pode-se dizer que
quem não cresce, geralmente tende a paralisar e ainda diminuir,
deixa de ter fé torna-se prodigo.
5-porque cursos teológicos consolidam a igreja e produz
conhecimento, fé, sabedoria, graça, união e amor; como são os
membros de igrejas que não tem cursos teológicos e; como que se
explicam as frases encadeamento dos mistérios da Bíblia como “de
onde vim”, “o que estou fazendo aqui” e “para onde vou?
Porque o povo aprende como aumentar a fé e desviar-se do
caminho do mau e todos ficam mais avivados; são membros

205
206

considerados meninos ou crianças na fé e muitas vezes vivem


somente as emoções e não possuem caráter cristão formados e;
“de onde vim” é porque o aluno aprende sobre a criação de
todas as coisas, especialmente do ser humano e, gerações
posteriores até a atual data.
“o que estou fazendo aqui” o aluno aprende sobre a
passagem pela terra e o porquê fomos criados.
“para onde vou” o aluno aprende sobre o futuro da civilização
cristã e das pessoas que não tem Deus no coração. Onde estão os
mortos e como será a vida no além.
6-porque quanto mais cresce a fé menos vontade a pessoa
tem de pecar; porque uma pessoa que não sabe nada de teologia
pensa que a vida foi feita, por exemplo, somente para o sexo e
porque deseja a todo o momento o sexo ilícito, e qual é o espírito
que está dentro do coração dessa pessoa e; porque quanto mais à fé
cresce mais afastam de nossa memória os desejos de ficar
satisfazendo a carne e a gente perde o amor ou a vontade de ficar
pecando e passa a ser uma pessoa de mais visão da realidade da
vida.
É porque a mente é dominada ou pelo espírito de Deus ou
pelo espírito do Demônio e, quando pelo espírito do demônio a
pessoa somente pensa em satisfazer os desejos da carne e, para
essa pessoa tanto faz praticar o sexo no leito conjugal, quanto pré ou
extraconjugal. E o pior fica o tempo todo dominando pelo espírito da
Pombagira querendo sexo e com atitudes e sensualidade de
segunda intenção.
7-porque uma pessoa que não conhece teologia pensa que a
alegria da vida se faz é com bebidas, drogas ou dinheiro e, o que
acontece na pessoa com a presença do Espírito Santo na vida?
206
207

Porque a ausência da teologia ou do conhecimento de Deus e


de sua palavra faz nascer vontade de viver e praticar as obras da
carne e a carne se alegra e com bebidas, drogas ou dinheiro, fatores
que além de danificar o emocional ainda provoca condenação
eterna.
Mortifica os desejos pecaminosos da carne e faz nascer a fé,
a paz, a esperança, a saúde emocional, a vontade de ler a Bíblia, a
vontade de orar, a vontade de se batizar, a vontade de freqüentar os
cultos e de sempre ficar em comunhão com Deus e com a Igreja,
afinal a presença do Espírito Santo dá garantia e certeza de que o
nome está escrito no livro da vida e de que subirá no dia do
Arrebatamento.
TRINDADE SANTA
2-Como a Teologia explica Deus?
1-o que é e o que significa teologia?
Teologia é o estudo lógico de Deus. Teos significa Deus e
Logia significa estudo Lógico, embora Deus seja Espírito e não se
pode compreendê-lo por meio da lógica humana, mas por meio de
mistérios.
2-como Deus se revela para a humanidade e como ele se
manifesta?
Deus se revela ao povo por meio de sua palavra que é a
Bíblia Sagrada e, se manifesta em três pessoas e, por isso, é
chamado a Trindade Santa, ou seja: Pai, Filho e Espírito Santo ou
Deus-Triuno. Contudo não são 3 Deuses, mas apenas Um e
indivisível.
3-quem foi que criou todas as coisas e quais os 3 atributos de
Deus?

207
208

Deus criou e estabeleceu todas as coisas, têm atributos de


eternidade, santidade e de amor.
4-quais são as 3 palavras que são peculiares ou que servem
somente para DEUS e explique cada uma delas?
As palavras peculiares que servem somente para Deus são:
Onisciência, Onipresença e Onipotência.
Onisciência significa que é o único que tem ciência ou sabe
de todas as coisas;
Onipresença significa o único que está presente em todos os
locais ao mesmo tempo e;
Onipotência é o único que tem potência sobre tudo, manda,
cria, faz e desfaz. Então essas 3 palavras cabem somente a Deus e
para mais ninguém no Universo.
5-quando foi prometido o envio de Cristo à terra para
restaurar a humanidade?
Quando o primeiro casal caiu, ocorreu a interrupção no
projeto de Deus, resultando daí a promessa da vinda do Deus-Filho à
Terra para restaurar a humanidade.
6-como foi a concepção de Jesus e o que é oportunidade de
sermos extraterrestres?
Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo em Maria e,
quem ganhou em toda esta história fomos nós, a Igreja, pois
passamos a ter a oportunidade de sermos extraterrestres, o que
acontecerá após o Arrebatamento.
7-por quanto tempo a cadeira do Senhor Jesus a direita do
Pai ficou desocupada nos Céus?
Por 33 anos e 40 dias.

208
209

8-quando Cristo retornou aos Céus após a ressurreição,


quantos dias os 3 ficaram juntos para depois o Espírito Santo descer
em Pentecostes?
10 dias.
9-já fazem quantos anos que a cadeira do Espírito Santo no
Céu, a esquerda do Deus-Pai está vazia devido a sua presença na
Terra?
Desde o ano 33 até hoje 2.015 já fazem 1.982 anos que o
Espírito Santo desceu para selar a pessoa que crê no Senhor Jesus
e, por ocasião do Arrebatamento o Espírito Santo subirá para
reocupar o trono junto com o Pai e o com Filho, como era desde a
eternidade e, para continuar para todo o sempre.

BIBLIOLOGIA
3-Porque a Teologia verdadeira deve se apoiar na Bíblia?
1-o que a Bíblia é e porque não existe possibilidade de ter
palavra mais sábia, mais pura e mais correta que a Bíblia?
A Bíblia é a profecia ou palavra de Deus ao Ser Humano, e,
não existe, ou seria impossível e não haveria necessidade de outra
palavra para consolo, edificação e instrução, que não seja a própria
Bíblia.
2-quantos livros têm a Bíblia verdadeira?
São 66 livros escritos pela vontade de Deus
3-quantos Livros têm a Bíblia Católica?
Algumas 70, outras 72 e existem até com 76 livros ou mais.
4-o que são Livros apócrifos ou não inspirados?
São Livros que foram escritos por homens que não estavam
com autorização ou inspirados por Deus. E sabe-se que tais Livros
não foram revelados por Deus porque seus conteúdos têm coisas
209
210

estranhas como rezar para mortos e textos que ferem a sã doutrina


que existe nos demais livros.
5-quantas pessoas Deus usou para escrever a Bíblia?
40 homens santos para escrever a Bíblia verdadeira, quais
eram braçais, pescadores, médico, advogado, profetas e de outras
várias profissões.
6-como era o tipo de inspiração de Deus?
Era de várias formas, alguns recebiam a revelação direta e
pessoal de Deus para falar o que viam; outros ouviam; e alguns
teólogos entendem que os santos coletam ou escreviam dados
históricos e até reunia fragmentos de escritas por símbolos e
desenhos que eram repassados de geração a geração até Noé,
depois até Abraão e finalmente chegou às mãos de Moisés.
7-quem escreveu o Pentateuco ou 5 primeiros livros da
Bíblia?
Moisés e os livros eram Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
8-como o Pentateuco era chamado pelos Judeus?
Torá.
9-quantos anos foram gastos para a Bíblia ser escrita, quando
se iniciou e quando se terminou?
Foi escrita num período em torno de 1.536 anos, iniciou-se
em 1.440 a.C. com Moisés no deserto e terminou em 96 d.C. com o
Apóstolo João depois que o seu espírito retornou do exílio.
10-qual a maior distância de região que os santos estavam
quando escreveu a Bíblia?
Em torno de mais de 4.000 km, Paulo escreveu alguns livros
em Roma e Daniel quando escreveu estava na Babilônia.
11-porque a Bíblia é inigualável?
210
211

Porque nela contém todo o projeto que a humanidade deve e


precisa saber e, revela a memória e o pensamento de Deus.
12-qual o segredo para ser a pessoa mais sábia da terra?
Ler a Bíblia e obedecer e temer a Deus.
13-quantas matérias ou conteúdos usa ter um curso de
teologia?
Varia de 20 a 40 matérias ou conteúdos diferentes.
14-o estuda a matéria que chama Pneumatologia?
É o estudo do Espírito Santo, que habita dentro de toda
pessoa que teme a Deus onde o primeiro passo é chamado de selo
da salvação acompanhado pelo desejo de se batizar, e no dia a dia
se faz conhecer por meio dos frutos e ainda libera dons para
enriquecer e fortalecer os crentes e, continuamente tem vontade de
ler a Bíblia, orar e freqüentar a Igreja e participar da evangelização e
trabalhos da igreja.
15-o que provoca a ausência do selo e da presença do
Espírito Santo?
Toda pessoa que não tem força para controlar os desejos da
carne sempre deseja e sente-se prazer em prostituir-se, beber,
xingar, odiar e mentir, é porque ainda não tem o selo do Espírito
Santo, por conseqüência não tem o nome no Livro da Vida, sofre
angústia e chora, ainda tem medo da morte contudo tem vontade de
se suicidar, e, se falecer nessa situação será lançado na agonia do
inferno e se Cristo vier não será arrebatado.
16-o que estuda a Angeologia?
É o estudo dos 44 bilhões de anjos e suas hierarquias que
trabalham: ao redor do trono de Deus; ministram e trazem bênçãos
para os fiéis e acampa com livramento como anjo de guarda ao redor
do povo de Deus.
211
212

17-o que estuda a Antropologia?


É o estudo especialmente da raça humana e das idades
seculares que nossos antepassados viviam.
18-o que é Hamartiologia?
É estudo do pecado, influencia da carne e dos demônios no
emocional.
19-o que estuda a Demonologia?
Estuda a transformação do anjo Lúcifer qual era regente do
coral no Céu e, se rebelou e foi amaldiçoado e expulso e arrastou 1/3
dos 66 bilhões de anjos, e tornando esse 1/3 ou 22 bilhões demônios
comandados por Lúcifer ou Satanás.
20-quantos demônios a mitologia secular já denominou?
Já denominou mais de 6 mil demônios diferentes. Cada país
denomina ou apelida popularmente com um nome diferente os
demônios que mais perturba o povo de sua localidade.
21-quais são os principais apelidos dos demônios no Brasil?
a - Pombagira é encarregada da prostituição nas moças e nas
mulheres e traição entre casais;
b - Zepilintra é o encarregado de colocar nos homens os
desejos de vícios de álcool, cigarro, drogas e jogos de azar;
c - Trancarua é o demônio da miséria e que amarra e fecha
as portas da prosperidade, da visão e dos bons negócios;
d - Exucaveira é o demônio da doença, falta de sorte,
maldição, tristeza, azar e desgosto.
22-como é o apelido do demônio da música e o que é música
subliminar, psicografada e sensual?
Mummur e
1-subliminar, qual contém letra e mensagem invertida e oculta
que ataca a santidade de Deus;
212
213

2-psicografada, qual é inspirada por demônios que usam


médiuns para escrever argumentos contrários a Bíblia, e;
3-sensual, qual invoca erotismo e pornografia que desperta
desejo pecaminoso da carne e prejudica a comunhão da pessoa com
Deus.
23-qual a atividade e entendimento de Lúcifer antes da queda
no Céu?
Era regente musical, então entende de todo tipo de música
que prende e adoece o emocional dos jovens e adultos com o
propósito de esfriar a fé.
24-como é a fé e gosto da pessoa que curte música secular?
Toda pessoa que curte música secular é fraca de fé e não
gosta de orar e nem de ler a Bíblia e quem deseja entrar nos Céus
não pode frequentar baladas, boates ou carnaval.
25-qual a diferença da música secular e da gospel?
Música secular louva a carne e os demônios, e, música
gospel louva a Deus e serve como enlevo espiritual.
26-qual o poder dos filmes violentos, sanguinários ou
pornográficos?
O cristão não pode de forma alguma se envolver com filmes
violentos, sanguinários ou pornográficos, pois modifica o caráter para
o mau e esfria a fé.
27-cite outras 5 importantes matérias dos Cursos de
Teologia?
Hermenêutica, Exegese, História de Israel, História da Igreja e
Escatologia.
28-porque a teologia secular e cultural é cheia de erros
doutrinários e heréticos?

213
214

Porque ela não apóia na Bíblia e pode até confundir a pessoa


quanto ao certo e o errado.
29-qual o poder que existe na teologia Bíblica?
A teologia Bíblica deixa a pessoa sábia em todos os sentidos
e ainda aumenta a fé e a unção.
30-qual o índice de cristãos na Terra e quantos serão
arrebatados?
As religiões cristãs são 5% da população do Planeta e, 5% de
7 bilhões de pessoas equivalem a 350 milhões de salvos que estão
prontos para serem arrebatadas.
31-quantas placas de igrejas diferentes existem hoje na Terra
e como se pode dizer que elas estão estudando teologia?
No geral essa grande Igreja formada por mais de 20 mil
denominações, estuda semanalmente ao menos a teologia
fragmentada, isso quando comenta e argumenta algum texto da
Bíblia em escola dominical, sermões e ministrações tanto no púlpito,
quanto em jornal, rádio, internet ou televisão.
ABENÇOAREI OS QUE ABENÇOAREM
4-Porque nos os Evangélicos devemos amar Israel?
1-qual país foi a primeira escolha de Deus e qual a promessa
de Deus para as pessoas que amam e quem odeiam Israel?
Israel foi a primeira escolha de Deus e, é promessa Bíblica
de que Deus abençoa as pessoas que abençoarem Israel, como
também é promessa de maldição contra quem amaldiçoar o povo
Judeu (Gn 12.1a3).
2-porque para se conhecer mais de Deus deve entender mais
de Israel?
Porque Deus e Israel se envolvem e se misturam muito. Deus
esteve presente em todos os momentos de Israel, apareceu para
214
215

Moisés no Sinai e afinal Cristo é Judeu e, o retorno visível de Cristo


será em Israel.
3-quem é a menina dos olhos de Jeová e de Cristo?
Israel é a menina dos olhos de Jeová. Assim como, quanto
mais se envolve com os trabalhos da Igreja, mais se penetra no
coração e na consciência de Cristo, porque a Igreja é a menina dos
olhos do Senhor Jesus.
4-a Bíblia recomenda orar para qual cidade e como é a
promessa de prosperidade?
E a Bíblia recomenda orarmos pela paz de Jerusalém e ainda
promete prosperidade para quem assim agir (Sl 122.6), essa
prosperidade significa abundancia de inteligência, de amor, de fé, de
saúde, de amor pelas almas e também de dinheiro.
5-qual é o 5º país mais rico e mais sábio do mundo?
Israel é um dos países mais ricos do mundo em minérios
quais estão dentro do Mar Morto, e, os Judeus sempre foram os mais
sábios e os mais ricos de todos os séculos e ainda vão dominar o
mundo.
6-quantos Judeus existem hoje em Israel e no mundo e onde
estão mais concentrados?
Hoje são 22 milhões de judeus, sendo que apenas 7 milhões
vivem em Israel e 15 milhões estão espalhados por todos os países.
No estado e capital de Nova York residem mais de dois milhões de
Judeus.
7-quantos anos e qual a origem genética de Israel?
Geneticamente Israel tem origem em Adão, então há 8.097
anos (2.011).
8-qual a idade dos animais e demais coisas da Terra?

