Análise de Vibrações

Aplicações - Ressonância Mecânica

Júnior das Graças Pereira

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 Vibrações Forçadas
▪ Se uma força atuante senoidal externa for aplicada ao sistema, esse vibrará com uma frequência igual aquela
da força excitadora, não obstante, ocorre uma defasagem na resposta dinâmica, ou seja, o deslocamento
máximo se dá após a força passar pelo seu máximo. O atraso na resposta dinâmica é denominado ângulo de
fase e representado por Ø.
Força Atuante Resposta
Sistema
𝐹𝐴 = 𝐹0 ∙ sin 𝜔𝑡 𝑋 = X ∙ sin 𝜔𝑡 − ∅
ω
r= ζ
ωn

𝐹𝐴 = 𝐹0 ∙ sin 𝜔𝑡

𝑋 = X ∙ sin 𝜔𝑡 − ∅

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 Frequência Natural
▪ Todos os objetos físicos, quando afastados da sua posição de equilíbrio estático, têm tendência para vibrar a
determinadas frequências. Especialmente nos metais, essas frequências são bem evidentes no tom
característico que emitem (diapasão, sino, ...). Estes tons únicos dependem da rigidez do material, da sua forma
e da sua massa. Estes tons são as chamadas Frequências Naturais.

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Frequência Natural

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 Frequência Natural
▪ Se dermos um impacto num objeto verificamos que os tons se mantém à mesma frequência, mas as suas
amplitudes vão-se reduzindo até deixarem de soar. Mas, se forçarmos o mesmo objeto a vibrar àquelas
frequências naturais, à custa de qualquer força externa, então as amplitudes de vibração aumentarão para
valores muito elevados.

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 Frequência Natural
▪ Tacoma Narrow Brigde - vibração com elevados níveis de amplitude. Foi excitada por ventos de 40 milhas/hora
(64 km/h). Inicialmente, a ponte começou a vibrar no modo transversal e, mais tarde, no modo torsional
culminando, finalmente, com o seu colapso.

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Frequência Natural

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 Frequência Natural
▪ Normalmente as primeiras 3 ou 4 frequências naturais são as mais preocupantes uma vez que necessitam de
menor energia para serem forçadas. A primeira frequência natural é muitas vezes próxima do valor dado pela
fórmula:

𝜁𝐹𝑒𝑟𝑟𝑜 𝐹𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜 = 0,003 𝑎 0,03

𝜁𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 0,00002 𝑎 0,002
1 𝐾 𝐶
𝜔𝑛 = ∙ ∙ 1 − 𝜁2 𝐻𝑧 𝜁= 𝜁𝐴ç𝑜 = 0,001 𝑎 0,008
2𝜋 𝑀 2 𝑀 𝜔𝑛 𝜁𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = 0,01 𝑎 0,06
𝜁𝐵𝑜𝑟𝑟𝑎𝑐ℎ𝑎 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 = 0,1 𝑎 0,3

𝝎𝒏 = 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙
1 𝐾
Se, 𝜁 ≪ 1 → 𝜔𝑛 = ∙ 𝐻𝑧 𝑪 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
2𝜋 𝑀 𝑲 = 𝑅𝑖𝑔𝑖𝑑𝑒𝑧
𝛇 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
M = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎

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 Velocidade Crítica
▪ Quando um corpo sofre rotação, a velocidade que o excita a ponto de atingir sua frequência natural é denominada
velocidade crítica. Ou seja, a velocidade crítica é a frequência natural do sistema rotativo (em termos de rotações por
minuto). Se a frequência de excitação à qual um corpo é submetido for igual (ou muito próxima) à sua frequência
natural, ele pode entrar em ressonância (o corpo adquire vibração de amplitudes tão altas que pode entrar em
colapso).

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Rotores Flexíveis

Sistema

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 Ressonância
▪ Ocorre quando a frequência de excitação (por exemplo a rotação do equipamento) coincide com uma das
frequências naturais do sistema, e pode causar expressiva amplificação da amplitude vibracional.

