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Primeiro socorros

Caso: uma criança 3 anos, 13kg600 com indicação de restauração de cárie. Foi feito o pré
anestésico com mepridina. Mepridina é um depressor usado junto com a sedação. Todo
paciente sedado precisa de anestesia local, a não ser que ele vá fazer com anestesia geral. Na
anestestesia local foi administrado 10ml de lidocaína a 2%. 5 minutos depois apresentou
dificuldade respiratória e ficou roxinho. Após 40min do início dos sintomas foi feito epinefrina
(que é adrenalina) por via intramuscular é o paciente foi a óbito 30 min depois. Explique o que
aconteceu com a criança.

Para saber se houve excesso do pré anestésico é necessário calcular a quantidade adequada
para esse criança. Os 2% significa que em 100ml tem 2000mm de llidocaína, ou seja, em 1ml
de solução temos 20mg de lidocaína. Nos tubetes da clínica temos 1,8 ml de solução. Feito a
regra de três, sabemos que nesses 18ml de solução nós temos 36mg de lidocaína. Agora
deveremos ver a dome máxima por quilo de peso. Qualquer paciente que for usar lidocaína a
dose máxima permitida pra ele são 4,4mg por quilo de peso. Essa regra se aplica muito bem
em crianças e adultos. Para idosos nós temos uma adaptação pois se o idoso for obeso,
teoricamente esse paciente poderia ser maior. Mas com o fato dele ser idoso, seu
metabolismo pode estar reduzido devido a diversos fatores de idade e condicionamento físico.
Então existe um padrão para essas situações, onde tendemos a reduzir. Se esse idoso tem
120kg, não vamos multiplicar por 4,4kg mas sim usar o peso “padrão” do adulto, que seria 60-
70kg ou colocaríamos a dose máxima permitida (300ml). Dito isso, não podemos esquecer que
o cálculo da dose de anestésico é feita levando em consideração a quantidade que a droga
permite, e essa quantidade não é igual para todos os anestésicos, o peso, idade. Um exemplo
disso é o uso de anestésico em um paciente hipertenso. Feito O cálculo, desconsiderando
esses fatores, vimos que poderia ser usado 7 tubetes. Mas devemos fazer isso? Não! A
recomendação para esse paciente são 2 tubetes, como visto na aula passada.

Em 1 tubetes de anestésico, com 1,8ml de solução se for a lidocaína, temos 36mg de lidocaína.
Vimos também que a lidocaína é 4,4ml por kg de peso. Multiplicando os 4,4 por 13,6 obtemos
o resultado de 59,8ml. Como não trabalhamos com ml mas sim com tubetes, pra saber a
quantidade de tubetes vamos fazer regra de 3.

1 tubete -------------36m ml

X tubetes-------------59,84 ml

X=1,6 tubetes de lidocaína.

Mas o que houve com a criança pra ela ter morrido? Segundo as características descritas, é
possível que ela tenha entrado em parada respiratória e depois em parada cardiorrespiratória.
A epinefrina foi aplicada porque ele estava em parada, para reverter o esse quadro. A criança
foi a óbito por superdosagem de anestésico local. Precisamos levar em consideração que além
d lidocaína foi utilizada um pré anestésico. Os dois atuaram reprimindo o SNC levando a
morte. Como tratamento de primeiros socorros além da epinefrina faríamos as compreensões
para tentar fazer com que ele saia do quadro.

Caso 2: foi utilizado lidocaína a 2% em um paciente com 50kg para um procedimento de


exodontia. Qual a dose máxima que esse paciente pode usar? Lembrando que nem sempre a
dose recomendada pelo fabricante coincide com o valor em ml encontrado pela fórmula.
Relembrando, se nós temos um paciente obeso e fazemos o cálculo e esse cálculo dá 800ml
mas a dose máxima absoluta é de 500ml, que serve exatamente pra esses pacientes obesos.
Voltando pro caso, nós temos um paciente 50kg, usado lidocaína a 2% num procedimento de
exodontia. Qual a dose máxima (em ml) e quantos tubetes poderei usar ? Qual seria a dose
máxima em mg independente do peso do paciente?

