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por Queruvim
Datação
A data de composição deste documento (Papyrus Leiden I 344) é controversa. Segundo
alguns,o manuscrito data do Império Novo (século XIII a.C) e é uma provável
transcrição de um texto anterior do século XIX ao XVII a.C referente ao Primeiro
Período Intermediário. Em meus estudos percebi que alguns fazem questão de datar este
papiro em qualquer outra época que não seja a de Moisés. Isso não é de se estranhar,
visto que até mesmo aderentes do Islã ao acharem qualquer vestígio de arqueologia
do antigo Israel, fazem questão de destruir ou vandalizar. (Veja um exemplo, I , II,
III) Alguns após estudo detalhado sugerem que o poema de Ipuwer é uma discussão
entre
Ipuwer e uma deidade Egípcia chamada 4tum (Fig. abaixo) No início do século XX
poucos tinham capacidade de ler tal achado, de forma que ficou obscurecido e no campo
do enigmático, sem poder ser analisado quanto ao conteúdo e significado mesmo por
parte dos egiptólogos. Em 1872 foi feita a primeira tradução de parte do
documento, interpretado como sendo escrito na época do Reino médio do Egito.
Alguns o consideravam “profecias” a respeito do futuro. Alan Gardiner e seu colega
Alemão o Professor Kurt Sethe, ajudaram muito no estudo e compreensão de
antigas escritas hieroglíficas bem como na leitura deste tipo de papiro.
Infelizmente devido a deterioração muitos trechos ficaram além de recuperação e
com algumas brechas.
Descrições curiosas
O papiro de Ipuwer descreve uma catástrofe nacional e não simplesmente uma
revolução social ou uma simples invasão de inimigos, como afirmam alguns. Já no
início do texto de Ipuwer lemos que “as mulheres estão estéreis e nenhuma concebe“.
Isso nos faz lembrar de relatos na Bíblia, como o de Abimeleque, Rei de Gerar, que
pretendeu tomar para si por esposa a mulher de Abraão e que por esta causa, lemos
que as mulheres naquela região ficaram estéreis por um tempo. Em Gênesis 20:17,18
lemos:
“E Abraão começou a fazer intercessão ao [verdadeiro] Deus;+e Deus* passou a curar
Abimeleque e sua esposa, e suas escravas, e elas começaram a dar à luz filhos. 18 Pois
Jeová cerrara totalmente cada madre na casa de Abimeleque, por causa de Sara,
esposa de Abraão”.
Outra similaridade com a Bíblia é a menção de que o Rei do Egito morreu sem ter
um velório. Como sabemos, muitos filmes de hollywood bem como outros, que
tentam fazer uma representação das dez pragas e o êxodo do Egito, apresentam
Faraó como sobrevivendo ao passo que seu exército morre no mar vermelho. A
mini-série A Bíblia exibida na Rede Record, aqui no Brasil, cometeu o mesmo erro,
erro
muito embora tenha sido produzida com a consulta constante a pastores evangélicos
e outros líderes religiosos da Cristandade. O fato é que a Bíblia Sagrada diz que
Faraó morreu no mar vermelho. (Confira um artigo resumido a este respeito)
Curiosamente, o papiro de Ipuwer apresenta Faraó como morrendo sem sequer ter a
oportunidade de um velório. O que poderia, então, explicar as declarações
mencionadas no papiro? Esta avaliação considerada de modo isolado pode certamente
levar a uma série de conclusões. Poderia
tmerodacoopnetredciido
ouumlaevgaudeorrcaoemooFtaroraféóup, eernetcriedotantotascaomutproasdheipbóataelshe
as equse upocdoerprioa dseralgum levantada. Mas não foi o Egito a potência
mundial dominante naquele tempo? Como poderia outra nação subjugar os egípcios
a não ser por força maior? Procuremos pois fazer uma análise do restante do papiro
acerca da aparente catástrofe que sobreveio ao mundo egípcio naquela ocasião. Temos
então, duas coincidências com relatos da Bíblia. 4 morte de Fara% e mulheres não
podendo dar a luz, algo que sempre acontecia nos tempos bíblicos como expressão
do desagrado de Jeová. A sobreposição dos dois relatos, tanto o relato das dez pragas
bem como o poema de Ipuwer apresentam muitas outras similaridades. Façamos a
comparação para ver se realmente se pode provar que ambas as fontes descrevem os
mesmos eventos! Algo muito estranho mencionado no primeiro capítulo do papiro é a
declaração de que “o Nilo transborda e contudo ninguém trabalha na lavoura. Todos
dizem: Não sabemos o que acontecerá por toda a terra“.
Parece ser um período de medo e as pessoas desalentadas de temor na expectativa do
que viria. O Capítulo 2 diz que “De fato, homens pobres se tornaram donos de
riquezas” e “aquele que não podia nem mesmo fazer sandálias para si mesmo é agora
dono de riquezas“. Na continuação lemos que a “pestilência está em toda a terra, sangue
está em
toda parte, a morte não falta“. É óbvio que uma invasão não poderia causar doenças em
toda a terra dessa forma. Se tivesse acontecido um ataque inimigo resultando em muitas
mortes, porque não se fala de forma clara sobre isto? Fala se de “mortos sendo levados
diretamente para o rio. Fileiras deles no local de embalsamar“, “no8res estão em
angústia ao passo que os po8res estão em alegria“. Esta ultima frase é mais uma
indicação de que um ataque inimigo não poderia ter resultado em uma destruição
seletiva de pessoas. Algo porém mencionado na Bíblia como acontecendo, mas não
devido a uma invasão, e sim devido a forma seletiva do agressor mencionado como
sendo o próprio Jeová Deus. Em harmonia com isso, observe o que lemos em ;<odo
=:>0:
Jeová disse então a Moisés: “Levanta-te de manhã cedo e toma posição diante de Faraó.
+ Eis que ele está saindo à água! E tens de dizer-lhe: WAssim disse Jeová: “Manda
embora meu povo, para que me sirvam.*+21 Mas se não mandares embora meu
povo, eis que enviarei o moscão*+ sobre ti, e sobre os teus servos, e sobre o teu
povo, e às tuas casas; e as casas do Egito estarão simplesmente cheias de moscões, e
também o solo em que estão.22 E naquele dia certamente farei ficar @ parte a terra
de A%sen em que está meu povo, para que não haja ali nenhum moscão;+ a fim de que
saibas que eu sou Jeová no meio da terra.*+23E deveras porei uma demarcação
entre meu povo
e teu povo.+Amanhã ocorrerá este sinal.”’”
Também em ;<odo B:C:
Concordemente, Jeová fez esta coisa no dia seguinte, e toda sorte de gado* do Egito
começou a morrer;+ mas nenhum do gado dos filhos de Israel morreu. 7 Faraó
mandou então ver, e eis que nem mesmo um do gado de Israel tinha morrido. Não
obstante, o coração de Faraó continuou insensível+ e ele não mandou o povo embora.
Espero poder ampliar este artigo assim que surgir mais informações!
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http://www.rutherfordpress.co.uk/Enmarch%20-%20The%20Reception%20of
http://www.
%20Ipuwer.pdf
http://henryzecher.com/papyrus_ipuwer.htm
http://www.reshafim.org.il/ad/egypt/texts/ipuwer.htm
Naos of el-Arish
http://www.pibburns.com/smelaris.htm#tnotes