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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

JORGENETE CRISPIM DA SILVA FERREIRA


ITAMARA VALÉRIA DOS SANTOS DA SILVA

REFLEXÃO SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO COM AUTISMO NO ENSINO


REGULAR

RIO BRANCO – AC, AGOSTO DE 2020


FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

JORGENETE CRISPIM DA SILVA FERREIRA


ITAMARA VALÉRIA DOS SANTOS DA SILVA

REFLEXÃO SOBRE A INCLUSÃO DO ALUNO COM AUTISMO NO ENSINO


REGULAR

Artigo Científico Apresentado à Faculdade


Única de Ipatinga – FUNIP, como requisito
parcial para a obtenção do título de
Especialista em Educação Especial e
Inclusiva

RIO BRANCO – AC, AGOSTO DE 2021


RESUMO

A presente pesquisa teve como tema “Reflexão sobre a inclusão do aluno com autismo no
Ensino Regular”. O principal objetivo deste artigo é analisar as legislações e os documentos
que consentem as políticas de inclusão com relação ao aluno com Transtorno de Espectro
Autista, o acesso e a permanecia deste aluno na escola de ensino regular. Este estudo tratou
primeiramente de apresentar o conceito de deficiência a luzes de diversos autores e
documentos legais, posteriormente discutiu-se o que é o autismo e como ele se apresenta,
como deve ser diagnosticado. Para que se tenha a inclusão escolar é importante o
envolvimento de toda a comunidade escolar, mas principalmente que o Estado dê condições
físicas para o professor atuar. Este estudo foi importante para ampliar o conhecimento na área,
porém é necessário investir em formação continuada desses profissionais. Nesta perspectiva, o
tema reafirma a necessidade que se tem em compreender e aceitar a diversidade, para que
possamos contribuir na construção de uma sociedade igualitária. A finalidade da presente
pesquisa foi analisar o processo de inclusão do aluno com autismo na sala comum do ensino
regular. Em uma abordagem qualitativa, de natureza aplicada, quanto aos objetivos é
explicativa e quanto aos procedimentos bibliográfica e documental. A partir da pesquisa
realizada, observa-se que para existir o acesso a uma educação para todos, conforme previsto
na Carta Magna, é indispensável o compromisso por parte do Estado, escola, professores,
alunos, família e demais colaboradores da comunidade escolar.

Palavras-chave: Transtorno de Espectro Autista; Formação Continuada; Política de inclusão.


ABSTRACT

The theme of this research was “Reflection on the inclusion of students with autism in Regular
Education”. The main objective of this article is to analyze the legislation and documents that
consent to the inclusion policies regarding the student with Autistic Spectrum Disorder, the
access and the student's stay in the regular school. This study first tried to present the concept
of disability in the light of several authors and legal documents, later on it discussed what autism
is and how it presents itself, how it should be diagnosed. In order to have school inclusion, the
involvement of the entire school community is important, but mainly that the State provides
physical conditions for the teacher to act. This study was important to expand knowledge in the
area, but it is necessary to invest in continuing education for these professionals. In this
perspective, the theme reaffirms the need to understand and accept diversity, so that we can
contribute to building an egalitarian society. The purpose of this research was to analyze the
inclusion process of students with autism in the regular classroom. In a qualitative approach, of
an applied nature, it is explanatory in terms of objectives and in terms of bibliographic and
documentary procedures. From the research carried out, it is observed that in order to have
access to education for all, as provided for in the Charter, the commitment of the State, school,
teachers, students, family and other collaborators in the school community is essential.

Keywords: Autistic Spectrum Disorder, Continuing Education, Inclusion Policy.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................6
DESENVOLVIMENTO..............................................................................................................8
CONCLUSÃO..........................................................................................................................12
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................14
6

