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meu). O autor achou tão precisa a evidência que disse ser clara e distintamente.
É obvio que Josefo, que viveu na época dos apóstolos sabia bem melhor do que
nós o que estava afirmando. Talvez ele tivesse em mãos evidências que hoje não
existam mais com relação a Antíoco Epifânio, pois ele faz uma afirmação muito
convicta. Além disso, há críticos do Livro de Daniel querendo ridicularizar a
obra escrita pelo profeta de Deus. E sabe por que? Pelo fato de se encaixar tão
perfeitamente na história secular e pelos seus acontecimentos previsto tantos
séculos antes dos fatos. Muitos, por isso, acreditam que o autor do livro de
Daniel seja um pseudo Daniel e não o profeta bíblico (veja livro: Daniel na Cova
dos Críticos – Mcdowell).
O Dr. Archer, professor de línguas antigas e judeu convertido ao cristianismo
diz: “... O leopardo de quatro asas dos capítulo 7 corresponde claramente ao
bode de quatro chifres do capítulo 8; isto é, ambos representam o império grego
que foi dividido em quatro depois da morte de Alexandre. A única dedução
razoável a ser tirada é que existe dois pequenos chifres envolvidos nas visões
simbólicas de Daniel. Um deles emerge do terceiro império e outro deverá
emergir do quarto. Ao que parece, a relação é de tipo (Antíoco IV do terceiro
reino)e antítipo (o anticristo que deverá surgir de forma moderna do quarto
império). Esta é a única explicação que satisfaz todos os dados e que lança
luz sobre Dn. 11:40ss, onde a figura do Antíoco histórico repentinamente se
funde com a figura de um anticristo que virá no fim dos tempos”. Diz mais o Dr.
Mcdowell: “O pequeno chifre do capítulo 7 derivou dos dez chifres do animal
terrível representando o quarto império. Este pequeno chifre arranca três dos dez
chifres. Em contraste, o pequeno chifre do bode foi quebrado e substituído por
quatro outros. Essas são, evidentemente, representações diferentes, não
pretendendo de maneira alguma reproduzir o primeiro reino, rei ou situação. Só
as idéias preconcebidas mais obstinadas e praticamente ilógicas capacitam os
críticos a equipararem esses dois pequenos chifres” (Daniel na Cova dos
Críticos, pg. 34 – Ed. Candeia).
A) – É dito que essa ponta peque emergiria do império Grego ou de uma das
divisões do império de Alexandre. Então, ela emergiu do império Grego? – Sim,
Antíoco foi o oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164
a.C.
B) – Ele se levantou contra o Egito, pois se diz que essa ponta também se
levantaria para o sul? (vrs.9). Também esse fato foi registrado. Diz-nos Flávio
Josefo: “A profunda paz (leia Dn.8:25) que Antíoco gozava e o desprezo que ele
tinha pela pouca idade dos filhos de Ptolomeu, que os tornava incapaz de tomar
conhecimento das coisas, fê-lo conceber a idéia de conquistar o Egito. Declarou
guerra, e entrou no país com um poderoso exército; foi diretamente a Pelusa,
enganou o rei Filopator, tomou Mênfiz e marchou para Alexandria, para se
apoderar da cidade e da pessoa do rei. Mas os romanos declararam-lhe que lhe
faria guerra... ele foi obrigado a abandonar essa empresa...” (História dos
Hebreus, pág. 286 – CPAD – parênteses do autor). A profecia se encaixa em
Antíoco apesar dele não ter mantido sua conquista por muito tempo. Alguns
argumentam que ele teria de ter “...prosperado no que lhe aprouver...”(vrs.24).
Entretanto, devemos notar que a ênfase não era o Egisto, mas a “Terra
Formosa”.
