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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria-Executiva
Subsecretaria de Assuntos Administrativos

Metodologia para Aplicação


do Guia de Simplificação
de Processos do
Ministério da Saúde
Versão 1.0

Série A. Normas e Manuais Técnicos

Brasília – DF
2007
 2007 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs
O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser acessado na página: http://www.saude.gov.br/editora

Série A. Normas e Manuais Técnicos

Tiragem: 1.ª edição – 2007 – 300 exemplares

Edição, distribuição e informações:


MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria-Executiva
Subsecretaria de Assuntos Administrativos
Coordenação-Geral de Modernização e Desenvolvimento Institucional
Esplanada dos Ministérios, bloco G, Edifício Anexo,
3.º andar, ala A, sala 317
CEP:70058-900, Brasília, DF
Tel.: (61) 3315-2220
Fax: (61) 3315-2518
E-mail: cgmdi@saude.gov.br

Elaboração revisão e projeto gráfico:


Coordenação-Geral de Modernização e Desenvolvimento Institucional – CGMDI/SAA/SE

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Assuntos Administrativos.


Metodologia para aplicação do Guia de Simplificação de Processos do Ministério da Saúde : versão 1.0 / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Subsecretaria de Assuntos
Administrativos. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2007.
64 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

ISBN

1. Processo de execução. 2. Avaliação de processos (cuidados de saúde). 3. Desburocratização. I. Título. II. Série.
NLM W 84 

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2007/0195

Títulos para indexação:


Em inglês: Methodology for the Guideline Process Simplification of the Ministry of Health of Brazil: version 1.0
Em espanhol: Metodología para Aplicación del Guía de Simplificación de los Procesos del Ministerio de la Salud de Brasil: versión 1.0

EDITORA MS
Documentação e Informação
SIA trecho 4, lotes 540/610
CEP: 71200-040, Brasília – DF
Tels.: (61) 3233-1774 / 2020
Fax: (61) 3233-9558 Equipe editorial:
E-mail: editora.ms@saude.gov.br Normalização: Vanessa Leitão
Home page: www.saude.gov.br/editora Revisão: Lilian Assunção e Maria Amélia Souza
Lista de figuras
Figura 1 – A organização.........................................................................................................................9
Figura 2 – Processos Organizacionais 1 . ..............................................................................................10
Figura 3 – Processos Organizacionais 2.................................................................................................10
Figura 4 – Processos Organizacionais 3.................................................................................................11
Figura 5 – Equipe Básica........................................................................................................................16
Figura 6 – Avaliação e Controle . ..........................................................................................................29
Figura 7 – Diagrama de Causa e Efeito.................................................................................................38
Figura 8 – Folha de verificação..............................................................................................................40
Figura 9 – Matriz de GUT – 1.................................................................................................................41
Figura 10 – Matriz de GUT – 2...............................................................................................................41
Figura 11 – Ciclo de Gerenciamento (Ciclo para Atingir Metas)............................................................42
Figura 12 – Planilha de Dados (Pareto)................................................................................................45
Figura 13 – Gráfico de Pareto................................................................................................................46
Figura 14 – Ferramenta 5W2H...............................................................................................................48

Lista de tabelas
Tabela 1 – Resumo para Simplificação de Processos.............................................................................55
Tabela 2 – Súmula de Reunião...............................................................................................................57
Tabela 3 – Documento de Iniciação do Projeto.....................................................................................58
Tabela 4 – Procedimento Operacional Padrão – POP............................................................................62
Tabela 5 – Lista de Presença..................................................................................................................63
Sumário
Apresentação . .........................................................................................................................................7
1 Objetivos e base conceitual...................................................................................................................9
2 Atendimento à demanda.....................................................................................................................13
2.1 Comprometimento da direção superior............................................................................13
2.2 Cumprimento de acordos realizados................................................................................13
3 Metodologia de gerenciamento dos projetos de simplificação de processos.....................................15
3.1 Fase de iniciação..............................................................................................................17
3.2 Fase de planejamento......................................................................................................18
3.3 Proposta de simplificação.................................................................................................24
3.4 Implementação.................................................................................................................25
3.5 Avaliação e controle.........................................................................................................29
4 Ferramentas........................................................................................................................................35
4.1 Brainstorming...................................................................................................................35
4.2 Carta de Tendências..........................................................................................................35
4.3 Técnica de Moderação por Cartelas..................................................................................36
4.4 Checklist............................................................................................................................37
4.5 Diagrama de Causa e Efeito.............................................................................................37
4.6 Folha de Verificação.........................................................................................................39
4.7 Matriz de GUT...................................................................................................................40
4.8 Metodologia de Análise e Melhoria de Processo – MAMP...............................................42
4.9 Método PDCA....................................................................................................................42
4.10 Gráfico de Pareto ...........................................................................................................44
4.11 POP.................................................................................................................................46
4.12 Relatório das Três Gerações............................................................................................47
4.13 5W2H..............................................................................................................................48
Referências ............................................................................................................................................49
Glossário de termos e conceitos.............................................................................................................51
Anexos (Documentos de Trabalho).........................................................................................................55
Anexo A – Resumo para simplificação de processos...............................................................55
Anexo B – Súmula de reunião................................................................................................57
Anexo C – Documento de iniciação do projeto.......................................................................58
Anexo D – Procedimento Operacional Padrão – POP.............................................................62
Anexo E – Lista de presença...................................................................................................63

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Apresentação
Este manual é um conjunto de procedimentos elaborados à luz do Guia de Simplificação do
Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – Gespública, criado em 1979 por Hélio
Beltrão e retomado no ano de 2000, frente às necessidades de combate ao excesso de exigên-
cias formais, por parte do Estado, para a prestação de serviços e garantia de direitos do cidadão
brasileiro como usuário do serviço público, em nível nacional. O Guia foi elaborado para auxiliar
qualquer organização pública interessada em simplificar processos para proporcionar a melhoria
da qualidade de serviços.

A Coordenação-Geral de Modernização e Desenvolvimento Institucional (CGMDI), da Sub-


secretaria de Assuntos Administrativos (SAA), do Ministério da Saúde, ciente da sua competência
de planejar, coordenar, orientar, elaborar e apoiar a execução de projetos de reestruturação or-
ganizacional, de modernização administrativa, de racionalização de procedimentos, de sistemas e
métodos administrativos, de melhoria da gestão e de desburocratização dos órgãos e das entidades
do Ministério da Saúde (MS), conforme o Art. 1.º de seu Regimento Interno, e no intuito de contri-
buir para a otimização das atividades constantes dos processos, no âmbito do Ministério da Saúde,
elaborou este guia como suporte e diretriz para os Agentes de Mudança, cujo papel consiste em
elaborar e gerenciar o projeto de simplificação da unidade demandante, prestar o suporte técnico
e atuar como mediador.

A simplificação de processos é condição básica para a implementação da qualidade em ser-


viços prestados e produtos oferecidos. Assim, a observação e a utilização dos procedimentos aqui
apresentados, junto à adequação da realidade do projeto demandado, compõem o conjunto de
metodologia e atitudes necessárias ao êxito de qualquer ação que se proponha desenvolver.

Um bom trabalho a todos.

Coordenação-Geral de Modernização e
Desenvolvimento Institucional (CGMDI)

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1 Objetivos e
base conceitual
“Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo. Não existe um produto ou
um serviço oferecido por uma empresa sem um processo empresarial”
José Ernesto Lima Gonçalves

Toda organização desenvolve inúmeros procedimentos, tarefas ou atividades rotineiras, que levam à produção
dos mais variados resultados na forma de produtos e serviços. Tais procedimentos, devido à sua natureza e a dos
resultados gerados, podem ser enquadrados na forma de processos organizacionais. Tais processos, de forma
integrada, trabalham no sentido de promover a consecução dos objetivos principais da organização, esses dire-
tamente relacionados à sua missão.
Figura 1 – A Organização

Organização

Missão

Insumos Processos Produtos

Na concepção mais freqüente, processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que, a partir de um
insumo, adiciona valor a ele, fornecendo um produto ou serviço a um cliente específico (GONÇALVES, 2000).
Dessa forma, pode-se entender que os recursos organizacionais são alocados nos processos, gerando resultados
para os clientes (Figura 1).

