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INTRODUÇÃO À ABORDAGEM QUALITATIVA E QUANTITATIVA

DA AVALIAÇÃO DE RISCOS APLICADA À HO NO PGR

Marcus Braga
HOC0103 – ABHO
Membro da ACGIH | AIHA | BOHS

28 de agosto de 2020
PROCESSO DA HIGIENE OCUPACIONAL–INDUSTRIAL

Avaliação de Perigo
Avaliação da Exposição Gerenciamento de Risco
Identifique e defina o “critério de
perigo”
Colete toda informação relevante da
Defina os controles e os programas
exposição e avalie a exposição ao risco
• Banda de Perigo (CB) utilizando a hierarquia de controles
em relação ao “critério de perigo”
• Limites de Exposição (LEO)
• Carcinogenicidade

Antecipação Controle
+ Avaliação +
Reconhecimento Confirmação

Reavaliação quando
necessário

LASZCZ-DAVIS, C.; MAIER, A.; PERKINS, J.. The Hierarchy of OELs: A New Organizing Principal for Occupational Risk Assessment. The Synergist. 2014. p. 26-31.
AVALIAÇÃO DE RISCO NA HO (RISCO À SAÚDE)

Probabilidade Gravidade Incerteza


RSAÚDE f 
Exposição

Efeitos
da
Avaliação

AUMENTA A PRIORIDADE DE CONTROLE


Controle e
Matriz de Classificação do Risco à Saúde Controle informação
necessário adicional
4 Muito alto necessários

3 Alto
Classificação
de Efeitos à 2 Moderado Informação
Nenhuma ação
Saúde adicional
necessária
1 Baixo necessária

0 Trivial
Altamente Altamente
Certa Incerta
certa incerta
0 1 2 3 4 Classificação de Incerteza
Classificação de Exposição
AUMENTA A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO
JAHN, S. D.; BULLOCK W. H.; IGNACIO, J. S.. A Strategy for Assessing and Managing Occupational Exposures, 4th ed. Fairfax: AIHA. 2015.
RELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO DE RISCO À SAÚDE E À CORPORAÇÃO

Evento
Significativo
Avaliação de Risco à Saúde de Risco à Avaliação de Risco Corporativo
Saúde
Probabilidade
(f frequência de ocorrência em
Exposição anos)
(f índice de exposição)
RSAÚDE = f RCORPORATIVO = f Dano
Hazard (f saúde, mercado, reputação,
(f efeitos) continuidade do negócio,
desempenho financeiro, valor
para o acionista)

AIHA. Strategic framework: enterprise risk management. 2020


ABORDAGENS PARA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO (AVALIAÇÃO DA PROBABILIDADE)
Definir os parâmetros do perfil de exposição Definir os critérios de tolerabilidade
MPT(TWA), xത , MVUE, LCS1,95%, X95%, LTS95%,95% LEO, Nível de Ação, Região de Incerteza, IPVS

Dados de Ferramentas Dados Modelagem


monitoramento pragmáticas sub-rogados matemática

Estratégia de OEB - NIOSH Dados da literatura Camada 1 Camada 2 Camada 3


Amostragem COSHH - HSE
ToolKit - OIT Processos análogos Modelos ou Modelos Modelos e
Stoffenmanager - TNO heurística simulação
Avaliação simplificada Adaptações baseadas nas estocástica
Medições de Baseado em Manual do USA-OSHA Inferência Regra Empírica EN 689 2018
ND2233 – INRS propriedades físicas e/ou
triagem tarefa NIOSH Technical estatística da de Hewett Regra de químicas
.
Manual AIHA decisão .
.
Leitura direta Em componente n=1 n=1 6 ≤ n ≤ 10 n≤6 3≤n≤5
(instantânea) de exposição EMR GES Random
ou em situação Dia típico LCS95% = DPG (1,5 | 2,3 | 3) n=3
Tubos detectores térmica DPG < 1,22 CMPT/LEO + SAE ni < 0,1 LEO
Detectores de CVT < 10% DPG1,645 (2 | 4 | 6)
fotoionização SAE = 1,645 × CVT n=4
Monitores de SAE = 1,645 × S෠ rT X0,95 = MG × DPG1,645 ni < 0,15 LEO
aerossol
Julgamento
Sonômetro X0,95 = me × (2; 4; 6) n=5 Profissional
Tratamento de dados ni < 0,2 LEO
censurados me = mediana
Fundamentado Subjetivo

