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Aula 03

Português p/ Secretaria de Saúde-DF (com videoaulas)


Professor: Fabiano Sales
Língua Portuguesa para SES/DF
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales Aula 03

AULA 03

Olá, futuros servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal!

Continuando nosso curso de teoria e questões comentadas, apresentarei a


vocês as funções das classes de palavras (sintaxe da oração) e os processos
de coordenação e subordinação (sintaxe do período).

Para melhor orientá-los, apresento os assuntos explorados no decorrer deste


encontro:

TEMAS

01. Sintaxe da Oração


02. Termos Essenciais da Oração
03. Termos Integrantes da Oração
04. Termos Acessórios da Oração
05. Sintaxe do Período
06. Estudo do Período
07. Estudo das Orações

Para refletir: "Se você espera por condições ideais, nunca fará
nada." (Eclesiastes)
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SINTAXE DA ORAÇÃO

Antes de entrarmos no estudo das funções sintáticas propriamente ditas,


apresentarei alguns conceitos introdutórios e necessários ao nosso estudo, quais sejam:

Classificação Conceito Exemplos

Silêncio!
Não apresenta verbo. Por essa razão, não
Frase nominal
serve para a análise sintática. Que atitude bonita, meu
filho!

Apresenta verbo, podendo ter ou não Desejo que vocês


sentido completo. sejam aprovados.

Chorou copiosamente.

A frase pode ser:

Declarativa: expressa um fato. Vocês serão aprovados


no concurso.

Interrogativa: expressa pergunta ou dúvida. Que horas são?


(interrogativa direta)
Frase verbal
(ou Oração)
Gostaria de saber que
horas são. (interrogativa
O núcleo é um
indireta).
verbo ou uma
locução verbal
Imperativa: expressa ordem, pedido. Estude!

Exclamativa: expressa sentimento. Quão bonita é sua filha!

Optativa: expressa desejo. Passemos no concurso!

Sucesso!

Imprecativa: expressa praga, maldição. Maldito seja o árbitro


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daquela partida!

Vá para o inferno!

Expressão verbal de sentido completo,


Desejo que vocês
iniciado por letra maiúscula e encerrado por
Período sejam aprovados.
ponto final, de interrogação ou de
exclamação.

Feitas as considerações iniciais, passaremos ao estudo da sintaxe.


Primeiramente, estudaremos a sintaxe da oração, isto é, os termos essenciais,
integrantes e acessórios.

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SINTAXE DA ORAÇÃO

 ESSENCIAIS  sujeito e predicado

 INTEGRANTES  complemento verbal, complemento nominal e agente da


passiva

 ACESSÓRIOS  adjunto adverbial, adjunto adnominal e aposto

 Vocativo (termo independente da oração)

TERMOS ESSENCIAIS

Segundo a gramática tradicional, os termos essenciais da oração são sujeito e


predicado.

 SUJEITO

A gramática tradicional define sujeito como “o termo sobre o qual se faz uma
declaração”.
Pode ser definido, também, como o termo que pratica (voz ativa) ou sofre (voz
passiva) a ação verbal.

Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.

Aqui, apresento uma dica a vocês: para localizar o sujeito da oração, façam a
pergunta “Quem...?” ou “O que...?” ao verbo. Por exemplo, na frase “O aluno estuda seis
horas por dia.”, devemos perguntar “Quem estuda seis horas por dia ?”. A resposta obtida
será o sujeito da oração: “O aluno”.

É possível que o sujeito apareça posposto ao verbo. Portanto, tenham cuidado!

Exemplo: Estavam felizes aquelas moças.

Fazendo a pergunta “Quem...?” para o exemplo acima, obteremos a resposta


“aquelas moças”. Logo, este é o sujeito da oração.
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Outro aspecto digno de consideração é o núcleo do sujeito. O núcleo será a


palavra mais importante, pois será com ela que o verbo, em regra, concordará:
“O aluno (= Ele) estuda seis horas por dia”.

O núcleo do sujeito pode ter natureza substantiva (substantivo, palavra


substantivada, numeral substantivo ou pronome substantivo) ou verbal (oração subordinada
substantiva subjetiva – que caracteriza o sujeito oracional, isto é, aquele que contém verbo
em sua estrutura).

Exemplos:
João conversa muito. (João = substantivo  núcleo do sujeito)
O amar dá cor à vida. (amar = palavra substantivada  núcleo do sujeito)
Três é demais. (Três = numeral substantivo  núcleo do sujeito)
Ele é bom demais. (Ele = pronome substantivo  núcleo do sujeito)
É importante que você estude muito. (estude = verbo  núcleo do sujeito oracional)

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 PREDICADO

Já o predicado, outro termo essencial da oração, é definido como “tudo o que se


declara do sujeito”.

Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.

Uma vez encontrado o sujeito (“O aluno”), tudo o que sobra fará parte da estrutura
do predicado: “estuda seis horas por dia”.

Seguindo os demais exemplos apresentados acima, os respectivos predicados são:

João conversa muito. (conversa muito = predicado)


O amar dá cor à vida. (dá cor à vida = predicado)
Três é demais. (é demais = predicado)
Ele é bom demais. (é bom demais = predicado)
É importante que você estude muito. (É importante = predicado)

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

O sujeito pode ser:

 Simples – formado por apenas um núcleo.

Exemplo: João conversa muito.

Sujeito: João.
Núcleo do sujeito: João.

 Composto – formado por dois ou mais núcleos.

Exemplo: João e Maria conversam muito.

Sujeito: João e Maria.


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Núcleos do sujeito: João; Maria.

 Indeterminado – aquele que existe, mas que não é possível ser identificá-lo.

Exemplo: Falaram sobre os alunos.

O sujeito indeterminado ocorrerá com:

- verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja referência a sujeito expresso no
contexto.

Exemplo: Falaram sobre os alunos. (alguém praticou a ação de “falar”, mas, sem uma
referência expressa no contexto, não é possível identificá-lo)

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1ª) Quando houver referência expressa no contexto, ainda que o verbo esteja na
terceira pessoa do plural, o sujeito será determinado.

Exemplo: Os professores gostam desta turma. Falaram sobre os alunos. (o sujeito de


“falaram” é o termo “os professores”)

2ª) É importante observar que, quando a forma verbal estiver no imperativo, ainda
que não haja referência no contexto, o sujeito não será indeterminado, e sim
desinencial.

Exemplos: Falem sobre os alunos. (através da desinência número-pessoal “-m”, é


possível identificar o sujeito: “vocês”)

3ª) Com outras pessoas do discurso, não haverá sujeito indeterminado, e sim
desinencial.

Exemplo: Passaremos no concurso.

No exemplo acima, a desinência número-pessoal “-mos” indica que o sujeito é a


forma pronominal “nós”.

- verbo que, em regra, não seja transitivo direto e que esteja na terceira pessoa do
singular, acompanhado da partícula SE (indeterminação do sujeito).

Exemplo: Precisa-se de empacotadores. (alguém precisa de empacotadores, mas não é


possível fazer a identificação.)

Na frase acima, o verbo “precisar” é transitivo indireto, pois rege a preposição “de”
(alguém precisa DE algo). Sendo assim, ficará, obrigatoriamente, na terceira pessoa do
singular.

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A partícula SE (índice de indeterminação do sujeito) aparecerá com verbos


transitivos indiretos, intransitivos, de ligação ou transitivos diretos cujos objetos diretos
sejam preposicionados. Nestes casos, os verbos permanecerão sempre na terceira pessoa
do singular.

a) verbo transitivo indireto (verbo que exige, obrigatoriamente, o emprego de preposição


antes de seu complemento, chamado objeto indireto):

Precisa-se de empacotadores.
VTI I.I.S. OI

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Os verbos transitivos indiretos mais recorrentes em provas são: precisar, necessitar,


obedecer, desobedecer, aludir, anuir, referir-se, tratar-se.

Trata-se de problemas particulares.


VTI I.I.S. OI

Aludiu-se a diversas questões.


VTI I.I.S. OI

b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo):

Vive-se bem no Rio de Janeiro.


VI I.I.S. adj. adv. adjunto adverbial

c) verbo de ligação:

É-se feliz no Rio de Janeiro.


VL I.I.S. pred. suj. adjunto adverbial

d) verbo transitivo direto em que haja objeto direto preposicionado, ou seja, quando a
preposição não é regida pela forma verbal:

Comeu-se do bolo.
VTD I.I.S. ODP

Dica estratégica!

Na frase “Comeu-se do bolo.”, a preposição “de” não é exigida pelo verbo “comer”,
sendo empregada tão somente para a contribuição do sentido: alguém (que não é possível
identificar) comeu parte do bolo.
Conforme estudamos na aula sobre verbos, não será admitida a transposição de voz
verbal quando houver objeto direto preposicionado.

Notem, ainda, que a retirada da preposição “de” alteraria sintática semanticamente a


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estrutura da frase:

Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do bolo.)

índice de indeterminação do sujeito

Comeu-se o bolo. (sujeito: “o bolo” - voz passiva sintética – O bolo foi comido.)

pronome apassivador

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A partícula SE pode ser classificada, também, como parte integrante do verbo


(PIV).

Exemplo: Queixou-se da prova.


VTI PIV OI

Alguns alunos sempre me perguntam: “Professor, como saberei se a partícula SE é


parte integrante do verbo ou índice de indeterminação do sujeito?”.
Amigos e amigas, há um método prático: para diferençar as formas, tentem encaixar
o substantivo “João” antes do verbo. Se a frase não fizer sentido ou se este for alterado, a
partícula SE será índice de indeterminação do sujeito. Por outro lado, se a frase fizer
sentido, a partícula será parte integrante do verbo. Vamos visualizar na prática.

Exemplos:
Precisa-se de cozinheiro.

Queixou-se da prova.

Nos exemplos acima, ambos os verbos são transitivos indiretos, ou seja, exigem
objeto indireto como complemento. Tendo essa noção, tentaremos encaixar o substantivo
“João” nas frases.

(João) Precisa-se de cozinheiro.

Percebemos que, ao inserir o substantivo “João” no período acima, a frase não faz
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito.

Precisa-se de cozinheiro.
VTI I.I.S. OI

(João) Queixou-se da prova.

No período acima, a inserção do substantivo “João” não alterou o sentido da frase.


Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo.

Queixou-se da prova.
VTI PIV OI
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Outros exemplos:
Necessita-se de dinheiro.

Desculpou-se do ocorrido.

Novamente, nos exemplos acima, ambos os verbos são transitivos indiretos, ou


seja, exigem objeto indireto como complemento. Assim, tentaremos encaixar o substantivo
“João” nas frases.

(João) Necessita-se de dinheiro.

Percebemos que, ao inserir o substantivo “João” no período acima, a frase não faz
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito.

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Necessita-se de dinheiro.
VTI I.I.S. OI

(João) Desculpou-se do ocorrido.

No período acima, a inserção do substantivo “João” não alterou o sentido da frase.


Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo.

Desculpou-se do ocorrido.
VTI PIV OI

Outros exemplos:
Vive-se bem aqui.

Sentou-se na cadeira rapidamente.

Nos exemplos acima, ambos os verbos são intransitivos. Tendo essa noção,
tentaremos encaixar o substantivo “João” nas frases.

(João) Vive-se bem aqui.

Percebemos que, ao inserir o substantivo “João” no período acima, a frase não faz
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito.

Vive-se bem aqui.


VI I.I.S. adjuntos adverbiais

(João) Sentou-se na cadeira rapidamente.

No período acima, a inserção do substantivo “João” não alterou o sentido da frase.


Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo.

Sentou-se na cadeira rapidamente.


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VI PIV adj. adv. adj. adv.

1. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a palavra SE seja


apassivadora:

(A) "Acumular fortunas tornou-se mais importante."


(B) "...apela-se ao estado..."
(C) "Não se mede o fracasso do capitalismo."
(D) "O valor da empresa deslocava-se do parque industrial..."
(E) "...o mercado se arvora em árbitro..."

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Comentário: Conforme estudamos nas lições (inclusive na aula sobre verbos), a


partícula SE será apassivadora quando o houver for transitivo direto (a exceção
ocorre quando o objeto direto estiver preposicionado). De posse desse
conhecimento, vamos analisar as opções.

A) Resposta incorreta. No contexto em que se encontra, a forma verbal “tornar-se”


é de ligação. Portanto, não há voz passiva. Vejam que, ao inserir o substantivo
“João” antes do trecho “tornou-se mais importante”, a oração manteve o sentido.
Logo, o SE é parte integrante do verbo.
B) Resposta incorreta. No contexto em que está inserida, a forma verbal
“apelar-se” é transitiva indireta. Segundo a dica demonstrada na aula, vejam que, ao
inserir o substantivo “João” antes do trecho “apela-se ao Estado”, a oração não faz
sentido. Logo, o SE é índice de indeterminação do sujeito.
C) Resposta correta. Na frase “Não se mede o fracasso do capitalismo.", o verbo
“medir” é transitivo direto. Quando isso ocorrer, fiquem alerta: há grande
possibilidade de haver uma construção de voz passiva. No contexto em análise, o
sujeito “o fracasso do capitalismo” sofre a ação de ser medido. Temos, assim, uma
estrutura de voz passiva sintética (equivale dizer que “o fracasso do capitalismo não
é medido). Portanto, o SE é partícula apassivadora.
D) Resposta incorreta. Na frase "O valor da empresa deslocava-se do parque
industrial...", a partícula SE equivale à expressão a si mesmo (O valor da empresa
desloca a si mesmo do parque industrial...). Temos, portanto, um pronome
reflexivo.
E) Resposta incorreta. No contexto "... o mercado se arvora em árbitro...", a forma
verbal “arvorar-se” (proclamar, decretar) é transitiva indireta. Vejam que, ao inserir o
substantivo “João” antes do trecho “se arvora em árbitro”, a oração manteve o
sentido. Logo, o SE é parte integrante do verbo.

Gabarito: C.

 Inexistente – ocorre com verbos impessoais e que, por essa razão, deverão figurar,
em regra, na terceira pessoa do singular. O sujeito inexistente proporciona à oração a
classificação de oração sem sujeito.

O sujeito será inexistente nos seguintes casos:


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a) verbos que expressam fenômenos da natureza no sentido denotativo, dicionarizado.

Exemplo: Choveu durante o casamento. (sujeito inexistente ou oração sem sujeito)

Se o verbo for empregado no sentido conotativo, isto é, figurado, poderá ter um


sujeito.

Exemplo: Choveram flores durante o casamento.

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No exemplo “Choveram flores durante o casamento.”, o verbo “chover” está


empregado no sentido conotativo, devendo concordar com o sujeito “flores”. Nesse caso,
portanto, será pessoal.

b) verbo haver, no sentido de existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo pretérito.

Exemplos: No Estratégia Concursos, há alunos excelentes.

Em “No Estratégia Concursos, há alunos excelentes.”, o verbo haver é impessoal


(não apresenta sujeito). Na construção, a forma verbal “há” assume transitividade direta.
Logo, o termo “alunos excelentes” é objeto direto.

