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1.

INTRODUÇÃO
Este presente documento é um relato de experiência, que visa também servir como
manual prático, técnico, sobre os procedimentos usados no sistema Korean Natural Farming
(KNF), Agricultura Natural Coreana.
Este sistema de cultivo de plantas e criação de animais iniciou-se na Coréia por
meados dos anos 1960. Com o crescente uso de insumos (fertilizantes, pesticidas, herbicidas)
químicos, sintéticos, o fundador chamado Han Kyu Cho buscou através deste sistema uma forma
de emancipar cada cultivador, fazendeiro, da dependência de insumos externos. O KNF possibilita
a cada cultivador a produção dos seus próprios insumos, que são naturais, orgânicos e de baixo
custo, e o desenvolvimento de culturas de microorganismos indígenas (IMO), que são locais,
nativos de cada área cultivada, para assim aumentar a fertilidade do solo.
Neste relato serão mostradas e explicadas as técnicas e procedimentos utilizados no
KNF para cultivo dos microorganismos indígenas (IMO), do passo 1 ao 4. Nas referências estarão
disponíveis links, vídeos que ensinam e explicam como fazer os insumos, soluções utilizadas no
processo de cultivo dos microorganismos e também em todo o cronograma de cultivo aplicado no
sistema.
Todo o processo foi realizado no Parque Estadual do Cocó, em sua sede localizada na
Av Padre Antonio Tomás em Fortaleza, Ceará.

2. OBJETIVOS
O cultivo dos microorganismos indígenas foi realizado para dois propósitos:
a) Acelerar o reflorestamento, que foi iniciado com o plantio de Araticum do Brejo, de uma área
com o solo salinizado, visando recuperar o ecossistema de mangue.
b) Tratamento de águas poluídas, dentro do Parque, através da biorremediação.

3. METODOLOGIA
3.1 IMO1
Para o primeiro passo, chamado IMO1, que se trata da captura dos microorganismos
indígenas, deve se utilizar arroz, que funciona como atrativo, por ser um carboidrato, e é
colonizado pelos IMO. O arroz é especificamente utilizado por se tratar de uma fonte pobre em
nutrientes, e por isso captura os microorganismos mais resistentes e fortes, não dando chance aos
oportunistas.
O processo de cozimento (Figura 1A) deve ser feito de tal maneira que a água esteja na
mesma linha do arroz, na panela, isso porque o arroz deve ser mal cozido e fique ainda duro de
certa maneira, pois isso garante a manutenção de condições aeróbias, com presença de oxigênio.
Condições aeróbias são essenciais nessa etapa pois o foco é a captura de uma coleção dominada
por fungos, e estes precisam de oxigênio para sobreviver. Para garantir melhores resultados, pode-
se usar as soluções chamadas Nutriente Herbal Oriental (OHN) e Suco Fermentado de Planta
(FPJ) no processo de cozimento (cerca de uma colher de chá de cada solução), o OHN é usado
para inibir a ação de microorganismos patógenos e o FPJ como uma fonte a mais de alimento para
atrair os microorganismos benéficos.
Após o cozimento o arroz deve ser colocado em uma caixa (Figura 1B), de preferência
de madeira ou bambu, plástico deve ser evitado. Encher a caixa com arroz até 2/3 (Figura 1C) de
sua capacidade, esta proporção é essencial para permitir a fermentação, pois o espaço de 1/3 vazio
na verdade sustenta o crescimento dos microorganismos que usam o ar disponível. A caixa deve
possuir espaços vazios no fundo para permitir circulação de ar, mas não tão grandes ao ponto de o
arroz cair. O topo deve ser aberto. Não existem dimensões específicas para a caixa, mas visando
diminuir a quantidade de arroz utilizada a altura deve ser de no máximo 10 centímetros,
propiciando assim maior superfície de contato com o espalhamento do arroz ao invés do
empilhamento em coluna. As caixas utilizadas nesse relato possuem cerca de 20x20x10, um
quadrado com lados iguais de 20 centímetros e mais ou menos 10 centímetros de altura, e
provaram-se eficientes no processo de captura.
Depois de enchida com arroz, a caixa deve ter o topo coberto com papel toalha ou
outro material que permita a circulação de ar, e levada para os locais de coleta, que são matas
nativas, florestas ou o local de maior preservação possível. A caixa deve ser deixada debaixo da
serrapilheira, de preferência daquelas com fungos visíveis. Caso haja matéria orgânica com fungos
visíveis, colocar este material em cima da caixa (Figura 1D), nas suas laterais para que não afunde
muito o centro, cobrir de volta com a serapilheira e por último com uma lona (Figura 1E) para
garantir a proteção em caso de chuva. Em locais tropicais, quente e úmido, como Fortaleza, onde o
experimento foi realizado, 3 dias são suficientes para que o arroz seja colonizado (Figura 1F). Em
locais com temperaturas amenas, até 5 dias podem ser necessários.
Figura 1 – Primeira etapa de cultivo dos microorganismos indígenas (IMO1). (A) Proporção
correta de água e arroz no cozimento. (B) Caixa de madeira utilizada na captura. (C) Caixa
enchida até cerca de 2/3 de sua capacidade com arroz mal cozido. (D) Galhos e folhas com fungos
em cima do papel toalha que cobre a caixa. (E) Lona plástica cobrindo a serapilheira na qual a
caixa foi deixada. (F) Coleção de microorganismos indígenas (IMO1) obtida, notar o predomínio
de micélios brancos (estrutura formada por fungos e bactérias parecida com algodão), coleções
desse tipo são desejáveis, outras cores como vermelho e amarelo podem estar presentes, mas não
devem predominar na coleção.