Análise de Decisão
Bayesiana

Classificação da exposição

AIHA. A strategy for assessing and managing occupational exposures, 2nd 4th ed. DROLET, D. et al. Stratégies de diagnostic de l’exposition des travailleurs aux substances chimiques. Montreal: IRSST. 2010.
ALTEMOSE, B. et al. Nothing detected: nothing gained?. AIHce 2019. OSHA. OTM: OSHA Technical Manual. Acessado em: 30 de junho de 2020.
CLASSIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES (ÍNDICE DE PROBABILIDADE – P) – QUALITATIVA

Concentração
Exposição f Intensidade
Tempo Frequência

P Descrição Descrição geral Descrição qualitativa

Exposições são triviais a inexistentes — trabalhadores têm baixa a Exposições, se elas ocorrerem, infrequentemente (<5% do
0 Triviais a inexistentes
nenhuma exposição, com baixo para nenhum contato. tempo) excedem 1% do LEO.

Exposições são altamente controladas — trabalhadores têm exposição Exposições infrequentemente (<5% do tempo) excedem 10%
1 Altamente controladas
mínima, com baixo para nenhum contato. do LEO.

Exposições são bem controladas — trabalhadores têm contato frequente Exposições infrequentemente (<5% do tempo) excedem 50%
2 Bem controladas
a baixas concentrações ou contato raro a altas concentrações. do LEO e raramente (<1% do tempo) excedem o LEO.

Exposições são controladas — trabalhadores têm contato frequente a


3 Controladas Exposições infrequentemente (<5% do tempo) excedem o LEO.
baixas concentrações ou contato infrequente a altas concentrações.

Insuficientemente Exposições são insuficientemente controladas — trabalhadores


4 Exposições frequentemente excedem o LEO.
controladas frequentemente têm contato a concentrações altas ou muito altas.

Extremamente Exposições são extremamente descontroladas — trabalhadores frequente Exposições frequente ou infrequentemente excedem
5
descontrolada ou infrequentemente têm contato a altíssimas concentrações. múltiplos do LEO (maior do que 3 x LEO) ou da atmosfera IPVS.

ACGIH. 2020 TLVs and BEIs. Cincinnati. Cincinnati: ACGIH. 2020.


HAWKINS, N. C.; NORWOOD, S. K.; ROCK, J. C.. A strategy occupational exposure assessment, 1st ed. Fairfax: AIHA. 1991.
NIOSH. NIOSH Pocket Guide to Chemical Hazards, 3rd ed. Springfield: NIOSH. 2007.
CLASSIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES (ÍNDICE DE PROBABILIDADE – P) – QUANTITATIVA
Exposição respiratória Exposição dérmica por efeito Exposição ao ruído
P Descrição (agentes químicos) sistêmico (agentes químicos) [Dose (D) – %]
[Índice de Exposição (IE) – %] [Dose Equivalente (DE) – %] [Nível Equivalente Normalizado (NENA,Q3) – dB]
< Silêncio Efetivo [SE]
Triviais a
0
inexistentes
IE < 1% do LEO DE < 1% do LEO
D < 3%
NENA,Q3 < 70 IE
SE ≥ & < Nível Seguro [NS]
Altamente
1 1% ≤ IE < 10% do LEO 1% ≤ DE < 10% do LEO
controladas 3% ≤ D < 10%
70 ≤ NENA,Q3 < 75
NS ≥ & < NA
2 Bem controladas 10% ≤ IE < 50% do LEO 10% ≤ DE < 50% do LEO
10% ≤ D < 50% Parâmetro do perfil
75 ≤ NENA,Q3 < 82 de exposição.
NA ≥ & < LEO
3 Controladas 50% ≤ IE < 100% do LEO 50% ≤ DE < 100% do LEO
50% ≤ D < 100%
82 ≤ NENA,Q3 < 85
Critério de
LEO ≥ & < 3 x LEO
Insuficientemente tolerabilidade
4 100% ≤ IE < 300% do LEO 100% ≤ DE < 300% do LEO
controladas 100% ≤ D < 300%
85 ≤ NENA,Q3 < 90
≥ 3 x LEO
Extremamente IE ≥ 300% do LEO ou
5 DE ≥ 300% do LEO
descontrolada IE ≥ 100% da atmosfera IPVS D ≥ 300%
NENA,Q3 ≥ 90