4,4 x 50 = 220 ml

1 tubete--------- 36ml

X tubetes --------- 220 ml

X= 6,1 tubetes poderá ser usado. A dose máxima absoluta, independente do peso é 300mg.

A causa provável foi a aprendizagem de meprimidina e lidocaína.

Olhando a tabela, os que mais utilizamos no consultório são a lidocaína, mepivacaína sem
vasoconstrictor a 3%. Existe lidocaína sem vasoconstrictor mas a literatura tem desmontado
que dos anestesicos locais sem vasoconstrictor o que tem menos ação vasodilatadora é a
mepivacaína. Quando utilizamos um anestésico local ele vai dilatar o vaso para o anestésico ir
em uma velocidade mais rápida. Dessa forma, a absorção é mais rápida também e a chance de
um problema é maior. Por esse motivo dá-se preferência a anestésicos com vasoconstrictor,
que faz uma vasoconstição, a absorção é mais lenta e a possibilidade de reação de toxicidade é
menor. Dificilmente precisamos usar anestésico sem vasoconstrictor a menos que o paciente
tenha algum problema, como uma arritmia severa, será administrado o anestésico sem
vasoconstrictor. Caso precise, a preferência é dada a mepivacaína a 3% SV.

Buprivacaína e a *neocaína são anestésicos de longa duração, podendo ter de 8 a 12 horas de


duração. Em crianças são evitados esses anestésicos pois a criança passaria muito tempo
anestesiado. É indicado então, para procedimentos de longa duração pois ela vai manter o
local anestesiado e vai ter uma ação de analesia pós operário e o paciente não vai precisar usar
anestésicos no pós operatório.
A articaína tem concentração de 4% e o cálculo vai ser diferente, em 1ml ter a 40 mg (e não
20). Se o paciente tem 20kg deve-se multiplicar 20 x 7, pois é 7mg por kg de peso.

Ex: qual a dose máxima absoluta de mepivacaína para um paciente com 100kg? 300mg. (Ver
tabela)

90% das interferências que ocorrem no consultório são prevenidas. Para que possamos
prevenir vamos fazer a anamnese é tomar alguns cuidados durante o procedimento desse
paciente.

Exemplo: em um procedimento trabalhoso o paciente começou a ficar estressado. Uma forma


de prevenção foi a aluna que estava atendendo ter medido a pressão arterial do paciente, pois
quando ele foi submetido a uma situação estressante foi verificado novamente a pressão é
constatado que houve um aumento. Nesse caso não foi devido a superdosagem de anestésico
mas sim pela situação de estresse. A prevenção seria acalmar esse paciente, o tranquilizando.

1- Posição do paciente

Ao falar em prevenção de intercorrência no consultório uma das primeiras medidas a ser


tomada é observar o posicionamento do paciente. A hipotensão postural é uma baixa de
pressão devido a modificação da posição que ele estava, ou seja, quando um paciente está em
uma posição horizontal por algum tempo e levantou de vez, fazendo com que houvesse a
diminuição da oxigenação no cérebro e gerando uma hipotensão postural. Por isso que
quando terminamos um procedimento é indicado que vá aos poucos levantando a cadeira. Se
o paciente levantar rápido pode ser que a hipotensão postural causa até uma queda.

No procedimento odontológico é importante deixar o paciente deitado pra que tenha uma
melhor oxigenação no cérebro. Não é indicado que ele esteja em um ângulo de 90° porque
nessa posição há uma pouca oxigenação no cérebro favorecendo possíveis intercorrências.
2- Sinais vitais

Oxímetro: neles vamos ver a frequência cardíaca; Muitos deles tem leitores que saem do
traçado do eletrocardiograma e sai a saturação do oxigênio. Durante o procedimento a
saturação considerada normal é 98-100. A frequência cardíaca normal é...

Os sinais vitais a serem avaliados é a frequência cardíaca, pressão sanguínea artéria é


frequência respiratória.

Frequência cardíaca

Se antes do procedimento o paciente tava com a frequência cardíaca de 70bpm, e depois ela tá
mais acelerada, é sinal de que o paciente está nervoso e tem que ficar atento caso aumente muito.
Para medir a frequência cardíaca basta palpar a artéria radial ( não é indicado usar o dedo polegar
para isso). O normal é entre 60-110.

