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Drenagem Linfática Manual Vodder E Aromaterapia
Drenagem Linfática Manual Vodder E Aromaterapia
Drenagem Linfática Manual Vodder E Aromaterapia
RESUMO
INTRODUÇÃO
Segundo Vinyes (2005), nos últimos anos de sua vida, Vodder cedeu a representação de
seu método à escola de Walchsee na Áustria e ao professor Foldi na Alemanha. A
grande demanda de aprendizagem da Drenagem Linfática Manual tem dado lugar a
outras novas escolas que colocam em prática o método, compartilhando conceitos,
simplificando e destacando o essencial da Drenagem Linfática Manual, tornando-o mais
compreensível e facilitando sua aprendizagem. Em meados de 1967, foi criada a
Sociedade de Drenagem Linfática Manual, a qual, a partir de 1976, foi incorporada à
Sociedade Alemã de Linfologia.
Dentre os principais grupos que utilizam a técnica estão: Földi, Leduc, Asley-Smith,
Nieto, Ciucci, Beltramino, Mayall e outros. Devemos salientar que tais grupos
acrescentaram suas contribuições individuais, principalmente no tratamento de
pacientes portadores do linfedema, porém mantiveram os princípios preconizados por
Vodder. (Godoy, et al 2004, P.77)
Para Guirro (2002), o sistema linfático possui várias funções importantes, como o
retorno do líquido intersticial para a corrente sanguínea, destruição de microrganismos e
antígenos na linfa, respostas imunes específicas como à produção de anticorpos. O
sistema linfático possui um sistema vascular, constituído por um conjunto particular de
capilares linfáticos, vasos coletores e troncos linfáticos, também linfonodos, que servem
para filtrar o líquido coletado pelos vasos, os órgãos linfóides que incluem tonsilas,
baço e timo, que são encarregados de recolher, no interior dos tecidos o líquido
intersticial e reconduzi-lo ao sistema vascular sanguíneo. Este líquido intersticial que
encontra-se entre as células e também entreos tecidos e que o organismo não dá conta
de recolher, chama-se linfa. A linfa é semelhante ao plasma sanguíneo, consiste de
água, eletrólitos e de quantidades variáveis de proteínas plasmáticas que escaparam do
sangue através dos capilares sanguíneos. A linfa se difere do sangue por não possuir
células sanguíneas.
Quando o sangue passa nos capilares, ocorre uma perda de líquido que vai para o
interstício (região entre as células ou entre os tecidos), que as veias não dão conta de
recolher. Esse líquido, chamado linfa, é então drenado por um sistema de vasos
especiais, os vasos linfáticos, que são estruturas com fundo cego, ou seja, com a forma
de dedo de luva. Quando existe obstrução dos vasos linfáticos, a linfa se acumula
formando um grande edema, que é justamente o acúmulo de líquido nos tecidos.
(ZORZI,et al 2005, p.68).
Segundo Vinyes (2005), existem forças que filtram e reabsorvem líquidos entre os
capilares linfáticos e as células dos tecidos no nosso corpo. O filósofo inglês E.H.
Starling (1866-1927), estudou este fenômeno e definiu perfeitamente os tipos de forças
que atuavam por dentro e por fora da parede dos capilares linfáticos. Em condições
normais temos a pressão capilar, a pressão do líquido intersticial, a pressão oncótica, o
fluxo linfático e do volume total de líquido intersticial.
Segundo Guirro (2002), o sistema linfático é um sistema de mão única, pois somente
retorna o líquido intersticial para a corrente circulatória e dessa forma previne a
formação de edemas.
A pressão do líquido intersticial fora dos capilares linfáticos empurra as margens das
células endoteliais para dentro, permitindo ao líquido penetrar nos capilares. Uma vez
no interior dos capilares esse líquido não pode voltar aos espaços intercelulares por
causa da pressão no interior dos capilares, que força as bordas das células endoteliais a
se juntarem, fechando a válvula. Por causa desse arranjo estrutural, os capilares
linfáticos são mais impermeáveis que a maioria dos capilares sanguíneos que não
conseguem absorver moléculas de grande tamanho como proteínas e microrganismos.
(GUIRRO, 2002, p.25).
Para Vinyes (2002), como ocorre com os capilares sanguíneos, em condições normais
de repouso, a maioria deles estão inativos, já que nessa situação o organismo assim o
permite.
·Túnica média: constitui a maior parte da parede do coletor, composta por musculatura
lisa em espiral, seguindo a contratilidade do vaso.