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CLASSIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES (ÍNDICE DE PROBABILIDADE – P) – QUANTITATIVA
Exposição à VCI
Exposição ao calor Exposição à VMB Radiação ionizante para corpo inteiro
P Descrição ഥ – W & 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 – °C ] [aren – m/s²]
[𝑀 [aren – m/s²] [Dose efetiva (E) – mSv/ano]
[VDVR – m/s1,75]

0 Triviais a inexistentes ― ― ― E<1

< NA
< NA
1 Altamente controladas < NA 1≤E<5
aren < 0,5
aren < 2,5
VDVR < 9,1
≥ NA & < RI
≥ NA & < RI
2 Bem controladas NA ≥ & < RI 5 ≤ E < 10
0,5 ≤ aren < 0,9
2,5 ≥ aren < 3,5
9,1 ≤ VDVR < 16,4
≥ RI & < LEO
≥ RI & < LEO
3 Controladas RI ≥ & < LEO 10 ≤ E < 20
0,9 ≤ aren < 1,1
3,5 ≥ aren < 5
16,4 ≤ VDVR < 21
≥ LEO
≥ LEO
Insuficientemente
4 ≥ LEO 20 ≤ E < 50
controladas aren ≥ 1,1
aren ≥ 5
VDVR ≥ 21

Extremamente
5 ― ― ― E ≥ 50
descontrolada

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CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS (ÍNDICE DE GRAVIDADE – G)

Faixas
Efeitos f Carcinogenicidade
de LEO
Outros

Carcinogenicidade Faixas de LEO


Banda de Perigo Grupo de Risco de
G Genérica
Frases-H ou -R Biossegurança
ACGIH IARC NTP MAK Gás ou vapor Particulado

> 100 >5 Efeitos de incômodo (por exemplo, olhos lacrimejantes ou odores
1 A5 4 MAK-5 A –––––
ppm mg/m³ ou f/cm³ desagradáveis), dermatose

1: risco individual e para a


> 10 e ≤ 100 >1e≤5 Irritação ou desconforto reversível (cheiro de amônia), dermatite de
2 A4 3 MAK-4 B comunidade ausente ou
ppm mg/m³ ou f/cm³ contato irritativa
muito baixo.

Irritação dérmica ou inalatória contínua ou toxicidade reversível que


podem prejudicar a capacidade de funcionar ou afetar o julgamento do 2: risco individual
MAK-3A > 1 e ≤ 10 > 0,1 e ≤ 1
3 A3 2B C indivíduo, perda auditiva, estresse térmico, hipotermia, fenômeno de moderado, baixo risco para
MAK-3B ppm mg/m³ ou f/cm³
Raynaud, desordens vasculares, neurossensoriais e musculoesqueléticos, a comunidade.
catarata, ulceração dérmica

Efeitos da disfunção (por exemplo, pulmão, rim, fígado, sangue), risco de 3: alto risco individual,
> 0,1 e ≤ 1 > 0,01 e ≤ 0,1
4 A2 2A NTP-R MAK-2 D câncer devido a suspeitas de cancerígenos humanos ou efeitos adversos baixo risco para a
ppm mg/m³ ou f/cm³
graves à saúde a curto prazo, sensibilização dérmica ou inalatória comunidade.