A B C

D E

Fonte: Elaborado pelo autor.


3.2 IMO2
Assim que a coleção de microorganismos indígenas (IMO1) é coletada, retirada da
mata onde foi deixada por alguns dias, deve se prosseguir para o segundo passo (IMO2)
imediatamente.
Este segundo passo consiste em preservar a coleção obtida. Isso é feito através da ação
do açúcar (demerara ou mascavo, nunca utilizar açúcar branco refinado neste sistema), que exerce
pressão osmótica nos microorganismos, retirando e prendendo toda a água presente. Os
microorganismos possuem 80% de seus corpos formados por água, e por isso essa etapa provoca a
dormência, latência desses seres, que são desidratados e não mais conseguem agir, dessa forma
esporulam para que futuramente possam se multiplicar. Deve-se pesar o arroz colonizado pelos
microorganismos (Figura 2A) e então adicionar o mesmo peso de açúcar (Figura 2B), depois
massagear para que o açúcar entre em contato de maneira uniforme com todas as porções do arroz.
O arroz estará unido, em forma de bloco, e por isso deve ser quebrado aos poucos durante a
mistura com açúcar.
Depois de deixar a mistura uniforme, passar para potes de vidro, de preferência, ou
plástico. Após separar a mistura em potes, cobrir com uma camada de açúcar, com cerca de 1cm,
para garantir melhor preservação da coleção, e então cobrir o pote com papel toalha ou algum
material que permita troca de ar, deixando em local escuro (Figura 2C).
Figura 2 – Segunda etapa, preservação dos microorganismos indígenas (IMO2). (A) Pesagem do
arroz colonizado. (B) Adicionando o mesmo peso de açúcar. (C) Coleções guardadas em potes.

A B C

Fonte: Elaborado pelo autor.


