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Abordagem das funções por vários pontos de vista complementares: descrição como conceito
matemático, estudo analítico e representação gráfica. Consolidação da importante noção de
função real de uma variável real.
PROPÓSITO
Compreender a relevância do conceito de função para a interpretação e a resolução de
problemas diversos, inclusive fenômenos naturais, sociais e de outras áreas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Para fazermos modelos matemáticos de nossa realidade, associamos quantidades numéricas
aos acontecimentos, fatos e objetos que desejamos estudar ou analisar.
Imagem: Shutterstock.com
Nosso estudo se restringirá ao estudo das funções reais de variável real, ou seja, tanto o
domínio quanto o contradomínio são subconjuntos de ℝ ou até mesmo todo o ℝ.
Antes de darmos prosseguimentos ao nosso estudo de funções, assista ao vídeo que relembra
as definições básicas relativas às funções.
DEFINIÇÃO
O domínio da função 𝑓 é o maior subconjunto de ℝ onde a expressão (ou fórmula) que define a
função assume valores reais, ou seja:
𝐷 ( 𝑓 ) = { 𝑥 ∈ℝ|
Veja nas imagens três representações gráficas de funções cuja lei de formação é 𝑓(𝑥)=𝑥2 e os
seus domínios.
𝐷1=ℝ
D
2
=
{
-
2
;
-
2
;
-
1
;
0
;
1
;
2
;
2
}
𝐷3=[0;+∞[
Quando uma função está definida por uma fórmula matemática, a fórmula em si pode impor
restrições sobre os valores reais para os quais podemos calculá-la.
EXEMPLO 1
Repare que 𝑥=0 não está no domínio dessa função, pois a divisão por 0 (zero) não está
Como só podemos calcular a raiz quadrada de valores não negativos, temos: 𝐷(𝑔)=[0; +∞[.
Pensando em construir uma piscina retangular em sua casa, João recorreu à Revista
Casa e
Jardim, da Globo, onde encontrou um modelo de piscina que contracena com a represa no
projeto assinado pela arquiteta Eliana Marques Lisboa.
Sabendo que o terreno onde será construída a piscina deve ser cercado com 240 m de cerca,
faça o que se pede:
EXEMPLO 4
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO
Logo, temos:
A(100)=100⋅(120−100)=2000 m2
ATENÇÃO
Os gráficos das funções podem fornecer informações visuais importantes sobre uma função.
O gráfico de 𝑓 também nos permite visualizar o domínio e a imagem, além de muitas outras
informações.
Foto: Shutterstock.com
EXEMPLO 1
Verifique que, no ano de 2030, temos uma única taxa de crescimento, tanto no Brasil quanto
em Tocantins.
EXEMPLO 2
Verifique que o valor 0,82 pertence tanto à imagem da função que representa a taxa de
crescimento no Tocantins quanto à função que representa a taxa de crescimento no Brasil, em
2029 e 2018, respectivamente.
DOMÍNIO
Dado o gráfico de uma função, uma forma de encontrar o domínio da função é projetar o
gráfico no Eixo 𝑂𝑥.
Vemos que o domínio da função 𝑓 é o intervalo no eixo das abscissas indicado em vermelho.
Vemos que o domínio da função 𝑔 é o conjunto no eixo das abscissas indicado em vermelho.
IMAGEM
Dado o gráfico de uma função, uma forma de encontrar a imagem da função é projetar o seu
gráfico no Eixo 𝑂𝑦.
Vemos que a imagem da função 𝑓 é o intervalo fechado indicado em vermelho no Eixo 𝑂𝑦.
𝐼
𝑚
(
𝑓
)
=
-
9
4
;
37
12
.
𝐼
𝑚
(
𝑔
)
=
(
−
2
;
5
,
25
]
.
EXEMPLO 3
Gráfico da função ℎ
Se Projetarmos o gráfico da função no Eixo 𝑂𝑦, vemos que a imagem da função ℎ é o intervalo
𝐼
𝑚
(
ℎ
)
=
(
−
2
;
5
,
25
]
.
