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Instituto Superior Politécnico De Tete

Divisão de Engenharia

Curso: Engenharia de Minas

2° Ano – Curso Diurno, Turma-B

Io Semestre

Topografia

Cálculo de empolamento e contracção dos solos

Discente:

Benjamim José Domingos

Docente:

Edelson Assado

Tete, Junho de 2020

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Índice
1. Introdução ......................................................................................................................... 3
1.2. Objectivos ..................................................................................................................... 3
1.2.1. Geral ......................................................................................................................... 3
1.2.2. Específicos ................................................................................................................ 3
2. Metodologias .................................................................................................................... 4
3. Empolamento .................................................................................................................... 5
3.1.Taxa de empolamento ......................................................................................................... 5
3.2. Percentagem de empolamento........................................................................................ 7
3.3. Determinação da percentagem de empolamento (E) ....................................................... 7
3.4. Factor de empolamento (FC) ......................................................................................... 8
3.5. Empolamento do Solo e o Trabalho de terraplenagem .................................................... 8
4. Contracção dos solos ......................................................................................................... 9
4.1.Equipamentos utilizados na execução da terraplanagem e compactação do solo ................. 11
5. Conclusão ....................................................................................................................... 14
6. Bibliografia ..................................................................................................................... 15

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1. Introdução

O presente trabalho visa essencialmente incutir ao estudante as novas matérias que


dizem respeito ao empolamento e contracção dos solos.

O empolamento do solo faz parte das técnicas que contribuem para que uma obra possa
ser feita com sucesso. Afinal, a movimentação correta da terra implica directamente no
resultado da construção.

1.2.Objectivos
1.2.1. Geral
 O cálculo de empolamento e contracção dos solos.
1.2.2. Específicos
 Falar sobre o empolamento;
 Saber fazer o cálculo de empolamento;
 Falar da contracção;
 Saber fazer o cálculo da contracção dos solos.

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2. Metodologias

Para a elaboração deste trabalho, optou-se por consultas nos manuais escritos e
consultas em manuais electrónicos.

Feita a recolha de dados seguiu-se a fase de analise dos mesmos e de seguida a


realização de sínteses de acorda com os pontos considerados por mim os mais
importantes.

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3. Empolamento

Chama-se empolamento de um solo, o acréscimo de volume devido ao removimento de


suas partículas em processo de escavação e/ou transportado.

É o processo inverso a compactação, onde se aplica uma energia para acomodar melhor
as partículas e diminuir os vazios do solo. No empolamento tem-se o deslizamento ou
movimento entre as partículas, umas sobre as outras, acarretando no acrescimento de
vazios do conjunto.

O empolamento é importante na terraplenagem, principalmente quanto ao transporte de


material. Quando se escava um terreno natural, o solo que se encontrava num certo
estado de compactação, proveniente do seu próprio processo de formação, experimenta
uma expansão volumétrica que chega a ser considerável em certos casos.

O empolamento do solo faz parte das técnicas que contribuem para que uma obra possa
ser feita com sucesso. Afinal, a movimentação correta da terra implica directamente no
resultado da construção.

Conhecido também como Expansão Volumétrica, o empolamento é um fenómeno


característico dos solos que estavam em seu estado natural e foram removidos, o que
gera um consideravelmente aumento de vazios, que implicam directamente no Volume
de terra solta.

Nesse artigo, explica-se sobre a importância da taxa de empolamento mais adequada,


como realizar o cálculo e os equipamentos utilizados para a movimentação de terra.

3.1.Taxa de empolamento
Sabemos que o meio ambiente proporciona diferentes estruturas de solo e, por esse
motivo, é necessário compreender quanto de aumento acontecerá cada vez
que movimentar a terra, seja para uma escavação, nivelamento, abertura de vala, entre
outros trabalhos realizados na área.

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Ao escavar o solo, ele fica mais “solto” (mais espaços vazios) e passa a ocupar mais
espaço. Esse efeito é conhecido como “empolamento” e é expresso em percentagem. Se
ao escavar 1 m³ de solo ele aumenta para 1,3 m³, seu empolamento é de 30%. É
importante conhecer esse fenómeno para planejar quais os equipamentos deverão ser
utilizados, principalmente os de transporte e também a sua produtividade.

Segundo Mattos (2014), cada tipo de solo possui uma taxa de empolamento (E). Cada
material tem uma percentagem correspondente, como exemplos:

 Rocha Detonada:

 Solo Argiloso:

 Terra Comum:

 Solo Arenoso Seco:

O objectivo é descobrir o (volume de terra solta) para definir o transporte, o que é


calculado a partir da seguinte fórmula, sendo que " " é o volume medido no corte; e
" " é o empolamento.

