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Programas Ajustados
2ª Classe - 2021
INDE
INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
PREFÁCIO.....................................................................................................................................................................3
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................4
No presente ano lectivo, para além das aulas de contacto entre o professor e os seus alunos,
serão potenciadas aulas de estudo individual em que os alunos, individualmente, ou em
pequenos grupos de estudo, tendo em conta que as aulas presenciais não serão durante todos
os dias da semana.
Assim, exige-se uma maior organização do professor para que prepare as aulas que irá
leccionar e defina claramente os conteúdos que os alunos deverão estudar individualmente
bem como definir estratégias eficazes de acompanhamento das aprendizagens dos alunos.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA COVID-19
No contexto da prevenção da Covid-19, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano,
em coordenação com o Ministério de Saúde, definiu as medidas a serem observadas pela
comunidade escolar, nomeadamente, funcionários e alunos das escolas públicas e privadas, com
base nas orientações da Organização Mundial de Saúde.
O que é Novo Coronavírus?
Novo Corona vírus é um vírus causador de infecções semelhantes às de uma gripe comum e pode
provocar doenças respiratórias mais graves como a pneumonia. O período que leva desde a altura
que entra no corpo ate provocar sintomas, também chamado de período de incubação: é de 2 a 14
dias.
O que é COVID-19?
A COVID-19 é uma doença causada pelo novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2,
descoberto em 2019 na República da China. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a
maioria (cerca de 80%) dos pacientes com a COVID-19 podem ser assintomáticos ou com
sintomas ligeiros e, aproximadamente 20% dos casos apresentam sintomas moderados a graves
que podem requer atendimento e/ou internamento hospitalar.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da COVID-19 podem variar de um resfriado, a uma Síndrome Gripal-SG (presença
de um quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo menos dois dos seguintes sintomas:
sensação febril ou febre associada a dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza) até uma
pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns: tosse, febre, dor de garganta, dificuldade para
respirar, perda de olfacto, alteração do paladar, distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos,
diarreia), cansaço e diminuição do apetite.
Como é transmitido o vírus da COVID 19?
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contacto próximo por meio de
aperto de mãos, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro e objectos ou superfícies contaminadas,
como celulares, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos, teclados de computador, etc.
Medidas de prevenção para as escolas
a) Para os gestores das escolas
i. Afixar cartazes que promovam a lavagem das mãos em lugares estratégicos;
ii. Realizar acções de educação para saúde sobre higiene e outras atitudes saudáveis
(palestras, comunicação interpessoal) a serem facilitadas pelos Directores de turma;
iii. Assegurar que o Hino Nacional seja entoado por turmas obedecendo o limite máximo
de aglomerados permitido;
iv. Não aglomerar muitos alunos no mesmo espaço físico (cantina, refeitório, anfiteatro,
ginásio, formatura) dentro do recinto escolar;
v. Assegurar a disponibilidade de água e sabão, cinza ou desinfetante a base de álcool a
70% na entrada e no interior da escola para a lavagem ou desinfecção das mãos;
vi. Colocar pedilúvios na entrada das salas e outros espaços públicos;
vii. Desinfectar os sanitários regularmente com solução de hipoclorito de sódio de 0,5%;
viii. Desinfectar, regularmente, superfícies tocadas pelos alunos e funcionários (maçanetas,
corrimãos, interruptores de luz, material de escritório, entre outros);
ix. Nas casas de banho desinfectar o botão ou manípulo da descarga das sanitas,
torneiras, trincos e a tampa das latrinas regularmente;
x. Manter as salas limpas, as portas e janelas abertas para permitir melhor ventilação das
salas de aula;
b) Para os alunos
i) Lavar com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou cinza
ou então higienizar com solução a base de álcool a 70%.
ii) Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e boca com lenço ou com a parte interna do
cotovelo.
iii) Não tocar os olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção facial com as mãos não
higienizadas.
iv) Manter a distância para o distanciamento permitido entre as pessoas em lugares
públicos e de convívio social.
v) Não é permitido abraços, beijos, manifestações de afecto que implica contacto fisico
e apertos de mãos.
vi) Desinfectar com frequência os objectos pessoais e de uso comum.
vii) Não partilhar objectos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos.
viii) Usar correctamente a máscara( deve cobrir todo nariz e o queixo)
ix) Não deve colocar a mascara no pescoço ou na testa quando estiver a comer
x) Não usar a mascara do colega na Escola ou em qualquer lugar e nem deve tirar para
brincar
xi) Manter os ambientes limpos e bem ventilados.
xii) Se estiver doente, evitar contacto próximo com outras pessoas, principalmente
idosos e indivíduos com doença crónica;
xiii) Usar a máscaras em todos os ambientes públicos;
xiv) Usar no transporte público e desinfecte ou lave as mãos logo que descer.
xv) Lavar as mãos logo que chegar a casa
PROGRAMA DE PORTUGUÊS1ª CLASSE
RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
Desenhar grafismos orientados para as letras em estudo. Pré-escrita
4
Grafismos orientados para as letras s, j, f, z,
tempos
h, q, x
Ler sílabas, palavras, frases e pequenos textos; Ler e escrever
Escrever letras, sílabas, palavras, frases e pequenos Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x.
textos, com caligrafia correcta; Letra cursiva e de imprensa Lê e escreve letras, sílabas,
COMUNIDADE
Interpretar palavras e frases, pequenos textos; Sílabas palavras, frases simples e
14 tempos
Relacionar letra cursiva com letra de imprensa; Palavras pequenos textos com as letras já
Escrever letras, sílabas, palavras e frases ditadas; Frases aprendidas.
Identificar letras, palavras a partir de imagens; Pequenos textos
Relacionar imagens com letras, palavras e frases. Cópia
Ditado
Caligrafia
Relação imagem-palavra
Habilidade: Ouvir e falar
RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
Identificar elementos que compõem o ambiente; Ouvir e falar
Elaborar frases sobre a utilidade dos elementos Elementos do ambiente: areia, água, pedras, plantas e
do ambiente; animais 2 tempos
Cantar canções relacionadas com os elementos
do ambiente.
Descreve o ambiente,
Usar expressões para descrever os elementos do Adjectivos avaliativos (revisão): grande, pequeno, alto, referindo-se aos seus
ambiente; baixo, gordo, magro, curto, comprido, fino, grosso, largo, elementos e preservação;
AMBIENTE Fazer estampagem dos elementos do ambiente; estreito, igual, diferente, maior, menor. Usa no seu discurso oral e 2 tempos
Pintar paisagens. Cores escrito os adjectivos
avaliativos e as palavras para
Usar expressões para distinguir diferentes Palavras para avaliar a temperatura: quente, frio, gelado avaliar a temperatura.
2 tempos
estados de temperatura dos corpos.
Explicar os cuidados a ter com o ambiente; Cuidados a ter com o ambiente:
Aplicar os cuidados a ter com o ambiente. Evitar queimar as plantas
2 tempos
Evitar pisar a relva
Deitar o lixo em locais apropriados
Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:
Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;
Partir do nível de conhecimento dos alunos como base para as aquisições orais seguintes;
Respeitar os ritmos de aprendizagem individual dos alunos;
Utilizar exercícios de repetição de frases, palavras e sílabas, como meio de treino do aparelho fonador
(órgão responsável pela fala), sempre que necessário;
Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da correcta e fluente,
evitando correcções sistemáticas.
Pré-Leitura e Pré-Escrita
A pré-leitura e a pré-escrita constituem uma fase que antecede a iniciação da leitura e da escrita.
É o momento em que o aluno adquire os pré-requisitos intelectuais e motores que o habilitarão, mais
tarde, a enfrentar, com sucesso, a aprendizagem da leitura e da escrita. O desenvolvimento das
actividades preparatórias da leitura e da escrita deve estar intimamente ligado à oralidade.
A pré-leitura e a pré-escrita devem implicar interacção permanente entre professor/aluno, aluno/aluno,
com base em situações de comunicação autênticas, reportadoras de contextos próximos, conhecidos e
motivadores da criança.
Nesta fase, o aluno, sob a orientação do professor, deve desenvolver:
Exercícios de coordenação motora - exercícios para ensinar a criança a controlar (coordenar) os seus
movimentos e que desenvolvem a destreza manual e a motricidade fina.
A destreza manual é a capacidade de as mãos e os dedos fazerem movimentos coordenados. Em crianças,
a destreza manual, normalmente, é desenvolvida através de actividades que exigem também a
coordenação motora e visual.
A motricidade fina é a capacidade de executar movimentos finos com controlo e destreza, como por
exemplo, usar com delicadeza uma tesoura ou um lápis. Esta constitui uma das competências-chave a ser
desenvolvida desde tenra idade, possibilitando, a posterior, bons resultados na escrita e na matemática.
É importante desenhar, rasgar, recortar, colar, modelar e pintar, pela necessidade natural que a criança
tem de se comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas. Estas
actividades contribuem para o desenvolvimento infantil e a criatividade, melhorando consideravelmente a
motricidade fina.
Os jogos rítmicos populares (batimento de palmas e pés, estalos com os dedos das mãos, etc.) permitem o
desenvolvimento da psicomotricidade, preparando, assim, a destreza manual da criança.
Exercícios de lateralidade - exercícios para desenvolver a capacidade de orientação no espaço: à
esquerda, à direita, em cima, embaixo, ao lado. A aquisição destes pré-requisitos habilitará o aluno a
saber, por exemplo, que, em Língua Portuguesa, se escreve da esquerda para a direita e de cima para
baixo; distinguir o b do d, o p do q, o n do u; o t do f; o j do i; e o n do m.
Exercícios de percepção auditiva - exercícios que ensinam as crianças a reconhecerem e a distinguirem os
diferentes sons. Esta capacidade levá-las-á, posteriormente, a distinguirem a pronúncia das letras, sílabas
e palavras, na aprendizagem da leitura e escrita.
No ensino e aprendizagem da leitura inicial, exige-se que a criança conheça e identifique os sons das
letras e das palavras. Neste aspecto, a música pode ajudar no desenvolvimento das capacidades auditivas
que, por sua vez, facilitarão a fixação e memorização dos sons que constituem as letras e palavras em
estudo.
Exercícios de percepção visual - exercícios que ensinam as crianças a distinguir, através da visão, a
forma, a cor e o tamanho de objectos, seres, figuras/imagens. Esta capacidade é importante para o aluno
distinguir, na aprendizagem da leitura e da escrita, a configuração das letras e das sílabas.
Grafismos - os grafismos, como exercícios preparatórios, constituem actividades psicomotoras para a
iniciação da leitura e escrita. Para o sucesso deste trabalho, os grafismos devem:
Ser repetidos e retomados antes da iniciação à escrita de cada letra;
Ser aproveitados para motivar as actividades de compreensão e de expressão orais;
Estar relacionados com o sentido, direcção e a forma desses elementos;
Ser explorados em diferentes dimensões, amplitudes e ligações;
Evoluir de grafismos livres para dirigidos;
Ter formas ligadas aos movimentos dos seres reais que a criança conhece, por exemplo: pingos de chuva,
fumo, guarda-chuvas abertos e fechados, curvas (de uma estrada ou caminho), sol, bola, lua, ondas,
cobras, ziguezagues, saltos do coelho, montes, etc.
