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18/09/2021 14:26 O atendimento educacional especializado.

O atendimento educacional especializado.

Existe muitas formas e instituições que realizam o atendimento educacional especializado, conhecido também como AEE, o que é mais comum nas
escolas municipais e estaduais, nas instituições federais e técnicas o nome muda para NAPNE, vamos conhecer agora um pouco do atendimento realizado
nos institutos federais. 

Site: Moodle - Instituto Federal do Amazonas - IFAM


Curso: Práticas inclusivas na Educação Profissional e Tecnológica
Livro: O atendimento educacional especializado.
Impresso por: CLAUDIO MAIK MOTA DA COSTA
Data: sábado, 18 Set 2021, 14:13

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18/09/2021 14:26 O atendimento educacional especializado.

Índice
1. Apresentação da Unidade

2. Introdução

3. Conhecendo o NAPNE

4. O AEE E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

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1. Apresentação da Unidade

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18/09/2021 14:26 O atendimento educacional especializado.

2. Introdução
Existe muitas formas e instituições que realizam o atendimento educacional especializado, conhecido também como AEE, o que é mais comum nas
escolas municipais e estaduais, nas instituições federais e técnicas o nome muda para NAPNE, vamos conhecer agora um pouco do atendimento realizado
nos institutos federais. 

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3. Conhecendo o NAPNE

O que é NAPNE?

NAPNE é uma sigla que significa “Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas”. A proposta do NAPNE é implementar as
ações inclusivas nos câmpus.

O NAPNE é um núcleo consultivo, propositivo e de assessoramento. Ele é vinculado à Coordenadoria Geral de Núcleos de Atendimento às Pessoas com
Necessidades Específicas – Conapne.

No campus, pode estar vinculado à:

Seção Pedagógica
Coordenadoria de Ensino Médio Integrado
Diretoria de Ensino
Diretoria Geral

O NAPNE tem uma composição multidisciplinar e deverá estar previsto no Projeto Político Pedagógico do campus, que visa promover e estimular a
criação da cultura da educação para a convivência, respeito às diferenças e, principalmente, minimizar as barreiras educacionais, arquitetônicas,
comunicacionais, de atitude e tecnológicas no âmbito do IFPR.

O NAPNE tem como finalidade:

1. incentivar, mediar e facilitar os processos de inclusão educacional e profissionalizante de pessoas com necessidades específicas e do público-alvo da
Educação Especial na instituição;
2. contemplar e implementar as Políticas Nacionais de Educação Inclusiva;
3. incentivar, participar e colaborar no desenvolvimento de parcerias com instituições que atuem na educação/atuação/inclusão profissional, para
pessoas com necessidades específicas;
4. difundir informações e resultados de estudos sobre a temática, no âmbito interno e externo dos campi, articulando ações de inclusão em consonância
com a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;
5. promover a cultura da educação inclusiva para a convivência, aceitação e respeito às especificidades dos estudantes;
6. integrar os diversos segmentos que compõem a comunidade escolar, propiciando corresponsabilidade na construção da ação educativa de inclusão
na Instituição;
7. fomentar práticas democráticas de inclusão, como diretrizes de atuação do campus;
8. buscar a quebra de barreiras arquitetônicas, educacionais, comunicacionais e atitudinais na Instituição;
9. fomentar e participar de capacitações relacionadas à inclusão de pessoas com necessidades específicas.

É de competência do NAPNE de cada campus:

1. Elaboração e implementação de projetos, prestação de assessorias e realização de ações educacionais, com base nas normas vigentes, para a
disseminação da cultura da inclusão no Instituto Federal do Paraná;
2. Contribuir com as as políticas de inclusão das esferas municipal, estadual e federal;
3. Mediar as negociações e convênios com possíveis parceiros para atendimento das pessoas com necessidades específicas, mediante consulta de
viabilidade junto à CONAPNE;
4. Auxiliar na implementação de políticas de acesso, permanência e êxito dos alunos com necessidades específicas, de acordo com a legislação
vigente;
5. Auxiliar na avaliação diagnóstica para a identificação das necessidades específicas, junto à Seção Pedagógica, à Secretaria acadêmica e aos
Conselhos de Classe;
6. Avaliar as demandas dos estudantes com necessidades específicas, através de estudo de caso e emissão de parecer, com a descrição de quais serviços
poderão ser ofertados para cada estudante;
7. Acompanhar o desenvolvimento das ações relacionadas aos estudantes com necessidades específicas;
8. Registrar em ata todas as reuniões e atividades realizadas pelo NAPNE;
9. Manifestar-se, sempre que se fizer necessário, sobre assuntos didático-pedagógicos e administrativos, relacionados à inclusão;
10. Organizar reuniões e momentos de formação para tratar de flexibilizações, adequações e organização do trabalho educacional com alunos que
apresentam necessidades específicas, sempre que necessário, em consonância com a direção do campus;
11. Participar do Conselho de Classe para o acompanhamento e identificação de alunos com necessidades específicas.