Efeitos reprodutivos significativos, neurotoxicidade irreversível,


toxicidade irreversível a significante para o sistema corporal (por exemplo,
≤ 0,1 ≤ 0,01 4: alto risco individual, alto
5 A1 1 NTP-K MAK-1 E doença pulmonar obstrutiva - bronquiolite obliterante), carcinogenicidade
ppm mg/m³ ou f/cm³ risco para a comunidade.
ou mortalidade humana conhecida por exposições únicas (por exemplo,
monóxido de carbono, fosgênio, cianeto de hidrogênio)

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CLASSIFICAÇÃO DE RISCO À SAÚDE

Matriz de Classificação do Risco à Saúde

4 Muito alto RGI

3 Alto

G 2 Moderado

1 Baixo

0 Trivial

0 1 2 3 4 5
P

AIHA. A strategy for assessing and managing occupational exposures, 4th ed.
AVALIAÇÃO DA INCERTEZA

Base de informação do Base de informação do


Incerteza f Perfil de exposição Critério de tolerabilidade

Fontes de Tipo # 1 Tipo # 2


incerteza Variabilidade Ignorância acerca
científica natural da realidade

JAYJOCK, M. A.; ARMSTRONG, T. W.. Uncertainty Analysis. In: JAHN, S. D.; BULLOCK, W. H.; IGNACIO, J. S.. A strategy for assessing and managing occupational exposures, 4th ed. Fairfax: AIHA, 2015.
LASZCZ-DAVIS, C.; MAIER, A.; PERKINS, J.. The Hierarchy of OELs: A New Organizing Principal for Occupational Risk Assessment. The Synergist. 2014. p. 26-31.
LEIDEL , N. A.; BUSCH , K. A.; LYNCH, J. R.. NIOSH Occupational Exposure Sampling Strategy Manual. Cincinnati: NIOSH. 1977.
AVALIAÇÃO DA INCERTEZA DO PERFIL DE EXPOSIÇÃO

Moda
Média geométrica LTS95%,95%
Mediana

Média
Percentil 95

LCS1,95% do
Percentil 95

MULHAUSEN, J.; MILZ, S.. Descriptive Statistics, Inferential Statistics, and Goodness of Fit. In: JAHN, S. D.; BULLOCK, W. H.; IGNACIO, J. S.. A strategy for assessing and managing occupational exposures, 4th ed.
Fairfax: AIHA, 2015.
PERKINS, J. L. Approximating the truth. In: _____. Modern Industrial Hygiene, vol 1, 2nd ed. Cincinnati: ACGIH. 2008.
AVALIAÇÃO DA INCERTEZA DO PERFIL DE EXPOSIÇÃO

Possível
Sem violação Superexposição
superexposição Classificação da
variabilidade da exposição

Baixa variabilidade
DPG ≈ 1,5

Moderada variabilidade
DPG ≈ 2,3

Alta variabilidade
DPG ≈ 3

Exposição LEO Exposição LEO Exposição LEO

JAYJOCK, M. A.; ARMSTRONG, T. W.. Uncertainty Analysis. In: JAHN, S. D.; BULLOCK, W. H.; IGNACIO, J. S.. A strategy for assessing and managing occupational exposures, 4th ed. Fairfax: AIHA, 2015.
LEIDEL , N. A.; BUSCH , K. A.; LYNCH, J. R.. Occupational Exposure Sampling Strategy Manual. Cincinnati: NIOSH. 1977.
LOGAN, P. et al. Occupational Exposure Decisions: Can Limited Data Interpretation Training Help Improve Accuracy? Ann. Occup. Hyg., vol. 53, n. 4, 2009. p. 311–324.
AVALIAÇÃO DA INCERTEZA DO LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

𝐏𝐎𝐃(𝐦𝐠/𝐤𝐠) × 𝐁𝐖(𝐤𝐠)
𝐋𝐄𝐎 = 𝟑
𝐔𝐅 × 𝐌𝐅 × 𝐕 𝐦 × 𝛂 × 𝐒

POD: Point Of Departure (ponto de partida)


BW: Body Weight (peso corporal)
UF: Uncertainty Factors (fatores de incerteza)
MF: Modifying Factor (fator de modificação)
V: Volume (volume de ar inalado)
α : fator de ajuste de biodisponibilidade
S: fator de concentração plasmática em
estado estacionário