Esse conceito traz a idéia de processo como fluxo de trabalho – com insumos e produtos/serviços claramente
definidos e tarefas que seguem uma seqüência lógica e que dependem umas das outras numa sucessão clara,

9
denotando que os processos têm início e fim bem determinados. Os processos organizacionais podem ser clas-
sificados em três categorias:
Objetivos e Base Conceitual

Figura 2 – Processos Organizacionais 1

Finalísticos Apoio Gerenciais


- São ligados à essência do funcio- - São centrados na organização; - São centrados nos gerentes;
namento da organização; - Viabilizam o funcionamento coor- - Estão relacionados aos processos
- São suportados por outros pro- denado dos vários subsistemas da decisórios e de informações;
cessos internos; organização; - Incluem ações de medição e ajuste
- Resultam no produto ou serviço - Garantem o suporte adequado do desempenho da organização;
que é recebido pelo cliente. aos processos de negócio. - Incluem as ações de suporte que
os gerentes devem realizar.
Fonte: Guia de Simplificação – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão/MPOG (BRASIL, 2005).

Para a consecução de cada tipo de processo da organização, é necessária a articulação de diversas ações
que podem se desdobrar na execução de subprocessos, atividades ou tarefas. Diante disso, poderia se dizer que
existe uma hierarquia entre processos, subprocessos e atividades.

Essa hierarquia é representada na forma de um sistema, dado que um processo organizacional pode ser
visto como um sistema da organização composto por subsistemas (subprocessos), que, por sua vez, são formados
de atividades, absolutamente interligados (Figura 3).

Figura 3 – Processos Organizacionais 2

Processo Organizacional

Subprocesso

Atividades

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Figura 4 – Processos Organizacionais 3

Organização

Objetivos e Base Conceitual


Processo Processo
subprocesso subprocesso
atividades atividades
subprocesso subprocesso
atividades atividades
Processo
subprocesso
atividades
subprocesso
atividades

Essa visão sistêmica somente será possível quando a simplificação administrativa ocorrer em toda a orga-
nização. A aplicação da Metodologia de Simplificação pode se dar em qualquer uma das categorias de processo
mencionadas, a depender do escopo de atuação definido por seus responsáveis, Figura 4.

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2 Atendimento à
demanda
2.1 Comprometimento da direção superior
O envolvimento da direção superior da unidade demandante no processo de simplificação é de fundamental
importância para o sucesso do seu projeto. É ela a responsável pelos recursos e atitudes necessárias ao desempenho
das atividades e da determinação quanto à geração dos produtos finais. Independentemente disso, um dos papéis
decisivos a ser desempenhado pelos “Agentes de Mudanças” (servidores e consultores responsáveis por cada pro-
jeto de simplificação – “Equipe Básica”) é o de articular e motivar o desenvolvimento das ações de Simplificação
Administrativa, no sentido de compartilharem experiências para fortalecer as iniciativas de desburocratização no
órgão e envolver os interessados.

O princípio fundamental que irá reger os trabalhos de Simplificação Administrativa será o da Construção
Conjunta. A Equipe Básica, durante todas as etapas do trabalho, deverá desempenhar o importante papel de
disseminar tal princípio. As ações conjuntas visam proporcionar o ambiente favorável à participação de todos os
indivíduos da organização, de forma que suas idéias sintam-se respeitadas e incluídas no processo e que, ao final
dos trabalhos, vejam suas contribuições refletidas no resultado alcançado pela equipe.

2.2 Cumprimento de acordos realizados


Os acordos e compromissos inicialmente pactuados sejam quanto a horários, freqüência em reuniões, rea-
lização de tarefas, uso de celulares, atendimento à demandas externas, entre outros itens que possam de alguma
forma prejudicar os trabalhos, devem ser observados para que o objetivo final seja alcançado.

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3 Metodologia
de Gerenciamento
dos Projetos de
Simplificação
de Processos
Como gerenciamento das ações de melhoria, adotamos uma metodologia específica baseada no PMI – Project
Management Institute of Pennsylvania – USA, presente em mais de 125 países. As ações serão tratadas como pro-
jetos. O objetivo é padronizar o trabalho quanto à sua estrutura, estabelecendo roteiro, providências e formulários
comuns, que servirão como orientação para todas atividades realizadas no projeto, criando sistematicamente uma
documentação para subsidiar ações futuras ou conseqüentes, funcionando como gestão do conhecimento.

Os projetos de simplificação serão desenvolvidos mediante o cumprimento de 5 (cinco) fases, sem perda do
foco da metodologia do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – Gespública:

• Iniciação;

• Planejamento;

• Proposta de simplificação;

• Implementação;

• Avaliação e controle.

Para atender aos diversos agentes de mudança que estarão trabalhando nos Projetos de Simplificação de
Processos, a Coordenação-Geral de Modernização e Desenvolvimento Institucional (CGMDI), da Subsecretaria
de Assuntos Administrativos (SAA), dispõe de um Escritório de Projetos, composto por servidores e consultores es-
pecializados para treinar multiplicadores e também assessorar na elaboração e execução dos projetos.

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Todos os projetos deverão estar sob a responsabilidade do gerente do projeto, disponibilizadas na página do
Gespública MS na intranet, ficando portanto disponível para consultas pelas pessoas interessadas ou que estejam
Metodologia de gerenciamento

trabalhando no projeto. Estas informações devem ser atualizadas sistematicamente de forma a permitir também o
acompanhamento por parte do Escritório de Projetos, notadamente no que se refere às consultorias solicitadas.

Em todos os projetos estarão alocadas pessoas que assumirão papéis e responsabilidades definidos. A seguir,
o quadro que caracteriza a Equipe Básica do Projeto:

Figura 5 – Equipe Básica

Papel Responsável
Patrocinador – Identificador da necessidade e demandante do projeto. Responsável pela
Será o responsável por recursos e atitudes necessários para sua execu- unidade demandante
ção, intervindo quando preciso ou por solicitação do Gerente do Proje- que é o cliente do
to, visando resguardar o real desempenho das atividades e a geração Escritório do Projeto.
dos produtos finais.
Gerente do Projeto – Servidor ou consultor encarregado de elaborar Agente de Mudança
e gerenciar o projeto, prestar o suporte técnico e atuar como mediador, indicado ou capacita-
adotando as metodologias necessárias para o melhor desenvolvimento do pela CGMDI/SAA.
das atividades e o alcance dos seus resultados.
Coordenador do Projeto – ���������������������������������������
Servidor ou consultor da unidade deman- Servidor ou consul-
dante designado para coordenar e dar suporte aos trabalhos juntamen- tor lotado na unidade
te com o gerente do projeto, na construção de agendas, compromissos demandante (cliente).
e responsabilidades. Atua como mediador nas atividades a ele designa-
das junto às diversas áreas envolvidas no projeto.
Responsável de Área – Coordenadores de áreas envolvidas no pro- Coordenadores de
cesso que auxiliarão na realização das atividades propostas para le- Unidades envolvidos
vantamento das informações necessárias à realização dos produtos do no processo a ser sim-
projeto. plificado.

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Formulários padronizados

Metodologia de gerenciamento
Para padronizar os procedimentos e a documentação gerados durante a execução do projeto, em função de
manter uma memória mais organizada e sistemática, foram criados formulários que estão referendados de acordo
com sua aplicação, dentro dos diversos capítulos deste manual. Os modelos dos formulários estão disponíveis
como anexos no presente manual e também em arquivos eletrônicos na página do Gespública MS na intranet.

• Súmula de Reunião;

• Documento de Iniciação do Projeto;

• Procedimento Operacional Padrão – POP;

• Lista de Presença.

3.1 Fase de iniciação


Identificada a necessidade de simplificação, a unidade demandante juntamente com técnicos do Escritório de
Projetos da CGMDI através de reuniões (Documentos de Trabalho: Formulário 1 – Súmula de Reunião) definirão
o escopo do projeto a ser realizado.

As reuniões preliminares destinam-se a uma análise da situação para a priorização do(s) processo(s) a
ser(em) simplificado(s). A escolha deve ser consensual com priorização dos casos mais críticos, que necessitem
de uma intervenção imediata, ressaltando-se que o principal critério de priorização se dá pela constatação de
alguma oportunidade de melhoria relativa a um processo, que a alta administração tenha manifestado interesse
em aprimorar e/ou inovar.