Os verbos existir, acontecer e ocorrer são pessoais, ou seja, devem concordar


com o sujeito da oração.

Exemplos: Existiam trezentas pessoas no local de prova. (trezentas pessoas = sujeito)


Aconteceram episódios fantásticos. (episódios fantásticos = sujeito)
Ocorreram muitos vazamentos radioativos. (muitos vazamentos radioativos = sujeito)

Há dois anos que não a vejo.

No exemplo “Há dois anos que não a vejo.”, o verbo haver foi empregado para
indicar tempo pretérito, passado. Logo, não terá sujeito.

c) verbos fazer, indicando tempo pretérito ou tempo da natureza.

Exemplo: Faz dois anos que não a vejo.


No ano passado, fez verões muito quentes no Brasil.

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d) verbo ser, indicando hora, distância ou datação.

Exemplos: Hoje são quatro de fevereiro. (o verbo “ser” concorda com o numeral “quatro”.)
Hoje é dia quatro de fevereiro. (o verbo “ser” concorda com o vocábulo “dia”.)
São doze horas e trinta minutos. (o verbo “ser” concorda com o numeral “doze”.)
É meio-dia e meia. (o verbo “ser” concorda com “meio-dia”.)
Da minha casa ao trabalho são vinte metros de distância. (o verbo “ser” concorda com o
numeral “vinte”)

e) verbos chegar e bastar, significando parar.

Exemplos: Chega de blá-blá-blá!


Basta de discussões!

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f) verbo ir + para (preposição), indicando tempo decorrido.

Exemplo: Vai para dois anos que eles passaram no concurso.

g) verbo passar + de (preposição), indicando tempo.

Ex.: Já passava das sete horas.

 Oracional – equivale a uma oração. Apresenta como núcleo uma estrutura


verbal, levando o verbo da oração subordinada à terceira pessoa do singular.

Exemplos:

É importante que você estude muito.

No período “É importante que você estude muito.”, o vocábulo em destaque é o


núcleo do sujeito. Como se trata de uma forma verbal, temos um caso de sujeito oracional

(equivale a uma oração subordinada substantiva subjetiva, classificação que estudaremos


adiante).
Para facilitar a análise, substituam a oração em destaque pelo demonstrativo “ISSO”:

ISSO é importante.
sujeito

Que você estude muito é importante.


sujeito oracional

Estudar e brincar é fundamental às crianças.

No período “Estudar e brincar é fundamental às crianças.”, os verbos em destaque


são o núcleo do sujeito. Como se trata de uma forma verbal, temos um caso de sujeito
oracional (novamente, equivale a uma oração subordinada substantiva subjetiva).
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Para facilitar a análise, substituam a oração em destaque pelo demonstrativo “ISSO”:

ISSO é fundamental às crianças.


sujeito

No exemplo acima, “Estudar e brincar” é o sujeito oracional. O verbo,


obrigatoriamente, deve permanecer na terceira pessoa do singular.

Para facilitar a análise, substitua oração por “ISSO”:

ISSO é fundamental às crianças.


sujeito

Estudar e brincar é fundamental às crianças.


sujeito oracional

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2. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “Tal atitude implicou a busca de maior transparência.


Era preciso assegurar ao cidadão amplo acesso a informações sobre o desempenho
da Justiça. Essas informações, lamentavelmente, não existiam ou eram imprecisas e
defasadas. O Judiciário, na verdade, não se conhecia.”
A respeito do trecho acima, analise o item a seguir:

I. O sujeito do primeiro verbo do segundo período é oracional.

Comentário: O trecho que compõe o segundo período é “Era preciso assegurar ao


cidadão amplo acesso a informações sobre o desempenho da Justiça”. Conforme
vimos nas lições, o sujeito será oracional quando apresentar verbo em sua estrutura. É o
que ocorre com o excerto “assegurar ao cidadão amplo acesso a informações sobre o
desempenho da Justiça”, cujo núcleo é a forma verbal “assegurar”. Para facilitar a
visualização do sujeito oracional, podemos substituir a oração em destaque pelo pronome
demonstrativo “isso”: ISSO era preciso (= Assegurar ao cidadão amplo acesso a
informações sobre o desempenho da Justiça era preciso). Portanto, o item está correto.

Gabarito: Correto.

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO

O predicado pode triparte-se em verbal, nominal ou verbo-nominal.

 Predicado verbal – é aquele que possui um verbo nocional (exprime ação,


fenômeno ou movimento) como núcleo. Em outras palavras, o predicado será
verbal quando houver formas verbais transitivas diretas, transitivas indiretas,
transitivas diretas e indiretas ou intransitivas. Das três classificações possíveis, é a
única que não contém predicativo (do sujeito ou do objeto).

Exemplos:
Os alunos fizeram a prova.

No exemplo acima, temos:

Os alunos  sujeito
alunos  núcleo do sujeito 02763616100

fizeram a prova  predicado verbal


fizeram  verbo transitivo direto (Fizeram o quê?) - núcleo do predicado verbal
a prova  objeto direto

Os alunos gostaram da prova.


No exemplo acima, temos:

Os alunos sujeito
alunos núcleo do sujeito
gostaram da prova predicado verbal
gostaram verbo transitivo indireto (Gostaram de quê?) - núcleo do predicado verbal
da prova objeto indireto

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Os alunos deram parabéns ao professor.

No exemplo acima, temos:

Os alunos sujeito
alunos núcleo do sujeito
deram parabéns ao professor predicado verbal
deram verbo transitivo direto e indireto - núcleo do predicado verbal
parabéns objeto direto
ao professor objeto indireto

Os alunos foram ao local de prova.

No exemplo acima, temos:


Os alunos sujeito
alunos núcleo do sujeito
foram ao local de prova predicado verbal
foram verbo intransitivo - núcleo do predicado verbal
ao local de prova adjunto adverbial de lugar

 Predicado nominal – é aquele que possui um nome (substantivo, adjetivo ou


pronome) como núcleo, ligado ao sujeito através de um verbo de ligação (não nocional). O
núcleo do predicado nominal é o predicativo, termo que proporciona qualidade, estado ou
característica.

Exemplos:
O rapaz está machucado.

No exemplo acima, temos:

O rapaz sujeito
está machucado predicado nominal
machucado núcleo do predicado nominal

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O professor ficou feliz com sua aprovação.

No exemplo acima, temos:

O professor sujeito
ficou feliz com sua aprovação predicado nominal
feliz núcleo do predicado nominal
com sua aprovação adjunto adverbial de causa

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1ª) Verbo de ligação (ou não nocional) é aquele que unicamente serve para atribuir
característica ou estado ao sujeito. Para que haja predicado nominal, é imprescindível a
presença de um predicativo.

Exemplos: O rapaz está machucado. / O professor é extrovertido.

Caso não apareça o predicativo, o predicado não será nominal, e sim verbal.

Exemplo: O rapaz está aqui. (aqui = adjunto adverbial de lugar)

Na oração “O rapaz está aqui.”, o verbo “estar” é intransitivo. Logo, o predicado é


verbal.

2ª) O verbo de ligação pode expressar alguns aspectos.

Exemplos:

O candidato é dedicado. (aspecto: permanência)


O candidato está focado. (aspecto: transitoriedade)
O candidato parece entusiasmado. (aspecto: aparência)

Importante!

Predicativo é a qualidade, estado ou característica atribuída ao sujeito ou ao


objeto.

Exemplos:
O candidato é dedicado.

No exemplo acima, a forma verbal “é” deve ser classificada como verbo de
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ligação. Por consequência, “dedicado” será o predicativo do sujeito.

 Predicado verbo-nominal – é a mistura dos predicados verbal e nominal, ou


seja, aquele que apresenta dois núcleos: um verbo (transitivo ou intransitivo) e um
nome (predicativo do sujeito ou do objeto).

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Exemplo:

O candidato fazia a prova tenso.

No exemplo acima, temos dois núcleos: o verbo “fazer” (transitivo direto) e o


nome “tenso” (predicativo do sujeito, que atribui a este um estado).

O candidato  sujeito
fazia a prova tenso  predicado verbo-nominal
fazia  verbo transitivo direto: núcleo do predicado verbo-nominal
a prova  objeto direto
tenso  predicativo do sujeito: núcleo do predicado verbo-nominal

Para facilitar a análise, encaixem o verbo “estar” antes do predicativo: O


candidato fazia a prova (e estava) tenso.

Os candidatos saíram cansados da prova.

No exemplo acima, temos dois núcleos: o verbo “sair” (transitivo direto) e o


nome “cansados” (predicativo do sujeito, que atribui a este um estado).
Para facilitar a análise, encaixem o verbo “estar” antes do predicativo: Os
candidatos saíram da prova (e estavam) cansados.

3. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) “Não vale a pena, nessa conjuntura, fragilizar o


governo e sua política externa, como se fosse possível tornar esta matéria
elemento decisivo para o jogo eleitoral para daqui a dois anos.” A respeito do
trecho acima, analise os itens a seguir:

I. O sujeito do primeiro verbo do trecho é oracional.

II. O termo elemento decisivo tem função de predicativo do objeto.

III. O sujeito do verbo no subjuntivo é oracional.


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Comentário: Vamos analisar os itens.

I. Correto. O trecho “Não vale a pena, nessa conjuntura, fragilizar o governo e sua
política externa” apresenta o termo em destaque como sujeito. Fazendo a pergunta
“O que não vale a pena?”, obteremos o sujeito a partir da resposta “fragilizar o
governo e sua política externa”. Como há verbo na estrutura, o excerto em destaque
desempenha a função de sujeito oracional, ou seja, equivalente a uma oração.
II. Correto. No trecho “(...) tornar esta matéria elemento decisivo (...)”, a forma
verbal “tornar” é transitiva direta, exigindo como complemento direto a expressão
“esta matéria”. Por sua vez, o termo “elemento decisivo” é uma característica do
objeto direto, desempenhando, portanto, a função de predicativo do objeto.
III. Correto. O item fez menção à forma verbal “fosse”, empregada no subjuntivo. No
contexto em que se encontra, o verbo é de ligação. Fazendo a pergunta “O que é

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possível?”, a resposta será o sujeito: “tornar esta matéria elemento decisivo para o
jogo eleitoral para daqui a dois anos”. Como há verbo na estrutura, o sujeito é
oracional. Para facilitar a visualização, podemos substituí-lo pelo pronome
demonstrativo “isso”: Como se ISSO fosse possível (= Como se tornar esta matéria
elemento decisivo para o jogo eleitoral para daqui a dois anos fosse possível).

Gabarito: Todos os itens estão corretos.

4. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “(...) Ora, o simples fato de o país ter


percebido, estupefato, que houve 409.000 interceptações telefônicas
autorizadas (...).”
A respeito do excerto acima, analise o item a seguir.

I. O termo estupefato exerce a função de predicativo do sujeito.

Comentário: O termo “estupefato” apareceu intercalado no período do enunciado,


razão por que foi isolado por vírgulas. No excerto em que se encontra, atribui uma
característica, uma qualidade ao substantivo “país”, sujeito da oração. Portanto,
desempenha a função de predicativo do sujeito.

Gabarito: Correto.

TERMOS INTEGRANTES

Os termos integrantes da oração são os complementos verbais (objeto


direto e objeto indireto), agente da passiva e complemento nominal.
Por definição, os complementos verbais completam o sentido de verbos
transitivos, podendo ser:

 Objeto direto – complemento de verbo transitivo direto, isto é, liga-se ao


verbo sem a obrigatoriedade de preposição.
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Exemplo: Comprei flores.

No exemplo acima, temos:

sujeito desinencial eu (marcado pela desinência número-pessoal “-i”)


predicado  comprei flores
núcleo do predicado verbal  comprei (verbo transitivo direto  não rege
preposição)
objeto direto  flores

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Dica estratégica!

O núcleo do objeto direto pode ter base substantiva (substantivo,


palavra/expressão substantivada ou pronome) ou verbal (oração subordinada
substantiva objetiva direta – que caracteriza o objeto direto oracional).

Exemplos:
Comprei flores. (flores = substantivo  núcleo do objeto direto)
Encontrei você. (você = pronome  núcleo do objeto direto)
Desejo que você estude muito. (estude = verbo  núcleo do objeto direto
oracional)

Em certos casos, ainda que o verbo não exija o emprego de preposição, esta
poderá anteceder o objeto direto com a finalidade de clareza e de estilo. É o que
chamamos de objeto direto preposicionado.

Exemplo: Comeu-se do bolo. (Comeu-se parte do bolo.)

No exemplo acima, “do bolo” é objeto direto preposicionado. A preposição foi


empregada não pela exigência do verbo “comer”, mas sim para contribuição do
sentido.

E quando deve ser empregado o objeto direto preposicionado? Vejam:

- com verbos que expressam sentimentos.

Exemplo: Amo a Deus e a meus familiares. (a preposição proporciona estilo à


frase.)
- para evitar ambiguidade.

Exemplo: Venceu o Flamengo o Vasco. (frase ambígua)

A ordem direta da frase acima seria “O Vasco venceu o Flamengo”.


Entretanto, como não houve o emprego da ordem direta, cuja estrutura é
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“sujeito + verbo + complemento + adjunto adverbial”, foi necessário empregar a


preposição para evitar a ambiguidade do período:

Venceu ao Flamengo o Vasco. (= O Vasco venceu o Flamengo.)

- para realçar uma parte.

Exemplos: Ele comeu do bolo. (Ele comeu parte do bolo.)


O policial sacou da arma. (O policial sacou parte da arma.)

O objeto direto pode aparecer repetido na frase. É o que chamamos de


objeto direto pleonástico.

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Exemplo: A prova, entregue-a ao professor amanhã.

No exemplo “A prova, entregue-a ao professor amanhã.”, a forma pronominal


oblíqua “a” repete o objeto direto “A prova”. Por essa razão, é classificado como
objeto direto pleonástico.

 Objeto indireto – complemento de verbo transitivo indireto, isto é, ligado ao


verbo com a obrigatoriedade de preposição.

Exemplos:
Nós gostamos de doce.

Na frase acima, o verbo “gostar” rege a preposição “de”, a qual deve ser
obrigatoriamente empregada (Gostamos DE quê?).

Confio em sua aprovação.


No período “Confio em sua aprovação.”, o verbo “confiar” exige a preposição
“em”. Por essa razão, “em sua aprovação” será objeto indireto.

Dica estratégica!

O núcleo do objeto indireto pode ter base substantiva (substantivo,


palavra/expressão substantivada ou pronome) ou verbal (oração subordinada
substantiva objetiva indireta – que caracteriza o objeto indireto oracional).

Exemplos:
Obedecemos às ordens. (ordens = substantivo núcleo do objeto indireto)
Fiz uma pergunta a você. (você = pronome núcleo do objeto indireto)
Necessitamos de que você estude muito. (estude = verbo núcleo do objeto
indireto oracional)

O objeto indireto pode aparecer repetido na estrutura frasal. É o que


chamamos de objeto indireto pleonástico.
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Exemplo: Ao guarda, devemos obedecer-lhe.

