Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INICIAÇÃO AO TEATRO
EXERCÍCIOS
ÍNDICE
a) Exercícios de Aquecimento;
b) Exercícios de Relaxamento;
c) Exercícios de Confiança;
d) Exercícios de Sensibilidade;
e) Jogos Teatrais;
f) Pantomima;
g) Improvisação;
h) Criação Coletiva
A) EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO
Todo exercício de aquecimento serve para duas coisas: 1ª) o aquecimento dos músculos
do corpo como próprio nome diz e 2ª) estimular a concentração dos atores, uma vez que
cada um dos exercícios trabalha com a postura, o olhar, o andar e os gestos feitos na
perspectiva de além aquecer, fazer concentrar os atores. Os principais exercícios de
concentração são:
Observação - Este exercício pode ser feito em pé ou sentado (neste caso para mexer os pés
e as mãos há ajuda das mãos) (com as mãos, sua duração é de 15 a 20 minutos).
a-2) Atingir o objetivo I - O ator anda tal qual um manequim (peito para fora, barriga para
dentro, ombros retos, pé ante pé, braços em movimentos regulares, cabeça virada para
frente e o ator tem um andar firme e preciso), olhando para um ponto, indo até ele, e ao
atingi-lo, fixar-se em outro ponto, e ao chegar a este, fixar-se em outro e assim por
diante.(duração - 10 minutos)
Observação - O ator não deve conversar, olhar para o lado, fazer curva ou desviar de seu
caminho, quando tiver cruzando com outro ator deve esperar, dando uma parada
estratégica, que o outro passe para continuar a sua rota.
a-3) Atingir o objetivo II - Segue o exemplo do exercício acima em quase tudo somente
difere do outro, porque ao invés de atingir o objetivo, quebra-se na metade do caminho,
portanto o ator se fixa num objetivo e anda até a metade deste e quebra para esquerda ou
direita, então se fixa em outro objetivo e quebra na metade para esquerda ou direita e assim
por diante.(duração - 10 minutos)
a-4) Jogar luvas e sapatos - Os atores fingem que estão chegando em casa e fingem que
jogam luvas e sapatos continuamente.(duração - 10 minutos)
a-5) Quebrar Tudo - Os atores fingem se encontrar numa loja de cristais cujo dono se
odeia muito, então cada ator começa a destruir através de gestos esta loja fictícia (pedem-se
gestos bastante fortes e que cada ator reproduza o som do cristal que se quebra). Este
exercício coloca toda agressividade para fora e tem como função até acalmar ao
ator.(duração - 10 minutos)
a-6) Abecedário em movimento - Os atores vão se movimentando, pronunciando as letras
e fazendo estátuas. Este é um exercício com algum grau de dificuldade, uma vez que deve
se associar o tom da voz com onde se produz à estátua (embaixo, no meio ou em cima), isto
tudo em movimento, com paradas quase imperceptíveis, somente para se compor à estátua.
Este é um exercício que trabalha muito forte com a concentração e com a coordenação
motora fina.(duração - 10 minutos ou pelo menos umas três vezes cada grupo de
alunos)
a-7) Quem quiser do frio se esquentar - O exercício consiste em fazer uma roda, uma
canção (quem quiser do frio se esquentar, preste atenção no que eu vou falar) que é repetida
pelo mestre de cerimônia (o professor ou aluno indicado por ele) e associada a esta
repetição mexe-se alguma parte do corpo ou se faz algum exercício (um pé, depois outro,
uma mão, depois outra, pulando, mexendo a cabeça, se agachando, fazendo polichinelo,
etc). (duração - de 10 a 15 minutos)
B) EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO
Se o exercício de aquecimento dos músculos do corpo é necessário, o mesmo provoca o
endurecimento do mesmo e para se ter uma boa representação teatral se faz necessário o
corpo estar completamente relaxado, ou seja, sem tensão, para que o ator não entre duro no
palco. Como disse numa entrevista ao Jô Soares, o ator Juca de Oliveira, o ator relaxado
não e´ notado pelo público, é como estivesse invisível. Os principais exercícios de
relaxamento são:
b-1) VIAGEM IMAGINÁRIA - Os atores deita-se de costas no chão, braços de lado, sem
cruzar as pernas, de olhos fechados. O professor deve pedir que imaginem que seus corpos
estão muito pesados, afundando no chão. Deve mencionar lentamente as diferentes partes
do corpo, todas elas se tornando mais e mais pesadas: dedos, tornozelos, pulsos, unhas,
pescoço, cabelo, pálpebras. Deve pedir que imaginem estar numa praia de areia macia e
quente, num dia ensolarado. Deve pedir que se imaginem cercados de sons do mar – ondas
arrebentando na praia, gaivotas gritando ao longe. Então, quando se sentirem prontos, os
atores levantam-se vagarosamente e abrem os olhos, permanecendo quietos. E o professor
deve dizer que a partir daquele momento os alunos já podiam iniciar a viagem imaginária.
b-5) MARIONETES - Este é um tipo de relaxamento onde nossa imaginação é mais ativa,
mas também representa um grande desafio à nossa perseverança. O participante deve
imaginar que é uma marionete, dirigida por um marionetista que não conhece o seu ofício.