No caso de não haver clareza por parte da unidade demandante sobre o que deve ser priorizado, as partes
envolvidas no projeto através da mediação de um Agente de Mudança poderão proceder à priorização da simplifica-
ção, utilizando-se do método GUT (vide pag. 40), associado à técnica de moderação por cartelas (vide pág. 36).

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Ainda nesta fase poderão ser feitas algumas negociações relativas ao escopo do projeto, à escolha da equipe,
aos prazos e a outros aspectos que irão compor o plano de trabalho, que é o objeto da fase do planejamento.
Metodologia de gerenciamento

3.2 Fase de planejamento


Consiste no planejamento de ações a serem desenvolvidas, para formalizar e acompanhar o processo de
implementação da Simplificação. O plano de trabalho será representado pelo Documento de Iniciação do Projeto
(vide pág. 56), documento único que deve refletir o que será realizado e que direcionará todas as ações do projeto.
É, na verdade, o planejamento tático e estratégico de implementação das etapas de Simplificação Administrativa.
Além de servir como instrumento de controle gerencial, o plano deverá ser validado por parte da direção da uni-
dade demandante e das pessoas-chave para que as ações de simplificação da equipe tenham legitimidade e, de
fato, possam ser implementadas. A equipe responsável pelo projeto se encarregará pela elaboração do plano de
trabalho, podendo ainda ser acompanhada pelos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente nos processos
de trabalho.

A seguir, os itens que devem compor o Documento de Iniciação do Projeto:

Necessidade geradora do projeto

Relatar as necessidades identificadas que originaram a demanda de simplificação de processos.

Ex.: Necessidade de organizar a atividade em função de não existir procedimentos definidos.

Objetivos do projeto

Descrição do que se pretende realizar para alcançar uma nova situação vislumbrada, representando ainda
a razão do projeto existir.

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Ex.: Reorganizar um processo específico, estabelecendo um novo fluxo para as atividades a partir da racio-
nalização e definição de normas e procedimentos, em trabalho conjunto com as áreas envolvidas.

Metodologia de gerenciamento
Escopo do projeto

Delimitar a abrangência da ação de simplificação a ser executada, definindo claramente os produtos a serem
entregues, recursos a serem disponibilizados, objetos, atividades e prazo final.

A seguir, a especificação mínima para o escopo do projeto de simplificação:

Objetos

• Diagnóstico da situação atual contemplando o mapeamento de todo o processo;

• Levantantamento das possibilidades de melhoria no processo de trabalho.

Atividades

• Elaboração do diagnóstico da situação atual contemplando: fluxograma com descrição das tarefas e seus . Elaboraç
responsáveis; grau de interdependência com outras áreas e tempo de execução das tarefas; levantamento
das normas existentes e os seus impactos no processo de trabalho;

• Elaboração de uma proposta de mudança, incluindo medição e avaliação do processo através de indica. -Elaboraç
dores, feita de forma participativa entre as áreas envolvidas e a equipe base do projeto;

• Definição do cronograma de implementação das mudanças com as correspondentes medições e avaliações.. Definição

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Prazo
Metodologia de gerenciamento

A ser acordado.

Diretrizes

Estabelecem condições específicas sob as quais o projeto deverá ser conduzido.

Ex.:

1- Criação de um grupo de coordenação e monitoramento do projeto composto por...

2- Os documentos gerados deverão ser entregues em meio digital...

Áreas envolvidas

Relacionar as áreas envolvidas no projeto, indicando o nome do responsável, cargo e os seus contatos (te-
lefone e e-mail).

Metodologia

Relacionar as metodologias a serem utilizadas, tais como: entrevistas, pesquisas, workshops, softwares, entre
outros.

Produtos

Os projetos devem conter no mínimo os quatro produtos a seguir relacionados:

• Relatório preliminar com diagnóstico situacional, contemplando o mapeamento do processo de trabalho . Relatório
e as normas existentes;

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• Relatório contemplando o plano validado das melhorias do processo de trabalho;. Relatório contemplando o plano

Metodologia de gerenciamento
• Proposta de simplificação (melhorias) dos processos de trabalho;. Proposta de simplificação (melhorias) dos proces

• Plano para implementação das melhorias, incluindo medição e avaliação do processo de trabalho.. Plano para im

Resultados esperados

Descrever sobre o que se espera que aconteça (situação desejada) após a implementação das melhorias
tratadas no projeto.

Ex.:

1- E
 spera-se que a proposta de melhoria a ser apresentada permita, à luz da racionalização, um
ganho considerável na agilidade e qualidade, quando da análise técnica e jurídica dos pedidos de
repactuação dos contratos administrativos, solicitados pelas empresas contratadas pelo Ministério
de Saúde (MS).

2- Maior adesão às ferramentas de gestão já existentes com o processo de trabalho.

Premissas

Condições ou situações que se supõe existir ou que concorram para o desenvolvimento do projeto.

Ex.:

1 - Comprometimento total da alta direção com o projeto;

2 - Cumprimento dos prazos estipulados para execução das atividades;

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3 - Provisão, para o grupo técnico de trabalho, dos recursos necessários e pertinentes ao efetivo de-
Metodologia de gerenciamento

senvolvimento das atividades.

Restrições

Condições inalteráveis às quais o projeto fica submetido.

Ex.:

1- O universo de atuação se restringe às unidades que interagem com o processo de trabalho a ser
analisado;

2- O prazo máximo para execução do projeto não poderá ultrapassar 90 (noventa) dias.

3- O orçamento total disponibilizado para a execução do projeto limita-se a R$35.000,00.

Principais marcos do projeto

São datas estratégicas que determinam a conclusão de fases do projeto, período do qual podem resultar
produtos ou insumos para outras fases. Os marcos fazem parte do cronograma geral do projeto.

Equipe básica do projeto

Representa a equipe responsável pelo projeto, cujos perfis estão definidos. Figura 5 “Equipe Básica”, apre-
sentado na página 16, acrescentados dos respectivos dados da unidade pertencente, função, telefone e e-mail.

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Papéis e responsabilidades

Metodologia de gerenciamento
Estão descritos na página 16, Figura 5, dentro do quadro “Equipe Básica do Projeto”, e deverão ser transcritos
para este campo, ajustando os nomes e unidades correspondentes ao projeto em questão.

Comunicações no projeto

Representa as diversas formas pelas quais a equipe básica e as demais pessoas que participarão, de alguma
forma, do projeto, irão interagir para desenvolver os trabalhos.

Ex.: reuniões, entrevistas; brainstorming, moderação por cartelas, etc.

Comissão de supervisão e avaliação de alterações

Relação de pessoas indicadas pelo demandante do projeto, autorizadas a validar, junto ao Gerente do Projeto
e ao representante da CGMDI, as simplificações ou alterações realizadas nos processos de trabalho.

Data / Assinaturas

Colher assinaturas:

• Representante responsável pela Unidade Demandante;

• Representante responsável pela CGMDI;

• Gerente do Projeto (Escritório de Projetos/CGMDI);

• Coordenador do Projeto (Área Demandante).

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3.3 Proposta de simplificação
Metodologia de gerenciamento

A Proposta de Simplificação deve conter argumentos suficientes para justificar as melhorias propostas. Portanto,
além de conter a apresentação do novo desenho do processo, deverá ainda apresentar os pontos de melhorias
que foram passíveis de implementação ao longo do processo de análise para a simplificação do processo, das
sugestões de encaminhamento para soluções de curto, médio e longo prazos e dos benefícios resultantes da im-
plementação do novo processo. Então, uma possível estruturação da proposta poderia ser a seguinte:

•O
 bjetivo: apresenta a finalidade da proposta que é, fundamentalmente, servir como documento de refe-
rência para que o novo processo de trabalho seja aprovado pela autoridade competente e implementado
pelas áreas envolvidas;

•N
 ovo Desenho do Processo: com base na análise realizada a partir da modelagem do processo, surge
a proposta de uma nova forma de desenvolver o processo de trabalho. Neste item, poderão ser apontadas
as ações que devem ser incluídas, excluídas e/ou alteradas em sua seqüência de realização; os atores que
deverão ou não participar do novo processo, a junção ou desmembramento de subprocessos, inclusão de
indicadores para monitoramento e assim por diante;

• Pontos de Melhoria Implementados: as melhorias que foram passíveis de implementação imediata e


que ocorreram ao longo dos trabalhos de simplificação do processo priorizado devem ser apontadas neste
item, utilizando-se de dados comparativos (antes e depois da simplificação);

•S
 ugestões de Melhorias para Encaminhamento: melhorias que ainda não foram implementadas e o
seu porquê, pois o fluxo de trabalho ideal pode depender de fatores que impeçam sua implementação
imediata. Assim, as melhorias que dependem de suporte da tecnologia da informação, de articulação po-
lítica interna e/ou externa, bem como as condições e os pressupostos necessários para a implementação
do novo processo (recursos, decisões, etc.) deverão ser aqui detalhados;

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• Benefícios da Implementação do Novo Desenho do Processo: os dados resultantes da análise feita na
etapa de Modelagem dos Processos poderão subsidiar a elaboração deste item e serão elementos para os

Metodologia de gerenciamento
indicadores. Aqui, verificações como redução de tempo para execução da tarefa, redução de re-trabalho,
otimização de recursos humanos e tecnológicos e outras vantagens anteriormente observadas pela equipe
de trabalho devem ser descritas.

