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[veja Baruch Schwartz, "How the Compiler of the Pentateuch Worked: The
Composition of Genesis 37,", no The Book of Genesis: Composition,
Reception, and Interpretation (eds. Craig A. Evans, Joel N. Lohr e David
L. Petersen ; Leiden: Brill, 2007), páginas 263 a 278, e Joel S. Baden, The
Composition of the Pentateuch: Renewing the Documentary Hypothesis
(New Haven: Yale University Press, 2012), capítulos 1 a 12, 34, 44.]
ּ֙פֹוטיפַ ֩ר ְס ִ ֨ריס ּפַ ְרעֹ֜ ה ַ ׂ֤שר הַ ּטַ ּבָ ִחים֙ ִ ֣איׁש ִמצְ ִ ֔רי ִמּיַד
ִ הּורד ִמצְ ָ ֑רי ְָמה וַּיִ ְק ֵ֡נהּו
֣ ַ ְיֹוסףֵ֖ ו
הֹור ֻד֖הּו ָ ֽׁש ָּמה
ִ אלים אֲ ֶ ׁ֥שר ִ ֔ ֵהַ ּיִ ְׁש ְמע:
Explicações tradicionais
O Comentário Acadêmico
[Joel Baden também observa essa frase como uma inserção redacional, um
daqueles casos, nos quais "o redator inseriu uma palavra ou frase, numa
fonte tradicional, para “corrigir” uma inconsistência flagrante de outra".
Veja Joel S. Baden, The Composition of the Pentateuch: Renewing the
Documentary Hypothesis (New Haven: Yale University Press, 2012), cap.
6, loc. 4683 (versão Kindle)]
:הֹור ֻד֖הּו ָ ֽׁש ָּמהִ אלים אֲ ֶ ׁ֥שר ִ ֔ ֵהּורד ִמצְ ָ ֑רי ְָמה וַּיִ ְק ֵ֡נהּו… ִ ֣איׁש ִמצְ ִ ֔רי ִמּיַד֙ הַ ּיִ ְׁש ְמע ֣ ַ ְיֹוסףֵ֖ ו
גוַּיַ ְ֣רא אֲ ֹד ָ֔ניו: לט:הֹ וָה֙ אֶ ת יֹוסֵ֔ ף ַוי ִ ְ֖הי ִ ֣איׁש ַמצְ ִ ֑ליחַ ַוי ֕ ְִהי ְּב ֵ ֥בית אֲ דֹנָ ֖יו הַ ִּמצְ ִ ֽרי-ְב ַוי ִ ְ֤הי י:לט
יֹוסף ֵ ֛חן ְּבעֵ ינָ ֖יו
֥ ֵ דוַּיִ ְמצָ֨ א:לט:הֹ וָ ֖ה ַמצְ ִ ֥ליחַ ְּבי ָֽדֹו-ְהֹ וָ ֖ה ִאּת֑ ֹו ְו ֹכ ֙ל אֲ ֶׁשר ה֣ ּוא עֹ ֶׂ֔שה י-ְִ ּ֥כי י
יתֹו
֗ ֵה ַוי ֡ ְִהי ֵמאָ ֩ז ִה ְפ ִ֨קיד אֹ ֜תֹו ְּבב:לט:יתֹו ְוכָל יֶׁש ל֖ ֹו נ ַ ָ֥תן ְּבי ָֽדֹו ֔ ְֵׁש ֶרת אֹ ֑תֹו ַוּי ְַפ ִק ֵ ֙דהּו֙ עַ ל ּב ֣ ָ ַוי
יֹוסף
֑ ֵ הֹ וָ ֛ה אֶ ת־ ֵ ּ֥בית הַ ִּמצְ ִ ֖רי ִּבגְ ַל֣ל-ְוְעַ ֙ל ּכָל אֲ ֶ ׁ֣שר יֶׁש ֔לֹו ַוי ָ ְ֧ב ֶרְך י
Seu mestre viu que HaShem estava com ele, e que HaShem fazia tudo
prosperar em suas mãos.
Iossef, por isso, achou graça aos seus olhos e o satisfez; ele o fez
superintendente de sua casa e o colocou no comando de tudo o que tinha.
Desde o momento em que o fez superintendente em sua casa e sobre tudo
o que tinha, HaShem abençoou a casa do egípcio por causa de Iossef.