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4. O AEE E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

A Educação Especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum levando a criação de
instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.

Em 1994, A Política Nacional de Educação Especial orienta o processo de integração instrucional que condiciona o acesso às classes comuns do ensino
regular.

Em 2008, A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva assegura a inclusão escolar de alunos com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação..

O QUE É INCLUSÃO?

* É quando os direitos de TODOS são garantidos e respeitados. 


* É quando se oferece espaços e momentos de acolhimento e valorização das diferenças.
* É quando as diferenças tornam-se valor social, e não um problema.
* É quando o respeito e a cooperação fazem parte do cotidiano das pessoas. 
Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva/2008
Propõe a mudança de valores, atitudes e práticas educacionais para atender a todos os estudantes, sem nenhum tipo de discriminação, assegurando uma
educação de qualidade.

Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva/2008 prevê

O ensino comum: que responde pela escolarização de todos os alunos nas classes comuns de ensino.

O atendimento educacional especializado: assegura que os alunos aprendam o que é diferente do currículo do ensino comum e que é necessário para que
possam ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência.

O que é o Atendimento Educacional Especializado?

•Decreto nº 6571/2008
•§ 1º Considera-se atendimento educacional especializado o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados
institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular.
•§ 2º O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado
em articulação com as demais políticas públicas.
Atendimento Educacional Especializado: conceito
}É um serviço da educação especial que [...] identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas (SEESP/MEC, 2008).
Em que consiste?
•Realizar uma ação específica para ajudar o aluno com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação  a agir de modo
estruturado no
ambiente escolar e fora dele considerando as especificidades desse aluno. 
A oferta do AEE
•o AEE é ofertado em todas as etapas e modalidades da educação básica e do ensino superior e nas modalidades: educação indígena, educação do campo e
quilombola  e  nos projetos pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos.
•o AEE é organizado para suprir as necessidades de acesso ao conhecimento e à participação dos alunos com deficiência e dos demais que são público
alvo da Educação Especial, nas escolas comuns.
•constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino, embora  participar do AEE seja uma decisão do aluno e/ou de seus pais/responsáveis.
•O AEE pode ser oferecido em centros de atendimento educacional especializado da rede pública ou particular, sem fins lucrativos. Esses centros,
contudo, devem estar em sintonia com as orientações da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e as Diretrizes
Operacionais do Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica.
•ATENÇÃO: Os conselhos de educação têm atuação primordial no credenciamento, autorização de funcionamento e organização destes centros de
atendimento especializado, zelando para que atuem exclusivamente dentro do que a legislação, a Política e as Diretrizes citadas orientam.
Espaços do AEE
•Preferencialmente em salas de recursos multifuncionais - nas escolas comuns.
• Nos Centros de Apoio Pedagógico para Atendimento à Deficiência Visual – CAP.
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•Em Centros de Atendimento Educacional Especializados.


Organização do AEE
•O atendimento educacional especializado é realizado, de preferência, nas escolas comuns na Sala de Recurso Multifuncional.
•Cada aluno tem um tipo de recurso a ser utilizado, uma duração de atendimento e um plano de ação que garanta sua participação e aprendizagem nas
atividades escolares.
•Alunos com a mesma deficiência podem necessitar de atendimentos diferenciados, por isso, o primeiro passo para se planejar o AEE não é saber as
causas, diagnósticos, prognóstico da deficiência do aluno,  mas identificar a natureza da problemática vivenciada pelo aluno.
•Não é reforço escolar e não substitui o ensino comum.
•Tem funções próprias da educação especial.
•Considera as peculiaridades de cada aluno.
Conteúdos do AEE
•Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
•Língua Portuguesa na modalidade escrita.
•Produção e adequação de materiais didáticos e pedagógicos com base em imagens.
•Sistema Braille.
•Orientação e mobilidade.
• Tecnologias de informação e de comunicação (TICS) acessíveis: ponteiras de cabeça, acionadores, mouses, teclados com colméias, sintetizadores de voz,
entre outros.
•Produção de materiais táteis (desenhos, mapas, gráficos).
•Sorobã (ábaco).
•Disponibilização de materiais didático-pedagógicos acessíveis: transcrição de material em tinta para o Braille, áudio-livro, texto digital acessível e outros.
•Recursos ópticos e não ópticos.
•Produção de textos escritos com caracteres ampliados, materiais com contraste visual.
•Estimulação visual.
•Comunicação alternativa e aumentativa – CAA.
•Recursos de acessibilidade: engrossadores de lápis, plano inclinado, tesouras acessíveis, quadro magnético com letras imantadas.
•Indicação e aquisição e a adequação de mobiliário: cadeiras, quadro.
•Desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a  atividade cognitiva.
•Alfabeto digital, Braille tátil, Tadoma.
Público Alvo do AEE
•Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial
•Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras.
•Incluem-se alunos com  autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos
invasivos sem outra especificação.
•Alunos com altas habilidades/superdotação. 
Quem atua no AEE?
•É realizado mediante a atuação de professores com conhecimentos específicos no ensino de:
•LIBRAS, língua portuguesa na modalidade escrita, como segunda língua de pessoas com surdez.
•sistema Braille, sorobã, orientação e mobilidade, utilização de recursos ópticos e não ópticos.
•Tecnologia Assistiva – TA.
•desenvolvimento de processos mentais.
•Adequação  e produção de materiais didáticos e pedagógicos, enriquecimento curricular e outros.
O que faz o professor do AEE?
•Apóia o desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
• Disponibiliza o ensino de linguagens e de códigos específicos de comunicação e sinalização;
•Oferece Tecnologia Assistiva – TA;
•Faz adequações e produz materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as necessidades específicas dos alunos;
•Oportuniza o enriquecimento curricular (para alunos com altas habilidades/superdotação).
  O AEE deve se articular com a proposta da escola comum, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum. 