Sugere-se, como exercício de pré-escrita de grafismos e letras, os seguintes passos:
1° com o dedo no ar;
2° com o dedo no tampo da carteira;
3º com um pauzinho no chão;
4° com giz no quadro;
5° com o lápis no caderno.
Leitura e Escrita
A aprendizagem da leitura e da escrita, como a de qualquer outra habilidade, passa por três fases: a fase
cognitiva, a fase de domínio e a fase de automatização.
Na fase cognitiva, o aluno apercebe-se da funcionalidade da leitura e dos meios de que se vai servir para
se beneficiar dessa funcionalidade. Para o efeito, o aluno deve ser confrontado com diferentes tipos de
texto (literatura infantil, revistas, jornais, etc.), com e sem imagem, para que se sinta motivado a conhecer
o conteúdo dos mesmos, através da leitura. Em presença de textos interessantes, cuja mensagem só lhe
chega através da leitura do professor, o aluno vai “descobrir” a funcionalidade da leitura e adquirir a
capacidade de ler com maior facilidade.
Na fase de domínio, o aluno deve treinar e aperfeiçoar a realização das actividades necessárias para
atingir a funcionalidade da leitura. Este treino é efectuado a partir de exercícios de pré-escrita, de pré-
-leitura e de grafismos.
Na fase de automatização, o aluno tem já habilidades suficientes que lhe permitem ler e escrever, sem
que realize um controlo consciente do acto de ler e de escrever.
A aprendizagem da leitura e escrita deve estar assente na competência comunicativa e ser desenvolvida
por um processo integrado, em que:
a aprendizagem da leitura e da escrita seja simultânea;
a aprendizagem da leitura e da escrita da palavra não se desligue de todo um concreto que é a frase,
relacionada com uma situação de comunicação, criada ou aproveitada;
a frase em situação deve ser o ponto de partida e o ponto de chegada, de acordo com o objectivo principal
da aprendizagem de uma língua: a comunicação;
o método deve privilegiar a leitura e a interpretação da frase e da palavra, de acordo com a apreensão da
criança;
a análise e a síntese da palavra devem estar ao serviço da escrita e da relação visual-sonora dos seus
elementos constituintes: as sílabas e as letras;
a palavra-chave deve ser a base da formação e da leitura de novas palavras, com vista ao alargamento da
aprendizagem da leitura e escrita do vocabulário;
as palavras, frases e textos aparecem em letra de imprensa e cursiva no livro de leitura e caderno de
exercícios, mas o aluno só vai escrever em letra cursiva.
Na fase inicial da leitura, é muito importante que o professor oiça a leitura de cada aluno, a fim de poder
apoiá-lo nas dificuldades que, eventualmente, enfrente. Para o efeito, os alunos devem, com bastante
frequência, ler letras, sílabas, palavras e frases, e relacionar palavras com imagens.
O professor precisa de estar atento à escrita dos alunos, para verificar a sua correcção em termos de
caligrafia, ortografia, sentido do traço das letras e a ligação entre elas.
A canção, por exemplo, pode, também, ser um importante recurso na aprendizagem da leitura. Através do
uso de canções apropriadas, o professor pode ensinar vogais e consoantes, para além da exercitação da
pronúncia, dicção e articulação das palavras.
É de realçar que a canção é uma fonte inesgotável no auxílio da aprendizagem, pois, através dela, o
professor primário pode introduzir e ensinar quase todas as matérias das disciplinas curriculares desse
nível, como a Matemática, Ciências Naturais e outras. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem sobre
os animais domésticos, o professor pode começar por ensinar ou cantar uma canção que retrata estes
animais com os seus alunos, para, depois fazer a abordagem sobre os mesmos.
Em seguida, apresenta-se um exemplo de introdução da letra “i”, em 5 aulas.
1ª Aula
Observação da imagem pelos alunos (em silêncio).
Interpretação da imagem com base nas seguintes perguntas:
O que é que há na ilha?
O que é que tem à volta da ilha?
Alguém já viu uma ilha?
A partir destas perguntas, o professor leva os alunos a construírem oralmente a seguinte frase-
-chave: É uma ilha.
Caso os alunos não consigam chegar à frase-chave, o professor terá de dizê-la: É uma ilha.
Os alunos repetem em coro, aos pares e individualmente, a frase-chave: É uma ilha.
Destaque oral da palavra ilha.
Os alunos, sob orientação do professor, pronunciam devagar a palavra destacada.
Sob orientação do professor, os alunos dividem oralmente a palavra-chave em sílabas: i – lha.
Os alunos repetem i - lha em coro, aos pares e individualmente.
O professor pergunta aos alunos, o que se ouve primeiro quando se diz: ilha
O professor deve deixar que os alunos descubram sozinhos a letra que se ouve em primeiro lugar.
Caso os alunos não consigam dizer que se ouve primeiro o “i”, o professor pronuncia pausada e
repetidamente a letra em estudo: “i”
Os alunos repetem “i”, quantas vezes forem necessárias:
Toda a turma; Em filas de carteiras; Aos pares; Individualmente.
Jogo oral de identificação de palavras que têm “i”. O professor diz uma série de palavras umas contendo i
e outras não. Cada vez que ele disser uma palavra com i, os alunos gritam: iiii (tem iiii).
O professor escreve o “i” no quadro e diz esta letra chama-se“ i”. E repete “i” quantas vezes forem
necessárias. Os alunos identificam o “i” em palavras escritas. Exemplo: milho, pilha, fita, pilão, pipoca,
livro, afiador através de: circundagem; sublinhação; marcação de um x ou traço. Identificação da letra “i”
numa sopa de letras.
Correcção dos exercícios pelo professor.
O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:
Eu leio o “i” Tu também podes ler. Eu leio o “i” Tu também podes ler. Não custa nada É só dizer o “i”.
TPC: Desenho livre.
2ª Aula
Correcção do TPC.
O professor inventa uma canção sobre o“ i” e canta com os alunos.
Treino do grafismo conducente à escrita do “i”:
no ar; no tampo da carteira; no quadro; no chão; na folha desperdício; no caderno diário; no livro-
caderno.
Exercícios de escrita de grafismos, com a configuração do “ i”, no livro-caderno.
Correcção dos exercícios pelo professor.
Treino da escrita do “i”:
Escrita da letra “i” no ar:
Para a escrita da letra “i” no ar, o professor posiciona-se do lado esquerdo do quadro preto. Levantando o
braço direito, escreve a letra no ar, como se estivesse a escrever no quadro. Ele faz a demonstração do
movimento para a escrita da letra “i”. Os alunos devem observar o movimento.
Em seguida, o professor pede aos alunos para levantarem o braço direito. O professor deve controlar se
todos os alunos levantaram o braço direito e não o esquerdo.
Finalmente, os alunos escrevem a letra “i” no ar: Os alunos acompanham o movimento do braço do
professor, ao mesmo tempo que escrevem a letra ”i” no ar, dizendo: ” para cima, para baixo, curvamos,
pintinha.” Este exercício deve ser repetido cinco vezes.
NB: O professor deve estar atento aos alunos “canhotos” e se tiver a certeza de que são canhotos, não
deve obrigá-los a escrever com a mão direita.
- Escrita da letra ”i” no tampo da carteira: este exercício deve ser realizado caso a escola tenha carteiras.
Nas escolas sem carteiras, escreve-se a letra no chão, com um pauzinho.
- Escrita do “i” no quadro (sobre o tracejado ou escrita gorda).
O professor fica do lado esquerdo do quadro preto e escreve a letra ”i” manuscrita, bem grande e, à
medida que o aluno vai observando, o professor repete a escrita da letra “i” no quadro, várias vezes e em
diferentes tamanhos.
Em seguida, vários alunos vão ao quadro de forma individual para escreverem o “i” no quadro e, os
colegas, com ajuda do professor avaliam a escrita de cada aluno.
O professor elogia os alunos que tiverem escrito correctamente e apoia e encoraja os que ainda
apresentam dificuldades.
No início da escolaridade, o aluno não é capaz de realizar todo o percurso apresentado. À medida que o
processo de iniciação for abarcando mais letras, abre-se a possibilidade de se fazer uma exploração maior
das etapas.
Os alunos só devem escrever ditado de palavras, frases e pequenos textos cujas letras já sejam do seu
conhecimento.
Alfabeto
Ao terminar a 1ª classe, o aluno deve saber ler (identificar) e escrever o alfabeto em ordem, mas isso não
significa que, no processo da iniciação da leitura e da escrita, siga tal ordem. O que se pretende é que,
findo o processo de iniciação, haja uma sistematização de todo o alfabeto.
A introdução dos grafemas, maiúsculos e minúsculos em simultâneo, durante o processo de iniciação à
leitura e escrita, obedecerá às seguintes etapas e ordem:
1ª Etapa: I, U, O, E, A
2ª Etapa: M, P, T, L, N
3ª Etapa: C, D, V, B, R, G
4ª Etapa: S, J, F, Z, H, Q, X
5ª Etapa: K, W, Y
Como se pode verificar, no conjunto das 26 letras que constituem o alfabeto, estão incluídos os grafemas
(letras) Y, K, W. Mas, por serem pouco usadas, em Língua Portuguesa, elas devem ser introduzidas na
última etapa.
Funcionamento da Língua
No primeiro ciclo, o ensino e aprendizagem da gramática é feito, predominantemente, de forma implícita,
pois está ao serviço da comunicação em Língua Portuguesa.
Basicamente, o ensino e aprendizagem da gramática no 1º ciclo, consiste no seguinte:
Uso da língua em situações de comunicação;
Prática intensiva de exercícios orais e escritos que vão permitir aos alunos dominar as estruturas do
funcionamento da língua;
Apreensão intuitiva de aspectos básicos de funcionamento da língua.
Na 1ª e 2ª classes, os alunos não devem memorizar as regras gramaticais. Não é por saber, de cor, as
regras de gramática, que o aluno aprende a comunicar correctamente.
O facto de as sugestões metodológicas relativas ao funcionamento da língua estarem separadas da
oralidade e da leitura e escrita, não significa que os aspectos gramaticais devem ser tratados de forma
isolada. O ensino e aprendizagem da gramática tem de ser feito associado à oralidade, leitura e escrita.
Durante as aulas de oralidade, o professor, através de várias técnicas de ensino, vai introduzindo material
linguístico (actos de fala/expressões linguísticas, vocabulário e verbos) e trabalhando, de modo a que os
alunos possam usá-lo em situações do dia-a-dia. Este procedimento é também extensivo às aulas de
leitura e escrita.
6. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Primário
A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo, com
vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem. A avaliação
permite:
Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no Programa;
Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nos resultados da aprendizagem da língua
(ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e procurando (melhores)
soluções para os problemas identificados;
Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a fim de detectar “falhas” e
encontrar estratégias de recuperação em função das competências, conteúdos, estratégias, materiais de
ensino e da realidade da turma;
Auto-avaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do processo de ensino
e encontrar novas estratégias de correcção.
