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Das alegadas três raízes de br' na Bíblia Hebraica Licenciado sob uma Licença
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Osvaldo Luiz Ribeiro


Faculdade Unida de Vitória
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Anais do V Congresso da ANPTECRE
“Religião, Direitos Humanos e Laicidade”
ISSN:2175-9685

Licenciado sob uma Licença


Creative Commons

DAS ALEGADAS TRÊS RAÍZES DE BARA’ NA BÍBLIA HEBRAICA

Osvaldo Luiz Ribeiro


Doutor em Teologia
Faculdade Unida de Vitória
osvaldo@faculdadeunida.com.br

ST 16 – TRADUÇÃO DA BÍBLIA NO BRASIL

Resumo. Síntese do processo histórico de formulação da tese da existência de três raízes do


verbo bara’ na Bíblia Hebraica – bara’ I, II e II. Partindo-se dos léxicos do século XVIII e XIX,
pretende-se demonstrar como a raiz bara’ era então tratada na literatura especializada. Podem-
se identificar três fazes: a) a clássica, histórico-filológica, que se estende até meados do século
XIX; b) a fase reacionária, na qual o tratamento histórico-filológico aplicado à raiz dá lugar ao
tratamento mais propriamente teológico-dogmático; e c) a fase a partir de 1913, quando
aparece pela primeira vez a tese de que se podiam identificar não uma, mas três raízes bara’ na
Bíblia Hebraica, cada qual com seu campo semântico – e teológico! – independente e
preservado. E a essa fase que presta tributo o conjunto de dicionários e léxicos da atualidade.
O método aplicado na pesquisa consiste na consulta direta e crítica aos léxicos dos séculos
XVIII e XIX. A tese que se pretende propor é: a criação da tese das três raízes hebraicas bara’
na Bíblia Hebraica constitui o resultado de imposições teológico-dogmáticas ao material bíblico
em detrimento tanto do testemunho filológico-clássico da primeira fase estudada contra do
conjunto semântico-fenomenológico da própria Bíblia Hebraica.

Palavras-chave: Raiz br’, Bíblia Hebraica, “Criação”

Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1602


Introdução

A presente pesquisa constitui desdobramento de tese de doutorado do autor, “A


Cosmogonia de Inauguração do Templo de Jerusalém – o Sitz im Leben de Gn 1,1-3
como prólogo de Gn 1,1-2,4a”, em cuja nota 8 já se antecipava, como hipótese a ser
investigada mais profundamente, o teor da presente proposta de pesquisa.
Entre 2008, data de defesa da tese, e 2011, o pesquisador esteve envolvido com a
temática. Atualmente, desenvolve-se como pesquisa de pós-doutoramento no
Programa de Ciências das Religiões da UFJF.
O conjunto de léxicos e dicionários de Hebraico apresenta o radical br’ hebraico
como três distintas raízes, distribuindo-se as ocorrências da Bíblia Hebraica entre as
três e reservando-se aquelas tomadas como propriamente teológicas em um conjunto
reservado às ações cosmogônicas do deus bíblico. A tese sugeria que a distinção de
em três raízes resultava inadequada.
O conjunto de léxicos e dicionários dos séculos XVIII e XIX consultados pelo
pesquisador desconhecia o procedimento, incluindo todas as ocorrências da raiz em
uma única rubrica e tratando as distinções de sentido dos verbos constituídos como
desdobramentos semânticos do significado de “cortar” / “esculpir”.
Depois de consultada a bibliografia técnica dos séculos XVIII e XIX, o que havia
surgido como desconforto em face da fenomenologia da raiz nos dicionários e léxicos
modernos converteu-se em convicção de que era necessário um retorno aos séculos
anteriores para reavaliação da distinção de br’ I, br’ II e br’ III.
Um primeiro esboço da pesquisa foi redigido em meados de 2010 e apresentado,
para crítica, ao Professor Doutor Erhard S. Gerstenberger, que o considerou relevante,
propondo-se a auxiliar a pesquisa em dois pontos:
a) identificar e localizar o artigo em que, pela primeira vez, se teria proposto a
distinção das três raízes de br’;
b) intermediar contatos entre o pesquisador e a Marburg Univertität para o
desenvolvimento da pesquisa.
Com o auxílio do Professor Doutor Friedrich Avemarie, de Marburg, identificou-se

Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1602


o artigo. Tratar-se-ia de Franz Böhl, Bārā, als Terminus der Weltschöpfung im
alttestamentlichen Sprachgebrauch. Por intermédio do Professor Doutor Jimmy Sudario
Cabral, o artigo foi localizado na biblioteca da Université de Strasbourg. Concluiu-se,
assim, que a tese das três raízes do br’ hebraico fora criada e defendida em 1913.