Introdução

O presente trabalho tem como tema Reflexão sobre a inclusão do


aluno com autismo no Ensino Regular. No cenário atual, percebe-se que as
escolas regulares estão mostrando-se mais abertas ao processo de inclusão
levando em consideração as legislações e as políticas educacionais, já que a
sala de aula a cada dia está mais diversificada. Com isso, tem-se verificado a
preocupação com muitos problemas no processo de ensino e aprendizagem
que acontece na sala de aula.
Nesse sentido, surgiu o interesse em estudar a política de inclusão
devido aos vários casos de alunos que chegam em nossas escolas sem o
devido conhecimento para que realmente ele sinta-se incluído no ensino. A
Constituição Federal de 1988 garante educação como um direito de todos e
competência do Estado a oferecer. Expressa no artigo 6º “são direitos sociais
a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados [...]”
(BRASIL, 1988).
Diante desta dificuldade, surgiram as seguintes questões que norteiam
essa pesquisa:
 Como está fundamentada legalmente o acesso do aluno com autismo no
ensino regular?
 Como se procede a inclusão de alunos autistas em classes comuns do ensino
regular?
Modernamente, o Estado vem elaborando políticas públicas que
aspiram garantir educação de qualidade para diversos sujeitos, ou seja,
pessoas com deficiência ou não. Dentre as diversas deficiências existentes,
neste estudo abordaremos um foco maior sobre o autismo, que vem sendo
considerado um distúrbio do comportamento e das interações sociais do
sujeito.
A justificativa do tema se produz pelo fato das pesquisadoras atuarem
no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre - Campus Rio
Branco, local em que debruça-se diariamente sobre casos de atendimento
aos alunos com autismo, o que gerou curiosidade para compreender como se
7

dá o fenômeno de inclusão desses alunos, visto que o Campus oferta cursos


desde o Ensino Médio Integrado, Curso Técnico Subsequente, Curso
Superior e Cursos Stricto Sensu.
A palavra autismo veio da junção de duas palavras gregas “autos” que
significa em si mesmo e “ismo” que significa voltado para, ou seja, voltado
para si mesmo (LIRA, 2004; GOMES, 2007).
De acordo com o CID-10, o autismo pertence a um conjunto de
transtornos denominado Transtorno Global do Desenvolvimento - TGD e é
classificado como:

a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos; e b)


apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três
domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo.
Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações
inespecíficas, por exemplo, fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra
ou agressividade (auto-agressividade). (OMS, 1993, p. 367 apud SUPLINO, 2007, p. 28).

Deste modo, pretende-se neste estudo, analisar como as legislações


vem abordando a questão do aluno autista na classe comum do ensino
regular. Como essas políticas fundamentam e oferecem garantia ao indivíduo
para ter atendimento educacional especializado e demais garantias.
O referencial teórico de uma pesquisa tem por objetivo oferecer
fundamentação capaz de servir como elemento para subsidiar as questões
suscitadas por meio das revisões de estudo realizadas durante a pesquisa.
Deste aspecto, apresenta-se em linhas gerais, a sistematização do referencial
teórico que tem dado sustentação para a presente pesquisa.
Para iniciar o entendimento sobre quais são as políticas públicas e
legislações vigentes no Brasil que dão garantia de acesso à educação do
aluno com autismo, devemos considerar a Constituição Federal (1998), a
Cartilha do Ministério da Educação e Cultura intitulada “Saberes e Práticas da
Inclusão: Dificuldades acentuadas de aprendizagem (2003), Lei nº 12.764, de
27 de dezembro de 2012 que institui a Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art.
98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, Lei nº 13.146, de 6 de julho
de 2015 que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência).
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Com o objetivo de encontrar elementos para situar as mudanças na


educação, especialmente ao que diz respeito à educação especial de
pessoas com autismo, esta pesquisa focou no percurso da história do
autismo e demais discussões acerca da inclusão na sala comum do ensino
regular.
Para conseguir esse intento, buscou-se respaldos nos estudos e nas
ideias de autores como: Ferreira (2002); Gauderer (1993); Lira (2004); Gomes
(2007); Martins (2007); Grandin; Scariano (1999) e Dutra et al, (2008).
O objetivo da presente pesquisa foi analisar o processo de inclusão do
aluno com autismo na sala. Em uma abordagem qualitativa, de natureza
aplicada, quanto aos objetivos é explicativa e quanto aos procedimentos
bibliográfica e documental.

Desenvolvimento

No mundo, existem diversas deficiências humanas, cada pessoa tem a


sua limitação e a sua deficiência, necessitando de tratamentos e obtendo
resultados diferentes de pessoa para pessoa. Diante dessa enorme
diversidade, concordamos que é necessário conceituar o termo “deficiência”.
Segundo Ferreira (2002):

1. Falta, falha, carência.


2. Imperfeição, defeito.
3. Insuficiência. Como o estudo trata de pessoas deficientes, o termo ‘deficiência’ pode ser
usado então para designar a falha de algo, seja em qualquer área: física, mental, sensorial,
comportamental ou outra.

A Convenção de Guatemala, realizada em 1999, ainda propõe um


outro termo que foi promulgado no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001:

O termo "deficiência" significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza


permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades
essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social. (BRASIL,
2001, Art.1).

