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REOTN
ESTADO DE
ORDENAMENTO
Maio 2013
DO TERRITÓRIO
NACIONAL
VOLUME VII
RISCOS E VULNERABILIDADES À OCUPAÇÃO DO
SOLO
1.ª Versão
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 1
1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 1
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO RISCO.................................................................................................................. 3
1.3 ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO ............................................................................................................. 5
2. RISCOS NATURAIS ........................................................................................................................................ 2
2.1 INUNDAÇÕES E CHEIAS .............................................................................................................................. 2
2.2 SECAS ............................................................................................................................................................ 3
2.3 RAVINAMENTOS........................................................................................................................................... 4
2.4 DESABAMENTOS .......................................................................................................................................... 5
2.5 EROSÃO E DESERTIFICAÇÃO ..................................................................................................................... 5
2.6 SISMOS........................................................................................................................................................... 7
3. RISCOS AMBIENTAIS .................................................................................................................................... 8
3.1 INCÊNDIOS ................................................................................................................................................... 8
3.2 CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS ........................................................................................................... 8
3.3 CONTAMINAÇÃO DO AR .......................................................................................................................... 9
3.4 CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS ................................................................................................................. 11
4. RISCOS TECNOLÓGICOS............................................................................................................................. 12
4.1 ACIDENTES INDUSTRIAIS .............................................................................................................................. 12
4.2 ACIDENTES COM TRANSPORTE DE MATERIAIS PERIGOSOS ................................................................. 12
4.3 EXPLORAÇÃO MINEIRA .............................................................................................................................. 12
5. ANÁLISE PROVINCIAL .................................................................................................................................. 15
5.1 PROVÍNCIA DO BENGO ............................................................................................................................. 15
5.2 PROVÍNCIA DE BENGUELA ......................................................................................................................... 15
5.3 PROVÍNCIA DO BIÉ ...................................................................................................................................... 23
5.4 PROVÍNCIA DE CABINDA ........................................................................................................................... 24
5.5 PROVÍNCIA DO CUNENE............................................................................................................................ 24
5.6 PROVÍNCIA DO HUAMBO .......................................................................................................................... 25
5.7 PROVÍNCIA DE HUÍLA.................................................................................................................................. 25
5.8 PROVÍNCIA DE CUANDO CUBANGO ...................................................................................................... 26
5.9 PROVÍNCIA DO KWANZA NORTE.............................................................................................................. 26
5.10 PROVÍNCIA DO KWANZA SUL ................................................................................................................. 26
5.11 PROVÍNCIA DE LUNDA NORTE ................................................................................................................ 27
5.12 PROVÍNCIA DE LUNDA SUL ...................................................................................................................... 27
5.13 PROVÍNCIA DE LUANDA .......................................................................................................................... 28
5.14 PROVÍNCIA DE MALANGE ....................................................................................................................... 28
5.15 PROVÍNCIA DO MOXICO ........................................................................................................................ 29
5.16 PROVÍNCIA DO NAMIBE........................................................................................................................... 30
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
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VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
ÍNDICE DE QUADROS
ÍNDICE DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
A Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo (disposta pela Lei n.º 3/04, de 25 de Junho) tem
como fim acautelar a proteção da população, através de uma ocupação, utilização e
transformação do solo que tenham em conta a segurança de pessoas, prevenindo os efeitos
decorrentes de catástrofes naturais ou da ação humana. Os Instrumentos de Gestão Territorial
devem estabelecer os comportamentos suscetíveis de imposição aos utilizadores do solo, tendo em
conta os riscos para o interesse público relativo à Proteção Civil, designadamente nos domínios da
construção de infraestruturas da realização de medidas de ordenamento e da sujeição a
programas de fiscalização.
Assim, o Ordenamento do Território e a Proteção Civil são domínios que, embora diferentes, possuem
vários pontos de confluência os quais devem ser potenciados, de modo a permitir, em última
instância, uma diminuição das vulnerabilidades às quais a sociedade está sujeita, através de um
aumento do nível de organização espacial que vise um desenvolvimento social.
O aumento da magnitude e frequência dos processos de instabilidade não podem ser dissociados
das formas de ocupação e uso antrópico, pelo que a Proteção Civil e o Planeamento e
Ordenamento do Território devem, em permanência, estar perfeitamente interligados para
contribuir com medidas corretivas estruturais, de modo a minimizar os danos económico-sociais. É
necessária uma atuação a montante que, no quadro do Ordenamento do Território, poderá passar
pela adequada localização das populações e das atividades económicas. Ou seja, a identificação
e conhecimento detalhado dos riscos são primordiais para a adoção de medidas adequadas de
eliminação ou mitigação dos mesmos.
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estão sujeitos em certas áreas do território e sobre as medidas adotadas e a adotar com vista a
prevenir ou a minimizar os efeitos de acidentes graves ou catástrofes.
Pretende-se neste documento proceder à identificação dos principais riscos a que se encontra
sujeito o território Angolano. Sempre que possível, a análise será elabora ao nível de detalhe
provincial.
O conhecimento adquirido deverá conduzir a uma mitigação de riscos na medida em que, entre
outros, permite:
Esta Lei inclui a definição da Política de Proteção Civil e atribui ao Governo a responsabilidade do
seu desenvolvimento.
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alerta prévio. O processo tem estado a ser financiado pelo OGE e pelo PNUD e neste momento as
principais prioridades do sector são: meios técnicos, comunicação, infra-estrutura (nomeadamente
para o sistema de alerta prévio).
O processo de caracterização do risco tem como objetivo aumentar o conhecimento dos fatores
de risco que afetam o território, identificando a sua localização, gravidade dos danos potenciais e
probabilidade de ocorrência.
Assim, o processo inicia-se com a definição da situação de referência e com a identificação dos
riscos com potencial para causar danos em pessoas, bens ou ambiente. Concluída a identificação,
efetua-se a sua análise e definiu-se as medidas de prevenção e proteção a implementar.
Para uma melhor perceção, tratamento e análise dos riscos é fundamental ter a plena noção dos
conceitos subjacentes. Neste contexto, reportam-se as seguintes definições:
Sendo um efeito, o risco é um desvio relativo ao esperado, que pode ser negativo ou positivo, e que
depende do grau de incerteza, ou seja, da deficiência da informação necessária para
compreender e conhecer um determinado evento, as suas consequências ou probabilidade.
Um perigo, por si só, pode não representar um risco para uma comunidade ou organização. O risco
resulta da vulnerabilidade da comunidade ou organização ao dano potencial com origem na
exposição à manifestação do perigo (ocorrência). Resulta, ainda, da probabilidade que essa
manifestação tem em se instalar.
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Verifica-se, assim, a existência de dois elementos essenciais quando se pretende avaliar qual o grau
de risco que um dado perigo representa para um território suscetível a esse mesmo perigo:
A panóplia de riscos a que um território pode estar sujeito é imensamente diversificada, pelo que,
por uma lógica de contextualização, serão indicados os principais riscos padronizados quanto à sua
índole (origem/tipo).
Assim, quanto à índole, ou seja, à origem do fenómeno que lhe é subjacente, os riscos podem ser
padronizados da seguinte forma e considerando os respetivos exemplos:
Inundações e cheias
Ravinamentos
Desabamentos
Erosão e Deseetificação
Sismos
Induzidos pelo Homem e resultam da combinação
Riscos Ambientais da ação humana com o funcionamento dos
sistemas naturais
Incêndios (Urbanos e florestais)
Contaminação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos (cursos de
água e aquíferos)
Contaminação do ar
Contaminação dos solos (resíduos urbanos e industriais)
Resultam de acidentes decorrentes da atividade
Riscos Tecnológicos
humana
Acidentes industriais
Acidentes no transporte de substâncias perigosas
Exploração de inertes
Contaminação por minas e engenhos explosivos não detonados
(condições de segurança das populações e impedimento para a
concretização de projetos de exploração, gestão e preservação de
recursos naturais)
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A um nível mais geral, existe publicada legislação sobre a protecção civil, como é o caso da Lei n.º
28/03, de 28 de Março, Lei de Protecção Civil, e do Decreto Presidencial n.º 101/11, de 23 de Maio,
que aprova o Regulamento da Comissão Nacional de Protecção Civil.
Em termos de riscos, refere-se o Decreto Presidencial n.º 205/10, de 21 de Setembro, que aprova o
Plano Nacional de Preparação, Contingência, Resposta e Recuperação de Calamidades e de
Desastres Naturais, e o Decreto Presidencial n.º 103/11, de 23 de Maio, que aprova o Plano
Estratégico de Gestão do Risco de Desastres.
Este Plano estabelece ainda a relação entre o impacto dos desastres no aumento da pobreza e na
problemática ambiental, define os objectivos e estratégia, e as áreas de acção. Em particular, as
áreas de acção centram-se na:
Para as radiações ionizantes, foi recentemente publicado o Decreto Presidencial n.º 12/12, de 25 de
Janeiro, que aprova o Regulamento sobre Radioprotecção o qual tem como objectivo a protecção
das pessoas contra a exposição das radiações ionizantes.
Existem ainda vários regulamentos relacionados com a actividade específica ou relacionada com
operações petrolíferas.
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Riscos
2. RISCOS NATURAIS
As cheias são fenómenos naturais extremos e temporários, provocados por precipitações elevadas
ao longo de um curto período ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade. Este
excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos cursos de água, originando extravazamento do
leito normal e a inundação das margens e áreas circunvizinhas.
A ocupação das zonas naturais de inundação dos cursos de água por construções e outros
obstáculos à circulação dos caudais em cheia, incrementam os níveis de água e as áreas de
inundação, provocando elevados prejuízos materiais e muitas das vezes a perda de vidas humanas.