Em “Ao guarda, devemos obedecer-lhe.”, o pronome oblíquo “lhe” repete o


objeto indireto “Ao guarda”. Por isso, é classificado como objeto indireto
pleonástico.

São muitas informações. Ufa!

Vamos praticar um pouco.

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5. (FGV-2008/Senado) "A propósito, convém recordar que o Ministério da


Justiça realizou...". Assinale a alternativa em que o termo indicado exerça, no
texto, a mesma função sintática que recordar.

(A) ... a ordem econômica consagrou princípios vitais...


(B) ... a obra iniciada, que pressupõe a realização das reformas políticas...
(C) ... o Ministério realizou levantamento...
(D) ... realizou levantamento de que resultou a publicação do livro "Leis a Elaborar".
(E) ... ofereceu ao povo a mais ampla Carta dos direitos individuais e coletivos...

Comentário: Vamos analisar as opções.

A) Resposta incorreta. O termo “princípios vitais” é complemento do verbo


transitivo direto “consagrar”. Sendo assim, desempenha a função de objeto direto.
B) Resposta incorreta. A expressão “a realização das reformas políticas”
complementa o sentido do verbo “pressupor”. Por essa razão, é objeto direto.
C) Resposta incorreta. O verbo “realizar” é transitivo direto, exigindo o termo
“levantamento” (objeto direto).
D) Resposta correta. A expressão “a publicação do livro “Leis a Elaborar” é sujeito
da forma verbal “resultou” (= A publicação do livro “Leis a Elaborar” resultou ...).
E) Resposta incorreta. A forma verbal “ofereceu” é transitiva direta e indireta.
Sendo assim, rege dois complementos verbais. A expressão destacada na assertiva
desempenha a função de objeto direto.

Gabarito: D.

6. (FGV-2008/Inspetor Polícia Civil-RJ) “Acompanha a expulsão uma


“interdição de entrada” em todo o território coberto pela diretiva, que pode
durar cinco anos ou até se prolongar indefinidamente.”
Assinale a alternativa em que o termo exerça função sintática idêntica à de
uma "interdição de entrada".

(A) De ardilosa redação, a norma, a um só tempo, refere os direitos humanos e


institucionaliza sua violação sistemática.
(B) ... há espaços isolados denominados...
(C) um Estado pode prender e expulsar um menor desacompanhado só porque...
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(D) Concluída a fusão dos mercados, em vez de rumar para a integração política e
consolidar seu protagonismo na cena mundial.
(E) Razão a mais para acreditar que cabe ao Sul, e particularmente ao plural Brasil,
a invenção de novos modelos...

Comentário: Na ordem direta, a construção do enunciado seria “Uma interdição de


entrada acompanha a expulsão em todo o território. Assim, fica mais fácil identificar
a função sintática de cada elemento:

Uma interdição de entrada sujeito


acompanha verbo transitivo direto
a expulsão objeto direto
em todo o território adjunto adverbial de lugar

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Nas opções apresentadas, o único elemento destacado que exerce a função


de sujeito é “a invenção de novos modelos”, situado na assertiva E: “A invenção
de novos modelos cabe ao Sul.
Na demais assertivas, os trechos em destaque exercem a função de objeto
direto, sendo complementos dos verbos “institucionalizar”, “haver”, “expulsar” e
“consolidar”.

Gabarito: E.

Texto para a questão 7.

Financiamento de partidos políticos

O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi


aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor,
R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à
arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão
para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito
simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha.
Evidentemente, R$ 300 milhões é um custo irrisório para a consolidação da
democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo partidário é utilizado
de forma pouco transparente e, algumas vezes, desviado dos propósitos originais
de fortalecimento do partido. Enfim, as máquinas partidárias muitas vezes se tornam
aparelhos ou feudos controlados por poucos e financiados por todos nós.
Seria uma verba bem utilizada se fosse integralmente destinada ao
fortalecimento da instituição e não ao pagamento de dívidas de campanhas, que
devem ser bancadas de forma específica. Aliás, o melhor para a democracia seria
separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. Tais verbas
deveriam estar claramente separadas e não poderiam se comunicar.
Minha proposta é a de que o fundo partidário seja composto por uma quantia
mínima para o partido manter uma estrutura básica. O resto deve ser obtido na
militância, com base em atividades voltadas para a arrecadação de fundos. Partidos
devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas
propostas.
Não é o caso hoje. Os partidos políticos transferem sua existência para o
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Congresso e só acordam às portas das eleições. Ficam hibernando à espera do


momento eleitoral quando deveriam estar em praça pública em busca de militantes
e se expondo ao debate.
No caso das campanhas eleitorais, a solução deve ser mais radical ainda.
Nenhum dinheiro público nem de empresas poderia ser utilizado. A campanha
deveria ser articulada com contribuições de cidadãos a partir de um limite universal.
Todos podem contribuir até um determinado valor e declarar a doação na Justiça
Eleitoral.
Ambas as propostas visam trazer partidos e candidatos para as ruas,
oferecendo suas propostas e buscando recursos para a sua existência e para as
campanhas eleitorais. É um modo de os partidos e candidatos se encontrarem com
a cidadania em bases regulares.

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Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o


permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir – de verdade – em
bases cotidianas. Devem promover eventos, debater propostas, acompanhar a
gestão dos governos, discutir o exercício do poder. E não ser meros instrumentos
de tomada do poder. No caso dos partidos políticos brasileiros, existe um agravante.
Por conta de nossa herança patrimonialista, as organizações partidárias surgiram,
em sua grande maioria, de dentro das estruturas do Estado.
Assim, a tarefa de mobilizar os cidadãos e cobrar coerência ideológica dos
eleitores e lideranças políticas é ainda mais complexa. Além de parcelas
expressivas da sociedade estarem excluídas do debate político pelas mais variadas
razões, o custo de fazer política é alto se comparado com os benefícios que ela
pode trazer para o seu dia a dia.
Obviamente, minhas propostas são românticas e inviáveis no atual momento
da política nacional. No entanto, a questão do Ficha Limpa começou de forma
inviável e romântica e, aos poucos, ganhou corpo e prosperou. O certo é que a
questão do financiamento de partidos e de campanhas é essencial para o futuro da
nossa democracia e deve ser objeto de séria reflexão.

(Murillo de Aragão. Página 20, 21/1/2011)

7. (FGV-2011/TRE-PA) Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão


extraordinária a dotação dos partidos?
Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica ao
do termo grifado no período acima.

(A) as dívidas de campanha.


(B) meros instrumentos de tomada do poder
(C) um agravante
(D) aparelhos ou feudos
(E) suas propostas

Comentário: No enunciado, a forma verbal “aumentar” é transitiva direta, antecedida


da partícula apassivadora SE. Logo, a expressão “a dotação dos partidos”
desempenha a função de sujeito paciente. A estrutura é equivalente a “para que
seja aumentada (...) a dotação dos partidos”.
Entre as opções apresentadas, o único elemento que exerce a função de
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sujeito é “um agravante”, localizado na assertiva C. No trecho “No caso dos partidos
políticos brasileiros, existe um agravante”, o verbo “existir” é intransitivo, e o
elemento “um agravante”, sujeito: “Um agravante existe (...)”.
Nas demais assertivas, as funções dos elementos destacados são as
seguintes:

A) as dívidas de campanha – objeto direto


B) meros instrumentos de tomada do poder – predicativo do sujeito
D) aparelhos ou feudos – predicativo do sujeito
E) suas propostas – objeto direto

Gabarito: C.

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AGENTE DA PASSIVA

Agente da passiva - termo que pratica a ação na voz passiva. Sempre será
introduzido pelas preposições de ou por (ou pela contração da preposição arcaica
“per” + artigo definido “o”, “a”, “os”, “as” = pelo, pela, pelos, pelas).

Exemplos:

Ayrton Senna foi ovacionado por todos os presentes. (voz passiva)

Na voz ativa, teremos “Todos os presentes ovacionaram Ayrton Senna”.

Ayrton Senna foi ovacionado pelos presentes. (voz passiva)

Na voz ativa, teremos “Os presentes ovacionaram Ayrton Senna”.

Ayrton Senna é estimado de todos os brasileiros. (voz passiva)

Na voz ativa, teremos “Todos os brasileiros estimam Ayrton Senna”.

COMPLEMENTO NOMINAL

Complemento nominal – termo sempre regido de preposição que


complementa a ideia de um nome. Relaciona-se a adjetivos, substantivos abstratos
ou advérbios.

Para memorizar, gravem a palavra A S A :

A djetivo - Ele age igual a você.


complemento nominal
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S ubstantivo abstrato - Não tenho interesse por você.


complemento nominal

A dvérbio - Moro próximo a você.


complemento nominal

Comentando os exemplos:

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Ele age igual a você.

Em “Ele age igual a você.”, o termo “a você” complementa a ideia do adjetivo


“igual”. Por essa razão, deve ser classificado como complemento nominal.

Não tenho interesse por você.

Em “Não tenho interesse por você.”, a expressão “por você” complementa a


ideia do substantivo “interesse”. Logo, deve ser classificado como complemento
nominal.

Moro próximo a você.

No exemplo acima, “a você” complementa a ideia do advérbio “próximo”.


Sendo assim, deve ser classificado como complemento nominal.

TERMOS ACESSÓRIOS

O adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto são os termos


acessórios da oração. Vejamos cada um deles.

ADJUNTO ADNOMINAL

Adjunto adnominal – termo de função adjetiva e que, por isso, caracteriza


ou delimita o substantivo.
A função de adjunto adnominal será exercida por artigo, adjetivo, numeral
adjetivo, pronome adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva.

Para memorizar, gravem a palavra P L A N A :

P ronome adjetivo – Aqueles alunos passarão no concurso.


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L ocução adjetiva – Os alunos de Brasília passarão no concurso.

A rtigo – Os alunos passarão no concurso.

N umeral adjetivo – Trezentos alunos passarão no concurso.

A djetivo – Os alunos brasilienses passarão no concurso.

Oração adjetiva – Os alunos que moram em Brasília passarão no


concurso.

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Complemento nominal X Adjunto adnominal

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Os pronomes oblíquos o, a, os, as e as formas lo, la, los, las exercem a


função de objeto direto.
Exemplos: Criei um método. (= Criei-o.)
Fizemos o trabalho. (= Fizemo-lo.)
Já as formas pronominais lhe, lhes podem exercer a função de objeto
indireto, adjunto adnominal ou complemento nominal.
Exemplos:

Pedi uma dica ao professor. (= Pedi-lhe uma dica. ou Pedi uma dica a ele.)

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Em “Pedi-lhe uma dica.”, o pronome “lhe” é complemento indireto do verbo
“pedir”. Portanto, é objeto indireto.

Amanda é fiel a ele. (= Amanda é-lhe fiel.)


Em “Amanda é-lhe fiel.”, o pronome “lhe” é empregado com verbo de ligação,
complementando o sentido do adjetivo “fiel”. Logo, é complemento nominal.

Pisei o pé dele. (Pisei-lhe o pé.)

Em “Pisei-lhe o pé.”, o pronome “lhe” equivale ao pronome possessivo “seu”,


ou seja, indica posse. Portanto, é adjunto adnominal.

8. (FGV-2008/Senado) "Entretanto, após algumas décadas de excessivo


crescimento dos gastos governamentais e da crise financeira que se abateu
sobre inúmeros governos..."
Assinale a alternativa que indique corretamente a quantidade de
complementos nominais no trecho acima:

(A) nenhum
(B) dois
(C) um
(D) três
(E) quatro

Comentário: Conforme vimos nas lições, o complemento nominal sempre é regido


de preposição e relaciona-se a adjetivos, substantivos abstratos e advérbios. No
trecho “décadas de excessivo crescimento”, a expressão destacada não apresenta
ideia passiva. Logo, desempenha a função de adjunto adnominal. Por fim, a mesma
situação se apresenta no excerto “crescimento dos gastos e da crise”, ou seja, como
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não há ideia de passividade, não há complemento nominal. Portanto, o termo


destacado é adjunto adnominal.

Gabarito: A.

9. (FGV-2008/Senado) "Que provocou o maior desastre fiscal da história


brasileira, induzindo a disparada do déficit público, da dívida interna e da
carga tributária".
No trecho acima, em relação às ocorrências de complemento nominal, é
correto afirmar que há:

(A) três
(B) quatro
(C) duas

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(D) uma
(E) zero

Comentário: Complemento nominal é o termo que apresenta relação com o nome


(adjetivo, substantivo abstrato e advérbio). No excerto apresentado no enunciado,
não há complementos nominais. Vejam que o termo destacado em “desastre fiscal
da história brasileira” limita o nome “desastre” e contém ideia ativa. Portanto,
desempenha a função de adjunto adnominal. No trecho “disparada do déficit
público, da dívida externa e da carga tributária”, os termos em destaque relacionam-
-se ao nome “disparada”, apresentando ideias ativas. Logo, também exercem a
função de adjunto adnominal.

Gabarito: E.

10. (FGV-2008/Senado) "A ordem econômica consagrou princípios vitais: a


função social da propriedade, as garantias de livre concorrência, a defesa do
consumidor e do meio ambiente e o tratamento fiscal simplificado para micro,
pequenas e médias empresas."
Há, no trecho acima:

(A) três complementos nominais.


(B) dois complementos nominais.
(C) cinco complementos nominais.
(D) quatro complementos nominais.
(E) seis complementos nominais.

Comentário: Quando houver menção a complementos nominais, procurem, de


imediato, termos preposicionados. Em “a função social da propriedade”, há ideia de
posse. Logo, o termo destacado é adjunto adnominal. O mesmo ocorre no trecho
“as garantias de livre concorrência”, ou seja, o termo destacado também apresenta
ideia de posse, desempenhando, portanto, a função de adjunto adnominal. Por sua
vez, no trecho “a defesa do consumidor e do meio ambiente”, os termos destacados
relacionam-se ao substantivo abstrato “defesa” e apresentam ideia passiva (O
consumidor e o meio ambiente são defendidos). Dessa forma, desempenham a
função de complemento nominal. Por fim, no trecho “tratamento fiscal simplificado
para micro, pequenas e médias empresas”, também há ideia de passividade, pois
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as empresas recebem o tratamento. Logo, desempenha a função de complemento


nominal.

Gabarito: A.

11. (FGV-2008/Senado) "Esse pacto... tornou possível a passagem do regime


autoritário para o Estado democrático de Direito."
Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica à
de possível.

(A) ... os juizados especiais, que aproximaram a Justiça da população e tornaram


mais ágeis as decisões de interesse...
(B) ... a inserção de matérias inassimiláveis...

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(C) A ordem econômica consagrou princípios vitais...


(D) A Constituição ofereceu ao povo brasileiro a mais ampla Carta de direitos
individuais e coletivos...
(E) Esse pacto, talvez o mais importante de nossa história...