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216

Vários cientistas afirmam que o carbono 14 das fósseis


arqueológicas comprova idade de 50 ou 200 mil anos ou mais e, não
descaracteriza a data inicial da humanidade; pois o homem foi criado
depois da criação das demais coisas.
9-como era a contagem de dias e horas no tempo da criação?
Estas coisas ou materiais, podem ter sido criadas em dias de
milhares ou milhões de anos e, não necessariamente no dia solar de
24 horas.
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO E DA IGREJA
5-Teologicamente como é dividido a História Geral?
1-como se divide a História Universal?
A História Universal se divide em 3 grandes períodos
distintos:
a - O 1º período é da criação ao ano do dilúvio acontecido em
1.656, conhecido como pré-história;
b - O 2º período vai de 4.430 a.C. ou primeiro ano após o
dilúvio ao ano zero, ou ano do nascimento de Cristo;
c - O 3º e último período distinto da história foi do ano Zero
ou nascimento de Cristo aos dias de hoje “ano 2015”, totalizando nos
3 períodos 8.101 anos, e não somente os 5.700 anos, como
equivocadamente quer o calendário Judeu ou 4.709 anos como quer
o calendário Chinês.
2-quais as principais pessoas da Bíblia que viveram nestes
primeiros 1.656 anos?
Caim e Abel, Enoque que era bisavô de Noé. Metuselá ou
Matusalém o homem mais velho da Terra, morreu afogado nas
águas do dilúvio com 969 anos porque não creu na pregação do neto
Noé.
3-qual o tamanho Arca?
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Medida 198 metros de comprimento; 33 metros de largura e


19 metros e 80 centímetros de altura, dividido em 3 andares de
quase 7 metros cada, ou o primeiro andar poderia ser mais alto para
acomodar os maiores animais,
4-qual o nome e local hoje que a arca pairou?
A Arca pairou no monte de Ararat na Armênia, inclusive
atualmente arqueólogos estão localizando restos da Arca nesse
local.
5-quando choveu pela primeira e como foi o dilúvio que
levantou a arca?
A primeira chuva foi a partir do momento que Deus fechou a
porta da Arca, até então só existia orvalho, começou a pingar água
das nuvens e também brotava água de baixo nas grutas e valas e
ponto de a água cobrir toda vegetação e levantar o grande caixote de
dois quarteirões de comprimento, da largura de duas ruas e altura de
dois postes de energia.
6-quantos dias ficaram chovendo e quanto tempo Noé e
família e animais ficaram dentro da arca?
Choveu 40 dias e ficaram 12 meses dentro da Arca para
abaixar a água e descer.
7-para onde foram os descendentes de Sem, Cã e Jafé?
Os descentes de Cã foram para a África, os descentes de
Jafé para Ásia, Índia e China e, os descentes de Sem para a Europa
e Oriente.
8-quando, quem e onde foi iniciada a construção da Torre de
Babel?
Em 4.300, no estreito da Mesopotâmia e Suméria, os
descendentes idólatras da 6ª linhagem iniciaram a construção da
Torre de Babel.
217
218

9-quais as duas ocasiões Deus trabalhou com idiomas?


A primeira ocasião foi na Torre, onde dividiu uma língua em
54 idiomas como maldição para impedir a divulgação da grandeza do
mau que era e é a idolatria e, hoje são mais de 3 mil línguas e
dialetos.
A segunda divisão foi em Pentecostes, onde o Espírito Santo
ensinou os Galileus ou 108 discípulos, a falar noutros 18 idiomas de
“At 2.9-11” e mais outros em “At.2.5”, onde teologicamente estima
um total de 108 idiomas, um para cada discípulo e demais presentes
da reunião, agora após Cristo como bênção para divulgar as
grandezas de Deus que era e é: o amor do Pai, e o nascimento do
Filho, sua doutrina, salvação, morte e ressurreição, para a multidão
que estava às portas e janelas do Cenáculo “cada um ouvia falar em
sua própria língua At. 2.8”.
10-a Bíblia proíbe rezar para santos e imagens e como
considera quem assim faz?
Sim proíbe e, considera como surda, muda e inimiga de Deus
e somente o Senhor Jesus é o caminho que nos conduz ao Pai e aos
Céus. A Bíblia também proíbe olhar sorte, horóscopo, jogos de azar
e superstição.
11-o que é e quando ocorreu o 1º momento de fatos
interbíblicos?
O primeiro momento de fatos interbíblicos iniciou no ano
4.300 e foi até 1.900 a.C., e foram citadas apenas algumas gerações
mais importantes para se chegar à linhagem de Abrão.
12-quais as 3 grandes civilizações da história geral que não
foram relatados na Bíblia?
Suméria em torno do ano 4.000; da ascensão do Egito e da
construção das Pirâmides em torno do ano 3.000 e; do aparecimento
218
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do Código de Hamurabi, Lei de Talião do famoso artigo do “olho por


olho e dente por dente” na civilização da 1ª Babilônia em torno do
ano 2.200 das importantes cidades de Acádia e outras na
Mesopotâmia.
13-quem eram e como os índios vieram para as Américas?
Os “Índios” na realidade eram europeus que em centenas e
milhares de embarcações vieram e descobriram as 3 Américas (do
norte, central e sul) em torno do ano 2.500, e, como não tiveram
condições de retornar, perderam a cultura e quando redescobertos
foram tidos como nativos, primitivos ou índios. Muitos foram extintos
por doenças, e outros até hoje estão sendo localizadas tribos na
bacia amazônica.
14-qual o nome da região e qual país é hoje o local que Abrão
saiu?
Região de Ur dos Caldeus que hoje é o país do Kuwait,
situado abaixo do Iraque.
15-Porque os rios Tigres e Eufrates nascem grossos e
morrem finos?
Tigres e Eufrates são os únicos dois rios do mundo que
nascem grossos porque tem dezenas de afluentes em região fria e
morre fino com apenas 5% do volume das nascentes, devido
percorrer 3 mil quilômetros abastecendo cidades e irrigando Oasis e
tendo evaporação devido tórrido calor de 45 graus.
16-qual ano e para onde Abrão e sua pequena parentela
foram?
Saíram do Kuwait no ano 1.880 a.C. e subiram pelas margens
do rio Eufrates acima e chegaram a Canaã que hoje é Palestina e
Israel.

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220

17-onde os hebreus foram escravos pela primeira vez,


quantos anos ficaram fazendo tijolos e quando retornaram e quantas
pessoas eram?
Os hebreus foram escravos pela primeira vez no Egito de
1.840, foram 400 anos até 1.440 e depois do 1º Holocausto das
crianças da mesma idade de Moisés, esse já grande libertou os 3
milhões de hebreus.
18-qual o nome do Mar que os Hebreus atravessaram e como
era a ponte?
Era o Mar Vermelho que liga Egito ao Deserto do Sinai e a
ponte foi feita de terra firme por milagre de Deus quando Moisés
tocou a vara do Mar e esse se abriu.
19-o que o tempo produz?
O tempo produz perseverança, paciência e prova a fé.
20-quais alguns milagres acontecidos durante os 40 anos no
deserto?
Água doce brotava da rocha e até pão e carne Deus servia ao
povo. As sandálias e roupas não se envelheciam e a doença foi
afastada do povo naquele tempo.
21-onde Moisés recebeu a lei, quantos artigos que eram e
como é o resumo dos 10 mandamentos na versão de Cristo? A lei foi
recebida no Monte Sinai, eram 10 artigos e depois de 1.430 anos
Cristo resumiu assim: “amarás a Deus sobre todas as coisas e o
próximo como a ti mesmo”.
22-qual o tipo de governo existia em Israel de 1.300 ao ano
1.000, qual a mineração e qual o tamanho da extensão territorial?
De 1.300 ao ano 1.000, teve juízes, monarquia, período de
mineração de alumínio, e, o apogeu de Israel com o maior período

220
221

de expansão territorial de todos os tempos sob o reinado de


Salomão, indo do rio Nilo até o leste do Eufrates.
23-qual o nome do intelectual da Grécia do ano mil que perdia
em sabedoria para Salomão?
O intelectual da Grécia distante cerca de mais de mil
quilômetros de Israel era Homero autor de ilíada e odisséia, no ano
mil, qual disputava e perdia para a sabedoria de Salomão.
24-qual o nome da maior prostituta citada na Bíblia e em que
ano ela perseguia os reis e profetas de Israel?
Jesabel e persegui o povo de Deus no ano 800 a.C.
25-qual o nome da segunda pessoa que Deus levou
fisicamente para Céu e qual o tipo de carro usado?
O profeta Elias e subiu ao Céu em carro de fogo e jogou a
sua capa para Eliseu.
26-qual o País que invadiu as 10,5 tribos do norte de Israel e
em qual ano?
A Assíria invadiu as 10,5 tribos do Norte, fato ocorrido em
722.
27-qual o País que invadiu a tribo de Judá e a meia tribo de
Benjamim e em qual ano?
Babilônia invadiu Judá e meia tribo de Benjamim, fato
ocorrido no ano 604 ou 596 como querem alguns.
28-quem era príncipe de 40 cidades e foi jogado na cova dos
leões e não foi devorado e depois passou a ser primeiro ministro de
todo o império?
Daniel foi jogado na cova dos Leões e não foi devorado e,
porque creu Deus o exaltou e o Rei o colocou como primeiro ministro
de todo o império.

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29-quem profetizou sobre acontecimentos de 70 semanas de


7 anos cada para Israel e quantas semanas ainda falta para
acontecer?
Daniel profetizou as 70 Semanas e apenas falta uma que será
a Grande Tribulação ou terceira guerra com o tempo de 7 anos.
30-qual o nome dos 3 jovens que foram lançados na fornalha
ardente e não se queimaram e as pessoas que foram ascender o
fogo morreram todas assadas?
Os 3 jovens eram Sadraque, Mesaque e Abdnego não
morreram queimados na fornalha ardente porque Jesus ficou ao
seus lados e congelou a temperatura do fogo mas os guardas que
fecharam a fornalha por fora morreram todos assados.
31-qual foi a rainha que intercedeu junto ao Rei Assuero para
deixar o povo Judeu voltar para Jerusalém reconstruir os muros e a
cidade e qual século isso aconteceu e, quais livros da Bíblia
registraram esses acontecimentos?
Rainha Ester, retornaram no meado do século 4º a.C., e ficou
registrado nos livros bíblicos de Ester, Neemias e Esdras.
32-quando aconteceu o segundo período interbíblico?
Iniciou-se no ano 432 a.C. e foi até ao ano 30 d.C. Contudo
ocorreu o fato significante do nascimento de Cristo e, Israel ficou nas
mãos dos Persas, Ptolomeus, Macabeus e Roma.
33-porque existe divergência nas datas citadas por escritor,
historiador ou teólogo desses acontecimentos antes de Cristo?
É importante esclarecer que para os períodos antes de Cristo
é comum e normal divergências de 10 a 100 anos para mais ou para
menos em datas históricas, vez que muitos teólogos ou historiadores
analisam diferentemente.

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223

34-porque existem vários escritores, seminários, livros,


editoras de Bíblias e teólogos que defendem que o dilúvio aconteceu
de 200 a 500 antes dos 1.880 de Abrão?
Esses erros ocorrem devidos os teólogos leigos não terem
estudados a história geral em segundo grau ou não cursaram
teologia em alguma faculdade e, assim cometem a grosseria de
isolar os dois mil anos das importantes culturas da Babilônia do ano
2.200; Egito do ano 3.000 e; Suméria do ano 4.000.
35-qual é o terceiro e último período distinto da história geral?
Inicia-se no ano Zero ou nascimento de Cristo aos dias de
hoje “ano 2011”.
36-quantos anos totais perfazem os 3 períodos da História
Geral?
8.101 anos, que são os 1656 antes do Dilúvio mais os 4.430
do Dilúvio a Cristo e mais estes 2015 atuais. Então não são somente
os 5.700 anos como equivocadamente quer o calendário Judeu ou
4.709 anos como quer o errado calendário Chinês.
37-porque mudaram o calendário para antes e depois de
Cristo?
Porque foi o marco mais importante da história religiosa e da
história geral. O Deus Filho se encarnou e vimos a sua glória
ocularmente pela primeira vez. Foi rejeitado pelos seus e dado a
oportunidade a todo o gentio que crer de ser chamado filho de Deus.
38-qual a única porta e único caminho que leva aos Céus?
Jesus é a única porta que perdoa pecado, cura enfermidade,
liberta de espíritos maus e leva ao Céu.
39-qual o índice de Judeus que abandonaram o cristianismo
no primeiro século e atualmente?

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Estima-se que no primeiro século 90% dos Judeus


abandonou o Cristianismo e, a partir do segundo século 99% e, até
ao dia de hoje os Judeus Messiânicos são minoria, apenas 1% dos
22 milhões ou 220 mil espalhados em todos os países, mesmos
messiânicos guardam o sábado e comemoram as principais datas
festivas de Israel.
40-qual a primeira vez após Cristo que aconteceu holocausto
em Israel?
No ano 70 d.C. registra-se nova dispersão do povo Judeu,
onde houve holocausto de mais de um milhão de Judeus em Israel
liderado pelo governador romano por nome de Tito.
Em 133 e 135, foram milhares de Judeus novamente
exterminados nas tentativas frustradas de retorno dos países
vizinhos para Israel.
41-quando e como Roma dominou o cristianismo?
O domínio de Roma sobre o cristianismo iniciou-se em 318
para garantir liderança no império;
42-quando e onde a comunidade de Judeus da Babilônia se
reuniu e escreveu o Talmude?
Nos séculos 4 e 5 depois de Cristo, os Judeus firmaram
civilização na Babilônia e lá iniciaram escrever e praticar o Talmude,
livro de regras morais e espirituais muito reverenciado até hoje pelos
israelenses.
43-quando ocorreu a divisão da Igreja Católica?
Ocorreu divisão da Igreja Católica do meio para o primeiro
milênio.
44-quem é Maomé?