Para além de cheias mais prolongadas, podem também ocorrer inundações repentinas, como
consequência de precipitações intensas de curta duração em áreas muito impermeabilizadas
devido a grande desenvolvimento urbano, como foi o caso registado na cidade de Luanda no dia
26 de Abril de 1963, que destruiu grande parte da baixa da cidade e que pode voltar a acontecer
se não foram criadas as condições para o seu controle e mitigação.
Registos históricos (dados de 2002 a 2007) apontam também para a ocorrência de várias
inundações em algumas regiões do país, resultantes de fortes quedas pluviométricas que originaram
o aumento de caudais e o transbordo dos rios em diversas regiões, concretamente nas Províncias do
Bengo, Luanda, Bié, Benguela, Namibe, Huíla, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cuando Cubango, Zaire,
Cunene e Moxico, tendo causado mortes, o desalojamento de famílias, assim como casas
destruídas e milhares de hectares de terras cultivadas destruídas.
Na província do Cunene, mil famílias perderam as suas casas no mês de Fevereiro de 2011. Na
Comuna de Dombe Grande, em Benguela, 36 mil famílias foram desalojadas pelas cheias.
No mesmo período nos municípios de Bibala, Tombwa, Kamakuio e Virei, na Província do Namibe,
foram registadas chuvas intensas que provocaram 29 mortos e o desaparecimento de 23 pessoas.
Os vales dos rios Bero, Macala e Giraúl são outros casos na Província de Namibe da ocorrência de
graves prejuízos para os agricultores provocados pelas cheias.
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Em Luanda, nos bairros de Sambizanga e Cacuaco registaram-se 111 mortos devido a chuvadas de
grande intensidade, que provocaram desabamentos de terra. Durante este período várias pontes e
estradas foram destruídas, afectando a circulação de pessoas e bens e implicando a necessidade
de elevados investimentos para a sua reposição.
De acordo com os dados relativos ao período de 2002 a 2004, ocorreram inundações em algumas
regiões, nomeadamente nos rios Cuanza, Dande, Onzo e Úcua (Bengo), Coporolo (Benguela), Bero,
Giraúl e Curoca (Namibe), Menongue, Kuelei, Kuatili, Caiundo, Úrica, Kuangar, Katuitui, Savati
(Cuando-Cubango), Caála, Katchiungo, Tchicala, Tcholohanga (Huambo) e Vilande, Canje, Júlio,
Kaluanda, Cassanje, Kwanza e Kuquema (Bié) e ainda nas províncias de Huíla e Cuanza Norte,
tendo causado mortos, famílias desalojadas, casas destruídas e milhares de hectares de terras
destruídos.
Estes casos são exemplos de situações graves de cheias e inundações que afectaram o País e que
devem ser controladas e mitigadas.
No sentido de minimizar a ocorrência destes fenómenos, está em curso (fora do âmbito do Plano
Nacional da Água) a realização de planos de gestão e mitigação de cheias e a elaboração de
sistema de previsão de caudais de cheia para a Província de Benguela (rios Coporolo, Cavaco e
Catumbela), para o Alto-Zambeze e para a província do Namibe, onde são identificadas as áreas
de risco de cheia e a preconização de medidas de mitigação.
No âmbito do Plano Nacional da Água, os problemas das cheias e inundações são considerados de
modo aprofundado e medidas de mitigação do risco serão propostas tendo em vista uma visão
global das cheias e inundações no País.
2.2 SECAS
As secas são fenómenos naturais extremos e temporários com propriedades bem características e
distintas dos restantes tipos de catástrofes e em particular das cheias. De um modo geral, uma seca
é entendida como uma condição física transitória caracterizada pela escassez de água, associada
a períodos mais ou menos longos de redução extrema da precipitação, com impactos significativos
nos ecossistemas e nas actividades socioeconómicas, em particular no sector agrícola e na
pecuária.
As secas distinguem-se das cheias por se desencadearem de uma forma quase imperceptível, a sua
progressão ocorre lentamente, podendo arrastar-se por um longo período de tempo e atingir
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Riscos
extensões superficiais grandes proporções. A recuperação para atingir um estado normal é também
muito lenta.
Embora este tipo de desastre natural não coloque em perigo, de modo claro e directo, a vida
humana, o facto é que ele acarreta elevados impactos socioeconómicos, nomeadamente na
agricultura de sequeiro e na irrigação, na agro-pecuária, no abastecimento público, na indústria, e
ainda na produção de energia, afectando a produtividade dos aproveitamentos hidroeléctricos.
Em 2006 registou-se igualmente seca na região Sul, embora com menor gravidade do que a seca
de 2008. No ano de 2012, a província de Namibe esteve igualmente afectada por uma situação de
seca, com graves prejuízos para os agricultores, obrigando alguns deles a migrar para as cidades.
De facto, em municípios como Camucuio, Bibala, Virei, Tómbua e Namibe, o quadro é preocupante
devido à escassez de chuva, o que implica a falta de água e pastos. Estima-se que mais de 250 mil
pessoas são, sistematicamente afectadas pela seca, com tendência do número aumentar nos
próximos anos.
2.3 RAVINAMENTOS
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No território nacional estão identificadas várias áreas com graves problemas de ravinas,
nomeadamente nas províncias de Cabinda, Zaire, Uíge, Huambo, Luanda, Malanje e maior
incidência nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico. Foram já desenvolvidas algumas
acções de contenção; contudo, só vai ser possível acabar com as ravinas a partir do momento em
que hajam trabalhos de grande profundidade e alcance nos sistemas de drenagem pluvial das
cidades.
2.4 DESABAMENTOS
A erosão e a desertificação estão directamente relacionados com a seca, pois um período longo
de seca numa região é factor impulsionador para gerar fenómenos de erosão e aumentar a
desertificação para novas áreas. Estes fenómenos estão directamente relacionados com as
condições de pobreza e o nível de vida da população.
A erosão é um fenómeno que tem por consequência a perda de solo, afectando a sua qualidade e
proporcionando condições para a propagação da desertificação em regiões áridas e semi-áridas.
Em 1977, a Conferência das Nações Unidas sobre a desertificação aprovou um Plano de Acção de
Combate à Desertificação. Apesar destes e outros esforços, a Conferência das Nações Unidas para
o Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, concluiu que a degradação
da terra em terras áridas e semi-áridas tinha aumentado.
Como resultado dessa conclusão, a Conferência apoiou uma abordagem nova e integrada do
problema que culminou com a aprovação da Convenção do Combate à Desertificação, em 17 de
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Riscos
Julho de 1994, em Paris. Este dia foi também adoptado pela Assembleia Geral das Nações Unidas
como o Dia Internacional de Combate à Seca e à Desertificação.
No território nacional, o planalto central é uma das áreas mais densamente povoadas e onde,
devido a alta precipitação média anual, a agricultura de sequeiro é mais desenvolvida. Por
conseguinte, estas áreas estão também dentre aquelas com a mais intensiva devastação florestal. A
erosão hídrica causada pelas chuvas nestas áreas leva a perda da camada superficial do solo que
reduz o seu valor agrícola e contribui para o aumento da carga de sedimento e
concomitantemente reduz a qualidade da água nos rios. O planalto central é a região onde muitos
rios têm sua nascente e os problemas de sedimentos causam efeitos em diversos grandes rios.
Em áreas situadas a oeste das áreas montanhosas centrais, próximas da costa, o aumento da
actividade agrícola também causa a deterioração da cobertura de vegetação e aumenta a
erosão. Durante a guerra, muitas pessoas deslocaram-se para as áreas costeiras e a cobertura
vegetal natural nestas áreas foi também reduzida através do cultivo de culturas diversas, utilizando-
se frequentemente técnicas de “corte e queima”. A erosão dos solos nestas áreas também contribui
para o aumento das cargas de sedimentos nos rios. Em adição, a redução da cobertura vegetal
traz como consequência maior susceptibilidade às inundações.
Em termos Naturais mais de 50% do território está sujeito a processos constantes ou periódicos de
erosão provocados pelas chuvas, pelos ventos e outros factores climáticos. As Províncias do
Namibe (e em particular a cidade do Tombwa) e Cunene, bem como a Baía Farta na província de
Benguela apresentam uma evolução da Desertificação, paralelamente ao risco real de
desestabilização das dunas do Kalahari.
No entanto, a degradação dos solos em Angola não se faz sentir de forma acentuada: 8% do país
apresenta degradação muito severa, 5% severa, 10% moderada, 16% leve e 60% não apresenta
qualquer degradação. A FAO identifica como principais causas para a degradação dos solos
em Angola a erosão devida à desflorestação e a actividade agrícola em geral.
Verifica-se igualmente algumas áreas das Províncias Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Bié e Huambo,
um fenómeno de acentuada erosão hídrica dos solos que provoca o surgimento de grandes ravinas
ou fendas, cuja causa pode ser associada a vários factores, nomeadamente: Exploração mineira;
Desmatamento e queimadas; Práticas inadequadas da agricultura tradicional; Escavação de fossos
para produção de adobes para construções, deficiência dos sistemas de colecta e drenagem de
águas pluviais.
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Desta forma, apontam-se como principais causas de origem dos fenómenos de erosão, o
desmatamento, a pastagem excessiva, as actividades agrícolas, a exploração excessiva da
cobertura vegetal para uso doméstico, e actividades industriais.
2.6 SISMOS
Angola está situada numa zona classificada como tectónicamente calma. Não existem dados
actuais de actividade sísmica em Angola, no entanto por estudos antigos sabe-se que as regiões de
Angola de maior actividade sísmica são a de Lubango - Chibemba - Oncocua - Iona e a de Ganda
- Massano de Amorim. Outras regiões de menor intensidade são Caconda-Quilengues-Lola (norte da
Huila) e a de Logonjo-Cambandua-Cachingues (Bié).