3.4 Implementação
A Simplificação Administrativa introduz elementos novos no fluxo de trabalho, e, por conseguinte, altera a
forma como todos os colaboradores estavam acostumados a desenvolver suas atividades. Portanto, a implementa-
ção de um novo processo necessita de um esforço organizado e persistente para alcançar a situação planejada.

Para tanto, a equipe do Escritório de Projeto, juntamente com a equipe de trabalho da unidade demandante,
executora do processo, deverão realizar, pelo menos, três ações que servirão como ponto de apoio nesse trabalho.
São elas:

• Elaboração do Manual de Procedimentos;

• Treinamento dos envolvidos no novo processo de trabalho;

• Ampla divulgação do novo funcionamento do processo de trabalho e dos benefícios gerados.

O primeiro passo para a implementação é identificar quantos e quais procedimentos podem ser redigidos a
partir dos subprocessos que foram melhorados na etapa de Modelagem do Processo.

Os procedimentos devem conter toda a sistemática de trabalho estabelecida, de forma que possibilite ao
leitor a compreensão acerca do que deve ser feito e de como fazê-lo.

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Para tanto, é necessário que se defina um padrão de documentação junto a um controle de versão do que
está sendo documentado, de modo a garantir que todas as informações acerca do procedimento estejam dispo-
Metodologia de gerenciamento

níveis e acessíveis na versão mais atual.

Nesse procedimento, deve ser definido o corpo padrão dos procedimentos da unidade demandante, a partir
do seguinte exemplo:

• Título do Procedimento: designação do procedimento;

•N
 úmero do Procedimento: código a ser criado, identificando a área ou o setor responsável pelo proce-
dimento e um número seqüencial de controle;

•C
 ontrole de versão: campo que indica a versão e a data de sua elaboração, bem como o(s) responsável(eis)
pela elaboração e aprovação do documento. A cada alteração do documento, a versão deve ser atuali-
zada;

• Objetivo: descrição a que se destina o procedimento;

•A
 plicação: informa onde e quando se aplica o procedimento, que áreas/setores devem utilizá-lo e em
que circunstâncias;

•R
 esponsável: área/setor responsável por manter o procedimento atualizado e por disseminar o procedi-
mento da unidade demandante, bem como por promover os treinamentos relativos;

• Glossário: apresenta as siglas e/ou códigos que aparecerão no corpo do documento com seus respectivos
significados;

• Entradas: informa as entradas/insumos necessários à execução do procedimento;

•D
 escrição: é a decodificação dos fluxogramas e da modelagem; é onde se escreve passo a passo o(s)
procedimento(s);

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• Saídas: informa os resultados gerados com o desenvolvimento do(s) procedimento(s);

Metodologia de gerenciamento
• Fluxograma: mostra a representação gráfica do(s) procedimento(s);

•R
 eferências: relaciona os instrumentos de trabalho (formulários, sistemas de informação, normas) que são
mencionados no corpo do documento, indicando onde e como encontrá-los;

•A
 nexos: contêm o modelo dos instrumentos de trabalho (formulários, sistemas de informação) que servem
de apoio à execução do(s) subprocesso(s) com suas respectivas instruções de preenchimento.

O manual deverá disponibilizar ainda informações acerca do processo de trabalho como um todo, tais como
as metas a serem alcançadas e as autoridades e responsabilidades dos executores do processo.

Durante esta etapa, devem ser apresentados o novo desenho do processo, as novas regras do trabalho defi-
nidas no Manual de Procedimentos, os instrumentos que apoiarão as tarefas, como formulários, normas e sistema
de medição de desempenho do processo.

As pessoas diretamente ligadas ao processo de trabalho simplificado devem participar do treinamento. Às


vezes, podem-se identificar pessoas que, apesar de não apresentarem ligação direta com o processo, necessitem
de treinamento como sua nova dinâmica, em virtude da relação estreita de suas atividades, frente ao novo pro-
cesso.

Após o treinamento, os participantes deverão estar aptos a aplicar, na prática diária, os conhecimentos ad-
quiridos e a analisar criticamente o desempenho do processo, de forma que possibilite a sua melhoria contínua.

A equipe de trabalho deverá se reunir para definir a estratégia de divulgação e os possíveis canais de co-
municação que poderá utilizar para fazer com que o objetivo da ação seja alcançado. Nesse momento deverá
considerar alguns aspectos:

27
•O
 que divulgar: deverão ser divulgados os resultados obtidos com a Simplificação Administrativa, apresentando
o passo a passo para a realização do novo processo de trabalho, bem como resultados do tipo: índices de
Metodologia de gerenciamento

melhoria do processo, novos padrões de qualidade, redução de tempo e recursos utilizados para a realização
do processo, diminuição da circulação de documentos, tempo de espera, retrabalho, filas e outros;

•P
 ara quem divulgar: definir qual o público-alvo a ser atingido pela campanha e qual a amplitude da ação.
Se esta deverá limitar-se aos colaboradores da instituição ou deverá ser estendida ao cidadão;

•M
 eios para a divulgação: verificação das ferramentas e tecnologias que poderão ser utilizadas para tornar
pública e acessível a informação. Para o caso de divulgação junto aos colaboradores internos, podem-se
realizar seminários;

• Periodicidade: a depender do meio de divulgação escolhido, definir se as informações deverão ser difun-
didas diariamente, semanalmente, mensalmente, ou de acordo com a necessidade do projeto;

• Qualidade da informação: observar que a informação a ser divulgada obedeça a requisitos de ser precisa,
completa, econômica, flexível, confiável, relevante, simples, em tempo hábil e verificável.

Somente a divulgação em si não garante o acesso à informação. A equipe de trabalho terá o desafio de
definir uma estratégia de divulgação que desperte em seu público-alvo o estímulo para que acesse e conheça as
informações que serão transmitidas.

Para motivar o acesso à informação, a equipe de trabalho deverá trabalhar com “chamadas” que despertem
a curiosidade do público-alvo e que possibilitem identificar no Novo Processo, benefícios concretos para a melhoria
de seu trabalho, quebrando as barreiras impeditivas de conhecimento e de apropriação da novidade.

28
3.5 Avaliação e controle

Metodologia de gerenciamento
Esta mesma sistemática utilizada para identificar e corrigir falhas nos processos de trabalho deve ser aplicada para
medir o desempenho dos processos simplificados de forma a comparar o desempenho do processo antigo com o novo
processo simplificado. Também irá identificar, caso a nova concepção do processo trabalhado careça de alguma sim-
plificação ou melhoria, novas simplificações a serem feitas. Dessa maneira, obtém-se um fluxo assim esquematizado:
Figura 6 – Avaliação e Controle

IDENTIFICA
1 PROCESSO A SER
SIMPLIFICADO

EXECUTA A PROCESSO
SIMPLIFICAÇÃO SIMPLIFICADO
DO PROCESSO IMPLANTADO

AVALIA E
2 CONTROLA O
PROCESSO

SIM NÃO
O PROCESSO AGUARDA PONTO
1 CARECE DE
SIMPLIFICAÇÃO
DE AVALIAÇÃO E
CONTROLE
OU MELHORIA

29
Avaliação
Metodologia de gerenciamento

As constantes transformações nos ambientes organizacionais, associadas à aplicação sistemática e contínua


de indicadores, auxiliam na criação de um quadro amplo sobre a evolução do subprocesso em termos de eficiência
e eficácia. Esse quadro só é possível de se obter após certo período de tempo, quando já existe algum histórico
de resultados.