𝐹0ൗ
𝑋= 𝐾
1 − 𝑟 2 2 + 2𝜁𝑟 2

𝜔
𝑟=
𝜔𝑛

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Ressonância

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Ressonância Mecânica
𝑀𝑜𝑑𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑓𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟

Sistema

𝜔𝑛1 = 𝑃𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑀𝑜𝑑𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑉𝑖𝑏𝑟𝑎𝑟 = 1100 𝑅𝑃𝑀 𝜔1 800

𝑟1 = = = 0,72 → 𝑹 ≅ 𝟏, 𝟕𝟎
𝜔𝑛1 1100
𝜔𝑛2 = 𝑆𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑀𝑜𝑑𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑉𝑖𝑏𝑟𝑎𝑟 = 2300 𝑅𝑃𝑀

𝜔1 = 𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 1 = 800 𝑅𝑃𝑀 𝜔2 2450

𝑟2 = = = 1,06 → 𝑹 ≅ 𝟐
𝜔𝑛2 2300
𝜔2 = 𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 1 = 2450 𝑅𝑃𝑀
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Ressonância Mecânica

Sistema

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 Rotores Rígidos
▪ São aqueles que trabalham com sua rotação operacional abaixo de sua primeira frequência natural, com uma
pequena margem de separação.

Fo Ms ▪ Nm - Rotação Máxima de Trabalho

Nível de Vibração

▪ Nc - Rotação Crítica

▪ Ms - Margem de Separação

▪ Fo - Faixa Operacional

Nm Nc
Rotação

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 Rotores Flexíveis
▪ São aqueles que trabalham muito próximos ou acima da primeira frequência natural, sofrendo as deformações
características conforme modelo abaixo apresentado para eixos biapoiados. A norma API indica no mínimo 20% de margem
de separação. Para cada ativo específico é preconizado uma margem de separação a ser seguida como premissa na etapa de
concepção do projeto.

Sistema

1° Rotação Crítica 2° Rotação Crítica 3° Rotação Crítica

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 Métodos Práticos
▪ 1° Solicite ao fornecedor do equipamento os valores das velocidades críticas dos eixos de transmissão com intuito de
evidenciar as rotações no qual os mesmos irão ressonar. Usualmente esses valores são estimados por métodos
matemáticos (simulação computacional).

▪ 2° Testes práticos de campo podem ser realizados com intuito levantar os modos naturais de vibrar do sistema
(equipamento rotativo). Exemplo: Bump test para mancais, carcaças de máquina, rotores, entre outros; Peak Hold,
etc.

▪ 3° Jamais realize a alteração de massa ou rigidez do sistema projetado sem uma análise técnica dinâmica bem
fundamentada. Exemplos: Alteração das polias para transmissão de potência por correia em V para correia dentadas
sincronizadas.

▪ 4° Para alteração dos modos naturais de vibrar do sistema uma vez identificado a anomalia de ressonância mecânica,
torna-se impreterível a modificação do projeto original do ativo.

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 Método Matemático
▪ Consiste na adoção de modelos matemáticos computacionais (Exemplo: MEF - Método Elementos Finitos) capazes de
estimar os modos naturais de vibrar do respectivo componente de interesse. Por meio do projeto (desenho
detalhado) do componente, associado as devidas condições de contorno, consegue-se realizar essa análise.

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 Bump Test
▪ Por meio da aplicação de golpes com auxílio de um martelo não metálico junto a estrutura da máquina consegue-se
obter as frequências naturais do sistema.

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 Peak Hold
▪ O coast down peak hold consiste num tipo de medição que, tem como objetivo determinar a frequência natural do
sistema, medindo para isso, o nível de vibrações durante desaceleração do equipamento até sua parada, recorrendo a
uma função de retenção do pico máximo de vibração registrado (peak hold).

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 Estudo de Caso - Bump Test
▪ Estudo de caso de Trabalho Final de Mestrado para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Mecânica de David
Alexandre Germano Costa.

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Estudo de Caso - Bump Test

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Estudo de Caso - Bump Test

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Estudo de Caso - Bump Test

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Reflexão

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