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Condicionamento Clássico: “O cão de Pavlov”

A experiência mais conhecida para explicar o condicionamento clássico é a


chamada “Cão de Pavlov”, que foi realizada com um cachorro que saliva ao
ver comida, e também a qualquer sinal ou gesto que lembrava a chegada da
sua refeição. 

Nessa experiência, Pavlov treinou cachorros para que eles salivassem mesmo
que a comida não estivesse por perto. Pavlov tocava um sino toda vez que
alimentava os cachorros. Com o passar do tempo, os cachorros começaram a
associar o barulho do sino à comida, e ficavam famintos e salivantes a cada
som emitido pelo sino, mesmo que seus potes de comida estivessem vazios. 

Com isso, concluiu-se que os seres vivos já nascem com certos reflexos, ou
seja, possuem determinada reação a partir de ações específicas. 

Condicionamento clássico: Pequeno Albert 

Um outro experimento do condicionamento clássico foi realizado por John B.


Watson juntamente com uma aluna de pós-graduação Rosalie Rayner, onde
um bebê de nove meses de vida, chamado de Albert, que vivia em um orfanato
e tinha um comportamento tranquilo, foi exposto a um rato branco e outros
animais peludos, como um coelho e um cachorro, um algodão, lã, jornal em
chamas e outros estímulos que não assustavam o pequeno Albert. 

O teste prosseguiu e o bebê foi colocado para brincar com um rato de


laboratório, que a princípio não causava medo à criança. Mas neste
experimento, Watson e Rayner faziam um barulho muito alto com um martelo,
assustando Albert e o fazendo chorar. Depois que esse procedimento foi
repetido por várias vezes, o bebê começou a sentir medo do rato mesmo antes
do som alto ser reproduzido. 

O bebê passou cerca de um ano sendo submetido a vários testes, associando


os outros elementos que antes não lhe causara medo, ao estrondoso som
produzido por Watson e sua assistente. Novamente, quando apresentavam ao
bebê somente o elemento, mesmo que sem fazer o estrondoso barulho, o bebê
chorava e demonstrava medo.

No final dos experimentos, o bebê passou de muito tranquilo e calmo a um


bebê com ansiedade e episódios de angústia. 

Isso mostrou que o bebê havia aprendido a associar a sua resposta, o medo
que sentia e o choro provocado, a um outro estímulo que antes não lhe
causava medo.
ondicionamento operante: “A caixa de Skinner”

Skinner comprovou a sua teoria através de um experimento chamado “Caixa


de Skinner”, que consistia em colocar um rato dentro de uma caixa fechada
com uma alavanca, que ao passo que o rato interagisse com a barra, ativava
um mecanismo que oferecia ao animal algumas recompensas como
água, alimento ou luz, e em alguns modelos, emitia choques.

A partir dos critérios estabelecidos pelo experimentador, como aproximação do


animal até a barra, se tocava com a pata, se encostava o focinho, se
pressionava a barra várias vezes o alimento era entregue a ele, como uma
recompensa. 

Foi observado que quando recompensado, o rato aumentava a frequência dos


movimentos que tinha a recompensa como resultado. Assim como os
movimentos que não lhe gerava nenhuma recompensa, eram diminuídos.

Através do resultado dessa experiência, Skinner passou a fazer modelagem de


diferentes padrões comportamentais, em diferentes espécies.

Principais diferenças: condicionamento clássico X condicionamento


operante  

As principais diferenças entre o condicionamento clássico e o condicionamento


operante é que o condicionamento clássico destaca que o estímulo neutro
(comida, rato branco e objetos) pode ser transformado em um estímulo
condicionado (quando é adicionado o som ou barulho), produzindo uma
resposta conforme às condições que foram transformadas o estímulo neutro.

Enquanto que o condicionamento operante, envolve condicionamento


voluntário, ou seja, o indivíduo controla através das consequências.

Ou seja, no condicionamento clássico, a associação não pode ser controlada, e


no condicionamento operante, a associação entre comportamentos e
resultados é aprendida. 

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