Cortar/criar no Lexicon de J. Simonis, de 1756

Em 1756, publicava-se, em Leipzig, em latim, o Lexicon de Johann Simonis. O radical


br’ aprece como uma única raiz. Em face do verbete, faço as seguintes observações.
Primeiro: como será a tendência majoritária nos léxicos da primeira metade do século
XIX, o Lexicon de Simonis (1756) abre os sentidos da raiz br’ com as acepções que
gravitam em torno do verbo “cortar”, conformando-a aos regimes semânticos dos
verbos latinos seco (“secuit”), excido (“excidit”) e succido (“succidit”). No corpo do
verbete, seguem-se, como derivações de “cortar”, o sentido de “criar”, que, nesse caso,
assume as dimensões de “criar, cortando”, ou, dito de outro modo, “separar”, mas,
também, “esculpir”.
Segundo: os diversos sentidos aplicados à raiz br’ não recebiam classificação
hierárquica nem desmembramento semântico. A cadeia de sentidos era apresentada
um termo após o outro, como se todos possuíssem o mesmo grau de pertinência,
distinguidos, apenas, pela força do tronco verbal.
Terceiro: os sentidos de entrada do verbete – “cortar” e afins – desdobram-se,
acentuando-se, diretamente no Piel, ocasião em que se citam as passagens de Js
17,15.18 – Qal e Piel constroem-se por meio dos verbos succido e seco (“cortar”). Isso
quer dizer que o sentido “prosaico” da raiz br’ deve ser tomado como aquele que, no
Piel, acentua-se – “cortar”, “separar”, “derrubar”, “arrotear”, “esculpir”, todos,
intercambiáveis. O sentido “criar”, que a raiz br’ então suportaria, faz-se derivar
metonimicamente desse sentido primário, “cortar”, e deve ser compreendido como se
referindo a uma ação de “dar forma, cortando”, ou “cortar para construir”.
Quarto: não se toma da raiz br’ nenhum sentido “teológico” privilegiado. Não se lhe
distingue nenhum operador em especial, sob qualquer circunstância. Pelo contrário, a
raiz se apresenta muito prosaica, com um sentido muito prático (manual/profissional) –

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“cortar”, “derrubar, cortando”, “desbastar”, “esculpir” → “criar”.
Quinto: se, quando pragmaticamente atualizada e, nesse caso, sob o regime
semântico de “criar”, a raiz (deve ainda) carrega(r) consigo o sema “cortar” – daí, “criar,
cortando” –, resulta necessário concluir que o modo como se obtém uma interpretação
“teológica” dessa raiz, isto é, na direção de fazê-la comportar a doutrina da creatio ex
nihilo, passa, consequentemente, pela (equivocada/indevida) desarticulação entre esse
sentido teológico, derivado, e o sentido primário da raiz, “cortar”. Somente assim se
pode, por exemplo, justapor Gn 1,1-3 e 2 Mac 7,28 (creatio ex nihilo). Um
“consequente” passo, nesse sentido, dar-se-ia na direção de, eventualmente, justapor
Gn 1,1-3 e Sb 11,17 (creatio ex materia). Não se está dizendo que Gn 1,1-3 tenha
interesses “ontológicos”, esses, sim, presentes em 2 Mac 7,28 e Sb 11,17. Está-se
dizendo que as derivações teológicas de Gn 1,1-3 podem ser mais bem analisadas
quando se está filologicamente informado a respeito de br’ como, se “criar”, então “criar,
cortando”, “separar”, “esculpir” – e mais, “construir” (Gesenius). O que se está dizendo é
que, quando, na história de sua recepção, fez-se Gn 1,1-3 justapor-se a 2 Mac 7,28,
isso somente foi possível porque, primeiro, desconsiderou-se a base semântica de br’,
base essa já do conhecimento público desde que Simonis publicou seu Lexicon em
1756.
Em resumo, se, para a atualização “teológica” de Gn 1,1-3, toma-se como ponto
de partida o Lexicon de Johann Simonis, e, metodologicamente, interpreta-se a
passagem à luz da acepção de br’ constante de sua lição léxica, daí não se poderia
chegar, corretamente, às modulações da doutrina da criação ex nihilo. Já em 1756 –
pelo menos – estava-se em condição de perceber que havia alguma coisa de
exegeticamente muito equivocada na história da recepção de Gn 1,1-2,4a.

