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ECAI05• Laboratório de Sistemas de Controle •2021

Relatório - Aula prática 1

Revisão de Conceitos Básicos do software

ANDRÉ BOSSANELI DE NADAI1


Matrícula : 35098, Curso: EMO
LETÍCIA LORENA CORGOSINHO ABREU2
Matrícula : 2018002920, Curso: ECA
MARCELO RAMOS JUNIOR3
Matrícula : 2016000990 Curso: EME
NORTON MAGNO LISBOA XAVIER4
Matrícula : 2018007604, Curso: EME
RODRIGO ACHKAR PEREIRA5
Matrícula : 33412, Curso: EMO
WELINGTON DE SOUZA SOARES6
Matrícula : 2018011616, Curso: EME

RESUMO: Este relatório traz informações obtidas de um experimento sobre Regras de Kirchhoff,
que buscou determinar as correntes e tensões nos resistores de um circuito utilizando tais regras,
construir um circuito no qual uma lâmpada não liga baseando a explicação deste feito nas regras
de Kirchhoff.

Palavras-chave: Circuito, kirchhoff, análise.

1
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <andrebossaneli@unifei.edu.br>
2
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <leticialorenaabreu@unifei.edu.br>
3
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <tankernja@gmail.com>
4
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <nortonxavier@unifei.edu.br>
5
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <rodrigoachkar@gmail.com>
6
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <welingtonwss26@gmail.com>
2Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

INTRODUÇÃO

Os estudos para as Leis de Kirchhoff, utilizadas em circuitos elétricos, foram desenvolvidos


em 1845, tendo como base no princípio da conservação de energia e na certeza de que o potencial
elétrico mantém o seu valor original ao fim de qualquer percurso de trajetória fechada.

A corrente elétrica é definida como o movimento de elétrons livres numa direção. Ela não é
visível a olho nu e não conseguimos observá-la desamparados de um instrumento técnico
adequado. No nosso cotidiano, é usado fios elétricos compostos de materiais de boa
condutividade para conduzir a eletricidade.

As lâmpadas podem ser utilizadas para demonstrar a existência de eletricidade e seu brilho
pode ser utilizado para medir a corrente elétrica. Para medir as grandezas elétricas é utilizado
instrumentos que convertem ação elétrica em alguma indicação que pode ser observada. O
multímetro, o voltímetro, o amperímetro e o ohmímetro são alguns desses instrumentos.

Segundo Dias (2013), a Lei de Kirchhoff é formada por conceitos básicos para a análise e
resolução de circuitos elétricos. Um circuito elétrico é formado pela união de conexão de
resistores e fontes de tensão e/ou corrente. Com isso, são apresentadas algumas definições das
partes que integram um circuito elétrico;

·NÓ: ponto onde dois ou mais elementos de circuitos têm uma conexão comum.

·LAÇO: caminho fechado por onde possa fluir corrente.

·RAMO: é um caminho único, contendo um elemento de circuito e que conecta um nó a outro nó


qualquer.

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3Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

·MALHA: é um laço que não contêm internamente outro laço

Segundo Vieira (2016) as duas leis de Kirchhoff são bases para a análise de circuitos
elétricos e são baseadas nos princípios de conservação de energia e de carga, permitindo
determinar as correntes através das f.e.m e resistências do circuito. A lei das malhas,
consequência da conservação da energia, afirma que a soma de todas as voltagens de cada
componente do circuito fechado é nula. Já a lei dos nós, consequência da conservação das cargas,
afirma que a soma das correntes que deixam um nó é igual à soma das correntes que chegam ao
nó.

Visando simplificar os circuitos, as Leis de Kirchoff são usadas, fazendo com que o circuito
seja analisado por partes. Essas leis são muito aplicadas em situações que são usadas diversas
fontes, em série ou paralelo. Buscou-se neste relatório analisar as correntes e tensões, a fim de se
verificar a validade dessas leis.

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4Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

OBJETIVO

● Determinar as correntes e tensões nos resistores de um circuito por meio da regra de


Kirchhoff.
● Construir um circuito em que uma das lâmpadas não liga e discutir o motivo utilizando as
regras de Kirchhoff.