A avaliação deve estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, isto é, a
avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.
De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação: Diagnóstica,
Formativa e Sumativa.
Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre, ciclo,
unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de aprendizagem dos
alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e capacidade.
Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam que
todos os alunos desenvolvam as competências previstas no Programa e, por outro, delimitar as
capacidades que o aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou
temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados.
No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens:
Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a nova
matéria, verificando-se o que foi aprendido anteriormente e a consequente recuperação e consolidação
das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;
No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de proficiência
linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação e planificar acções que
visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua, para auxiliar aqueles que demonstram
dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção.
Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de
modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.
O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individualmente, embora não se
lhes atribua uma classificação.
Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-aprendizagem.
Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de realização das
competências definidas no Programa e incentiva o aluno a empenhar-se cada vez mais nos estudos.
A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua
personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social e
linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como as
presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos.
Neste tipo de avaliação, os critérios a adoptar incluem uma auscultação e uma ligação directa com os pais
ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é necessário
um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o passado do
aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais e específicas
para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente.
Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de
ensino, ano lectivo ou curso.
Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem da língua e
ocorre geralmente após actividades relacionadas com a compreensão oral e escrita, por um lado, e
expressão oral e escrita, por outro.
É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por
exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes, os
elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.
Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com um
calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente, numa escala
de zero a vinte valores.
O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o
desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua, de acordo com as exigências de cada ciclo.
A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes habilidades:
ouvir e falar;
ler e compreender;
escrever.
Ouvir e falar
A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno individualmente é capaz de:
Fazer perguntas com: onde, quem, o que, quando,como;
Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);
Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);
Usar vocabulário básico.
Ler e compreender
Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno é capaz de:
Ler entre dez a vinte palavras por minuto;
Ler frases simples;
Ler textos com 5 a 10 linhas;
Compreender a informação contida em textos simples.
Escrever
O professor deve procurar saber se cada aluno é capaz de:
Copiar palavras e frases;
Escrever palavras e frases simples;
Escrever palavras e frases ditadas;
Legendar imagens;
Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)
Ordenar frases em sequência lógica.
A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para o/a
outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para que todos
os alunos atinjam os resultados da aprendizagem de um determinado ciclo, que lhes possibilita a
progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem.
Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua, onde o
processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma
imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de resultados da aprendizagem
descritos nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do processo de ensino-
aprendizagem.
Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos alunos
com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os estágios seguintes,
mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.
De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a permanência
de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em coordenação com o Director
da Escola e com os pais/encarregados de educação do educando, provar que, de facto, o aluno não atingiu
as competências mínimas exigidas.
O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.
Programa de Língua Portuguesa 2ª Classe
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA
UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO
FAMÍLIA 5 90
ESCOLA 2 40
COMUNIDADE 3 50
1
AMBIENTE 14
CORPO HUMANO 2 30
SAÚDE E HIGIENE 4 65
Sub-total 17 289
CURRÍCULO LOCAL (20%) 2 15
TOTAL 19 304
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE
RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
Usar expressões para manifestar interesse/desinteresse Ouvir e falar
sobre variadas situações; Expressões para manifestar interesse e
Usar expressões adequadas para manifestar desejos. desinteresse:
6
Estou interessado em estudar contigo.
tempos
Agora não quero brincar.
Expressões para manifestar desejo:
Gostaria de ir à escola.
Apetece-me ver a televisão.
Usar expressões para manifestar alegria e satisfação; Ouvir e falar
Expressões para manifestar alegria e satisfação:
Usar expressões adequadas para manifestar sentimento Que bom!
de medo. Ainda bem que vieste! Expressa-se com cortesia para 6
Gostei muito! manifestar alegria e satisfação, tempos
Expressões para manifestar medo: expressar medo e dar sugestões e
Estou com medo! conselhos.
Mete medo.
Usar expressões para dar conselhos. Ouvir e falar
7
I. Expressões para dar sugestões e conselhos:
tempos
FAMÍLIA É melhor fazer o TPC.
Seria bom não faltar à escola!
Ouvir e falar
Construir frases simples usando pronomes pessoais; Funcionamento da Língua
Pronomes pessoais:
Expressa-se, oralmente, com
eu, tu, você, ele/ela 8
correcção, usando pronomes
Formular frases no imperativo; nós, vocês, eles/elas tempos
pessoais e frases imperativas.
Frases Imperativas:Lava as mãos …
Arruma os livros
Vai à escola
Identificar ditongos nasais em palavras; Ler e escrever
Ler palavras, frases e textos que contêm ditongos Ditongos nasais: ão, ãe, õe 7
nasais; Palavras, frases, pequenos textos tempos
I. Lê e escreve frases simples e
Escrever palavras e frases que contêm ditongos nasais.
FAMÍLIA pequenos textos contendo ditongos
Ler palavras, frases e pequenos textos; Ler e escrever
nasais.
Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens; Imagens 7
Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos Cópia, Ditado. Caligrafia tempos
textos com caligrafia correcta e legível;
RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
6
tempos
Identificar o tipo de casas da sua comunidade; Ouvir e falar
Produz frases usando vocabulário
I. Construir frases usando vocabulário sobre
sobre tipo de casas da sua
FAMÍLIA tipos de casa. Tipos de casa: palhota, alvenaria 6
comunidade.
tempos
38
RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
Identificar as peças de vestuário; Ouvir e falar
Constrói frases usando o vocabulário sobre as peças de Peças de vestuário: saia, blusa, vestido, calças,
vestuário; calções, camisa, camisola, camisete, casaco,
gravata, laço, meias, capulana e lenço Descreve o vestuário e suas regras 6
Regras básicas da higiene do vestuário: lavar e de higiene. tempos
Usar roupa limpa e engomada;
engomar a roupa
VI. Cantar canções sobre o vestuário;
SAÚDE E Ouvir e falar
HIGIENE Mencionar as regras básicas de higiene alimentar; Regras de higiene alimentar:
Construir frases usando o vocabulário sobre as regras de lavar e cozer os alimentos
higiene alimentar; beber água limpa Descreve regras de higiene 4
Cantar canções sobre higiene alimentar. Limpeza do meio: alimentar e do meio. tempos
Mencionar as regras de limpeza do meio; varrer e limpar
Construir frases e pequenos textos sobre a limpeza do enterrar o lixo ou colocar em locais apropriados
meio.
Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas; Ler e escrever
Dramatizar variados textos, contos e fábulas; Contos
Lê e escreve frases simples e 4
Escrever pequenas histórias. Fábulas
pequenos textos. tempos
Lengalengas
Poemas
Construir frases simples com os verbos ser e estar no Ler e escrever
presente, passado e futuro; Funcionamento da Língua
Cantar canções sobre os tempos verbais; Verbos ser e estar
Tempos verbais:
VI. Formular perguntas usando expressões interrogativas; presente
SAÚDE E passado (pretérito perfeito) Expressa-se, oralmente e por
HIGIENE Ler textos contendo expressões interrogativas; futuro
escrito, com correcção, uando
Construir frases usando pronomes possessivos; Expressões interrogativas: 7
diferentes tempos verbais,
Produzir pequenos textos usando pronomes possessivos. Quem? tempos
O quê? expressões interrogativas e
Como? pronomes possessivos.
Quando?
Pronomes possessivos
seu/sua; seus/suas
nosso/nossa; nossos/nossas
dele/dela; deles/delas
RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
Identificar as combinações grafémicas em palavras; Ler e escrever
Ler palavras e frases que contêm combinações Introdução de combinações grafémicas:
grafémicas; lh; Lê e escreve frases simples e
7
Escrever palavras e frases que contêm combinações az, ez, iz, oz, uz; pequenos textos com
tempos
grafémicas; gi; ge, combinações grafémicas.
Interpretar palavras, frases e pequenos textos; Imagens
Interpretar imagens.
VI.
Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens; Ler e escrever
SAÚDE E
Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos Cópia
HIGIENE Lê e escreve frases simples e 7
textos; Ditado
pequenos textos. tempos
Escrever palavras, frases e pequenos textos com caligrafia Caligrafia
correcta e legível.
Construir frases usando os advérbios de lugar; Ler e escrever Expressa-se, oralmente e por
Cantar canções sobre os advérbios de lugar; Funcionamento da Língua escrito, com correcção, usando 8
Escrever frases no imperativo. Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí. advérbios de lugar e frases tempos
Frases imperativas imperativas.
Identificar as combinações grafémicas em palavras; Ler e escrever
Ler textos que contêm combinações grafémicas; Introdução de combinações grafémicas:
Interpretar palavras, frases e pequenos textos; br, cr, dr, fr, gr, pr, tr
Interpretar imagens; bl, cl, fl, gl, dl, pl
VI. Lê e escreve frases simples e 10
Escrever palavras e pequenos textos que contêm Imagens
SAÚDE E pequenos textos com tempos
combinações grafémicas. Cópia
HIGIENE combinações grafémicas.
Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos Ditado
textos com caligrafia correcta e legível. Caligrafia
RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS
CONTEÚDOS APRENDIZAGEM CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
Ler textos contendo palavras com combinações fonéticas; Ler e escrever
Identificar as combinações grafémicas em palavras; Introdução de combinações grafémicas: que,
Ler palavras que contêm combinações grafémicas; qui, qua, quo
Escrever palavras e pequenos textos que contêm Introdução do x com os cinco valores
combinações grafémicas; fonéticos. na palavra xarope, (X: ch )
Interpretar palavras, frases e pequenos textos; na palavra exame (X:z),
Lê e escreve frases simples e 16
Interpretar imagens; na palavra taxi (X:cs)
pequenos textos com tempos
Ler frases relacionadas com as imagens. na palavra próximo (X: ss) e na palavra
combinações grafémicas.
Fazer cópias e ditados de pequenos textos; explica (X:eis)
Escrever pequenos textos com caligrafia correcta e Imagens
legível. Cópia
Ditado
Caligrafia
Redacção
Currículo Nacional: 289 tempos
Currículo Local: 15 tempos
Total: 304 tempos
41
Sugestões Metodológicas
2ª CLASSE
A aprendizagem da Língua Portuguesa, na 2ª classe, pretende dar continuidade e aprofundar as
competências desenvolvidas na 1ª classe, sobretudo no que concerne à leitura e escrita.
1.Oralidade
Nesta classe, a oralidade será desenvolvida tendo em conta os actos de fala/expressões
linguísticas, cujos suportes são imagens, frases sobre a introdução das combinações grafémicas,
histórias, jogos, pequenos poemas, lengalengas, fábulas, diálogos, dramatizações, desenhos,
canções e outros recursos que o professor pode providenciar, tendo em conta a situação da turma
e o tema que pretender tratar.