Bereshit 39: 1 - 5
סּורים ֑ ִ ֲירי] הַ ֶ ּ֖מלֶ ְך א ֥ ֵ וַּיִ ַּקח֩ אֲ ֹד ֵ֨ני יֹוסֵ֜ ף אֹ ֗תֹו וַּֽיִ ְּת ֵ֙נהּו֙ אֶ ל ֵ ּ֣בית הַ ּסֹ֔ הַ ר ְמ ֕קֹום אֲ ֶׁשר [אֲ ִס
הֹ וָה֙ אֶ ת יֹוסֵ֔ ף וַּיֵ ֥ט אֵ ָל֖יו ָ ֑חסֶ ד וַּיִ ֵ ּ֣תן ִחּנ֔ ֹו ְּבעֵ ינֵ ֖י ַ ׂ֥שר-ְכא ַוי ִ ְ֤הי י: לט:וַֽ י ְִהי ָ ׁ֖שם ְּב ֵ ֥בית הַ ּֽסֹ הַ ר
ירם אֲ ֶ ׁ֖שר ְּב ֵ ֣בית ֔ ִ כבוַּיִ ֵּ֞תן ַ ׂ֤שר ּבֵ ית הַ ּסֹ֙ הַ ר֙ ְּביַד יֹוסֵ֔ ף אֵ֚ ת ּכָל ָ ֣האֲ ִס: לט:ּבֵ ית הַ ּֽסֹ הַ ר
כגאין׀ ַ ׂ֣שר ּבֵ ית הַ ּסֹ֗ הַ ר ר ֶ ֹ֤אה ֶ ֽאת:לט:ה ֵ֣ הַ ּ֑סֹ הַ ר וְאֵ֨ ת ּכָל אֲ ֶ ׁ֤שר עֹ ִׂשים֙ ָׁ֔שם ה֖ ּוא הָ יָ ֥ה עֹ ֶ ֽׂש
ַהֹ וָ ֥ה ַמצְ ִ ֽליח-ְהֹ וָ ֖ה ִאּת֑ ֹו ַוֽאֲ ֶׁשר ה֥ ּוא עֹ ֶ ׂ֖שה י-ְּומה֙ ְּבי ָ֔דֹו ּבַ אֲ ֶ ׁ֥שר י
ָ ּ֙כָל ְמא
Bereshit 39: 20 – 23
Aparentemente aceitando a alegação de sua esposa como verdadeira, o
mestre de Iossef prendeu Iossef, colocando-o em uma prisão controlada
por um carcereiro principal (não, pelo mestre de Iossef). Quando Iossef
sobe a escada da prisão (cuja descrição indica ser como um calabouço ou
poço), do mesmo modo que com seu mestre anterior, ele encontra favor
aos olhos do carcereiro-chefe, que o promove e deixa responsável pelo
“funcionamento” da prisão.
֙א ַוי ֗ ְִהי אַ חַ ר: מ//:ֹוטיפַ ר֙ ְס ִ ֣ריס ּפַ ְרעֹ֔ ה ַ ׂ֖שר הַ ּטַ ּבָ ִ ֽחים ִ ֽוְהַ֨ ְּמ ָד ֔ ִנים ָמכְ ֥רּו אֹ ֖תֹו אֶ ל ִמצְ ָ ֑ריִם ְלפ
: מ:ֵיהם ְל ֶ ֥מלֶ ְך ִמצְ ָ ֽריִם ֖ ֶ הַ ְּדבָ ִ ֣רים הָ אֵ֔ ּלֶ ה ָ ֥ח ְט ֛אּו ַמ ְׁש ֵ ֥קה ֶ ֽמלֶ ְך ִמצְ ַ ֖ריִם וְהָ אֹ ֶ ֑פה לַ אֲ ֹדנ
גוַּיִ ֨ ֵּתן אֹ ֜ ָתם: מ:אֹופים
ֽ ִ ָיסיו עַ֚ ל ַ ׂ֣שר הַ ַּמ ְׁש ִ֔קים ו ַ ְ֖על ַ ׂ֥שר ה ֑ ָ בוַּיִ ְק ֹ֣צף ּפַ ְרעֹ֔ ה ַ ֖על ְׁשנֵ ֣י סָ ִר
ד ֠ ַוּיִ ְפקֹ ד: מ:יֹוסף אָ ֥סּור ָ ֽׁשם ֖ ֵ ְּב ִמ ְׁש ֗ ַמר ֵ ּ֛בית ַ ׂ֥שר הַ ּטַ ּבָ ִ ֖חים אֶ ל ֵ ּ֣בית הַ ּ֑סֹ הַ ר ְמ ֕קֹום אֲ ֶ ׁ֥שר
ְׁש ֶרת אֹ ָ ֑תם וַּיִ ְ ֥היּו י ִ ָ֖מים ְּב ִמ ְׁש ָ ֽמר
֣ ָ יֹוסף ִא ָ ּ֖תם ַוי֛ ֵ ַ ׂ֣שר הַ ּטַ ּבָ ִ ֧חים אֶ ת
Para tentar resolver estas inconsistências, Ibn Ezra (ao comentar 40: 4)
sugere que, a prisão estava dentro da casa do capitão da guarda, e que
Potifar - capitão da guarda - teria controle direto, sobre os acontecimentos
nessa prisão.