·Túnica adventícia: é a mais espessa e externa de todas, constituída por fibras colágenas
dispostas longitudinalmente, entre as quais existem fibras elásticas e feixes de
musculatura longitudinal.
De acordo com Vinyes (2002), quando manipulamos a pele com os toques suaves da
Drenagem Linfática Manual Vodder, produz-se um estiramento (tracionamento)
longitudinal e transversal dos linfangions, estimulando seu automatismo, e por tanto,
sua capacidade de transporte. Mas, se aplicarmos massagens muito vigorosas como a
Massagem Modeladora, se produzirá um espasmo reativo que obstruirá a drenagem da
linfa.
Segundo o autor, todas essas intercomunicações podem não serem eficientes para que
toda a linfa formada possa passar por elas sem sofrer entorpecimento e originar um
edema. Nesse caso, a Drenagem Linfática Manual Vodder constitui um papel
importante e idôneo para solucionar o problema.
·A pulsação das artérias vizinhas: a maioria dos vasos linfáticos circulam junto aos
vasos sanguíneos que levam o sangue aos diferentes órgãos do corpo. As artérias
apresentam um movimento pulsátil que influem sobre os linfangions vizinhos,
favorecendo seu automatismo.
·A força da gravidade.
De acordo com o autor, os linfonodos também são conhecidos como gânglios linfáticos
ou nodos linfáticos, mas segundo a terminologia Anatômica, o termo gânglio está
restrito ao sistema nervoso.
Segundo Guirro (2005), os linfonodos filtradores estão envoltos por uma cápsula fibrosa
e apresentam no seu interior septos conjuntivos que os dividem em lobos.
·Atuar como filtros da linfa que levam aos vãos linfáticos. A linfa pode levar resíduos,
antígenos, germes, etc. que convém freá-los e eliminá-los para que não cheguem
massiçamente ao sangue, onde deságua a linfa.
·Atuar como depósito de certa quantidade de linfa, o qual de levará em conta na hora de
praticar a Drenagem Linfática Manual.
Segundo Guirro (2005), os vasos que chegam ao linfonodo (linfáticos aferentes) são
mais numerosos e mais finos do que os que saem (linfáticos eferentes), e é por esse
motivo que é lento o fluxo nessa região. Quando a linfa chega aos linfonodos, percorre
numerosas cavidades, os seios linfáticos, onde as impurezas são retidas e passam para a
linfa os linfócitos recém produzidos.
Segundo o autor, a linfa absorvida pelos capilares linfáticos é transportada para os vasos
pré-coletores, passando através dos coletores para vários linfonodos, sendo filtrada por
eles e recolocada na circulação até atingir os vasos sanguíneos. No membro superior, os
vasos linfáticos superficiais e profundos atingem os linfonodos axilares. No membro
inferior os vasos superficiais e profundos fluem para os linfonodos inguinais
superficiais. Toda a linfa acaba retornando ao sistema vascular sanguíneo por dois
grandes troncos: o ducto torácico e o ducto linfático direito. O ducto torácico recebe a
linfa dos membros inferiores, do hemitronco esquerdo, do pescoço e da cabeça, além do
membro superior esquerdo. O ducto torácico direito recolhe a linfa proveniente do
membro superior direito, do hemitórax direito, do pescoço e da cabeça. Esse ducto é
formado pela união dos troncos subclávio, jugular e broncomediastinal direito, os dois
ductos recolhem a linfa coletada e filtrada pelo sistema linfático e a lança na corrente
sanguínea, seguindo seu curso como plasma sanguíneo.
Ação muscular: fibras musculares estriadas e lisas: relaxamento nas primeiras horas e
melhora o automatismo da segunda;
Movimentos: pressões leves, manobras rotatórias com pressões que jamais devem
provocar qualquer forma de dor e desconforto. Ritmo lento para favorecer as contrações
dos linfangions;
De acordo com Vinyes (2002), a Drenagem Linfática Manual Vodder possui várias
indicações na estética, sendo indicada como complemento para diversos tratamentos.
Geralmente, constata-se logo após o início da Drenagem, o fato de que muitos clientes
sentem seus músculos relaxarem, suas pálpebras pesarem e uma imensa sensação de
tranqüilidade. "As manipulações suaves, lentas, monótonas e repetidas de DLM sobre a
pele, exercem um notável efeito sedante e relaxante que podemos aproveitar para
beneficiar as pessoas estressadas". (VINYES, 2002, p.65.)