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225

É o criador do islamismo a partir do ano 630, hoje Meca e


Medina são centros mundiais de reunião do povo árabe para meditar
os ensinamentos de Maomé em mesquitas e rezar para Alá.
45-quando os árabes dominaram a palestina?
Os Árabes dominaram a Palestina a partir do ano 800.
46-qual pais e o nome da cidade onde os judeus no século 8
desenvolveram uma culta civilização?
Na Alemanha, no século 8, a comunidade em Regensburgo
e em séculos posteriores na: Inglaterra, Portugal, Espanha, Polônia,
Itália e outros países europeus.
47-o que são as Cruzadas?
Dos anos 1.000 a 1.200, as Cruzadas de Roma mataram
milhares de Árabes e Judeus na Palestina com receio de o
cristianismo mudar de sede mundial. Era um movimento que
direcionavam para a Palestina com guerreiros de Roma e ajudados
por soldados e forças de outros países católicos, dizendo ser com a
intenção de proteger as terras por onde Jesus andou.
48-o que é antisemitismo?
A Igreja Romana criou e liderou perseguição ao povo judeu
em vários países, chamado de antisemitismo, pois temia que os
judeus crescessem, reivindicassem e mudassem a sede do
cristianismo de Roma para Jerusalém, e o poder comercial romano,
no império, dependia da religião impostora para dominar, e tratava os
dissidentes com mão de ferro, pois além de excomungar alguns
socialmente, ainda socorria da inquisição para eliminar os opositores,
tanto judeus quanto pessoas de qualquer raça ou nacionalidade.
Roma excomungou e queimou milhares de Judeus sob o argumento
de que eram bruxos e contra Deus. Na verdade chegaram a existir

225
226

alguns Judeus bruxos, que abandonaram a fé e partiram para


ocultismo cabalista.
49-o que é reforma e contrareforma?
A Reforma Luterana aconteceu em 1.500 quebrando o
império religioso católico de 1.500 anos, um movimento que cortava
os erros da Igreja Católica como purgatório, rezar para santos,
indulgência e outros, e, a contra-reforma da Igreja Católica não
conseguiu restabelecer a situação e nasceram os evangélicos
protestantes.
50-quando os árabes perderam o domínio da palestina e
quando os turcos começaram?
Em 1.517, os Árabes saíram e os Turcos Otomanos iniciaram
domínio no mundo árabe;
51-quem dominou a palestina por 20 anos no século 20?
De 1.919 a 1.948, os Ingleses ocuparam a região da Palestina
e colocou um general judeu para ficar tudo em casa. Em 1.948 Israel
retornou para a terra de seus antepassados, que Deus havia dado ao
povo Hebreu.
52-porque a atual época é a melhor para os cristãos e a pior
para os ímpios?
Para nós a Igreja hoje, sem dúvida está em sua melhor fase,
nos melhores dias que a Civilização Cristã poderia estar vivendo, vez
que o Arrebatamento está para acontecer a qualquer momento e
muitos de nossa geração não vai provar da morte, mas ser
Arrebatado agora.
E por outro lado, para o ímpio será o pior momento (ímpio é
toda pessoa que não obedece a Deus, não quer se batizar, não quer
ler a Bíblia, não quer orar e não quer frequentar Igreja, mas quer é
apenas viver o gozo pecaminoso da carne como beber, fumar,
226
227

prostituir, mentir, odiar etc.), pois quem não for Arrebatado ficará aqui
para receber o número da Besta, sofrer na carne e ser lançado nas
profundezas do inferno e de lá, após o Milênio, ressuscitar o corpo
doente e com caráter da imortalidade para receber no Juízo Final do
Trono Branco a pena eterna no Lago de Fogo.
HISTÓRIA DE ISRAEL, NAZISMO E REPATRIAÇÃO
53-comente a ideologia dos judeus?
Os Judeus constantemente eram obrigados a abandonar a fé,
mas preferiam torturas e mortes a se afastarem de Deus. Foi o único
povo em todo o mundo e em todos os séculos que ficaram
espalhados várias vezes por mais de 2 mil anos e não perdeu a
identidade e a nacionalidade.
Foram executados parcialmente em vários locais, e, a partir
do século 18 floresceu um grande sentimento Sionista que é o
retorno dos Judeus a Sião ou montes e terras de Israel, que
culminou com o renascimento de Israel em 14 de maio de 1.948.
54-o que são guetos, campos de extermínios e como eram as
câmaras de gases?
O retorno era plano profético de Deus, e as nações ficaram
com pena dos sete milhões de Judeus mortos nos guetos ou
cadeiões coletivos, como em Varsóvia, na Polônia e; nos campos
de extermínio que eram as fazendas de torturas e mortes, e,
câmaras de gases que eram galpões com tubulações de gazes
tóxicos e mortíferos da solução final de Hitler, como em Auschwitz,
Chelmo, Treblinka, Sobibor e outras 21 fábricas atacadistas de
cadáveres judeus espalhadas pela Europa.
55-como era a sequência das maldades de Hitler contras os
judeus?

227
228

Hitler primeiro desapropriavam os bens dos Judeus, tomando


propriedades, contas bancárias e ouro, depois tomava os móveis e
afinal colocavam todos em caminhões e vagões para o alojamento
dos guetos, trabalho forçado, torturas e mortes. Abria o útero das
mulheres grávidas e colocavam gatos e isentos. Usavam Judeus
como cobaias para fazer transplante de órgãos e membros. Hitler
argumentava que somente a sua raça “ariana” era pura e deveria
dominar o mundo. Essa mesma maldade também era feito com os
religiosos testemunhas de Jeová e Ciganos.
56-quanto tempo durou a cessão da ONU para aprovar o
estado de Israel e qual o brasileiro que estava lá e votou favorável?
A ONU aprovou o Estado Judeu em um só dia e felizmente
teve o voto brasileiro de Osvaldo Aranha, um dos motivos do Brasil
estar sendo hoje abençoado “abençoarei os que te abençoarem”.
57-de onde Hitler copiou o projeto de perseguição,
discriminação e morte dos Judeus?
Era um Nazismo carrasco, copiado 100% do direito canônico
do sistema romano. Tudo o que Hitler executou em 8 anos foi
simplesmente nova versão de apenas uma pequena parte do anti-
semitismo romano implantado ao longo de 1.900 anos. Então, a
História prova que Hitler não foi pior que os reis e papas romanos.
(Nos livros Holocausto e, 3ª Guerra, do maior escritor do mundo Dr.
Omar existem meditações mais detalhadas com estes temas)
58-quantas guerras Israel participou após o renascimento e
que tamanho deverá ser o futuro território de Israel?
Os Judeus renasceram em guerra, enfrentaram várias guerras
(ano de 48, 56, 67, 73 e 74) e foram vencedores em todas, e a
tendência e, pelas profecias é terem aumento territorial, nos limites
da promessa de Deus a Abraão, Moisés, Josué e outros, passando
228
229

de seus atuais 22 mil km2 para 308 mil km2 e, que pode ocorrer até
mesmo antes da 3ª Guerra, onde todo o Líbano ainda será de Israel,
bem como 70% da Síria e Jordânia, o deserto do Sinai e partes de
outros países do oriente.
59-onde será o novo templo e quando será construído?
Os Judeus anseiam muito pelo Novo Templo igual à primeira
igreja que teve na Terra construída pelo homem mais sábio de todos
os tempos “Salomão” no ano mil em Jerusalém, e, todo o material
para esta construção já está acumulado e escondido bem próximo do
local.
60-o que é e quando será a septuagésima semana?
Das 70 semanas profetizadas em Dn. 9, falta apenas a última
semana, essa Septuagésima Semana está para começar a qualquer
momento, serão 7 anos de guerra com o nome de Grande Tribulação
ou a 3ª Guerra propriamente dita e, afinal os Judeus reconhecerão o
Messias Verdadeiro quando vier no final da 3ª Guerra visivelmente
registrado por Apocalipse 19.11 para implantar um reinado milenar e
depois, após Juízo Final, um reinado eterno na Nova Terra.
61-porque devemos orar pela paz em Jerusalém?
Hoje, a Igreja aprendeu a orar mais pela paz em Jerusalém,
embora alguns apenas com o interesse em conquistar a
prosperidade prometida em Sl. 122.6, más no geral os evangélicos
aprenderam a amar e considerar mais os Judeus, porque
descobriram que o renascimento de Israel tem tudo que ver com as
profecias, e com o ponteiro do relógio de Deus, que já está se
aproximando da meia-noite, para então Cristo retornar às nuvens
para arrebatar todos os Cristãos da Terra para o 3º Céu ou
Jerusalém Celeste.
TEMPO DOS GENTIOS PÓS ISRAEL
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230

6-O que a Teologia define como Tempo dos Gentios?


1-o que é gentio e tempo dos gentios para os Judeus e para
os Cristãos?
Gentios para Israel são todos os não Hebreus. Tempo dos
Gentios para eles é o período da dominação sobre suas terras.
Então, iniciou-se em 604ou596 a.C. Tempos depois os Judeus
retornaram e por um período de 69 semanas ou 434 anos
continuaram a prática dos rituais no reconstruído Templo.
Para a Igreja Tempo dos Gentios é a partir do momento da
rejeição de Cristo, então nasceu ou começou com a obra no Calvário
e, quando o Senhor Jesus subiu à Glória o Espírito Santo desceu
para não deixar a Igreja órfã.
2-quais os 5 marcos da Igreja ou do Tempo dos Gentios?
A Igreja ou o Tempo dos Gentios teve 4 importantes marcos e
está vivendo o 5º e último:
1º- Nascimento da Igreja; 2º- Durante o Primeiro Século; 3º
marco – Segundo Século e seguintes; 4º marco - a Igreja Reformada
e; 5º marco e último - Tempo do Fim.
3-como foi o nascimento da Igreja?
Nasceu na Cruz do Calvário, quando o Deus-Pai desamparou
o Deus-Filho para amparar o povo que viesse a crer e; Cresceu a
partir do Pentecoste quando o Deus-Filho subiu e o Deus-Espírito
Santo desceu para amparar e não deixar a Igreja órfã e dar dons aos
Crentes;
4-quais os fatos marcantes do 1º Século da Igreja?
Foi a fase da evangelização apostólica. Dentre os baluartes e
os pioneiros não podemos nos esquecer do principal que foi o
saudoso missionário Paulo. Concomitantemente com a
evangelização, ocorreu a extensão das igrejas e escrita do Novo
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Testamento. Dos amigos de Jesus, João o Batista, foi o 1º a ir e


degolado, depois Estevam foi apedrejado e, João o Apóstolo, foi o
último a subir, mas, antes, foi exilado na ilha de Patmos, e o seu
espírito foi arrebatado aos Céus, viu Cristo e recebeu a mensagem
do Apocalipse às 7 Igrejas.
5-comente o 3º marco como o tempo de unificação da Bíblia e
porque Roma acampou o cristianismo?
Já no segundo século, foi a fase de consolidação e unificação
da Bíblia, juntando-se o Antigo ao Novo Testamento. Roma cresceu
a visão e desejava conseguir uma doutrina religiosa para firmar
domínio comercial e, no ano 313, decretou o Cristianismo como
religião oficial em todo o Império.
6-quando Maomé implantou o islamismo e o que a Igreja
Católica fez para tentar deter o cisma ou divisão na igreja?
A partir de 630 os seguidores de Maomé oficializaram o
islamismo em grande parte do Oriente e, no décimo século teve o
Cisma Ortodoxo dividindo o catolicismo romano. É para se evitar
outras dissidências, Roma, então, implantou a Maldita Inquisição que
era um tribunal religioso com tortura e morte contra as pessoas que
desobedecessem as ordens da igreja e Infabilidade Papal que era a
teoria de que o Papa nunca falha e nem erra. Era um poder paralelo
que Roma implantava nos demais países e no Brasil a Igreja Católica
chegou a queimar dezenas de pessoas nos séculos 17 e 18.
7-o que o Papa lançou para deter a poligamia ou casamento
com até 40 mulheres permitido pelo regime mulçumano?
Para deter a poligamia ou abrandar a questão do divórcio ou
liberação de vários casamentos da filosofia de Maomé que estava
tendo grande adesão naqueles séculos, então o Papa lançou a
indulgência que era o pagamento ou crédito do perdão pelo adultério
231
232

ou outros pecados futuros e, para os já mortos as rezas com


liberação de propriedades para aliviar ou abreviar a saída das almas
do purgatório.
8-quais os idiomas foram escritos o velho testamento da
Bíblia e quanto pesavam as primeiras Bíblia e quanto pesam as
atuais?
O Velho Testamento foi escrito em Hebraico nos papirus,
pergaminhos e rolos de peles de carneiros e chegavam a pesar até
300 quilos. Septuaginta foi a tradução da Bíblia Hebraica para o
Grego no último século antes de Cristo. Vulgata foi a tradução da
Bíblia para o Latim no século 5 depois de Cristo. O Novo Testamento
e as primeiras Bíblias completas foram escritas em hebraico e grego
e, depois a partir do quinto século Roma permitia a escrever só em
Latim e, somente a partir do século XII é que começou a ser
traduzida nos idiomas mais usuais como Inglês, Francês, Espanhol,
Alemão, Português e; depois foi impressa pelo alemão Gutenberg no
século XV pesando apenas 10 quilos e hoje temos Bíblia de meio
quilo, 50 gramas e em menos de uma grama em chip, celular etc., é
o Livro mais editado e lido em todo o mundo.
9-o que caracteriza o 4º marco ou Igreja Reformada?
No século XV foi reformada por Lutero de onde se originam
hoje milhares de denominações.
Em 1.500, Lutero fez a Reforma para expurgar a idolatria,
purgatório e demais erros e excessos de superstições, usos e
costumes. Teve apoio de vários governos especialmente àqueles
onde mais da metade das terras já pertenciam a Roma.
10-como foi o nascimento das denominações cristãs do
mundo e do Brasil?

232
233

Nasceram várias denominações para abrigar os vários


entendimentos doutrinários e usos e costumes, como a denominação
Luterana, Metodista, Batista, Presbiteriana e; no Brasil, a partir de
1.911 a Assembléia de Deus; depois Congregação Cristã em 1930,
Quadrangular em 1950; Deus é Amor em 1962, Universal do Edir em
1977, RRSoares em 1980, Poder de Deus do Valdomiro em 1998 e
tantas outras que também têm fiel propósito de pregar a sã doutrina
e, expandir o reino de Deus.
Em 1.906, os dons espirituais vieram a ser usados com mais
intensidade ou com mais divulgação, iniciando-se nos EUA e se
espalhando rapidamente por todo o mundo e o século 21 iniciou-se
com visão de ser o século da colheita.
TEMPO DOS GENTIOS E MISSÕES URGENTES
11-o que é o tempo do fim do 5º marco e último da Igreja na
Terra?
Com a liberdade religiosa na maioria dos países, estamos,
então, vivendo Mt 24 de 1 a 14 e, especificamente, os versos 12 e
14 “tempo do fim”, onde o amor está se esfriando devido à
iniquidade da ciência e a evolução social. Mas, em contrapartida, a
evangelização está chegando a todos os locais e usando todos os
recursos possíveis como grandes teles evangelismo em massa,
rádios e internet.
Ainda há tempo do ide! E quem ainda não está rico nos Céus
pode descruzar os braços e trabalhar semeando, mesmo que seja
gemendo e com dores; compensa, pois é agora ou nunca. Primeiro
começa evangelizando, orando e intercedendo para as pessoas da
sua família, depois seus vizinhos, amigos e afinal todo o mundo.
Levanta e anda. Aqui não é o nosso descanso.