Deve ser executado sem ansiedade e sem preocupação com os resultados finais, colocando
toda ênfase em descobrir o peso e o relaxamento dos membros. A repetição permanente
pode ser um bom caminho para obter bons resultados. os fios da marionete podem ser na
cabeça, pulsos, ou cotovelos, sendo que será pendurada por um fio na base do pescoço e
outro no cóccix, devendo caminhar a partir de fios no quadril e nos joelhos. Quando já
existe um domínio da marionete poderão ser sugeridas motivações, e criadas diferentes
situações para estes marionetes.
b-8) CHUÁ - Este exercício é de fácil realização. O aluno que vai ser relaxado é envolto
por três ou quatro relaxadores que colocam as duas mãos sobre sua cabeça e ao sinal do
orientador descem as duas mãos rapidamente pelo corpo do aluno a ser relaxado, dizendo
chuá, como se fosse um "passe" de Umbanda. Deve-se repetir por umas três vezes este
exercício em cada pessoa, para que ocorra o efeito esperado de relaxamento.
C-1) JOÃO, O BOBO - Um jogo mais do que conhecido e que, na simplicidade, soube
atravessar o tempo e o espaço. um jogo quase universal e também um típico exercício de
confiança, tanto em si próprio, como nos dois parceiros que integram o jogo. lembremos da
dinâmica - Três participantes, dois que seguram e impulsionam o corpo do terceiro, que
deverá estar localizado entre ambos. aquele que fica no centro deve manter o corpo firme
(nem relaxado, nem tenso), os braços junto ao corpo e os olhos fechados: os braços daquele
que empurra devem seguir o ritmo natural do peso em direção ao outro companheiro. na
medida em que a confiança cresce pode-se variar a distância do corpo que é jogado e
segurado. Na medida em que se trata de um jogo para firmar a confiança, é fundamental
transmitir para os participantes esse sentimento de confiar, em si próprio e nos
companheiros.
C-2) CONTRA A PAREDE - Esta é uma variante do anterior, também com dois
participantes. Um deles de frente para parede, o outro pronto para segurar e empurrar o
companheiro contra essa parede. aquele que está na frente inicia o jogo deixando cair o
corpo contra a parede, e utilizando seus braços como molas, impulsionando o corpo para
trás quando será segurado pelo parceiro, que o empurrará novamente contra a parede.
Quando a confiança cresce o exercício pode ser realizado de olhos fechados.
C-3) DEIXAR O CORPO CAIR - Utilizar uma mesa firme, sobre a qual os participantes
ficarão de pé, de costas aos outros companheiros que permanecerão no chão,
aproximadamente oito pessoas. os parceiros que estiverem no chão formarão duas fileiras
paralelas (quatro de frente para outros quatro), braços estendidos para segurar o corpo que
cairá. esses braços que seguram deverão estar livres, já que cada um deles atua como mola.
Aquele que cair deverá estar com o corpo firme, com os braços junto ao corpo, isso é
fundamental. Quando o coordenador der a voz para deixar cair o corpo, todos os
participantes deverão gritar simultaneamente: "OOOO!!!!!ooooooooo!!!!". Estas ações
conjuntas criam uma gostosa sensação de confiança, mesmo que na primeira vez os
participantes sintam uma certa apreensão. É bom persuadir a todos os participantes que
realizem esse exercício, logo na primeira vez. Encorajar sem criar constrangimento.
D-1) CONHECIMENTO DO ESPAÇO - É realizado por duas pessoas, uma delas com os
olhos fechados e o outro membro auxiliando-a no reconhecimento de objetos através do
tato, assim como cheiros, texturas, temperaturas e formas. Uma variante do jogo pode fazer
com que as pessoas, também de olhos fechados, reconheçam um parceiro somente por meio
do tato (para grupos mais adiantados).