Os trabalhos feitos pelos alunos através das técnicas de recorte, colagem, pintura, desenho,
modelagem, estampagem são recursos importantes para o desenvolvimento da oralidade,
constituindo oportunidade para os alunos falarem sobre o seu conteúdo. Por exemplo, o aluno
pode descrever a imagem, falando sobre:
o nome dos elementos constituintes da imagem;
a quantidade e a forma desses elementos;
a função desses elementos;
as cores usadas na imagem;
o tipo de material usado na elaboração do trabalho;
a relação entre os elementos;
a história relacionada com a imagem, etc.
Como já se referiu na primeira classe, a canção é uma fonte inesgotável no auxílio da
aprendizagem, pois através dela, o professor primário pode introduzir e ensinar quase todas as
matérias das disciplinas curriculares. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem acerca dos
animais domésticos, o professor pode começar por ensinar, ou cantar uma canção sobre animais
domésticos.
As canções podem ainda ser usadas para a exercitação da pronúncia, dicção, articulação das
palavras e para o desnvolvimento do sentido de audição e da memória, do ritmo, melodia e
harmonia.
A oralidade deve estar aliada à leitura e escrita, ao conhecimento de novas estruturas linguísticas
e ao alargamento do vocabulário, em prol de uma melhor competência comunicativa.
Para o desenvolvimento da expressão oral, tal como na 1ª classe, propõem-se também, as
seguintes actividades:
ouvir;
falar;
narrar pequenas histórias com base nas imagens;
recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;
cantar;
recitar poemas;
fazer jogos orais.
Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:
Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;
Partir do nível de conhecimento dos alunos, como base para as aquisições orais seguintes;
Respeitar os ritmos de aprendizagem;
42
Utilizar exercícios de repetição de frases, palavras, e sílabas, como meio de treino do aparelho
fonador, sempre que necessário;
Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da correcta e
fluente.
2. Leitura e escrita
Na segunda classe, a leitura e escrita, é feita com base na introdução de combinações
grafémicas, com recurso a palavras, frases e pequenos textos.
A sequência da introdução das combinações grafémicas obedecerá às seguintes etapas:
1ª Etapa: r intervolcálico: are, ari, ura; duplo r, s intervocálico: ase, asa, usa; duplo s;
2ª Etapa: as, es, is, os, us; am, em, im, om, um; al, el, il, ol, ul; an, en, in, on, un;
3ª Etapa: ça, ço, çu; gue, gui; ch; nh;
4ª Etapa: ce, ci; ar, er, ir, or, ur; az, ez, iz, oz, uz; lh;
5ª Etapa: ge, gi; br, cr, fr, gr; vr, pr; bl, cl, fl, gl, pl;
6ª Etapa: que, qui, qua; os cinco valores fonéticos do x (em palavras como xarope, exame, táxi,
explicação, próximo).
Finda a introdução das combinações grafémicas, o professor deve levar os alunos a
desenvolverem actividades que enriqueçam a compreensão e expressão escritas, com base na
leitura de frases e de pequenos textos que constam do livro de leitura.
2.1. Leitura
Na 2ª classe, o aluno vai começar a tomar contacto com textos como histórias, contos, fábulas,
lendas, pequenas bandas desenhadas, poemas, lengalengas e imagens. Alguns destes textos
constam do livro de leitura.
As actividades de leitura e interpretação desses textos podem ser as seguintes:
1° Análise de imagens do texto, ou de outras imagens relacionadas com o referido texto;
2° Interpretação de imagens, feita pelos alunos, com a ajuda do professor;
3° Leitura expressiva de textos feita pelo professor;
4° Levantamento de palavras de difícil compreensão;
5° Explicação das palavras de difícil compreensão, pelo professor;
6° Registo das palavras difíceis e do seu significado pelos alunos, nos cadernos diários;
7° Interpretação oral do texto;
8º Leitura oral por unidades lógicas ( feita pelo professor e seguido pelos alunos);
9° Leitura oral feita pelos alunos:
por toda a turma;
por grupos;
e individualmente.
Os passos aqui apresentados não incluem a leitura silenciosa, por se tratar de alunos que ainda
estão na fase inicial de aprendizagem da leitura e escrita. Este tipo de leitura só poderá entrar na
3ª classe.
Na leitura oral, o professor deve prestar atenção aos seguintes aspectos:
ouvir como cada criança lê e pronuncia as palavras;
detectar as hesitações na leitura e suas causas;
procurar descobrir:
se leem de cor, ou se são capazes de ler as palavras ou sílabas apontadas salteadamente;
se conhecem as combinações grafémicas;
se entendem o significado do que leem.
2.2. Escrita
43
O ensino-aprendizagem da escrita é feito através de exercícios sistemáticos variados, em que o
aluno faz o uso da língua em situações diversas, utilizando expressões linguísticas e vocabulário
adequados.
Para que o aluno da 2ª classe escreva, é preciso que lhe sejam criadas algumas condições,
nomeadamente:
a necessidade de escrever;
a oportunidade de escrever;
a vontade de escrever.
Considerando que, na 2ª classe, o aluno ainda está na fase de aprendizagem da escrita, o
professor deve prestar atenção às actividades a desenvolver, isto é, não deve propor às crianças
tarefas de escrita que ultrapassem o seu nível de produção escrita.
As actividades de escrita, nesta fase, deverão obedecer, de entre outros, aos seguintes aspectos:
O exercício de escrita deve ser antecedido, acompanhado e seguido de actividades de oralidade e
de leitura, relacionadas com o que se escreve;
As palavras e as frases apresentadas como modelo devem relacionar-se com elementos da
vivência real dos alunos;
A designação dos seres ou dos objectos deve ser feita pela escrita da palavra ou da frase
correspondente e não pela escrita da letra/combinações grafémicas em estudo;
As actividades de escrita devem ser motivadas (desenho e interpretação de imagens, leitura e
interpretação de textos: histórias, contos, etc.);
O conteúdo dos textos que servirão de base para a produção escrita deve ser do conhecimento
dos alunos;
No desenvolvimento da escrita dos alunos a maior preocupação deve incidir no aperfeiçoamento
da caligrafia, ortografia e exercícios do funcionamento da língua.
44
encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado. De igual modo, a criança torna-se
mais produtiva, se sentir que o seu trabalho merece o interesse do seu professor e dos colegas.
3. Funcionamento da Língua
À semelhança do que acontece na 1ª classe, o ensino-aprendizagem da gramática deve limitar-se
à observação das normas elementares da organização/modificação de palavras/frases. O estudo
da gramática deve fazer-se a partir de:
palavras, frases e textos simples;
uso concreto da língua e não de exercícios de fixação de regras.
4. Sugestões metodológicas para o ensino-aprendizagem dos conteúdos de Educação Visual e
Ofícios, integrados na disciplina de Português
Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios integrados no domínio Ouvir e Falar
propiciam ao aluno o desenvolvimento da oralidade uma vez que este não se limita apenas a
desenhar, mas também a falar sobre o conteúdo do desenho. Se desenha ou modela a família, por
exemplo, deve indicar os elementos que fazem parte dela. A linguagem plástica da criança revela
a sua expressão afectiva porque ela representa as suas vivências e os seus sonhos e o professor
deve estar atento, porque essas representações permitirão um melhor relacionamento com o
aluno.
Desenhar, pintar, modelar, recortar, colar é importante pela necessidade natural que a criança
tem de comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.
Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios propostos para este domínio não só
concorrem para o desenvolvimento da libertação dos dedos (destreza manual) e para a delicadeza
no manuseamento dos materiais (motricidade fina), mas também para a concretização e
complementaridade dos conhecimentos adquiridos em Língua Portuguesa. Nesta idade, o
professor não deve comparar os desenhos do aluno com os dos adultos, por estes não serem fiéis
à realidade, mas sim motivá-lo a continuar. A realização de exposições dos trabalhos na sala de
aula, ou na escola, é um momento de crescimento para a criança, pois ela se sente encorajada a
progredir, porque vê o seu esforço compensado.
45
Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo,
semestre, ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo colher informação sobre o nível
inicial de aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma
determinada aptidão e capacidade.
Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que
garantam que todos os alunos atinjam os objectivos definidos no Programa e, por outro, delimitar
as capacidades que o aluno possui, para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens
(conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores
resultados.
No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens da avaliação
diagnóstica:
Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a
nova matéria, verificando o que tiver sido aprendido anteriormente e a consequente recuperação
e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;
No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de
proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação e
planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua, para
auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção.
Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas
especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.
Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-
aprendizagem. Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o
nível de realização dos objectivos do Programa e impulsiona o aluno para que se empenhe cada
vez mais nos estudos.
A avaliação formativa preocupa-se com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua
personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social
e linguística. Este conhecimento poderá permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem
como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos
de alunos.
Os critérios a adoptar neste tipo de avaliação incluem uma auscultação e uma ligação directa
com os pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas
especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou
relações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deverá
preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é
expressa numericamente.
Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade
de ensino, ano lectivo ou curso.
Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem de
língua e ocorre, geralmente, após actividades relacionadas com compreensão oral e escrita, por
um lado, e expressão oral e escrita, por outro.
É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como
por exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos
intervenientes, os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.
Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais e anuais é feita de
acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa
quantitativamente numa escala de zero a vinte valores.
46
O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o
desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua de acordo com as exigências de cada
ciclo.
A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes
habilidades:
ouvir e falar; ler e compreender; escrever.
Ouvir e falar
A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno, individualmente, é capaz de:
Fazer perguntas com: onde, porque, quem, o que, como, quando;
Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);
Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);
Usar vocabulário básico. Ler e compreender
Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno,
individualmente, é capaz de: Ler entre dez a quinze palavras por minuto; Ler frases simples; Ler
textos com 5 a 10 linhas; Compreender a informação contida em textos simples.
Escrever
O professor deverá procurar saber se cada aluno, individualmente, é capaz de:
Copiar palavras e frases; Escrever palavras e frases simples; Escrever palavras e frases ditadas;
Legendar imagens;
Escrever textos (5 a 8 linhas)
Ordenar frases em sequência lógica.
A perspectiva de avaliação proposta deverá permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe
para o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de
aprendizagem, para que todos os alunos atinjam os resultados da aprendizagem de um
determinado ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de
uma progressão por ciclos de aprendizagem.
Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua,
onde o processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se
obtenha uma imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de resultados da
aprendizagem descritas nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação
do processo de ensino-aprendizagem.
Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.
De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a
permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em
coordenação com o Director da Escola e os pais/encarregados de educação do educando, provar
que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.
O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.
47
Programa de Matemática 2ª Classe
(1ª + 2ª classe)
INTRODUÇÃO
A Matemática é uma disciplina que tem como missão desenvolver competências de resolução de
problemas, aplicando conhecimentos de contar, calcular, bem como competências de situar e orientar,
identificar, relacionar, classificar, estimar e medir grandezas, interpretar mensagens na linguagem
simbólica e gráfica, assim como recolher e organizar dados, em tabelas e em gráficos.
A Matemática, como instrumento para o trabalho, deve ser apresentada tendo em conta as necessidades
do mercado. Ela tem como missão, entre outras, o trabalho com quantidades, medidas, formas, operações
e relações geométricas.
