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Em primeiro lugar, no primeiro capítulo que tem por título “Tudo começa no
cérebro: O hipotálamo e a vez dos hormônios” a autora expressa que a
adolescência é a transição do cérebro de criança para o cérebro de adulto, sendo
assim, ela é inevitável. Para que a adolescência de fato tenha início, a mesma cita
que é importante que tenha gordura suficiente acumulada no corpo, isso se deve
por dois motivos principais: o crescimento pôndero-estatural e o custo energético
de uma gravidez e lactação.
No segundo capítulo que tem por título “Tá vindo de onde, tá indo para
onde?” A autora descreve que as etapas necessárias para conquistar a
independência adulta é organizada pelo cérebro, já o cérebro dos adolescentes
é diferente das outras fases da vida, o mesmo apresenta o mesmo número
total de neurônios, no entanto ele sofre muitas mudanças químicas e reorganização
estrutural. O ambiente e especialmente os pais influenciam, tanto positivamente
quanto negativamente durante essa transformação. O que de fato vai alterar nessa
fase são as sinapses (conexões entre os neurônios), que durante a infância
aumentam significativamente, caracterizando a etapa de exuberância sinápticas (o
excesso de sinapses costuma ser considerado matéria-prima para o
desenvolvimento das habilidades cognitivas: ele oferece um mundo de
possibilidades nas diferentes combinações estabelecidas entre neurônios. A
eliminação das sinapses excedentes é feita de acordo com a experiência: as
sinapses mais usadas são selecionadas e mantidas, enquanto as pouco usadas
enfraquecem e são eliminadas, numa espécie de “lei da selva” cerebral: use suas
sinapses ou percas. É a eliminação ordenada, no entanto, que permite a formação
de circuitos bem ajustados e eficientes). Na adolescência são eliminadas as
conexões em excesso, como em um processo de lapidação, onde a eliminação
ordenada das sinapses é feita devido às experiências pessoais, outras
transformações incluem a mielinização, aumento da substância branca sub cortical e
diminuição da substância cinzenta e núcleos da base. O cérebro só fica pronto aos
30 anos de idade.
Contudo pode-se tirar como aprendizagem desde capítulo que grande parte
das alterações vividas na adolescência são devido as alterações no sistema de
recompensa, que nesta fase vai se torna muito mais difícil de ser ativado. Esse
sistema está diretamente relacionado ao nível de dopamina e seus receptores
(diminuídos na adolescência), de modo que o adolescente irá buscar
atividades cada vez mais intensas e com maior liberação de dopamina para ativar o
seu sistema de recompensa satisfatoriamente. As alterações neste sistema também
ficam evidentes, por exemplo, com o tédio, que é um dos sinais mais confiáveis que
o sistema de recompensa da criança entrou em declínio. O estresse reduz ainda
mais os receptores dopaminérgicos e predizem a um maior risco de estabelecer
vícios com álcool e drogas. O adolescente nesta fase, por uma supervalorização do
novo e por um engajamento em relações não familiares, além de uma busca natural
pelo prazer obtido através do sexo, nem tudo que ocorre é prejudicial ao sistema de
recompensa, uma vida social bem ajustada aumenta o número de receptores, a
atividade física fortalece a atividade dopaminérgica e o sistema torna-se mais
sensível aos hormônios produzidos em resposta ao contato social, principalmente os
produzidos durante o orgasmo. Por tanto, apesar de drásticas, a autora destaca que
essas mudanças são normais e cumprem uma função essencial no processo de
formação de um adulto independente. Com o passar dos anos essas alterações
de comportamento cedem com o amadurecimento cerebral e apesar de haver
um número reduzido de receptores dopaminérgicos, há uma maior liberação de
dopamina e tudo se equilibra.