C) Teria Antioco prosperado no intento contra a Terra Formosa? Teria
prosperado no engano? Teria ele profanado o Templo? – Infelizmente sim. Esse
tipo do anticristo fez coisas terríveis contra os pobres Judeus. A História nos
conta fatos terríveis e muito triste e doloroso. Flávio Josefo diz: Dois anos
depois, no vigésimo quinto dia do mês que os hebreus chamam de Casleu e os
filhos que tinham sido circuncidados. Mandava queimar todos os livros das
Sagradas Escrituras e não perdoava a um só de todos aqueles em cujas casas os
encontrava. (História dos Hebreus, pág. 287 – CPAD).
Vejam o que nos diz certo comentarista sobre este assunto: “O vrs.9 identifica
um agressor, um “chifre pequeno” ou uma “pequena ponta”. Os vrs.10-12 nos
mostram que este inimigo e agressor atacará o Templo ou Santuário. O vrs.13,
como já vimos, pergunta: “Até quando durará esse levante e profanação do
santuário? Até quando vamos ficar sem o sacrifício costumado? E o vrs.14
responde: Até 2300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado (ou como diz
a Bíblia de Jerusalém – “Será feita justiça, justificado ou feito justo”, o que
ocorreu através de Judas Macabeus). É lógico que o vrs.13 faz uma pergunta que
é elucidada no vrs.14. Desvincular Dn. 8:14 deste clamor “Até quando?”(do
vrs.13) significa estar exegeticamente falando um grande impropério. Não
podemos ter ao mesmo tempo o contexto e a interpretação adventista. Portanto,
alusivo ao “Juízo Investigativo” e a “doutrina do Santuário”, a Igreja Adventista
teve de fazer uma escolha – Aceitar o contexto de Dn.8:14 de acordo com a
Bíblia ou as doutrinas de E.G. White, e infelizmente eles escolheram a “pior
parte” dessa teologia”. Por isso é muito mais seguro entender esta profecia como
um fato ocorrido, mas que de alguma maneira se repetirá na pessoa do anticristo
que virá sobre o mundo.
D) Ele se engrandeceu até o exército dos céus?(vrs. 10). Sim, pois como já
dissemos acima ele invadiu Jerusalém e atacou os judeus e seus exércitos. Diz
nos o seguinte sobre isso o Dr. Antônio Gilberto: “Essa passagem parece ser
uma referência aos sacerdotes e levitas, se compararmos o conteúdo dos vv.10 a
13. Sobre as estrelas, comenta a Bíblia de Jerusalém: “As estrelas são o povo de
Deus – (Veja: Dn.12:3; Mt. 13:43; I Cor. 15:41).
E) Ele se engrandeceu contra o príncipe dos exércitos?(Vrs.11) Também esse
fato é ocorrido, pois isso é decorrente a invasão de Jerusalém. Veja o que nos
diz o Dr. Baldwin em seu livro sobre Daniel: “Observe a expressão, ‘se
engrandecia’(4), ‘se engrandeceu sobremaneira’(8), até que o orgulho mostrou o
seu propósito último ao desafiar o príncipe tanto das estrelas como dos
monarcas, o seu Criador e Deus. Este desafio tomou a forma de um ataque
sacrílego ao Templo, tal como o que já uma vez havia tido lugar sob
Nabudonosor. O sacrifício costumado (heb. Tãmîd): “o contínuo” é um termo
técnico que se refere aos sacrifícios diários, da manhã e da tarde, prescritos em
Ex. 29:38-42. Por esta única palavra todos sistema sacrificial é implicado. O
lugar do seu santuário foi deitado abaixo representa uma boa tradução do estilo
enigmático do escritor, com seus pronomes e preposições ambíguos. A palavra
– lugar (mãkôm) – é reservada para habitação de Deus (cf. I Rs. 8:30 – o céu,
lugar da tua habitação – II Cr. 6:2 – O TEMPLO). Um ataque ao local
reservado para o culto a Deus equivale a um ataque ao próprio Deus. Ou seja,
Epifânio afrontou o grande Jeová Sabaot (Senhor dos Exércitos).
