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A LOUCURA NA ATUALIDADE

Luís Guilherme Sousa Carstens, 4° Período de Psicologia, 03/09/2021

1. Leia individualmente o texto: “Foucault, Derrida e a história da loucura: Notas sobre


uma polêmica”;
2. Responda:
A. Faça uma breve reflexão crítica acerca da loucura considerando o cenário sócio-
político-econômico que vivemos hoje.
De acordo com o que podemos ver na obra “Foucault, Derrida e a história da loucura:
Notas sobre uma polêmica” que se trata de uma análise da revisão feita por Foucault na década
de 70 de sua própria obra escrita uma década antes, desencadeada pelas criticas feitas por
Derrida, a forma como o conceito do que se entende por loucura foi historicamente construído
de uma forma problemática acompanhando os adoecimentos no desenvolvimento das
sociedades. Por exemplo, a maneira greco-romana racional assim como dos conceitos
estabelecidos durante todo o século XVII do que se entendia por loucura, ao meu ver, tinha
muita dificuldade ao estabelecer o que se definiria como razão e sem-razão, loucura e não-
loucura, assim como a visão que Foucault sobre o período.
Muito dos problemas causados pelo mal entendimento de loucura, se deram aos
problemas para a forma como se explica e discute o conceito, a dificuldade para encontrar
palavras conexas e de fácil compreensão acadêmica, resultaram na problematização da loucura
e na longa discussão. Para Foucault, foi logo após a experiência humana de distanciamento da
sociedade “saudável e normal” das pessoas tidas como loucas para época, que começamos
então a ter um entendimento mais revelador da loucura, pois tivemos os primeiros modelos de
patologias mentais, que um bom tempo depois, com os avanços na discussão obtemos então ao
meu ver, que não há mais algo tão abstrato ao ponto de nomearmos apenas como loucura.
Na sociedade atual e em todo meio acadêmico, acredito que “loucura” seja apenas uma
forma ignorante e estigmatizada de se referir às patologias presentes de forma geral em pessoas
fora do “padrão”. Por exemplo, no senso comum, é muito fácil para pessoas se referirem
informalmente a alguém como louca, baseada apenas em seu comportamento, mas que quando
analisada de forma científica, pode ser que se identifique e classifique uma série de patologias
mentais. Até certo tempo, muitos conceitos que conhecemos hoje eram vistos de forma rasa
como loucura, como a depressão, crises de ansiedade, síndrome de borderline, e muitos outras
condições tratáveis como a esquizofrenia.
Pessoas foram muitas vezes jogadas em manicômios, tratadas como extremamente
inferiores e desumanizadas, pela falta de conhecimento de hoje, uma exemplificação muito
clara pode ser vista no filme “O bicho de sete cabeças”, em que o protagonista acaba passando
por uma série de manicômios por ignorância e negligencia e em histórias como as mostradas
na série “The Crown” da Netflix de como membros da família real britânica foram mandados
para hospitais psiquiátricos e até dados como mortos para sociedade para que a família não
fosse associada à loucura e insanidade, quando na realidade eram apenas pessoas nascidas com
síndrome de Down.
Todo o processo histórico que resultou no conhecimento que temos hoje, também nos
forneceu os avanços na ciência moderna que favorece tratamento ou acompanhamento seguro
para pacientes antes vistos como “de fora” da sociedade, onde muitos conseguem a sua
socialização sem necessitar de acompanhamento exclusivo além de que muito podemos obter
com as discussões acerca da inclusão de todas as pessoas nos mais diversos locais, atividades,
setores de trabalho ou quaisquer que sejam os papeis sociais que uma pessoa queira exercer
desde que não forneça risco a segurança das outras pessoas, já que processos de inclusão,
muitas vezes podem auxiliar no tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
NETO; André de Faria Pereira. FOUCAULT, DERRIDA E A HISTÓRIA DA LOUCURA:
NOTAS SOBRE UMA POLÊMICA – Fundação Oswaldo Cruz. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article.csp/1998.v14n3/367-641/. Acesso em: 03/09/2021

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