Funções do Professor do AEE


•Organizar situações que favoreçam o desenvolvimento do aluno.
•Produzir materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as necessidades específicas desses alunos.
•Promover a inclusão e interação do aluno na sala de aula do ensino regular. 
•Gestão dos processos de aprendizagem.
•Avaliação.
Acompanhamento
Gestão dos Processos de Aprendizagem 
•Consiste na organização de situações de aprendizagem nos espaços das salas de recurso multifuncional, bem como na interlocução do professor do ensino
comum. 
•Na sala de recurso multifuncional o trabalho deve centrar-se:
–na atenção aos aspectos que podem potencializar o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência
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–na eliminação das barreiras que dificultam a aprendizagem desse aluno. 


•A interlocução com o professor do ensino comum deve centrar-se:
–Na obtenção de informações sobre o funcionamento do aluno na sala de aula.
–No conhecimento das práticas do professor do ensino comum.
–Na observação sobre a organização do espaço físico da sala
–Na criação, quando necessário, de materiais de suporte para o acesso ao conhecimento em sala de aula regular. 
 
OS MECANISMOS DE APRENDIZAGEM: MOTIVAÇÃO, ATENÇÃO, MEMÓRIA e TRANSFERÊNCIA

MOTIVAÇÃO

Os fatores motivacionais afetam o desempenho de alunos com Deficiência Intelectual. Dentre esses fatores se destacam a qualidade das relações sociais,
as interações sociais negativas, a expectativa de fracasso, a dependência dos outros e a baixa auto-estima.

ATENÇÃO

Alguns alunos apresentam muitas dificuldades para focalizar sua atenção sobre os elementos  pertinentes para realizarem uma tarefa.

MEMÓRIA

As pessoas com deficiência intelectual  apresentam uma fragilidade na memória de curto prazo.

Elas não utilizam espontaneamente as estratégias cognitivas de codificação. 

O ACOMPANHAMENTO

•Consiste no desenvolvimento de ações que visam o progresso no desenvolvimento e na aprendizagem do aluno, bem como a sua melhor interação no
espaço escolar. 
•Poderá ser realizado na sala de recurso multifuncional, na sala de aula e nos espaços da escola.
Como é realizado o Acompanhamento?

•Implica necessariamente na elaboração de um plano de atendimento educacional especializado.


•O plano de AEE consiste na previsão de atividades que devem ser realizadas com o aluno na sala de recurso multifuncional, além daquelas voltadas a
serem realizadas em sala de aula pelo professor do ensino. 
•Prevê a articulação do professor do AEE com outros profissionais que possam dar suporte às necessidades específicas desses alunos.
•Prevê a articulação com a família no sentido de construir as condições propícias ao desenvolvimento e aprendizagem desses alunos.
•Implica na necessidade de avaliação permanente da evolução do aluno nos diferentes espaços educacionais e redimensionamento das ações educacionais. 
O acompanhamento na sala de aula
•Na sala de aula do ensino comum deve ser observada a forma como aluno se relaciona com o conhecimento e com os colegas, verificando seu
funcionamento durante a realização das atividades, verificando se ele trabalha de modo autônomo ou dependente.
•Em colaboração com o professor do ensino comum o professor do AEE verifica se há necessidade ou não de algum ajustamento de material ou de ações
que favoreçam a aprendizagem desse aluno nos diferentes ambientes da escola.
A inclusão é para todos
•A inclusão não é para quem demonstra mérito.
• Inclusão é mudança de mentalidade  e  de  atitude,  é ruptura com os preconceitos e a discriminação.
•A lógica da inclusão repousa no reconhecimento  das diferenças e da pluralidade existentes na vida.
"Se as diferenciações ou preferências  podem ser admitidas em algumas circunstâncias, a EXCLUSÃO ou RESTRIÇÃO jamais serão permitidas  se o
motivo for a deficiência."

Convenção da Guatemala/2001

Fonte: https://www.guiadoeducadorinclusivo.org.br/capitulos/capitulo-1
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