Bereshit 40: 1 – 4
[Quem não souber ler o texto em Hebraico, nem tiver familiaridade com o
estudo acadêmico da Bíblia Hebraica, pode achar difícil ver a divisão das
fontes, porque o verbo principal, no qual “o faraó” ou “o rei do Egito”
envia os dois homens para a prisão (ou para custódia), está cumprindo uma
função dupla. Esse é um problema comum em narrativas emendadas,
especialmente em cenas de morte (quantas vezes um personagem pode
morrer?) Nos casos em que o redator estava unindo duas histórias com
roteiros muito semelhantes, ele às vezes era forçado a cortar uma frase que
tornaria a narrativa ilegível se continuasse no texto. Joel Baden observa
esse fenômeno, e se refere a ele como, “lugares onde duas fontes usaram a
mesma frase e o redator a definiu apenas uma vez”. Veja Joel S. Baden,
The Composition of the Pentateuch: Renewing the Documentary
Hypothesis (New Haven: Yale University Press, 2012), cap. 6, loc. 4683
(versão Kindle). No nosso caso, a frase ויתן אתםfoi incluída em uma das
fontes e, ou em alguma locução equivalente, e foi removida da outra.]
A história da tradição E continua com Iossef interpretando os sonhos dos
dois homens, provando que ele tem esse presente, e pedindo ao copeiro-
chefe, que será restaurado a sua posição no palácio, que trouxesse seu
nome até Faraó (40: 14-).
Tal pedido só faz sentido para um escravo que deseja liberdade; seria mais
do que presunção, um pedido assim vindo de um prisioneiro acusado de
tentar estuprar a esposa de seu mestre! No entanto, o copeiro-chefe
esquece de Iossef (40: 23) até o episódio dos sonhos de Faraó, dois anos
depois, na Parashat Miketz.
O faraó teve vários sonhos que o deixaram em pânico. De manhã, ele pede
a seus conselheiros que lhe declarem o significado dos sonhos, mas sem
sucesso. Nesse ponto, seu chefe copeiro faz uma confissão:
יּפַ ְרעֹ֖ ה ָק ַצ֣ף:מא:מר אֶ ת חֲ טָ אַ֕ י אֲ ִנ֖י ַמזְ ִ ּ֥כיר הַ ֽ ּיֹום ֹ ֑ ַוי ְַדּבֵ ר֙ ַ ׂ֣שר הַ ַּמ ְׁש ִ֔קים אֶ ת ּפַ ְרעֹ֖ ה לֵ א
יאו ַַּנֽחַ ְל ָ ֥מה: מא:עַ ל עֲבָ ָ ֑דיו וַּיִ ֵּ֨תן אֹ ֜ ִתי ְּב ִמ ְׁש ֗ ַמר ּבֵ֚ ית ַ ׂ֣שר הַ ּטַ ּבָ ֔ ִחים אֹ ֕ ִתי ו ֵ ְ֖את ַ ׂ֥שר הָ אֹ ִ ֽפים
יבו ְָׁ֨שם ִא ֜ ָּתנּו נַ ֣עַ ר ִע ְב ִ ֗רי: מא:ֹלמֹו חָ ָ ֽל ְמנּו
֖ ֲחֲ ל֛ ֹום ְּב ַ ֥ליְלָ ה אֶ ָ ֖חד אֲ ִנ֣י וָה֑ ּוא ִ ֛איׁש ּכְ ִפ ְת ֥רֹון ח
יג ַוי ִ ְ֛הי: מא:ֹלמֹו ּפָ ָ ֽתר ֖ ֲֹתינּו ִ ֥איׁש ּכַח
֑ ֵ ֚עֶ בֶ ד ְל ַ ׂ֣שר הַ ּטַ ּבָ ֔ ִחים וַּנְ סַ֨ ּפֶ ר ֔לֹו וַּיִ ְפ ָּתר ָל֖נּו אֶ ת חֲ ֹלמ
ּכַאֲ ֶ ׁ֥שר ָ ּֽפ ַתר ָל֖נּו ּכֵ ֣ן הָ יָ ֑ה אֹ ִ ֛תי הֵ ִ ׁ֥שיב עַ ל ּכ ִַּנ֖י וְאֹ ֥תֹו ָת ָ ֽלה
Então o chefe dos copeiros disse ao faraó: “Lembro-me dos meus erros
hoje. Certa vez, o faraó ficou irado com seus servos, e colocou eu e o
padeiro-chefe em custódia na casa do capitão da guarda. Sonhamos na
mesma noite, ele e eu, cada um tendo um sonho com seu próprio
significado. Um jovem hebreu estava conosco, escravo do capitão da
guarda. Quando contamos a ele, ele interpretou nossos sonhos, dando uma
interpretação para cada um de acordo com seu sonho. Como ele nos
interpretou, assim aconteceu; Fui restaurado no meu ofício e ele (= o
padeiro) foi enforcado.”