D-2) REENCONTRAR PARCEIROS - Formar grupos de três parceiros, pedir para que
todos se observem bem. Logo, caminhar em todas as direções separadamente, firmemente,
olhando para frente em movimentos rápidos. Parar. Fechar os olhos e procurar as duas
pessoas do grupo usando o tato, sempre de olhos fechados e em movimentos lentos, SEM
FALAR NUNCA. Tateando tudo (mãos, camiseta, calça, rosto, etc) até descobrir seus
parceiros. Após o encontro os três devem se dar as mãos e afastam-se até um local, já
combinado com o coordenador. Em seguida abrem os olhos.
D-3) RECONHECER OBJETOS RAROS - Pedir para cada participante trazer de sua
casa um objeto difícil de se reconhecer tatilmente. Formam-se duas turmas uma fica de
olhos fechados, ou vendados, e outra oferece um objeto para cada participante, para que
esse reconheça. Cada um irá descrevendo, sensorialmente, como imagina o objeto em
questão, seu cheiro, gosto, cor, som, textura e peso, tentando descobrir o que é para que
serve. Terminada a descrição deve -se abrir os olhos e conferir.
D-5) OUVIR O ESPAÇO I - O coordenador pede aos participantes que deitem no chão,
mantendo os olhos fechados e o corpo bem relaxado. Solicite que distingüam os sons desse
espaço, classificando-os. O objetivo é sensibilizar, ainda mais a audição do aluno.
D-6) OUVIR O ESPAÇO II - O coordenador pede aos participantes que deitem no chão,
mantendo os olhos fechados e o corpo bem relaxado. Solicite-lhes, então, que eles escutem
os sons do espaço interno e, também, do extremo, tratando de classificá-los. Exemplo:
Escutamos o som de uma conversa, fora do espaço, e o participante se pergunta, quem são?
sexo, idade, por que conversam? Nossa proposta é sensibilizar o ouvido e a memória
auditiva.
E) JOGOS DRAMÁTICOS - É uma forma de arte por direito próprio: não é uma
atividade inventada por alguém, mas sim o comportamento real dos seres humanos,
segundo Peter Slade *2. Estes jogos não têm como finalidade, portanto, a representação
diante da platéia.
Devem-se evitar as qualificações de aprovação ou desaprovação nestes exercícios, deve
se ater à questão da intensidade, já que um trabalho pode ser mais ou menos intenso, deve-
se valorizar o esforço, a dedicação, estimular o exercício da crítica nos grupos participantes,
sobre o trabalho dos companheiros, de maneira que, paulatinamente, desenvolvam critérios
estéticos sobre forma e conteúdo, numa forma natural e pela própria vivência desses jogos.
Os jogos teatrais abrem a possibilidade das crianças apreendem que o mesmo impulso
que as leva a jogar, leva-as a descobrir, a pensar, a objetivar, a refletir, a adquirir a noção
numérica, quantitativa e dimensional, a ampliar seu vocábulo e a relacionar -se com as
pessoas, demonstrando assim a importância destes exercícios como estímulos ao
aprendizado.*3
e-5) JOGO DOS QUADROS - A turma é dividida em dois grupos 9um representando e
outro assistindo) e, com um material de apoio, que pode ser um banco ou uma mesa firme,
ou ainda outro material que propicie a exploração dos diferentes níveis de altura em dois
pontos da sala ou palco, o grupo realiza uma estátua sem um tema proposto. em seguida,
em câmara lenta, os integrantes, num murmúrio constante, vão-se encaminhando para outro
ponto de apoio, enquanto o dirigente propõe temas. Exemplo:
Todos irão se colocando numa melhor posição, sempre dentro do que o tema sugere, e a
um sinal do dirigente se imobilizam. Novamente em câmara lenta volta-se para o outro
ponto, sendo motivados por um novo tema, e assim várias vezes. OBSERVAÇÃO - Nesse
exercício pode ser explorado como tema os quadros de pintores famosos; analisam-se os
personagens, suas expressões, os detalhes do quadro, e depois se representa em forma de
estátua.