Os trabalhos filológicos de Gesenius, no século XIX, aplicados a br’

Friedrich Heinrich Wilhelm Gesenius, simplesmente, Gesenius, nasceu em 1786.


Tornou-se estudante de Filosofia e Teologia na Universidade de Helmstadt, em 1803,
cursos que concluiu em Göttingen, em 1806. Em 1810, torna-se professor de Teologia
em Halle, onde lecionará até sua morte, em 1842. A partir de 1810, inicia uma série de

Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1602


publicações de obras ligadas à filologia aplicada à Bíblia Hebraica – gramática,
léxico/manual, ensaios, críticas, comentários. Sua abordagem acadêmica, técnica,
histórica, erudita, valeu-lhe a crítica de “racionalista”1. A decidir-se (a) se não obstante
isso ou (b) se por causa disso, sua gramática e seu léxico sofreram, a partir de então,
ininterruptas traduções e edições/publicações durante todo o século XIX e XX.
Seu léxico da Bíblia Hebraica, em alemão, começou a ser publicado em
1810/1812. Na quinta edição, de 1857, distante já cem anos da publicação do Lexicon
de Simonis, o verbo br’ recebia tratamento semelhante.
Segundo o Handwörterbuch de Gesenius, br’ significa 1) “cortar” (hauen) e
“esculpir” (aushauen), 2) “construir” (!) (bilden), “fazer/criar” (schaffen), “produzir”
(hervorbringen) etc. Muito relevante que o sentido de “esculpir” se faça seguir pelo de
“construir”/”criar”. Sabia-se, desde 1756, pelo menos, que br’ significa “cortar” e, desde
aí, “criar, cortando”. Gesenius dá notável precisão ao termo: “(aus)hauen” =
“cortar/esculpir” → bilden/schaffen = “construir/criar”. Note-se, ainda, que, à semelhança
do Lexicon de Simonis, Gesenius dá para Qal e Piel o mesmo sentido – hauen (“cortar”
= seco, succido). Em Piel, com precisão – “einen Wald”.
Em termos semântico-filológicos, não há nenhuma relevante alteração entre 1756,
de um lado, e 1810/18121 e 18575, de outro. Tanto Simonis quanto Gesenius, este, com
mais precisão, sabem que br’ significa “cortar, esculpir, construir, criar”. A diferença,
contudo, é que Gesenius dividiu esquematicamente os sentidos aplicáveis à raiz em
três regiões semânticas (cortar/esculpir, construir/criar e comer/engordar), todas
gravitando a partir do centro semântico “cortar”, ao passo que, se viu, em Simonis,
esses mesmos sentidos são apresentados, nessa mesma ordem, mas, todos, num
mesmo parágrafo de entrada. Mesmo lá, contudo, “cortar” regia todos os demais
sentidos.
Aos sucessivos volumes do Handwörterbuch, seguiram-se, no campo filológico,
dois projetos: o Thesaurus Philologicus Criticus Linguæ Hebrææ et Chaldææ Veteris
Testamenti (os volumes aparecendo em 1828, 1835, 1839, 1840 e 1842) e, entre o
primeiro e o segundo volumes do Thesaurus, em 1833, o Lexicon Manuale Hebraicum

1
Para as informações, cf. o “Prefácio”, assinado por S. P. Tregelles, de GESENIUS, Gesenius’s Hebrew and Chaldee
Lexicon to the Old Testament Scriptures. Translated and edited by Samuel Prideaux Tregelles. London: Samuel
Ragster and Sons, 1857.

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et Chaldaicum in Veteris Testamenti Libros.
No Lexicon Manuale de Gesenius, de 1833, mantinha-se o quadro geral do trato
filológico aplicado a br’ no Handwörterbuch de 1810/1812. Segundo, agora, o Lexicon
Manuale, br’ significa 1) “derrubar”, “cortar”, “dar forma, cortando” = (esculpir), 2) “criar”,
“produzir”, 3) “gerar” e 4) “engordar”. Mais uma vez, preserva-se a condição
intercambiante dos sentidos: cortar; criar, cortando; gerar, fazendo filhos; engordar,
cortando a fome.

Conclusão (parcial da pesquisa)

A tese de que, na Biblia Hebraica, br’ constitua três raízes independentes, foi
criada por F. Böhl em 1913. Até então, br’ era tratada como uma única raiz. O sentido
teológico de “criar” constituía um desdobramento do sentido de “esculpir/construir”. Por
volta de 1850, a reação teológica conservadora inicia um processo de salvaguarda das
prerrogativas teológicas da raiz, que culmina com o artigo de Böhl, a distinção dos
sentidos de criar, cortar e cevar, até que, finalmente, o conjunto dos léxicos e
dicionários de Hebraico divulgasse sem exceções conhecidas, a nova configuração.