Nos últimos anos, foi sentida actividade sísmica na província da Huíla e na Província do Bié que, de
acordo com os inquéritos efectuados na altura, estiveram entre os graus III-IV na escala de Mercalli e
com magnitude entre 4-5 na escala de Ritcher.
Até â década de 60, existiram três estações sismográficas; em Luanda, Dundo e Lubango, que se
mantiveram desactivadas durante o período de guerra.
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Riscos
3. RISCOS AMBIENTAIS
3.1 INCÊNDIOS
Não existem dados que permitam a caracterização dos incêndios florestais de grandes proporções
ocorridos no território nacional.
Um dos problemas principais relacionados com os recursos hídricos é o assoreamento dos rios e
represas em consequência da erosão dos solos que tem impactos fortes no abastecimento de água
potável e nos recursos biológicos aquáticos.
A qualidade da água não tem sido monitorizada. O MINEA procedeu à distribuição às províncias de
kits de dados hidrográficos incluindo relativos à qualidade e está a preparar uma base de dados
para o seu seguimento. No âmbito de programas de gestão de bacias internacionais estão a
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A intrusão salina nos rios é outro problema ambiental que se verifica com incidência variada entre
20 e 40 km da foz nos rios do sul e do centro, e tem provocado uma acentuada redução de
algumas espécies da flora e fauna.
Intrusão salina nos rios com incidência variável entre 20 e 40 km da foz dos rios do sul e
centro do território nacional;
Intrusão salina em aquíferos costeiros (pouco profundos), devido à alteração dos caudais;
Poluição por descarga águas residuais urbanas (apenas Luanda, Huambo, Lobito, Benguela
e Namibe são servidas por redes de águas residuais que apenas fornecem cobertura parcial;
só o Lobito e Benguela possuem sistemas de tratamento e Luanda um emissário submarino);
Poluição das águas devido à queima de extensas áreas do Planalto Central que inclui a
cobertura herbácea do fundo dos vales;
3.3 CONTAMINAÇÃO DO AR
Não existe em Angola uma rede de monitorização de qualidade do ar apesar da rede de estações
meteorológicas do Instituto de Meteorologia estar baseada em aeroportos. As empresas petrolíferas
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Riscos
medem as suas emissões atmosféricas, que entregam ao MINPET. No entanto estes dados não têm
sido tratados.
A queima dos resíduos sólidos praticada em todas as províncias de Angola, não apenas pelos
populares mas também por algumas pequenas empresas e até por grandes companhias, está
igualmente associada a emissões poluentes. Disto são exemplos as lixeiras do Golf 2 e da Camama,
em Luanda. O mau cheiro resultante da acumulação de resíduos sólidos e líquidos em determinados
locais, como bairros pobres, também é factor de deterioração da qualidade do ar.
As queimadas são uma prática comum em Angola, também responsável por emissões atmosféricas.
Em determinadas épocas do ano as queimadas (para agricultura) ocorrem em muitas zonas do
país. Não houve ainda qualquer estudo sobre o seu impacte.
Não existe legislação específica sobre qualidade do ar. Dado que o país ratificou a Convenção de
Alterações Climáticas e a Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozono e ao
Protocolo de Montreal, esta é a única legislação em vigor no país nesta matéria. Está em curso o
programa de redução faseada de substâncias que prejudicam a camada de ozono mas, por outro
lado o país prepara todavia o Plano de Acção Nacional de Adaptação (NAPA) ao Protocolo de
Quioto.
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Não foram até à data realizados estudos sobre o impacte da qualidade do ar na saúde a nível
urbano e nas vizinhanças de exploração de petróleo. Por outro lado sabe-se que a utilização de
carvão contribui para a prevalência de infecções pulmonares nos agregados familiares, mas estes
dados não foram ainda quantificados.
A contaminação por resíduos sólidos urbanos, com incidência em todas as cidades, causada por
irregularidade de recolha de resíduos domésticos e em locais públicos e, consequentemente, a
deposição céu aberto e em locais inadequados, tem causado a poluição do solo. Em menor grau
verificam-se alguns casos de lixiviação, salinização e laterização de solos em algumas zonas onde a
exploração agrícola baseada na irrigação tem conhecido um incremento considerável ano após
ano.
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Riscos
4. RISCOS TECNOLÓGICOS
Não existem dados que permitam caracterizar o número de acidentes industriais verificados em
território nacional.
Não existem dados que permitam caracterizar o número de acidentes com transporte de materiais
perigosos verificados em território nacional.
As áreas mais afectadas pela exploração mineira à superfície são as províncias diamantíferas das
Lunda Norte e Lunda Sul, onde se verificam desvios de cursos dos rios e contaminação com produtos
químicos de limpeza de rocha.
Com efeito, para permitir os trabalhos de prospecção, especialmente no caso das minas a céu
aberto, são realizadas grandes obras de engenharia mineira (que se mantêm durante o período de
exploração) que implicam frequentemente os desvios dos rios e a deslocação da população. O
impacto do desvio dos rios afecta negativamente a actividade agrícola a jusante, pelo
rebaixamento do nível freático.
Durante a exploração, a bombagem de água mineralizada para fora da mina e a sua descarga em
águas superficiais resulta numa significativa poluição hídrica, dado que, no processo de tratamento
dos minerais, são utilizados vários produtos tóxicos, como, por exemplo, o mercúrio.
Para agravar a situação, o garimpo (em que estão envolvidos cerca de 200.000 trabalhadores) é
praticado sem nenhuma medida de controlo ambiental, com as consequências acima indicadas.
Está prevista a expansão da indústria mineira para outras províncias como o Bié e Malange onde a
prática do garimpo é já uma realidade.
O impacte da exploração de petróleo faz-se sentir com maior intensidade nas províncias de
Cabinda e Zaire, diminuindo a qualidade de vida das populações. As actividades de prospecção,
pesquisa, exploração e transporte de petróleo, embora desenvolvidas com recurso a processos
tecnológicos bastante avançados, não deixam de ser poluentes, quer nas operações rotineiras,
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quer devido a acidentes. Em 2002, um grave acidente de derrame num oleoduto, causou a
poluição de mais de vinte e cinco quilómetros de praias e costas, na Província de Cabinda.
Os derrames no mar provocam a contaminação das águas e a degradação dos recursos marinhos
por acumulação de substâncias tóxicas nos organismos, No caso das explorações em terra os solos
são contaminados. A queima do gás tem contribuído significativamente para o aumento da
poluição atmosférica e, no caso das explorações em terra, este processo tem sido apontado como
obstaculizador das práticas agrícolas locais. Outros impactes advêm da geração de resíduos
perigosos, como no campo do Malongo e do abandono de plataformas obsoletas no mar.
Existem ainda indícios de uma relação causa-efeito entre a exploração off-shore de petróleo e a
degradação avançada e a mortalidade dos mangais, a mortalidade de um grande número de
tartarugas marinhas e a diminuição do recurso pesqueiro verificadas nas províncias de Cabinda e
Zaire. Igualmente deverá ser objecto de estudo a relação entre a diminuição da produção agrícola
e a mortalidade dos coqueiros e a exploração de petróleo na costa.
Está prevista uma intensificação da actividade petrolífera onde já existe, bem como o início de
novas explorações onshore na província de Benguela.
As empresas petrolíferas têm adoptado planos de gestão ambiental, para responder às obrigações
introduzidas por leis e regulamentos mas sobretudo a pressões do mercado internacional. No
entanto, como a capacidade de monitorização e fiscalização em Angola é ainda débil, sobretudo
as plataformas de exploração mais antigas, com mais de 20 anos, causam por vezes maior poluição
sem que sejam punidas.
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Riscos
biológicas do mar de Angola e nomeadamente ao largo do Zaire, estuário do rio Zaire e Cabinda.
Espera-se que venha a ser possível a monitorização mais constante.
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5. ANÁLISE PROVINCIAL
A presente análise foi efectuada de acordo com os dados bibliográficos disponibilizados para as
províncias bem como das informações obtidas nas dinâmicas de grupo efectuadas.
São ainda relevantes os perigos que poderão resultar devido à ausência de tratamento de resíduos
e das águas resíduais a qual se reflecte em contaminações dos solos e da água, estas últimas
também resultantes da existência na província de locais com esgotos sem tratamento e
encaminhamento adequado.
A ausência de valas de drenagem e a construção junto a linhas de água são também o motivo da
frequência de inundações nesta província.
O mau estado de conservação das vias de comunicação secundários e terciárias assume-se ainda
como o principal incrementador de acidentes rodoviários e de transporte de mercadorias.
Em termos de poluição do ar, na província do Bengo não existem indústrias poluentes que causem
problemas agravantes de poluição.
Ao nível das dinâmicas de grupo efectuadas nesta província, foi possível identificar, como potencial
factor de risco, a ausência de infraestruturas básicas, como a distribuição e tratamento de água, o
tratamento de resíduos e a ausência de saneamento, factores estes susceptíveis de provocar a
contaminação dos solos e dos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos).
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
A caracterização dos riscos na província é ainda considerada no âmbito dos Planos Directores
Municipais (PDM) já elaborados (os que se encontram disponíveis à data) onde, para alguns
municípios, se verifica já a existência de cartografia de risco.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
São avaliadas as situações de risco no município com origem nos fenómenos de cheias,
principalmente nos terrenos adjacentes ao rio Catumbela.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Este documento procede à definição de riscos no âmbito dos seu objectivos específicos,
nomeadamente, entre outras, através das seguintes considerações:
Água – prevenir riscos de aluviões e inundações das partes vulneráveis ou perigosas; Censo
das áreas sujeitas a inundações ou a instabilidade dos terrenos;
Solo e território - Elaborar estudos geológicos para evitar assentamentos em zonas de risco;
Censo das áreas sujeitas a inundações ou a instabilidade dos terrenos;
Risco e perigo - Evitar que as novas áreas industriais e infra-estruturas tragam poluição
atmosférica e acústica para as novas áreas urbanas; Evitar o planeamento das novas áreas
habitacionais em áreas sujeitas a inundações. Se não for evitável precisará utilizar técnicas
de controlo das águas para proteger as áreas em zonas de risco; Identificar as áreas com
solos instáveis.