233
234

Já estamos vivendo o princípio de dores com guerras


diversas, terrorismo, falta de controle da ONU, cada país armando-se
com recursos nucleares, e os conflitos no Oriente aumentando a
cada dia.
12-o que é JANELA 10/40?
Inúmeras missões evangélicas com centenas de idiomas,
estão cobrindo a África, Índia, Ásia, China, Rússia e dezenas de
civilizações do Oriente especialmente os habitantes da JANELA
10/40 que é uma faixa da terra que se estende do Oeste da África,
passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do
Equador, subindo forma um retângulo entre os graus 10 e 40. A esse
retângulo denomina-se JANELA 10/40. Calcula-se que até hoje
menos da metade da população mundial com as suas etnias e
línguas tenham sido evangelizadas, só essa maioria absoluta na
Janela 10/40, representa uma grande multidão de cerca de 3 bilhões
de pessoas que ainda são objetos dos empreendimentos
missionários do povo de Deus que queira abreviar o Arrebatamento e
ficar rico no Céu.
A Igreja, no versículo 14, impulsionada pelo Espírito de Deus,
ainda encontra pessoas comprometidas com Cristo, para ajudar a
avançar no campo da evangelização e missões, e Deus haverá,
como justo Juiz no Tribunal de Cristo, de galardoar esses
movimentos vivos, que invocam com as missões e o evangelismo
desta última hora.
A batalha espiritual está no finalzinho, por isso temos de
guerrear com triplicidade de energia, com todo o nosso suor,
lágrimas e se possível até sangue, para o fim de combater a
iniquidade, aquecer o amor dos fracos e, ainda buscar os desviados

234
235

e, evangelizar os perdidos para crescer a Igreja. Irmão! Deus precisa


muito do seu trabalho e não fuja! É agora ou nunca.
O Fim está chegando! O arrebatamento, ou seja, o fim da
Igreja aqui na Terra e a sua subida para o Céu dos fiéis de todas as
denominações que estão escritos no livro da vida, está para
acontecer a qualquer momento. Não pisa em falso com Deus porque
se não você sobra e fica ai para sofrer na Grande Tribulação e ir
para o sofrimento do inferno e depois ser condenado no Juízo Final e
viver eternamente sofrendo no Lago de Fogo.
ARREBATAMENTO
7-Como a Teologia vê a aproximação do momento do
Arrebatamento?
1-o que é arrebatamento?
A Bíblia afirma com todas as letras que esse evento
acontecerá e até fala que será um mistério. “Eis que vos digo um
mistério I Cor 15.51-52”, e sem dúvida será o ponto culminante e
máximo da Fé Cristã. Os mortos ressuscitarão, e nós seremos
transformados, e todos juntos subiremos para encontrar-nos com o
Senhor Jesus.
Quem crê em Cristo nunca morrerá.
2-quais as duas pessoas que foram arrebatadas vivas antes
de Cristo?
Enoque, no ano 987 da criação, ou seja, antes do dilúvio, e,
Elias, em 850 a.C. foram modelos de arrebatamentos humanos, e
Jesus, modelo espiritual.
3-para onde vai o espírito de quem morre em comunhão com
Cristo e sem Cristo?
Hoje:

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a- quem crê em Cristo e morre, o seu espírito é levado pelos


anjos diretos para os braços de Deus, esperar, dormindo, o
arrebatamento;
b- quem não crê em Cristo e morre, a parábola do Rico e
Lázaro, afirma que vai direto para o fogo do inferno, que
teologicamente pode estar no centro da Terra e somente vai sair de
lá no Juízo Final depois do Milênio.
4-como se explique “dia e hora” e “estação e geração” para se
saber o momento do arrebatamento?
Quanto ao arrebatamento dos salvos agora, o Senhor Jesus
disse que o dia e hora ninguém poderia saber, más a estação e
geração já deixaram registradas. É a geração que viesse a ver o
nascimento de Israel e presenciar o princípio de dores, e estação é o
momento da colheita, onde tudo já está pronto e preparado.
Tudo prometido em Mateus, Apocalipse e outros livros
proféticos já se cumpriram como guerras, terremotos, fomes, pestes,
AIDS, câncer, problemas entre famílias, falsas igrejas, e afinal a
grande evangelização mundial.
Então o tempo está mais próximo do que você está
pensando! Em breve, haveremos de ver o nosso corpo sendo
transformado e os nossos pés se distanciando desta Terra em
direção aos Céus.
A Figueira, que em Mateus 24.32 profeticamente representa
Israel, já fez brotarem as folhas em 1948, e então Cristo já está às
portas.
A geração de vida que viu Israel nascer não há de falecer
toda, antes de tudo isso acontecer, é o que está escrito em Mt 24.34,
sendo o principal disso “o Arrebatamento”, e restam poucas vidas, já
faleceram quase todas aquelas pessoas que estavam vivas em 1948
236
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e não há de falecer o último enquanto não ocorrer o Arrebatamento.


O ponteiro do relógio de Deus já se aproxima da meia-noite.
O dia e à hora do arrebatamento não sabemos, mas com
base no envelhecimento e morte das últimas pessoas daquela
geração, podemos então afirmar que estamos vivendo, os últimos
segundos da Igreja na Terra, que estamos sem dúvida na estação
da colheita, estamos no fim de Mateus 24.14. Cristo já está
posicionado e, com os ouvidos reclinados, afinados e aguçados,
querendo escutar, ansioso por ouvir a ordem do Pai e, rapidamente,
descer nas nuvens para receber a Noiva “Nós” das mãos do Espírito
Santo.
Será arrebatada apenas a Igreja lavada pelo sangue do
Cordeiro e subiremos para as nuvens que podem ser nuvens
gasosas ou de anjos, e iremos encontrar-nos com o Senhor Jesus, o
Eterno Salvador.
5-como fazer para ser arrebatado e não ir para o sofrimento
do inferno?
Você, ouvinte, precisa ser arrebatado, você não pode ficar
para trás. Procure uma igreja que prega a sã doutrina bíblica e onde
tenha oportunidade de trabalhar e exercitar o seu dom e, sempre
peça a Deus força para alimentar a sua fé! Deus sabe que somos
barro, pó e sem estrutura, a ponto de em nosso momento de
fraqueza, o Espírito Santo invadir o depósito e reservatório de
nossas orações-passadas e interceder por nós com gemidos
inexprimíveis. Por isso que, em nossos momentos de alegria e das
vacas gordas, temos de orar muito, para fazermos estoques, média e
moral para a graça de Deus ser mais abundante em nós!
Você deve travar lutas diariamente com Deus, derramando
lágrimas e colocando a sua boca literalmente no pó, no chão mesmo
237
238

e pedir misericórdia e perdão, esta é a única forma que você


consegue abalar o trono de Deus e sensibilizá-lo. É certo que Deus
opera na fraqueza e humilhação humana, e quem busca encontra, e
quem pede alcança a misericórdia, o perdão e a bênção tão
desejada.
Nunca devemos desgarrar de Deus, ainda que isto nos custe,
andar manquejando em todos os nossos dias futuros como
aconteceu com Jacó (Gn 32.22-32), ou, nem mesmo depois que
formos abençoados. Temos que sempre dobrar o nosso tempo de
oração e leitura bíblica, problema se resolve é com oração e
meditação.
6-porque devemos amar as pessoas de nossas famílias e
sempre orar por eles?
A Bíblia fala que quem não ama os seus negou a fé. Conheço
inúmeras irmãs e irmãos que ficaram um, outros dois e alguns até
por 5 anos orando todas as madrugadas, para o fim da conversão de
seus esposos, esposas, filhos drogados e venceram, receberam as
bênçãos e hoje os que eram ímpios passaram a ser exemplares pais
de famílias, obreiros, pastores e santos homens de Deus. Filhos
viciados e prostitutas que retornaram para a igreja e hoje são jovens
exemplares, vasos de honra.
Deus nunca decepciona a quem O busca, e tudo contribui
para o bem daqueles que amam a Deus. A nossa fé sempre é
provada, e as maldições são transformadas em bênçãos.
Há irmão com problemas tão graves, que fica até com
vergonha de contar para a família ou para o pastor, e até esconde
para chorar, porque sente vergonha da esposa, dos filhos ou da
igreja e, às vezes nem sequer tem família ou pastor para lhe dar a
mão amiga. Problemas gravíssimos que tiram o sono e a fome, mas
238
239

irmão! Deus está te contemplando e quer te ajudar, não desista, você


ainda vai vencer tudo e todos. O choro pode durar uma noite, mas a
alegria vem pela manhã e, não há males que dura para sempre.
7-qual a melhor coisa que podemos ter e como devemos lutar
para conservá-la?
O melhor você já tem, que é “a salvação”, esforça e lute todos
os dias para conservar esse tesouro “Jesus” e então a graça de
Deus te basta.
Com certeza você vai sair do vale da sombra da morte, da
cova dos leões de inimigos, e da fornalha ardente de problemas,
sairá sim completamente ileso se tão somente confiar em Deus.
Insista, lute e obedeça, que você vai escapar desta também. Eu sou
prova viva de que Deus ama e socorre na hora e momento certos.
Espera, confia e descansa em Deus.
SEXO PRÉ, EXTRA E UNIÃO ESTÁVEL
8-porque Amasiados e quem pratica o Jugo Desigual e o
Sexo Pré e Extra não serão Arrebatados?
1-porque a palavra “ficar” é uma versão diabólica do adultério
ou prostituição?
Certa ocasião, um pastor indagou como ficaria o
arrebatamento dos jovens que estão ficando no sexo pré-conjugal e
dos adultos que estão amasiados ou praticando o sexo fora do
casamento. Analisando Hebreus 13.4, descobre-se que a palavra
“ficar” que culmina com o ficar no sexo livre, que a sociedade
moderna e depravada arrumou para tentar abrandar o pecado é um
sinônimo de adultério e prostituição, então pecado, e tais pessoas
serão julgadas, e quem deseja ser arrebatado não pode, em hipótese
alguma, ficar no leito maculado e sujo.

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240

Certo que o jovem deve preocupar-se em estudar, trabalhar e


casar, mas sempre, em paralelo, se envolver também com as
atividades da igreja e todas as semanas para criar continuamente
uma resistência contras os desejos da carne.
2-como devem ser o namoro e amigos de quem quer chegar
ao Céu e se livrar do fogo do inferno?
Namorar, casar-se e ter amigos mais chegados, somente com
a pessoa da mesma fé, pois o Senhor Jesus em II Cor 6.14 a 17
proíbe o jugo desigual e, jugo desigual é a primeira arma que o
demônio usa para derrubar um jovem crente. Jugo desigual é o
primeiro passo para uma eternidade sem Deus! Quem tem Jesus no
coração é dominado pelo Espírito Santo, e o outro é dominado pelos
desejos da carne, especialmente o amor erótico e quer sexo já no
primeiro encontro. O Senhor Jesus adverte severamente para todos
os fiéis a não se prenderem no jugo desigual.
O jovem deve estudar muito Provérbios 7 e, literalmente
correr para desviar-se da prostituição.
O Oleiro sabe o que faz, e porque faz, e por quanto tempo
deve continuar fazendo; quanto mais moldado e mais temperado no
fogo, mais perfeito ficará o vaso; a tribulação quebranta e gera
paciência e perseverança e, afinal você dará a volta por cima e
vencerá tudo e as pedras de tropeço que os inimigos colocam
tornam-se degraus para subir ao pódio dos campeões.
Deus tem um carinho muito especial com o seu povo e
sempre concede vitórias e bênçãos ao necessitado bem maiores que
a proporção ou tamanho das provas, e coisas tão misteriosas, que a
pessoa nunca se espera ou não merece sempre acontece.
3-como é a sua intimidade com Deus?

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Minha experiência com Deus é muito bonita, Ele me trata com


muito carinho e sei que é com uma especialidade diferente e não
admito que tenha alguém mais beneficiado que eu; por isso eu
afirmo e, com toda convicção, que depois que passei a amar o
Senhor Jesus, me tornei sem nenhuma dúvida, uma das pessoas
mais feliz da Terra.
Cada um tem a sua intimidade com Deus e a minha está
sendo fantástica e sei que sou tratado com diferenciação, hoje sinto
que Deus tem alegrado mais a mim do que a muitas de minhas
companheiras.
4-qual o melhor conselho para os jovens e pais?
Quanto aos jovens, aconselho que fiquem junto com a igreja
ouvindo os conselhos dos mais experientes. Os pais têm de voltar a
ser adolescentes e acompanhar os seus filhos em tudo e ter o maior
ciúme dos mesmos.
O jovem é muito tentado e visado pelo maligno, razão maior
para pais e igreja viver mais próximo e junto dos filhos e acompanhar
todos os seus passos dia e noite. Pais devem abraçar os filhos bem
de perto para, além de ser um gesto afetivo, ainda tentar captar
cheiro de álcool ou cigarro para sempre orientar quantos a esses
malefícios tanto na esfera física quanto na espiritual e, ainda sempre
esclarecer que esses vícios são os primeiros passos para entrar e
andar no caminho letal e sem retorno do mundo das drogas.
É muito importante que os pais ensinem os filhos desde
criança o caminho em que devem andar, e quem não fizer hoje o
verdadeiro papel de mãe ou de pai e, se não acompanhar todos os
passos do filho, o mundo, com certeza vai adotá-lo e o mundo é
cruel, selvagem, rebelde, violento e agressivo e poderá desviá-lo da

241
242

igreja, ensiná-lo a usar drogas, prostituir-se e participar de todo azar


de violência.
Todos os dias presenciamos milhares de mães e muitas até
são cristãs, chorarem lágrimas amargas de arrependimento por não
terem acompanhado e, se importado com seus filhos quando ainda
mais jovens. A mãe deve ler a Bíblia com o filho, assentar-se junto
com ele nos bancos da escola dominical e dos demais cultos da
igreja, selecionar as festas e demais lugares para ele frequentar e se
possível acompanhá-lo.
Os filhos devem honrar os pais para terem mais dias de
felicidade, de sabedoria, saúde, fé e afinal viverem mais na Terra e
depois eternamente nos Céus, é promessa bíblica.
Infelizmente, a sociedade está corrompida. Os filmes, as
novelas imorais e o mau uso da Internet estão dominando e
ensinando a cultura do pecado do sexo livre, da mãe solteira e da
naturalidade do álcool e das drogas.
Deve ser fiscalizado diariamente a Internet dos adolescentes.
Tenho conhecimento de muitos jovens, nestes últimos tempos que
estão se esfriando na fé e se desviando devido o excesso de
imoralidade da internet. É momento de a igreja ministrar e combater
esses vícios com a juventude, todos os meses, sem trégua.
5-o que é sexo extra e pré e porque o namoro e noivado não
pode ser muito demorado?
Deus proíbe o sexo tanto extra quanto pré-conjugal. E os
casais que já passam de seis meses de noivados devem tomar uma
posição de caráter e de temor a Deus e casar ou terminar, chega de
querer enganar as famílias e a Igreja, isso é um verdadeiro risco de
sofrimento no inferno eterno que está correndo essas vidas! É casar
ou largar, se forem esperar condições financeiras nunca se casam,
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243

as condições vão aparecendo é aos poucos e durante o casamento


mesmo.
Quanto aos casados, é uma bênção orarem juntos, fazer o
culto doméstico ou célula com todos os filhos e, os pais serem
exemplos e nunca praticarem o sexo fora do leito conjugal. O filho
imita o pai. A ovelha imita o pastor. A mulher rixosa destrói o lar e o
homem infiel divide a família.
Em determinados momentos para fugir das tentações, o
jovem tem de passar até por cego, surdo, manter distância, escolher
e saber em qual pessoa pode dar um abraço amigo ou o beijo cristão
intitulado na Bíblia como ósculo.
Deus sempre dá graça e força para fugirmos do mal, assim
como fez com José no Egito. Como dizia o renomado escritor Jaime
Kemp da Presbiteriana: “para não praticar o sexo fora do leito
conjugal, a pessoa precisa de duas coisas: graça de Deus e
vergonha na cara”.
Somos Noiva de Cristo e não podemos contaminar as nossas
vestes sob pena de Ele, “Jesus”, terminar conosco, rompendo o
noivado e, riscando o nosso nome do Livro da Vida. Namoro e
noivado prolongados esfria a fé e abre as portas do abrasamento,
lascívia e adultério e enfim perde a salvação tendo o nome apagado
do Livro da Vida iguais os desviados da Igreja de Sardo. E quem se
converte, estando amasiado, deve procurar legalizar o casamento
civil, o mais rápido possível.
6-quais os trabalhos que o sexo tem dado para Deus?
O sexo e o casamento têm sido temas muito ventilados e, ao
longo da Bíblia têm dado muito trabalho para Deus, e podemos
enumerar em 12 pontos:

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1 - foi motivo do dilúvio no ano 1656 da criação, ou 4.430 a.C,


pois a população daquele tempo estava vivendo o sexo dissoluto a
ponto de até os anjos entrarem nas mulheres, ocasião em que
nasceram gigantes, onde também a idade do homem na Terra foi
reduzida para 120 anos.
2 - motivo da destruição de Sodoma e Gomorra no ano 1.870
a.C. devido ao uso do sexo anal em Gênesis 19.
3 - motivos do 7º e o 10º mandamentos a Moisés, que são
adultério e cobiça da mulher alheia e, ainda carta de divórcio devido
à dureza do coração do povo. Deus separou dois versículos e
mandamentos somente destinados à doutrina sexual, devido a tanta
preocupação e responsabilidade que o caso requer.
4 - cegueira de Sanção por Dalila no ano 1.300. Queda de
Salomão no ano 935. Implicações desastrosas da famosa prostituta
Gesabel nos anos 800;
5 - em todo o Velho Testamento, temos centenas de casos
contra o sexo pecaminoso, especialmente no comentário da lei e,
ainda em Oséias, Ezequiel, Provérbios e outros tantos livros e, em
todos, vimos conseqüências drásticas recaindo sobre os rebeldes;
6 - o 1º milagre de Cristo foi num casamento, tamanha a
preocupação do interesse de Deus para preservar a instituição
divina, onde a água foi transformada no melhor vinho da festa.
7 - sexo mental de Mt 5.28, onde cobiçar, ou ter a intenção, já
se iguala ao pecado. Inovação da doutrina cristã, que passou a punir
a própria tentativa, isso pelo fato de quem tenta é porque o coração
já disse sim, e, então, a vontade já se consumou. O diabo sabe e
conhece o coração desejoso de pecar e preparam pratos, ciladas,
ocasiões, tentações e momentos para a pessoa cometer, ou
consumar, e, assim, a situação fica mais deprimente, mas, por outro
244
245

lado, Deus conhece o coração do fiel que, verdadeiramente, está


arrependido e concede muita graça para o mesmo manter-se de pé
no altar e em comunhão.
Somos barro, pó e sem estrutura, e foi o próprio Deus quem
colocou o amor erótico em nosso sangue e organismo, e, por isso,
Ele sabe a quantidade de graça que devemos receber para viver
uma vida com fidelidade e obediência aos seus mandamentos. Seja
amigo íntimo de Deus para que a força d’Ele possa sustentá-lo, pois,
naturalmente, nós, com os nossos próprios esforços, não podemos
impedir nada.
8 - tema de Divórcio dos discursos de Cristo, inclusive a maior
quantidade de versículos contínuos proferidos por Cristo foi num
encontro com uma adúltera em João 4 de 1 a 30, onde uma
Samaritana se arrependeu de seus pecados e foi restaurada,
tornando-se a primeira missionária, ganhando toda uma cidade para
Jesus.
Da mesma forma, Jesus, hoje, ainda continua chamando
outras prostitutas, homossexuais, lésbicas, assaltantes, traficantes,
drogados e delinquentes em geral para receberem a Água da Vida e
terem os pecados perdoados e a saúde restaurada e, ao final,
transmudando de pecadora perdida para uma pecadora salva e
santa pessoa de Deus.
9 - comparou a depravação sexual da 2ª vinda de Cristo ou
Arrebatamento com o tempo do amor livre antediluviano e, realmente
hoje estamos vivendo situação até pior, pois a promiscuidade sexual
está agravando-se a cada dia, e há pai de família que tem vergonha
de seus filhos, e, também filhos que tem vergonha da imoralidade
vivida pelos seus pais. Estatísticas apontam que 90% da população
mundial estão vivendo o sexo fora dos padrões para os quais fora
245
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criado, e, certamente, isso está cheirando muito mal às narinas de


Deus. Mas, felizmente, tudo já está consumado, e estamos, sem
dúvida, vivendo os últimos segundos da Igreja na Terra. Tudo de
Mateus 24, dos versículos 1 ao 14 já se cumpriram, e estamos tão
somente no tempo da longanimidade e misericórdia de Deus.
10 - os apóstolos tiveram trabalhos demais, como vimos em
Coríntios e também em outros livros do Novo Testamento;
11 - em Apocalipse 17, referindo-se aos nossos dias,
compara-se Babilônia religião romana milenar como uma Grande
Prostituta, pois ao longo dos séculos adulterou a sã doutrina com
heresias.
12 - afinal, Cristo vai casar-se é com uma Noiva pura e
virgem, a Igreja, Nós. E se você ouvinte está com as vestes
maculadas e manchadas, hoje, agora, é momento de lavá-las no
sangue do Cordeiro, é agora ou pode ser nunca mais.
Hoje, aqueles dois mandamentos, o 7º e o 10º, se desdobram
em dezenas de divisões relacionadas ao mau uso do sexo, como:
amasiamento, pedofilia, prostituição infantil, fornicação,
homossexualismo, lesbianismo, pornografia e a última versão “ficar”
onde os jovens que odeiam o Senhor Jesus ―como ovelha muda
caminham para o matadouro‖ já procuram se conhecer sexualmente
no primeiro encontro.
Então a decadente sociedade que se diz moderna, está
nestes últimos anos, transformando tão velozmente os conceitos,
sistemas, cultura e filosofia de vidas de vários séculos, mudando de
vinho para água. O diabo está fazendo a maior festa da carne de
todos os tempos, está cirandando e destruindo multidões de jovens e
casais todos os dias.

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247

O Mestre Jesus, ainda enquanto estamos no tempo da graça


e do perdão, diz para você agora: “vai e não peques mais” (João
8.11), então basta você arrepender-se, pedir perdão e fazer um
propósito de não pecar mais, não voltar mais para o caminho do
sexo pecaminoso, concilie ou reconcilie-se com Deus, hoje, agora e
procure uma igreja mais perto de sua casa para dar o seu nome ao
batismo caso ainda não o seja, freqüentar os cultos e fazer um Curso
Bíblico, participar da Santa Ceia, e ser uma pessoa de caráter na sua
família, trabalho, escola e cidade, assim como foi a mulher adúltera
em João 4 de 28 a 30.
A Bíblia diz que quem adultera peca contra o próprio corpo,
porque se une com todos os pecados da outra parte; por isso é um
pecado muito forte, e que arrasa e deprime a consciência e a alma,
além de ferir o caráter íntimo e emocional.
E realmente, o sexo hoje, tem sido motivo 90% de várias e
graves conseqüências como:
1-afastamento de novos convertidos e desistência de
batismos;
2-impedimento de novas conversões;
3-queda de crentes novos ou antigos e;
4-impedimento do arrebatamento para o crente fraco que em
adultério continua na igreja, enganando a família e o ministério, mas
não a Deus.
Se o amor esfria porque a iniquidade se multiplica como diz
em Mt 24.12, então vamos executar projetos para diminuir e dividir
essa iniquidade o máximo e se possível eliminá-la por completo para,
então a fé não diminuir e até aumentar.
O sexo ilícito, pré e extra, será o responsável maior pelo baixo
índice de pessoas que serão arrebatadas. Temos centenas de
247
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versículos bíblicos que afirmam que quem pratica o sexo ilícito ou


vive em vícios não entra no Céu.
Arrebatamento é coisa séria e pessoa em adultério e
desconcertada não entra no Céu, mas somente quem repousa no
leito imaculado. O caminho é estreito, apertado e devemos nos
esforçar muito para entrar e andar nele. O cristão deve encher-se é
do Espírito de Deus, pois há unção e há poder, e não se embriagar
com vinho onde há contenda.
TRIBUNAL DE CRISTO E BODAS DO CORDEIRO
9-Para onde iremos e como será a Jerusalém Celeste?
1-a salvação é pela obra ou pela fé em Jesus?
Existe um lugar, onde euro ou dólar, não terão valor e, onde
as nossas possessões não entrarão, onde apenas as boas obras é
que acompanharão os salvos. Obra não salva como erradamente
afirmam os espíritas, mas, afirma a Bíblia que acompanha a pessoa
para o Céu no dia do arrebatamento e serão convoladas ou
transformadas em coroas e galardões, no Tribunal de Cristo, dentro
da cidade de ruas de ouro e de cristal, onde a presença de Deus
será o Sol eterno e radiante.
2-quantos Céus existem e como será o nosso corpo e
convivência?
A Bíblia diz que existem 3 Céus, sendo dois naturais que são
o do ar que respiramos e do ozônio, e, um espiritual que fica além
das estrelas onde é o trono de Deus.
Lá, todos os fiéis terão corpos espirituais, comunhão social e
de relações (Mt 8.11 e Lc 22.30), união plena e total.
3-o que mais existe no Céu?

248
249

A Igreja representada por 24 anciãos. A Trindade ao centro;


por cima o arco celeste; o Livro da Grande Tribulação, que somente
o Leão de Judá pode abrir.
O altar de fogo e ouro, 7 castiçais, o Livro da Vida, 3 chaves;
o Rio da Vida, uma Praça de Ouro. 7 lâmpadas com olhos que são
os 7 espíritos de Deus, 4 animais com olhos nas asas simbolizando
reino universal e convergente de Deus.
4-o que é Tribunal de Cristo, qual a duração, quais obras
prevalecerão e quais coroas serão entregues?
Será um tribunal para queimar más obras e dar coroas e
galardões e não para condenar o crente, pois quem chegou lá já está
salvo para sempre. O Tribunal terá duração de três anos e meio,
para depois acontecer a Festa das Bodas em outro igual tempo,
isso para não ocorrer casamento de alguém com obras maculadas
ou não purificadas, justamente porque Cristo é contra o jugo desigual
e contra vestes maculadas.
Em Ap 22.12, Deus vai dar galardões conforme as obras, e
elas são 6:
1-Ouro, 2-Prata e 3-Pedra Preciosa, quais prevalecerão, e,
4-Madeira, 5-Capim e 6-Palha que serão queimadas.
Poderemos receber até 5 tipos de coroas, como: 1-vida, 2-
vitória, 3-gozo, 4-glória e 5-justiça, quais serão sentidas eternamente
pelo gozo interno.
5-o que é festa das bodas?
Bodas do Cordeiro será a festa de casamento, onde o Espírito
Santo entregará a Noiva que é a Igreja para o Cordeiro que é Cristo,
e o Pai será o Oficial Celebrante, e os anjos serão as testemunhas e
orquestrantes. O Espírito atualmente está ataviando, consolando,

249
250

enriquecendo e ungindo a Noiva com dons e graduando os sábios


a obreiros em geral.
6-quando e como será a viagem de lua de mel?
Depois, vamos cantar um Cântico Novo e louvar a Deus
eternamente. Vamos fazer a viagem de lua-de-mel citada em Ap.
19.11, onde desceremos do 3º Céu, no final dos 7 anos, para ficar
por cima da Jerusalém Terrestre e participar, com Cristo, no rápido
Juízo das Nações no fim da Grande Tribulação.
A cidade celestial mede 555 km de cada lado, num total de
308.025 km2, então do mesmo tamanho do Israel futuro. Em nossa
morada eterna, choro nunca mais!
GRANDE TRIBULAÇÃO
10-Quando e como será a Terceira Guerra ou Grande
Tribulação.
1-qual o resumo da Grande Tribulação?
Terá início no primeiro segundo após o Arrebatamento. Com
duração de 7 anos, ou o período da Septuagésima Semana de Dn
9.27; onde o Anticristo, em Roma, fará um pacto de proteção com
Israel, inclusive liberando o local para soerguer o novo templo de
Salomão, e, depois, após 3 anos e meio mudará de Roma para
Jerusalém, e quebrará o acordo fazendo holocaustos de porcos no
próprio templo que já estará terminado no meio desses 7 anos.
A Igreja imantada pelo Espírito é o único impedimento da
atuação, hoje, do Anticristo.
A trindade satânica, composta por Satanás, Anticristo e Falso
Profeta, dominará o mundo por 7 anos e será contra Deus.
Haverá guerras em todos os locais com bombas e armas
químicas. Já no ano 600 a.C. Ezequiel 14.12 já havia sido revelado

250
251

e sabia dos aviões e das bombas nucleares que corroem os olhos e


come a carne.
Milhares de bombas estão nas mãos dos 10 poderosos
países que são: EUA, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia,
Israel, Paquistão, Coréia do Norte e Irã, à espera da grande
carnificina, ou melhor, “grande destruição”.
2-porque os crentes fracos e desviados não vão para o Céu?
Os EUA, estarão enfraquecidos na guerra como primeira
potencia devido o arrebatamento de uma grande quantidade de
evangélicos, incluído neles os brasileiros fiéis que residem lá, dos
quais milhares já foram alunos ao longo dos 20 anos da Faculdade
Gospel e, de centenas que ainda estão estudando conosco. Da
mesma forma e tudo se repete em relação aos demais formados ou
atuais alunos de nossos cursos em vários países. Dos soldados
americanos que estão no campo de guerra, serão arrebatados
poucos, isto porque tem-se notícia que muitos deles não estão tendo
fidelidade com suas famílias.
3-quem será o dono da igreja dos perdidos, e, quem serão as
duas testemunhas de Apocalipse 11?
Satanás terá uma igreja ecumênica herética em Roma.
As duas testemunhas de Ap 11 testificarão os juízos; elas
poderão ser:
a- Elias, que orou para não chover e fez cair fogo do Céu, e
Moisés, porque já transformou água em sangue.
b- Ou Elias e Enoque, porque foram as únicas duas pessoas
que já subiram vivas ao Céu, e precisam ser mortas e receber corpos
espirituais.
4-como serão usadas as taças que hoje são para consolo dos
crentes?
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252

As taças que hoje levam as nossas orações e lágrimas, para


perfumar o trono de Deus em Ap. 5.8, naquele dia derramarão
castigo sobre os rebeldes que não subiram no Arrebatamento em
Ap. 8.5.
5-como será a marca da Besta?
A marca da Besta ou 666 estará na mão, ou testa, dos
seguidores do mau por meio de biochip, conectado ao maior
computador do mundo em um servidor em Jerusalém, e ninguém
poderá comprar ou vender sem este controle, e, quem recusar a
marca da Besta pagará com a própria vida.
6-quais Judeus governarão Israel e a Terra no Milênio?
144 mil Israelitas estarão protegidos em Sião para governar
no Milênio.
7-comente o que é saraiva e câncer solar?
Quanto à chuva de saraivas que são pedras com 30 quilos,
e meteoros escritos em Apocalipse; hoje, a astronomia já aponta
como realidade normal e, todos tentarão em vão escapar da chuva
de pedra e fogo.
Quanto ao câncer solar em 1/6 da população, descrito em
Apocalipse, hoje também a Ciência já descobriu que os buracos
negros, na camada de ozônio, devido à poluição ecológico-
industrial, já permitem a passagem dos raios ultravioleta, para
provocar até mais do que isso, e, esses buracos têm aumentado a
cada ano no segundo Céu.
8-o que vai acontecer com os lugares baixos da Terra?
A Ciência sabe que até existe a possibilidade do efeito de um
semidilúvio; é o efeito estufa e degelos polares inundando cidades
costeiras e lugares baixos da Terra como Holanda, Miami, Rio de
Janeiro e Nova York dentre outras.
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253