Actualmente, o ensino da Matemática apresenta resultados que preocupam a sociedade moçambicana, no
que concerne ao desenvolvimento de competências dos graduados do Ensino Primário.
Neste contexto, o desenvolvimento de capacidades e habilidades mentais está ligada à aquisição e à
aplicação consciente de conhecimentos matemáticos na resolução de situação-problema do dia-a-dia e ao
estabelecimento de relações entre factos contextuais do mundo real e conceitos. Assim, há uma
multiplicidade de actividades a realizar no ensino da Matemática, que permitem ao aluno desenvolver as
requeridas competências.
O presente Programa do 1º ciclo comporta três classes, nomeadamente, 1a, 2a e 3a.
Ele está estruturado em quatro (4) Unidades Temáticas: Vocabulário Básico; Números Naturais e
Operações; Espaço e Forma; e Grandezas e Medidas, cujos conteúdos têm em vista proporcionarem às
crianças o desenvolvimento do raciocínio, comunicação e linguagem gráfica, que constituem uma ponte
entre o real e as abstracções matemáticas.
Os conteúdos serão abordados de forma cíclica, gradativa, interligada e integrada, acomodando temas
transversais, de um estágio ao outro.
As sugestões metodológicas apresentam-se no fim de cada unidade temática. Porém, estas não devem
limitar a iniciativa do professor; servem de base para lhe auxiliar na condução do processo de ensino
aprendizagem da Matemática, de modo a garantir o desenvolvimento de competências pelos alunos.
48
Plano de estudo
a) Plano de estudo para escolas de dois turnos
Disciplina Carga Horária Semanal Carga horária anual
(Aulas de 45 minutos) (Aulas de 45 minutos)
Língua Portuguesa 16 608
Matemática 10 330
Educação Física 2 76
Observação
No âmbito da COVID-19, para a disciplina de Matemática serão consideradas 10 aulas semanais. Sendo
33 semanas lectivas, a carga horária anual será de 330 tempos lectivos.
49
VISÃO GERAL DE CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA, 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO
Conteúdos Conteúdos
Conteúdos Carga Carga
Unidade (2ª classe) Carga (3ª classe)
(1ª classe) Horári Horári
Temática Horária
a a
Noções de: quantidade,
VOCABULÁRI
tamanho, posição,
O 40
distância, direcção-
BÁSICO
sentido e massa-peso.
NÚMEROS Leitura e escrita de 280 Revisão dos números 244 Revisão dos números naturais até 100; 220
NATURAIS E números naturais até 50; naturais até 50; Números naturais até 1 000;
OPERAÇÕES Ordenação e comparação; Números naturais até 100; leitura e escrita de números naturais
Composição e leitura e escrita de números ate 1000
decomposição; naturais ate 100; Ordenação e comparação;
Noção dezena; Ordenação e comparação; Composição e decomposição em
Noção dúzia; Composição e milhares, centenas, dezenas e
Operações de adição e decomposição em dezenas e unidades;
subtracção até 50. unidades; Representação de números naturais na
Noção algarismo tabela de posição;
Tabela de posição; Números ordinais até 30o;
Números ordinais até 20o; Números romanos até vinte (XX).;
Adição e subtracção até Adição e subtracção até 1000;
100; Multiplicação e divisão de números
Multiplicação e divisão de naturais até 1000;
números naturais até 50. Multiplicação por 6, 7, 8 e 9;
Noção da multiplicação; Propriedade comutativa e associativa
Multiplicação por 2, 3, 4, 5 da multiplicação;
e 10; expressões numéricas sem parenteses
O dobro, metade e o triplo envolvendo três operações (adição,
de um número; subtracção e multiplicação);
Noção da divisão; Noção de múltiplo de um número;
Divisão partitiva com Múltiplos de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9;
subtracções sucessivas até multiplicação por 10 e 100;
50; com divisores 2, 3, 4, 5 Múltiplos de 10 e de 100 até 1000
e 10; Procedimento escrito da multiplicação
A divisão como operação sem transporte cujo multiplicador tem
inversa da multiplicação um algarismo;
A divisão por 2, 3, 4, 5 e Procedimento escrito da multiplicação
50
10. sem transporte cujo multiplicador têm
dois algarismos
Procedimento escrito da multiplicação
sem transporte cujos factores têm dois
algarismos;
Divisão por 10 e 100;
Divisão de múltiplos de 10 e 100 por
um número natural com um dígito;
Procedimento escrito da divisão com
divisor de um dígito.
Noção de ponto; Rectas e segmentos de recta; Posição
Figuras geométricas
Linhas curvas e rectas; horizontal e vertical;
Identificação de linhas
Noção de segmento de Rectas paralelas e perpendiculares
abertas, fechadas, rectas e
ESPAÇO E recta; Figuras Planas: Construção de
curvas
FORMA 20 Figuras planas (quadrado, 26 quadrado, rectângulo, triângulo em 30
Identificação de figuras
rectângulo, triângulo e quadrículas;
planas (rectângulo,
círculo); Círculo e a circunferência;
triângulo e círculo)
Sólidos geométricos (bloco, Decomposição de sólidos geométricos
Noção de ponto.
cubo, esfera e cilindro). (bloco, cubo e cilindro).
Medição de comprimentos: Unidades de comprimento: metro (m),
noção do metro (m) e do decímetro (dm), centímetro (cm) e
centímetro (cm); milímetro (mm);
Capacidade: Noção do litro Noção de perímetro;Perímetro de
Noções elementares de (l); figuras planas (rectângulo, quadrado e
medição de Massas: Noção de triângulo);
GRANDEZAS comprimentos (noção quilograma (kg); Unidades de massa: O quilograma (kg)
E MEDIDAS metro); 20 Relógio (horas inteiras); e o grama (g); 40
26
Noções de capacidade, Calendário (dia, semana, Unidades de capacidade: O litro (l) e o
volume; mês e ano); mililitro (ml);
Noção de massa. O dinheiro moçambicano; O dinheiro moçambicano incluindo
Moedas (50 centavos, 1MT, notas de 200MT, 500MT e 1000MT;
2MT, 5MT e 10MT); Relógio (horas e minutos);
Notas (20MT, 50MT e Calendário (o dia, a semana e os meses
100MT) do ano).
Revisão 20 24 40
TOTAL 380 330 330
51
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE- 1º Trimestre- 2021 (12 semanas)
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
Carga
UNIDADE CONTEÚDO APRENDIZAGEM
O aluno deve ser capaz de: O aluno: Horária
TEMÁTICA
Noção de quantidade:
Comparar diferentes Muito e pouco
quantidades e tamanhos Mais… do que, menos…do que
I Tanto… como
de objectos;
Comparar distâncias entre Cheio e vazio
VOCABULÁRIO Aumentar e diminuir
diferentes pontos;
BÁSICO Pôr e tirar.
Contar, cantando,
progressivamente os Contagem progressiva e regressiva de 1 até 5 Usa noções de
números naturais de 10 a quantidade e tamanho 1ª
1; para situações do seu dia semana
Noção de tamanho a dia
Grande e pequeno
Contar, cantando, Maior, menor e igual
progressivamente os O maior e o menor
números naturais de 10 a Comprido e curto
1; Largo e estreito
Alto e baixo
Grosso e fino
Contagem progressiva e regressiva de 6 até 10
52
UNIDADE OBJECTIVOS
RESULTADOS DA
TEMÁTICA ESPECÍFICOS Carga
O aluno deve ser
CONTEÚDO APRENDIZAGEM
O aluno: Horária
capaz de:
Noção de posição
À frente, atrás, à esquerda e à direita
Antes e depois
Primeiro, no meio, entre e último
Agrupar vários Dentro, fora e fronteira
objectos Em cima, em baixo, em volta, ao lado
Desenhar e pintar Contagem progressiva e regressiva de 1 até 10.
diferentes Noção de distância
I objectos - Perto e longe
Usa noções de
Comparar massas - Aproximar e afastar
posição, distância,
VOCABULÁRIO de diferentes Contagem progressiva e regressiva de 11 até 15.
direcção-sentido,
BÁSICO objectos; Noção de Direcção e sentido 1ª semana
massa e peso para
Contar, cantando, Para a frente e para atrás (10 aulas)
situações do seu dia a
progressivamente Para a direita e para a esquerda
dia
os números Para dentro e para fora
naturais até 20’, Para o interior e para o exterior
Contar, cantando, Para o lado, para cima e para baixo
regressivamente Contagem progressiva e regressiva de 16 até 20
os números Noção de massa e peso
naturais de 20 a 1; Pesado e leve
Sugestões Metodológicas
Vocabulário Básico
O desenvolvimento do vocabulário e do seu significado é de extrema importância para o raciocínio matemático. Portanto, deve ser
conduzido, de forma contextualizada, para que os alunos compreendam a sua aplicação na aprendizagem de Matemática. Se o aluno
for capaz de entender e usar convenientemente o vocabulário básico, ser- lhe-á fácil progredir na aprendizagem da Matemática,
53
porque terá bases, não só para interpretar os enunciados dos problemas, mas também para entender a estrutura das operações
aritméticas e a sua aplicação.
No caso de Moçambique, onde a maioria das crianças aprende na 2ª língua (Português), o tratamento do vocabulário básico nas
classes iniciais considera-se indispensável, para assegurar a aprendizagem dos conceitos matemáticos. Estas noções de vocabulário
devem ser ensinadas de forma concretizada (visualizada). Isto é, a criança deve ser capaz de ver, por exemplo, a pedra grande em
relação à pequena.
Vejamos alguns exemplos de ensino e aprendizagem de noções de vocabulário básico na Matemática:
Noção de quantidade: muito e pouco, mais… do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir, pôr e tirar.
Sugere-se que o professor oriente os alunos para trazerem materiais, tais como: pedrinhas, sementes, pauzinhos, cápsulas de garrafas
e outros adequados para a concretização das noções.
Na aula, os alunos devem realizar várias actividades que os levem a desenvolver as competências de:
Distinguir muitos objectos de poucos;
Agrupar e quantificar vários objectos, de acordo com a quantidade solicitada;
Desenhar/ e/ou pintar objectos, com diferentes quantidades.
Os alunos podem desenhar e/ou pintar objectos aplicando noções de quantidade. Os objectos escolhidos devem reflectir conteúdos
transversais. Por exemplo, equidade do género (rapazes e raparigas), meio ambiente (diferentes quantidades de plantas).
Exemplo sobre:
Actividade
Usando a acção de tirar e pôr, os alunos formam diferentes grupos de objectos: muito e pouco, mais… do que, menos…do que,
tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir.
Numa 1ª fase, os exercícios práticos devem ser realizados ao nível da turma pelos alunos, sob a orientação do professor. Na 2ª fase,
os exercícios práticos são realizados em grupos e aos pares, sob a orientação do professor.
2. Noção de tamanho: Grande e pequeno, maior e menor, igual, o maior, o menor, comprido e curto, larga e estreito, alto e baixo,
grosso e fino.
Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: bolas, lápis, cordas, os próprios alunos, árvores, etc.