Bereshit 41: 9 – 13
Além disso, não ouvimos nada sobre Iossef ser um prisioneiro acusado de
crime, nem dele trabalhar para o chefe dos carcereiros. Ouvimos apenas
sua posição como servo do capitão da guarda. Isso tem todos os sinais
reveladores da história da tradição E.
Aqui, Faraó (não "o rei do Egito") ficou irado com seus servos - o
principal copeiro e padeiro-chefe - e os enviou sob custódia (e não para a
prisão!) aos cuidados de Potifar, o capitão dos guardas; onde Iossef estava
como um escravo (não como prisioneiro condenado). Quando conhecem o
pobre rapaz que lhes traz comida, ele se oferece para interpretar seus
sonhos e eles aprendem que ele tem essa capacidade.
Nesta versão da narrativa, Iossef nunca foi realmente vendido por seus
irmãos. O que ocorreu, é que ele foi foi "roubado" de sua terra natal,
depois que seus irmãos o deixaram para morrer num poço. E ele acabou
como um escravo em uma casa importante. Esta versão da narrativa, não
mencionada nada sobre o caso frustrado, com a esposa de seu mestre, nada
sobre uma prisão, e nada sobre HaShem tornar Iossef agradável aos olhos
de seus senhores.
Nesta versão da narrativa, a intervenção da divindade é meramente vista
como a capacidade de Iossef de interpretar, com precisão, os sonhos das
pessoas. No entanto, isso é suficiente para Iossef, que, usando essa
habilidade, passa à posição de vizir, ao lado do Faraó, durante o tempo de
crise do Egito.
O problema do poço
Iossef foi descrito, duas vezes, como estando num “poço” ( <bor> )בור.
Isso cria um problema significativo, uma vez que esses versos estão na
versão da tradição E, mas a ideia de que Iossef estava em apuros,
caracteriza a história da tradição J.
Iossef pede ao chefe dos copeiros que fale sobre ele ao Faraó:
ית ּנָ ֥א ִע ָּמ ִ ֖די ָ ֑חסֶ ד ו ְִהזְ ּכ ְַר ַ ּ֙תנִ י֙ אֶ ל ּפַ ְרעֹ֔ ה
ָ ִ ּ֧כי ִאם זְ כ ְַר ַ ּ֣תנִ י ִא ְּת ָ֗ך ּכַאֲ ֶׁשר֙ יִ ֣יטַ ב לָ֔ ְך וְעָ ִ ֽׂש
אתנִ י ִמן הַ ַ ּ֛ביִת הַ ֶ ּֽזה ֖ ַ ֵוְהֹוצ
Mas lembre-se de mim quando você estiver bem; por favor, faça-me a
gentileza de me mencionar ao Faraó e, assim, me tirar deste lugar.
Pois de fato, fui roubado da terra dos Hebreus; e aqui também não fiz nada
para que eles me colocassem no poço.
Iossef começa pedindo para ser removido desta "casa", a saber, a casa de
Potifar. E isso se encaixa bem com a história da tradição E.
No entanto, Iossef termina com uma afirmação defensiva, dizendo que,
mesmo aqui no Egito, ele não fez "nada" para merecer ser colocado neste
"poço".
Isso não se encaixa bem na história da tradição E, já que nesta versão ele
não estava numa prisão, e ninguém o acusou de fazer nada errado.
O tema do poço retorna depois que o chefe dos copeiros fala com o faraó,
dois anos depois, e o faraó deseja pedir a Iossef que interprete seu sonho.
Então Faraó chamou Iossef, e ele foi levado às pressas para fora da
masmorra. Ele se barbeou e trocou de roupa e entrou diante de Faraó.
Novamente, isso parece fazer parte da história da tradição E, uma vez que
segue a confissão do chefe dos copeiros, e se refere ao rei do Egito como
faraó. E, no entanto, a história considera que Iossef estava num poço, e
precisava ser limpo, antes que pudesse ser levado perante Faraó. Existem
três modos de tentar resolver este problema:
Estes dois casos sofrem do mesmo problema. Se este material foi cortado
da tradição J, ou se foi uma tentativa do redator de imitar a tradição J, por
que não usar o mesmo termo que a tradição J usou por todo o tempo, ou
seja, "prisão (< בית הסהרbeit HaSahar>)?"
Isso parece possível, mas, como não existe nada da tradição Sacerdotal por
si só, e nem sabemos o que uma versão história da tradição P trazia sobre
esta seção (se houver), a possibilidade permanece tão especulativa que é
difícil concluir algo.
Enfim, toda solução proposta traz consigo seus próprios problemas. Talvez
discussões e análises acadêmicas adicionais ajudem a elucidar esses
problemas um dia.