Comentário: Para facilitar a identificação da função sintática, vamos transcrever o


período do enunciado na ordem direta: Esse pacto tornou a passagem (...) possível.
Assim, percebemos que o adjetivo “possível” atribui uma característica ao objeto
direto “a passagem”. Logo, desempenha a função de predicativo do objeto.
A mesma função sintática é encontrada na assertiva A. Transcrevendo o
período na ordem direta (“Os juizados especiais tornaram as decisões mais ágeis
(...)”), percebemos que o adjetivo “ágeis” atribui uma característica ao objeto “as
decisões”. Portanto, desempenha a função de predicativo do objeto.
Nas demais opções, as funções sintáticas são as seguintes:

B) ... a inserção de matérias inassimiláveis... – adjunto adnominal


C) A ordem econômica consagrou princípios vitais... – adjunto adnominal
D) A Constituição ofereceu ao povo brasileiro a mais ampla Carta de direitos
individuais e coletivos... – adjunto adnominal
(E) Esse pacto, talvez o mais importante de nossa história... – aposto explicativo

Gabarito: A.

ADJUNTO ADVERBIAL

Adjunto adverbial – termo que modifica adjetivo, verbo ou advérbio e, até


mesmo, uma oração inteira.

Para memorizar, gravem a palavra A V A :

A djetivo – Eu sou bastante tranquilo.

V erbo – Na faculdade, eu estudava muito. 02763616100

A dvérbio – Você escreve muito bem.

Certamente vocês gabaritarão a prova de língua portuguesa.

CLASSIFICAÇÃO

Para efeito de prova, o mais importante é a ideia que o adjunto adverbial transmite.
Vejamos algumas:

- causa : O mendigo morreu de fome.

- companhia : A esposa viajou com minha sogra.

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- negação: Vocês não serão reprovados.

- afirmação: Certamente vocês gabaritarão a prova de língua portuguesa.

- dúvida: Provavelmente vocês gabaritarão todas as questões.

- finalidade: Visitou o restaurante para fiscalização.

- instrumento: Escrevi a prova a lápis.

- intensidade: Gosto muito de vocês.

- lugar: Passamos as férias em casa.

- meio: Viajarei para a Europa de avião.

- modo: Fez a prova apressadamente.

- tempo: Estudarei à noite.

- concessão: Sem fazer a inscrição, não faremos a prova.

12. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) "O Estado pode considerar desnecessária a


tradução dos documentos..." No trecho acima, o termo destacado exerce
função sintática de:

(A) adjunto adnominal


(B) adjunto adverbial
(C) complemento nominal 02763616100

(D) predicativo do sujeito


(E) predicativo do objeto.

Comentário: Transcrevendo o período do enunciado na ordem direta, temos “O


Estado pode considerar a tradução dos documentos desnecessária (...)”.
Percebemos, assim, que o adjetivo “desnecessária” atribui uma característica ao
objeto direto “a tradução dos documentos”. Portanto, desempenha a função de
predicativo do objeto.

Gabarito: E.

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APOSTO

Aposto – termo de natureza substantiva ou pronominal que explica,


esclarece ou resume um elemento.

O aposto pode ser:

 Explicativo – por definição, é usado para explicar um termo. Na frase,


aparece entre vírgulas, travessões ou parênteses.

Exemplo: Pelé, o rei do futebol, fez mais de mil gols.


Pelé – o rei do futebol – fez mais de mil gols.
Pelé (o rei do futebol) fez mais de mil gols.

 Especificativo (ou apelativo) – liga-se a um substantivo para indicar-lhe sua


espécie. Não é separado por vírgulas, travessões ou parênteses.

Exemplos: O rio Amazonas é um dos maiores do mundo.


A cidade de Londres é linda.

 Enumerativo – desenvolve o termo anterior.

Exemplo: Gabaritei as seguintes disciplinas: Direito Constitucional, Direito


Administrativo e Língua Portuguesa.
Convidamos os seguintes amigos: Carlos, Ana Carolina e Denise.

 Resumitivo (ou recapitulativo) – por definição, recapitula/resume o que foi


mencionado anteriormente.

Exemplos: Gritos, festas, batuques: nada desviava seu foco.

 Distributivo – referem-se a elementos no texto.


Exemplo: Vasco e Fluminense são dois grandes clubes de futebol: este foi campeão
brasileiro em 2010 e aquele vencerá o brasileirão de 2012.
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Dicas estratégicas!

1ª) O aposto também pode ser oracional, isto é, ter um verbo em sua
estrutura.

Exemplos: Desejo o seguinte: que vocês sejam aprovados no concurso.


aposto oracional

Contou-nos a verdade: não a amava mais.


aposto oracional

2ª) O aposto pode referir-se a uma oração inteira.

Exemplo: Vocês gabaritarão as questões, o que me deixará muito feliz.

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Na frase acima, o pronome demonstrativo “o” exerce a função de aposto, referindo-


-se à oração “Vocês gabaritarão as questões”.

Vocês estudam com muita determinação, o que é admirável.

Na frase acima, o pronome demonstrativo “o” exerce a função de aposto, referindo-


-se à oração “Vocês estudam com muita determinação”.

O VOCATIVO

Vocativo – termo que indica um chamamento. Não está ligado diretamente a outros
termos da oração.

Exemplos:

Candidatos, estudem para a prova.


Estudem, candidatos, para a prova.
Estudem para a prova, candidatos.
Professor, posso entrar na sala?
Posso entrar na sala, professor?

Dica estratégica!
Aposto e vocativo não se confundem. Para facilitar a diferenciação, o vocativo
admite o emprego da interjeição “Ó”, sendo um diálogo. O aposto, por não admite o
emprego da mencionada interjeição, caracterizando uma declaração.
Exemplos:

(Ó) Professor Fabiano, posso entrar ? (É um diálogo. Logo, “Professor Fabiano” é um


vocativo.)
Fabiano, professor de língua portuguesa, gosta do que faz. (É uma declaração. Logo,
“professor de língua portuguesa” é um aposto.)

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13. (FGV-2008/Senado) No texto, à União (A Carta Magna... atribuiu o


pertencimento delas à União e conferiu as Estados...) exerce a função de
sintática de:

(A) adjunto adverbial.


(B) objeto indireto.
(C) adjunto adnominal.
(D) complemento nominal.
(E) agente da passiva.

Comentário: Para facilitar a identificação das funções sintáticas, transcreveremos o


período na ordem direta: “A Carta Magna atribuiu o pertencimento (...) à União (...)”.
Assim, percebemos mais nitidamente que o verbo “atribuir”, no contexto, possui
transitividade direta e indireta, ou seja, rege dois complementos: “o pertencimento”

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(objeto direto) e “à União” (objeto indireto). Portanto, a letra B é o gabarito da


questão.

Gabarito: B.

14. (FGV-2010/CODESP) “O ensino técnico profissionalizante de fato precisa


hoje correr contra o relógio, pois, se persistir a falta de pessoal qualificado, as
oportunidades acabam definitivamente perdidas pela desistência dos
potenciais empregadores.”
O termo sublinhado no período acima exerce a função sintática de:

(A) adjunto adverbial.


(B) agente da passiva.
(C) complemento nominal.
(D) adjunto adnominal.
(E) objeto indireto.

Comentário: Questão perigosíssima. À época, muitos candidatos marcaram a


alternativa B (agente da passiva) em virtude da preposição “pelo”. Entretanto,
veremos que assinalar essa opção foi um erro. Nas lições, vimos que o agente da
passiva é aquele que pratica a ação verbal, o que não se enquadra no caso em
análise. A expressão “pela desistência dos potenciais empregadores” denota a
causa, o motivo de “as oportunidades acabarem”. Podemos transcrever o trecho da
seguinte forma: “As oportunidades acabam perdidas por causa da desistência dos
potenciais empregadores”. Logo, o trecho destacado no enunciado é adjunto
adverbial de causa.

Gabarito: A.

15. (IADES-2014/EBSERH-UFBA/Advogado) No período “O trabalho, no


decorrer da história, foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano.”, o
uso das vírgulas justifica-se para:

(A) marcar a intercalação do adjunto adverbial.


(B) marcar a inversão do adjunto adverbial.
(C) marcar a elipse do verbo.
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(D) isolar o aposto.


(E) marcar uma enumeração.

Comentário: A questão abordou o emprego dos sinais de pontuação. Entretanto,


para resolvê-la, é imprescindível que tenhamos o conhecimento de aspectos
sintáticos. No período “O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando (...)”, o
sintagma “no decorrer da história” exerce a função de adjunto adverbial (de tempo).
Na sentença, a posição originária deste constituinte é o final do período.
Contudo, percebemos que houve uma intercalação desse sintagma, o que valida a
letra (A) como resposta da questão.
Vale destacar que, caso a sentença fosse reescrita na ordem direta, ou seja,
obedecendo à progressão ‘sujeito – verbo – complemento – adjunto’, teríamos “O
trabalho foi ocupando a maior parte do tempo d ser humano no decorrer da história”.

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Ademais, quando o adjunto adverbial estiver em sua posição originária (final do
período), o emprego da vírgula é facultativo. Logo, estariam corretas as seguintes
construções:

O trabalho foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano no decorrer da


história.

O trabalho foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano, no decorrer da


história.

Ainda em conformidade com os cânones gramaticais, caso o sintagma


figurasse no início do período, deveria ser isolado por uma vírgula, resultando na
reescrita “No decorrer da história, o trabalho foi ocupando a maior parte do tempo
do ser humano”. Vejam, portanto, como a banca poderia explorar este assunto de
variadas formas. Veremos esta temática com mais detalhes na aula sobre
pontuação.

Gabarito: A.

16. (IADES-2014/EBSERH-UFBA/Advogado-Adaptada) Quanto aos aspectos


gramaticais do texto, analise a afirmação a seguir.

I. Na oração “As empresas enfrentam o assédio cada vez mais psicológico,


assédio moral, assédio sexual e outras formas de violência psicológica.”, o
termo destacado é um objeto indireto.

Comentário: No contexto, o verbo ‘enfrentar’ é transitivo direto, exigindo, por


conseguinte, um objeto direto como complemento. Essa função é exercida pelo
sintagma “o assédio cada vez mais psicológico”, bem como pelos segmentos
“assédio moral”, “assédio sexual” e “outras formas de violência psicológica”, demais
constituintes da enumeração. Portanto, a afirmação da banca está incorreta.

Gabarito: Errada.

17. (IADES-2014/EBSERH-UFRN/Advogado) Quanto às questões sintáticas e


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às relação de sentido entre os termos da oração “Sempre é hora de combater


a dengue.”, assinale a alternativa correta.

(A) O deslocamento do adjunto adverbial “Sempre” para depois do adjunto


adnominal “a” preserva o sentido original do texto.
(B) O sujeito da oração é “hora”.
(C) Caso fosse necessário substituir o termo “a dengue” por um pronome, a nova
redação poderia ser Sempre é hora de combater-lhe.
(D) No contexto, o verbo ser funciona excepcionalmente como transitivo indireto,
cujo complemento é “de combater”.
(E) O termo “a dengue” é objeto direto.

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Comentário: Nosso gabarito é a assertiva (E). No contexto, o verbo ‘combater’ é


transitivo direto, exigindo, por conseguinte, um objeto direto. Essa função sintática é
exercida pelo sintagma “a dengue”, cujo núcleo é “dengue”.
Nas demais opções:
a) tal deslocamento não preservaria o sentido original do texto, além de prejudicar a
construção do período. Vejam: É hora de combater a sempre dengue.
b) a oração é sem sujeito;
c) uma vez que o verbo “combater” é transitivo direto, o complemento deve
apresentar-se sob a forma “a”. Entretanto, pelo fato de a forma verbal terminar em
“-R”, o pronome oblíquo transformar-se-á na forma “la”: combater + a = combatê-la.
d) a expressão “de combater” é complemento do nome “hora”.
Gabarito: E.

18. (IADES-2014/IPHAN/Arqueologia) A respeito das questões sintáticas que


envolvem o período “A nave é de beleza ímpar, arredondada e iluminada pela
luz que passa pelos vitrais da estrutura.”, assinale a alternativa correta.

(A) Há três orações, sendo que as duas primeiras são coordenadas entre si e a
terceira classifica-se como subordinada adjetiva restritiva em relação à segunda.
(B) O vocábulo “luz” é o sujeito de “iluminada”.
(C) As expressões “pela luz” e “pelos vitrais” desempenham a mesma função.
(D) As palavras “ímpar”, “arredondada” e “iluminada” são adjuntos adnominais.
(E) O termo “que” é o sujeito da segunda oração.
Comentário: Vamos analisar as opções.
a) Errada. O período nos apresenta apenas duas formas verbais, quais sejam, “é” e
“passa”. Portanto, há apenas duas orações.
b) Errada. O termo “iluminada” é predicativo do sujeito “a nave”.
c) Errada. A expressão “pela luz” exerce a função de agente da passiva, ao passo
que “pelos vitrais” é um adjunto adverbial de lugar.
d) Errada. A palavra “ímpar” é adjunto adnominal de “beleza”. Entretanto, os
vocábulos “arredondada” e “iluminada” são núcleos.

Gabarito: E.
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19. (IADES-2014/IPHAN/Arqueologia-Adaptada) Considerando a norma padrão


e as questões gramaticais do período “Os visitantes poderão compreender em
que período histórico começou o processo de ocupação do estado de Goiás”,
analise a afirmação a seguir.
I. O sujeito de “começou” é “período histórico”, o que explica a concordância em
número e pessoa entre ambos.
Comentário: No trecho “(...) em que período histórico começou o processo de
ocupação do estado de Goiás”, a forma verbal “começou” é intransitiva. Após o
verbo “começar”, encontramos o sujeito “o processo de ocupação do estado de
Goiás”. Na ordem direta, teremos a construção “(...) o processo de ocupação do
estado de Goiás começou”. Logo, a afirmação do examinador está errada.
Gabarito: Errada.

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SINTAXE DO PERÍODO

Chegamos à segunda parte da aula. Este é um momento muito aguardado não só


por mim, mas também por vocês, candidatos, visto que as bancas de concursos sempre
exigem alguma questão que trabalhe conhecimentos sobre período e a relação sintático-
-semântica entre as orações que o compõem.
Primeiramente, é preciso dizer que o período divide-se em simples e composto.

PERÍODO SIMPLES

O período simples é a estrutura que composta por uma só oração de sentido


completo, chamada de oração absoluta. Cada oração se estrutura em torno de um verbo.
Exemplo: O aluno passou no concurso. (oração absoluta)

20. (FCC-2011/NOSSA CAIXA)

Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo,


significando antigo, ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de
setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão radicalmente que tudo o que veio
antes – culminando com o day before [dia anterior], o último dia das torres em pé, a
última segunda-feira normal e a véspera mais véspera da História – virou
preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada quanto o cotidiano
de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos
descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas
prioridades para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus
cidadãos, sem falar no direito de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados
por eles. Protestos contra a radicalíssima reação americana são vistos como
irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”.
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se
repensarem no bom sentido, não como submissão à chantagem terrorista, mas para
não perder a oportunidade do novo começo, um pouco como Deus – o primeiro
autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados Unidos
com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certo que nenhuma
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reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo. No
caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais
profundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência
também é um caminho para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito
paradoxalmente contrário de me fazer acreditar mais na humanidade. A questão é:
o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será
diferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser
chamado de “dez de setembro” na rua.