Em resumo, é possível determinar a imagem de um conjunto de pontos:
EXEMPLO 4
um subconjunto da imagem de 𝑓.
Ao traçar as retas y
=
5
12
e y
=
-
2
3
de forma horizontal, partindo no Eixo 𝑂𝑦, temos:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
F
X
=
-
2
X
,
S
E
X
<
0
X
,
S
E
0
≤
X
≤
4
2
,
S
E
X
>
4
C) 𝐷(𝑓) = ℝ e 𝐼𝑚(𝑓) = ℝ.
B) 𝐷𝑜𝑚(𝑔)=[−3,3] 𝑒 𝐼𝑚(ℎ)=[−4,3].
C) 𝐷𝑜𝑚(𝑓)=[−4,4] 𝑒 𝐼𝑚(𝑓)=[−4,3].
D) 𝐷𝑜𝑚(ℎ)=[−2,2] 𝑒 𝐼𝑚(𝑓)=[−4,3].
4. CONSIDERE A FUNÇÃO F(X)=120X300-X. PODEMOS AFIRMAR QUE O
DOMÍNIO DA FUNÇÃO 𝑓 É:
B) 𝐼𝑚(𝑓)=[−4,5].
C) 𝐷𝑜𝑚(𝑓)=[−4.5, 11].
D) 𝐷𝑜𝑚(𝑓)=[−4.5, 2)∪(2,11].
A) 11
B) 5
C) 13
D) 15
GABARITO
f
x
=
-
2
x
,
s
e
x
<
0
x
,
s
e
0
≤
x
≤
4
2
,
s
e
x
>
4
A função é formada por três pedaços de funções já conhecidas. Cada um desses pedaços
corresponde a uma parte do domínio. Para 𝑥<0, o gráfico é parte da reta 𝑦=−2𝑥. Para traçar,
basta considerarmos dois pontos.
𝑥
𝑦= −2𝑥 (𝑥; -2𝑥)
0 -2 . 0 = 0 (0; 0)
-2 -2 . (-2) = 4 (-2; 4)
Marcando esses pontos no plano, obtemos a parte da reta que nos interessa:
Repare que o ponto (0;0) ficou traçado como “bolinha aberta”, pois 𝑥=0 não pertence a essa
parte do domínio da função.
Para 0≤𝑥≤4, o gráfico é parte do gráfico de 𝑦=√𝑥. Para traçá-lo, devemos olhar para o esboço
apresentado anteriormente, bem como calcular o valor da função nos extremos.
𝑥
𝑦=√𝑥 (𝑥; √𝑥)
0 √0=0 (0; 0)
4 √4=2 (4; 2)
Marcamos, então, esses pontos e, em seguida, traçamos uma curva passando por eles com o
formato parecido com o do esboço já apresentado.
Finalmente, para 𝑥>4, a função é constante e igual a 2. Seu gráfico é uma reta paralela ao Eixo
𝑂𝑥:
Aqui, o ponto (4;2) também ficou como “bolinha aberta”, pois 𝑥=4 não pertence a essa parte do
domínio.
A partir da representação gráfica, fica fácil perceber que 𝐷(𝑓)=ℝ e 𝐼𝑚(𝑓)=[0; +∞┤[.
2. (PETROBRAS - 2008) Considere que 𝑓 é uma função definida do conjunto 𝐷 em ℝ por:
𝑓(𝑥)=𝑥 2−4𝑥+8.
𝐷𝑜𝑚(𝑓)=[−4,4] e 𝐼𝑚(𝑓)=[−4,3].
𝐷𝑜𝑚(𝑔)=[−3,3] e 𝐼𝑚(𝑔)=[−1,𝑔(3)]
𝐷𝑜𝑚(ℎ)=[−2,2] e 𝐼𝑚(ℎ)=[1,2].
A função não está definida para 𝑥=300, pois este número anula o denominador.
Projetando o gráfico da função no eixo -𝒙, vemos que o domínio da função 𝒇 é o conjunto no
eixo -𝑥 indicado em vermelho na figura.