Recolha diferenciada e eliminação dos resíduos sólidos urbanos, dos resíduos especiais e dos
resíduos agrícolas - realização de ilhas ecológicas urbanas para a recolha diferenciada dos
resíduos sólidos urbanos; realização de ilhas ecológicas urbanas para a formação de
composto; actividades a visarem a reciclagem dos resíduos sólidos urbanos, dos resíduos
industriais e dos resíduos agrícolas, com a finalidade de produzir outros produtos derivados.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Áreas com risco de erosão – As áreas com risco de erosão correspondem a áreas que, pelo
declive ou pela natureza do solo ou subsolo, estão sujeitas a perda de solo por acção do
escoamento superficial. Os designados movimentos de massa consistem no transporte de
rocha ou solo por acção do escoamento da água sobre as vertentes, sendo geralmente
desencadeados pela precipitação. A proteção destas áreas é assim essencial com a
preservação do recurso solo, a conservação e circulação natural da água, bem como a
segurança de pessoas e bens.
Propõe este documento o registo sistemático das ocorrências, facilitando a adopção, por
parte das autoridades competentes, de medidas de fiscalização, sensibilização ou outras,
com vista à redução deste fenómeno.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
das linhas de água que atravessam o Município de Baía Farta, com especial destaque para
o Rio Coporolo, este território tem sido afectado ciclicamente por cheias e inundações na
época das chuvas. Os registos apontam frequentes inundações nas áreas habitadas de
Dombe Grande. De facto, nas últimas décadas, as populações ribeirinhas enfrentaram
inundações periódicas que provocaram mortes de pessoas e animais domésticos, além da
destruição de casas e extensas áreas agrícolas. Um dos principais problemas que afectam
os rios, principalmente os que passam por grandes cidades, é o assoreamento. Neste
processo ocorre a acumulação de resíduos, entulho e outros detritos no fundo dos rios, o que
faz com que estes passem a suportar cada vez menos água, provocando enchentes em
épocas de fortes chuvas.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Este documento alerta ainda para as questões relacionadas com a prevenção e extinção
de incêndios e de calamidades naturais.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Estes fenómenos afectam praias, dunas costeiras, arribas, barreiras detríticas (restingas,
barreiras soldadas e ilhas-barreira), tômbolos, sapais, faixa terrestre de proteção costeira,
águas de transição e respectivos leitos e faixas de protecção, bem assim como estruturas e
infraestruturas existentes na orla costeira.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Na província do Bié, as principais questões relacionadas com a identificação dos riscos relacionam-
se com a exploração desregrada de inertes, a qual é responsável por situações de contaminação
do solo e da água (rios e nascentes).
Esta província é ainda caracterizada pela existência de inúmeras ravinas, sendo que, na sede já
existem acções que permitem a sua atenuação. A nível Central, existem também um projeto de
estancamento de ravinas nas zonas urbanas e seus arredores.
O mau estado das vias de comunicação, para além de dificultarem a circulação de pessoas e
bens, poderá ainda ser responsável pelo número de acidentes de viação e de transporte de
mercadorias.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
De facto, devido à escassez das chuvas, no período 2012/2013 em toda a extensão do seu território,
o povo, juntamente com o seu gado, enfrentou muitas dificuldades que ameaçaram as suas vidas.
Por ter chovido muito pouco na Província, na maior parte das lavras, o massango, a massanbala,
milho e o feijão macunde (principais produtos agrícolas da região), secaram antes do seu
amadurecimento e, de igual modo, o capim para o gado não se desenvolveu.
No ano de 2013, foram afectados pela seca, em toda a Província, cerca de 542.979 pessoas e
1.167.497 cabeças de gado bovino.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Desta forma, prevêem-se medidas, entre outras, que incluem o estabelecimento na Província, de
um sistema de informação e alerta rápido para as calamidades naturais no sentido de favorecer a
agricultura e segurança alimentar.
Na Província de Huambo, os principais riscos relacionam-se com a progressão das inúmeras ravinas
que existente por toda o território, associadas aos processos de erosão e desabamento que se têm
verificado ao longo dos tempos.
A capital da provincial do Huambo é candidata a cidade Ecológica, mas encontram-se ainda por
resolver problemas como a desflorestação, a ausência de sistemas de saneamento, o tratamento
de lixo, a poluição sonora e ambiental.
Verificam-se ainda zonas urbanas construídas em zonas verdes e em zonas de risco e nas áreas de
protecção das linhas de água, originando frequentemente problemas de inundações e cheias.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Verifica-se também a existência de ravinas, as quais estão já a ser alvo de projectos de criação de
zonas verdes por forma a impedir o seu progresso.
No âmbito das dinâmicas de grupo realizadas, identificaram-se como riscos principais, a extensa
área ainda por desminar (Cuando Cubango é a província mais minada do país). Não foi possível
obter informações acerca das intenções provinciais e governamentais para a desminagem deste
território.
Existe recolha de lixo feita pelo governo em parcerias com empresas particulares mas não abrange
a periferia, de construções desordenadas. Faltam aterros sanitários que possam servir a província.
As principais questões relacionadas com a análise do risco, e abordadas nas dinâmicas de grupo
relacionam-se com a existência de queimadas constantes, as quais desencadeiam problemas de
qualidade do ar e de contaminação de solos e água. Igualmente, o facto de não existir uma rede
de saneamento e de recolha de resíduos sólidos (nem aterro sanitário), agrava esta situação,
originando graves problemas ambientais e de sustentabilidade.
O mau estado das vias de acesso secundárias e terciárias, e ainda da rede viária entre sedes de
município e comunas poderá originar acidentes de viação com perdas humanas e de bens.
A província do Kwanza Norte é ainda caracterizada por inúmeras explorações de inertes (algumas
delas actualmente paralisadas), as quais poderão ser responsáveis pela degradação da qualidade
do ar (por emissão de partículas) e potencial efeitos de contaminação dos solos e dos recursos
hídricos.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
com a acumulação de lixo nas águas não escoadas e com a inexistência de tratamento e gestão
dos resíduos sólidos.
Face a este, encontram-se já perspetivados projectos de saneamento básico das principais cidades
(Sumbe, porto Amboim e Amboim) bem como outros projectos de menor envergadura nas restantes
cidades e vilas e ainda a obrigatoriedade de serem alocadas verbas nos orçamentos anuais das
unidades orçamentais para atender exclusivamente estes problemas.
Verifica-se na província a a contaminação das linhas de água (por exemplo: rios Chitaka e Cuango)
decorrente da actividade de exploração mineira. Esta actividade originou ainda o desvio dos rios
com as consequências que daí poderão advir para as populações.
A deposição dos resíduos são maioritariamente num depósito a céu aberto a caminho de Saurimo.
Este local de acumulação de resíduos sem tratamento encontra-se próximo de uma zona de
nascentes de vários rios da província, aumentando o risco de contaminação dos recursos hídricos e
dos solos.
A província têm também problemas a nível da progressão das ravinas aqui presentes.
Em muitos casos, observam-se habitações e equipamentos nestes locais. Actualmente, existe já uma
proposta de Projeto de Contenção e Estancamento de ravinas, de âmbito provincial e central.
Desta forma, e no âmbito do Programa de Desenvolvimento para o período de 2013, da
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Para além deste, e identificado nas dinâmicas de grupo realizadas, propõe-se como medidas a
implementar neste âmbito, a proibição de construções anárquicas (crescimento desordenado) em
áreas de risco, a reflorestamento com espécies nativas e preservação do coberto vegetal e a
construção e manutenção de micro e macro drenagens urbanas para águas pluviais.
Estas questões originam, naturalmente, situações de risco, relacionadas com a insalubridade a que
a população está exposta e, no caso da água, a ausência de valas de drenagem, a construção
em linhas de água, entre outros, originam inundações e cheias frequentes. A cidade de Luanda é
um exemplo disso onde, após as fortes chuvadas, as principais ruas ficam inundadas sendo
difícil/impossível de nelas transitar.
O projecto cidade limpa está a permitir uma redução substancial dos resíduos sólidos. As empresas
de recolhas são pagas por área limpa e não por tonelada de lixo recolhida. Os lixos inorgânicos das
casas poderá ser vendido, e com isso a redução da deposição destes em locais impróprios.
A cidade de Malange é caracterizada por uma ocupação urbana anárquica. De facto, esta é uma
das características marcantes na sede de província. Mais de metade da área urbana da cidade é
musseque.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Existem muitos rios por toda a província os quais constituem a principal fonte de abastecimento.
Uma vez que o número de habitantes é reduzido, os problemas de águas contaminadas não são
muito relevantes.
Malange, Marimba, Massangue, são os municípios onde há existem mais problemas com
ravinamentos. No caso de Malange, e devido à ausência de escoamento das águas pluviais, é
frequente existirem cortes de estradas devido aos ravinamentos.
Verifica-se também na província uma elevada taxa de acidentes por inadaptação do meio: por um
lado pessoas do meio rural que apenas usam os veículos sem qualquer aprendizagem ou licença
e/ou pessoas que deixam o meio rural e que na cidade facilmente arranjam emprego em moto táxi
ou táxis, e por outro lado, as estradas encontram-se em mau estado, dificultando a circulação de
pessoas e bens. As vias secundárias e terciárias da província encontram-se também muito
degradadas.
A erosão acelerada dos solos relaciona-se com a ocupação incorrecta do solo, principalmente nas
linhas de água, a qual origina processos de ravinamento, principalmente nas zonas habitadas, e
potenciada pelas chuvas intensas que se fazem sentir neste território.