Analogamente, quando uma quantidade de terra é lançada em um aterro e compactada


mecanicamente, o volume final é diferente daquele que a mesma massa ocupava no
corte. A essa diminuição volumétrica dá-se o nome de contracção. Se 1 m³ de solo (no
corte) "contrai-se" para 0,8 m³ (aterro) após compactado, a contracção é de 20%.

O volume de terra solta pode ser facilmente calculado quando seguimos a seguinte
fórmula:

Onde:

É o Volume de Terra Solta

: É o Volume de Corte

: Empolamento

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3.2.Percentagem de empolamento

O conhecimento do empolamento dos solos é necessário para se saber qual o volume de


solo a ser escavado, transportado e depois compactado em determinadas obras. Este
processo é muito pronunciado em etapas de orçamento de obras, ou seja, o volume de
corte (solo no estado natural) sofre escavação, (volume do solo solto e transportado –
empolado) sofre compactação (volume compactado).

Percentagem de empolamento é a percentagem do acréscimo de volume do solo em


relação ao seu volume de corte.

É importante notar que nos projectos de terraplenagem, tipicamente os volumes de


aterro necessários são calculados geometricamente a partir lançamento do greide sobre
o terreno natural. Este volume de material corresponde ao material compactado em uma
das energias previstas no projecto (Normal, Intermediária ou Modificada). Usualmente
esta compactação tende a resultar em valores de massa específica superiores àquela do
material proveniente do corte. Desta forma há necessidade de se considerar o peso
específico em três condições: no seu estado natural, solto para transporte e compactado
no aterro controlado. A relação entre estas várias massas específicas é conhecida nos
estudos de terraplenagem como "factores de homogeneização". Entre eles o factor de
empolamento é o que correlaciona a massa específica no estado natural do solo e a
massa específica na condição solta para transporte.

3.3.Determinação da percentagem de empolamento (E)

Considera-se que o volume de corte ( ) Equivale a e que o acréscimo de volume


de solo ( ) corresponde a percentagem de empolamento ( ).

O cálculo do volume solto é impraticável. Logo esta expressão deve ser especificada em
função dos pesos específicos aparentes dos solos nos estados de corte a solto
(empolado).

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Quando não especificado, adoptar

3.4.Factor de empolamento (FC)

É uma grandeza a dimensional menor que a unidade, que multiplicado pelo volume
solto resulta no volume de corte, ou que multiplicado pelo peso específico aparente de
corte resulta no peso específico aparente solto.

O factor de empolamento em solos pode ser diferente nas condições de corte para
escavação e transporte e sua posterior compactação.

3.5.Empolamento do Solo e o Trabalho de terraplenagem

A Terraplenagem tem como objectivo deixar o terreno pronto para que a construção
possa começar. Ela é extremamente importante para garantir o corte, nivelar o solo e
evitar depressões ou excesso de terra.

Logo, o empolamento faz parte das actividades de terraplenagem, principalmente no


que tange o uso de máquinas capazes de realizar o nivelamento adequado.

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4. Contracção dos solos

É quando o solo ocupa menos volume quando compactado. Nesse caso, o volume final
é inferior ao que era ocupado no corte. Assim, para executar um aterro será necessária
mais quantidade de solo para preencher o mesmo volume. Para saber quanto de solo
será necessário cortar para fazer um aterro e considerar redução volumétrica de 10%,
devemos utilizar a seguinte fórmula:

Onde:

= Volume de terra medido no corte.

= Volume compactado no aterro.

= Contração (se a redução volumétrica é de 10%, a contracção é de 90%).

É importante conhecer a estrutura do solo, seus índices físicos e propriedades como


resistência, compressibilidade, permeabilidade, entre outras, pois nos projectos são
necessárias essas propriedades para o dimensionamento adequado para seus fins
estruturais, bem como no aterro. É importante saber quais as condições de trabalho
desse solo, pois conforme a energia de compactação e de seu teor de humidade, os
aterros com mesmo solo de origem, os chamados “empréstimos”, terão solos de
comportamentos diferentes, portanto, diferentes propriedades de engenharia.

O fenómeno varia com o tipo e a humidade do material, o tipo de equipamento de


compactação, a espessura das camadas do aterro, etc.