3.3 IMO3
O terceiro passo, IMO3, consiste na multiplicação, propagação dos microorganismos
indígenas que estavam em dormência (IMO2). Para isso prepara-se uma pilha que deve ser
composta, de preferência, por partes iguais de carboidrato e carbono. Fontes de carboidrato são
geralmente farelos de qualquer grão (arroz, trigo, aveia, milho, cevada), e fontes de carbono são
geralmente chips de madeira e serragem fina e grossa.
O carboidrato fornece energia para os microorganismos (pode ser comparado ao
nitrogênio no composto tradicional), e quando usado por si só, nesse processo, tende a esquentar
demais, isto é, passar da temperatura máxima recomendada, 45°C, tratando-se de um composto
mesófilo, e não termófilo como o tradicional (C:N).
O IMO3 é um tipo de Bokashi diferente do tradicional, pois deve ser fermentado em
condições aeróbias, com presença de oxigênio. A importância de adicionar uma fonte de carbono
junto ao carboidrato é muito grande, porque permite melhor controle da temperatura e aeração da
pilha, prevenindo picos de calor e compactações que o carboidrato tende a gerar, o que induziria
uma condição anaeróbia, sem presença de oxigênio, indesejável. O propósito, foco maior desse
processo de cultivo de microorganismos (IMO 1 ao 4), feito na Agricultura Natural Coreana, é o
estabelecimento de uma grande diversidade de microorganismos, com grandes quantidades de
fungos, que são os únicos capazes de digerir certos componentes da fonte de carbono (madeira)
como a lignina, sendo este outro fator positivo da adição de carbono na pilha.
Para o preparo da pilha, deve-se misturar as fontes de carboidrato e carbono de
maneira uniforme e então hidratar todo esse material, até cerca de 65% de umidade. O ponto certo
de umidade é quando ao apertar o material na mão um pouco de água comece a escapar pelos
dedos, porém isso também vai depender da umidade do local de preparo, em locais mais úmidos
vai se utilizar menos água que em locais secos. As soluções usadas no KNF são adicionadas nessa
etapa, junto dos microorganismos indígenas, todos diluídos em água sem cloro para então hidratar
a pilha. Nutriente Herbal Oriental (OHN) 1:1000, 1mL/L, Suco Fermentado de Planta (FPJ)
1:500, 2mL/L, Vinagre de arroz ou maçã (BRV) 1:500, 2mL/L e Água do mar 1:30, 30mL/L,
ou 1:20, 50mL/L, caso a pilha seja preparada com alguma fonte de carbono como serragem. Todas
essas soluções devem ser diluídas nessas proporções junto do IMO2, cerca de uma colher de sopa
cheia para cada 15L, em água sem cloro. Quanto mais coleções de microorganismos indígenas
forem usadas nesse terceiro passo (IMO3), melhor será o resultado, pois garantirá maior
diversidade microbiana, assim recomenda-se usar no mínimo 3 coleções capturadas em locais
diferentes, porém isso não é regra, é preferível. A proporção continua sendo 1 colher de sopa cheia
de IMO2 para cerca 15L de água sem cloro, nesse estudo foram usadas 3 coleções, então basta 1/3
de uma colher de sopa de cada coleção. Neste passo, bem como no próximo, essas soluções
utilizadas no sistema cumprem uma função, o OHN visa afastar e suprimir a ação de
microorganismos patógenos, o FPJ alimenta e estimula o crescimento de microorganismos
benéficos, o BRV equilibra o pH mantendo em uma faixa propícia para os microorganismos e a
Água do mar fornece mais de 80 minerais que são usados pelos microorganismos para fabricação
de enzimas, que permitem suas proliferações.
Após umedecida, hidratada (Figura 3B), formar uma pilha com altura entre 20 a 40cm
(quanto mais alta mais vai esquentar) que deve ser virada totalmente, por completo, a cada 24h.
Isso deve ser feito para manter o equilíbrio da temperatura, evitar esquentar demais, bem como
para incorporar oxigênio na pilha e induzir a esporulação dos fungos que entram em atividade.
Caso se tenha termômetro, continuar a virar a cada 24h e sempre que a temperatura chegar ou
ultrapassar os 45°C. A pilha deve ser feita em chão, solo, evitar cimento e qualquer outro material,
e deve ser coberta com palha, folhas ou outro material (Figura 3C) para que fique em condições
ideais para a proliferação dos microorganismos (70% de sombra). Caso o local onde a pilha foi
feita não tenha cobertura, improvisar uma para que não molhe por chuva. Idealmente, a pilha deve
ser hidratada, com todos os ingredientes, apenas uma vez, no começo. Adicionar mais solução
após o início pode incentivar condições anaeróbias, por isso não é recomendado, somente se o
clima for realmente seco. Após cerca de 7 dias desde o início (hidratação da pilha), mexendo-a por
completo a cada 24h, o material deverá estar seco e em temperatura ambiente, o que indica que a
colonização pelos microorganismos aconteceu com sucesso. O odor de uma pilha bem sucedida
deve ser parecido com pão, caso esteja um odor ácido, azedo ou de amônia, indica que a pilha
entrou em condições anaeróbias. Depois de a pilha secar totalmente, esperar 1 a 2 semanas,
deixando a pilha coberta no mesmo local ou guardando-a em outro lugar, para seguir ao próximo
passo, IMO4. Esse tempo de espera é necessário para que não haja picos de aquecimento na pilha
no último passo, prejudicando a microbiologia desenvolvida.
Figura 3 – Terceiro passo do cultivo de microorganismos indígenas (IMO3). (A) Pilha de farelo de
trigo com serragem iniciando a hidratação. (B) Pilha hidratada. (C) Cobertura feita com folhas
verdes e secas. (D) Microorganismos colonizando a pilha no terceiro dia após o início.