𝑫𝒐𝒎(𝒇)=[−𝟒.𝟓 , 𝟐) ∪ (𝟐 , 𝟏𝟏].
Projetando o gráfico da função no eixo -𝒚, vemos que a imagem da função 𝒇 é o intervalo no
eixo -𝑦 indicado em vermelho na figura.
𝑰𝒎(𝒇)=[−𝟒, 𝟖.𝟑].
6. Se a função real definida por fx=x+1x-2+11-x possui 𝐷=[𝑎,𝑏] como domínio, então, 𝑎+𝑏
vale:
Primeiramente, vamos determinar o domínio da função 𝑓. Para isso, precisamos analisar para
quais valores de 𝑥 a função x-2 e 11-x está bem definida e fazer a interseção dos intervalos.
Note que x-2 está bem definida para 𝑥≥2, e 11-x está bem definida para 11−𝑥≥0, ou seja, 𝑥≤11.
Como [2,+∞)∩(−∞,11]=[2,11], temos que 𝐷=[2,11].
Logo, 𝑎+𝑏=2+11=13.
MÓDULO 2
FUNÇÕES INJETORAS
Uma função 𝑓 é dita injetora (ou injetiva) se, para quaisquer dois números 𝑎1, 𝑎
2 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓),
tais que 𝑎1≠𝑎2, os números 𝑓(𝑎1) e 𝑓(𝑎2) na imagem de 𝑓 são também distintos.
EXEMPLO 1
A partir da representação gráfica da função 𝑓(𝑥)=𝑥 2−1, é possível observar que há retas
horizontais que intersectam seu gráfico mais de uma vez.
ATENÇÃO
Uma função é injetiva se, e somente se, toda reta horizontal intersecta seu gráfico em, no
máximo, um ponto.
Observe que, pelo teste da reta horizontal, a função do exemplo citado não é injetiva.
EXEMPLO 2
Gráfico de 𝒈(𝒙)=𝒙𝟑
Qualquer reta horizontal intersecta o gráfico em apenas um ponto. Logo, pelo teste da reta
horizontal, a função 𝑔 é injetiva.
SOBREJETORAS
Se 𝐴,𝐵⊂ℝ, uma função 𝑓:𝐴→𝐵 é chamada sobrejetora ou sobrejetiva, quando 𝑓(𝐴)=𝐵.
Repare que, quando restringimos o contradomínio de uma função para sua imagem, ou
seja,𝑓:𝐷𝑜𝑚(𝑓)⟶𝑓(𝐷𝑜𝑚(𝑓)), estamos garantindo que não há qualquer elemento do
contradomínio que não seja imagem de algum elemento
do domínio. Assim, essa é uma forma
de garantir que a função seja sobrejetiva.
BIJETORAS
Uma função 𝑓, que é simultaneamente injetora e sobrejetora, é chamada de bijetora ou
bijetiva.
Assim, a função 𝑓:𝐷𝑜𝑚(𝑓)→𝑓(𝐷𝑜𝑚(𝑓)) (que já é sobrejetora) será bijetora se, e somente se, for
injetora.
ATENÇÃO
Lembre-se de que uma função ter inversa é equivalente a ela ser bijetiva.
No quadro a seguir, sintetizamos algumas informações sobre uma função 𝑓 e sua inversa 𝑓−1:
F
:
A
→
B
E F
-
1
:
B
→
A
SE F
"LEVA" A
EM B
ENTÃO F
-
1
"TRAZ" B
"DE
VOLTA" EM A
F
(
A
)
=
B
⇔
F
-
1
(
B
)
=
A
D
O
M
(
F
)
=
I
M
(
F
-
1
)
E D
O
M
(
F
-
1
)
=
I
M
(
F
)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
F
(
A
)
=
B
⇔
F
-
1
(
B
)
=
A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Que o ponto (𝑎;𝑏) estar no gráfico da função 𝑓 é equivalente ao ponto (𝑏;𝑎) estar no gráfico da
função 𝑓−1.