9-a humanidade já está sofrendo alguma peste da Grande


Tribulação?
Quanto às pestes, a medicina está considerando que a
“AIDS”, Câncer e outras doenças incuráveis sejam infelizmente
algumas das referidas doenças incuráveis do Apocalipse.
10-o que é Gog e Magog?
O Gog e Magog ou país do norte, que significa a Rússia,
misteriosamente é inimiga de Israel, e já prepara seus exércitos para,
junto com outros países, serem derrotados e abatidos no vale de
Josafá, ou monte Megido no final do Armagedom ao norte de
Jerusalém.
11-o arrebatamento foi invisível aos olhos da humanidade e
como será a volta visível de Jesus?
Então, Cristo com a Igreja descerão visivelmente com poder e
grande glória, para fazer Juízo das Nações, e todo olho o verá,
dando a carne dos homens ímpios, marcados pelo 666, para as aves
do Céu, e implantar o Milênio de paz. Ocasião em que o Messias
Jesus será reconhecido e aceito pelos Judeus, e salvará Israel e o
mundo físico da explosão atômica.
MILÊNIO
11-Como será o Milênio?
1-faça um comentário resumido do Milênio?
Será um governo de paz e isento de guerra; as armas serão
transformadas em ferramentas de campo, tanques em colheitadeiras
e serão gastos vários anos para sepultar os seis bilhões de
mortos, ou os restos-mortais dos que não foram totalmente
consumidos pelas nucleares, ou comidos pelas aves do Céu.
Cristo e a Igreja ficarão por cima da Jerusalém Terrestre, e
não em contato com os terrenos.
253
254

Os 144 mil judeus, mais outros judeus e mais pouquíssimas


pessoas gentias de todos os confins da Terra, que porventura
escaparam do 666 e da morte, darão o novo início da população
milenar do dia seguinte.
Satanás será preso no abismo durante os mil anos, e o
Anticristo e a Besta já lançados para o Lago de Fogo para nunca
mais sair.
As mulheres terão cerca de 5 a 10 crianças de uma só vez e
fertilidade de procriação por vários séculos, chegando de 50 a 150
filhos.
A pessoa será criança ainda com 50 anos, jovem com cem,
adulto com 200 e, o idoso com mil anos será sempre rejuvenescido.
Na Nova Terra após o Juízo Final sequer chegará a envelhecer. Os
animais serão mansos e brincarão com as crianças.
A Lua terá o brilho de um sol, e o sol 7 será vezes mais claro;
então não haverá noite.
2-o que acontecerá com os mortos do Milênio?
Os pouquíssimos que morrerem serão ressuscitados no final
do Milênio para serem tentados no Pouco de Tempo:

a- E se cederem, serão na hora queimados com fogo do


Céu e, depois, imediatamente ressuscitados e condenados no Juízo
Final.
b- Se não cederem, escaparão e viverão eternamente na
Nova Terra. Onde não haverá mais velhice, choro, dor, indústria,
moeda e tecnologia.
Isaías é o Evangelho do Velho Testamento, que retrata muito
sobre o Milênio.

254
255

Pessoas do mundo todo caminharão para a Jerusalém


Terrestre, com o propósito de adorar a Deus no novo templo de
Salomão.
POUCO DE TEMPO - 4ª E ÚLTIMA GUERRA
12-Como será a 4ª e última Guerra na Terra?
1-o que acontecerá após o Milênio?
Satanás será solto para tentar os 22 bilhões previstos de
milenares, e o fogo do Céu vai queimar os rebeldes e purificar a
Terra no final dos seis meses.
Gog e Magog aqui se referem a toda pessoa que for contrária
a Deus e, não somente ao povo russo por ocasião da Grande
Tribulação.
Naquele meio tempo, terá a volta da moeda e do comércio e,
cerca de 85% da população serão queimados e mortos e sobrarão
apenas 10% de inocentes e 5% de adultos; e afinal em poucas horas
os 85% ressuscitarão e serão transportados para o Juízo Final do
Trono Branco.
Acontecerá, também, o Juízo Final de Satanás e remessa do
mesmo para o Lago de Fogo. Notem que o Anticristo e a 2ª Besta
continuaram presos no Lago de Fogo, desde o Juízo das Nações no
final da Grande Tribulação.
E nunca mais haverá guerra no mundo.
2-haverá vida em outros planetas?
A Bíblia afirma que não existem vidas humanas em outros
Planetas e que apenas a Igreja de Cristo será extraterrestre. Hoje a
ciência tem muita dúvida e fica especulando tentando localizar vida
humana em outros planetas e, porém os evangélicos já têm certeza
e convicção que em outros planetas não existem vidas humanas.
JUÍZO FINAL
255
256

13-Para quem será o Juízo Final?


1-onde quem hoje bebe e pratica o sexo pré e extra e morre
será ressuscitado e julgado?
Serão ressuscitados todos os que morrerem sem Deus,
desde os tempos de Adão e que hoje estão no desespero do inferno,
especialmente os que se envolvem com a idolatria, reencarnação,
outras religiões heréticas, vícios, álcool e sexo pré e extra; e
receberão os corpos da forma que morreram, velhos e doentes, e
serão revestidos do caráter da imortalidade e condenados no terrível
Juízo Final do Trono Branco.
Condenados, devido às más obras, e a principal será a má
obra de rejeição de Cristo e, serão lançados no Lago de Fogo e
Enxofre, que arde 50 vezes mais que o fogo comum.
2-qual o único meio de se salvar?
O único meio para fugir daquela condenação é, hoje, dar
crédito à Palavra do Senhor Jesus. Se alguma coisa, Deus afirma, a
que não vai voltar atrás, será a condenação para aquele que
recusar o perdão dos pecados pelo sacrifício do sangue do Cordeiro
Jesus.
Para fins didáticos, no Curso Bacharel de Teologia que
estudei, tive noções de dados estatísticos, sobre quantos serão
julgados, bem como de quantos entrarão na Jerusalém Celeste;
quantos viverão aqui na Nova Terra, curiosidades e temas
convidativos para intelectuais e estudiosos da Bíblia, servindo
também para conduzir as pessoas a saberem os passos encadeados
ou cronológicos da Escatologia.
3-onde estão registradas as obras dos maus?
Inicia-se o julgamento sendo abertos os Livros da Morte,
para ver as más obras de condenação, onde a principal é a obra de
256
257

rejeição de Cristo, e aberto o livro da Vida, para a pessoa


ocularmente comprovar que o seu nome não está nele contido.
Ato por ato e ação por ação, serão repassados naquele
momento, e a justiça de Deus prevalecerá para sempre.
4-porque o Juízo Final do Trono Branco será o maior?
Já tivemos vários juízos de castigos em todos os tempos,
isolados ou coletivos, como: para Caim, para os Afogados do Dilúvio,
em Sodoma, e teremos os condenados do Juízo das Nações no final
da Grande Tribulação e, o Juízo de Fogo do Céu no final do Pouco
de Tempo; mas agora esse Juízo do Final, superará a todos em
qualidade de castigo e quantidade de pessoas condenadas, até
porque todos que já passaram pelos juízos anteriores, ressuscitarão
do meio do inferno onde estão atualmente sofrendo em espírito para
naquele momento receber o corpo imortal e receber o julgamento do
Juízo Final e sofrer de corpo e espírito.
Deus não é Deus de brincadeira, ou você é crente ou você
não é, chega de ficar com um pé na igreja e outro no mundo.
Morno Deus vomita fora.
A figueira está balançando, e a Igreja está sendo provada e
purificada igual ao ouro no maçarico, porque já é hora de atravessar
nos umbrais das portas da Jerusalém Celeste.
Estamos na última hora, ou melhor, nos últimos minutos e
segundos, é momento de criar mais juízo, e encarar a fé com mais
prudência, mais seriedade, e mais responsabilidade.
NOVO CEU E NOVA TERRA
14-Quem habitará no Novo Céu e na Nova Terra?
1-o que é Nova Terra?
A Terra será restaurada por completo, iniciam-se pela
queima do Armagedom no final da Grande Tribulação; limpezas de
257
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mil anos sem guerra, sem maldição e praticamente sem problemas;


e depois purificada pelo fogo descendo do Céu no final da 4ª Guerra.
Quando diz que o mar já não existe em Ap.21.1 é porque as
montanhas se desfarão para os lugares mais baixos e terão
pântanos férteis em toda a superfície.
Haverá um novo jardim, o Éden restaurado, para dar
continuidade ao plano de Deus, que foi interrompido já por quase 9
mil anos no jardim do Éden.
Billy Graham no seu livro: “O Mundo em Chamas”, pág. 278,
também concorda com um novo paraíso na Terra e,
Realmente adentrarão, para a Nova Terra, cerca de 15% dos
habitantes de 22 Bilhões de pessoas do final do Milênio, ou seja, em
torno de três bilhões de Judeus salvos para o paraíso recuperado ou
Jerusalém Terrestre que dominará toda a Terra. Depois de séculos,
já na Nova Terra, quando esta estiver totalmente habitada, Gn 1.28,
com uma população em torno de 70 bilhões, por exemplo,
certamente Deus proverá esterilização e,
Arthur Bloomfield, em seu livro “O Futuro Glorioso do
Planeta Terra”, pág. 253, entende que Deus fará transferência da
população para outros Planetas, embora maior parte dos teólogos
não entenda dessa forma.
2-qual a diferença de vida eterna no Céu ou Jerusalém
Celeste e na Nova Terra?
No futuro teremos sim duas classes de vidas:
1-os espirituais, que é a Igreja dentro da Jerusalém Celeste,
onde poderemos sair pelas portas, e voar como pombas por todo o
espaço sideral e;
2-os naturais, que serão os Judeus e demais remanescentes
de toda a Terra que continuarão a habitar aqui, também com corpo
258
259

sem doença e sem morte (alguns querem entender que seja pela
evolução medicinal do mapa, e código genético. Outros entendem
que não sejam, e argumentam que na Nova Terra não haverá ciência
e tecnologia e, apenas sustentam que será pelo poder presente da
divindade). Deus prometeu aos judeus a Terra em perpétua
possessão e em breve isto será cumprido (Gn 17.8 e 48.4)
A Jerusalém Celeste será a capital do Universo, e o Senhor
Jesus, o Rei Eterno. A influência da Jerusalém Celeste governará e
reinará também na Terrestre. A verdadeira paz tão desejada pela
ONU, somente será presenciada com o reinado de Cristo Jesus.

IDE E A PROSPERIDADE ESPIRITUAL


15-Como ficar rico no Céu?
1-porque fazer a obra de Deus onde evangelizar e ser
missionário é a principal delas é o único meio para juntarmos tesouro
no Céu?
A ênfase do Bacharel em Teologia da Faculdade Gospel é
sobre missões e evangelismo, é a melhor ênfase para a igreja e
obreiros porque igreja precisa de número de almas para sobreviver,
e, obreiros precisa saber como ganhar, discipular, consolidar e
sempre formar novos obreiros. No curso tem dezenas de roteiros e
modelos de ministrações de evangelismo em massa, evangelismo
público, evangelismo na mídia, evangelismo de cura e libertação,
evangelismo pessoal, correntes e campanhas sobre prosperidade,
família, cura e libertação, crianças e terceira idade. Evangelismo em
missões internas e transculturais.
Somos parceiros do Senhor Jesus para acelerar o dia do
nosso arrebatamento e começarmos a viver a riqueza que nos
espera no além. O mais difícil e impossível a nós, Ele já fez, que foi
259
260

derramar sangue puro, para nos salvar e, depois provou poder sobre
a própria morte, e, na parceria cabe a nós, levantar e andar, pois
aqui não é o nosso descanso, abrir a boca e tocar a trombeta da
salvação, proclamando as Boas Novas para termos as mãos cheias
de almas para trocá-las por coroas e galardões no dia do Tribunal de
Cristo.
2-qual a riqueza que nos espera nos Céu?
A riqueza que nos espera no Céu, chama-se galardões e
coroas e estão preparados para quem fura valetas, bate concreto e
trabalha na construção de igrejas, preparados para quem faz a obra
missionária, especialmente aonde no campo ou seara já chegou a
passar fome, sede e frio ou, por várias ocasiões já foi desidratado,
ficou enfermo, perdeu a voz e feriu a boca de tanto tocar a trombeta
da salvação.
O prêmio está preparado para quem cria bolhas e caleja os
pés e, as pernas ficam trôpegas de tanto andar na selva, bairros e
atravessar valas e montanhas à procura da Ovelha Perdida. Muitos
como consolo, já foram arrebatados igual a Felipe; já pisaram em
brasas vivas e sobre sarsa ardente igual a Moisés e que já chorou
muito de tanta alegria e; vários já atravessaram a seco rio
transbordando igual ao povo Hebreu no Mar Vermelho.
Muitos são os missionários que já foram presos na obra,
sequestrados, alvejados e; por várias vezes ameaçados e prometido
de morte igual a Paulo. Os profetas podem até estar sendo
esperados por bandidos com arma na mão, más, quando vêem
saindo escoltados por dois seguranças com roupa branca, o
marginal, treme tanto a ponto de perder a força da mão e, a arma cai
e ele sai correndo de medo e; quando o profeta olha para os lados
sempre enxerga mais anjos protetores e; depois de um tempo o
260
261

profeta sem querer vai ao velório do conhecido marginal, que morre


atropelado e falece com o pescoço fraturado.
Mesmo sendo por várias vezes assaltado e ficando por horas
e horas com revolver na cabeça, o servo de Deus não se agoniza
porque sabe que não morre ali pois ainda tem promessa de Deus
para ser cumprida. Quem na obra fica, dias e dias, alimentando de
carne de bicho selvagens, aves do campo ou apenas uma pamonha
por dia, ou andando sobre rastros e na mira de onça, porém por
providencia de Deus continua de pé, não fica doente e não é
devorado por animais selvagens.
3-porque o verdadeiro missionário deve ser fiel?
O verdadeiro missionário de nada se arrepende e quando tem
nova oportunidade recomeça tudo novamente, pois tem certeza de
que a única coisa que não é ilusão nesta vida, que realmente
compensa e que permanece eternamente são galardões e coroas
recebidas pelo trabalho de ganhar almas agora; além do que,
missionário vê os Céus abertos todos os dias e se morrer no campo
é recebido nos Céus com duplicada honra. A coisa mais bonita, mais
compensativa e mais importante nesta vida é obedecer ao Ide do
Senhor Jesus, evangelizar, interceder pelas almas e padecer por
amor a Cristo.
4-qual o nosso dever para com as missões?
Devemos nos preocupar em ser, orar ou contribuir para com
as missões e, nunca recuar ainda que corramos risco de tortura num
país onde é contra o Evangelho e, temos notícias de torturas onde o
pai missionário ficou paralítico e a esposa e a filha não suportaram
os ferimentos dos espancamentos e já partiram para a Glória. Outro
que foi decapitado e no momento da execução ouviu-se dele que
estava vendo o Céu aberto igual a Estevam. Muitos que estavam
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presos e sendo maltratados em cadeias e prisões subterrâneas nos