Em grandes obras de terra, o cálculo do empolamento é feito através de ensaios de


densidade (massa específica) em laboratório. Vejamos um exemplo.

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As massas específicas no corte, solta e compactada eram respectivamente:

Com esses valores, podem-se calcular os factores de empolamento e de contracção e


montar o quadro de volumes:

( )

Note que, com esses dois parâmetros, conseguimos deduzir todos os demais factores de
correlação volumétrica:

O quadro acima ajuda o orçamentista a calcular o custo correto de transporte e também


o engenheiro de produção. Se, por exemplo, a obra precisa compactar 500 m³ por dia
para cumprir o cronograma, o volume a ser escavado no corte (jazida) é 500 x 1,12 =
560 m³ (isto é o que a escavadeira deverá produzir), que corresponde a 500 x 1,57 = 785
m³ soltos (isto é o que os caminhões deverão transportar por dia). Sabendo que cada
caminhão tem 10 m³ soltos, são necessárias 79 viagens por dia.

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4.1.Equipamentos utilizados na execução da terraplanagem e compactação do solo
Dentre vários equipamentos utilizados no processo de empolamento e contracção dos
solos temos os essenciais:

Escavadeira hidráulica

Aplicada para escavações em geral, tem a função principal de efectuar cortes e em


aterro e desaterro, conformação de taludes, carregamento de camiões, a máquina é
responsável por cavar e retirar a terra de aterros sanitários, construções ou áreas de
mineração, é um equipamento com alta produtividade.

É o seu sistema hidráulico que garante a força para escavação, o óleo encontrado no
interior da máquina é bombeado para os diferentes pistões do equipamento, enquanto
outro pistão é accionado adicionando força a escavadeira.

Fonte: https://pmemaquinas.com.br/novidades/o-que-e-uma-escavadeira-hidraulica

Camiões

O caminhão basculante é utilizado para transportar materiais diversos, dentro e fora do


canteiro de obras. É de extrema importância, para grandes obras, principalmente quando
não se há um local perto da área de corte para despejo do material retirado.

O caminhão pipa tem a função de humedecer o solo, tanto para diminuir a poeira,
devido ao movimento de veículos nos trechos, quanto fazer com que o material atinja a
humidade óptima de compactação. Também tem outras funções, como lavar
equipamentos e abastecer com água tanques e reservatórios.

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O tractor de pneus, equipado com grade de arar, tem por finalidade fazer a mistura do
solo durante o tratamento, fazendo uma homogeneização do material, principalmente
durante a passagem do caminhão pipa.

Fonte: www.deere.com.mx

O rolo compactador é um equipamento fundamental para a compactação do solo,


principalmente na construção de aterros, barragens e estradas. Tem por objectivo uma
compactação mais profunda.

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Fonte: www.eciviline.com

Segundo Santos (2008), os rolos compactadores, ou “cilindros vibradores”, têm tido


grande desenvolvimento nos últimos anos. Actualmente é possível dispor de rolos
compactadores com possibilidade de ajuste de frequência e da amplitude de vibração,
maximizando o rendimento do equipamento numa gama muita diversificada de tipos de
solos. Além disso, a vibração permite aumentar a eficiência da compactação em
profundidade, podendo as espessuras de camada atingir 0,6 a 0,8m. Estes equipamentos
têm o seu maior campo de aplicação em todos os tipos de solos granulares, incluindo as
areias uniformes, que são difíceis de compactar com outros equipamentos, embora o
solo fique superficialmente descomprimido, necessitando “fechar” a camada com a
passagem de cilindro sem vibração.

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5. Conclusão

No presente trabalho, conclui que o empolamento O empolamento é importante na


terraplenagem, principalmente quanto ao transporte de material. Quando se escava um
terreno natural, o solo que se encontrava num certo estado de compactação, proveniente
do seu próprio processo de formação, experimenta uma expansão volumétrica que chega
a ser considerável em certos casos. E a contracção em todo caso também É importante
saber quais as condições de trabalho desse solo, pois conforme a energia de
compactação e de seu teor de humidade, os aterros com mesmo solo de origem, os
chamados “empréstimos”, terão solos de comportamentos diferentes, portanto,
diferentes propriedades de engenharia.

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6. Bibliografia

QUEIROZ, R. C. Geologia e Geotecnia básica para engenharia civil. São Carlos:


RiMa, 2009.
PINTO, C. S. - Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3 Ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2006.
https://www.degraus.com.br/empolamento-do-solo/

https://pmemaquinas.com.br/novidades/o-que-e-uma-escavadeira-hidraulica

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