No gráfico, percebemos que os pontos (𝑎;𝑏) e (𝑏;𝑎) são simétricos em relação à reta 𝑦=𝑥. Mas
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A lei da esquerda nos diz que, se começarmos em 𝑥, aplicando 𝑓, e, em seguida, 𝑓−1,
obteremos de volta 𝑥.
Da mesma forma, a lei da direita nos diz que, se começarmos em 𝑦, aplicando 𝑓−1, e, em
seguida, 𝑓, obteremos de volta 𝑦.
EXEMPLO 1
Assista ao vídeo com um exemplo de relação geométrica entre os gráficos de uma função e
sua inversa.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) A função 𝑔 é injetora.
C) A função 𝑔 é sobrejetora.
A) 2
B) 4
C) 6
D) 8
3. (ADAPTADA DE: OBMEP-2019) A CALCULADORA DE DARIO TEM UMA
TECLA ESPECIAL. SE UM NÚMERO 𝑛, DIFERENTE DE 2, ESTÁ NO VISOR,
ELE APERTA A TECLA ESPECIAL E APARECE O NÚMERO, 2×NN-2. POR
EXEMPLO, SE O NÚMERO 6 ESTÁ NO VISOR, AO APERTAR A TECLA
ESPECIAL, APARECE 3, POIS 2×66-2=3. PARA QUAIS VALORES DARIO
OBTÉM O MESMO NÚMERO QUE ESTÁ INICIALMENTE NO VISOR?
A) 1 e 0
B) 2 e 0
C) 3 e 0
D) 4 e 0
FX=X2, SE -1≤X≤0X+12, SE 0<X≤1-X+2, SE 1<X≤2
A) 𝑓 é sobrejetora.
B) 𝑓 é injetora.
C) 𝑓 é bijetora.
D) 𝐼𝑚(𝑓)=[0,1].
C)
A) -1
B) 0
C) 1
D) 2
GABARITO
1. (Adaptada de: LIVRO ABERTO - s.d.) Considere a função 𝑔:ℝ→ℝ tal que 𝑔(𝑥)=9−𝑥 2.
Assinale a alternativa correta:
Ao traçarmos a reta horizontal 𝑦=10, ela não intersecta o gráfico da função 𝑔. Logo, não existe
𝑥∈ℝ, cuja imagem é igual a 10.
Além disso, utilizando o teste da reta horizontal para saber se a função 𝑔 é injetora em todo o
seu domínio, notamos que existem vários números diferentes com imagens iguais. Por
exemplo: 𝑔(−1)=8 e 𝑔(1)=8. Assim, 𝑔 não é injetora em ℝ.
2. Considere a função bijetora 𝑓:[1,∞)→(−∞,1] definida por 𝑓(𝑥)=−3𝑥 2+2𝑥+2 e seja (𝑎,𝑏) o
ponto de interseção de 𝑓 com sua inversa 𝑓 −1. O valor numérico da expressão 𝑎+𝑏 é:
Para determinar o gráfico da função inversa de uma função bijetiva, basta fazer a reflexão
sobre a reta y=x. Dessa forma, a fim de encontrar tal ponto, devemos apenas resolver o
sistema:
y=xy=-3x2+2x+2
Fique atento ao fato de que a solução deve estar contida no domínio da função 𝑓, sugerido na
questão. Assim, devemos resolver a equação:
x=-3x2+2x+2
-3x2+x+2=0
x=-1±5-6=x1=1x2=-23
Como -23 não pertence ao domínio da função 𝑓, a única solução é 𝑥=1 e, portanto, 𝑦=1, como
podemos ver graficamente:
Consequentemente 𝑎+𝑏=2.
f(n)=nx2n-2
Desejamos obter os valores de 𝑛, tais que 𝑓(𝑛)=𝑛. Note ainda que 2 não está no domínio da
função dada. Vamos aos cálculos:
nx2n-2=n
0=n2-4n=n(n-4)
fx=x2, se -1≤x≤0x+12, se 0<x≤1-x+2, se 1<x≤2
Utilizando o teste da horizontal, vemos que a função não é injetora e, consequentemente, não
é bijetora. Em contrapartida, 𝐼𝑚(𝑓)=[0,1]≠ℝ. Logo, a função 𝑓 não é sobrejetora.