Dessa forma, deficiência é o termo que se usa para definir a pessoa


que tem ausência ou disfunção de uma estrutura mental, física, sensorial ou
9

múltipla. Atualmente o termo correto a ser empregado é “pessoa com


deficiência”
Já o termo autista foi usado pela primeira vez, na Psiquiatria, por
Plouller em 1906 (GAUDERER, 1993). Em 1911, o psiquiatra Eugen Bleuler
usou esse termo para descrever sintomas de esquizofrenia (LIRA, 2004;
GOMES, 2007; MARTINS, 2007). Atualmente o autismo é classificado com
um distúrbio de desenvolvimento que altera as relações sociais e de
comunicação, podendo ou não acompanhar outros tipos de deficiências.
O Ministério da Educação e Cultura - MEC, através da Secretaria de
Educação Especial (SEESP), desenvolveu uma cartilha intitulada “Saberes e
práticas da inclusão: dificuldades acentuadas de aprendizagem”. Essa
cartilha desenvolvida no ano de 2003 destina-se ao professor e como ele
pode reconhecer uma criança com características de autismo. Enumera doze
critérios para o diagnóstico.

É provável que o professor perceba que a criança tem necessidades educacionais especiais
antes mesmo dos seus pais ou do próprio pediatra, mas também é comum que o professor
se sinta inseguro de comentar isso com alguém, até mesmo pelo próprio fato de que
ninguém, nem mesmo o médico, tenha sequer pensado nessa hipótese anteriormente. O
professor, nesse caso, deve ter consciência clara do importante papel que desempenha e
deve saber que uma constatação desse tipo, antes de tudo, sinaliza o imediato acesso a
novos direitos por parte desse aluno e lhe abre as possibilidades de receber ajuda (BRASIL,
2003, p. 14).

Este documento também orienta o professor de como deve agir para


dialogar com os pais e com os demais participantes da educação escolar
deste aluno. As possibilidades de desenvolvimento são distintas para cada
criança. Por isso, a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, em seu artigo 2º:

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a limitação no desempenho de atividades; e
IV - a restrição de participação (BRASIL, 2015, p. 1).

No Brasil, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da


Educação Inclusiva destaca o processo de democratização da educação e
10

apresenta o antagonismo da inclusão/exclusão, quando as escolas passam a


receber as pessoas com deficiência, mas os excluem por serem considerados
fora dos padrões. Ainda não existe cura para o autismo, mas com o
diagnóstico precoce e tratamento específico para cada caso, o autista terá
uma melhora significativa. Com relação ao tratamento, Grandin; Scariano
(1999) afirmam que:

Estimulação sensorial, modificação do comportamento, educação, tratamento à base de


medicação, dietas, suplementos alimentares. Tudo isso já foi tentado, e cada uma dessas
terapias obteve sua medida de sucesso. Certos autistas parecem responder bem a um
determinado tratamento; outros, a outro. E alguns autistas requerem a internação por toda a
vida, devido à falta de percepção do mundo exterior ou à violência do comportamento
(GRANDIN; SCARIANO, 1999, p.20).

O Transtorno de Espectro Autista - TEA, também conhecido como


autismo é caracterizado pela dificuldade de comunicação. Ainda é
desconhecido a origem do TEA, embora a criança possa herdar da família, ou
seja, podendo ser genético. O aluno autista necessita de atenção contínua e
foi a partir da necessidade de atender ao aluno autista e a exigência
educacional que passou a vigorar a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de
2012, que dispõe da Política Nacional de Proteção dos Direitos da pessoa
com Transtorno de Espectro Autista, posicionando os autistas como pessoas
com deficiência.
Esta lei dá direito ao autista o acesso à educação em escolas
regulares e em alguns casos o acompanhamento especializado e o
atendimento educacional especial, ou seja, além de um mediador o aluno
autista ainda tem o direito de ser atendido pelo professor da sala de recurso
multifuncional, também conhecida como sala de atendimento educacional
especializado - AEE.
Diante da aprovação da referida lei, as escolas públicas e privadas se
viram na obrigação de guarnecer o acompanhamento para esses alunos, a
partir de comprovação por laudo médico, psicopedagogo ou pedagogo, sem
ônus para a família. As escolas que se negarem a matricular um aluno com
TEA será punida, receberá multa e os responsáveis pela instituição poderão
ser presos.
11

A Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação


Inclusiva também interpela a classificação dos alunos e a diversidade
conforme Dutra et al, (2008, p. 15):

As definições do público alvo devem ser contextualizadas e não se esgotam na mera


categorização e especificações atribuídas a um quadro de deficiência, transtornos, distúrbios
e aptidões. Considera-se que as pessoas se modificam continuamente transformando o
contexto no qual se inserem. Esse dinamismo exige uma atuação pedagógica voltada para
alterar a situação de exclusão, enfatizando a importância de ambientes heterogêneos que
promovam a aprendizagem de todos os alunos.