A B C
D

Fonte: Elaborado pelo autor.


3.4 IMO4
O quarto passo consiste em harmonizar os microorganismos cultivados, bactérias,
fungos e leveduras, com os microorganismos presente no solo local, nematoides, protozoários e
microartrópodes. Podemos chamar essa etapa de ativação, durante a qual os microorganismos
indígenas se habituarão às condições do solo local, onde futuramente serão aplicados.
O IMO3, farelo colonizado, deve ser misturado em partes iguais com o solo. Caso não
se tenha ideia de proporção exata, usar um pouco menos de solo para garantir que a pilha esquente
e o processo aconteça. Novamente, após misturar o IMO3 e o solo local, essa pilha deve ser
hidratada até chegar no mesmo ponto de umidade do passo anterior, cerca de 65%, momento em
que ao apertar a mistura na mão uma quantidade mínima de água começa a escapar pelos dedos.
Após a hidratação do material, formar uma pilha com altura máxima de 20cm, cerca de um palmo,
pois o IMO4, principalmente no início, tende a esquentar bastante e rapidamente, podendo em
menos de 24h ultrapassar os 45°C e tornar o meio anaeróbio, emitindo um odor desagradável
(vinagrado, azedo, asfalto) e perdendo boa parte da diversidade de microorganismos,
principalmente os fungos tão almejados. Assim como no IMO3, a pilha deve idealmente ser
hidratada apenas uma vez no início, também as condições de sombra devem ser mantidas
igualmente (70%), bem como o momento de se virar totalmente a pilha a cada 24h, regulando a
temperatura, mantendo a aeração e esporulando os fungos. O cheiro ideal nesse processo deve ser
o de solo de floresta. Novamente, após cerca de 7 dias virando a pilha a cada 24hs, esta deverá
estar seca e ter voltado à temperatura ambiente.
Após o fim desse processo, o IMO4 deve ser aplicado no solo, a proporção é cerca de
2,5 kg por 10 m², basta aplicar como uma névoa ao redor dos caules das plantas ou mesmo no solo
exposto, para que o IMO4 cubra e entre em contato com o solo. Após aplicar o IMO4, cobrir com
matéria orgânica, palha, madeira, folhas secas e etc (70% de sombra), e regar com a Solução de
Tratamento do Solo (SOS). Esta Solução é composta por OHN 1:1000, FPJ 1:500, BRV 1:500,
FAA 1:1000, LAB 1:1000, WCP 1:1000 e Água do mar 1:30. Esta solução dará suporte ao
crescimento e estabelecimento dos microorganismos aplicados no solo, e pode ser aplicada, de
preferência, uma semana antes de aplicar o IMO4 e semanalmente após a aplicação, por cerca de
um mês.
Figura 4 – Quarto passo do cultivo de microorganismos indígenas. (A) IMO3, branco, ao lado do
solo local, marrom escuro. (B) IMO3 e solo misturados. (C) Pilha hidratada com as soluções.