Taquicardia: acima de 110

Bradicardia: abaixo de 60

É importante que na hora que o atendente for medir a pressão, medir também a frequência cardíaca
pois isso serve de parâmetro para saber se houve aumento. Temos que levar em consideração na
hora de medir a frequência a qualidade do pulso, se foi continuo com frequência ou houve "saltos",
"pulos" ou está regular, porque esse paciente pode estar com problemas como arritmia e não saber.

Frequência respiratória

A frequência respiratória são quantas vezes o tórax está expandindo. A recomendação é que
discretamente observemos o tórax do paciente naturalmente, para que ele não crie um certo tipo de
ansiedade e modifique o sua respiração.

A frequência respiratória e a cardíaca mudam de acordo com a idade. Por exemplo, crianças abaixo
de um ano a frequência respiratória será maior que um adulto.

A pressão sanguínea deve ser verificada também. A pressão pode ser modificada se o paciente
sofreu algum tipo de estresse antes de chegar no consultório. Por exemplo, ele correu pois estava
atrasado e chegou na hora do atendimento. Esse paciente está sujeito a erros na medição da
pressão pois naquele momento ele está em situação de estresse. É recomendado que o paciente
descanse de 5-10 minutos antes de medir a sua pressão. Bexiga cheia,fumo, cafe, exercício físico
são fatores que lateral/modificam a pressão arterial.

O dentista em seu atendimento é importante para identificar algumas doenças em deu paciente,
como pressão arterial e diabetes. Ambas são doenças assintomáticas em que o paciente demora a
diagnosticar. Quando nós avaliamos os sinais vitais do paciente e percebemos que seus sinais
estão fugindo do padrão de normalidade seja das diretrizes nacionais ou internacionais, vamos
orientar esse paciente a procurar um especialista para realização de exames. Quando fazemos isso
vamos ter um papel importante no diagnóstico da hipertensão arterial, por exemplo. De um modo
geral, tem que fazer os em procedimentos de rotina pra saber se o paciente tem pressão arterial
grave e descontrolada.

Pressão arterial

Atendimento em um paciente com a pressão arterial em 210 por 120 totalmente assintomático. Se
ao fazer um atendimento normal Eu não detectar porque eu não verifiquei os sinais vitais, durante o
atendimento esse paciente poderá ter angina que causa isquemia provisoria. É quando o paciente tá
estressado, músculo cardíaco que precisa de sangue e o sangue não chegará de forma adequada,
causando isquemia provisória no músculo cardíaco. Essa angina pode ser estável ou instável. Na
angina instável ela é mais evoluída e pode evoluir para o infarto. Esse paciente, porque não houve a
verificação, poderá desenvolver esses sintomas como infarto, angina, acidente vascular encefálico
(derrame) que poderia ser evitado.

Existem pacientes com a PA de 150/100 e essa pressão ser considerada aceitável porque aquele
paciente toma medicação. Diferente do paciente que não está em acompanhamento, não verifica a
pressão e está com a pressão alta. Com esse paciente é recomendado que seja feita uma avaliação
onde será definida o que vai ser feito com o paciente.

*Diretrizes nacionais e internacionais ela pulou. Fez alguns comentários.

Por muitos anos a hipertensão foi classificada como o aumento da pressão e que era hipertenso
aquele paciente que tinha a PA de 140/90 ou acima disso. Hoje a PA considerada hipertensa é de
130/80 porque eles querem trabalhar na prevenção. Trabalhos mostraram que pacientes diabéticos,
diagnosticados com diabetes, tomando medicação que deixaram de tomar medicação e baixaram o
nível de glicemia só com mudança no estilo de vida.

Esses padrões estão diminuindo pra que o paciente tenha consciência de que mudando os hábitos
ele pode manter aquele nível e não aumentar ou deixar de ser diabético. Os trabalhos mostraram
que muita gente que era pré diabéticos mudaram os hábitos de vida e conseguiram deixar de ser ou
continuar sendo pré diabéticos.

No seminário, mostrou a tabela, disse que gosta de colocar as duas tabelas. Na nacional a diretriz
coloca como hipertensão estágio 1 entre 140-149 a sistólica e entre 90-99 a diastólica. Já na
internacional a hipertensão estágio 1 é abaixo de 140.

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