DANKOVIC, D. A. et al. The Scientific Basis of Uncertainty Factors Used in Setting Occupational Exposure Limits. Journal of Occupational and Environmental Hygiene, 12:sup1, S55-S68, 2015.
STILL, K. R.; JEDERBERG, W. W.; LUTTRELL, W. E.. Derivation of occupational exposure limits. In: _____. Toxicology Principles for the Industrial Hygienist. Fairfax: AIHA. 2008
HIERARQUIA DOS LEO
LEO Quantitativos
Baseados em Saúde
À medida que mais Mais Dados são Requeridos
LEO Baseados (estudos epidemiológicos de humanos)
dados toxicológicos
e epidemiológicos em Saúde
• Regulatório, Compulsório
se tornam • Tradicional
(TLV, MAK, WEEL, PEL, MAC, REL)
disponíveis,
subimos na LEO Provisórios ou de Dados são Requeridos Moderadamente
Trabalho (estudos in vitro e em animais e relatórios sem fundamentação
hierarquia (limites internos de empresa, associação científica formal sobre os efeitos à saúde humana)
comercial, fornecedor)
dos LEO.
LEO Baseados em Processo ou
Prescritivos
(REACh DNEL/DMEL)
Menos Dados são Requeridos
(estudos in vitro e em animais)
Estratégias de Banda de Perigo
• Banda Farmacêutica
• Bandas de Exposição Ocupacional

LASZCZ-DAVIS, C.; MAIER, A.; PERKINS, J.. The Hierarchy of OELs: A New Organizing Principal for Occupational Risk Assessment. The Synergist. 2014. p. 26-31.
CLASSIFICAÇÃO DAS INCERTEZAS (I)
Descrição Incerteza sobre a Incerteza sobre o
I
geral estimativa da exposição ( IEXP ) LEO e dos efeitos nocivos à saúde humana ( ILEO )

LEO bem conhecidos, os dados possuem qualidade e alta certeza, são


resultantes de estudos epidemiológicos ou estudos em animais somado ao
Altamente Estimativa do perfil de exposição de longo prazo baseada em tratamento estatístico Modo de Ação dos efeitos nocivos sobre a saúde humana com revisão formal
1
certa avançado de dados confiáveis de monitoramento ambiental ou em inferência bayesiana. por pares. LEO quantitativos baseados na saúde ou LEO tradicionais - órgãos
regulatórios ou emitidos por autoridades.
P. ex.: TLV-ACGIH, MAK-DFG, WEEL-AIHA, PEL-OSHA, REL-NIOSH.

Estimativa do perfil de exposição baseada em monitoramento ambiental do EMR do GHE


LEO parcialmente conhecidos, os dados possuem moderada qualidade e
com baixa variabilidade (DPG <= 1,5); em monitoramento ambiental com teste estatístico
moderada certeza, são resultantes de estudos in vitro e em animais e reports
para avaliação de conformidade (EN 689:2019); em abordagem empírica de Hewett para X0,95;
anedóticos dos efeitos nocivos sobre a saúde humana. LEO provisórios de
2 Certa em abordagem probabilística simplificada (R-665:INRS); em monitoramento ambiental
trabalho sem revisão independente por pares.
baseado em tarefa; em modelagem matemática (camada nível 3) a depender da qualidade
P. ex.: PNOS-ACGIH, interno da empresa, associações comerciais e limites do
dos dados; em analogia de dados sub-rogados com ambientes semelhantes para os quais
fornecedor.
existem dados seguros na literatura; ou em dados qualitativos objetivos.

LEO desconhecidos, os dados são limitados e resultantes de estudos in vitro e


Estimativa do perfil de exposição com base em monitoramento ambiental do EMR do GHE em animais e relatórios sem fundamentação científica formal dos efeitos
com média a alta variabilidade (DPG > 1,5); em modelagem matemática (camada nível 2) a nocivos sobre a saúde humana. LEO baseado em método de derivação
3 Incerta
depender da qualidade dos dados; ou em analogia de dados sub-rogados com ambientes prescritivo sem revisão formal por pares.
semelhantes para os quais existem dados limitados na literatura. P. ex.: DNEL (nível derivado de exposição sem efeitos) ou DMEL (nível derivado
de exposição com efeitos mínimos) do REACH-EU.

