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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

Departamento de Educação

Graduação em Pedagogia

Campus Coração Eucarístico

Bianca Nogueira Zago

RESUMO DO ARTIGO – EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO


DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS: UMA PROPOSTA DE
INTERVENÇÃO

Orientador: Eugênio Batista Leite

Belo Horizonte

2021
SILVEIRA, Geraldo Tadeu Rezende. Educação Ambiental como instrumento
de gestão de recursos hídricos — uma proposta de intervenção. IN: I
Congresso sobre Planejamento e Gestão das Zonas Costeiras dos Países de
Expressão Portuguesa. Recife: ABEQUA, 2003.

Segundo o autor Silveira (2003), a educação ambiental é uma


ferramenta fundamental para o sucesso da gestão dos recursos hídricos, pois
como forma educativa, do qual se alia à sensibilização, conscientização e
mobilização, que estão os três eixos principais da educação ambiental. Este
artigo tem por objetivo promover a discussão sobre o processo de educação
ambiental e a sua relação com a questão hídrica.
Na sensibilização, é onde os indivíduos são sensíveis às questões
ambientais. Após esse procedimento, passa-se à etapa de consciência, que
visa promover a reflexão sobre a situação global e a situação de influência
social. Tendo em vista a consciência do sujeito e a sensibilização, a etapa final
incluirá o processo de mobilização, que é um processo de ação que contempla
necessidades e exigências socioambientais.
A partir deste aspecto, o artigo apresenta como ideia central a discussão
a respeito da gestão de recursos hídricos, e para isso, o autor traz como
reflexão que o principal instrumento a ser utilizado neste processo consiste na
utilização da educação ambiental como uma ferramenta de intervenção e
educação que ocorre de forma tanto sistemática, por meio de uma educação
formal, bem como pode acontecer por intermédio de um ensino informal. Dessa
forma, uma das finalidades do autor consiste em apresentar embasamentos
teóricos, os quais são sustentados através de uma abordagem política e social
da leitura da Educação Ambiental nos variados espaços sociais. Além disso,
traz pressupostos e ações práticas, com o intuito de promover uma
cumplicidade dos indivíduos.
O artigo escrito por Silveira (2003) apresenta um embasamento teórico
abundante em relação ao conceito, política, embasamentos teóricos em
relação à temática de recursos hídricos. Além disso, passa de forma simples,
clara, objetiva e detalhada como que a educação ambiental pode ajudar como
um excelente instrumento para auxiliar no entendimento dos assuntos
ambientais, principalmente da água, do qual é um tema centra do autor neste
artigo. De maneira geral, ele aborda sobre questões de como educar acerca da
água e dos impactos do consumo na vida da população.
É importante destacar a fala do autor em relação aos momentos de
inclusão e inovação da educação ambiental em vários aspectos sociais,
podendo serem vistos tanto na educação formal quanto na educação não
formal, o que ocasionou um maior debate em relação às questões ambientais,
o que antes não era levado essas questões para a área escolar. Desta forma, o
autor incide sobre a questão de que a educação ambiental está implementada
nos currículos como uma disciplina transdisciplinar, sendo contemplada em
todos os níveis escolares, ou seja, tanto na educação básica quanto no ensino
superior, e, até mesmo, na especialização.
O autor aponta para que possamos pensar num manejo do uso e das
relações dos humanos juntamente com a natureza, para que possamos
considerar as responsabilidades humanas, incluindo a conservação,
manutenção, uso sustentável e restauração do ambiente natural. O ambiente
natural, portanto, diante de tal situação, podemos considerar uma relação
custo-benefício sustentável e de alta qualidade. Nesse momento, Silveira
(2003) enfatizou que pensar dessa forma pode não só manter nosso potencial
necessário para atender às necessidades básicas, mas também atender às
necessidades das gerações futuras.
Além disso, pode-se compreender por meio do trabalho que o ato de
educar significa não só consciência, mas também movimento e ação. Nessa
perspectiva, a educação ambiental de Silveira (2003) incluirá uma proposta de