O histórico de resultados obtidos é então avaliado, subsidiando ações de aperfeiçoamento do próprio sub-
processo, ou de ajuste nos indicadores. Na avaliação, os executores dos subprocessos devem buscar:

• Observar a tendência dos resultados: indica a evolução temporal do que tem acontecido no período con-
siderado;

• Comparar com alguma referência externa: permite estabelecer a posição em relação ao ambiente externo.
A comparação pode ser feita pelo benchmarking, através da duplicidade de atividades, se for o caso, ou
outra fonte suficientemente confiável de referência, em relação a algum processo ou subprocesso similar.

Aperfeiçoar o processo significa redesenhá-lo, implementando as melhorias que foram percebidas com o re-
sultado do monitoramento. Assim, poderá ser orientado um novo ciclo de aplicação do Guia de Simplificação.

As atividades constantes da implementação de simplificação de processos deverão ser acompanhadas pela


equipe consultora com o objetivo de orientar a área demandante quando da tomada de decisão nos diversos
subprocessos.

30
A seguir tem-se uma visão geral de indicador.

Metodologia de gerenciamento
Indicador

É uma forma de representação quantificada das características de um produto (resultado de um processo) e


de um processo, utilizado para acompanhar e melhorar os resultados ao longo do tempo.

Objetivo dos indicadores:

• Transmitir necessidades e expectativas dos clientes;

• Viabilizar o desdobramento das metas;

• Dar suporte à análise crítica dos resultados do negócio, para tomada de decisão e para o planejamento;

• Contribuir para melhoria dos processos e produtos.

Embora medir ainda não seja algo aceito com facilidade pelas organizações, seu resultado necessariamente
conduz ao desenvolvimento das pessoas e, conseqüentemente, da organização. Segundo Peter Drucker, só ad-
ministramos o que medimos.

Classificação dos indicadores

• I��������������������������������������������������������������������������������������������������������
ndicador de qualidade – é um medidor que distingue o produto do ponto de vista do cliente e está rela-
cionado ao julgamento realizado pelo cliente, mediante a apreciação das características do produto – sa-
tisfação ou insatisfação (eficácia - relação entre a qualidade do produto e o padrão de qualidade exigido,
que corresponde a; Iq/IQX100, onde Iq é o índice de qualidade obtido e IQ é o padrão exigido);

• Indicador de desempenho do produto – é um medidor que distingue o produto para atender às neces-
sidades e expectativas do cliente;

31
• Indicador de desempenho do processo – é um medidor que distingue o processo para atender às carac-
terísticas de desempenho do produto – envolve as pessoas, os fornecedores, os parceiros a comunidade,
Metodologia de gerenciamento

etc. (eficiência – relação entre o desempenho do processo e do padrão, que corresponde a; Ip/IPX100,
onde Ip é índice de produtividade e IP é o padrão).

Requisitos para geração de indicadores:

• Ser importante – o que medir;

• Simples e claro – fácil compreensão;

• Baixo custo – de mensuração viável;

• Representativo e abrangente – passível de inferência;

• Rastreável e acessível – permite identificar a origem;

• Confiável – oferece segurança;

• Comparável – permite referência.

Fatores que afetam a geração de indicadores e metas:

• O ambiente interno (pontos fortes e fracos) e externo (oportunidades e ameaças);

• O mercado (necessidades e expectativas dos clientes);

• A organização (necessidades e expectativas);

• Os referenciais de comparação.

32
Diferença entre indicador, unidade, resultado e meta:

Metodologia de gerenciamento
• Indicador – forma de representação quantificada de uma característica do produto.

Ex.: nota média dos alunos da 2.ª série.

• Unidade do indicador – grandeza utilizada na mensuração (possibilita a comparação). Ex.: ºC, %.

• Resultado do indicador – valor obtido para o indicador. Ex.: 1T/h em janeiro de 2004.

• Meta do indicador – valor desejado para o indicador. Ex: 36ºC às17 h.

Cuidados necessários para formulação do sistema de medição:

• Atentar para a quantidade de indicadores – estabelecer prioridade e hierarquia;

• Alinhar os indicadores à estratégia corporativa;

• Enfocar a melhoria (não limitar-se ao acompanhamento ou apenas à redução de custos);

• Evitar medir previsto e realizado;

• Usar a medição para identificar o erro e não para punir quem errou;

• Considerar, na medição, a satisfação das pessoas (cliente interno);

• Utilizar os conceitos estatísticos na medição;

• Integrar os indicadores da organização;

• Atentar para confiabilidade dos dados.

33
Onde devem estar os indicadores:
Metodologia de gerenciamento

• Financeiro – desempenho econômico e financeiro global;

• Clientes e mercado – satisfação/insatisfação, participação no mercado;

• Fornecedores – desempenho e desenvolvimento;

• Processos e produto – desempenho do produto, operacional, de sistema e de processo;

• Pessoas – desempenho, desenvolvimento e satisfação.

Passos para implementar um sistema de indicadores:

• Formar equipe;

• Gerar os indicadores e as metas;

• Desenvolver sistemas – identificar fontes de dados, desenvolver metodologias;

• Medir – coleta de dados;

• Analisar – processar os dados e resultados;

• Utilizar as informações;

• Avaliar a melhoria.

Obs.: Para identificação de um indicador, quando de seu cadastramento, considerar principalmente: respon-
sável pela medição; metodologia de medição; fonte; periodicidade da coleta; unidade de medida.

34
4 Ferramentas
4.1 Brainstorming
O brainstorming ou “tempestade de idéias”, como também é chamado, é uma técnica criada por Osborn,
em 1963, em que o grupo contribui com idéias sobre determinado tema, com o objetivo de encontrar soluções
para as causas de um problema. A prática dessa técnica pressupõe trabalho em equipe e pode ser realizada de
duas formas:

• Estruturado – onde todos dão idéias, seqüencialmente.

– Vantagem – todos contribuem;

– Desvantagem – alguém pode perder uma idéia ao esperar sua vez para falar ou sentir-se constran-
gido ao fazê-lo.

• Não estruturado – as idéias são apresentadas tão logo elas surjam.

– Vantagem – o momento criativo é respeitado;

– Desvantagem – pode haver monopólio da palavra.

4.2 Carta de tendências


Também conhecida como gráfico de controle, a Carta de Tendência tem importância fundamental no moni-
toramento de um processo. Sua característica principal é a distribuição de dados ao longo de eixos cartesianos,
onde o eixo “X” é sempre a representação do tempo e o “Y” o que se deseja acompanhar. Deve conter o título, a
fonte e a indicação de “melhor”.

35
Esse gráfico permite a identificação da tendência de um processo, daí o seu nome, e também a verificação
de causas comuns ou especiais para o comportamento apresentado. Por exemplo o efeito de sazonalidade em um
processo, a incidência de erros, etc.

4.3 Técnica de moderação por cartelas


A Técnica de Moderação por Cartelas é uma metodologia utilizada para condução de trabalhos em grupo,
utilizando materiais como cartelas de diferentes tamanhos, formatos e cores, pincéis atômicos, painéis móveis ou
a própria parede da sala, papel Kraft, alfinetes de mapa, fita crepe, entre outros. O objetivo é tornar mais partici-
pativos e eficientes os processos de discussão e de construção conjunta do conhecimento. O uso desta técnica:

• Estimula a participação e a integração do grupo;

• Favorece a liberdade de expressão;

• Agiliza o levantamento de opiniões;


Ferramentas

• Reduz a repetição de debates sobre temas já acordados e concluídos;

• Assegura os materiais necessários à documentação, mantendo-se a fidelidade ao resultado apresentado.

O moderador deve ter sensibilidade, conhecimentos específicos e capacidade de observação para conduzir
o processo de conversação grupal. Deve facilitar o processo de tomada de decisão e obtenção de resultados,
incentivar o grupo a vislumbrar novas possibilidades e crescer no coletivo, estimular o grupo a encontrar cami-
nhos de ação e soluções, e também facilitar o processo de conversação grupal. Deve ter uma postura de respeito
à autonomia do grupo, sendo este quem decide se a formulação da cartela é aceitável ou não, e de observar
transparência nos seguintes procedimentos:

• Qualquer alteração em uma cartela deve ser feita na presença de todos os participantes e com seu expresso
consentimento;

36
• Qualquer mudança nos painéis tem que contar com a concordância do grupo;

• Nenhuma cartela pode ser eliminada da discussão sem a permissão dos participantes;

• Nenhuma cartela, por mais incômoda ou supérflua que pareça, pode desaparecer, e,

• Um painel contendo um conjunto de cartelas estará finalizado quando o grupo assim o decidir e não deverá
ser alterado a não ser por desejo dos participantes.