(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

Na frase No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de


consciência mais profundos, é correto afirmar que:

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(A) a construção verbal é um exemplo de voz ativa.


(B) a partícula se tem a mesma função que em E se ela não vier?
(C) a forma plural “devem” concorda com exames.
(D) ocorre um exemplo de indeterminação do sujeito.
(E) a expressão donos do mundo leva o verbo para o plural.

Comentário: Vamos analisar as opções.

Letra A. Resposta incorreta. Em “(...) não se devem esperar exames de


consciência mais profundos”, temos uma construção de voz passiva (VTD+SE)

Não se devem esperar exames de consciência mais profundos.


pron. loc. verbal sujeito
apass. transitiva direta

É importante chamar a atenção para a colocação proclítica (antes do verbo)


do pronome SE, devido à presença do advérbio “não”.

Letra B. Resposta incorreta. Como vimos no comentário anterior, em “(...) não se


devem reconhecer (...)”, a partícula SE é denominada pronome apassivador. Porém,
no trecho “E se ela não vier?”, temos um conjunção subordinativa adverbial
condicional, equivalente a “caso”: “E caso ela não venha?”
Letra C. Resposta correta. A forma verbal “devem”, presente na locução verbal
“devem reconhecer”, concorda com o núcleo do sujeito “exames de consciência
mais profundos”. Este assunto será trabalhado na aula sobre concordância verbal.

Letra D. Resposta incorreta. A partícula SE será índice de indeterminação do


sujeito quando houver:

a) verbo transitivo indireto (verbo cujo sentido é complementado por um objeto indireto):

Precisa-se de empacotadores.

b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo):

Vive-se bem no Rio de Janeiro.


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c) verbo de ligação:

É-se feliz no Rio de Janeiro.

d) verbo transitivo direto em que haja objeto direto preposicionado, ou seja, quando a
preposição não é regida pela forma verbal:

Comeu-se do bolo.

Na frase “Comeu-se do bolo.”, a preposição “de” não é exigida pelo verbo “comer”,
sendo empregada tão somente para a contribuição do sentido: alguém (que não é possível
identificar) comeu parte do bolo. Não será admitida a transposição de voz verbal quando
houver objeto direto preposicionado.

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Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do bolo.)

índice de indeterminação do sujeito

Não é o que ocorre em “(...) não se devem reconhecer exames de


consciência mais profundos”, pois a transitividade da locução verbal “devem
reconhecer” é transitiva direta (reconhecer o quê?). Logo, a partícula SE é pronome
apassivador.

Letra E. Resposta incorreta. A concordância verbal deve-se dar com o sujeito


“exames de consciência mais profundos”. Logo, a locução verbal concorda com o
citado termo.

Gabarito: C.

A questão a seguir refere-se ao texto abaixo.

21. (FCC-2011/TRT - 23ª REGIÃO)

Política e sociedade na obra de Sérgio Buarque de Holanda

Para Sérgio Buarque de Holanda a principal tarefa do historiador consistia em


estudar possibilidades de mudança social. Entretanto, conceitos herdados e
intelectualismos abstratos impediam a sensibilidade para com o processo do devir.
Raramente o que se afigurava como predominante na historiografia brasileira
apontava um caminho profícuo para o historiador preocupado em estudar
mudanças. Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua
fala. Tanto as fontes quanto a própria historiografia falavam a linguagem do poder, e
sempre imbuídas da ideologia dos interesses estabelecidos. Desvendar ideologias
implica para o historiador um cuidadoso percurso interpretativo voltado para indícios
tênues e nuanças sutis. Pormenores significativos apontavam caminhos
imperceptíveis, o fragmentário, o não determinante, o secundário. Destes proviriam
as pistas que indicariam o caminho da interpretação da mudança, do processo do
vir a ser dos figurantes mudos em processo de forjar estratégias de sobrevivência.
Era engajado o seu modo de escrever história. Como historiador quis
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elaborar formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda


incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Enfatizava o provisório, a
diversidade, a fim de documentar novos sujeitos eventualmente participantes da
história. Para chegar a escrever uma história verdadeiramente engajada deveria o
historiador partir do estudo da urdidura dos pormenores para chegar a uma visão de
conjunto de sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem
necessidades sociais. Aderir à pluralidade se lhe afigurava como uma condição
essencial para este sondar das possibilidades de emergência de novos fatores de
mudança social.
Tratava-se, na historiografia, de aceitar o provisório como necessário.
Caberia ao historiador o desafio de discernir e de apreender, juntamente com
valores ideológicos preexistentes, as possibilidades de coexistência de valores e
necessidades sociais diversas que conviviam entre si no processo de formação da
sociedade brasileira sem uma necessária coerência.

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“Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho ...”

O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado
acima está também grifado em:

(A) ... a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades de


mudança social.
(B) Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua fala.
(C) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de documentar novos sujeitos ...
(D) ... sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem
necessidades sociais.
(E) Era engajado o seu modo de escrever história.

Comentário: Para facilitar a análise, vamos transcrever a frase do enunciado na


ordem direta:

“As pistas (...) proviriam destes ...”

Assim, percebemos que:

- “As pistas” desempenham a função de sujeito;


- “proviriam” é um verbo transitivo indireto;
- “destes” é o complemento indireto do verbo “provir”

Desta forma, deveremos buscar, nas opções, aquela que também apresenta
um verbo transitivo indireto.

Letra A. Resposta correta. Em “ ... a principal tarefa do historiador consistia em


estudar possibilidades de mudança social.”, a forma verbal “consistia” assume
transitividade indireta, regendo o emprego da preposição “em”, a qual iniciará a
estrutura do objeto indireto “em estudar possibilidades de mudança social”.
Letra B. Resposta incorreta. Em “Os caminhos institucionalizados escondiam os
figurantes mudos e sua fala.”, a forma verbal em destaque é transitiva direta
(escondiam o quê?  os figurantes mudos e sua fala).
Letra C. Resposta incorreta. Em “Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de
documentar novos sujeitos ...”, o verbo “enfatizar” é transitivo direto (enfatizava o
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quê?  o provisório, a diversidade).


Letra D. Resposta incorreta. Em “... sociabilidades, experiências de vida, que por
sua vez traduzissem necessidades sociais.”, a forma verbal “traduzissem” é
transitiva direta (traduzissem o quê?  necessidades sociais).
Letra E. Resposta incorreta. Em “Era engajado o seu modo de escrever história.”,
temos um verbo de ligação e, consequentemente, o predicativo “engajado”.

Gabarito: A.

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A questão a seguir baseia-se no texto abaixo.

22. (FCC-2011/Banco do Brasil)

A economia do Nordeste beneficiou-se, principalmente, de um modelo


econômico que priorizou a demanda. A expansão dos programas sociais e,
sobretudo, o aumento do salário mínimo tiveram sobre a região um impacto bem
maior do que no restante do país. A economista Tânia Bacelar, da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), lembra que metade das famílias que ganham um
salário mínimo se encontra no Nordeste. A população nordestina também absorve
55% do orçamento destinado ao Bolsa Família. "Pela estrutura de renda da região,
mais baixa que no resto do país, o efeito das políticas que mexeram com a renda foi
maior aqui. O aumento dessas receitas impulsionou o consumo e atraiu
investimentos, especialmente dos grandes grupos de alimentos, bebidas, varejistas
e distribuição de alimentos."
Investimentos em infraestrutura, como a duplicação da BR-101, a
transposição do rio São Francisco e a construção da ferrovia Transnordestina
injetaram bilhões na economia e ajudaram a dinamizar a construção civil, assim
como os investimentos da Petrobras – que asseguraram à indústria naval a
demanda necessária para voltar a investir depois de mais de uma década sem
produzir um único navio.
A interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos
tecnológicos também mudam a cara do Nordeste, especialmente nas cidades
médias. É o caso de Caruaru, um dos municípios que mais crescem na região. Nos
últimos anos, a "Princesa do Agreste", mais conhecida por suas confecções e pelas
feiras que movimentam milhões de reais, atraiu estudantes e professores de todos
os lugares e observou uma profunda transformação em seus hábitos.
A outra face do "novo Nordeste" está no campo. Nas áreas de Cerrado, como
no oeste da Bahia e no sul do Maranhão, o agronegócio avança e transforma
chapadões em imensas propriedades produtoras de soja. No Semiárido, onde as
condições são bem menos favoráveis, o aumento dos recursos destinados a
financiar a agricultura familiar e o empreendedorismo dos pequenos ajudam a
mudar a vida das pessoas. É o que se observa em Picos, polo produtor de mel e
caju no sertão do Piauí.
(Gerson de Freitas Jr., Carta Capital, 15 de dezembro de 2010, p. 24, com adaptações)
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“Interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos tecnológicos


também mudam a cara do Nordeste ...” (3º parágrafo)

O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase:


(A) ... que mexeram com a renda ...
(B) ... que mais crescem na região.
(C) ... que movimentam milhões de reais ...
(D) A outra face do “novo Nordeste” está no campo.
(E) ... onde as condições são bem menos favoráveis ...

Comentário: No excerto “Interiorização das universidades federais e a criação de


novos institutos tecnológicos também mudam a cara do Nordeste ...”, a forma
verbal “mudam” é transitiva direta (“mudam” o quê?  a cara do Nordeste). Logo, o

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termo “a cara do Nordeste” é objeto direto do verbo. Sendo assim, deveremos


encontrar, nas opções, aquela que também apresenta um verbo transitivo direto.
Letra A. Resposta incorreta. Em “... que mexeram com a renda ...”, o verbo “mexer” é
transitivo indireto, regendo o emprego da preposição “com” no início da estrutura de seu
complemento indireto: “com a renda”.
Letra B. Resposta incorreta. Em “... que mais crescem na região.”, o verbo “crescer” é
intransitivo, e o termo “na região” é um adjunto adverbial de lugar.
Letra C. Resposta correta. Em “... que movimentam milhões de reais ...”, “movimentar” é
um verbo transitivo direto (“movimentam” o quê?  milhões de reais). Logo, “milhões de
reais” é o objeto direto da forma verbal “movimentam”.
Letra D. Resposta incorreta. Em “A outra face do “novo Nordeste” está no campo.”, o
verbo “estar” é intransitivo, e o termo “no campo” é adjunto adverbial de lugar.
Letra E. Resposta incorreta. Em “... onde as condições são bem menos favoráveis ...”, a
forma verbal “são” é um verbo de ligação, unindo o predicativo “favoráveis” ao sujeito “as
condições”.
Gabarito: C.

PERÍODO COMPOSTO

Já o período composto é a estrutura que formada por mais de uma oração.


Exemplo: Se você estudar, acertará as questões.
1ª oração 2ª oração

O período composto subdivide-se em coordenação e subordinação.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Por que coordenação? Sempre que o período for composto por coordenação,
deveremos entender que as orações que o compõem são independentes sintaticamente, ou
seja, sua estrutura interna (funções sintáticas) não depende de outra oração.

Exemplo: Acordei, estudei, dormi. (as orações são independentes entre si)
1ª oração 2ª oração 3ª oração
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No período composto por coordenação, temos as orações coordenadas


assindéticas e sindéticas. De onde provêm essas nomenclaturas?
Devo dizer a vocês que toda conjunção coordenativa é chamada de
síndeto. No período composto por coordenação, existem orações que não trazem,
em sua estrutura, essa modalidade de conjunção. Por essa razão, são chamadas de
orações assindéticas.

Exemplo: Acordei, estudei, dormi.


1ª oração 2ª oração 3ª oração

Na estrutura acima, as orações “Acordei”, “estudei” e “dormi” não apresentam


conjunção coordenativa (síndeto). Sendo assim, são classificadas como orações
coordenadas assindéticas.

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Entretanto, no mesmo período composto por coordenação, existem orações


que podem apresentar, em sua estrutura, conjunção coordenativa (síndeto). Sendo
assim, são denominadas orações coordenadas sindéticas. Essas orações
recebem o nome da noção semântica apresentada pela conjunção coordenativa.

As orações coordenadas sindéticas classificam-se em:

Orações coordenadas sindéticas ... Exemplos

 aditivas – apresentam ideia de soma, O aluno estuda e trabalha.


correlação, sendo estabelecida pelos Não só estuda, mas também
articuladores e, mas também, além disso, pratica esportes.
ademais ...

 adversativas – apresentam ideia de Estuda pouco, mas passou em


oposição, contraste, sendo estabelecida pelos vários concursos.
articuladores mas, porém, todavia, contudo, Foi ao cinema, no entanto dormiu.
entretanto, no entanto ...

Orações coordenadas sindéticas ... Exemplos

 alternativas – apresentam ideia de Deseja isso ou aquilo?


alternância, escolha ou exclusão, sendo Ora estuda, ora dorme.
estabelecida pelos articuladores ou, já...já, Iremos à praia quer chova, quer
ou...ou, ora...ora, quer...quer etc. faça sol.

 conclusivas – apresentam ideia de Estudou muito, logo acertará as


conclusão lógica, sendo estabelecida pelos questões.
articuladores pois (após o verbo), portanto, Dormiu tarde, portanto não foi à
assim, por isso, logo, em vista disso, aula.
então, por conseguinte ...

 explicativas – apresentam ideia de Façam as questões, pois vocês


explicação, esclarecimento, justificativa, precisam passar na prova.
sendo estabelecida pelos articuladores Entre, que (=pois) é tarde!
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pois (antes do verbo), porque, que,


porquanto ...

Por ora, devo dizer que os conhecimentos acima são suficientes.


Doravante, veremos que decorar a lista de conectivos para classificar as orações
nem sempre é o método mais eficiente, pois as provas de concursos públicos
exigem de vocês, candidatos, uma análise da relação sintático-semântica entre as
orações.

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23. (FGV-2010/FIOCRUZ) “Caso a pessoa esteja dirigindo, no entanto, falar ao


telefone pode se tornar uma tragédia”; a conjunção sublinhada pode ser
substituída por todos os conectivos abaixo, mantendo-se o sentido original,
exceto em:

(A) porém
(B) todavia
(C) apesar de
(D) entretanto
(E) contudo

Comentário: O conectivo “no entanto” apresenta valor semântico de oposição,


adversidade. Esse valor será mantido ao empregarmos os conectivos “porém”,
“todavia”, “entretanto” e “contudo”. Já o conectivo “apesar de” contém valor
semântico de concessão, o que alteraria o sentido original.

Gabarito: C.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

Agora, estudaremos o período composto por subordinação. Mas, afinal, por


que subordinação? Sempre que o período for composto por subordinação,
deveremos entender que as orações que o compõem são dependentes
sintaticamente, ou seja, sua estrutura interna (funções sintáticas) depende de outra
oração.