Dessa maneira, a autora afirma que não deve existir distinção entre os
alunos, pois ao contrário não se terá um processo de aprendizagem de forma
efetiva. O acesso à educação é garantido por lei, porém é necessário que as
aplicabilidades dessas leis sejam fiscalizadas. Muitas escolas ainda se
negam a matricular a criança com autismo e isso vai contra muitas
legislações já vigentes em nosso país. De modo, que as pessoas com
deficiência devem ser incluídas desde os primeiros anos da educação básica.

[...] onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu


desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de
comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos,
psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações
interpessoais, o respeito e a valorização da criança (DUTRA et al., 2008, p. 16).

Além disso, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa


com Transtorno do Espectro Autista, afirma que:

A formação dos profissionais da educação possibilitará a construção de conhecimento para


práticas educacionais que propiciem o desenvolvimento sócio cognitivo dos estudantes com
transtorno do espectro autista (NOTA TÉCNICA N° 24 /2013 /MEC /SECADI /DPEE).

Nessa perspectiva, é de fundamental importância que o professor


tenha a sua disposição, ferramentas que possam atender as necessidades do
aluno com autismo pré-diagnosticadas. As escolas também vêm sofrendo
com as dificuldades do isolamento profissional do professor, em que muitas
vezes não se sente competente o suficiente para atender a diversidade
encontrada em sala de aula.
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional
de Educação - PNE, tem como meta para educação inclusiva:
12

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à
educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede
regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados
(BRASIL, 2014, p. 5).

Esta legislação também destaca o fomento à formação continuada dos


professores para atuarem na sala de recursos no atendimento educacional
especializado-AEE, em todas as escolas públicas. Além disso, prevê o
acesso e a permanência desses alunos de acordo com o inciso 4.6:

Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições


públicas, para garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com deficiência por
meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da disponibilização de
material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no
contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos
(as) alunos (as) com altas habilidades ou superdotação (BRASIL, 2014, p. 5).

Observou-se que os esforços para o acesso à educação para todos


são grandes e previstos em diversas legislações. Entretanto, analisou-se que
deve ser contínuo a garantia dessa inclusão em todos os níveis da educação.

CONCLUSÃO

As perspectivas em relação a este tema “Reflexão sobre a inclusão do


aluno com autismo incluído no ensino regular” foram vencidas. A partir da
pesquisa realizada, notou-se que para existir o acesso a uma educação para
todos, conforme previsto na Carta Magna, é indispensável o compromisso por
parte do Estado, família e demais colaboradores da comunidade escolar.
Além do envolvimento desses sujeitos, é importante que a escola
tenha condições necessárias e adequadas para atender as necessidades
garantindo o acesso e a permanência deste aluno. É necessário também que
o professor, além de formação continuada, também tenha um olhar
diferenciado para este aluno, focando no seu potencial, para que o aluno se
sinta, de fato, incluído e possa aprender.
O currículo apresentado ao aluno autista também deve ser
diferenciado, pois deve levar em consideração a autonomia do aluno, para
que ela possa desenvolver atividades do cotidiano. O professor precisa olhar
13

para este aluno não como uma pessoa com deficiência, mas sim como
alguém capaz de aprender, mesmo com algumas limitações.
Para que isso ocorra o professor precisa de uma formação que vai
além daquela recebida na universidade. Ele precisa de uma formação voltada
para a diversidade da sala de aula. Pois, mesmo nos cursos de licenciaturas
onde existem a oferta de disciplinas voltada para a educação especial, isso
não é suficiente para o professor se sentir confortável quando se depara com
um aluno autista em sua sala de aula.
A rotina estabelecida pela escola também é muito importante para que
o aluno autista consiga se situar no espaço e no tempo. Esta pesquisa pode
esclarecer a importância da inclusão do aluno autista e quanto as legislações
foram importantes para a verdadeira inclusão escolar.
14

REFERÊNCIAS

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