Estimativa do perfil de exposição com base em modelagem matemática ou heurística LEO desconhecidos, os dados estão indisponíveis ou são resultantes de estudos
Altamente (camada nível 1) a depender da qualidade dos dados; em banda de exposição ocupacional in vitro e em animais, sem estudos dos efeitos nocivos sobre a saúde humana.
4
incerta (ex. COSHH:HSE, OEB:NIOSH, ToolKit:ILO etc.); em avaliação simplificada (ex. ND2233:INRS); ou LEO baseado em estratégia de banda de perigo.
em dados qualitativos baseados apenas no julgamento profissional subjetivo. P. ex.: faixas farmacêuticas e bandas de exposição ocupacional.

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MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DAS INCERTEZAS

I Descrição geral

Matriz de Classificação da Incerteza Total ( IT )

1 Altamente certa Altamente


4
incerta

3 Incerta
2 Certa
IEXP
2 Certa

3 Incerta Altamente
1
certa

1 2 3 4

4 Altamente incerta ILEO


DEFINIÇÕES DE AÇÕES DE CONTROLE E COLETA DE INFORMAÇÕES ADICIONAIS

MC (P1) MC (P1) MC (P1) MC (P1) Medidas de Controle


AUMENTA A PRIORIDADE DE CONTROLE

RGI
IR (N) IR-TF (P2) IR-T (P2) IR-T (P2)
Descritor Descrição
MC (P1) MC (P1) MC (P1) MC (P1)
Muito alto MC (N) Medida de controle adicional não é necessária
IR (N) IR-TF (P2) IR-T (P2) IR-T (P2)

MC (P1) MC (P1) MC (P1) MC (P1)


Alto MC (P2) Medida de controle adicional (Prioridade secundária)
IR (N) IR-TF (P2) IR-T (P2) IR-T (P2)
Classificação
de Risco MC (N) MC (P2) MC (P2) MC (P1) MC (P1) Medida de controle adicional (Prioridade primária)
Moderado
IR (N) IR-T (P1) IR-T (P1) IR-T (P2)

MC (N) MC (N) MC (P2) MC (P2)


Baixo
IR (N) IR (N) IR-T (P1) IR-T (P1)
Informação Adicional
Descritor Descrição
MC (N) MC (N) MC (N) MC (P2)
Trivial
IR (N) IR (N) IR-TF (P1) IR-T (P1)
IR (N) Informação adicional não é necessária
Altamente Altamente
Certa Incerta
Certa incerta
Informação adicional é requerida, se for possível
Classificação da Incerta Total IR-TF (P1) tecnicamente e viável financeiramente (Prioridade
primária)

AUMENTA A NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO IR-T (P1)


Informação adicional é requerida, se for possível
tecnicamente (Prioridade primária)