Neste jogo é interessante destacar a importância dos detalhes, um participante
trabalhando displicentemente, junto a companheiros que se expressem intensamente,
destoaria tanto quanto uma tampinha de Coca-Cola numa obra de Leonardo da Vinci, ou
seja, todos os participantes são muitos importantes, não interessando o número de
participantes.
e-6) MASSA E ESCULTOR - Formam-se duas fileiras, sendo que uma das fileiras será o
escultor e a outra será a massa. A fileira de escultores monta estátuas com os membros da
outra fileira. Deve-se esclarecer que o escultor para montar a escultura precisa pegar no
corpo da "massa" e que a "massa" deve respeitar a posição e o gesto que foi implementado
pelo "escultor". Ao terminar a escultura, o orientador pede que as estátuas permaneçam
paradas, através do grito: Stop! E depois avalia conjuntamente com escultores estas
estátuas. Após esta avaliação, inverter os papéis, quem era "massa" passa a ser "escultor" e
vice-versa, e recomeça-se a atividade.
f) PANTOMIMA - É um exercício como Maria C. Novelly*4 que tem finalidade “Não
transformar atores iniciantes em miniaturas de Marcel Marceau, mas para dotá-los de meios
para desenvolver confiança e técnicas de palco. A visibilidade, gesticulação, expressão,
absorção e energia são o que há de mais importante em pantomima, sendo que atores
iniciantes podem se concentrar totalmente nessas qualidades, sem peso da preocupação com
diálogo, da projeção e do uso de acessórios de mão “e também ' A ênfase dessas atividades
não é dada à precisão da mímica, mas sim à comunicação de uma idéia e à precisão da
mímica, mas sim à comunicação de uma idéia e à prática de técnicas de palco. Apesar de
você poder demonstra as técnicas da mímica (subir em escada, puxar corda, etc), será quase
impossível treinar atores nessa prática a não ser que você trabalhe com um grupo pequeno,
dedicado e talentoso”.
F-1) TIPOS DE PANTOMIMAS - Eis aqui alguns dos tipos mais comuns de
pantomimas:
f-1.2) PANTOMIMA SOLO- O que difere desta Pantomima para a outra é o tempo de
preparação e a dificuldade dos exercícios que deixaram de ser corriqueiros, há dificuldades
maiores quanto à interpretação. (tempo de preparação - 10 minutos no mínimo)
Assistir à TV
1. após a escola
2. pegar algo para beber
3. ter que fazer lição de casa
4. olhar o guia da TV
5. ligar a TV
6. mudar de canal
7. assistir entusiasmado
8. derramar refrigerante no livro
9. problemas com a recepção
10.decidir fazer a lição de casa
IV - RESUMO DA CENA
Chego em casa e começo a fazer a lição de casa. Está chato, então ligo a TV e assisto a um
bom programa. Ouço minha mãe chegar em casa. Desligo o aparelho e começo a fazer a
lição.
V - ACESSÓRIOS
VI - TÍTULO
"Trabalhando duro"
(linha sólida para os acessórios reais; linha pontilhada para os acessórios imaginários)
II - CANÇÃO ESCOLHIDA
IV - INFORMAÇÃO DA CENA
A. Personagem - eu mesmo
B. Localização - sala de musculação
C. Acessórios imaginários - pesos, corda para pular
D. Acessórios de cenário - nenhum
E. Título - "Campeão"
V. PLANTA BAIXA
babá e chupeta
Babá chega, encontra o bebê, despede-se dos pais. A babá inicia o serviço de casa e o bebê
começa a chorar. Comida e brinquedos não ajudam. Por fim a babá dá uma chupeta para o
bebê. O bebê pára de chorar e vai dormir. a babá tenta tirar a chupeta, mas ela não sai. O
bebê acorda, olhos escancarados. A babá força a chupeta com uma faca - sem sorte. Bebê
engole a chupeta e começa a chorar novamente.
V. ACESSÓRIOS IMAGINÁRIOS
VI. TÍTULO
1. barbeiro e cliente;
2. esteticista e cliente;
3. dois garotos limpando espelhos em casa;
4. cliente experimentando chapéus e vendedor;
5. cliente experimentando casacos e vendedor;
6. estrelas do rock se maquiando;
7. estrelas de cinema sendo maquiada como monstro;
8. estudante e professor de balé na barra.
1. espaçonave aterrissando;
2. feiticeira voando;
3. pássaros;
4. jogando tênis;
5. lançamento de dardo;
6. tubarão nadando nas proximidades;
7. desastre de avião;
8. rinoceronte atacando;
9. amigo saindo do avião;
10. Amigo indo embora de carro;
11. filme desgastado;
12. estrela cadente;
13. arco-íris;
14. caronistas vendo carros passar;
15. esperando ônibus;
16. árvore caindo.
