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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
CENTRO DOCENTE ASSISTENCIAL EM FONOAUDIOLOGIA - CEDAF
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LINGUAGEM

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA 2017.2


ATENDIMENTO INDIVIDUAL

1. IDENTIFICAÇÃO: Nº do Prontuário: 884

Nome do paciente: Adriano Vítor Anjos Silva


Data de nascimento: 06/07/2006 Idade: 11 anos
Escolaridade: 4° ano do Ensino Fundamental I
Nome da mãe (ou responsável): Laurineuza Patrícia Jesus Anjos
Nome do pai: Adalto Jesus Silva
Endereço: Loteamento Vila Pedrita, Qda 01, Lote 7 - Itinga
Estado civil: Solteiro
Ocupação: Estudante
Telefone: (71) 98697-6446
Estagiário responsável: Manuela Fernandes da Silva Pereira
Professor Supervisor: Desirée De Vit Begrow
Dia e horário de atendimento: Quinta-feira, 13h às 13h40min
Informante: Genitora – Laurineuza Patrícia Jesus Anjos
Data do Relatório: 01/12/2017

2. ENTREVISTA INICIAL (atualização)


O primeiro contato ocorreu com a genitora, Laurineuza Patrícia, no dia
19/10/2017 buscando construir novo vínculo terapêutico com usuário e sua família,
além de compreender novas possíveis demandas e expectativas sobre o serviço. Relata
observar um progresso no desenvolvimento de linguagem de Adriano, entendendo que
isto é fruto do trabalho realizado dentro do CEDAF. A queixa trazida pela mãe gira em
torno do comportamento do jovem. Laurineuza repetiu durante a entrevista que Adriano
é muito “danado” (SIC) e que possui dificuldade para que ele a obedeça. Afirmou ainda
que busca conhecer mais sobre a LIBRAS para facilitar o contato com o filho.
3. AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM
ESCRITA
Adriano é um jovem muito ativo com interesse para atividades dinâmicas de
movimento e competição. Durante os primeiros atendimentos observou-se um perfil
pouco comunicativo, sendo preciso à elaboração de propostas que possibilitassem e
visassem à construção de um diálogo indiretamente. Possui dificuldade para atentar-se a
uma atividade, perdendo o foco quando qualquer estímulo novo apareça no ambiente.
Necessita da condução de um trabalho mais direcionado a poucos estímulos e objetos e
também, a uma velocidade de fala um pouco mais devagar, aumentando o tempo de
espera quando, por exemplo, uma pergunta é feita.
Durante a avaliação fonoaudiológica, observou-se dificuldade para a construção
de diálogo via Língua de Sinais, aparentando uma pequena fuga do usuário quando o
instrumento de “fala” é a LS. Exemplos disso ocorreram durante as sessões quando
Adriano demonstrava-se bastante a vontade durante a brincadeira, porém ao ser
questionado sobre algum elemento, necessitando assim uma resposta, possuía o
comportamento de ignorar o que lhe era perguntado. Este fato trouxe reflexões acerca
da relação Sujeito x Linguagem x Língua, que possivelmente está perturbada, sendo
necessário uma ressignificação do papel da LS e do local de falante de Adriano, visto
que é a Língua que possibilita a construção do “Eu” enquanto falante, exercendo papel
planejador da linguagem (QUADROS; CRUZ, 2011).
O seu uso linguístico está centrado na evocação dos sinais e na nomeação dos
objetos; observou-se durante os atendimentos a descrição do diálogo, com dificuldade
para a reflexão em cima do que é dito. Exemplificando esta afirmação, são momentos
em que a estagiária solicita comandos de escolha elementos que ele mais gosta, ou que
não gosta, aparecendo uma visível dificuldade para a elaboração e planejamento de uma
resposta.
Acerca da narrativa, elemento também avaliado, observou-se que esta ainda é
primária, com dificuldade e resistência para sua construção. Adriano utiliza a estratégia
de reduzir as histórias a apenas sinais, sem trazer aspectos detalhados do que foi
contado ou visto, mesmo com a intervenção da terapeuta para incentivo de um
desenvolvimento mais completo.
Desta forma, foi planejado atividades fora do espaço físico da clínica,
objetivando a construção de um diálogo, em conseguinte, uma narrativa, de maneira
espontânea e livre; observou-se um melhor desempenho do jovem que por si construiu
turnos discursivos, trouxe elementos para a conversa, solicitou desejos e ao final narrou
a atividade que havia participado, sem resistência e com bastante detalhe.
4. OUTRAS AVALIAÇÕES
Não foram realizadas outras avaliações médicas.

5. DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÃO (Incluir o CID Fonoaudiológico)


CID: H90 – Surdez Congênita

6. DIAGNÓSTICO MÉDICO
Surdez Profunda Bilateral.

7. CONDUTA E DIREÇÃO DO TRATAMENTO

O usuário segue em atendimento fonoaudiológico semanal no CEDAF. Estes


ocorreram preferencialmente individualmente, porém há a possibilidade da realização
em conjunto, objetivando promover espaço de interação, socialização e linguagem. O
objetivo dos atendimentos será promover espaço de diálogo em LS, bem como
favorecer a ampliação do vocabulário L1 e trabalhar a narrativa em LS (elementos
particulares a construção em L1). As estratégias serão baseadas em atividades lúdicas
que sigam o interesse do usuário.

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Manuela Fernandes da Silva Pereira Desirée De Vit Begrow
Estagiária Professora Responsável

Data: ___/___/____

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