Informação adicional é requerida, se for possível


IR-TF (P2) tecnicamente e viável financeiramente (Prioridade
secundária)
Referências
ACGIH. 2020 TLVs and BEIs. Cincinnati: ACGIH. 2020.
ACGIH. Audible sound. Cincinnati: ACGIH. 2018.
ACGIH. Heat stress and strain. Cincinnati: ACGIH. 2017.
ACGIH. Hand-arm vibration. Cincinnati: ACGIH. 2019.
ACGIH. Ionizing radiation. Cincinnati: ACGIH. 2012.
ACGIH. Whole-body vibration. Cincinnati: ACGIH. 2016.
ACGIH. 2020 TLVs and BEIs. Cincinnati. Cincinnati: ACGIH. 2020.
AIHA. Strategic framework: enterprise risk management. 2020
ALTEMOSE, B. et al. Nothing detected: nothing gained?. AIHce 2019.
CNEN. CNEN NN 3.01 – Diretrizes básicas de proteção radiológica. 2014.
CNEN. Posição regulatória 3.01/007. 2005.
DANKOVIC, D. A. et al. The Scientific Basis of Uncertainty Factors Used in Setting Occupational Exposure Limits. Journal of Occupational and Environmental Hygiene, 12:sup1, S55-S68, 2015.
DROLET, D. et al. Stratégies de diagnostic de l’exposition des travailleurs aux substances chimiques. Montreal: IRSST. 2010.
FUNDACENTRO. NHO 01 – Procedimento técnico: Avaliação da exposição ocupacional ao ruído. 2001.
FUNDACENTRO. NHO 06 – Procedimento técnico: Avaliação da exposição ocupacional ao calor, 2ª ed. 2017.
FUNDACENTRO. NHO 09 – Procedimento técnico: Avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro. 2013.
FUNDACENTRO. NHO 10 – Procedimento técnico: Avaliação da exposição ocupacional a vibrações em mãos e braços. 2013.
HAWKINS, N. C.; NORWOOD, S. K.; ROCK, J. C.. A strategy occupational exposure assessment, 1st ed. Fairfax: AIHA. 1991.
JAHN, S. D.; BULLOCK W. H.; IGNACIO, J. S.. A Strategy for Assessing and Managing Occupational Exposures, 4th ed. Fairfax: AIHA. 2015.
JAYJOCK, M. A.; ARMSTRONG, T. W.. Uncertainty Analysis. In: JAHN, S. D.; BULLOCK, W. H.; IGNACIO, J. S.. A strategy for assessing and managing occupational exposures, 4th ed. Fairfax: AIHA, 2015.
LASZCZ-DAVIS, C.; MAIER, A.; PERKINS, J.. The Hierarchy of OELs: A New Organizing Principal for Occupational Risk Assessment. The Synergist. 2014. p. 26-31.
LEIDEL , N. A.; BUSCH , K. A.; LYNCH, J. R.. NIOSH Occupational Exposure Sampling Strategy Manual. Cincinnati: NIOSH. 1977.
LOGAN, P. et al. Occupational Exposure Decisions: Can Limited Data Interpretation Training Help Improve Accuracy? Ann. Occup. Hyg., vol. 53, n. 4, 2009. p. 311–324.
MENDES, R. (org). Dicionário de saúde e segurança do trabalhador. Novo Hamburgo: Proteção Publicações Ltda, 2018. 1280 p.
MULHAUSEN, J.; DAMIANO, J.; PULLEN, E. L.. Defining and judging exposure profiles. In: JAHN, S. D.; BULLOCK W. H.; IGNACIO, J. S.. A strategy for assessing and managing occupational exposures, 4th
ed. Fairfax: AIHA. 2015.
MULHAUSEN, J.; MILZ, S.. Descriptive Statistics, Inferential Statistics, and Goodness of Fit. In: JAHN, S. D.; BULLOCK, W. H.; IGNACIO, J. S.. A strategy for assessing and managing occupational
exposures, 4th ed. Fairfax: AIHA, 2015.
NIOSH. NIOSH Pocket Guide to Chemical Hazards, 3rd ed. Springfield: NIOSH. 2007.
OSHA. OTM: OSHA Technical Manual. Acessado em: 30 de junho de 2020.
PERKINS, J. L. Approximating the truth. In: _____. Modern Industrial Hygiene, vol 1, 2nd ed. Cincinnati: ACGIH. 2008.
SAHMEL, J.. Dermal exposure modeling. In: Mathematical models for estimating occupational exposure to chemicals, 2nd ed. Fairfax: AIHA. 2009.
STILL, K. R.; JEDERBERG, W. W.; LUTTRELL, W. E.. Derivation of occupational exposure limits. In: _____. Toxicology Principles for the Industrial Hygienist. Fairfax: AIHA. 2008.
Todo julgamento e toda decisão são limitados ao conhecimento
de quem julga e decide e sua capacidade de operá-los.

Quanto mais desconhecido for o fenômeno sobre o qual se julga


e se decide, maior a chance de não conhecer as variáveis.

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