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RTM - Radio e Televisao de Mocambique - Projecto
RTM - Radio e Televisao de Mocambique - Projecto
Objectivos Estratégicos
Contextualizacao
A RTM – é uma entidade pública de comunicação social comprometida com a causa pública.
Ela resulta da iniciativa inovadora do cidadão moçambicano Júlio Khosa em 2010 e vem a
ganhar vida a partir deste ano 2019, visto que, as inovações implementadas pela actual
Televisão de Moçambique a partir de 2011 não refletem exactamente aquilo que a sua
proposta prevê.
A RTM será ramificada em Rádio e Televisão, cada um deles dirigido por um Administrador
nomeado e empossado pelo PCA se isso não contrariar a lei. E, esses ramos continuarão a ser
denominados Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique respectivamente.
A diferença com as instituições de comunicação social já existentes é que a RTM trás uma
abordagem que valoriza as línguas nacionais por forma a abranger a todos os moçambicanos
em termos de informação.
É motivo de força maior saber que para o exercício da cidadania, no contexto da participação
democrática activa que visa o desenvolvimento do país, é necessária a indispensabilidade de
tornar todos osmoçambicanos devidamente informados. Contudo, embora a língua
portuguesa seja língua da unidade nacional, ela exclui maior percentagem dos moçambicanos
em termos de informação. Não é muito abrangente, pois, segundo dados estatísticos do último
Censo de 2017, boa parte dos moçambicanos não fala nem escreve a língua portuguesa.
Portanto, sendo dispensável o acesso à uma informação prévia para a tomada de decisão,
muitos moçambicanos permanecerão desprovidos dos seus direitos devido a barreira que a
língua portuguesa constitui para eles. Como consequência, esses compatriotas, continuarão
passivos, sem poder exercer sequer a sua cidadania.
Para responder a esse desafio, a RTM compromete-se com a abertura de canais televisivos
para além das emissoras provinciais da Rádio Moçambique já existentes que transmitem em
línguas moçambicanas.
Numa primeira fase, a ramo da Televisão, uma vez que na televisão pública já existem dois
canais televisivos (TVM 1 e TVM 2 ou Internacional), irá se responsabilizar pela abertura de
mais dois canais televisivos (TVM 3 e TVM 4), sendo missão dos canais TVM 2, TVM 3 e
Posteriormente poderão ser abertos mais canais para a transmissão de programas específicos
tais como Desporto e Notícias (TVM Desporto e TVM Notícias), totalizando seis canais no
seu todo.
Para o efeito, em cada região do país será preciso montar uma estação emissora da Televisão
com recurso à novas tecnologias. Emissoras essas que irão responder à novas demandas dos
consumidores de informação. Os equipamentos e a tecnologia a ser usada devem responder à
boa qualidade da televisão digital. Devem ser acessíveis em qualquer canto do país e do
Mundo. Devem providenciar diversos recursos da sua acessibilidade através do sinal digital
(em TVs e telefones inteligentes).
Sabemos de antemão que neste século XXI, transita-se da televisão analógica para a televisão
digital. A tal nova tecologia a que me refero é aquela que recorre ao uso de novas
tecnologias.
O jornalismo com o qual me identifico neste projecto é aquele da primeira qualidade, aquele
que aposta no uso das novas tecnologias de informação e comunicação, a multimídia e
multimédia.
Proponho uma organização de comunicação social que se identifica com as reais causas do
nosso povo moçambicano, bem como transmitir Moçambique para fora e o mundo para
dentro do nosso país. Tudo isso feito com boa qualidade.
Todos esses canais televisivos, no contexto da televisão digital, deverão ser inseridos nos
pacotes básicos de modo que se tornem acessíveis em toda parte do país e do mundo por
todos os moçambicanos. O seu funcionamento normal deve ser inenterupto, obedecendo a sua
própria programação diária, semanal, mensal, anual, beienal, trienal e ou quinquenal.
Com este projecto pretende-se encorajar o ensino das línguas moçambicanas nas escolas
primárias, secundárias, técnicas e no ensino superior, bem como a absorção (o emprega) de
muitos técnicos básicos, médios e superiores, formados em línguas moçambicanas (Bantu)
ou com noções básicas da comunicação em línguas moçambicanas.
Acredito que este projecto será uma alavanca para o resgate da cultura moçambicana. Como
também, creio que“aprende-se melhor ouvindo e vendo”. Daí a aminha aposta no
investimento à comunicação radiofónica e televisiva inclusiva no contexto de línguas
moçambicanas como veículos de comunicação, informaçãao e cultura de todo o povo
moçambicano.
Contudo, com este projecto, não quero desvalorizar os esforços do governo através da actual
TVM, de criar Centros de Televisão Provincial, abreviadas como CTPs. Muito pelo contrário,
o meu contributo é aglutinador e muito mais económico em relacão ao actual projecto dos
CTPs.
O meu projecto permite a criação de condições para que os canais regionais consigam ser
vistos em canais próprios na actual Era Digital. No lugar de dez ou doze canais, apenas
quatro ou seis canais serão suficientes para resolver o problema de todo o país.
A programação diária ou semanal é que irá resolver o enquadramento de cada língua a nível
da região. Outrossim, os mesmos colaboradores da TVM afectos nos actuais CTPs, serão os
mesmos que deverão continuar a exercer as suas actividades de jornalismo nos canais das
Televisões Reginais (TVM 2, TVM 3 e TVM 4). Não só, como também, abre-se espaço de
oportunidade de emprego para apresentadores de programas televisivos em línguas
moçambicanas.
Por enquanto temos uma minoria que se responsabiliza em engrandecer a pátria. Os outros
autoexcluem-se por desconhecer a responsabilidade que têm na qualidade de cidadãos
moçambicanos. Isto é, desconhecem os seus direitos e deveres. São viajantes na sua própria
terra! São estranhos à sua própria terra! São um tipo de estrageiros nacionais!
A democracia e a cidadania não são apenas exercidas em línguas oficiais. Muito pelo
contrário, são exercidos de todas as formas, línguas e com sentimento de pertença.
É pura verdade que, com cidadãos informados, teremos sim uma sociedade muito exigente,
assim como, muito dinâmica,preparada para fazer face ao acompanhamento das mudaças que
ocorrem em todo o mundo, devido à onda agressiva da globalização.
É claro que, como moçambicanos não queremos apenas ser consumidores de informação de
outros povos. Queremos também ser produtores e consumidores da nossa própria informação
e transmissores da nossa cultura para o mundo inteiro. Assim sentir-nos-emos valorizados e
orgulhosos pela nossa moçambicanidade.