O gráfico em roxo é a função 𝑓:[2,+∞)→ℝ, que é injetora pelo teste da reta horizontal.
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Grande parte do estudo de Cálculo dirige-se à determinação do comportamento de uma função
em certo intervalo. Por exemplo, estamos interessados em algumas perguntas como:
DEFINIÇÃO
Uma função 𝑓
:
ℝ
→
ℝ
é considerada crescente quando os valores das imagens, 𝑓
(
𝑥
)
,
aumentam à medida que os valores de 𝑥
aumentam, ou seja, para 𝑥
2
>
𝑥
1
, temos: 𝑓
(
𝑥
2
)
>
𝑓
(
𝑥
1
)
.
Em termos gráficos:
Uma função 𝑓
:
ℝ
→
ℝ
é considerada decrescente quando os valores das imagens, 𝑓
(
𝑥
)
,
diminuem à medida em que os valores de 𝑥
aumentam, ou seja, para 𝑥
2
>
𝑥
1
, temos 𝑓
(
𝑥
2
)
<
𝑓
(
𝑥
1
)
.
Foto: Shutterstock.com
EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
Observe que a taxa bruta de natalidade decresceu, enquanto ocorreu um crescimento na taxa
bruta de mortalidade.
EXEMPLO 3
Considere a função 𝑓
(
𝑥
)
=
𝑥
3
De fato, dados 𝑥
1
<
𝑥
2
, temos que 𝑓
(
𝑥
1
)
=
𝑥
3
1
<
𝑥
3
2
=
𝑓
(
𝑥
2
)
.
EXEMPLO 4
Considere a função 𝑓
x
=
−
𝑥
2
,
𝑥
<
0
0
,
0
≤
𝑥
≤
1
(
𝑥
−
1
)
2
,
𝑥
>
1
Observe que a função apresentada não é estritamente crescente em toda reta real, já que ela
é constante no intervalo [0,1].
EXEMPLO 5
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 0
B) 6
C) 3
D) 18
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
𝑁(𝑥)=𝑎𝑥+𝑏
ONDE:
𝑎,𝑏∈ℝ;
A) 4,0
B) 6,5
C) 7,0
D) 10
GABARITO
1. (Adaptada de: UFPE - 2017) No gráfico a seguir, temos o nível da água armazenada em
uma barragem ao longo de três anos:
Traçando uma reta horizontal paralela ao eixo x (tempo), vemos que o nível de 40 m foi
atingido 2 vezes no período de 3 anos. Isso já mostra que a função, cujo gráfico tem a
representação da figura, não é injetora. Além disso, como existem oscilações no nível da água
armazenada, em alguns instantes ela cresce e em outros decresce. Assim, a função em
questão não é crescente nem decrescente.
2. No ano de 2020, o mundo foi assolado por uma pandemia, causada pelo vírus SAR-
COV-2, conforme mostra o gráfico a seguir:
Fazendo uma análise do gráfico, ou seja, traçando uma reta vertical paralela ao eixo y
(correspondente ao número de casos com o vírus SAR-COV-2) e perpendicular às retas
𝑦=20𝑘 e 𝑦=40𝑘, vemos que essas retas intersectam o eixo x (correspondente ao tempo) em 03
e 12 de fevereiro, respectivamente. Assim, o número de casos passa de 20k para 40k de 03 a
12 de fevereiro. Além disso, a partir do dia 18 de fevereiro, o número de infectados começa a
diminuir e não volta a crescer.
Algebricamente, temos:
𝑥𝑉=−𝑏2𝑎
Onde:
Assim:
𝑥𝑉=−122(−2) =3
Note que:
27=𝑓(9)=𝑓(3⋅3)=3⋅𝑓(3⋅1)=3⋅3⋅𝑓(1)
Logo, temos:
𝑓(1)=279=3
5. Sabendo que 𝑑 é um número real, o maior valor de 𝑑, tal que a função 𝑓(𝑥)=𝑥2−4𝑥+3,
para x < d, seja decrescente, é:
A parte do gráfico onde x < d é uma parábola, cujo vértice é o ponto (−𝑏2𝑎,−Δ4𝑎)=(2,−1).