Na aula, devem ser realizadas várias actividades pelos alunos, que os levem a desenvolver as competências de desenhar, pintar,
modelar e comparar tamanhos de diferentes objectos reais.
3. Noção de posição: à frente, atrás, à esquerda e à direita; antes e depois; primeiro, no meio, entre e último; dentro, fora e fronteira;
em cima, em baixo, em volta, ao lado.
54
Para que os alunos desenvolvam as competências de situar diferentes objectos reais de acordo com posições indicadas e de localizá-
los em relação a si e aos outros, podem usar materiais existentes na sala de aula (quadro, secretária do professor, etc.), ou na escola
(secretaria, sala de professores, latrinas/banheiros, jardim, campo de futebol, plantação de árvores, etc.), assim como os próprios
alunos podem servir de material concretizador (identificar a posição em que uns se sentam em relação aos outros).
Exemplo:
A B C
A roda C está longe da lata de água A.
A caixa B está perto da lata A.
Noção de direcção e sentido: para a frente e para trás; para a direita e para a esquerda; para dentro e para fora; para o interior e para o
exterior; para o lado; para cima e para baixo.
Para o desenvolvimento de competências dos alunos sobre a orientação no espaço, o professor pode orientá-los a movimentarem-se
em diferentes direcções e sentidos dentro e fora da sala.
Exemplo: utilizar a formatura dos alunos para cantar o hino nacional à frente da bandeira.
55
A pedra A é mais pesada do que a pedra
Pedra A Pedra B
56
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
O aluno deve ser capaz de: Carga
TEMÁTICA CONTEÚDO APRENDIZAGEM
Horária
O aluno
Os Números Naturais de 1 a 5
Número natural 1
Leitura e escrita do número 1
Associação de objectos ao número 1 e
vice-versa.
Número natural 2
II Ler e escrever números de 1 a 5; Contagem de objectos
Lê e escreve os números de
NÚMEROS Identificar, pintando, números até Leitura e escrita do número 2
1 a 5; 2ª e 3ª
NATURAIS E 5 Associação de objectos ao número 2
Associar números às Semana
OPERAÇÕES Moldar números até 5 (vice-versa)
quantidades de objectos. (20 aulas)
Associar quantidades de objectos Número natural 3
(1) ao número Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 3
Associação de objectos ao número 3
Número natural 4
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 4
Associação de quantidades ao número
4
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OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
UNIDADE O aluno deve ser capaz de: Carga
CONTEÚDO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA Horária
O aluno
Numero natural 5
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 5
Associação de quantidades ao
número 5
Ordenação de números até 5
II
Ordenar números naturais até 5
NÚMEROS Comparação dos números até
Comparar números naturais até 5
NATURAIS E 5, sem usar os símbolos (<, = e Resolve problemas da vida
Adicionar números naturais até 5 Cont.
OPERAÇÕES Subtrair números naturais até 5 >) real até 5.
Adição e subtracção de
(1) números naturais
Adição até 5
Subtracção até 5
Sugestões Metodológicas
58
Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e
colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 1 a 5, para consolidação. Estes números
devem ser escritos em cartazes e colocados nas paredes da sala de aula, para permitir que os alunos os memorizem facilmente.
O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e históricas, até 5.
Exemplos: 1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro.
Adição até 5
O professor deve tratar a adição cuidadosamente, propondo aos alunos situações problemáticas em diversos contextos, para que eles
desenvolvam as competências requeridas.
Em uma primeira fase, na adição os alunos devem manusear objectos (juntando, aumentando e acrescentando), de modo que
adquiram a noção de adição.
Em uma segunda fase, o professor ensina os sinais: mais (+) e igual (=) e os seus significados, a partir de uma situação concreta,
usando a linguagem corrente e matemática:
“Duas laranjas mais três laranjas são cinco laranjas’.
“Dois mais três é igual a cinco”.
2 + 3 5
A subtracção até 5
Alguns autores reconhecem que as crianças podem usar três modelos de raciocínios de subtracção, nomeadamente tirar, comparar e
completar.
Na nossa escola, o modelo mais comum é o de tirar. Isto é, a maior parte das crianças aprende a subtracção como sendo uma forma
apenas de tirar.
Exemplo1: Comprei 6 lápis de cor . Dei 2 à minha irmã.
Com quantos lápis de cor fiquei?
Este modelo traduz-se da seguinte forma:
Simbolicamente escreve-se: 6 – 2 = 4. É importante que o professor, a partir desta situação concreta, explique aos alunos os sinais
de menos ( - ), igual (=) e os seus significados, usando a linguagem corrente e matemática:
O modelo de tirar pode adequar-se a esta situação, pois de 6 posso tirar 2. Normalmente, as crianças usam este modelo através da
contagem de objectos concretos.
Entretanto, o tirar não responde a todos os problemas da vida relacionados com a subtracção. temos ainda o completar e o comparar.
Exemplo de completar:
Tenho 2 lápis de cor, mas preciso de 6. Quantos lápis de cor faltam?
59
Nesta situação, é mais prático pensar no modelo de completar, isto é, tenho 2 e faltam-me (3), (4), (5) e (6). São exactamente 4
passos:1 2 3 4
Logo, faltam 4 lápis de cor.
Exemplo de comparar:
Neste caso, a subtracção pode ser realizada através da relação (um para um) dos objectos. Os triângulos que restam correspondem à
diferença.
Portanto: 5 – 3 = 2
60
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
UNIDADE O aluno deve ser capaz de: Carga
CONTEÚDO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA Horária
O aluno
Identificar Linhas abertas, Figuras e sólidos geométricos
fechadas e curvas; Linhas abertas, fechadas e
Traçar linhas abertas, fechadas e curvas
III
curvas; Noção de rectângulo, Relaciona as figuras planas com as 4ª semana
ESPAÇO E
Identificar as figuras planas triângulo e círculo diferentes formas de objectos reais. (6 aulas)
FORMA
Desenhar e pintar figuras planas. Noção do ponto.
Sugestões Metodológicas
Espaço e forma
Na abordagem dos conteúdos desta unidade temática, o professor poderá orientar os alunos para trazerem algum material didáctico
que esteja ao seu alcance, como caixinhas, pacotes de chá, de sumo, de leite, de lápis de cor, latas de leite condensado, de azeite, o
esquadro, sinais de trânsito, etc., cujas faces permitirão observar a forma de algumas figuras planas (rectângulo, triângulo e círculo).
Através da observação e manipulação de objectos e de sólidos geométricos, pretende-se que os alunos comecem a aperceber-se de
certas semelhanças e diferenças existentes entre eles, utilizando material de desperdício, como, por exemplo, caixas vazias, tubos e
outros. Os alunos podem fazer diferentes construções, o que contribuirá para o reconhecimento intuitivo das formas.
É importante que os alunos desenhem, pintem, façam dobragens, recortes, colagens e outras actividades. Os alunos podem identificar
várias figuras geométricas (quadrados, triângulos, círculos, rectângulos), em objectos da vida real. Ainda nesta fase, os alunos, sob a
orientação do professor, poderão desenhar e pintar figuras planas. Os desenhos que os alunos fazem nos jogos de “necas”,
“mathakudzana” (explicação), berlindes e outros, podem ser relacionados com figuras planas.
(2)
Sugestões Metodológicas
O zero
61
Em uma primeira fase, o zero é introduzido na base de exemplos que demonstram a ausência de elementos. Por exemplo, o professor
pode usar uma lata vazia e mostrar aos alunos que não contém nenhum elemento (está vazia).
Em uma segunda fase, o zero é introduzido com base na diferença de dois números iguais que representam quantidades de dois
conjuntos, com o mesmo número de elementos.
O número natural zero deve ser introduzido depois do número natural 5, para permitir que as crianças realizem operações de adição e
subtracção e resolvam problemas até 5.
Exemplo 1: desenhar bananas em um lado e, no outro, desenhar duas cascas de banana. O professor poderá explicar a noção de zero,
a partir de situações concretas da criança.
Exemplo 2: O professor poderá mostrar uma lata vazia e dizer aos alunos que ela não tem nada. Não ter nada, significa ter zero.
Exemplo 3: Tínhamos dois copos e partiram-se os dois. Com quantos copos ficamos?
Ex: 2 - 2 = 0
62
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
O aluno deve ser capaz de: Carga
TEMÁTICA CONTEÚDO APRENDIZAGEM
horária
O aluno
IV Ler e escrever números naturais até 9; Números naturais de 6 a 9: Resolve problemas 5ª e 6ª
NÚMEROS Associar quantidades aos números até 9; Número natural 6 quotidianos que semana
NATURAIS E Ordenar e comparar números naturais até 9; Contagem de objectos envolvem números ( 16 aulas)
OPERAÇÕES Adicionar números naturais até 9; Leitura e escrita do número 6 naturais até 9.
Subtrair números naturais até 9; Associação de quantidades ao
(2) Identificar, pintando, os números naturais número 6
até 9; Conceitos de números antes e
Modelar os números naturais até 9; depois, até 6
Recortar e colar os números naturais, até 9. Número natural 7
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 7
Associação de quantidades ao
número 7
Número natural 8
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 8
Associação de quantidades ao
número 8
Número natural 9
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 9
Associação de quantidades ao
número 9
Ordenação de números até 9
Comparação dos números dentro do
limite 9, sem usar os símbolos (<, =
e >)
Adição e subtracção até 9
63
Estratégias de cálculo mental de
adição até 9
Estratégias de cálculo mental de
subtracção até 9.
Sugestões Metodológicas
O tratamento de números de 6 a 10 deve ser feito na base de uso de objectos concretos e aplicação do conceito "depois" (+1),
adicionando-lhes a unidade: 6 + 1, 7 + 1, 8 + 1 e 9 + 1.
Exemplo: 5 + 1 = 6 (O aluno pensa no número depois do 5).
Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e
colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 6 a 10, para consolidação.
O professor poderá explicar aos alunos a noção de dezena, que pode ser exemplificada com os dedos das duas mãos ou molhos de 10
pauzinhos.
O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e\ou históricas, até 10.
Exemplos: 7 de Abril, Falar do dia da mãe, 7 Setembro….
64
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTA
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: DOS DA
Carga
CONTEÚDO APRENDIZ
horária
AGEM
O aluno
Ler e escrever números naturais até 20; Números naturais 11 e 12
Associar quantidades aos números até 20; Contagem de objectos
Ordenar e comparar números naturais até 20; Leitura e escrita dos números 11 e 12
Adicionar números naturais até 20; Associação de quantidades aos números 11 e 12
Subtrair números naturais até 20; Cálculo mental de adição e subtracção até 12
Identificar, pintando, os números naturais até Composição e decomposição de números 11 e 12
20; Noção de dúzia
Modelar os números naturais até 20; Números 13, 14 e 15
Recortar e cola os números naturais, até 20. Contagem de objectos
Leitura e escrita dos números 13, 14 e 15
Associação de quantidades aos números 13, 14 e 15 Resolve
IV Cálculo mental de adição e subtracção até 15 problemas
7ª a 11ª
NÚMEROS Composição e decomposição de números até 15 que
semana
NATURAIS E Números 16, 17, 18 e 19 envolvem
(50 aulas)
OPERAÇÕES Contagem de objectos números
Leitura e escrita dos números: 16, 17, 18 e 19 naturais até
(2) Associação de quantidades aos números 16, 17, 18 e 19 20.