Arborização
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Refere-se ainda a existência de uma rede viária terciária em mau estado de conservação, a qual
origina grande dificuldade de circulação de pessoas e bens.
A única ETAR existente deixou de funcionar em 2002 com a grande cheia que ocorreu na época. A
cidade possui uma cota muito baixa e a situação agrava-se com a falta/pouca gestão de resíduos
sólidos.
Falta de incineradoras para gestão dos resíduos hospitalares que são depositados em lugares
comuns com outros tipos de resíduos. Não existem aterros sanitários devidamente concebidos. O lixo
é colocado em locais ao céu aberto sem qualquer tratamento. No entanto, existem já um Plano
Provincial de Gestão dos Resíduos Sólidos.
Todas estas questões contribuem para o risco de contaminação do solo e dos recursos hídricos
(superficiais e subterrâneos) e para a degradação da qualidade do ar das principais áreas urbanas.
Veículos em circulação
Queimadas frequentes
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Os principais problemas identificados a nível provincial relacionam-se com a rede viária primária,
secundária e terciária em mau estado de conservação e a construção de habitações em zonas de
risco, como o relevo acidentado.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
6. ANÁLISE SWOT
6.1.1 Forças
Estão em curso vários projectos estruturantes para o ambiente como a revisão do Plano Nacional de
Gestão Ambiental (fundos do PNUD), a elaboração da Estratégia e Plano de Acção Nacionais para
a Biodiversidade (fundos GEF, PNUD e NORAD) e o Relatório do Estado do Ambiente e Plano de
Investimento Ambiental (fundos do BAD). Estes projectos facilitam a definição de linhas de acção,
prioridades e uma carteira de projectos para a implementação.
Por outro lado está a preparar-se para integrar a Comissão de Florestas da Africa Central
(COMIFAC) - terá ainda que assinar o Acordo de Brazaville. As autoridades estão interessadas em
aderir ao programa da UE - ECOFAC que promove a conservação das florestas da Bacia do Congo,
que poderá abranger Cabinda, Zaire e Lundas. Para além disso há interesse expresso em progredir
com o desenvolvimento das zonas de conservação transfronteiriça, nomeadamente para o Iona-
Skeleton Coast com a Namíbia, para o estabelecimento da área de conservação do Maiombe
(Cabinda) com o Congo Democrático e a integração da Reserva do Luiana (Kuando Kubango) na
área de conservação do Okavango com o Botswana, o Zimbabué, a Zâmbia.
Nos últimos anos tem havido evolução no que concerne à materialização dos planos e acordos
assumidos internacionalmente. Foi iniciada a implementação de Convenções ratificadas como a
CCD, CDB e relativa à camada de Ozono. O País tornou-se membro da União Internacional para a
Conservação da Natureza (UICN) e da Associação de Educadores Ambientais da Africa Austral.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
6.1.2 Fraquezas
Verifica-se a inexistência de um sistema de informação ambiental, com uma rede de pontos focais
nos diversos ministérios, que pudesse servir de base à tomada de decisões e à monitorização e
controlo ambiental. Os dados científicos, os resultados de estudos e levantamentos continuam
dispersos, outros continuam expatriados e existe uma grande carência de dados actuais. Existem
algumas bases de dados em ministérios separados como MINEA, existem informações não
sistematizadas no MINPET, mas não existe cultura de intercâmbio de dados.
Desta forma, verifica-se uma divisão pouco clara entre as atribuições de diversos ministérios
relativamente à gestão de componentes ambientais, nomeadamente o caso do MINADER com o
qual se verifica uma comunhão de competências no que diz respeito à gestão de florestas, mas em
menor grau também com outros ministérios como MINEA e MINPET.
Numa fase em que o país passa por uma reestruturação e existem inúmeras prioridades
concorrentes o Orçamento Geral do Estado tem-se revelado insuficiente para fazer face aos
projectos ambientais. Assim, a maioria dos projectos levados a cabo na área do ambiente são
financiados quer por fundos e agencias multilaterais (GEF, PNUD, PNUA, FAO, BAD, SADC), quer
agencias bilaterais (NORAD), ONG (IUCN) ou empresas privadas (nomeadamente petrolíferas), com
participação do OGE. Em alguns casos esta comparticipação tem sido mais elevada do que
inicialmente previsto e existem projectos, como o da educação ambiental, levado a cabo
exclusivamente com fundos do Estado.
Por outro lado, verifica-se que em alguns aspectos o peso politico do ambiente ante outros órgãos
políticos é fraco. Isto é sobretudo notório a nível de depósito dos instrumentos de ratificação de
acordos multilaterais de ambiente.
À excepção das empresas petrolíferas que financiam algumas acções ou estudos pontuais, as
parcerias publico-privado em matéria de ambiente não estão desenvolvidas no país. O mercado do
ambiente, a nível de consultoria, tecnologia, serviços não foi ainda desenvolvido.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Como acima referido não existe presentemente qualquer sistema de informação ambiental, nem
estão criadas quaisquer condições para a interacção dos diferentes ministérios e institutos no que diz
respeito a partilha de informação. No entanto existe vontade de progredir neste sentido, como se
pode ver pelas recomendações de alguns documentos estratégicos.
O cadastro nacional de terras está actualmente a ser elaborado. A FAO publicou em 2006 CDs com
mapas de utilização da área rural, no entanto os dados carecem de actualização no terreno,
dadas as grandes modificações na distribuição de assentamentos humanos que se verificou após o
estabelecimento da Paz. Não existem levantamentos actuais do uso dos solos em núcleos urbanos e
peri-urbanos. Não existe ainda sistema nacional de informação geográfica e a cartografia nacional
nomeadamente quanto a cidades, vilas e povoações e a mapas temáticos carece de
actualização.
Relativamente aos indicadores da Água, o MINEA está a distribuir kits de analise às províncias e está
a formar uma base de dados de abastecimento de água e saneamento, que incluirá a qualidade
da água.
Não existem quaisquer estudos e/ou campanhas de medição relativos a resíduos. Quanto a níveis
de ruído, a situação é semelhante, não existe regulamentação nem informação.
Existe informação relativa a indicadores contida em vários relatórios que têm sido elaborados, para
o governo, para ONGs ou para agências multilaterais. No entanto a informação encontra-se
dispersa e, em alguns casos, mesmo expatriada.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
6.2 LEGISLAÇÃO
6.2.1 Forças
6.2.2 Fraquezas
Observa-se ainda um deficit de legislação a nível de resíduos (embora tenham já sido elaborados
ante-projectos legislativos), qualidade do ar, químicos e ruído. Até à publicação dos instrumentos
jurídicos mencionados acima, existe igualmente um vazio significativo quanto a instrumentos de
gestão ambiental.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Susceptibilidade Elevada
Susceptibilidade Moderada
Susceptibilidade Baixa
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Desta forma, para a elaboração da cartografia deverão ser representadas as zonas ameaçadas de
cheias, obtidas através da análise das condicionantes biofísicas, bem como, todas as zonas sujeitas
à influência dos cursos de água e zonas sujeitas a inundações, estas últimas, quer por relato de
registos históricos, quer pelas análises efetuadas nos levantamentos de campos.
7.2.2 Secas
A Seca é um fenómeno de origem natural que comporta elevados riscos para as sociedades
humanas. Estas têm dado crescente atenção ao tema, sobretudo tendo em conta o actual
contexto de notoriedade quer da evolução climática, quer da gestão do recurso água. São de
facto indissociáveis os problemas que as sociedades modernas têm enfrentado ao nível das
recentes alterações verificadas nos padrões climáticos regionais, das questões com que se
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
No primeiro caso, há que ter em conta que o clima é um sistema dinâmico em permanente
evolução. Quaisquer alterações neste sistema devem ser analisadas na perspectiva duma
determinada escala temporal e duma outra espacial, das quais dependem a própria natureza e
dimensão dos resultados.
As secas têm riscos para a qualidade de vida das pessoas, para a saúde pública e para as
actividades económicas, empresariais ou produtivas não empresariais. O risco associado a qualquer
fenómeno natural resulta do produto da magnitude ou intensidade da ameaça potencial pela
vulnerabilidade das pessoas, bens, origens de água e infra-estruturas sob ameaça.
Os movimentos de vertente são movimentos de descida, numa vertente, de uma massa de rocha,
solo ou detritos (Cruden, 1991), para fora de materiais sob a influência da gravidade (Varnes, 1978)
ou acompanhados de forças sísmicas, vulcânicas ou pressão de gases mas em que o material sólido
representa> 70% do peso (Ayala- Carcedo, 2002).
Esta indução poderá ser provocada por 2 factores: factores condicionantes - declive, geologia,
atitude dos materiais, grau de fracturação, o clima, o relevo, cobertura vegetal e a utilização e os
fatores desencadeantes - chuva e inundações (com o aumento da água na vertente), o trabalho
de sapa (ação antrópica, dinâmica fluvial), as vibrações, sismos e as sobrecargas da vertente.
Estas movimentações podem revestir diferentes tipos consoante as características dos declives, da
vegetação, da coesão dos materiais rochosos, a existência de água, mas também das
características dos fenómenos climáticos ou outros fenómenos equivalentes (Rebelo, 2003).
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
São diversos os processos químicos e físicos, muitos deles provocados e, ou acelerados pela ação do
Homem, causadores de degradação do solo, tornando-o susceptível a fenómenos de erosão. A
erosão é um dos factores que mais contribui para a desertificação - processo de degradação
ambiental que se pode considerar praticamente irreversível e que se encontra caracterizado em
Angola.
A degradação dos solos pode ser devida a quatro processos distintos: erosão hídrica, erosão eólica,
deterioração física e deterioração química:
Erosão eólica - O vento é ainda outro fator meteorológico que pode ocasionar erosão dos
solos.