MATERIAIS UTILIZADOS

● Fonte de tensão contínua;


● Multímetro;
● Painel para conexões;
● Cabos;
● Resistores;
● Lâmpadas;
● Simulador Colorado - Circuit Construction.
PROCEDIMENTOS PRÁTICOS

PARTE 1

Inicialmente monta-se o circuito da figura 1 no simulador Colorado - Circuit Construction. Em


sequência, determina-se os valores de tensão nas fontes ϵ₁ = 2,1 V e ϵ₂= 6,3 V e nos resistores
R₁==R₃=R₄=R₅= 1,7 Ω R₂= 3,5 Ω, assim como as correntes que os percorrem.

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5Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

Figura 1: Circuito 1 - Visto no simulador Circuit Construction.

Fonte: Os autores, 2021.

PARTE 2

Em seguida, monta-se um circuito, de acordo com a Figura 2, com três lâmpadas iguais, duas
fontes iguais de corrente contínua, mede-se e calcula-se as correntes e as diferenças de tensão
nos dispositivos que constituem o circuito 2.

Figura 2:

Figura 2: Circuito 2.

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6Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

Fonte: Os autores, 2021.

RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS

Coleta de dados

Após realizados todos os procedimentos de montagem e simulação do circuito da Figura 1 é


possível a partir das leis de Kirchhoff encontrar os valores das correntes I 1, I2 e I3 nos três ramos do
circuito.

A partir da observação da malha 01 (malha à esquerda) e do uso das leis de Kirchhoff é possível
encontrar a seguinte equação (Y)algébrica:

E1 – R1 * I1 – R2 (I1 – I2) - E2 – R5*I1 = 0 (Y)

Substituindo os valores correspondentes aos resistores e às fontes de tensão é possível encontrar


a equação (Z) abaixo:

-4,2 - I1*6,9 + I2*3,5 = 0 (Z)

Ao observar a malha 2 (malha a direita) é possível encontrar a equação algébrica (P) a partir das
leis de Kirchhoff:

- R3 * I2 +E2 – R4* I2 - E2 – R2*(I2-I1) =0 (P)

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7Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

Ao reescrevê-la substituindo os valores dos resistores e das fontes de tensão e organizá-la é


possível encontrar equação (W):

I 2∗6,9
I 1= (W)
3,5

Ao realizar a substituição da equação (W) na equação (Z) é possível obter o valor da corrente I 2:

I2 = -0,4157A (L)

|I2 |= 0,4157A (Ç)

Assim como ao substituir a equação (L) na equação (W) é possível obter o valor da corrente I 1:

I1 = -0,819570A (E)

|I1 |= 0,819570A (Q)

Utilizando a lei de Kirchoff neste circuito é possível definir uma equação que determina o valor da
corrente I3 que percorre o ramo central:

I3 = I1 - I2 (R)

Substituindo os valores das correntes I1 e I2 na equação (R) é obtido o seguinte valor para a
corrente I3:

I3 = - 0,4038701A (T)

|I3 |= 0,4038701A (I)

Após realizados os cálculos e a simulação é possível obter a tabela Q1 abaixo:

Tabela Q1: Valores medidos e calculados das correntes I1,I2 e I3.

Corrente Imedida (A) Icalculada (A) Erro relativo(%)

I1 0,820 +- 0,005 0,8195 0,0609

I2 0,420 +- 0,005 0,4157 1,0238


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8Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

I3 0,400 +- 0,005 0,4039 0,975

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9Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

Fonte: Os autores, 2021.

Uma vez calculadas as correntes deste circuito, utilizando a lei de Ohm, é possível definir as
diferenças de potencial nos resistores R1, R2, R3, R4 e R5:

V1 = R1 * I1 = 1,7 *0,8195 = 1,39315V (W1)

V2 =R2*I3 = 3,5 *0,4039 = 1,41365V (W2)

V3 = R3*I2 = 1,7 * 0,4157 = 0,70669V (W3)

V4 = R4*I2 = 1,7 * 0,4157 = 0,70669V (W4)

V5 = R5*I1 = 1,7 *0,8195 = 1,39315V (W5)

Uma vez calculadas e medidas as diferenças de potencial e as correntes é possível obter a tabela
Q2 abaixo:

Tabela Q2: Diferenças de potencial e correntes medidas e calculadas do circuito 1.