Cálculo mental em adição e subtracção até 19
Composição e decomposição de números até 19
Número 20
Contagem de objectos
Leitura e escrita do número 20
Associação de quantidades ao número 20
Ordenação e comparação (sem uso de sinais <, = e >) dos
números, até 20
Composição e decomposição de números, até 20
Cálculo mental de adição e subtracção, até 20
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números de 11 a 19
O tratamento de números naturais de 11 a 19 pode ser feito de duas maneiras:
a) Manter a base 10 e adicionar sucessivamente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. Isto é, 10 + 1 = 11; 10 + 2= 12, 10 + 3 = 13, …., 10 + 9 =
19.
65
b) Manter a unidade, aplicando o conceito depois: 10 + 1 =11; 11 + 1 = 12; 12 + 1=13,… , 18 + 1 = 19
Recomenda-se, entretanto, que o professor explique a importância da formação de números a partir da alínea a), pois os alunos
adquirem o conhecimento do sistema decimal.
A noção de dúzia pode ser exemplificada com conjuntos de objectos com 12 elementos.
O professor deve proporcionar actividades que levem os alunos a treinar a escrita de números, obedecendo as etapas do seu
tratamento. O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas e comemorativas até 19.
Exemplos: 12 de Outubro, 16 de Junho e outras.
Leitura e escrita do número natural 20
O professor orienta, por exemplo, a formação do número 20, a partir de dois feixes (molhos) de 10 pauzinhos cada. Depois da leitura
e escrita do número, poderá explicar aos alunos que 20 corresponde a duas dezenas.
Exemplo: 10 + 10 =20
66
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
O aluno deve ser capaz de: Carga
TEMÁTICA CONTEÚDO APRENDIZAGEM
horária
O aluno
Traçar linhas de diferentes Comprimento, capacidade-volume
comprimentos; e massa
V Medir comprimentos de objectos; Noções intuitivas de medição de
12ª semana
GRANDEZAS Comparar comprimentos, comprimento Resolve problemas que
(6 aulas)
E MEDIDAS capacidade-volume e massa. Noção do metro envolvem medições.
Noções de capacidade-volume
Noções de massa
Resolve problemas do
quotidiano, aplicando os
Consolidação dos conteúdos já
números naturais e operações 12ª semana
Revisão aprendidos na 1a Classe
até 20, estimação e medição (4 aulas)
Realização de teste trimestral
de comprimento, de massa,
capacidade e volumes
TOTAL 120
Sugestões Metodológicas
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medição de comprimentos
No tratamento de noções intuitivas de medição de comprimentos, os alunos devem comparar comprimentos, classificar objectos
segundo o comprimento e agrupá-los.
O professor deve orientar os alunos na medição de vários objectos (caderno, livro, carteira, lápis e outros) e espaços (sala de aula,
campo de jogos, jardim, horta), usando palmos da mão, pés e passos. Estas actividades têm em vista mostrar que os resultados
obtidos pelos diferentes alunos, ao medir o mesmo espaço, não são iguais. Em seguida, dois (2) ou três (3) alunos usam o metro para
medir o mesmo espaço e verificarão que o resultado obtido é o mesmo. Assim, revela-se a necessidade da existência de uma medida
padrão, o METRO.
2. Capacidade-volume
No tratamento de noções intuitivas de medição de capacidade e volume, os alunos devem: classificar recipientes, segundo a
capacidade, verificando depois por transvasamento; e agrupar recipientes de diferentes capacidades.
Enche-se um recipiente, servindo-se de outro mais pequeno e conta-se o número de vezes que foi necessário para enchê-lo.
O professor pode seleccionar uma série de objectos: copos, jarras, latas, garrafas, pedras e água, para dar a noção de capacidade e
volume.
67
O professor mostra uma jarra com água e uma pedra. Em seguida, mostra o nível da água. Pede a um(a) aluno(a) para mergulhar a
pedra na jarra de água, enquanto os outros vão observando. Depois, o professor pergunta aos alunos: O que aconteceu quando o(a)
aluno(a) mergulhou a pedra na jarra?
Possíveis respostas: A água aumentou; a água subiu de nível, etc.
Com base nas respostas dadas pelos alunos, conclui-se que a pedra tem um volume determinado pelo espaço que ocupa. Os alunos
comparam diferentes volumes e capacidades. O professor deve proporcionar aos alunos várias oportunidades de realizarem
manipulações de transvasamento de líquidos ou areia. Por exemplo: O professor coloca à disposição dos alunos 3 copos (A, B e C),
dos quais 2 copos (A e B) devem ser iguais. A seguir, pede a um aluno para que os encha de água e que tinja um deles com tinta. Em
seguida, o professor pede ao aluno que despeje o líquido contido em B, para um copo C mais estreito e pergunta à turma: Dos copos
A e C, qual é que contém mais líquido? Se os alunos ainda não possuírem a noção de conservação, dirão que há mais água no copo C.
O mesmo poderá acontecer, ao usar-se um copo D de maior secção; os alunos poderão responder que o copo A é que tem mais água.
Isto porque os alunos fazem uma leitura perceptiva, centrada apenas em um aspecto. É preciso que sejam realizadas várias
experiênciais, para que os alunos possam compreender que a capacidade se mantém, independentemente da forma do recipiente.
3. Massa
O professor deverá procurar saber se os alunos já viram alguém a pesar produtos na loja, talho, supermercado, ou mercado. A seguir,
o professor poderá apresentar-lhes diferentes objectos, para eles observarem e decidirem qual deles é que pesa mais, menos, ou igual.
Por fim, os alunos poderão conferir as suas respostas, pesando os produtos com as suas mãos, como se estas fossem uma balança.
Para o estudo das grandezas, é necessário material variado na sala de aula (réguas, cordas, bandas de cartão) e recipientes, para a
medição de volumes e capacidades.
68
2º Trimestre (11 semanas)
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
UNIDADE O aluno deve ser capaz de: Carga
CONTEÚDO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA Horária
O aluno
Contar os números naturais até 50. Números de 21 a 50
Ler e escrever números naturais até 50 Leitura e escrita dos números até
Ordenar números naturais até 50 50 por etapas:
Comparar números naturais até 50 De 21 a 30,
Adicionar números naturais até 50 De 31 a 40,
Subtrair números naturais até 50 De 41 a 50;
I
NÚMEROS Associação de quantidades até 50;
NA TURAIS E Ordenação de números naturais até 50;
Resolve problemas que 1ª e 2ª
OPERAÇÕES Comparação de números naturais até
envolvem números naturais até semana
50 usando sinais <, > ou =;
50. (20 aulas)
(1) Composição e decomposição de
números naturais até 50;
Cálculo mental e escrito de adição e
subtracção até 50.
Contagem e escrita de números
naturais até 50 de:
2 em 2;
5 em 5;
10 em 10.
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números naturais de 21 a 50
Os números 30, 40 e 50 são introduzidos através da formação dos múltiplos de 10.
Exemplo: 10 + 10 = 20; 20 + 10 = 30; 30 + 10 = 40, 40 + 10= 50.
Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 .
Por exemplo: 31 = 30 + 1; 32 = 30 + 2; 33 = 30 + 3;38 = 30 +8; 39 = 30 + 9.
A 2ª classe inicia com a consolidação dos principais conteúdos da 1ª classe, que servirão de pressupostos para o tratamento dos novos
conteúdos:
a) Contagem progressiva e regressiva;
b) Cálculo oral (mental) e escrito;
c) Decomposição e composição em dezenas e unidades;
d) Determinação do sucessor e antecessor de um número dado;
e) Leitura, escrita, ordenação e comparação dos números naturais até 50;
f) Adição e subtracção dos números naturais até 50.
O professor poderá usar as metodologias sugeridas na 1ª classe, para a consolidação.
69
Exemplo:
Na consolidação do cálculo mental de operações, tais como: 14 + 3; 7 + 12, os alunos poderão memorizar a parcela maior e contar para a
frente, tantas vezes a parcela menor, independentemente da posição das parcelas. Enquanto, no que se refere à subtracção do tipo 13 – 9, se
pode contar para a frente a partir do diminuidor até ao diminuendo, ou contar para atrás, a partir do diminuendo até ao diminuidor. O
mesmo já não seria aconselhável para a subtracção do tipo 43 – 9 (onde o diminuendo é maior que 20 e o diminuidor seja um dígito).
Para estes casos, concretiza-se o diminuidor 9, contando para atrás, a partir do diminuendo.
Exemplo: 43, (42, 41, 40, 39, 38, 37, 36, 35, 34). o último número da contagem regressiva, portanto, o 34 é igual a diferença.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Os alunos poderão realizar actividades sobre a contagem 2 em 2, 5 em 5 e 10 em 10, até 50, sem o uso de objectos.
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números naturais de 51 a 100
O professor poderá orientar o aluno para contar, progressivamente, de 10 em 10, até 100.
Sugere-se que a formação de números de 51 até 100 seja realizada da seguinte maneira:
70
50 + 10 = 60
60 + 10 = 70
90 + 10 = 100
Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Por exemplo: 51 = 50 + 1; 52 = 50 + 2; 53 = 50 + 3;58 = 50 +8; 59 = 50 + 9.
O aluno deve realizar actividades de recorte e colagem de números, para ordenação e comparação dos mesmos.
O professor explica ao aluno o preenchimento da tabela de posição, a partir da decomposição de números em dezena e unidade, até
100.
O aluno realiza as operações de adição e subtracção, usando números recortados.
O procedimento escrito de adição e subtracção deverá ser explicado na base de tabela de posição, sem transporte. É importante que o
professor destaque que, tanto na adição como na subtracção, a colocação dos algarismos na posição de dezenas e unidades deve ser
respeitada. Neste sentido, o aluno poderá realizar jogos que exijam, primeiro, a definição da ordem que cada algarismo ocupa.
Sugestões Metodológicas
O RELÓGIO
É importante que o professor explique aos alunos sobre a necessidade que o homem sempre teve de medir o tempo, muito antes da
invenção do relógio.
No tratamento de medição de tempo, o professor deverá orientar os alunos a construirem um relógio de ponteiros, fixando os
ponteiros com pauzinho, atache (fixador dos ponteiros), usando diversos materiais recicláveis (cartões e caixas). Para a concretização
desta actividade, sugere-se que se recortem cartões e caixas, de modo a que cada aluno tenha o seu relógio.
O CALENDÀRIO
Trata-se, fundamentalmente, de iniciar os alunos na tomada de consciência da sucessão dos dias da semana, dos meses do ano e de os
dotar de um vocabulário útil, na vida corrente.
Os alunos começam por recordar os dias da semana.
O professor deve iniciar cada dia de trabalho, escrevendo no quadro a data desse dia e as crianças registam no caderno diário, assim
como o dia da semana.