países da Cortina de Ferro e, alguns que desumanamente foram
abandonados pelos contribuintes do caixa das missões e estavam
desnutridos e, juntamente com a família passavam fome e
necessidade.
5-qual a sua prova de amor para a obra de Deus?
Sou apaixonado por missões e então agora, abro mão de
meus direitos autorais e fica desde já os meus ouvintes de qualquer
igreja em qualquer país, autorizados, a reproduzirem cópias deste
DVD, 100, 500 ou dez mil cópias, não importa a quantidade e,
vender e aplicar toda a renda na obra de missões da sua própria
igreja, aplicar no custeio de missionários enviados pela sua igreja,
construção de templos na sua cidade, pagamento de espaços em
programas evangélicos no rádio, televisão, jornal, panfletos etc.
Os missionários têm muita carência no campo, eles e famílias
necessitam de ajuda e; quem não pode ir, então ao menos deve
ajudar aquele que ouviu a voz de Deus e teve coragem, de; mesmo
com dor, gemendo, ou com lágrimas, obedeceu ao IDE, e foi em
busca de preciosas almas. Nunca desista ou diga que já está bom o
tanto de almas que você já ganhou. Mesmo você tendo várias
décadas de estrada, ou que já esteja realmente cansado, mas Deus
te renova a cada dia, e ainda não terminou a carreira que te foi
proposta, tanto que, realmente ainda tem muito espaço em suas
mãos para se encher de almas e, sempre deve proclamar as Boas
Novas do Senhor Jesus até o seu último segundo de vida.
6-como será a divisão das bênçãos hoje e das coroas e
galardões no dia do Tribunal de Cristo?
Quem ganha almas sábio é e, Deus como justo juiz, dividirá a
bênção e o galardão, na proporção do esforço de cada um. Irmão!
262
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Ouve a voz de Deus e, abra o seu coração, vai ou ajuda alguém que
foi ou que está com vontade de ir! Estamos vivendo os últimos
segundos da Igreja na Terra, os últimos segundos de Mateus 24.14,
seja você um missionário e que a sua denominação seja uma igreja
missionária. Deus como justo juiz, que nunca falhou e nem falhar,
haverá de nos abençoar agora com refrigério, unção, poder e
prosperidade e fazendo chegar a fez de cada um, e, no além
entregando a merecida premiação. Missão está no coração de Deus,
é agora ou nunca. Amem.
Querido irmão, a demonstração deste CURSO refere-se
apenas a 1% do rico conteúdo que tem dentro das apostilas dos
Cursos de Teologia da Faculdade Gospel, adquira outros cursos e
peça, também, os nossos DVDs com lindas mensagens bíblicas para
edificação, avivamento e consolo, ou até para serem estudadas em
células e em telões nas igrejas, e cresça mais na fé, graça e no
conhecimento. Um Seminário a serviço de DEUS, preocupado em
instruir e edificar os pequeninos do Senhor Jesus. Em nome do
Senhor Jesus. Amem. Um beijo bem gostoso na taboa do coração de
cada um que nos assistiu, Deus seja louvado.

16-10 OUTROS CURSOS RECOMENDADOS PARA


CRESCER OS FIEIS TANTO NA QUALIDADE QUANTO NA
QUANTIDADE:
1-CURSO PARA NAMORADOS E NOIVOS
Temos uma promoção muito especial de Curso para
Namorados e Noivos, esse é o curso que todo líder de jovens ou
obreiros conselheiros que trabalham com jovens e adolescentes
precisam saber, é muito bom também para quem está namorando ou
pensa em ficar noivo. Tem muitos jovens que por falta de
263
264

esclarecimento já fazem sexo na primeira semana de namoro e já


abandona a igreja, e, o curso é claro e objetivo e orienta sobre como
deve ser o namoro cristão. No final tem as questões e o aluno ganha
um lindo certificado e uma credencial que habilita a ministrar em
congressos de jovens e dar curso para namorados e noivos. Favor
repassar essa promoção, telefone ou site para o líder de jovens.
2-CURSO DE CASAIS
Temos uma promoção muito especial de Curso para Casais,
esse é o curso que todo líder de casais ou obreiros conselheiros que
trabalham com casais precisa saber, é muito bom também para
quem está noivo e com o casamento marcado. O jovem não pode
casar-se sem antes fazer esse curso e infelizmente tem muitos
jovens casando e não sabem como enfrentar e vencer as
dificuldades e os problemas da nova vida e acabam se separando no
primeiro desentendimento, na apostila revelamos todos os segredos
da vida a dois. No final tem as questões e o aluno ganha um lindo
certificado e uma credencial que habilita a ministrar em encontro de
casais e ser conselheiros para casais. Favor repassar essa
promoção, telefone ou site para o líder de casais.
3-CURSO ANTIDROGAS
Temos uma promoção muito especial de Curso Antidrogas,
esse é o curso que todo líder de jovens ou obreiros conselheiros que
trabalham com os jovens e adolescentes precisa saber, é muito bom
também para algum irmão da igreja que seja político ou que pretende
candidatar-se a Vereador para poder já fazer reuniões de combate
as drogas na igreja e também nas escolas. Igreja tem que ter
pessoas habilitadas em trabalhar nessa área, pois tem muitos jovens
da igreja que sem saber da gravidade estão usando drogas e se
desviando. É bom também para algum irmão que seja Militar para
264
265

saber mais de como conversar assuntos de drogas com os jovens da


igreja e dar palestras nas escolas. No final tem as questões e o aluno
ganha um lindo certificado e uma credencial que habilita a ministrar
cursos antidrogas na igreja e nas escolas. Favor repassar essa
promoção, telefone ou site para um vereador ou policial que sejam
membros da igreja.
4-CURSO DE ORAÇÃO, JEJUM E INTERCESSÃO
Temos uma promoção muito especial de Curso de Oração
Jejum e Intercessão, esse é o curso que toda líder de oração, do
círculo de oração ou obreiros precisam fazer, pois oração é a coluna
e a base da igreja e tem muitas igrejas fracas e pequenas porque
não sabem explorar essa fonte de potencial. No final tem as
questões e o aluno ganha um lindo certificado e uma credencial que
habilita a ministrar em congressos de jovens e dar curso para
obreiros e irmãos do círculo de oração. Favor repassar essa
promoção, telefone ou site para a líder do círculo de oração.
5-CURSO PARA MÚSICO, MAESTRO, REGENTE E
MINISTRO DE LOUVOR
Temos uma promoção muito especial de Curso de Música
Gospel e Sacra em todos os níveis. Esses são os cursos que todo
líder ou ministro de louvor, regente ou maestro devem e precisam
fazer para bem conduzir o trabalho musical da igreja dentro dos
padrões bíblicos. Tem muitos músicos que por falta de sabedoria
estão fazendo o que não pode e o que não deve e destruindo a
unção da igreja com letras, ritmos e músicas que não adoram a
Deus. As músicas que não podem ser tocadas ou cantadas nas
igrejas são: 1-Subliminar, pois contém letra com mensagem invertida
e oculta. 2-Psicografada, pois é inspirada por demônios quando usa
médiuns para escrever e, 3-Sensual vez que é música que invoca
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erotismo e pornografia. No final tem as questões e o aluno ganha um


lindo certificado e uma credencial que habilita a ministrar cursos para
músicos e o aluno pode escolher se deseja colocar no certificado o
nome de Maestro, Regente ou Ministro de Louvor. Favor repassar
essa promoção, telefone ou site para os músicos, líderes de louvor,
regentes e maestros.
6-COLAÇÃO DE GRAU DOS FORMANDOS E UNÇÃO E
CONSAGRAÇÃO DE OBREIROS, CRIAMOS IGREJAS, RÁDIO E
ONGS.
A nossa Faculdade realiza festa solene de Formatura com
Colação de Grau e culto de Unção e Consagração de Teólogos,
Pastores, Bispos, Apóstolos, e Obreiros periodicamente. Muitos
Obreiros já estão na obra por vários anos e ainda não foram ungidos
e consagrados devidos descaso ou maldade de seus pastores
presidentes e, também não colaram grau devido não terem cursado
algum Seminário ou feito algum Curso de Teologia e, por isso não
tem certificado e credencial de Autoridade Eclesiástica perante a lei
e, precisam desse momento para comprovação perante as
autoridades, os fiéis e a sociedade. Muitos devido essa ausência do
documento e da unção e consagração sentem-se complexos de
inferioridade e sabem que estão incompletos e faltando alguma coisa
ou o reconhecimento perante os homens. A Faculdade Gospel supre
esse momento e abre espaço não somente aos seus alunos, mas a
todos que já exercem o pastorado e que desejam essa confirmação
do dom e vocação. Peça um DVD gratuito de algumas de nossas
festas de Colação de Grau e Unção e Consagração, e, comprove a
seriedade e grandeza dessa Festa Solene de Formatura e do Culto
que sem dúvida é o segundo dia mais bonito da vida de uma pessoa.
Favor repassar essa promoção, telefone ou site para todos os
266
267

pastores da cidade que ainda não são possuem credencial de


autoridade eclesiástica e que ainda não foram ungidos e
consagrados. Já ungimos, ordenamos e consagramos mais de 8mil
pastores, bispos e apóstolos e, já abrimos mais de 3 mil atas e
estatutos para fundação de igrejas onde o presidente é vitalícios e
nomeia e destituiu os demais membros da diretoria.
7-CURSO DE MISSIONÁRIO OU EVANGELISTA
Temos uma promoção muito especial do Curso de
Missionário ou Evangelista, esse é o curso que toda pessoa que
gosta de ganhar almas e que tem o dom de evangelizar precisa e
deve fazer para saber mais ainda como persuadir, como discipular e
como consolidar as almas para elas ficarem muito mais
entendedoras da Bíblia e apaixonadas por Jesus e nunca mais
saírem da igreja e ainda em pouco tempo já serem excelentes
obreiros. Muitas igrejas não crescem porque os pastores querem
fazer tudo sozinho e não tem coragem de consagrar missionários e
evangelistas para auxiliá-los com medo deles crescerem mais e
conquistar a simpatia dos fiéis. No final tem as questões e o aluno
ganha um lindo certificado e uma credencial onde poderá escolher se
Evangelista ou Missionário, que o habilita a fazer missões e
evangelizar tanto no Brasil quanto internacional, ministrar em
presídios ou hospitais, festas e congressos dentro da igreja ou em
praça pública, rádio, televisão ou internet. Favor repassar essa
promoção, telefone ou site para as pessoas que possuírem o dom e
vocação. Quem ganha almas sábio é, não podemos apresentar com
as mãos vazias no dia do tribunal de Cristo, mas devemos hoje,
mesmo gemendo ou chorando levantar e andar em busca de almas
e, ter muitas almas nas mãos para trocar com o Senhor Jesus por
coroas e galardões eternos.
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268

8-CURSO DE MINISTRAÇÃO, ORATÓRIA E PREGAÇÃO


Temos uma promoção muito especial do Curso de Oratória,
esse é o curso que toda pessoa que gosta de falar bem, de falar
bonito, de falar com empolgação, de falar com oratória, de falar com
eloqüência, de falar com vibração, de falar com energia, de falar com
carisma e alegria, de falar com entusiasmo e afinal de falar com
poder, autoridade e unção deve e precisa fazer para saber. Ensina
como dissuadir, persuadir e convencer o próximo e conquistar e
encantar as massas e multidões e, como levar o povo ao delírio e
eufórica. O aluno orador aprende como falar de uma forma clássica e
que ao mesmo tempo seja compreensível e popular. Aprende sobre
Homilética; Efeitos Psicológicos; Vocalização e Entonação; Artes
Dramáticas; Decoro; Falar com Entendimento; Desenvolver
Raciocínio; Ministração de Cura; Ministração em Campanha;
Ministração para Jovens; Ministração para Senhoras; Ministração em
Evangelismo e Ministração Pessoal.
Muitas igrejas estão vazias justamente porque o povo não
suporta mais o timbre chato da voz do pastor, e, muitas pessoas
andam longe só para ouvir uma oratória elegante ou uma voz e um
sermão macios, gostosos, meigos e suaves. No final tem as
questões e o aluno ganha um lindo certificado e uma credencial de
Orador, que o habilita a ser ministrante nas igrejas tanto nos cultos
normais quanto nas solenidades e festividades. Favor repassar essa
promoção, telefone ou site para as pessoas que desejarem ser um
dia bem próximo grande e carismático orador com agendas cheias e
que levam as multidões ao delírio.
9-CURSO DE DIÁCONO, PRESBÍTERO, EVANGELISTA E
PASTOR

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269

O Pastor não pode ficar trabalhando sozinho e deve nomear


ajudantes em todos os setores, sob pena de sua igreja estagnar e
em pouco tempo diminuir e fechar-se. Numa igreja com 100
membros necessitam de 10% de pessoas para o diaconato, então 10
diáconos. Necessitam de 5% para o presbitério, então 5 presbíteros.
3% para evangelizar, então 3 Evangelistas, e, sempre a cada grupo
de 50 membros deve ter um pastor, então dois pastores, o titular e o
vice. Se tiver 300 membros deve ter obrigatoriamente 6 pastores.
Conclui que 20% dos membros de uma igreja devem estar
envolvidos com a obra e todos levam a carga com facilidade. Ainda
outros 10% para os demais trabalhos como líder de oração, de
louvor, de vigília, de jejum, de visitas, de obras, de festividades etc.
perfaz um total geral de 30%. Se a igreja tiver mil membros, serão 10
pastores e 300 envolvidos e assim por diante. E a Faculdade Gospel
possui todos esses cursos para oferecer à sua igreja e ministério,
entre em contato e feche um pacote para ajudar a sua igreja a
crescer mais e mais na excelência, quantidade e qualidade.
10-CURSO DE BACHAREL, PSICOLOGIA, MESTRADO,
DOUTORADO E PHD
As autoridades do Executivo (prefeitos e governadores), do
Legislativo (vereadores, deputados e senadores) e Judiciário (juiz,
promotor, delegado), intelectuais, professores, profissionais liberais,
empresários, militares de diversas patentes, pessoas do mundo
artístico e celebridades em geral estão vivendo na maior opressão
jamais vista, grande parte está angustiada, estressada, fóbica,
traumatizada, no poço e vale, cheia de inimigos, complexada,
oprimida e deprimida, alguns até pensando em suicídios, sem
nenhum prazer com a vida e até desejando a morte, chorando
amargamente as escondidas todos os dias, porém não podem tirar
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270

as máscaras devido às posições que ocupam perante o trabalho e a


sociedade, maior parte sorriem apenas com a face e o coração está
muito triste; trabalham com multidões, mas vivem na solidão e não
tem amigos; sempre com excessos de problemas sociais,
emocionais, familiares ou de saúde e, desesperadamente a única
solução é buscar Deus e procura insistentemente alívios e socorros
nas igrejas por meio da fé. A moral é que estamos vivendo um
momento profético de ―princípio de dores‖ onde a agonia é total e, na
verdade somente nas palavras do Mestre Jesus pode-se encontrar
alívio para o vazio da alma e encontrar a paz verdadeira que tanto a
humanidade está precisando. Assim, os programas de televisão e as
igrejas tornaram-se maior das vezes em verdadeiras clínicas
coletivas de autoajuda, motivação, consolo, superação e de
musicoterapia. Realmente a palavra bíblica tem autoridade, poder,
restauração, restituição, transformação, alívio, consolo, unção e
germina a vida eterna. Até há 20 ou 30 anos as igrejas eram abertas
e dirigidas somente por leigos e para leigos, ou melhor, apenas para
pessoas humildes culturalmente e financeiramente mas, hoje elas
estão sendo freqüentadas são por pessoas mais das classes médias
e altas, realizadas econômicas e culturalmente, e estão superlotando
os templos. Então os líderes não podem ficar sem cursos de
graduação ou pós-graduação. Até porque a concorrência está muito
acirrada e aqueles pastores que sabem mais e que tem mais para
oferecer são que conseguem sobressair. Devem e precisam
conhecer muito até porque é bom o pastor ser apresentado como
bacharel em teologia, ou mestre, ou doutor ou PhD, eleva a sua
estima e dá maior credibilidade perante os fiéis que na maior
quantidade tem nível universitário ou são ricos, e grande parte dos
intelectuais e dos ricos são analistas, críticos, exigentes e enjoados.
270
271

Para o contexto atual de um auditório elitizado é vexatório ver um


pastor sem qualificação acadêmica e ainda ficar pronunciando
errado, e essas classes ―A e B‖ podem não retornarem ao local, mas
procurarem outras igrejas onde os pastores sejam mais qualificados
culturalmente, faz parte e é a realidade social das igrejas, não
podemos tentar fugir ou esconder a verdade. Você com nos nossos 5
cursos de: Bacharel em Teologia, Psicologia Pastoral, Mestrado em
Bíblia, Doutor em Divindade e PHD em Judaísmo Messiânico,
somente Deus poderá te segurar na obra, e, a sua estima, graça e
unção fica bem mais radiante e visível por todos, onde então o seu
comportamento, repertório e equilíbrio ficará muito em alta.