Dispositivo Imedido (A) Icalculado (A) Erro relativo Vmedido (V) Vcalculado (V) Erro relativo
da corrente da tensão (%)
(%)

E1 0,820 +- 0,005 0,8195 0,0609 2,100 +- 0,005 2,10000 0,000

E2 0,420 +- 0,005 0,4157 1,0238 6,300 +- 0,005 6,30000 0,000

E2’ 0,400 +- 0,005 0,4039 0,975 6,300 +- 0,005 6,30000 0,000

R1 0,820 +- 0,005 0,8195 0,0609 1,390 +- 0,005 1,39315 0,108

R2 0,400 +- 0,005 0,4039 0,975 1,410 +- 0,005 1,41365 0,259

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10Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

R3 0,420 +- 0,005 0,4157 1,0238 0,710 +- 0,005 0,70669 0,466

R4 0,420 +- 0,005 0,4157 1,0238 0,710 +- 0,005 0,70669 0,466

R5 0,820 +- 0,005 0,8195 0,0609 1,390 +- 0,005 1,39315 0,108


Fonte: Os autores, 2021.

Também é possível, a partir dos dados obtidos, o cálculo da diferença de potencial entre os pontos
a e d da figura 1 e montar a tabela Q3 com os valores medidos e calculados:

Vad = E2 - V2 = 6,3 - 1,41365 = 4,88635V (W6)

Tabela Q3: Tensão medida e calculada entre os pontos a e d.

DDP Vmedido (V) Vcalculado (V) Erro relativo (%)

Vad 4,890 +- 0,005 4,88635 0,07464

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11Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

Fonte: Os autores, 2021.

Tendo em vista o circuito 2 e o simulador Colorado - Circuit Construction é possível medir a


corrente e a tensão sobre cada componente do circuito, assim como visto na tabela Q4:

Tabela Q4: Tensão e corrente sobre os componentes do circuito 2 com a chave aberta e fechada.

Fonte: Os autores, 2021.

Utilizando as leis de Kirchhoff é possível calcular a tensão e a corrente em cada componente,


assim como a tensão entre os pontos A e B.

Para o circuito com a chave fechada sabe-se que a soma das correntes que entram em um nó é
igual a soma das correntes que saem por ele:

I1 + I2 +I3 =0 (W7)

Utilizando o método de resolução de circuitos elétricos chamado ‘Método dos nós’ e as leis de
Kirchhoff é possível obter as seguintes equações:

I1 = 0,1Va - 1,5 (W8)

I2 = 0,1Va (W9)

I3 = 0,1Va + 1,5 (W10)

Substituindo as equações (W8), (W9) e (W10) na equação (W7) é possível encontrar os valores de
tensão no nó A, assim como as correntes do circuito:

Va = 0V (W11)
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12Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

I1 = - 1,5A (W12)

I2 = 0V (W13)

I3 = 1,5V (W14)

Tendo em mãos estas correntes é possível obter as tensões sobre as lâmpadas:

L1 = 10 * I1 = 10 *1,5 = 15V (Z1)

L2 = 10 * I2 = 10 *0 = 0V (Z2)

L3 = 10 * I3 = 10 *1,5 = 15V (Z3)

A corrente entre os pontos AB é a mesma corrente I2, ou seja IAB = 0A, logo a tensão entre esses
pontos é igual a zero volts também, visto que VAB = IAB * L3 = 0 * 10 = 0V

Quando a chave encontra-se na posição aberta tem-se:

I1 + I2 =0 (W15)

Utilizando o método de resolução de circuitos elétricos chamado ‘Método dos nós’ e as leis de
Kirchhoff é possível obter as seguintes equações:

I1 = 0,1Va - 1,5 (W16)

I2 = 0,1Va + 1,5 (W17)

Substituindo as equações (W16) e (W17) na equação (W15) é possível encontrar os valores de


tensão no nó A, assim como as correntes do circuito:

Va = 0V (W18)

I1 = - 1,5A (W19)

I2 = 1,5V (W20)

Tendo em mãos estas correntes é possível obter as tensões sobre as lâmpadas:

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13Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

L1 = 10 * I1 = 10 *1,5 = 15V (Z4)

L3 = 10 * I2 = 10 *1,5 = 15V (Z5)

Tabela C: Correntes e tensões medidas e calculadas no circuito 2.

Dispositivo Imedido (A) Icalculado (A) Erro Vmedido (V) Vcalculado (V) Erro
relativo da relativo
corrente da tensão
(%) (%)

L1 1,500 +- 0,005 1,5 0 15,000 +- 0,005 15,0 0,000

L2 1,500 +- 0,005 1,5 0 15,000 +- 0,005 15,0 0,000

L3 = AB 0,000 +- 0,005 0,0 0 0,000 +- 0,005 0,0 0,000

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14Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

Fonte: Os autores, 2021.

A lâmpada L3 não acende na condição de chave aberta assim como também não acende na
condição de chave fechada, isto ocorre devido ao fato das duas fontes de tensão possuírem
mesmo valor, o que faz com que a tensão fornecida por uma seja consumida pela outra, ou seja a
corrente que uma fornece é consumida pela outra, devido a isto independente da posição da
chave a tensão e a corrente na lâmpada L3 é zero.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Então podemos concluir que os dois objetivos foram alcançados, o primeiro em relação ao
cálculo das correntes e tensões nos resistores obtivemos resultados com erros relativos
satisfatórios, sendo o maior deles abaixo de 0,8%.

Em relação a construção do circuito 2, no qual uma lâmpada não funciona, as regras de


Kirchhoff foram extremamente úteis para se calcular a tensão e corrente em cada componente do
circuito. Para este circuito foi testada a chave tanto aberta quanto fechada e foi observado que a
lâmpada L3 não acendia independente da posição, pois as duas fontes de tensão possuem o
mesmo valor e assim a tensão fornecida por uma é consumida pela outra, fazendo com que não
haja tensão suficiente para ligar a lâmpada L3.

Assim, os experimentos propostos foram bem sucedidos.

REFERÊNCIAS

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15Após calculados os valores de corrente e tensão do circuito 2 é possível montar a tabela C
abaixo:

PERUZZO,Jucimar. A Física Através de Experimentos: Eletromagnetismo, Física Moderna e


Ciências Espaciais. V.III / Jucimar Peruzzo. Irani (SC): 2013.

ROSA, Guilherme Teixeira. CAPACITOR DE PLACAS PLANAS E PARALELAS. Universidade


Federal de Pelotas, [S. l.], p. 1-6, 1 mar. 2016. Disponível em:
https://pt.scribd.com/doc/264761978/Relatorio-Capacitor-de-placas-planas-e-paralelas.
Acesso em: 19 mar. 2021.

DINIZ, MÁRCIO SILVA. CAPACITOR DE PLACAS PARALELAS. CENTRO DE EDUCAÇÃO E


SAÚDE , [S. l.], p. 1-11, 12 dez. 2018. Disponível em:
https://www.academia.edu/39990424/Relat%C3%B3rio_2_Capacitor_de_Placas_Paralelas.
Acesso em: 21 mar. 2021.

VIEIRA, Maria Paula. LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE E MAGNETISMO: TEORIA E


PRÁTICA. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS, [s. l.], fev. 2016. Disponível em:
https://engeletrica.ufersa.edu.br/wp-
content/uploads/sites/146/2019/02/Roteiro_do_Laboratorio_Eletricidade_Magnetismo.pdf.
Acesso em: 28 mar. 2021.

DIAS, D.T. EXPERIMENTO 3: CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA.


FISICA 3, [S. l.], p. , fev. 2013.

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