Assim, a função é decrescente, nas condições do problema, para 𝑥≤2, portanto, o maior valor
de 𝑑 é 2.
6. (Adaptada de: ENEM - 2010) As sacolas plásticas sujam florestas, rios e oceanos, e
quase sempre acabam matando por asfixia peixes, baleias e outros animais aquáticos.
No Brasil, em 2007, foram consumidas 18 bilhões de sacolas plásticas. Os
supermercados brasileiros se prepararam para acabar com as sacolas plásticas até
2016.
𝑁(𝑥)=𝑎𝑥+𝑏
Onde:
𝑎,𝑏∈ℝ;
Para encontrar o valor pedido, ou seja, 𝑓(4), porque se passaram 4 anos de 2007 até 2011,
precisamos determinar os valores de 𝑎 e 𝑏.
Analisando o gráfico, 𝑓(0)=18 e 𝑓(9)=0, onde 9 corresponde ao ano de 2016. Assim, temos:
18=0𝑎+𝑏, 𝑏=18.
0=9𝑎+18⇒9𝑎=−18⇒𝑎=−2.
Logo: 𝑓(𝑥)=−2𝑥+18.
Portanto: 𝑓(4)=(−2)⋅4+18=10.
MÓDULO 4
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INTRODUÇÃO
Se olharmos para a natureza, vamos descobrir muitos fenômenos que acontecem de forma
repetitiva em intervalos de tempos regulares, obedecendo, portanto, a padrões cíclicos.
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AS ESTAÇÕES DO ANO
Imagem: Shutterstock.com
OS BATIMENTOS CARDIÁCOS
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OS MOVIMENTOS DOS PONTEIROS DE UM RELÓGIO
DE PULSO
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Imagem: Shutterstock.com
A CORRENTE ELÉTRICA ALTERNADA
Imagem: Shutterstock.com
A CIRCULAÇÃO DO SANGUE
Fenômenos como esses são modelados usando uma classe importante de funções: as
periódicas. Dentre a classe das funções periódicas, destacamos as chamadas funções
trigonométricas:
SENO
COSSENO
TANGENTE
Assista ao vídeo com mais um exemplo de função periódica.
DEFINIÇÃO
Uma função é considerada periódica quando existe um número real 𝑇>0, tal que 𝑓(𝑥+𝑇)=𝑓(𝑥),
para todo 𝑥 no domínio da função.
O menor dos valores de 𝑇>0, para os quais a propriedade é verificada, é chamado de período
da 𝑓.
ATENÇÃO
Se uma função 𝑓 é periódica de período 𝑇, então, 𝑓 também é periódica de período 𝑛𝑇, onde
𝑛∈ℕ, já que:
𝑓(𝑥)=𝑓(𝑥+𝑇)=𝑓(𝑥+2𝑇)=𝑓(𝑥+3𝑇)=⋯=𝑓(𝑥+𝑛𝑇)
ELETROCARDIOGRAMA
Exame que tem o objetivo de detectar se existe alguma falha na condução elétrica pelo
coração.
EXEMPLO 1
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EXEMPLO 2
Considere a função:
𝑓
:
ℕ
→
ℤ
,
T
A
L
Q
U
E
𝑓
(
𝑥
)
=
(
−
1
)
𝑥
x 0 1 2 3 4 5
𝑓(𝑥)=𝑓(𝑥+2)=𝑓(𝑥+4)=𝑓(𝑥+6)...
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EXEMPLO 3
Imagine que o ponto 𝑃 se movimenta no ciclo no sentido anti-horário, a partir da posição (1,0) e
dá uma volta completa, ou seja, o ângulo 𝑡 varia de 0 até 2𝜋.