A B C

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.5 Biorremediação de águas


A biorremediação consiste no tratamento de águas poluídas, prejudicadas por excesso
de matéria orgânica vinda de efluentes, esgotos ou qualquer outra desordem que possa afetar um
corpo d’água. O tratamento é feito com microorganismos benéficos, no caso desse estudo, os
microorganismos indígenas (IMO) foram utilizados, além de terem sido aplicados no solo. Além
dos IMO usou-se os lactobacilos (LAB) coletados através de água de arroz e leite. Os IMO e os
lactobacilos foram usados na etapa de fermentação anaeróbia do farelo de trigo, processo
conhecido como Bokashi, que dura cerca de 10 dias.
Após a fermentação do farelo, deve-se misturar em partes iguais com argila ou solo
argiloso, para que possam tomar forma de bolinhas, com tamanho aproximado de uma bola de
tênis. Para formar as bolinhas se faz necessário hidratar a mistura de farelo e argila, e depois disso
deixar as bolinhas secando na sombra por cerca de 2 semanas. Após esse tempo os
microorganismos terão formado estruturas visíveis nas bolinhas, geralmente de cor branca, e então
poderão ser aplicadas em qualquer corpo d’água que necessite. Cada bolinha cobre 1m² de água.
Figura 5 – Preparação do Bokashi e confecção das bolinhas. (A) Hidratação do farelo de trigo com
microorganismos para fermentação. (B) Farelo de trigo em saco preto de lixo fechado para iniciar
a fermentação anaeróbia. (C) Farelo de trigo fermentado e argila. (D) Bolinhas produzidas
misturando farelo fermentado e argila em iguais proporções.

A B C
D

Fonte: Elaborado pelo autor.

4. CONCLUSÃO
Ambos objetivos foram cumpridos no sentido de feitio, cultivo dos microorganismos
indígenas (IMO) e aplicação destes nos Araticum do Brejo que foram plantados para
reflorestamento de área salinizada bem como a aplicação dos microorganismos em áreas internas
do Parque do Cocó com águas contaminadas, uma destas áreas foi um tanque de peixe construído
em um local onde brota uma fonte de água natural, na passagem Adahil Barreto, que registrou
mortandade de peixes e maus odores devido ao excesso de matéria orgânica.
Os resultados de ambos processos não são imediatos, e no mínimo necessitam de um
mês ou mais para que se comece a notar diferenças visíveis. Por isso não puderam ser registrados
nesse relatório.
5. REFERÊNCIAS
https://www.youtube.com/watch?v=cp6ZAmtbDj8 (Tutorial FPJ – Suco Fermentado de Planta).
https://www.youtube.com/watch?v=iQSOCoyMmMU (Tutorial OHN – Nutriente Herbal
Oriental).
https://www.youtube.com/watch?v=1Ke4OQljVmg&t=25s (Tutorial LAB – Bactérias produtoras
de ácido lático).
https://www.youtube.com/watch?v=Q9QbfzUnGSQ (Tutorial FAA – Aminoácidos de peixe).
https://www.youtube.com/watch?v=bi9vbLWzEqY&t=183s (Tutorial WCP – Fosfato de cálcio
solúvel).
https://www.youtube.com/watch?v=yPARtxlNrjo (Tutorial WCA – Cálcio solúvel).
https://www.youtube.com/watch?v=7N2PXBKf_GE&t=300s (Tutorial IMO1).
https://www.youtube.com/watch?v=6MRLrKA1vXc (Tutorial IMO2).
https://www.youtube.com/watch?v=UtjTgD1otMs&t=147s (Tutorial IMO3).
https://www.youtube.com/watch?v=EuByBHHHaGM (Tutorial IMO4).
https://www.youtube.com/watch?v=raeNlWqA5lA (Teoria do Ciclo Nutritivo aplicado no KNF).
https://www.dropbox.com/s/k2chw9llbn4to6w/JanongNaturalFarming_c.pdf?
dl=0&fbclid=IwAR1G9L7xFcYXCS6f36Q5IVVKqthZt8D6t8wmgHHwcPu7HPwVpv8xaZyhb6
Q (Livro sobre a Agricultura Natural Coreana, escrito pelo criador do sistema, Han Kyu Cho).