inicialização e intervenção para que futuras pesquisas sobre recursos hídricos
e alternativas práticas para esta abordagem possam ser rastreadas e
encaminhadas. Portanto, de acordo com Silveira (2003), o professor é o
agente, que primeiro fornece tarefas que sensibilizam os indivíduos para que
seja possível conscientizar os sujeitos e mobilizá-los para uma ação futura.
Porém, a tarefa deve ser realizada de forma holística e complementar, ou seja,
nas atividades de ensino das questões ambientais, ela deve ser realizada por
etapas, mas deve ser realizada de forma ordenada, pois as várias etapas são
inter-relacionados e se complementam. Esse plano é muito importante,
portanto, a partir do processo de conscientização, o sujeito pode acordar e
realizar ações que favoreçam a mediação.
Outro ponto interessante que deve ser destacado é a visão sensível da
educação ambiental, um processo real, tangível e dinâmico que pode promover
a integração e interação dos indivíduos frente à diversidade, identidade e
heterogeneidade da natureza. Essa abordagem é importante porque, segundo
o autor, os profissionais que lidam com o meio ambiente não devem
compreender a relação entre eles de forma fragmentada, mas de forma
unificada.
Além disso, segundo Silveira (2003), após uma abordagem completa
das questões ambientais, os agentes escolares e outros espaços de formação
podem adotar a temática da água. Dentro desse escopo, precisamos lembrar
que ao considerarmos os recursos hídricos, começamos a entender que a
discussão sobre “água” transcende os fatores naturais, sendo transversal.
Afinal, os recursos hídricos consistem em um tema universal, e por essa
questão é de suma relevância que entendamos que a água diz respeito a todos
os seres vivos, a todos os campos de estudo e formação que devem ser
compreendidas e analisadas por completo.
Como exemplo, Silveira (2003) propõe a organização de três ações, que
promoveria uma ação de mobilização e realização das pessoas frente à luta
pela conservação ambiental. As três ações necessárias seriam: o despertar
para a Água, o Refletir sobre a Água e o Agir para a Água. No primeiro
processo, ocorreria o despertamento para a importância da utilização e gestão
da água, sendo procedida de forma sensível, despertando os sentimentos dos
indivíduos para com a água, o qual poderia ser realizado, por meio da
utilização dos sentidos humanos.
No segundo momento, ocorreria o processo da reflexão do sujeito
acerca da utilização, consumo e desperdício dos recursos hídricos em seu
cotidiano e nas indústrias em geral. Neste ponto, seria trabalhado o aspecto
dos conhecimentos técnicos, científicos e históricos da água e da sua
produção. Na última etapa seria o agir para a água, ou seja, produzir e realizar
tarefas efetivas, por meio da integração das disciplinas e trabalhos conjuntos,
bem como medidas práticas do cotidiano, como, por exemplo, redução do
consumo de carnes, fechamento da torneira e do chuveiro nos momentos que
estaríamos escovando os dentes e nos ensaboando, entre outras propostas
que seriam bem-vindas para a resolução dos problemas ambientais.
Deste modo, o autor sugere que no final seria preciso realizar atividades
de análise, avaliação e coleta de informações precisas, para que pudesse
avaliar o resultado, procurando observar os pontos positivos e aqueles que
seriam necessários serem repensados. Este trabalho estaria nas mãos de toda
a comunidade escolar, atuando coletivamente. Ao final do texto, o autor sugere
que os agentes educativos incentivem os estudantes a proporem novas
propostas, tanto de atividades, quanto de estudos, sendo orientados pelos
agentes educativos em uma ação coletiva.
O autor conclui apresentando a necessidade de todos os agentes
educativos estarem engajados na proposta dos estudos teóricos e práticos
referentes à temática hídrica, bem como da Educação Ambiental também.
Pontua também, o quanto estas atividades seriam ótimas para a reflexão e
debate dos alunos para com as medidas de educação de vida, para até mesmo
compartilharem com suas famílias, a fim de promover uma consciência levando
a ação para a sua relação com o meio ambiente.

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