II. IDÉIA ESCOLHIDA
V. FOCO IMAGINÁRIO
diligência
1. moto 9.barco;
2.caminhão basculante; 10. betoneira;
3.ônibus; 11.carro de batida;
4.avião; 12.carro de corrida;
5.disco voador; 13.escavadeira;
6.trem ; 14.bicicleta;
7.helicóptero; 15.metrô;
8.trator; 16.avião de caça.
helicóptero
III. PAPÉIS
1.torradeira 9.despertador
2.máquina de costura 10.lavadora de pratos
3. secadora 11.cortador de grama
4.aspirador de pó 12.televisão
5.lavadora de roupas 13.liquidificador
6.aparelho de som 14.máquina de escrever
7.abridor de latas 15.secador de cabelos
8.escova de dentes elétrica 16.telefone
máquina de costura
III. PAPÉIS
um ator: agulha
dois atores: parte da frente da máquina
dois atores: parte de trás da máquina
A máquina começa a funcionar. Costura em linha reta, faz então ziguezague; acelera e
para, porque a agulha quebrou.
1.elefante 9. cobra
2.cachorro 10.dragão
3. gato 11.borboleta
4.ameba 12.hipopótamo
5. pulga 13.sapo
6.águia 14.tartaruga
7.camelo 15.coelho
8.tubarão 16.galinha
II. IDÉIA ESCOLHIDA
camelo
III. PAPÉIS
O camelo está abaixado, dormindo. Levanta, primeiro, as pernas detrás. Bebe bastante
água e inicia uma jornada.* 8
TIPOS DE IMPROVISAÇÕES
g-1) Congele e Vá - Encenação - dois atores vão ao palco. O líder ou outro ator os
"congela" em posição de ação. Os dois atores permanecem congelados por cinco segundos
e começam então a representar uma cena até sua conclusão. As posições retratando conflito
ou atividades, níveis de atitudes completamente diferentes são as que iniciam as cenas mais
interessantes.
Variação - são fornecidos aos atores idades e tipos de personagens diferentes antes do
início da cena*11;
g-2) Cena de Continuação - Encenação - um ator vai ao palco e organiza os objetos
disponíveis (por exemplo, três cadeiras) para compor o cenário. Senta-se ou fica em pé em
uma posição neutra. Um segundo ator entra e começa a cena totalmente improvisada. O
primeiro ator deve reagir e representar de acordo. Após a cena ter sido representada durante
algum tempo, entra um terceiro ator reagindo e acrescentando a ação ao palco. Logo após, o
primeiro ator deve encontrar um meio lógico de abandonar a cena, deixando o segundo e o
terceiro atores no palco. Estes dois continuam, entra um quarto ator; sai o segundo. Esse
processo continua até o último ator ir ao palco. A cena então deve ser concluída.
Variação - siga o mesmo procedimento, com exceção de que o primeiro ator põe a cena em
movimento, em vez de se manter neutro*12;
g-4) Criação Coletiva - As criações coletivas podem ter as mais diversas origens e
movimentações, podem acontecer a partir de uma idéia, individual ou grupal, a partir de um
texto ou uma música. O mais importante é construção de um roteiro de trabalho, que não
representa outra coisa senão a sucessão de situações e acontecimentos, no tempo e no
espaço. Fazer com que nossos alunos decorem textos pode resultar numa obrigação, e não
num jogo, e a espontaneidade dá espaço ao exibicionismo...
Nos adolescentes, o texto chegará como consequência do desenvolvimento do grupo,
surgindo o momento em que eles solicitarão. Já os mais novos precisam de ajuda do
coordenador na construção da dramatização, e as motivações poderão ser variadas. Por ex.
o bater de um pandeiro poderá lembrar a marcha de um trem, "Como anda o trem?" "Qual o
som do trem?" Essa criação seria o começo de uma criação coletiva.*15
BIBLIOGRAFIA
RECOMENDAÇÕES DE LIVROS
- Bretch, Berthold ... estudo sobre Teatro ... Ed. Nova Fronteira
- Courtney, Richard ... Jogo, Teatro & Pensamento ... Ed. Perspectiva – SP
- Chancerel, Leon ... El Teatro Y La Juventud ... Cia General Fabril Ed.
- Grotowsky, Jerzy ... hacia un Teatro Pobre ... Siclo Veintuno Ed. México
- Helthmon, Roberto ... El Método Del Actors Studio ... Ed. Fundamentos
- Magaldi, Sabato ... Iniciação ao Tearo ... Série Fundamentos – Ed. Ática – 1985
- Porcher, Louis ... Educação Artística Luxo ou Necessidade ? ... Summus Editorial
- Peixoto, Fernando ... O que é Teatro em São Paulo ... Brasiliense Ed. – 1980
- Reverbel, Olga ... Teatro em Sala de Aula ... José Olympio Ed.
- Teatro 70 ... Centro: Su Comuna nº 36/41 ... Publicação do Centro dramático Buenos
Aires