Curso de Direito Segunda Avaliação Escrita de Teoria Geral do Direito Civil
1. Faça a distinção entre representação e assistência como meios de suprimento das
incapacidades de exercício. (5.0)
R: No que diz respeito a representação: é a forma de suprimento da incapacidade de
exercício, traduzida em ser admitida a agir outra pessoa em nome e no interesse do incapaz. Essa pessoa é denominada representante legal, por ser designada pela lei ou em conformidade com ela. Não se trata de um representante voluntário, isto é, escolhido e legitimado para agir pelo representante, e não se admite aqui um representante voluntário, dada a incapacidade do representado. No que diz respeito a assistência: tem lugar quando a lei admite o incapaz a agir, mas exige o consentimento de certa pessoa ou entidade. Enquanto o representante legal actua em vez do incapaz, o assistente destina-se a autorizar o incapaz a agir, pertencendo a inciativa do acto a este último.
2. António, de 18 anos, é doente mental. Berta, vizinha de António, está interessada em
comprar um anel de diamante de que António é proprietário. Berta pretende assegurar- se de que o contrato a celebrar não seja invalido em consequência da deficiência psíquica de António.
a) Que informação deve Berta obter acerca da situação de António? (6,0)
R: A Berta tinha de saber que o António se encontra numa incapacidade negocial de exercício: pois provoca a anulabilidade dos negócios jurídicos respectivos e é suprível, não podendo os negócios a que se refere ser realizados pelo incapaz ou por seu procurador. Esta pode ser suprível por_ representação legal: ex.: artigo 124 do C.C- suprimento da incapacidade dos menores pelo poder paternal. Pode ser por assistência: ex.: 153 do C.C_ os inabilitados são assistidos por um curador. E tem lugar quando a lei admite o incapaz a agir, mas exige o consentimento de certa pessoa ou entidade Por ser por representação: é a forma de suprimento da incapacidade, traduzida em ser admitida a agir outra pessoa em nome e no interesse do incapaz. Essa pessoa é dominada representante legal, por ser designada pela lei ou em conformidade com ela. Não se trata de um representante voluntario, isto é, escolhido e legitimado para agir pelo representante. NB: incapacidade de testar dos menores não emancipados e dos interditos por anomalia psíquica (artigo 2189). b) Conforme o que se ver a apurar, quem deverá intervir no contrato por parte do vendedor? (3.0) R: Quem deve intervir no contrato por parte do vendedor é um representante legal que é designada pela lei ou em conformidade com ela. Mas há caso em que se verifica uma assistência: a lei admite o incapaz a agir, mas exige o consentimento de certa pessoa ou entidade, ou seja, enquanto o representante legal actua em vez do incapaz, o assistente destina-se a autorizar o incapaz a agir, pertencendo a inciativa do acto a este último. 3. Suponha que César, de 24 anos de idade, inabitado por cegueira segundo sentença transitada em julgado, comprou 1 jogo eletrônico vulgo vídeo jogo (instrumento de jogo com o qual o jogador interage através de periféricos conectados ao aparelho, como controles e/ou teclado com imagens enviadas a uma televisão ou monitor). Volvidos 17 dias, Dario, seu Curador, pretende reaver o dinheiro pago. Poderá fazê- lo? R: Não pode reaver. Como o Artigo 152 do C.C refere: as pessoas sujeitas a inabilitação, ou cuja anomalia psíquica, cegueira, que é o caso do César, embora de carácter permanente não seja tão grave que justifique a interdição. Ou seja, a cegueira do César provoca uma mera fraqueza de espirito e não uma total inaptidão do incapaz. A inabilidade do César não existe pelo simples facto da existência das circunstancias referidas no artigo 152 do C.C. e tornou-se necessária essa sentença de inabilitação, no termo de processo judicial, tal como acontece com as interdições.