0
a
π
2 Cresce de 0 𝑎 1
π
2
a
π Decresce de 1 𝑎 0
π
a
3
π
2 Decresce de 0 𝑎 −1
3
π
2
a
2
π Cresce de −1 𝑎 0
Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Assista ao vídeo e veja uma representação gráfica do que foi descrito no exemplo 3.
𝑓
(
𝑥
)
=
A
S
E
N
(
𝜔
𝑥
)
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Onde:
𝜔 = período respiratório
ω
=
2
π
T
→
T
=
o tempo que o indivíduo leva para fazer um ciclo completo
A função 𝑓 é, certamente, uma aproximação, pois 𝑇 varia de indivíduo para indivíduo. Mas
estudos experimentais mostram que é uma “boa” aproximação da realidade.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 𝑓(10)=𝑓(25) 𝑒 𝑓(4)<𝑓(8).
B) 𝑓(12)=𝑓(24) 𝑒 𝑓(15)<𝑓(16).
C) 𝑓(15)=𝑓(21) 𝑒 𝑓(21)<𝑓(22).
D) 𝑓(18)=𝑓(24) 𝑒 𝑓(28)<𝑓(27).
4. SEJA F(X)=-2+3.COSΠX4+Π6.
A) 4 e [-2,2].
B) 4 e [-5,1].
C) 8 e [-2,2].
D) 8 e [-5,1].
A)
A)
B)
B)
C)
C)
D)
D)
C) A função 𝒇 é bijetora.
GABARITO
𝑓(𝑥+4)=𝑓(𝑥), ∀ 𝑥∈𝐷𝑜𝑚(𝑓)
Assim:
• 𝑓(14)=𝑓(10+4)=𝑓(10)=𝑓(6)=𝑓(2)=1;
• 𝑓(17)=𝑓(13+4)=𝑓(13)=0.
3. Considere que a função 𝒇:[𝟒, +∞[ →[−𝟑,𝟕] seja periódica com período 6 e seja
crescente no intervalo [4,10]. Logo, podemos afirmar que:
Inicialmente, vamos entender os dados e a situação da função dada. Sabemos que a função é
periódica com período 6. Isso significa que:
Sendo 𝒇 uma função periódica com período 6 e valendo a desigualdade anterior, então, o
mesmo vale para os intervalos:
𝒇(𝟏𝟎)=𝒇(𝟏𝟎+𝟔)=𝒇(𝟏𝟔) 𝒆 𝒇(𝟏𝟔)=𝒇(𝟏𝟔+𝟔)=𝒇(𝟐𝟐)
⇒ 𝒇(𝟏𝟎)=𝒇(𝟐𝟐).
Assim, como 22 e 25 estão no intervalo [22,28[, pelo terceiro item anterior, temos:
𝒇(𝟏𝟎)=𝒇(𝟐𝟐)<𝒇(𝟐𝟓).
𝒇(𝟏𝟐)=𝒇(𝟏𝟐+𝟔)=𝒇(𝟏𝟖) 𝒆 𝒇(𝟏𝟖)=𝒇(𝟏𝟖+𝟔)=𝒇(𝟐𝟒)
⇒ 𝒇(𝟏𝟐)=𝒇(𝟐𝟒).
Agora, vamos analisar 𝒇(𝟏𝟓) e 𝒇(𝟏𝟔). Como vimos na letra A, 𝒇(𝟏𝟎)=𝒇(𝟏𝟔). Como 10 e 15
estão no intervalo [10,16[, pelo primeiro item listado anteriormente, temos:
𝒇(𝟏𝟔)=𝒇(𝟏𝟎)<𝒇(𝟏𝟓).
𝒇(𝟏𝟓)=𝒇(𝟏𝟓+𝟔)=𝒇(𝟐𝟏).
Agora, vamos analisar 𝒇(𝟐𝟏) e 𝒇(𝟐𝟐). Na letra A, vimos que 𝒇(𝟏𝟎)=𝒇(𝟐𝟐). Como 10 e 15 estão
no intervalo [10,16[, pelo primeiro item listado anteriormente, temos:
𝒇(𝟐𝟐)=𝒇(𝟏𝟎)<𝒇(𝟏𝟓)=𝒇(𝟐𝟏).