F) A. Epifânio foi especialista em intrigas? Sobre isso comenta o seguinte o
Dr. Walvoord em seu livro “Todas as Profecias da Bíblia” Ed. Vida: “Daniel
descreveu o governante nesta profecia como um rei feroz catadura e
especialista em intrigas (vrs.23). Ele afirmou: Grande é o seu poder, mas não
por sua própria força (fato que não se pode dizer de Roma que era grande e
poderosa por si mesma)... A descrição aqui apresentada deste ímpio governante
é muito semelhante ao que a história e a Bíblia registram com respeito a A.
Epifânio. Ele teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum
tempo, exerceu sua autoridade sobre o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de
lá... Profanou Jerusalém e devastou o culto dos hebreus...”. Diz ainda o Dr.
Stamps: “Usurpou o trono que por direito pertencia a Demétrio... Assassinou o
sumo sacerdote Onias em 170 a.C... Seus tratados com outras nações eram
eivados de intriga e engano. Apoiou Ptolomeu Filométor contra Ptolomeu
Evérgetes por motivos egoístas. Atacava de improviso cidades ricas em tempo
de paz. Seus ataques ao Egito foram bem sucedidos por que os que deviam
ajudar o Egito não o fizeram, e Antíoco regressou à Síria com grandes riquezas”.
G) Ele foi quebrado sem mão?
Sim, esse maligno monarca morreu de tanta infelicidade e tristeza. Diz Flavio
Josefo: “O rei Antíoco morre de tristeza por ter sido obrigado a levantar
vergonhosamente o cerco da cidade de Elimaida, na Pérsia, onde ele queria
saquear um templo consagrado a Diana e a derrota de seus generais, pelos
Judeus”. (História dos Hebreus; Pág.292 – CPAD).
H) Ele se envolveu com adivinhações (vrs. 23)?
Na verdade A. Epifânio nasceu no mais absoluto marasmo religioso pagão e não
só em adivinhações, mas em todos os tipos de rituais pagãos de sua época. Ele
foi um absoluto anticristo ou anti-Deus do V. T. É por isso que sua figura é tão
parecida com o do vindouro Anti-Cristo apocalíptico.
Apêndice: Veja o que nos diz o Dr. E Pr. Abraão de Almeida: “Entre esta e
aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes, destacando-se a opressão
sob Antíoco Epifânio (ou Epífanes)... Ele governou a Síria de 175 a.C. a 164
a.C. Sua crueldade e intolerância religiosa fizeram dele um tipo do futuro
Anticristo. O relato Bíblico que trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11.
No capítulo 11, o mesmo Antíoco Epifânio é descrito como ‘homem vil’ que
não tinha quaisquer direitos à dignidade real, por ser filho menor de Antíoco, o
grande, mas obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo
apócrifo dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia
pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão em
toda a Palestina: ‘O seu santuário ficou desolado como um ermo, os seus dias de
festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio, as suas honras em
nada. À proporção da sua glória se multiplicou a sua ignomínia: E a sua alta
elevação foi mudada em luto... E o rei (Antíoco Epifânio) dirigiu cartas suas, por
mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a todas as cidades de Judá: Mandando-lhes
que seguissem as leis das nações da terra. E proibisse que o Templo de Deus se
fizessem holocaustos, sacrifícios, e oferta em expiação pelo pecado. E
proibissem os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que
se edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e sacrificassem
carne de porco. E reses imundas...’(Cap.1, vrs.41,41,46-50 de 1Macabeus). Os
registros históricos confirmam as sombrias características de Antíoco Epifânio.
Ele foi considerado um louco sanguinário pelos historiadores gregos e um
fomentador de intrigas entre o seu reino e o do Egito. Sua vida em relação ao
judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio Deus (levantar-se-á contra o
Príncipe dos príncipes – Dn. 8:25) e sua morte por desgosto, em razão do
fracasso contra os romanos, mostra que ele foi ‘quebrado sem esforço de mãos
humanas’. Scofield e outros estudiosos do assunto entendem que a ponta
pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio (Dn.8:9), oitavo governador da casa
dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C. Intolerante em religião, intentou
destruir a religião dos judeus pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem
publicamente seu repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas
legadas a ela: que profanasse o Sábado, as festividades e o santuário,
construindo altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de
porco nos altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que
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