Todos os nossos cursos têm o apoio da CGIADB, CBI,


CICAI, CFP, APAMED, AS DEUS e várias outras Convenções,
Ordens, Conselhos, Associações e Igrejas.

17-COMO FORMAR NÚCLEO E POLO EM SUA CIDADE


Reúna um grupo de 30 a 50 irmãos de sua igreja e das
demais igrejas de sua cidade, e, façam o Curso de Teologia Geral,
duração de 4 a 12 dias (um a três meses), um dia por semana à
noite ou sábado ou domingo de manhã, e, ao final faça na igreja a
grande festa de formatura sexta ou sábado à noite, primeiro é a parte
da colação de grau com duração de uma hora e, depois a parte da
unção e consagração com duração de mais uma hora e, para
concluir faça um grande banquete numa mansão ou num salão de
eventos (procure terminar no máximo a meia noite e não perturbem
os vizinhos). Formaturas assim é muito bom porque é mais uma
forma de evangelizar convidando os familiares dos formandos, a

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272

população em geral e as autoridades e, também para a comunidade


ver que os evangélicos são sábios e cultos.
Se o grupo de formandos for pequeno ou for para o cargo de
Pastor, querendo, pode agendar colação de grau e unção e
consagração direto pelo Reitor Pr. Omar na sede da Faculdade
Gospel em Ituiutaba-MG., pois temos eventos solenes
periodicamente onde reúnem formandos de todas as denominações
e de todos os estados do Brasil e de diversos países (comprove
acessando o nosso site ou peça gratuitamente DVDs de nossas
solenidades).
18-ABRIMOS IGREJAS, RÁDIOS, ONGS E MINISTÉRIOS
(ATA E ESTATUTO COM CNPJ) E JÁ CONSAGRAMOS A
PASTORES, BISPOS E APÓSTOLOS E FILIAMOS NA
CONVENÇÃO;
A nossa Faculdade realiza festa solene de Formatura com
Colação de Grau e culto de Unção e Consagração de Teólogos,
Pastores, Bispos, Apóstolos, e Obreiros periodicamente. Muitos
Obreiros já estão na obra por vários anos e ainda não foram ungidos
e consagrados devidos descaso ou maldade de seus pastores
presidentes e, também não colaram grau devido não terem cursado
algum Seminário ou feito algum Curso de Teologia e, por isso não
tem certificado e credencial de Autoridade Eclesiástica perante a lei
e, precisam desse momento para comprovação perante as
autoridades, os fiéis e a sociedade. Muitos devido essa ausência do
documento e da unção e consagração sentem-se complexos de
inferioridade e sabem que estão incompletos e faltando alguma coisa
ou o reconhecimento perante os homens. A Faculdade Gospel supre
esse momento e abre espaço não somente aos seus alunos, mas a
todos que já exercem o pastorado e que desejam essa confirmação
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do dom e vocação. Peça um DVD gratuito de algumas de nossas


festas de Colação de Grau e Unção e Consagração, e, comprove a
seriedade e grandeza dessa Festa Solene de Formatura e do Culto
que sem dúvida é o segundo dia mais bonito da vida de uma pessoa.
Favor repassar essa promoção, telefone ou site para todos os
pastores da cidade que ainda não são possuem credencial de
autoridade eclesiástica e que ainda não foram ungidos e
consagrados. Já ungimos, ordenamos e consagramos mais de 8mil
pastores, bispos e apóstolos e, já abrimos mais de 3 mil atas e
estatutos para fundação de igrejas onde o presidente é vitalício e
nomeia e destituiu os demais membros da diretoria.
Reitor Ap. Pr. Dr. Omar Silva da Costa
Diretor Executivo Pr.Dr. Magnus Carlo de Oliveira Costa
www.faculdadegospel.com.br ,
www.faculdadelivre.com.br e, www.colecaosaude.com.br

Total de 50 perguntas, 35 dos módulos 1 a 4, e 15 do


módulo 5, responder em duas linhas para cada questão, pessoal
e discursiva, e remeter junto com a foto via e-mail para receber
o certificado de teologia e credencial, ouvir o DVD de duas
horas e meia para ajudar.

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PROVA DO CURSO: Perguntas do 1º ao 4º Módulos


1. O que é Revelação segundo a Bíblia?
2. O que é Inspiração da Bíblia? Justifique biblicamente a
resposta?
3. Descreva sucintamente sobre as teorias da Inspiração da
Bíblia?
4. O que é um atributo quando relacionado a Deus?
5. O que é atributo natural de Deus? Usando a Bíblia,
mencione cinco deles.
6. O que é atributo moral de Deus? Usando a Bíblia,
mencione cinco deles.
7. Defina o que é Trindade?
8. Justifique biblicamente a existência da Trindade no Velho
e no Novo Testamento.
O que é a Providência de Deus? Cite três fatos bíblicos
onde a Providência de Deus pode ser observada.
9. A doutrina que estuda o homem do ponto de vista teológico
chama- se.
10. Em relação à constituição do homem, discorra sobre as
teorias existentes. Embase com a Bíblia a sua preferência.
11. Sobre a origem da alma, quais são as teorias existentes?
Descreva-as sucintamente.
12. O que é a imago Dei?
13. O que é pecado?
14. Quais as consequências do pecado sobre o ser humano?
15. Justifique biblicamente a morte em seus aspectos físico,
espiritual e eterno?
16. Prove biblicamente a natureza humana de Cristo?
17. Prove biblicamente a natureza divina de Cristo?
18. O que é união hipostática das naturezas de Cristo.
Justifique biblicamente a resposta?
19. Quais são os estágios do Estado de Humilhação de
Cristo? Justifique biblicamente a resposta?

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20. Quais são os estágios do Estado de Exaltação de Cristo?


Justifique biblicamente a resposta?
21. Quais os Ofícios de Cristo? Descreva sucintamente cada um
deles provando-os biblicamente.
22. O que é Calvinismo e qual a seqüência dos passos
ensinados pelo mesmo quanto à ordem dos decretos de Deus, no que se
refere à salvação?
23. O que é Justificação segundo a Bíblia. Prove
biblicamente a resposta.
24. O que é Santificação segundo a Bíblia. Prove
biblicamente a resposta.
25. Quais os aspectos teológicos da morte de nosso Senhor
Jesus Cristo. Use a Bíblia na resposta.
26. A Bíblia prova a existência de Deus ou não? Se prova,
como o faz?
27. Pode-se sustentar a posição de que não existem ateus?
28. Que são anjos?
29. Existe uma gradação entre os anjos (maus e bons)?
Comente o assunto à luz da Bíblia.
30. O que é Escatologia?
31. Quais os assuntos tratados em cada uma dessa
divisão da Escatologia?
32. Prove biblicamente a Segunda Vinda do Senhor?
33. Prove biblicamente o Arrebatamento da Igreja?
34. O que é o Juízo Final? Comprove biblicamente o assunto.
35. O que é o Estado Eterno. Comprove biblicamente o assunto.

Mais 15 do módulo 5, total de 50 perguntas. Total de 50


perguntas, 35 dos módulos 1 a 4, e 15 do módulo 5, responder em duas
linhas para cada questão, pessoal e discursiva, e remeter junto com a foto
via e-mail para receber o certificado de teologia e credencial, ouvir o DVD
de duas horas e meia para ajudar.

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Perguntas do 5º Módulo

1-Como são os cursos da Faculdade Gospel?


TRINDADE SANTA
2-Como a Teologia explica Deus?
BIBLIOLOGIA
3-Porque a Teologia verdadeira deve se apoiar na Bíblia?
ABENÇOAREI OS QUE ABENÇOAREM
4-Porque nos os Evangélicos devemos amar Israel?
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO E DA IGREJA
5-Teologicamente como é dividido a História Geral?
HISTÓRIA DE ISRAEL, NAZISMO E REPATRIAÇÃO
53-comente a ideologia dos judeus?
54-o que são guetos, campos de extermínios e como eram as
câmaras de gases?
55-como era a sequência das maldades de Hitler contras os
judeus?
56-quanto tempo durou a cessão da ONU para aprovar o
estado de Israel e qual o brasileiro que estava lá e votou
favorável?
57-de onde Hitler copiou o projeto de perseguição,
discriminação e morte dos Judeus?
58-quantas guerras Israel participou após o renascimento e
que tamanho deverá ser o futuro território de Israel?
59-onde será o novo templo e quando será construído?
60-o que é e quando será a septuagésima semana?
61-porque devemos orar pela paz em Jerusalém?
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TEMPO DOS GENTIOS PÓS ISRAEL


6-O que a Teologia define como Tempo dos Gentios?
TEMPO DOS GENTIOS E MISSÕES URGENTES
11-o que é o tempo do fim do 5º marco e último da Igreja na Terra?
ARREBATAMENTO
7-Como a Teologia vê a aproximação do momento do
Arrebatamento?
SEXO PRÉ, EXTRA E UNIÃO ESTÁVEL
8-porque Amasiados e quem pratica o Jugo Desigual e o Sexo Pré
e Extra não serão Arrebatados?
TRIBUNAL DE CRISTO E BODAS DO CORDEIRO
9-Para onde iremos e como será a Jerusalém Celeste?
GRANDE TRIBULAÇÃO
10-Quando e como será a Terceira Guerra ou Grande
Tribulação.
MILÊNIO
11-Como será o Milênio?
POUCO DE TEMPO - 4ª E ÚLTIMA GUERRA
12-Como será a 4ª e última Guerra na Terra?
JUÍZO FINAL
13-Para quem será o Juízo Final?
NOVO CEU E NOVA TERRA
14-Quem habitará no Novo Céu e na Nova Terra?
IDE E A PROSPERIDADE ESPIRITUAL
15-Como ficar rico no Céu?
Total de 50 perguntas, 35 dos módulos 1 a 4, e 15 do módulo 5,
responder em duas linhas para cada questão, pessoal e
discursiva, e remeter junto com a foto via e-mail para receber o
certificado internacional de teologia e a credencial, ouvir o DVD
de duas horas e meia para ajudar.
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BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS:
MAIA, Hermisten. Fundamentos da Teologia Reformada. Mundo
Cristão, São Paulo, 2007.
RAMOS, Cristina Ferreira. Introdução à Teologia. Caicó, 2008.
RAMOS, Robson. Evangelização no mercado pós-moderno. Ultimato,
Viçosa, 2003. SEVERA, Zacarias de Aguiar. Manual de Teologia
Sistemática. A. D. Santos Editora, Curitiba, 1999.
R.N. CHAMPLIM. Novo Testamento Interpretado Versículo por
Versículo. (doravante denominado de NTI), vol.1 à 6. Ed. Candeia. 1995.
W.C. TAYLOR. Dicionário do Novo Testamento Grego.
Ed. JUERP. 1991. Gerhard F. HASEL. Teologia do Novo
Testamento. Ed. JUERP. 1988.
Osmundo A. MIRANDA. Estudos Introdutório nos Evangelhos
Sinóticos. Casa Editora Presbiteriana. 1989.
Werner G. KÜMMEL. Síntese Teológica do Novo Testamento.
Ed. Sinodal. 1983. Eduard LOHSE. Introdução ao Novo Testamento.
Ed. Sinodal. 1985.
George E. LADD. Teologia do Novo Testamento. Ed. JUERP. 1993.
João F. ALMEIDA. Bíblia (ARA) Novo Testamento Trilíngüe Grego,
Português, Inglês. Ed. Vida Nova. Editor Luiz A.T. Sayão. 1998.
João F. ALMEIDA. Bíblia (ARC). CPAD. 1999.
Bavinck, Geref. Dogm. II,
p.52-74;
Kuyper, Dirct. Dogm. De Deo I, P.
77-123; Hodge, Syst. Theol. I, p.
221-248; Dabney, Syst. And
Polem Theol, p.5-26;
Macintosh, Theol. as an Empirical Sciense, p.90-99;
Knudson, The Doctrine of God, p. 203-241;
Beathie, Apologetics, p.250-444; Brightman, The Problem
of God, p. 139-165;
Wright, A Student‗s Phil of Rel.,
p.339-390; Edward, The Philosophy
of Rel., p. 218-305;
Beckwith, The Idea of God, p. 64-115;
Thompson, The Chirstian Idea of God, p. 160-189;
Robinson, The God of the Liberal Christian, p.114-149;
Galloway, The Phil, of Rel., p.382-394

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ABRIMOS IGREJAS, RÁDIOS, ONGS, CRECHE PARA CRIANÇAS SÓ


DURANTE O DIA E TAMBÉM INTERNOS, DE 1 A 12 ANOS, ABRIGO PARA
IDOSOS, CLÍNICA DE RECUPERAÇÃO DE DROGAS, E MINISTÉRIOS (ATA E
ESTATUTO COM CNPJ) E JÁ CONSAGRAMOS A PASTORES, BISPOS E
APÓSTOLOS E FILIAMOS NA CONVENÇÃO GERAL
A nossa Faculdade realiza festa solene de Formatura com Colação de
Grau e culto de Unção e Consagração de Teólogos, Pastores, Bispos,
Apóstolos, e Obreiros periodicamente. Muitos Obreiros já estão na obra por
vários anos e ainda não foram ungidos e consagrados devidos descaso ou
maldade de seus pastores presidentes e, também não colaram grau devido não
terem cursado algum Seminário ou feito algum Curso de Teologia e, por isso
não tem certificado e credencial de Autoridade Eclesiástica perante a lei e,
precisam desse momento para comprovação perante as autoridades, os fiéis e a
sociedade. Muitos devido essa ausência do documento e da unção e
consagração sentem-se complexos de inferioridade e sabem que estão
incompletos e faltando alguma coisa ou o reconhecimento perante os homens. A
Faculdade Gospel supre esse momento e abre espaço não somente aos seus
alunos, mas a todos que já exercem o pastorado e que desejam essa
confirmação do dom e vocação. Peça um DVD gratuito de algumas de nossas
festas de Colação de Grau e Unção e Consagração, e, comprove a seriedade e
grandeza dessa Festa Solene de Formatura e do Culto que sem dúvida é o
segundo dia mais bonito da vida de uma pessoa. Favor repassar essa
promoção, telefone ou site para todos os pastores da cidade que ainda não são
possuem credencial de autoridade eclesiástica e que ainda não foram ungidos e
consagrados. Já ungimos, ordenamos e consagramos mais de 8mil pastores,
bispos e apóstolos e, já abrimos mais de 3 mil atas e estatutos para fundação de
igrejas onde o presidente é vitalício e nomeia e destituiu os demais membros da
diretoria. Reitor Ap. Pr. Dr. Omar Silva da Costa

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