Referências

Benjamin DAVIDSON, The Analytical Hebrew and Chaldee Lexicon: Consisting of an


Alphabetical Arrangement of Every Word and Inflection Contained in the Old Testament
Scriptures, Precisely as They Occur in the Sacred Text, with a Grammatical Analysis of
Each Word, and Lexicographical Illustration of the Meanings. London: Samuel Bagster
and Sons, 1848.

Ernst Friedrich Leopold, Lexicon Hebraicum et Chaldaicum in libros Veteris Testamenti:


ordine etymologico compositum in usum scholarum. Leipzig: C. Tauchnitii, 1832.

Friedrich Heinrich Wilhelm GESENIUS, A Hebrew and English Lexicon of the Old
Testament: Including the Biblical Chaldee. Translated by Edward Robinson. New
Edition. Boston: Crocker and Brewser, 1844.

Friedrich Heinrich Wilhelm GESENIUS, Gesenius’s Hebrew and Chaldee Lexicon to the
Old Testament Scriptures. Translated by Samuel Prideaux Tregelles. London: Samuel
Ragster and Sons, 1857.

Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1602


Friedrich Heinrich Wilhelm GESENIUS, Hebräisches und Chaldäisches Handwörterbuch
über das Alte Testament. Erster Theil: a – m. Fünfte Auflage. Leipzig: F. C. W. Vogel,
18575 (1810-18121).

Friedrich Heinrich Wilhelm GESENIUS, Lexicon Manuale Hebraicum et Chaldaicum in


Veteris Testamenti Libros; post editionem Germanicam tertiam Latine elaboravit
multisque modis retractavit et auxit Guil. Gesenius. Lipsiae, 1833.

Friedrich Heinrich Wilhelm GESENIUS, Rudolf MEYER e Herbert DONNER (ed),


Hebräisches und aramäisches Handwörterbuch über das Alte Testament. 18 ed. Berlin:
Springer-Verlag, 1987 (1810-18121 191516 196217).

Georg FOHRER, Hans Werner HOFFMANN, Friedrich HUBER, Jocher VOLLMER e


Gunther WANKE, Hebräisches und aramäisches Wörterbuch zum alten Testament.
Dritte Auflage. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1997 3 (19711).

Jean Baptiste GLAIRE, Lexicon Manuale Hebraicum et Chaldaicum: in quo omnia


librorum Veteris Testamenti vocabula ad ordinem alphabeticum digesta, cum indice
Latino vocabulorum. Editio altera multisque modis emendata. Paris: Mequignon Junior e
J. Leroux, 1843 (18301).

Johann SIMONIS, Johann Gottfried EICHHORN e Georg Benedikt WINER, Johann


Simonis Lexicon Manuale Hebraicum et Chaldaicum in Veteris Testamenti Libros: post
J. G. Eichhornii curas, denuo castigavit, emendavit, multisque modis auxit G. B. Winer.
Editio quarta. Leipzig: F. Fleischer, 1828.

Johann SIMONIS. Lexicon Manuale Hebraicum et Chaldaicum: in quo omnium textus


S.V.T. Vocabulorum hebr. et chald. Significatus, secundum primitovorum et
derivativorum ordinem, explicantur: optima quaevis ex aliis lexicis scriptisque philologicis
collecta exhibentur. Leipzig: Curtii, 1756.

Josiah Willard GIBBS, A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament: Including
the Biblical Chaldee from the German Works of Gesenius. London: Flagg and Gould,
1824.

Marcus Heinrich BRESSLAU, Hebrew and English Dictionary, Biblical and Rabbinical.
London: John Weale, 1855.

Matityahu CLARK, Etymological Dictionary of Biblical Hebrew: Based on the


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(19581).

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Samuel LEE, A Lexicon, Hebrew, Chaldee, and English: Compiled from the Most
Approved Sources, Oriental and European, Jewish and Christian: Containing All the

Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1602


Words with Their Usual Inflexion, Idiomatic Usages, & c. as Found in the Hebrew and
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Selig NEWMAN, Sefer Sharshim – A Hebrew and English Lexicon.Contanding all the
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William Lee HOLLADAY, Ludwig KÖHLER, Walter BAUMGARTNER, A Concise


Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament: Based Upon the Lexical Work of
Ludwig Koehler and Walter Baumgartner. Grand Rapids: William B. Eerdmans
Publishing, 2000.

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