Exemplo: Você aspira a que seja aprovado no concurso. (as orações são dependentes)
oração principal oração subordinada

A primeira oração, denominada principal, é o termo regente da oração


subordinada (termo regido). Em outras palavras, a oração principal “Você aspira”
subordina a oração “a que seja aprovado no concurso.”, pois esta exerce a função
sintática de objeto indireto do verbo aspirar (Você aspira a quê? “A que seja
aprovado no concurso”.). Logo, “a que seja aprovado no concurso.” é classificada
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como oração subordinada substantiva objetiva indireta.

As orações subordinadas subdividem-se em substantivas, adverbiais e


adjetivas.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

A nomenclatura “oração subordinada substantiva” deve-se ao fato de um


termo, de base substantiva, apresentar-se sob a forma de oração, desempenhando
uma função sintática (sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, agente da passiva ou aposto).

As orações subordinadas substantivas são introduzidas por uma conjunção


integrante. Para a felicidade de vocês (rs...), são apenas duas: que e se.

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Existem as seguintes orações subordinadas substantivas:

 Subjetivas – funcionam como sujeito da oração principal.

É essencial que estudemos bastante.


oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva

No exemplo acima, a oração “que estudemos bastante.” exerce a função de


sujeito da oração principal. Sendo assim, deve ser classificada como oração
subordinada substantiva subjetiva.
Para facilitar a análise da função sintática desempenhada pela oração
subordinada, substituam a conjunção integrante pelo pronome demonstrativo ISSO:

ISSO é essencial.
sujeito

Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.)


oração princ. oração subordinada substantiva
subjetiva

Nas lições acima, estudamos o sujeito oracional, que sempre leva o verbo à
terceira pessoa do singular. A oração subordinada substantiva subjetiva
desempenha a função de sujeito oracional, pois apresenta verbo em sua estrutura.

É essencial que estudemos bastante. (= ISSO é essencial.)


oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva

SUJEITO ORACIONAL

Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.)


oração princ. oração subordinada substantiva
subjetiva

SUJEITO ORACIONAL
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 Predicativas – funcionam como predicativo do sujeito da oração principal.

O essencial é que todos sejamos aprovados. (= O essencial é ISSO.)


oração principal oração subordinada substantiva
predicativa

 Objetivas diretas – funcionam como objeto direto da oração principal.

O professor espera que vocês gabaritem a prova. (O professor espera ISSO.)


oração principal oração subordinada substantiva
objetiva direta

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 Objetivas indiretas – funcionam como objeto indireto da oração principal.

O professor gostaria de que vocês fossem aprovados. (O professor gostaria dISSO.)


oração principal oração subordinada substantiva
objetiva indireta

 Completivas nominais – funcionam como complemento nominal da oração


principal.

O professor tem vontade de que vocês sejam classificados. (vontade dISSO.)


oração principal oração subordinada substantiva
completiva nominal

 Agentes da passiva – funcionam como agente da passiva da oração


principal.

Ayrton Senna foi ovacionado por quem estava presente.


oração principal oração subordinada substantiva
agente da passiva

Para facilitar a análise da oração subordinada substantiva agente da passiva,


substituam pelo pronome indefinido ALGUÉM.

Ayrton Senna foi ovacionado por alguém.

 Apositivas – funcionam como aposto da oração principal.

O nervosismo dos candidatos era este: que fossem aprovados no concurso.


oração principal oração subordinada substantiva
apositiva

O nervosismo dos candidatos era este: ISSO.


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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


As orações subordinadas adverbiais desempenham a função sintática de
adjunto adverbial da oração principal. São introduzidas por conjunções adverbiais.
As orações subordinadas adverbiais subdividem-se em:
Orações subordinadas adverbiais ... Exemplos

 causais – exprimem causa, razão, motivo, O aluno obteve boa pontuação


em relação à oração principal. Os principais porque estudou.
articuladores são porque, visto que, que Ficou feliz uma vez que foi
(=porque), uma vez que, dado que ... aprovado.

 comparativas – expressam ideia de


comparação ou confrontam ideias em relação à Esta moça é mais bonita do que
oração principal. Os principais articuladores são aquela.
como, tal qual, tão quanto (=como), feito Ele estudou tão quanto a irmã.
(= como), que (nas correlações mais (do) que,
menos (do) que, maior (do) que, menor
(do) que, melhor (do) que, pior (do) que ...

 condicionais – exprimem ideia de Contanto que você compre os


condição, possibilidade, hipótese. Os principais ingressos, iremos ao cinema.
articuladores são caso, se (= caso), Dado que (=caso) erre a questão,
contanto que, desde que (= caso), sem que, estude mais.
salvo se, a não ser que...

Orações subordinadas adverbiais ... Exemplos

 concessivas – expressam ideias


opostas, concessivas às da oração principal. Embora estivessem cansados,
Os principais articuladores são embora, foram estudar.
ainda que, mesmo que, posto que, Obteve a aprovação sem que
por mais que, se bem que, conquanto, (=embora não) se dedicasse.
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dado que (= ainda que), que (= ainda que), Persevere, nem que (=ainda que)
não obstante ... os estudos sejam cansativos.

Com conjunções concessivas, o verbo


fica no modo subjuntivo.

 conformativas – apresentam ideia de Segundo o gabarito oficial, acertei


conformidade em relação ao fato da oração todas as questões da prova.
principal. Os principais articuladores são Conforme vocês sabem, o
segundo, como, conforme, consoante, que Fluminense é o atual campeão
(= conforme) ... brasileiro de futebol.
 consecutivas – expressam ideia de Estudou tanto que gabaritou a
consequência, resultado em relação à oração

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principal. Os principais articuladores são que prova.
(nas correlações tão...que, tanto que, Tamanha foi a explosão, que
tamanho que, tal que, de sorte que, todos acordaram.
de maneira que) ...

 finais – expressam finalidade, objetivo. Fez-lhe sinal porque (= para que)


Os principais articuladores são para que, se calasse.
a fim de que, que (= para que), porque Estudou muito a fim de que
(= para que) ... passasse no concurso.

 proporcionais – apresentam ideia de


proporção, concomitância, simultaneidade entre À medida que vive, mais aprende
fatos da oração subordinada e da oração com as pessoas.
principal. Principais articuladores: à medida Quanto maior o estudo, maior o
que, à proporção que, quanto mais...mais, conhecimento.
quanto menos...menos ...

 temporais – apresentam ideia de tempo Logo que soube o resultado,


em relação ao fato da oração principal. chamou todos os amigos.
Principais articuladores: logo que, assim que, Ficou emocionado desde que viu
antes que, depois que, quando, enquanto ... o resultado do concurso.

Como disse a vocês, decorar a lista de conectivos para classificar as orações


nem sempre é o método mais eficiente. O diferencial para resolver questões que
exigem esse tipo de conteúdo é analisar a relação sintático-semântica entre as
orações. Vejam:

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Adversativo – Estudou bastante, mas foi reprovado.


MAS
Aditivo – Não só pratica judô, mas também faz natação.

Aditivo – Arrumou-se e foi trabalhar.

E Adversativo – Não estudou, e passou no concurso.

Consecutivo – Faltou luz, e não conseguimos estudar à noite.

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Explicativo – Não beba, pois é prejudicial à saúde.

POIS Conclusivo – É inteligente; será, pois (= portanto), aprovado.

Causal – Estava irrequieto, pois ganhou uma casa.

Explicativo – Estude, porque (=pois) será aprovado.

PORQUE Final – Mudei-me de cidade porque (=para que) fosse feliz.

Causal – Chorei porque passei no concurso.

Conclusivo – Estudou muito, logo (=portanto) será classificado.


LOGO
Temporal – Logo que (=assim que) chegou, foi tomar banho.

Causal – Sorriu uma vez que acertou todas as questões.


UMA VEZ QUE
Condicional – Uma vez que estude, será aprovado.
(= Se estudar, será aprovado.)

Comparativo – Meu irmão é tão estudioso quanto meu pai.


QUANTO
Aditivo – Ela tanto estuda quanto trabalha.
(= Ela estuda e trabalha.)
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Condicional – Desde que compre o ingresso, irei ao cinema.


DESDE QUE
Temporal – Desde que cheguei, quero ir ao cinema.

Condicional – Sem que (= Caso não) estudem, não passarão.

SEM QUE Concessivo – Sem que estudasse muito, passou na prova.

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Comparativo – Ela fala como (= igual a) uma vitrola.

Conformativo – Estudou como (= conforme) combinamos.


COMO
Aditivo - Não só trabalha como também pratica esportes.

Causal – Como (=Já que) estava cansado, resolveu dormir.

Explicativo – Ele deve ter corrido, porquanto está suado.


PORQUANTO
Causal – Estavam felizes porquanto foram aprovados.

Condicional – Se você estudar, logrará êxito no concurso.


SE
Conjunção integrante – Não sei se você virá. (= Não sei isso.)

24. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se


que o desenvolvimento social e econômico foi possível porque o homem
sistematizou formas de organização entre os povos.
A oração sublinhada no período acima tem valor:

(A) causal.
(B) concessivo.
(C) comparativo.
(D) temporal.
(E) consecutivo.

Comentário: A oração “Ao analisar o progresso da humanidade” apresenta valor


temporal. Percebam que é possível inserir um conectivo subordinativo temporal,
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fazendo as adaptações necessárias: Quando se analisa o progresso da humanidade


(...).

Gabarito: D.

25. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se


que o desenvolvimento social e econômico foi possível porque o homem
sistematizou formas de organização entre os povos.
Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura destacada no período
acima tenha provocado alteração semântica.

(A) porquanto o homem tenha sistematizado formas de organização entre os povos.


(B) pois o homem sistematizou formas de organização entre os povos.

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(C) conquanto o homem tenha sistematizado formas de organização entre os povos.


(D) já que o homem sistematizou formas de organização entre os povos.
(E) uma vez que o homem sistematizou formas de organização entre os povos.

Comentário: O trecho “porque o homem sistematizou formas de organização entre


os povos” denota uma relação de causa com a oração anterior. É uma oração
subordinada adverbial causal. Entre as opções apresentadas, a única frase que
altera a semântica do período encontra-se na assertiva C. O conectivo “conquanto”
contém ideia de concessão.

Gabarito: C.

26. (FGV-2011/SEFAZ-RJ) Nesse sentido, se a evasão tributária é uma doença


social, seu combate ou tratamento não pode ficar restrito aos seus agentes; é
necessário o envolvimento de toda a sociedade.
Assinale o termo que NÃO poderia ser colocado após o ponto e vírgula sob
pena de provocar grave alteração de sentido.
(A) portanto,
(B) não obstante,
(C) logo,
(D) nesse sentido,
(E) assim,

Comentário: No período, o ponto e vírgula apresenta valor de conclusão. Dessa


forma, seria possível inserir os conectivos “portanto”, “logo”, “nesse sentido” e
“assim”. Por outro lado, o conectivo “não obstante” não poderia ser inserido no
período, pois apresenta valor semântico de concessão.
Gabarito: B.

27. (FGV-2008/TCM-PA) “Como foi a primeira perda desde o lançamento de


suas ações na Bolsa, em 1994, o resultado teve efeito de um terremoto
financeiro, nos já violentamente traumatizados EUA.”
Assinale a alternativa em que o termo indicado não poderia substituir o termo
destacado no trecho acima sob pena de provocar alteração gramatical e
semântica.
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(A) Já que
(B) Uma vez que
(C) Por que
(D) Dado que
(E) Visto que
Comentário: No contexto, o conectivo “Como” apresenta valor de causa, iniciando
uma oração subordinada adverbial causal. Esse mesmo matiz semântico será
mantido ao substituir os conectivos subordinativos “Já que”, “Uma vez que”, “Dado
que” e “Visto que”. Entretanto, a estrutura “Por que”, formada pela preposição “por”
seguida do pronome relativo “que”, não introduz valor de causa. O conectivo
atribuiria valor causal apenas caso se apresentasse sob a forma “Porque”.

Gabarito: C

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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

A nomenclatura “oração subordinada adjetiva” deve-se ao fato de a oração


desempenhar uma função de adjetivo (acompanhar o substantivo, restringindo ou
generalizando seu sentido). Sempre são introduzidas por pronomes relativos (que,
a qual, quem, cujo, cuja, onde, como ...).

As orações subordinadas adjetivas dividem-se em:

 Explicativas – sempre isoladas por vírgulas, explicam o sentido de um


elemento presente na oração principal. Podem ser retiradas do texto sem que
prejudiquem o sentido da oração principal.

Os alunos, que são humanos, serão aprovados.

oração subordinada adjetiva explicativa

Em “Os alunos, que são humanos, serão aprovados.”, temos a interpretação


de que todos os alunos são humanos. Logo, a oração em destaque pode ser
suprimida sem alteração de sentido do enunciado original.

 Restritivas – nunca isoladas por sinais de pontuação, restringem ou limitam


o sentido de um elemento presente na oração principal. Não podem ser retiradas do
texto, sob o risco de prejuízo ou modificação do sentido original da oração principal.

Os alunos que são determinados serão aprovados.

oração subordinada adjetiva restritiva

Em “Os alunos que são determinados serão aprovados.”, temos a


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interpretação de que somente os alunos determinados serão aprovados. Sendo


assim, não é possível retirar/suprimir do período a oração em destaque sem alterar
o sentido original do enunciado.

FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS

Conforme vimos nas lições sobre pronomes, os relativos substituem um


nome antecedente (substantivo ou pronome), evitando sua repetição desnecessária
no texto. Devido a essa substituição, podem exercer diferentes funções sintáticas
nas orações.

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Exemplos:

(1) O livro que comprei é de Português.

 Em (1), temos a união de duas orações:

Comprei o livro.

O livro é de Português.

Percebemos, assim, que o pronome relativo “que” substitui o nome “livro”:


Comprei o livro. Logo, o “que” exerce a função de objeto direto do verbo “comprar”.

(2) Comprei o livro de que gosto.

 Em (2), temos a união de duas orações:

Comprei o livro.

Gosto do livro.

Em (2), o “que” substitui o nome “livro”: Gosto do livro. Sendo assim, o “que”
exerce a função de objeto indireto do verbo “gostar”.

(3) A igreja que é antiga está em ruínas.


 Em (3), temos a união de duas orações:

A igreja está em ruínas. 02763616100

A igreja é antiga.

Em (3), o “que” substitui o nome “igreja”: A igreja é antiga. Portanto, o


pronome relativo “que” exerce a função de sujeito da oração subordinada “que é
antiga”.

(4) Veremos o filme cuja protagonista é linda.

refere-se concorda com


ao termo o termo
anterior posterior

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 Em (4), temos a união de duas orações:

Veremos o filme.

A protagonista do filme é linda.