LISTA DE ABREVIAÇÕES USADAS


OHN – Nutriente Herbal Oriental. Tintura medicinal feita a partir de 5 ervas: Angélica, Alcaçuz,
Canela, Alho e Gengibre. Todas as ervas são fermentadas separadamente e depois tinturadas, com
bebida alcóolica (teor superior a 40%), também separadamente. O preparo leva cerca de 3 meses,
somente depois de terminada a tinturação é que são misturados em um único recipiente. É um dos
ingredientes mais importantes do KNF, sendo usado em quase todas as receitas e processos.
FPJ – Suco Fermentado de Planta. Extrato de plantas, algas marinhas ou mesmo frutas verdes. No
caso das plantas, devem ser utilizadas plantas bem adaptadas ao clima, de rápido crescimento e
que não seja tóxica, somente as pontas dos galhos devem ser colhidas (por conterem altos níveis
de enzimas e hormônios, principais produtos almejados nessa solução), antes do nascer do sol
(maior atividade microbiana na filosfera). Após colher, não lavar o material, cortar em pedaços
pequenos e então misturar com o mesmo peço de açúcar demerara/mascavo, massageando para
que inicie a extração osmótica. Depois disso passar o material para um pote de vidro e deixar
fermentando por 5 a 7 dias, tampar o pote com papel toalha ou algo que deixe respirar, depois da
fermentação extrair e usar o líquido.
BRV – Vinagre de arroz ou maçã. Usar de preferência vinagres naturais que não sejam derivados
do petróleo e nem tenham conservantes.
FAA – Aminoácidos de peixe. Resíduos de peixe como cabeça, guelras, fígado e etc., fermentados
com açúcar demerara/mascavo em mesmo peso. Esse ingrediente leva de 3 a 6 meses para ficar
pronto, se trata de uma fermentação por pressão osmótica, ao longo do tempo o material sólido se
torna cada vez menor e mais líquido é extraído e processado pelos microorganismos. Trata-se de
uma solução rica em nitrogênio, que impulsiona a microbiota do solo e também as plantas. É
usado como parte da Solução de Tratamento do Solo, e também aplicado em plantas que estejam
em período vegetativo de crescimento.
LAB – Bactérias produtoras de ácido lático. Lactobacilos como comumente chamados, grupo de
bactérias muito eficientes, coletadas através da água de arroz e leite. Usadas na Solução de
Tratamento do Solo, e também podem ser aplicadas no solo ou foliar para remediar doenças e
pragas.
WCP – Fosfato de cálcio solúvel. Ossos de animais transformados em carvão e depois extraídos
com vinagre. Essa solução é usada na Solução de Tratamento do Solo e também aplicada nas
plantas no período de transição, entre o período vegetativo e reprodutivo. Este período de
transição é reconhecido como a floração das plantas.

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