Ainda segundo o autor, o efeito geral relaxante da Drenagem Linfática Manual Vodder
traduz-se rapidamente numa diminuição transitória da pressão arterial e da diminuição
das concentrações plasmáticas quando comparadas com as obtidas com a meditação e a
prece. Algumas vezes, o cliente apresenta outros tipos de reações, como: choro contido
ou silencioso, sensação de arrepio, riso nervoso etc. O tônus geral do organismo está
mais baixo, a calma instala-se, a respiração fica mais lenta, mais regular e profunda,
podendo algumas vezes adormecer.
AROMATERAPIA
Segundo Sejas (2005), os perfumes naturais formam parte da história do homem desde
seu surgimento. Antes da ciência, da religião, da arte, antes mesmo da linguagem, o ser
humano já utilizava aromas.
Ainda segundo a autora, Para a época das civilizações mesopotâmicas, a cultura dos
aromas já estava instalada: carregamentos especiais, resinas e exóticas plantas se
constituem em elementos tão valiosos que são transformados em moedas de cambio, por
isso a expressão "pagar em espécie", a passam a utilizá-las na medicina e na estética.
Não são óleos propriamente ditos, são substâncias voláteis, aromáticas e muito
concentradas.
Segundo Sejas (2005), sua viscosidade varia de acordo com a planta, por exemplo,
desde a de um líquido aquoso no caso do óleo essencial de limão, até a de um
concentrado denso e pegajoso como o óleo essencial de incenso; Todos possuem sua
particularidade de dissolverem-se em álcool e em óleos vegetais, seus carreadores,
menos em água.
Ainda segundo a autora, a extração dos óleos essenciais é muito complexa. Requere-se
uma grande quantidade de planta para obterem-se umas poucas gramas de óleo
essencial. Por esta razão os óleos essenciais são somente extraídos do seu lugar de
origem e dali para o resto do mundo. Para reconhecer a qualidade de um bom óleo
essencial, deve-se levar em conta a fragrância, um vendedor de confiança, a
procedência, o preço, pois são variados e o rendimento, pois o verdadeiro óleo essencial
deve possuir o aroma concentrado.
Segundo Bressi (2007), a lavanda (lavandula angustifólia), seu nome deriva do latim
lavare, purificante. A lavanda é muito utilizada por seu poder analgésico,
antidepressivo, antirreumático, antisséptico, cicatrizante e poderoso efeito sedante,
melhora a insônia e a dor de cabeça de origem nervosa.
Indicações:
Contra-indicações:
Infecções agudas;
Suspeita de arteriosclerose;
Hipertensão descompassada;
Câncer;
Hipertiroidismo;
Gravidez, dismenorréia, inflamações nos ovários;
MÉTODO DA PESQUISA
Foram realizadas doze sessões, duas vezes por semana, e todas as sessões mantiveram-
se iguais durante todo o tratamento. A cliente, primeiramente, encontrava-se em
decúbito dorsal sobre a maca. Realizaram-se movimentos de deslizamento no braço
direito, procedendo com o bombeamento na cavidade axilar, infra e supraclavicular. No
abdome, além dos movimentos descritos acima, foram utilizados os movimentos de
doador, giratório e novamente o movimento de bombeamento para a abertura dos
linfonodos da cadeia inguinal. Nas pernas, com a cliente em decúbito ventral, repetiram-
se os movimentos descritos acima com bombeamento das cadeias de linfonodos nas
fossas poplíteas, continuando pelo resto do corpo. Todas as manobras foram realizadas
seis vezes, os movimentos foram realizados com exatidão, pulsos relaxados, ritmo lento
e repetido.
A pesquisa caracteriza-se como estudo de caso; para a coleta de dados, foi utilizada uma
ficha de anamnese, (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória) consiste em uma
entrevista que possui a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença.
Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que
relacionam-se com o estado físico da pessoa contendo todos os dados da cliente. Foram
realizadas doze sessões, duas vezes por semana, entre os meses de março e abril de
2008, no período vespertino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRESSI, L. Candela. Masaje: belleza y salud. Buenos Aires: 2 ed. Grupo Imaginador
de Ediciones, 2007.
CEJAS, Ana. Aromas del alma: artes y usos de los aceites esenciales. Buenos Aires:
Sandler Publicidad, 2005.
LEDUC, Albert; LEDUC, Olivier. Drenagem Linfática: Teoria e Prática. 2ª ed. São
Paulo:Editora Manole, 2000.
ZORZI, Andrade de Luiz Rafael; LEAL, Leonor; BARTMANN, Mercilda; et al. Corpo
Humano: anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2005.