São diversas as actividades económicas responsáveis por situações mais ou menos graves de
contaminação do solo, salientando-se as indústrias, a extracção mineira, o armazenamento de
substâncias perigosas e combustíveis, e actividade agrícola. A utilização de água de má qualidade
para rega conduz também à degradação dos solos e, consequentemente, dos lençóis freáticos.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
território. Nesta análise deverá ser sempre considerada a fonte de contaminação, o recpetor
sensível e o trajecto desde a fonte ao receptor.
A inventariação das fontes com potencial índice de contaminação foi realizada com base na
cartografia de uso e ocupação do solo e com base em levantamentos de campo. A avaliação da
susceptibilidade da degradação e contaminação dos solos deverá ter em consideração as
características e funções do solo, o tipo e a concentração das substâncias, preparações,
organismos e microrganismos perigosos, os seus riscos e as possibilidades de dispersão.
7.3.1 Incêndios
Um incêndio urbano consiste na combustão sem controlo no tempo e no espaço dos materiais
combustíveis existentes em edifícios, incluindo-se aqueles que constituem os elementos de
construção e revestimento.
As fontes mais comuns de ignição de incêndios podem ser agrupadas da seguinte forma: fontes de
origem eléctrica (trovoadas, sobrecarga ou curto-circuito, aparelhos eléctricos defeituosos, entre
outros), fontes de origem química (reacções de substâncias auto-oxidantes, reacção química
exotérmica), fontes de origem mecânica (sobreaquecimento devido a fricção mecânica, chispas
geradas por ferramentas), fontes de origem térmica (radiação solar, materiais ou equipamentos que
apresentem chama nua, associadas ao acto de fumar, instalações ou equipamentos produtores de
calor).
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Carta de Ocupação;
Registos Históricos
Em relação aos incêndios florestais, as questões de ordenamento passa acima de tudo pelo
ordenamento florestal em coassociação com o ordenamento agrícola e urbano. A espacialização
da floresta, agricultura e espaço urbano num sistema coeso e organizado, leva a uma minimização
dos efeitos do homem sobre o meio ambiente e sobre os riscos que dai advêm.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
possível indicar qual o potencial de perda face ao fenómeno. O Mapa de Risco de Incêndio
Florestal é particularmente indicado para acções de prevenção quando lido em conjunto com o
Mapa de Perigosidade de Incêndio Florestal, e para planeamento de acções de supressão.
De facto, esta cartografia é uma ferramenta com grande utilidade para a prevenção e gestão dos
incêndios florestais, uma vez que define as áreas onde se reúnem os factores mais propícios para a
ignição e desenvolvimento de um fogo.
Caracterização climática;
Proximidade a áreas urbanas redes viárias e pontos perigosos (industrias, oleodutos, postos
de abastecimento, etc.);
Historial de ocorrências.
Apesar do poder filtrante e das características autodepuradoras dos sistemas aquíferos, as águas
subterrâneas, uma vez contaminadas, podem gerar processos praticamente irreversíveis, pelo que a
sua descontaminação torna-se muito difícil.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Também dentro das características topográficas será interessante ter o conhecimento do declive do
terreno, pois quando ele é forte o escoamento será também maior o que levará a uma diminuição
da infiltração, transportando os contaminantes para longe dessas áreas declivosas. Em áreas planas
ocorrerá o inverso. A contaminação tem assim uma proporção inversa à percentagem da
inclinação.
Logo, se solos porosos apresentam uma contaminação elevada, devido à forte infiltração, os solos
compactos argilosos tem um risco de contaminação baixo.
Também as áreas cársicas possuem uma elevada vulnerabilidade quanto à contaminação das
reservas de água subterrâneas, essa contaminação poderá ser temporalmente curta no local
contaminante. No entanto, o seu efeito irá evidenciar-se posteriormente em locais adjacentes às
regiões cársicas, pois estes sistemas comportam-se como autênticos reservatórios de água que
alimentam as nascentes em seu redor.
Pode-se assim concluir que a contaminação potencial das águas subterrâneas cresce com a
permeabilidade e a altura do nível freático, e decresce com a inclinação e a profundidade da
rocha mãe. Se a estes fatores se juntar uma rede de drenagem pouco densa e focos emissores de
produtos contaminantes, então estão reunidas as condições para que as águas subterrâneas sejam
fortemente poluídas.
A contaminação das águas subterrâneas, incluindo aquíferos e camada freática por norma
dependem de fatores, como foi abordado anteriormente, que estão associados à geologia - fator
determinante quanto ao risco de contaminação e à profundidade da rocha mãe - suas
características determinam por um lado a altura do nível freático e por outro a possibilidade de
circulação de água que vai adquirindo elementos resultantes do contacto com os materiais por
onde circula.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
A contaminação das águas superficiais pode ter várias origens e ser causada por diversos tipos de
poluentes: nutrientes provenientes de fontes tópicas e difusas, metais pesados e outras substâncias
perigosas, micro-poluentes orgânicos, radioatividade e salinização.
Em termos de águas superficiais, o escoamento poder ser de base (base flow) e direto (direct flow).
Por esta razão, a vulnerabilidade dos recursos hídricos superficiais não pode ser tratada da mesma
forma que a vulnerabilidade dos recursos hídricos subterrâneos. De facto, o escoamento de base é
proveniente da descarga das águas subterrâneas nos meios hídricos superficiais. Esta água ter-se-á
infiltrado na bacia hidrográfica a montante da secção em análise e percolado através de um meio
subterrâneo que por si só é mais ou menos vulnerável à poluição, o que condiciona a protecção
dos recursos hídricos superficiais em termos de poluição difusa. Por outro lado, o escoamento direto
não flui à superfície por um meio homogéneo até atingir os corpos de água superficiais. As águas
superficiais são normalmente mais vulneráveis que as subterrâneas. Na verdade, um evento de
poluição nas margens de um corpo de água ou à sua superfície tem implicações imediatas na
qualidade da água superficial. No entanto, pode existir alguma atenuação da poluição para as
áreas da bacia com escoamento superficial mais baixo ou mais distante das potenciais captações
e, assim, menos vulneráveis à poluição por maior diluição dos poluentes. As áreas com maior
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
capacidade de infiltração do solo (zonas planas, coberto vegetal que favorece a infiltração) serão
menos vulneráveis no que refere às águas superficiais.
De uma forma geral e atendendo ao tipo de empresas implantadas nos parques e noutros locais, é
possível definir com principais perigosidades:
Incêndio - com emissão de nuvens de fumo que podem provocar sufocação e intoxicações;
Explosão - com propagação de uma onda de choque violenta para o exterior da zona
fabril, na qual as ondas de radiação térmica e de sobrepressão são causadoras de danos na
população e no património edificado, podendo atingir distâncias relativamente grandes;
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Para a elaboração da carta de riscos e análise de sensibilidade deverão ser utilizados os seguintes
elementos relativos à situação de referência:
Rede viária e ferroviária, suas características, estado da rede viária e ferroviária, pontos
negros;
Rede hidrográfica;
Um acidente é uma ocorrência na via pública ou que nela tenha origem envolvendo pelo menos
um veículo em movimento, do conhecimentos das entidades fiscalizadoras e da qual resultem
vítimas e/ou danos materiais.
Em geral, as principais causas dos acidentes rodoviários são causados por excesso de velocidade,
despistes e falhas mecânicas ou ainda más condições atmosféricas, manobras perigosas e distração
por parte dos condutores e peões.
A maioria dos acidentes está relacionada com sinalização deficitária, iluminação insuficiente e
negligência (embriaguez, excesso de velocidade). De facto, a maioria da rede viária do território
apresenta-se em mau estado de conservação, com ausência de sistemas de drenagem e limpeza o
que, em conjugação com o tráfego intenso, aumenta a probabilidade de ocorrência de acidentes
graves.
São mercadorias perigosas quaisquer matérias, objectos, soluções ou misturas de matérias cujo
transporte é proibido ou objecto de imposição de certas condições. Incluem-se neste as operações
de carga e descarga, as transferências de um modelo de transporte para outro e as paragens
46
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
exigidas pelas condições de transporte, realizadas nas vias do domínio público, bem como em
quaisquer outras vias abertas ao trânsito público, com vista à diminuição da perigosidade associada
a este transporte.
Os riscos que assumem maior expressão, associados a acidentes em instalações combustíveis são:
Riscos ambientais - derrame, absorção pelo solo, depósito em lençóis de água, migração
através de infraestruturas.
Para além dos danos materiais, um acidente grave envolvendo instalações de combustíveis,
poderia ser fatal para o ser humano, mais propriamente para possíveis trabalhadores, uma vez que
a maior parte dos depósitos de combustíveis se encontram associados a grandes empresas, com
grande número de trabalhadores.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
8. DOCUMENTOS ESTRATÉGICOS
As questões relativas aos riscos começam já a ser consideradas nos principais documentos
orientadores, quer de âmbito nacional, quer provincial.
No âmbito da Estratégia de Desenvolvimento a Longo Prazo para Angola (2005), elaborada em 2007
pelo Ministério do Planeamento, são notórias as referências à análise e avaliação de riscos, nos
principais domínios do planeamento e ordenamentos território do país.
De facto, são objectivos específicos desta Estratégica, de entre outros, “Assegurar que a utilização
dos recursos hídricos nacionais se processa de forma adequada, garantindo um desenvolvimento
económico e social sustentado e a preservação do ambiente. Garantir o bem-estar da população
e a melhoria da saúde pública, através do acesso do cidadão e entidades colectivas a serviços de
qualidade de abastecimento de água potável”.