4.4 Checklist
É uma simples e poderosa ferramenta para listar, relacionar, comparar, verificar ou lembrar fatores impor-
tantes relativos às atividades.

Ferramentas
4.5 Diagrama de causa e efeito
Também conhecido como Diagrama de Ishikawa, seu criador, ou gráfico de espinha de peixe, foi desenvolvido
para representar a relação entre as causas prováveis e o efeito. De forma geral, as causas de um problema podem
ser agrupadas em seis categorias denominadas 6M (ma e me):

• Mão-de-Obra; Máquina; Material; Método; Meio Ambiente e Medida.

37
Exemplo:
Figura 7 – Diagrama de Causa e Efeito

Causas (autoridade) Efeito (responsabilidade)


Ferramentas

Como construir um Diagrama de Causa e Efeito:

• Reunir a equipe e fazer um brainstorming das possíveis causas do problema dirigindo a seguinte pergunta:
“Por que existe este problema?”;

• Selecionar as causas que têm probabilidade de serem geradoras do problema analisado;

• Desenhar o Diagrama de Causa e Efeito;

38
• Distribuir as possíveis causas, por afinidade, nas seis categorias (mão-de-obra, máquina, material, método,
meio ambiente e medida). Esta classificação pode ser adaptada à realidade do processo;

• Para cada causa continuar questionando: “Por que isto acontece?”, relacionando as respostas como con-
tribuidoras da causa principal. Recomenda-se repetir esta pergunta por mais três ou cinco vezes até que a equipe
julgue ter chegado à causa a ser selecionada. A técnica do “Por que?” ajuda a aprofundar a investigação das
causas. Não deixe de usá-la;

• Analisar o Diagrama de Causa e Efeito e circular as causas mais prováveis que influenciem o problema.
Utilizar o conhecimento e a experiência dos funcionários envolvidos no processo;

• Não selecionar apenas causas que estejam fora da autoridade da equipe e que dependam de decisões
em outros níveis;

• Ao definir as causas mais prováveis, observar, com atenção, as causas que ocorrem mais de uma vez,
inclusive em mais de um grupo de “Grandes Causas”;

Ferramentas
• Avaliar a consistência das causas definidas como prováveis e o impacto da eliminação de cada causa no
resultado desejado.

4.6 Folha de verificação


É uma ferramenta que consiste em obter dados a partir de uma pesquisa feita junto ao cliente, por meio de
questionário ou entrevista. Sua utilização é fundamental para a elaboração do gráfico de Pareto. É uma tabela
que contempla as principais ocorrências e sua freqüência. Deve conter a fonte e o período da coleta.

39
Exemplo:
Figura 8 – Folha de Verificação

Problemas Freqüência Total

Demora no atendimento ao cidadão |||||||||| |||||||||| |||||||||| |||||||||| |||||||||| ||||||| 57

Demora na entrega do benefício |||||||||| |||||||||| |||||||||| | 31

Falta de Cortesia |||||||||| |||||||||| 20

Informações Incorretas |||||||||| |||||||||| 20

Outros |||||||||| |||||||||| ||| 23

Total 151
Fonte: Caixa de sugestões e reclamações.
Ferramentas

Período: 12 a 15/12/2005.

4.7 Matriz de GUT


É uma matriz de priorização que possibilita, de forma consensual, classificar em ordem de prioridade os pro-
cessos/problemas da equipe. É uma ferramenta construída para ordenar uma lista de itens que serão priorizados
com base em critérios definidos por pesos.

A ferramenta é composta por dois formulários: o primeiro contendo uma escala de 1 (um) a 5 (cinco) para os
fatores Gravidade, Urgência e Tendência, quantificando os processos de forma sistemática; o segundo formulário
compreende uma tabela onde são registrados os processos/problemas da equipe e os valores atribuídos por ela,
que classificará os processos prioritários.

40
Muito importante: o segundo formulário deve ser preenchido da esquerda para a direita, coluna por coluna,
para evitar a manipulação dos resultados.

Formulário 1:
Figura 9 – Matriz de GUT – 1

Valor Gravidade Urgência Tendência

Piora rapidamente se nada


5 Extremamente grave Necessita de ação imediata
for feito

Necessita ação com alguma Piora em pouco tempo se


4 Muito grave
urgência nada for feito

Necessita uma ação o mais Piora em médio prazo se


3 Grave
cedo possível nada for feito

Piora a longo prazo se nada


2 Pouco grave Pode esperar um pouco
for feito

Ferramentas
1 Não tem gravidade Não há pressa Não piora

Formulário 2:
Figura 10 – Matriz de GUT – 2

Problemas Gravidade Urgência Tendência GxUxT


GUT Classificação

41
4.8 Metodologia de Análise e Melhoria de Processo – MAMP
Essa metodologia proporciona condições à organização de tratar de forma adequada os seus problemas, de
modo a promover uma constante melhoria de seus processos. Tem entre seus fundamentos o método PDCA.

4.9 Método PDCA


É um método de gestão utilizado para o atingimento de metas. A representação em forma de ciclo pressupõe
continuidade. O nome do método decorre das seguintes palavras de origem inglesa:
Figura 11 – Ciclo de Gerenciamento (Ciclo para Atingir Metas)
Ferramentas

• Plan – Planejar: Compreende a definição das metas e os métodos para alcançá-las:


Ações:
– Definir problema;

42
– Definir metas;
– Identificar causas;
– Planejar ações que bloqueiem as causas identificadas.

• Do – Fazer: Compreende as ações de educação e treinamento, a execução do trabalho e a coleta de


dados:

Ações:
– Capacitar;
– Realizar ações.

• Check – Verificar: Corresponde à verificação dos efeitos do trabalho executado:

Ações:

Ferramentas
– Acompanhar os processos - verificar se o bloqueio das causas foi efetivo;
– Acompanhar os resultados - verificar se as metas foram atingidas.

• Action – Atuar corretivamente: Compreende as correções e as padronizações do processo:

Ações:
– Agir corretivamente;
– Padronizar.

43
4.10 Gráfico de Pareto
O gráfico de Pareto é uma forma especial de gráfico de barras que serve para auxiliar na tomada de decisão.
Permite determinar quais problemas devem ser priorizados.

O gráfico é elaborado a partir de uma coleta de dados e as barras são dispostas em ordem decrescente de
ocorrências da esquerda para direita. A última coluna representa as ocorrências com pouca incidência, geralmente
denominadas de “outras”.

Exemplo:

Digamos que os cidadãos estejam reclamando sobre o atendimento recebido. Como você usaria o gráfico
de Pareto para solucionar o problema? Primeiramente, construa uma planilha:
• Defina como coletar os dados (período, local e responsável pela coleta);
• Colete dados sobre as causas das reclamações;
Ferramentas

• Elabore uma planilha com os dados coletados, organizando-os por categoria. Exemplo: demora no
atendimento ao cidadão, na entrega de benefícios, na falta de cortesia, no fornecimento de informações
incorretas;
• Conte o número de ocorrências em cada categoria. Ordene-as em ordem decrescente;
• Junte as categorias com menor freqüência sob o nome “outros”. Por acumular pequenas outras ocorrências,
esta categoria pode ser maior do que a anterior;
• Calcule a porcentagem que cada categoria representa com relação ao total de dados coletados. Ex.: 57
ocorrências num total de 151 corresponde a 37,75%;
• Calcule a porcentagem acumulada das categorias. Ex.: para calcular a porcentagem acumulada da 2ª
categoria, some as porcentagens que a 1.ª e a 2.ª representam com relação ao total e, assim, sucessiva-
mente;

44
No nosso exemplo, veja como ficaria a planilha:
Figura 12 – Planilha de Dados (Pareto)

Reclamações dos Clientes sobre o Atendimento

Problemas (Categoria) Qtde. de ocorrências % Total % Acumulado

A - Demora no atendimento ao cidadão 57 37,75 37,75

B - Demora na entrega do benefício 31 20,53 58,28

C- Falta de Cortesia 20 13,25 71,52

D - Informações Incorretas 20 13,25 84,77

E - Outros 23 15,23 100

TOTAL 151
Período: 12 a 15/12/2005.
Fonte: Caixa de sugestões e reclamações.