Em (4), o pronome relativo “cuja” estabelece uma relação de posse entre os


termos “filme” e “A protagonista”. Fiquem “ligados”, pois o pronome relativo “cujo”
(e flexões) sempre exercerá a função sintática de adjunto adnominal: (“veremos o
filme”  a protagonista do filme  relação de posse  adjunto adnominal).

Lembrem-se de que o pronome “cujo” (e flexões) refere-se ao termo anterior,


mas concorda em gênero e número com o posterior.

ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS

A nomenclatura “oração subordinada reduzida” deve-se ao fato de a oração não


ser introduzida por preposição e de conter verbo em uma das três formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
As orações subordinadas reduzidas podem ser:

 de infinitivo – apresentam verbo na forma infinitiva (pessoal ou impessoal).


Exemplos:

Será necessário estudares muito antes da prova. (= ISSO será necessário.)


oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo

No exemplo acima, a oração reduzida de infinitivo exerce a função de sujeito


da oração principal “Será necessário”. Por isso, recebe a classificação de subjetiva.
Vejam que é possível transformá-la em oração subordinada substantiva subjetiva:

Será necessário que estudes muito antes da prova. (= ISSO será necessário.)
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva
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O aluno esperou o gabarito ser divulgado. (= O aluno esperou ISSO.)


oração principal oração subordinada substantiva
objetiva direta reduzida de infinitivo

No exemplo acima, percebemos que a oração reduzida de infinitivo exerce a


função de objeto direto do verbo “esperar”, localizado na oração principal. Por isso,
recebe essa classificação. Vejam que é possível transformá-la em oração
subordinada substantiva objetiva:
O aluno esperou que o gabarito fosse divulgado. (= O aluno esperou ISSO.)
oração principal oração subordinada substantiva
objetiva direta

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Por estar exausto, foi dormir.


oração subordinada oração principal
adverbial causal
reduzida de infinitivo

No exemplo acima, há uma relação de causa e consequência entre as


orações. Sendo assim, a oração “Por estar cansado” recebe a classificação de
oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Vejam que é possível
transformá-la em oração subordinada adverbial causal:

Já que estava exausto, foi dormir.


oração subordinada oração principal
adverbial causal

Ao chegar à praia, deitou-se na areia.


oração subordinada oração principal
adverbial temporal
reduzida de infinitivo

No exemplo acima, há uma relação de tempo entre as orações. Sendo


assim, a oração “Ao chegar à praia” recebe a classificação de oração subordinada
adverbial temporal reduzida de infinitivo. Vejam que é possível transformá-la em
oração subordinada adverbial temporal:

Assim que chegou à praia, deitou-se na areia.


oração subordinada oração principal
adverbial temporal

Era um homem de sorrir facilmente.


oração principal oração subordinada
adjetiva restritiva
reduzida de infinitivo

No exemplo acima, a oração “de sorrir facilmente” restringe o sentido do


elemento “homem”, presente na oração principal (homem sorridente). Por essa
razão, é classificada como oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de
infinitivo. Notem que é possível transformá-la em oração subordinada adjetiva
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restritiva:

Era um homem que sorria facilmente.


oração principal oração subordinada
adjetiva restritiva

 de gerúndio – apresentam verbo na forma de gerúndio.

Exemplos:

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Chegando à praia, deitou-se na areia.


oração subordinada oração principal
adverbial temporal
reduzida de gerúndio

No exemplo acima, há uma relação de tempo entre as orações. Sendo


assim, a oração “Chegando à praia” recebe a classificação de oração subordinada
adverbial temporal reduzida de gerúndio. Vejam que é possível transformá-la em
oração subordinada adverbial temporal:

Assim que chegou à praia, deitou-se na areia.


oração subordinada oração principal
adverbial temporal

Estudando, serás aprovado.


oração subordinada oração principal
adverbial condicional
reduzida de gerúndio

No exemplo acima, há uma relação de condição entre as orações. Sendo


assim, a oração “Estudando” recebe a classificação de oração subordinada
adverbial condicional reduzida de gerúndio. Vejam que é possível transformá-la em
oração subordinada adverbial condicional:

Se estudares, serás aprovado.


oração subordinada oração principal
adverbial condicional

Percebam que o período “Estudando, serás aprovado.” também pode


encerrar a ideia de tempo:

Assim que estudares, serás aprovado.


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oração subordinada oração principal


adverbial temporal

Se for feita essa leitura, portanto, a oração reduzida deverá ser classificada
como subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio.

Estudando, serás aprovado.


oração subordinada oração principal
adverbial temporal
reduzida de gerúndio

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 de particípio – apresentam verbo na forma de particípio.
Exemplos:

Mesmo convidado, não foi à cerimônia de premiação.


oração subordinada oração principal
adverbial concessiva
reduzida de particípio

No exemplo acima, há uma relação de concessão entre as orações. Sendo


assim, a oração “Mesmo convidado” recebe a classificação de oração subordinada
adverbial concessiva reduzida de particípio. Vejam que é possível transformá-la em
oração subordinada adverbial concessiva:
Embora tivesse sido convidado, não foi à cerimônia de premiação.
oração subordinada oração principal
adverbial concessiva

28. (FGV-2011/TRE-PA) “Essa é uma forma de contribuir para aumentar a


consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva,
entre os parceiros e colaboradores.”

A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise o item a seguir:

I. O período é todo composto por subordinação.

Comentário: O período acima é estrutura pelas seguintes orações:

Essa é uma forma – oração principal;

de contribuir – oração subordinada substantiva completiva nominal;

para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia


produtiva, entre os parceiros e colaboradores – oração subordinada adverbial
final reduzida de infinitivo.

Logo, o período é composto por subordinação.


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Gabarito: Correto.

29. (FGV-2011/TRE-PA) Também é certo, por outro lado, que, ao aumentarem a


transparência do processo de tomada de decisões, as empresas adquirem o
respeito das pessoas e comunidades que são impactadas por suas atividades
e são gratificadas com o reconhecimento e engajamento dos seus
colaboradores e a preferência dos consumidores, em consonância com o
conceito de responsabilidade social, o qual, é sempre bom lembrar, está se
tornando cada vez mais fator de sucesso empresarial e abrindo novas
perspectivas para a construção de um mundo economicamente mais próspero
e socialmente mais justo.

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O período acima é composto por:

(A) seis orações.


(B) oito orações.
(C) nove orações.
(D) sete orações.
(E) dez orações.

Comentário: No início da aula, vimos que orações contêm verbos. Sendo assim, a
quantidade de orações é determinada de acordo com o quantitativo de verbos. No
período acima, há nove formas verbais– “é”, “aumentarem”, “adquirem”, “são”, “são”,
“é”, “está” e “abrindo”. Portanto, há nove orações.
Entretanto, vejam a divisão e a classificação das orações que compõem o
período. Para facilitar a identificação, transcreverei o período na sequência lógica.
1ª Ao aumentarem a transparência do processo de tomada de decisões,/
2ªtambém é certo, por outro lado,/ 3ª que as empresas adquirem o respeito das
pessoas e comunidades/ 4ª que são impactadas por suas atividades/ 5ª e são
gratificadas com o reconhecimento e engajamento dos seus colaboradores e a
preferência dos consumidores, em consonância com o conceito de
responsabilidade social,/ 6ª o qual está se tornando cada vez mais fator de
sucesso empresarial,/ 7ª é sempre bom/ 8ª lembrar,/ 9ª e abrindo novas
perspectivas para a construção de um mundo economicamente mais próspero
e socialmente mais justo.

Ao aumentarem a transparência do processo de tomada de decisões – oração


subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo em relação à 2ª.

também é certo, por outro lado – oração principal em relação à 2ª.

que as empresas adquirem o respeito das pessoas e comunidades – oração


subordinada substantiva subjetiva em relação à 1ª e oração principal em relação a
3ª, 4ª e 5ª.

que são impactadas por suas atividades – oração subordinada adjetiva restritiva em
relação à 2ª. 02763616100

e são gratificadas com o reconhecimento e engajamento dos seus colaboradores e


a preferência dos consumidores, em consonância com o conceito de
responsabilidade social – oração coordenada sindética aditiva em relação à 4ª,
oração subordinada adjetiva restritiva em relação à 2ª e oração principal em relação
à 6ª.

o qual está se tornando cada vez mais fator de sucesso empresarial – oração
subordinada adjetiva explicativa em relação à 5ª.

é sempre bom – oração principal em relação à 8ª.

lembrar – oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo em relação


à 7ª.

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e abrindo novas perspectivas para a construção de um mundo economicamente
mais próspero e socialmente mais justo – oração coordenada sindética aditiva em
relação à 6ª e oração subordinada adjetiva explicativa em relação à 5ª.

Gabarito: C.

Memória

A história do Metrô-DF começou em janeiro de 1991, com a criação de um


grupo executivo de trabalho e a elaboração dos primeiros estudos sobre o impacto
ambiental da obra. Em maio daquele ano, foi criada a Coordenadoria Especial,
integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito Federal, com a
missão de gerenciar a construção do metrô de Brasília.
As obras foram iniciadas em janeiro de 1992 e, em dezembro de 1993, foi
criada a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, com a missão de operar o
novo transporte. Em outubro de 1994, os trabalhos foram paralisados. Dois anos
depois, em maio de 1996, as obras foram retomadas.
Em janeiro de 1997, teve início o Programa de Viagens Experimentais, que
teve como objetivo apresentar o novo sistema de transporte à população de Brasília.
Em julho do mesmo ano, a Companhia do Metropolitano iniciou a convocação dos
primeiros concursados, sendo a maioria encaminhada para treinamento no metrô de
São Paulo.

30. (IADES-2014/Metrô-DF/Administrador) Considerando a norma-padrão da língua


portuguesa e as questões sintáticas que envolvem o trecho “integrada por técnicos
de diversas áreas do governo do Distrito Federal”, é correto afirmar que ele:

(A) classifica-se como oração subordinada adverbial temporal, portanto equivale à


redação quando foi integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito
Federal.
(B) desempenha o papel de aposto e poderia ser substituído pela oração a qual era
integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito Federal, desde que
as vírgulas originais fossem eliminadas.
(C) funciona como oração coordenada explicativa, por isso poderia ser introduzido
pela conjunção que.
(D) funciona como complemento nominal de “Coordenadoria Especial”, logo poderia
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ser reescrito, entre vírgulas, assim: a qual era integrada por técnicos de diversas
áreas do governo do Distrito Federal.
(E) desempenha o papel de aposto e poderia ser substituído, desde que mantidas
as vírgulas originais, pela oração que era integrada por técnicos de diversas áreas
do governo do Distrito Federal.

Comentário: No segmento “integrada por técnicos de diversas áreas do governo do


Distrito Federal”, temos uma oração subordinada reduzida de particípio. Devido a
seu caráter explicativo, exerce a função de aposto, devendo tal passagem
apresentar-se sob a forma “que era integrada por técnicos de diversas áreas do
governo do Distrito Federal”. Sendo introduzida pelo pronome relativo “que” e
mantendo-se as vírgulas originais, temos uma oração desenvolvida, sendo

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classificada como subordinada adjetiva explicativa. Portanto, nosso gabarito é a
letra (E).

As demais opções contêm ao menos um desvio, a saber:

a) a oração original é subordinada reduzida de particípio;


b) para manter o sentido explicativo da oração, deveriam ser mantidas as vírgulas
originais;
c) conforme vimos na letra (A), temos uma oração subordinada reduzida de
particípio; e
d) funciona como aposto do sintagma “Coordenadoria Especial”, e não como
complemento nominal.

Gabarito: E.

31. (IADES-2014/EBSERH-UFBA/Advogado) No período “O trabalho, no decorrer


da história, foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano.”, o uso das
vírgulas justifica-se para:

(A) marcar a intercalação do adjunto adverbial.


(B) marcar a inversão do adjunto adverbial.
(C) marcar a elipse do verbo.
(D) isolar o aposto.
(E) marcar uma enumeração.

Comentário: A questão abordou o emprego dos sinais de pontuação. Entretanto,


para resolvê-la, é imprescindível que tenhamos o conhecimento de aspectos
sintáticos. No período “O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando (...)”, o
sintagma “no decorrer da história” exerce a função de adjunto adverbial (de tempo).
Na sentença, a posição originária deste constituinte é o final do período.
Contudo, percebemos que houve uma intercalação desse sintagma, o que valida a
letra (A) como resposta da questão.
Vale destacar que, caso a sentença fosse reescrita na ordem direta, ou seja,
obedecendo à progressão ‘sujeito – verbo – complemento – adjunto’, teríamos “O
trabalho foi ocupando a maior parte do tempo d ser humano no decorrer da história”.
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Ademais, quando o adjunto adverbial estiver em sua posição originária (final do


período), o emprego da vírgula é facultativo. Logo, estariam corretas as seguintes
construções:

O trabalho foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano no decorrer da


história.
O trabalho foi ocupando a maior parte do tempo do ser humano, no decorrer da
história.

Ainda em conformidade com os cânones gramaticais, caso o sintagma


figurasse no início do período, deveria ser isolado por uma vírgula, resultando na
reescrita “No decorrer da história, o trabalho foi ocupando a maior parte do tempo
do ser humano”. Vejam, portanto, como a banca poderia explorar este assunto de

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variadas formas. Veremos esta temática com mais detalhes na aula sobre
pontuação.

Gabarito: A.

32. (IADES-2014/EBSERH-UFBA/Advogado-Adaptada) Quanto aos aspectos


gramaticais do texto, analise as afirmações a seguir.

I. No trecho “não somente nos trabalhadores e suas famílias, mas também na


sociedade”, a correlação destacada exprime valor semântico de adição.

Comentário: De fato, a correlação “não somente ... mas também” (equivalente a


“não só ... mas também”) exprime matiz semântico de adição, validando a afirmação
do examinador.
Vejam, inclusive, que decorar os conectivos não é uma boa dica! Os
candidatos afoitos (ou até mesmo ansiosos no momento da prova) poderiam
analisá-lo com acepção adversativa. Entretanto, quando o conector “mas” preceder
o vocábulo “também”, assumirá valor aditivo. Fiquem atentos, portanto, ok?!

Gabarito: Certa.

II. Na oração “As empresas enfrentam o assédio cada vez mais psicológico, assédio
moral, assédio sexual e outras formas de violência psicológica.”, o termo destacado
é um objeto indireto.

Comentário: No contexto, o verbo ‘enfrentar’ é transitivo direto, exigindo, por


conseguinte, um objeto direto como complemento. Essa função é exercida pelo
sintagma “o assédio cada vez mais psicológico”, bem como pelos segmentos
“assédio moral”, “assédio sexual” e “outras formas de violência psicológica”, demais
constituintes da enumeração. Portanto, a afirmação da banca está incorreta.

Gabarito: Errada.

33. (IADES-2014/EBSERH-UFRN/Advogado) Quanto às questões sintáticas e às


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relação de sentido entre os termos da oração “Sempre é hora de combater a


dengue.”, assinale a alternativa correta.

