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Capítulo 3
Transformadores Trifásicos
1 - Considerações iniciais
Partindo do princípio que o transformador trifásico é formado a partir de três
transformadores monofásicos, a composição mais plausível entre os núcleos seria a ilustrada
na figura 1.1.
120o
B
A C
F D
E
Segmentos:
ABC e DEF denominam- se culatras
AF, FE e CD denominam- se pernasou colunas.
H1 x1
T1
H2 x2
H1 x1
T2
H2 x2
H1 x1
T3
H2 x2
Figura 1.4 – Unidade trifásica obtida a partir de três unidades transformadoras monofásicas,
formando um banco de transformadores trifásicos.
a
b
c
Ia Ib Ic Ia Ib
VL V f
Iab Icb Ica Iac Ica Icb
Vab Vbc Vca Vac Vba Vcb IL 3I f
a
b
c IL I f
Ia Ib Ic Ia Ib Ic
Vca VL 3V f
Vab Vbc
Van Vbn Vcn Vna Vnb Vnc
Vba Vcb
Vac
Vcn Vnb
Van Vna
Vbn Vnc
Figura 2.2 – Formas de se fechar a conexão estrela e seu comportamento e as relações de
tensão e corrente.
a
b
c
Ia Ib Ic Ia Ib Ic
Vcn
Van
Vcn
Vbn
Van
Vbn
VL
3 IL I f
VL
3
VL
Figura 2.4 – Relação de tensão e de corrente para conexão ziguezague.
Exercício 2.1
Mostrar que as relações apresentadas para conexão ziguezague, na figura 2.4, são válidas.
VCA
VAB VBC
EBN ECN
EAN
5 - Grandezas características
Serão analisadas as características nominais dos transformadores, como: potência,
tensão dos enrolamentos etc. E ainda outras características que determinam o
ou
Energia de entrada Energia de saída Energia perdida
Tabela 3.1 – Potências nominais para unidades monofásicas (conforme norma ABNT).
Tabela 3.2 – Potências nominais para transformadores trifásicos (conforme norma ABNT).
S V1 I 1 V2 I 2 (3.1)
Para a potência ativa denominada por (P) e reativa denominada por (Q) calculam-
se os seus valores respectivos por:
Para transformadores monofásicos (3.3) e (3.4):
P V2 I 2 cos 2 (3.3)
Q V2 I2 sen2 (3.4)
Tensão V
Tensão Derivação Primário Secundário
máxima do No
Transformadores Transformadores
equipamento
Trifásico e Monofásico trifásicos Monofásicos
kV (eficaz)
monofásico (fase)
(linha)
1 2 3 4 5 6
1 13800 7967
15,0 2 13200 7621 380/220 2 terminais
220 ou 127
3 12600 7275
ou
1 23100 13337
3 terminais
25,8 2 22000 12702
ou 440/220 ou
3 20900 12067
V % 110 5k 2 (3.7)
Onde: 0 k 1
Nota:
Considerando-se as condições operacionais estabelecidas nos itens 1 e 2, o acréscimo
devido a elevação de temperatura é geralmente muito pequeno que pode ser
desprezado.
Tensão em kV
Potência 25,8 a 38 15
kVA Corrente em vazio I o .100
I 1N
1 2,0 2,0
15 6,0 5,0
30 5,0 4,3
45 4,5 3,9
75 4,0 3,4
112,5 3,6 3,1
150 3,3 2,9
225 3,0 2,6
350 2,8 2,4
Tensão em kV
Potência 25,8 a 38 15
kVA Corrente em vazio I o .100
I 1N
1 2,0 2,0
3 6,0 5,2
5 5,0 4,2
10 4,2 3,5
15 3,8 3,2
25 3,3 2,8
37,5 3,0 2,5
50 2,8 2,3
100 1,6 2,0
ICC simétrico
I CR 2kI a (3.8)
Onde:
k 1 e R / X (3.9)
Sendo:
X soma das reatâncias do transformador e do sistema;
R → soma das resistências do transformador e do sistema.
b) Categoria II
SN > 10000 kVA
A corrente de curto-circuito simétrica pode ser calculada (valor eficaz) por (3.10):
S (3.11)
Z% 100 N
SCC
Onde:
SCC → é a capacidade de curto-circuito do sistema e deve ser obtida junto à
concessionária no local de instalação do transformador.
5.9 - Regulação
Define-se regulação de um transformador, para um determinado fator de potência, a
variação da tensão secundária ao passar do estado em vazio ao funcionamento em carga,
permanecendo constante a tensão aplicada ao primário e a freqüência. Esta variação de
tensão secundária é praticamente igual à diferença existente entre a tensão primária (V 1) e a
tensão secundária referida ao primário (V’2), ou seja conforme estabelecido em (3.12).
Re g V V1 V'2 E2 V2 (3.12)
O parâmetro regulação será mais detalhado nos assuntos seguintes, porém serão
estabelecidos neste item alguns fatores pertinentes às grandezas características dos
transformadores. Ao analisar-se a expressão (3.12) significa que uma grande diferença entre
E2 e V2 resulta em um valor elevado de regulação, o que significa uma grande queda de
tensão. Por outro lado valores pequenos de regulação significam pequenas quedas de tensão.
Portanto quando se deseja boa regulação, ou seja baixa queda de tensão os valores
da reatância percentuais baixos; o contrário é observado para valores de regulação elevados
(má regulação). No entanto valores baixos de reatância significam elevados valores de
corrente de curto circuito no sistema, ainda mais se este for de grande porte. Assim sendo
Referências
[1] João Mamede Filho – Manual de Equipamentos Elétricos - Ed. LTC S.A., R.J. 1994, vol. 2,
págs. 1 a 149.
[2] Antônio T. L. Almeida, João R. Cogo, José P. G. Abreu., Apostila de transformadores,
publicação FUPAI, 1992.