Ferramentas
Responsável pela coleta: João José de Maria.

Depois, construa o Gráfico de Pareto

Como construí-lo:
• Trace as coordenadas (eixos X, Y e Z). Determine as escalas que melhor se adaptem a cada situação;
• Eixo Y (vertical): lado esquerdo – escala que representa a quantidade de ocorrências;
• Eixo Z (vertical): lado direito – escala de 0% a 100% (percentual acumulado das categorias);
• Eixo X (horizontal): divida este eixo em intervalos iguais ao número de categorias coletadas. Distribua as
categorias, em ordem decrescente, da esquerda para a direita;
• Construa as barras com alturas proporcionais às quantidades de cada categoria (referência eixo Y);

45
• Trace a curva dos acumulados (Curva de Pareto);
• Inclua as informações referentes ao gráfico – título, fonte, quantidade e período.
Figura 13 – Gráfico de Pareto
Ferramentas

Fonte: Caixa de sugestões e reclamações.


Período: 12 a 15/12/2005.

4.11 POP
O POP (procedimento operacional padrão) é a descrição das atividades de um processo de forma seqüencial
e detalhada e contém as seguintes etapas:

46
• Elaboração de Fluxograma;

• Descrição do Procedimento;

• Educação e Treinamento.

4.12 Relatório das três gerações


É um relato sistemático do que foi planejado, executado, dos resultados obtidos, dos problemas ocorridos e
das proposições para solução, descritos nessa ordem, o que dá origem ao nome de três gerações:

• passado – o que foi planejado e o que foi feito;

• presente – o resultado obtido e os problemas existentes;

Ferramentas
• futuro – mais propostas de solução.

Apresentando relato sistemático:

• do que foi planejado;

• do que foi executado;

• dos resultados obtidos;

• dos problemas ocorridos;

• das proposições para solução.

47
4.13 5W2H
É uma ferramenta de planejamento eficaz, utilizada com muita freqüência em função de sua facilidade ope-
racional. Esse método de planejamento de atividades consiste em responder sete perguntas, cinco iniciadas pela
letra “W” e as demais iniciadas pela letra “H” (termos originais em inglês). Daí o nome da ferramenta.
Figura 14 – Ferramenta 5W2H

5W Qual a ação planejada?


O Que (What)
Que medidas serão adotadas?

Quem é o responsável pela condução da ação? (especifique a


Quem (Who)
pessoa)

Onde (Where) Onde a ação é conduzida?

Quando (When) Quando esta ação será implementada? (defina a data)

Por que (Why) Por que esta ação é necessária?

Por que foi definida esta solução?


Ferramentas

2H Como (How) Como implementar a ação?

Quanto custa Quanto será gasto?


(How Much) Qual o custo do investimento? Qual o tempo gasto?

Modelo:

Plano de Ação de Melhoria

Meta

O Que Por que Como Quem Quando (Início e fim) Onde Quanto custa

48
Referências

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão. Departamento de Programas


de Gestão. Guia D Simplificação. Brasília, 2005.

COSTA, E. V.; VASCONCELOS, I. C. O.; ALENCAR, M. A. O. Desenvolvendo competências para simplificação


de processos: roteiro do treinando. Brasília: [s.n.], 2005.

GONÇALVES, J. E. L. As empresas são grandes coleções de processos. RAE – Revista de Administração de Em-
presas, São Paulo, jan./mar. 2000. Adaptado.

Referências
49
Glossário de
termos e conceitos
Ação – Adm. Ato de executar uma função administrativa seja ela de planejamento, de organização direção
ou controle.

Anomalias – São quaisquer situações-problema, cujos sintomas são eliminados de imediato e posteriormente
feitas análises das causas visando à implementação de ações para sua eliminação definitiva.

Atividade Operacional – É aquela que envolve ações pré-programadas e que gera produtos palpáveis.

Atores – Quem executa alguma ação no subprocesso.

Atuação integrada – Consiste na articulação e no envolvimento das diversas áreas na tentativa de inovar
a gestão e colocar em prática as teorias gerenciais, possibilitando a realização de propostas e ideais ainda não
implementados na solução de problemas que dificultam o andamento dos trabalhos.

Benchmarking – É um processo contínuo de comparação de produtos, serviços e práticas empresariais en-


tre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes. É um processo de pesquisa que permite
realizar comparações de processos e práticas “companhia-a-companhia” para identificar o melhor do melhor e
alcançar um nível de superioridade ou vantagem competitiva.

CGMDI – Coordenação-Geral de Modernização de Desenvolvimento Institucional da Subsecretaria de As-


suntos Administrativos (SAA), da Secretaria-Executiva (SE) do Ministério da Saúde.

Efetividade – Atividade real, resultado verdadeiro.

Estratégia – Forma como serão alcançadas as metas e conseqüentemente atingidos os objetivos, cumpridas
a missão e a finalidade.

Filo – Processo que decorre da natureza ou da vontade de um ser, que resulta na criação ou modificação
da realidade.

51
Glossário de termos e conceitos

Finalidade – É o papel primordial de uma organização (definição social igual para todas as organizações
de mesmo “ramo”).

Fluxograma – Representa o processo, detalhadamente, contendo inclusive os momentos de decisão.

Gespública – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, criado pelo Decreto n.º 5.378, de 27
de fevereiro de 2005.

Implementação – A implementação é o momento em que a equipe é capacitada e põe em prática as ações


de simplificação.

Macrofluxograma – O macrofluxograma é a representação gráfica das principais etapas de um processo,


não incluindo os momentos de decisão.

Melhoria do Processo – Nessa etapa busca-se identificar alternativas de eliminação das possíveis causas do
problema priorizado. As ferramentas mais utilizadas, encontram-se: brainstorming, GUT, Matriz BÁSICO (B-bene-
fício para a empresa; A-abrangência; S-satisfação do cliente interno; I-investimentos requeridos; C-cliente externo
satisfeito; O-operacionalidade simples), 5W2H.

Meta – A meta representa o resultado que se deseja atingir com as ações para melhoria implementadas. Os
componentes de uma meta são: o que, quando e quanto. A meta quantifica o objetivo.

Missão – É a finalidade peculiar que diferencia uma organização de outra do seu tipo e abrange a visão e
o negócio da organização.

Modelagem do Processo – É a observação e o registro detalhado de todo o fluxo do processo na organização.

Norma NBR ISO-9000 – Norma que apresenta padrões mundiais de qualidade.

Objetivo – São os alvos a serem atingidos.

Organização – Grupo de instalações e pessoas com conjunto de responsabilidades, autoridades e relações.

52
Glossário de termos e conceitos
Planejamento – É o momento onde a organização formula suas estratégias, determina seu posicionamento,
direciona suas ações, define suas metas e promove os ajustes necessários para que seja possível cumprir sua
missão.

Ponto de controle – São aqueles que avaliam o desenvolvimento de um processo gerando regras ou restrições
quanto à execução do processo de trabalho.

Problema – É o resultado indesejado de um processo.

Processo – É qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma um insumo, adiciona valor a ele e for-
nece um produto ou serviço a um cliente específico (Gonçalves, 2000, adaptado).

Rastreabilidade da informação – Capacidade de recuperar o histórico, a aplicação ou localização do as-


sunto em questão.

Re-trabalho – Ação implementada sobre um produto não conforme, a fim de transformá-lo conforme os
requisitos estabelecidos.

SICAF – Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores da União – é um sistema automatizado de


informações através do qual os fornecedores se cadastram gratuitamente, com a finalidade de fornecer materiais
ou prestar serviços para os órgãos da Administração Pública Federal Direta, Autarquias e Fundações. Este cadastro
possui validade em todo o território nacional.

53
Anexos (Documentos
de Trabalho)
Anexo A – Resumo para simplificação de processos

Tabela 1 – Resumo para Simplificação de Processos


COMO FAZER
PASSOS DO GUIA O QUE PROPÕE COMO REGISTRAR
(FERRAMENTA)
Preparar a casa para desenvolver as ações
do guia:
- envolvimento da direção superior; - Reuniões
1. Pré-requisitos - formação da equipe; - Técnicas de capaci- Documentos oficiais
Planejamento da - capacitação; tação.
Simplificação - mobilização.