𝒇(𝟏𝟖)=𝒇(𝟏𝟖+𝟔)=𝒇(𝟐𝟒).
𝒇(𝟐𝟐)=𝒇(𝟐𝟐+𝟔)=𝒇(𝟐𝟖).
Como 22 e 27 estão no intervalo [22,28[, pelo terceiro item listado anteriormente, temos:
𝒇(𝟐𝟖)=𝒇(𝟐𝟐)<𝒇(𝟐𝟕).
4. Seja f(x)=-2+3.cosπx4+π6.
O período de uma função do tipo 𝒈(𝒙)= 𝒅 +𝒄.𝒄𝒐𝒔(𝒂𝒙+𝒃) é dado por P=2πa Então, no caso de
nossa função 𝒇(𝒙), temos a=π4 O período será:
P=2πa=2ππ4=2π × 4π=8ππ=8
𝑰𝒎(𝒈)=[−𝟏,𝟏]
-1≤cosπx4+π6≤1 multiplicando por 3⇒
-3≤3.cosπx4+π6≤3 somando -2⇒
-5≤-8+3.cosπx4+π6≤1 somando -2⇒
Im(f)=[-5,1]
Lembrando que uma função da forma 𝑔(𝑥)=𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒙+𝒃) tem imagem dada pelo seguinte
intervalo:
𝑰𝒎(𝒈)=[−𝟏,𝟏]
-1 ≤senπx12≤1 (somando 2)⇒
-1 ≤2+senπx12≤3 ⇒
-1 ≤f(x)≤3.
Logo, a imagem da função f(x)=2+senπx12 é o intervalo [𝟏;𝟑], ou seja, a altura mínima da maré
é de 1 metro, enquanto a altura máxima é de 3 metros.
Assim, as possíveis alternativas são as das letras (b) e (d). Pelos gráficos dessas letras, vemos
que as marés baixas ocorrem às 6h e às 18h.
f(6)=2+senπ.612=2+senπ2=2+1=3
f(18)=2+senπ.1812=2+sen3π2=2+(-1)=1
a) O período de uma função do tipo 𝒈(𝒙)= 𝒅 +𝒄.𝒄𝒐𝒔(𝒂𝒙+𝒃) é dado por P=2πa. Então, no caso
de nossa função 𝒇(𝒙), temos a=π2. O período será:
P=2πa=2ππ2=2π×2π=4ππ=4
-1≤cosπx2+π3≤1 (somando -2)⇒
-3≤-2+cosπx2+π3≤-1⇒
Im(f)=[-3,-1]
Im(f)=[-3,-1] ≠R=contradomínio
d) Como vimos na letra B, a imagem da função é o intervalo [−𝟑,−𝟏]. Como −𝟏,𝟓 ∈[−𝟑,−𝟏],
então, existe 𝒙 ∈𝑫𝒐𝒎í𝒏𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒇=ℝ, tal que 𝒇(𝒙)= −𝟏,𝟓.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No estudo das funções reais de variável real, você pôde observar que a descrição de
problemas de nosso cotidiano é realizada com o auxílio das funções.
O entendimento das funções reais de variável real requer aprender, de maneira mais
aprofundada, a determinar o domínio e a imagem de alguns tipos de funções algébricas, bem
como reconhecer geometricamente quando a função é
injetora, sobrejetora e bijetora.
É muito importante que você faça todos os exercícios propostos e estude bem os exemplos
apresentados para compreender melhor o conteúdo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da população do Brasil e
das Unidades da Federação. Brasília: IBGE, 2008.
IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar I. São Paulo: Atual, 2013.
v. 1.
LIMA, E.; CARVALHO, P. E. W.; MORCAGO, C. A Matemática do Ensino Médio. 9. ed. Rio de
Janeiro: SBM, 2006. v. 1.
MAESTRI, R. Algumas boas notícias com algumas não tanto do Covid-19. Jornal GGN,
mar. 2020.
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CONTEUDISTA
Loisi Carla Monteiro Pereira
CURRÍCULO LATTES