(A) O deslocamento do adjunto adverbial “Sempre” para depois do adjunto


adnominal “a” preserva o sentido original do texto.
(B) O sujeito da oração é “hora”.
(C) Caso fosse necessário substituir o termo “a dengue” por um pronome, a nova
redação poderia ser Sempre é hora de combater-lhe.
(D) No contexto, o verbo ser funciona excepcionalmente como transitivo indireto,
cujo complemento é “de combater”.
(E) O termo “a dengue” é objeto direto.

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Comentário: Nosso gabarito é a assertiva (E). No contexto, o verbo ‘combater’ é


transitivo direto, exigindo, por conseguinte, um objeto direto. Essa função sintática é
exercida pelo sintagma “a dengue”, cujo núcleo é “dengue”.

Nas demais opções:

a) tal deslocamento não preservaria o sentido original do texto, além de prejudicar a


construção do período. Vejam: É hora de combater a sempre dengue.
b) a oração é sem sujeito;
c) uma vez que o verbo “combater” é transitivo direto, o complemento deve
apresentar-se sob a forma “a”. Entretanto, pelo fato de a forma verbal terminar em “-
R”, o pronome oblíquo transformar-se-á na forma “la”: combater + a = combatê-la.
d) a expressão “de combater” é complemento do nome “hora”.

Gabarito: E.

34. (IADES-2014/CAU-RJ/Agente de Fiscalização) Quanto ao período “Só não


conseguiu antecipar que a medida não seria suficiente (...)”, é correto afirmar que a
conjunção ‘que’ introduz uma oração:

(A) subordinada adverbial consecutiva.


(B) coordenada sindética explicativa.
(C) subordinada adjetiva restritiva.
(D) subordinada substantiva objetiva direta.
(E) coordenada sindética adversativa.

Comentário: Vejam que, no contexto, o verbo “antecipar” é transitivo direto, exigindo


um complemento. Essa função sintática é desempenhada pelo sintagma “que a
medida não seria suficiente”. Esse segmento, introduzido pela conjunção integrante
“que”, exerce a função de objeto direto oracional, sendo equivalente a uma oração
subordinada substantiva objetiva direta. Logo, a letra (D) é nossa resposta.

Gabarito: D.

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No singular, espaço público refere-se às esferas públicas, ao domínio dos


processos propriamente políticos, das relações de poder e das formas que elas
assumem nas sociedades contemporâneas. Nos espaços das cidades, na mídia ou
na internet, é a esfera da cidadania e da expressão política das forças sociais,
inclusive daquelas que pretendem a despolitização das relações humanas. No
plural, o termo “espaços públicos” compreende os lugares urbanos que, em conjunto
com infraestruturas e equipamentos coletivos, dão suporte à vida em comum: ruas,
avenidas, praças, parques.
Nessa acepção, são bens públicos carregados de significados, palco de
disputas e conflitos, mas também de festas e celebrações. Esses dois sentidos se
interpenetram e, mais, não podem ser tomados fora de suas articulações ao
domínio privado − que inclui pessoas, famílias, grupos, empresas, corporações.
Limites, estrutura, forma e função desses espaços constituem partes de
agenciamentos complexos e dinâmicos, que se diferenciam conforme países e

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culturas. Para arquitetos e urbanistas, o desafio é expressar tal complexidade de
modo crítico, não redutivo, empenhado e por vezes insurgente, apontando outras
práticas possíveis.

35. (IADES-2014/CAU-RJ/Agente de Fiscalização) No que se refere ao texto, é


correto afirmar que a correção gramatical e o sentido original estarão preservados
caso se substitua o trecho:

(A) “conforme países e culturas” por consoante países e culturas.


(B) “mas também de festas e celebrações” por portanto de festas e celebrações.
(C) “inclusive daquelas que pretendem” por exclusivamente daquelas que
pretendem.
(D) “dão suporte à vida em comum” por dão suporte a vida comum.
(E) “que inclui pessoas, famílias, grupos, empresas, corporações” por onde se
incluem pessoas, famílias, grupos, empresas, corporações.

Comentário: A letra (A) é nosso gabarito. No trecho “conforme países e culturas”, o


nexo textual “conforme” exprime ideia de conformidade. Essa noção é mantida ao
empregar o conector “consoante”, validando, portanto, nossa resposta.

Nas demais opções:

b) a correlação “não somente ... mas também” exprime ideia de adição. Já o nexo
textual “portanto”, expressa noção de conclusão.
c) a palavra “inclusive” denota inclusão, sentido diverso do que é expresso por
“exclusivamente”.
d) faltou o acento grave indicativo de crase na reescrita proposta pela banca.
e) o emprego do termo “onde” é inapropriado, uma vez que não há referência a
lugar físico.

Gabarito: A.

36. (IADES-2014/IPHAN/Arqueologia) A respeito das questões sintáticas que


envolvem o período “A nave é de beleza ímpar, arredondada e iluminada pela luz
que passa pelos vitrais da estrutura.”, assinale a alternativa correta.
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(A) Há três orações, sendo que as duas primeiras são coordenadas entre si e a
terceira classifica-se como subordinada adjetiva restritiva em relação à segunda.
(B) O vocábulo “luz” é o sujeito de “iluminada”.
(C) As expressões “pela luz” e “pelos vitrais” desempenham a mesma função.
(D) As palavras “ímpar”, “arredondada” e “iluminada” são adjuntos adnominais.
(E) O termo “que” é o sujeito da segunda oração.

Comentário: Vamos analisar as opções.

a) Errada. O período nos apresenta apenas duas formas verbais, quais sejam, “é” e
“passa”. Portanto, há apenas duas orações.
b) Errada. O termo “iluminada” é predicativo do sujeito “a nave”.

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c) Errada. A expressão “pela luz” exerce a função de agente da passiva, ao passo


que “pelos vitrais” é um adjunto adverbial de lugar.
d) Errada. A palavra “ímpar” é adjunto adnominal de “beleza”. Entretanto, os
vocábulos “arredondada” e “iluminada” são núcleos.

Gabarito: E.

37. (IADES-2014/IPHAN/Arqueologia-Adaptada) Considerando a norma padrão e as


questões gramaticais do período “Os visitantes poderão compreender em que
período histórico começou o processo de ocupação do estado de Goiás”, analise a
afirmação a seguir.

I. O sujeito de “começou” é “período histórico”, o que explica a concordância em


número e pessoa entre ambos.

Comentário: No trecho “(...) em que período histórico começou o processo de


ocupação do estado de Goiás”, a forma verbal “começou” é intransitiva. Após o
verbo “começar”, encontramos o sujeito “o processo de ocupação do estado de
Goiás”. Na ordem direta, teremos a construção “(...) o processo de ocupação do
estado de Goiás começou”. Logo, a afirmação do examinador está errada.

Gabarito: Errada.

38. (IADES-2014/CAU-RJ/Assistente Administrativo) “No contexto do


desenvolvimento sustentável, o conceito transcende a sustentabilidade ambiental,
para abraçar a sustentabilidade econômica e social, que enfatiza a adição de valor à
qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades”.

No trecho “que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida”, o vocábulo


sublinhado exerce a função de:

(A) pronome relativo.


(B) preposição.
(C) conjunção coordenativa explicativa.
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(D) partícula expletiva.


(E) conjunção subordinativa causal.

Comentário: No contexto, a palavra “que” tem a função de retomar a expressão


anteriormente citada “sustentabilidade econômica e social”, evitando sua repetição
no período. Portanto, tal vocábulo é classificado como um pronome relativo,
validando a letra (A) como resposta.

Gabarito: A.

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39. (IADES-2014/Metrô-DF/Assistente Administrativo) A respeito das questões


sintáticas referentes ao trecho “chegou a vez do engenheiro Frederico, que trabalha
na manutenção e tira fotos do metrô como ninguém”, assinale a alternativa correta.

(A) O sujeito da primeira oração é desinencial ou oculto.


(B) “Frederico” é o sujeito de todas as orações.
(C) “Tira” é o único verbo transitivo.
(D) A segunda oração classifica-se como coordenada.
(E) “Ninguém” é objeto indireto.

Comentário: A alternativa correta é a letra (C). No contexto, o verbo “tirar” é


transitivo direto, tendo como complemento direto o sintagma “fotos do metrô”.

Nas demais opções:

a) o sujeito da primeira oração é o sintagma “a vez”. Reescrevendo a oração na


ordem direta, teremos “A vez do engenheiro Frederico chegou”. Vejam, inclusive,
que a forma verbal “chegou” é intransitiva.
b) conforme vimos na assertiva anterior, o sintagma “a vez” é sujeito da primeira
oração, invalidando a afirmação da banca.
d) a oração “que trabalha na manutenção (...)” é classificada como subordinada
adjetiva explicativa.
e) o termo “ninguém” é sujeito da forma verbal “tira”, elíptica na sentença: “(...) e tira
fotos do metrô como ninguém (tira)”.

Gabarito: C.

40. (IADES-2013/SUDAM/Agente Administrativo) Analise as seguintes


reescritas do trecho “De acordo com a prefeitura, o Pará, apesar de ser um
estado rico em recursos hídricos, dispõe de menos de 60% de atendimento de
água potável” (linhas 14 a 16). A reescrita que preserva sintática e
semanticamente o texto é:

(A) O Pará de acordo com a prefeitura apesar de ser um estado rico em recursos
hídricos, dispõe de menos de 60% de atendimento de água potável.
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(B) De acordo com a prefeitura, apesar de ser um estado rico em recursos hídricos,
o Pará dispõe de menos de 60% de atendimento de água potável.
(C) Apesar de ser um estado rico em recursos hídricos, o Pará, dispõe de menos de
60% de atendimento de água potável, de acordo com a prefeitura.
(D) Apesar de ser um estado rico em recursos hídricos, de acordo com a prefeitura,
dispõe de menos de 60% de atendimento de água potável, o Pará.
(E) De acordo com a prefeitura o Pará, em recursos hídricos, dispõe de menos de
60% de atendimento de água potável apesar de ser um estado rico.

Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (B). Inicialmente, o


trecho “De acordo com a prefeitura” tem caráter explicativo e, por estar antecipado,
foi corretamente isolado por vírgula. Por sua vez, a oração “apesar de ser um
estado rico em recursos hídricos” é subordinada concessiva, estando isolada por

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vírgulas devido à sua intercalação na sentença. Por fim, o último trecho também
manteve a ideia original do enunciado.
Nas demais opções, houve os seguintes desvios:
a) Faltou isolar por vírgulas o trecho explicativo “de acordo com a prefeitura”.
Ademais, também faltou uma vírgula antes da oração subordinada intercalada
“apesar de ser um estado rico em recursos hídricos”.
c) A vírgula após “Pará” foi mal empregada, separando sujeito e predicado.
d) O sintagma “o Pará” deveria anteceder a forma verbal “dispõe”, devido à sua
função de sujeito.
e) Faltou uma vírgula após o trecho explicativo “De acordo com a prefeitura”.

Gabarito: B.

41. (IADES-2013/SUDAM/Agente Administrativo) Considere o fragmento abaixo


e analise a afirmação a seguir.

Os indígenas contam que esses batráquios eram confeccionados pelas


índias que habitavam as margens do rio Amazonas.

I. A oração “que habitavam as margens do rio Amazonas” (linhas 5 e 6)


restringe o sentido do substantivo “índias”.

Comentário: Com efeito, a oração “que habitavam as margens do rio Amazonas” é


classificada como subordinada adjetiva restritiva. Sendo iniciado pelo pronome
relativo “que”, esse segmento restringe o sentido do substantivo “índias”, o qual é
retomado pela forma pronominal mencionada. Logo, a afirmação da banca está
correta.

Gabarito: Certo.

42. (IADES-2013/SUDAM/Analista Técnico Administrativo) A respeito das


questões gramaticais que envolvem o trecho “é desejo das autoridades
peruanas conectar comercialmente Manaus a Paita, no entanto o transporte
entre essas regiões ainda é precário”, assinale a alternativa correta.
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(A) Há duas orações, sendo que a 2ª introduz uma ideia que se opõe ao que é
declarado pela 1ª.
(B) O uso da crase diante do vocábulo “Paita” é facultativo.
(C) O vocábulo “precário” é acentuado por ser paroxítono terminado em vogal.
(D) O pronome “essas” foi utilizado inadequadamente.
(E) “peruanas” é um adjetivo que está substantivado.

Comentário: A resposta da questão encontra-se na letra (A). No trecho mencionado


pela banca examinadora, há dois verbos; portanto, há duas orações:

(1) Conectar comercialmente Manaus a Paita é desejo das autoridades peruanas

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(2) No entanto o transporte entre essas regiões ainda é precário.

Percebam, sobretudo, que a 2ª oração é introduzida pelo nexo textual “no


entanto”, exprimindo uma ideia de oposição em relação ao que se declara na 1ª.
Logo, a afirmação do examinador está correta.

Nas demais opções:

b) No contexto, o uso do acento grave indicativo de crase é proibido (veremos esse


ponto do programa em aulas futuras).
c) O vocábulo ‘precário’ é acentuado por ser uma paroxítona finalizada em ditongo,
obedecendo aos cânones gramaticais.
d) Não houve qualquer trangressão gramatical ao empregar o pronome ‘essas’ no
contexto.
e) O adjetivo ‘peruanas’ não está substantivado.

Gabarito: A.

43. (IADES-2013/CAUBR/Assistente Administrativo)

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Quanto aos aspectos gramaticais, assinale a alternativa correta.

(A) Em “Se eu ver você ameaçando alguém de novo”, o verbo ver está
flexionado no futuro do subjuntivo.

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(B) A oração “que você vem ameaçando o vizinho” exerce função de objeto
direto.
(C) A oração “que você vem ameaçando o vizinho” exerce a função de sujeito
da oração.
(D) Em “Ameaçar é muito feio, meu filho!”, tem-se uma oração subordinada
substantiva apositiva.
(E) Em “Se eu ver você ameaçando alguém de novo”, a substituição do verbo
“ver” pela forma verbal vir causa prejuízo à correção gramatical.

Comentário: A resposta da questão encontra-se na letra (C). De fato, a oração “que


você vem ameaçando o vizinho” desempenha a função de sujeito da oração
principal “É verdade”. Nesse contexto, temos um caso de sujeito oracional,
obrigando o verbo ‘ser’ (da oração principal) a permanecer no singular.
Nas demais opções:
a) O verbo ‘ver’ estaria flexionado no futuro do subjuntivo caso se apresentasse sob
a forma “vir”. Nesse caso, inclusive, atingir-se-ia a correção gramatical.
b) Conforme explicação contida na letra (C), a oração “que você vem ameaçando o
vizinho” exerce a função de sujeito em relação à oração principal.
d) Em “Ameaçar é muito feio”, temos uma oração subordinada substantiva
predicativa.
e) De acordo com a explicação contida na letra (A), a substituição da forma verbal
‘ver’ pela estrutura ‘vir’ atingiria a correção gramatical, contrariando o examinador.

Gabarito: C.

Por hoje é só, pessoal!

Até a próxima aula!


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Fabiano Sales.

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