- Técnica de modera-
Priorizar o processo de trabalho a ser Registro 01: Documento de Iniciação
2. Plano de Trabalho ção de cartelas;
simplificado. do Projeto (Documentos de Trabalho).
- GUT
Conhecer o funcionamento do processo de
trabalho atual:
3. Levantamento de ativi- Registro 02: Identificação dos Elemen-
- fornecedores;
dades e normas; - Técnica de modera- tos do Processo.
- entradas;
Mapeamento do 4. Identificação dos ele- ção de cartelas; Registro 02: Identificação dos Elemen-
- atividades;
Processo mentos do processo; - Fluxogramas. tos do Processo.
- saídas;
5. Desenho dos fluxogra- Registro 03: Desenho do Fluxograma
- clientes;
mas atuais. Atual.
- normas.

Identificar os problemas que afetam o - Técnica de modera-


6. Árvore de soluções Registro 04: Árvore de Soluções.
processo. ção de cartelas.
- Técnica de modera-
ção de cartelas;
Separar as causas e os efeitos (problemas). Registro 04: Árvore de Soluções.
- Diagrama de causa
e efeito.
Análise e Melhoria
dos processos - Técnica de modera-
Identificar a priorização das soluções. ção de cartelas; Registro 04: Árvore de Soluções.
- Matriz BÁSICO.
Encaminhar as soluções:
- responsáveis;
Registro 04: Árvore de Soluções.
- prazos;
- resultado esperado.
continua

55
continuação

COMO FAZER
PASSOS DO GUIA O QUE PROPÕE COMO REGISTRAR
(FERRAMENTA)
Identificar as condições para a realização
Documentos de Trabalho

do novo processo:
7. Modelagem do pro- Registro 05: Diagrama de interação do
- finalidade do processo;
cesso Processo.
- principais necessidades dos clientes;
- identificação dos recursos necessários.
Analisar pelo método PDCA.
Implementação Desenhar o novo fluxo do processo: Registro 06: Registro do Novo Fluxo do
das Melhorias - fluxo ideal; Processo.
- fluxo implementável.
8. Sistema de Medição de Formatar os indicadores de eficiência e Registro 07: Formulário de Cadastro
Desempenho. eficácia para monitoramento do processo de Indicadores.
Aplicar e avaliar o processo de simplifica-
Registro 08: Formulário de Aplicação.
ção.
9. Proposta de Simplifi-
Formatar a proposta de simplificação. Registro 09: Proposta de Simplificação.
cação.
Implementar as Melhorias:
- manualização;
10. Implementação do
- capacitação para novo processo;
novo processo.
- plano de comunicação para a dissemi-
nação.

56
Anexo B – Súmula de reunião
Tabela 2 – Súmula de Reunião

SIMPLIFICAÇÃO DE PROCESSOS
SÚMULA DA REUNIÃO - FORMULÁRIO Nº 01

Documentos de Trabalho
Nome do Projeto

Tipo de Projeto

Unidade Demandante

Coord. do Projeto Telefone E-mail


(Área Demandante)

Ger. do Projeto Telefone E-mail


(Técnico da CGMDI)

Data Horário Local

Início Término
__/__/____

Nome dos Participantes Ramal E-mail

Assuntos Tratados Decisões Responsável

57
Nome e assinatura do Relator:
Anexo C – Documento de iniciação do projeto
Tabela 3 – Documento de Iniciação do Projeto

SIMPLIFICAÇÃO DE PROCESSOS
DOCUMENTO DE INICIAÇÃO DO PROJETO - Formulário 02
Documentos de Trabalho

Nome do Projeto

Tipo de Projeto

Unidade Demandante

Coord. do Projeto Telefone E-mail


(Área Demandante)

Ger. do Projeto Telefone E-mail


(Técnico da CGMDI)

1. Necessidade Geradora do Projeto

2. Objetivos do Projeto

3. Escopo do Projeto

Objetos
– Diagnóstico da situação atual contemplando o mapeamento de todo o processo;
– Levantamento da possibilidade de melhoria no processo de trabalho.

Atividades – Elaboração do diagnóstico da situação atual contemplando: fluxograma com


descrição das tarefas e seus responsáveis; grau de interdependência com outras
áreas e tempo de execução das tarefas; levantamento das normas existentes; os
seus impactos no processo de trabalho;

– Elaboração de uma proposta de mudança, incluindo medição e avaliação do


processo através de indicadores, feita de forma participativa entre as áreas
envolvidas e a Equipes Base do projeto;

– Definição do cronograma de implementação das mudanças com as


correspondentes medições e avaliações.

Prazo – A ser acordado.


58 continua
continuação

4. Diretrizes

5. Áreas Envolvidas

Nome do Responsável Cargo Telefone E-mail

Documentos de Trabalho
6. Metodologia

7. Produtos

– Relatório preliminar com diagnóstico situcional contemplando o mapeamento do processo de


trabalho e as normas existentes;
– Relatório contemplando o plano validado das melhorias do processo de trabalho;
– Proposta de simplificação (melhoria) dos processos de trabalho;
– Plano para implementação das melhorias, incluindo medição e avaliação do processo de
trabalho.

8. Resultados Esperados

9. Premissas

continua

59
continuação

10. Restrições

11. Principais Marcos do Projeto

Data Produto
Documentos de Trabalho

12. Equipes Básicas do Projeto

Cargo Telefone E-mail

13. Papéis e Responsabilidades

Equipe Básica do Projeto

Papel Responsável

Patrocinador - Identificador da necessidade e demandante do Responsável pela unidade


projeto. Será o responsável pelos recursos e atitudes necessárias demandante
para a sua execução, intervindo quando preciso ou por solicitação do
Gerente do Projeto, visando resguardar o real desempenho das
atividades e a geração dos produtos finais.

Gerente do Projeto - Servidor ou consultor encarregado de elaborar Agente de Mudança


e gerenciar o projeto, prestar suporte técnico e atuar como mediador, (colaborador e/ou servidor)
adotando as metodologias necessárias para o melhor indicado ou capacitado pela
desenvolvimento das atividades e o alcance dos seus resultados. CGMDI/SAA

Coordenador do Projeto - Servidor ou consultor da unidade Servidor ou consultor lotado


demandante designado para coordenar e dar suporte aos trabalhos, na unidade demandante
juntamente como o Gerente de Projeto, na construção de agendas,
compromissos, responsabilidades. Atua como mediador nas
atividades e ele designadas junto às diversas áreas envolvidas no
projeto.

Responsável de Área - Coordenadores de áreas envolvidas no Coordenadores de unidades


processo, que auxiliarão na realização das atividades propostas, aderentes ao processo a ser
para levantamento das informações necessárias à realização dos simplificado
produtos do projeto.

60 continua
continuação

14. Comunicações no Projeto

Documentos de Trabalho
15. Comissão de Supervisão e Avaliação de Alterações
Nome Função Fone E-mail

16. Aprovações

COMEP / CGMDI: ASSINATURA:___________________

ÁREA DEMANDANTE: ASSINATURA:___________________

COORDENADOR DO PROJETO: ASSINATURA: ___________________

GERENTE DO PROJETO(CGMDI): ASSINATURA: ___________________


Data:

61
Anexo D – Procedimento Operacional Padrão – POP
Tabela 4 – Procedimento Operacional Padrão – POP

Documento de Padronização

Equipe:
Documentos de Trabalho

Processo/tarefa

Elaborado por: Data de elaboração:

Revisto por: Data da revisão:

Executante da tarefa: Periodicidade da tarefa:

Material/Condições necessárias:

Procedimentos:

Resultado Esperado

Ações Corretivas

62
Anexo E – Lista de presença
Tabela 5 – Lista de Presença

Documentos de Trabalho
63
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada
na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:

http://www.saude.gov.br/bvs

O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde


pode ser acessado na página:

http://www.saude.gov.br/editora

EDITORA MS
Coordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
(Normalização, revisão, editoração, impressão, acabamento e expedição)
SIA, trecho 4, lotes 540/610 – CEP: 71200-040
Telefone: (61) 3233-2020 Fax: (61) 3233-9558
E-mail: editora.ms@saude.gov.br
Home page: http://www.saude.gov.br/editora
Brasília – DF, maio de 2007
OS 0195/2007

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