Estes objectivos deverão ser atingidos através da adopção de objectivos específicos que
consideram:
Implementar até 2015, o modelo de gestão integrada dos recursos hídricos em, pelo menos,
metade das bacias hidrográficas;
48
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
As questões relativas à Indústria são também abordadas, através da definição do objectivo global
de “Promover o desenvolvimento da indústria transformadora nacional, de acordo com os princípios
subjacentes ao objectivo do desenvolvimento sustentável, contribuindo para a satisfação das
necessidades básicas da população e o desenvolvimento equilibrado e equitativo do território, bem
como para uma inserção competitiva de Angola no mercado mundial e regional”.
A Estratégia passa também pela proposta de reabilitação, no curto prazo, de troços viários
fundamentais e inter-prvinciais, do desenvolvimento de pólos industriais e zonas económicas
especiais, onde se promova a melhoria da qualidade e redução da poluição e a reabilitação das
infraestruturas.
Gestão Integrada das zonas costeiras – onde se pretende a identificação das áreas de
maior vulnerabilidade ou que, independentemente disso, sejam locais de grande riqueza
biológica e/ou de ocorrência de espécies mais raras no património natural nacional, São
premissas deste documento a elaboração da respectiva carta de riscos (ambiental e
biológica).
49
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Também nesta Estratégia, a expansão do Turismo deverá ser processada de “gradual e sustentável,
de forma a “minimizar riscos e impactos negativos e sempre em observância dos princípios
constantes dos planos de desenvolvimento de cada região considerada”.
No que diz respeito às pressões impostas pela exploração mineira, identifica este documento refere
que, as áreas mais afectadas pela exploração mineira à superfície são as províncias diamantíferas
das Lunda Norte e Lunda Sul, onde se verificam desvios de cursos dos rios e contaminação com
produtos químicos de limpeza de rocha.
Com efeito, para permitir os trabalhos de prospecção, especialmente no caso das minas a céu
aberto, são realizadas grandes obras de engenharia mineira (que se mantêm durante o período de
exploração) que implicam frequentemente os desvios dos rios e a deslocação da população. O
impacto do desvio dos rios afecta negativamente a actividade agrícola a jusante, pelo
rebaixamento do nível freático.
Durante a exploração, a bombagem de água mineralizada para fora da mina e a sua descarga em
águas superficiais resulta numa significativa poluição hídrica, dado que, no processo de tratamento
dos minerais, são utilizados vários produtos tóxicos, como, por exemplo, o mercúrio.
Para agravar a situação, o garimpo (em que estão envolvidos cerca de 200.000 angolanos e
estrangeiros) é praticado sem nenhuma medida de controlo ambiental, com as consequências
acima indicadas.
Está prevista a expansão da indústria mineira para outras províncias como o Bié e Malange onde a
prática do garimpo é já uma realidade.
O impacte da exploração de petróleo faz-se sentir com maior intensidade nas províncias de
Cabinda e Zaire, diminuindo a qualidade de vida das populações. As actividades de prospecção,
pesquisa, exploração e transporte de petróleo, embora desenvolvidas com recurso a processos
50
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
tecnológicos bastante avançados, não deixam de ser poluentes, quer nas operações rotineiras,
quer devido a acidentes. Em 2002, um grave acidente de derrame num oleoduto, causou a
poluição de mais de vinte e cinco quilómetros de praias e costas, na Província de Cabinda.
Os derrames no mar provocam a contaminação das águas e a degradação dos recursos marinhos
por acumulação de substâncias tóxicas nos organismos, No caso das explorações em terra os solos
são contaminados. A queima do gás tem contribuído significativamente para o aumento da
poluição atmosférica e, no caso das explorações em terra, este processo tem sido apontado como
obstaculizador das práticas agrícolas locais. Outros impactes advêm da geração de resíduos
perigosos, como no campo do Malongo e do abandono de plataformas obsoletas no mar.
Existem ainda indícios de uma relação causa-efeito entre a exploração off-shore de petróleo e a
degradação avançada e a mortalidade dos mangais, a mortalidade de um grande número de
tartarugas marinhas e a diminuição do recurso pesqueiro verificadas nas províncias de Cabinda e
Zaire. Igualmente deverá ser objecto de estudo a relação entre a diminuição da produção agrícola
e a mortalidade dos coqueiros e a exploração de petróleo na costa.
No que diz respeito aos solos, mais de 50% do território esta sujeito a processos constantes ou
periódicos de erosão provocados pelas chuvas, pelos ventos e outros factores climáticos. As
Províncias do Namibe (e em particular a cidade do Tombwa) e Cunene, bem como a Baía Farta na
província de Benguela apresentam uma evolução da Desertificação, paralelamente ao risco real
de desestabilização das dunas do Kalahari.
Verifica-se igualmente algumas áreas das Províncias Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Bié e Huambo,
um fenómeno de acentuada erosão hídrica dos solos que provoca o surgimento de grandes ravinas
ou fendas, cuja causa pode ser associada a vários factores, nomeadamente: Exploração mineira;
Desmatamento e queimadas; Práticas inadequadas da agricultura tradicional; Escavação de fossos
para produção de adobes para construções, deficiência dos sistemas de colecta e drenagem de
águas pluviais.
Também a contaminação por resíduos sólidos urbanos, com incidência em todas as cidades,
causada por irregularidade de recolha de resíduos domésticos e em locais públicos e,
consequentemente, a deposição céu aberto e em locais inadequados, tem causado a poluição do
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
solo. Em menor grau verificam-se alguns casos de lixiviação, salinização e laterização de solos em
algumas zonas onde a exploração agrícola baseada na irrigação tem conhecido um incremento
considerável ano após ano.
São ainda identificadas as principais tendências e constrangimentos no que diz respeito aos sistemas
de abastecimento e drenagem de águas resíduos e pluviais.
No sector dos transportes destacam-se as pressões causadas pelo tráfego nas cidades, pelo parque
automóvel antigo e altamente poluente. Presume-se que poluição do ar em várias cidades (por
exemplo Luanda e Benguela) causada pelos transportes será já considerável. No entanto não existe
informação disponível Outro foco de poluição é o Porto de Luanda, que afecta principalmente as
condições físicas da baía e das suas águas, na qual se observam alguns pontos de assoreamento,
para além dos derrames ocasionais de óleo combustível tanto pelos navios que nele aportam como
pela operação dos terminais de petróleo e seus derivados. As restantes instalações portuárias ao
longo da costa, embora de menor porte, começam a apresentar problemas similares de poluição
ambiental. Os efeitos adversos da operação de estradas e do aeroporto de Luanda são difusos e,
portanto, mais difíceis de identificar. No entanto, alguns pontos em que se desenvolvem processos
acelerados de erosão já foram identificados.
Dada a escassez da indústria, os impactes do sector são ainda localizados. Na Província de Luanda,
por exemplo, a indústria de cimento e lousalite (Cimangola e Cimianto) são responsáveis por
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
descargas de partículas para a atmosfera que podem originar problemas respiratórios, Os efluentes
destas indústrias, contendo concentrações significativas de partículas e de outras substâncias
poluidoras, são despejados nas águas da baía de Luanda sem o devido tratamento.
Este documento procede ainda à análise das tendências e as perspetivas de evolução para cada
um dos problemas identificados.
O documento, elaborado em 2012 pelo Governo de Angola, procede à identificação das principais
causas de mudanças verificadas no país. De facto, a rica base dos recursos naturais sofreu das
deficientes práticas de gestão desde a era colonial, exacerbada pelos efeitos da guerra. As causas
primárias dos actuais processos da degradação ambiental são diversas, mas estão enraizadas na
pobreza e no uso da lenha e do carvão como fontes primárias de energia para as populações rurais
e urbanas. As causas chave de mudança na sustentabilidade dos principais ecossistemas de Angola
e dos bens e serviços que fornecem são resumidas neste documento.
Os resultados destes processos, e a falta de respostas efectivas a elas, incluem a perda de espécies,
erosão do solo, poluição da água, esgotamento de existências de pescas, diminuição na
produtividade agrícola e a perda de resiliência às alterações climáticas, e subsequentes perdas de
benefícios para as populações que delas dependem.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
As práticas agrícolas tradicionais dominam o sector agrícola, com aproximadamente 85% das
populações rurais a viver apenas da agricultura de subsistência. A agricultura comercial cobre
menos do 1% do país, principalmente no planalto central, fértil e abastado em água. A maioria das
culturas alimentares – milho, café, açúcar, amendoim, feijões, etc – baixou para 10% dos seus níveis
de produção pré-independência, mas a produção de mandioca aumentou e continua a ser o
alimento base.
As práticas de cultivo insustentáveis são responsáveis pela séria degradação dos solos no país. A
cultura itinerante devido à má fertilidade do solo, má qualidade das sementes, inadequados
serviços de extensão e falta de acesso a finanças, constitui parte do ciclo vicioso do
empobrecimento rural, tanto do bem-estar humano como dos recursos naturais.
Não obstante o abuso dos fertilizantes químicos no sector agrícola ser uma das actividades mais
poluidoras dos solos e da água, ainda não há preocupação a este respeito.
Também a prática de queimadas para limpar a terra para agricultura, melhorar o forragem para o
gado e produzir carvão, torna Angola o país com maior frequência de fogo incontrolável no
mundo. As persistentes queimadas de savanas, matagais e florestas resultaram em graves níveis de
perda da biodiversidade, principalmente das florestas de Afromontane do planalto central.