71
Será útil a existência de um calendário na sala de aula. O professor pode orientar os alunos a construí-lo. Deste modo, os alunos
familiarizam-se com o calendário e tomarão consciência dos dias. Diariamente, os alunos deverão assinalar o dia da semana no
calendário.
Em cada segunda-feira, pintam com a mesma cor o sábado e o domingo anteriores (dias em que não foram à escola).
Esta actividade deve manter-se ao longo do ano. Quando acaba o mês, os alunos afixam uma nova folha e começam o mês seguinte.
Uma actividade importante é assinalar, no calendário, os feriados, as datas comemorativas e, também, os aniversários das crianças.
Os alunos realizam vários exercícios de identificação dos feriados e datas comemorativas no calendário, nomeadamente:
1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro, 7 de Abril, 7 de Setembro, 16 de Junho, 25 de Junho, 25 de Setembro, 12 de
Outubro, 25 de Dezembro, Dia da Mãe e do Pai (data variável).
O professor deve controlar os números das datas comemorativas, escritos pelos alunos no quadro e nos seus cadernos.
TOTAL 110
Sugestões Metodológicas
A multiplicação
O professor poderá seleccionar material concretizador para a aula, por exemplo, flores, lápis, cadernos e outros. Os próprios alunos
poderão servir de material concretizador.
Exemplo: o professor poderá formar três grupos de dois alunos cada e colocá-los em frente da turma, para permitir a observação dos
outros. Depois pergunta à turma:
Quantos alunos estão à frente?
Quantos grupos são?
Quantos alunos estão em cada grupo?
A partir das respostas dadas pelos alunos, o professor explica o conceito de multiplicação através de adição sucessiva de parcelas
iguais: 2 + 2 + 2 = 6
Quantas vezes aparecem os dois (2)? 2 + 2 + 2 “São três vezes, os dois” 3 x 2 = 6. Analogamente, introduz-se a multiplicação por 2,
3, 4, 5 e 10.
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Os problemas e exercícios com distribuições rectangulares ajudam a realçar a estrutura multiplicativa. No nosso dia-a-dia,
observamos diversas distribuições rectangulares: uma embalagem, cartão ou favos de ovos, uma caixa de refrescos, uma janela
rectangular com vários vidros e outras.
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE- 3º Trimestre
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS RESULTADOS DA
UNIDADE Carga
CONTEÚDO APRENDIZAGEM
TEMÁTICA Horária
O aluno deve ser capaz de: O aluno
Efectuar a multiplicação por 2, 3, 4, 5 e Multiplicação até 50
10 sem transporte Multiplicação por 2, 3, 4 e 5;
Efectuar a divisão por 2, 3, 4, 5 e 10 Tábuas de multiplicação;
sem resto. O dobro, a metade e o triplo de um
III
número;
NÚMEROS Resolve problemas que
Divisão até 50 1ª a 5ª
NATURAIS E envolvem multiplicação por 2, 3,
Noção de divisão; semanas
OPERAÇÕES 4, 5 e 10 e de divisão até 50.
Divisão partitiva como subtracções (50 aulas)
sucessivas até 50, com os divisores 2,
(2)
3, 4, 5 e 10;
A divisão como operação inversa da
multiplicação;
A divisão por 2, 3, 4, 5 e 10.
Noção de divisão
A noção de divisão deve ser explorada a partir de situações-problema que envolvem raciocínios de divisão, relacionando com as três
operações já estudadas, tendo em conta que:
A divisão está relacionada com a multiplicação, pois a divisão é a operação inversa da multiplicação:
Exemplo: 25 : 5 = 5 porque 5 x 5 = 25
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Após a resolução de um problema, o professor deve pedir aos diferentes alunos para explicarem
as estratégias no quadro, descrevendo o caminho utilizado até chegar à solução.
Pouco a pouco, os alunos vão adquirindo a capacidade de escolher a estratégia que
Melhor se adapte à sua maneira de pensar.
Mais tarde, eles serão obrigados a resolver os problemas de divisão usando a sua operação inversa.
Para a consolidação da divisão, o professor poderá apresentar vários problemas, tais como:
Problema 1: O pai do João comprou 12 cadernos para oferecer aos seus 4 filhos.
Quantos cadernos receberão cada filho?
Problema 2: A Yolanda comprou 15 ramos de flores. Ela tem 5 vasos e quer colocar, em cada vaso, o mesmo número de flores.
Quantas flores vão ficar em cada vaso?
Sugestões Metodológicas
ESPAÇO E FORMA
Em muitos lugares, tais como lojas, mercados, casas, podemos encontrar produtos em pacotes, caixas, latas, por exemplo caixa de
fósforo, pacote de chá, de margarina, de sumo, caixa de refrescos, uma lata de azeite e outros. Os alunos vão aprender as linhas
curvas e rectas, as figuras planas (rectângulo, quadrado, triângulo e círculo), a partir da decomposição de modelos de sólidos
geométricos escolhidos para identificação de faces rectangulares, quadrangulares, triangulares e circulares.
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RESULTADOS DA
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO APRENDIZAGEM Carga Horária
TEMÁTICA
O aluno deve ser capaz de: O aluno
Identificar moedas e notas do dinheiro O Metical
moçambicano; Moedas e notas do dinheiro
Decalcar e recorta moedas; moçambicano:
Cantar canções que valorizam o Moedas (50 C, 1 MT, 2 MT, 5 MT e Resolve problemas do quotidiano, que
metical. 10 MT) envolvem noções de comprimento,
V Medir pequenos comprimentos, Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT) capacidade, massa e dinheiro. 8ª e 9ª
GRANDEZAS usando unidades não padronizadas (o semanas
E MEDIDAS palmo, o pé e o passo) como base para ( 20 aulas)
conhecer as unidades padronizadas. Comprimento, capacidade e massa
Realizar experiências que Noção de metro (m)
Conduzam à noção de capacidade e Noção de centímetro (cm)
massa. Noção de quilograma (kg)
Noção de litro (l)
Consolidação dos principais Resolve problemas do quotidiano,
10ª semanas
REVISÃO conteúdos da 2a Classe aplicando os conhecimentos da 2a (10 aulas)
Realização de teste trimestral classe.
TOTAL 100
Sugestões Metodológicas
Dinheiro Moçambicano - o metical
O uso do dinheiro é uma prática social. Em princípio, é natural que os alunos já estejam familiarizados com algumas moedas e notas
em circulação.
Consideramos adequado para o 1º ciclo, o conhecimento das moedas e notas em circulação até 100 MT, uma vez que o estudo dos
números se processa até 100.
Na concretização das actividades, os alunos devem recorrer à manipulação de moedas e notas em circulação (em simulação prática de
processos de compra e venda).
Identificar, em uma colecção de moedas e notas, as que têm determinado valor;
Trocar moedas e notas por outras de maior, ou menor valor;
Determinar o valor de uma dada colecção de moedas e notas;
Fazer diferentes colecções de moedas e notas, de modo a perfazer uma determinada quantia;
Brincar às lojas improvisadas.
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As crianças, desde muito cedo, lidam com situações reais da vida que as obrigam a manusear moedas e notas do dinheiro
moçambicano:
a) Moedas (50 C, 1 MT, 2 Mt, 5 MT e 10 MT)
b) Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)
A partir desta experiência que as crianças trazem da sua vivência para a escola, o professor poderá preparar material didáctico com
cartolina, para ilustração de moedas e notas. Os alunos poderão decalcar o papel em diferentes moedas e pintar, usando diferentes
cores. Poderão também desenhar diferentes moedas e notas do dinheiro nacional.
A outra experiência que se pode aproveitar dos alunos, são as operações de compra e venda de produtos, tais como rebuçados,
bolachas, lápis, caderno escolar. Para tal, o professor poderá orientar os alunos, para realizarem uma simulação de compra e venda de
alguns produtos. No fim, poderá fazer a sistematização segundo o conteúdo programado, dando ênfase à resolução de problemas
simples de compra e venda com/e sem troco.
Medição de comprimentos, capacidade-volume e massa
Medir uma grandeza é compará-la com a unidade de medida escolhida; associa-se à grandeza de um número real.
A melhor maneira de aprender a medir é permitir, à criança, a sua máxima espontaneidade. Portanto, colocado o aluno perante um
problema de medição - por exemplo saber o comprimento da carteira – o professor não lhe deve dar qualquer sugestão. Ele encontrará
o seu próprio modelo.
Quanto mais variadas forem as experiências que tiver de realizar, mais profunda será a sua compreensão do acto de medir e mais
facilmente resolverá problemas que envolvam medidas. Neste caso, a interacção entre alunos é muito importante para o
desenvolvimento de competências individuais e colectivas.
Medição de comprimentos
1ª Actividade
Os alunos observam dois objectos, por exemplo dois lápis e, por comparação directa, sobrepondo-os, verificam qual é o mais
comprido.
2ª Actividade
O professor mostra dois lápis, de comprimentos sensivelmente iguais e coloca-os em dois sítios diferentes, por exemplo, um em cada
extremidade da secretária. O professor pede aos alunos que digam qual dos lápis é mais comprido, mas sem os deslocar.
O professor deixa os alunos reagirem à vontade. O objectivo é fazê-los sentirem a necessidade de utilizar um meio intermediário de
comparação. Neste caso, já não é possível comparar os objectos directamente.
3ª Actividade
O professor propõe aos alunos que meçam o comprimento da carteira. É natural que eles recorram às mais variadas unidades de
medida: lápis, caneta, pau de giz, pauzinho, palmos e outros. Perante a diversidade de soluções obtidas, é importante discutir a
necessidade de utilizar a mesma unidade de medida por todos os alunos.
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Uma vez escolhida a unidade de medida - por exemplo, uma banda de papel - é importante que os alunos verifiquem a impossibilidade
de, por vezes, exprimir o resultado de uma medição por um só número. Daí a necessidade de construir um sistema arbitrário de
unidades, obtido, por exemplo, dobrando a banda de papel, sucessivamente, em duas partes iguais.
A B C
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Tal como dissemos para a medição de comprimentos, na medição de capacidades deve-se aprender a escolher as unidades, de acordo
com a capacidade que se quer avaliar. Não faria sentido medir a capacidade de um balde de 5 litros com a colher.
A conservação de volumes só surge por volta dos 10 aos 11 anos. Por este facto, não se propõem actividades de volumes de sólidos.
Medição de massa
Analogamente, o processo de trabalho com pesos pode ser idêntico aos anteriormente descritos. O aluno começa por fazer
comparações, servindo-se das mãos e da balança de braços iguais. Depois, passa a utilizar unidades de medida, que começam por ser
pouco rigorosas (pedras, por exemplo). O aluno rapidamente apercebe-se de que a escolha tem que ser mais criteriosa. Escolhe, por
exemplo, as tampinhas das garrafas de refrescos. Se os alunos vivenciarem diversas experiências de medições de comprimentos,
capacidades e pesos, a passagem para a 3ª classe, para as respectivas unidades do sistema métrico, far-se-á facilmente.
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