Práticas de mineração
O impacto das minas de diamante aluviais nas redes hidrográficas, e as plataformas petrolíferas no
mar e na terra, levou à degradação ambiental, com uma clara necessidade para enquadramento
e aplicação das avaliações de impacto ambiental e monitorização dos danos ambientais na
indústria extractiva. Muitos afluentes da rede hidrográfica do Congo que flui através de concessões
de mineração de diamantes na Lunda Norte, foram totalmente destruídos por mineração aluvial
desregulada – seja através do desvio do curso do rio ou da mineração a céu aberto de extensivas
áreas de planície aluvial, libertando água tratada com elevadas cargas de sílice e sedimentos
directamente de volta ao curso do rio. As restantes florestas-galerias prístinas e zonas húmidas na
Lunda Norte precisam de protecção urgente contra similares impactos de mineração.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Existe actualmente forte evidência científica para apoiar o ponto de vista que afirma que a
actividade humana, particularmente a combustão de combustíveis fósseis e a alteração acelerada
do uso da terra, está a causar taxas jamais vistas de alterações climáticas devido ao rápido
aumento de gases de “estufa” atmosféricos. O rápido crescimento económico nacional, liderado
pelo sector petrolífero, as elevadas emissões fugitivas da indústria petrolífera, e elevadas taxas da
desflorestação para a produção de lenha, carvão vegetal e a limpeza de solos para fins agrícolas
pode fazer com que aumentem as emissões de gás de estufa nos próximos anos. Estão a ser
implementadas medidas de políticas para reduzir os impactos do sector petrolífero, mas a redução
da desflorestação e da produção de carvão ainda constituem preocupações.
Inundações e Cheias
O impacto sobre o ambiente natural e sobre a saúde pública dessas actividades é considerável, no
entanto esse impacte ainda não foi devidamente quantificado. Esta actividade de quantificação
dos gases de efeito estufa consta das acções desta Estratégia, a qual inclui a realização de um
inventário nacional de emissões e a elaboração de um programa nacional para as alterações
climáticas.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
De acordo com a Avaliação Rápida dos Recursos Hídricos e Uso da Água em Angola, elaborado no
âmbito do Projecto de Gestão do Sector Nacional das Águas, Actividade C, de Março de 2005
(Direcção Nacional das Águas, Ministério da Energia e Águas), as questões relativas aos riscos de
inundações e cheias, secas, contaminação dos solos e das águas foi já abordado, tendo o
documento efetuado referência a recomendações a considerar em futuras avaliações no âmbito
nacional e provincial.
Disseminação dos Resultados da Avaliação Rápida dos Recursos Hídricos e do Uso da Água
No âmbito do Programa Nacional Estratégico Imediato para a Água (PNEIA), são já abordadas as
questões de risco associadas aos recursos hídricos. De facto, considera este documento que, no que
se refere às situações de risco que podem ocorrer no meio hídrico, sobressaem os fenómenos de
cheias e inundações, de secas e, de um modo mais abrangente, os fenómenos de erosão e
desertificação.
Estas situações de risco são dependentes, por um lado, das características geográficas, geológicas
e climáticas do País e, por outro, da urbanização do mesmo, do desenvolvimento das actividades
socioeconómicas e da exploração dos recursos naturais que podem gerar acidentes graves,
catástrofes ou calamidades, susceptíveis de originar perdas de vidas humanas, prejuízos
socioeconómicos e alterações significativas no ambiente e no património cultural.
Considera este Programa como indispensável, quer a nível do Governo, quer de entidades e
organismos com responsabilidades no domínio da protecção civil e dos cidadãos em geral,
desenvolvam acções com eficácia e oportunidade para atenuar os riscos e limitar os seus impactos
quando ocorram, e adicionalmente socorrer e assistir as pessoas em perigo.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Apesar de não especificar medidas concretas no âmbito da mitigação dos riscos associados às
cheias e inundações, de secas e aos fenómenos de erosão e desertificação, o PNEIA assenta os seus
objectivos em 4 eixos fundamentais os quais, indirectamente, pretendem prevenir e mitigar os efeitos
provocados por estes fenómenos, nomeadamente:
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Este indicador irá contribuir para uma melhor compreensão do nível de vulnerabilidade de um
determinado país, incentivando assim a longo prazo, programas de redução de risco sustentável
para prevenir catástrofes, que são uma grande ameaça ao desenvolvimento nacional uma vez que
é capaz de calcular a percentagem da população vivendo em áreas de risco de catástrofe.
Proporciona assim uma estimativa útil da vulnerabilidade nacional de ciclones, secas, inundações,
terremotos, erupções vulcânicas e deslizamentos de terra, que reúne a quase totalidade das perdas
humanas e econômicas devido a catástrofes causadas por desastres naturais.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
A meta definida para este indicador é de uma redução em 7% do indicador actual da Província
para 2022.
Define este documento, no âmbito dos riscos identificados como principais fraquezas a nível
provincial:
Desertificação acentuada
Poluição ambiental
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Queimadas anárquicas
Já no Programa Geral do Governo da Província, de 2013, são abordadas as questões relativas aos
incêndios urbanos, com referência para os registos de ocorrências dos Serviços de Protecção Civil e
Bombeiros, durante o ano de 2012, os quais verificaram, 211 incêndios (+38), comparativamente ao
anterior, todos de pequena proporção, sendo 102 (+31) causados por negligência, 41 (+8) por fogo
posto, 36 (-22) por curto-circuito e 32 (+22) por fuga de gás, tendo como consequências 10 (+2)
mortos, 5 (-7) feridos e danos materiais calculados em cerca de Kz: 45.797.011.00 (-Kz: 97.162.460.00),
caracterizados por Município no mapa que se segue:
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Os serviços de bombeiros intervieram também em 639 acidentes de viação, tendo prestado socorro
a 920 (+409) feridos, destes 432 em estado grave e 488 ligeiros, evacuados para os distintos centros
hospitalares. De igual modo desencarcerou 73 vítimas mortais em acidentes de viação e 39 resgates
de outros por afogamentos nas praias, rios, cacimbas e lagoas nos Municípios do Sumbe com 14,
Porto-Amboím com 9, Conda com 5, Amboím com 5, Libolo com 4 e Ebo com 2.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Desta forma, a maior parte da província (54%) pode ser considerada de médio-baixo risco a
enchente. Essa classe ocorre nas grandes Sub-bacias do leste da província, a saber, Cuvelai-Mui e
Cuvelai-Tchimpolo. A média fragilidade é a segunda classe dominante (20%) atingindo
principalmente o conjunto de Sub-bacias do oeste. A baixa fragilidade ocupa 19% da província sua
maior concentração esta na Sub-bacia do rio Cunene-Cuando a leste da província. Essa classe
também ocorre de forma expressiva na Sub-bacia do Rio Cuculuvali-Tchiuá. Média-alta e alta
fragilidade, juntas, somam 6% da província e dominam a Sub-bacia do Rio Cunene-Pembe (média-
alta fragilidade) e Rio Cunene-Cafa (alta fragilidade).
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
Identificados no âmbito dos riscos ambientais, o Plano Integrado da Expansão Urbana e Infa-
estrutural de Lunada/Bengo – Etapa 1, elaborado em 2008, pelo Ministério do Urbanismo e Mei
Ambiente, procede à identificação das situações de risco mais preocupantes nestas províncias,
como sendo o risco de inundações, a erosão e degradação da costa, a poluição da costa
(originada pelos deficientes sistemas de drenagem de águas residuais e pluviais e construção de
habitações e indústria na linha de costa) e as minas terrestres. De facto, estima-se que estas últimas
incluam áreas a 4km de distância das comunidades de Kwata, Cassequel e da antiga unidade
militar de Fortim, apesar de não se saber a sua localização exacta.
Este documento refere ainda, como principais riscos, a ocorrência de inundações em algumas
regiões da província do Huambo (Caála, Cachiungo, Chicala-Choloanga) das quais resultam, com
alguma frequência, mortos, famílias desalojadas, casas e terras destruídas.
Também os fenómenos de erosão se assumem como uma factor de risco de elevada relevância na
província, identificando algumas zonas da cidade do Huambo com risco elevado de erosão e
ravinamento devido a:
Elevados declives
Precipitação intensa
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
Desflorestação
Este Plano procede ainda à identificação das acções, indicadores, responsáveis e horizonte
temporal de implementação, considerando o horizonte temporal 2013-2023.
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
9. FICHAS DE INDICADORES
Para o presente capítulo desenvolveu-se fichas de indicadores que versão a seguintes temáticas:
Riscos Naturais
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Riscos
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Metodologia:
Relevância Elevada
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
ANÁLISE SUMÁRIA:
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Gráfico de Evolução
Unidade
2003
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ANÁLISE SUMÁRIA:
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Riscos
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
Descrição
Sumária:
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Metodologia:
Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º
2003
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ANÁLISE SUMÁRIA:
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
Descrição
Sumária:
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Metodologia:
Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º
2003
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ANÁLISE SUMÁRIA:
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Riscos
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º/%
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VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
Descrição
Sumária:
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º
2003
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ANÁLISE SUMÁRIA:
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Riscos
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Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
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Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º/%
2003
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TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Gráfico de Evolução
Unidade
2003
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ANÁLISE SUMÁRIA:
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Riscos
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Metodologia:
Relevância Elevada
Gráfico de Evolução
Unidade
%
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ANÁLISE SUMÁRIA:
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VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º/%
2003
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2011
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ANÁLISE SUMÁRIA:
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Riscos
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º/%
2003
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VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
Sub-Tema: Riscos Ambientais e Tecnológicos
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Fontes:
Gráfico de Evolução
Unidade
n.º/%
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2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
ANÁLISE SUMÁRIA:
79
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
Riscos
TEMA
Sub-Tema: Riscos Naturais
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Gráfico de Evolução
Unidade
2003
2004
2005
2006
2007
2008
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2012
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ANÁLISE SUMÁRIA:
80
Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
Sub-Tema: Riscos Naturais
AMBIENTE
Contexto Nacional, Provincial e Municipal
espacial de
Avaliação
Relevância Elevada
Gráfico de Evolução
Unidade
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Relatório do Estado de Ordenamento do Território Nacional
VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
Sub-Tema: Riscos Naturais
AMBIENTE
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VOLUME VII - Riscos e vulnerabilidades à ocupação do solo
TEMA
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