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É VERDADE QUE A CULTURA JUDAICA 

ENSINA QUE SATAN NÃO EXISTE?


 

Por Luiz Felippe Cavalcanti


 
 

INTRODUÇÃO
Com o avanço dos ensinos provenientes do Judaismo
Ortodoxo atual, muito se tem falado sobre vários
assuntos, e as pessoas simplesmente absorvem
imediatamente tais ensinos como VERDADEIROS, sem
fazerem um exame mais detalhado e aprofundado
destas novas doutrinas e principalmente sem checarem
DENTRO DO PRÓPRIO JUDAISMO se tais ensinos são
autênticos, sem analisar se sua procedência é
verdadeira!! O que as pessoas estão esquecendo é que
embora os ensinos judaicos sejam muito bons e
proveitosos em muitas áreas, eles NÃO ESTÃO
ISENTOS DE ERROS PROVENIENTES DO PRÓPRIO
PAGANISMO BABILÔNICO, com a qual a cultura judaica
conviveu lado a lado por centenas de anos! Não se
lembram que nem todo ensino judaico é corroborado
pela TORAH!!
Um destes assuntos, de extrema importância, vamos
tratar aqui... É sobre o DIABO, HA SATAN, OU
SATANÁS.... muitos judeus atuais tem seguido uma
CRENÇA ERRADA que diz que de uma forma geral, que
o MAL que existe seria apenas gerado pelo próprio
impulso para o mal natural do homem (O Yetzer Hará)
e eles têm ensinado a muitos essas doutrinas!! e isto
está muito longe de ser verdadeiro... Então, neste
artigo, vamos analisar MAIS A FUNDO O QUE A
CULTURA JUDAICA VERDADEIRA AFIRMA... com amplas
provas corroborativas vindas da própria TRADIÇÃO
JUDAICA...
PASSEMOS ENTÃO AGORA A ANALISAR UMA AMPLA
EXPOSIÇÃO DO QUE A CULTURA JUDAICA (E NÃO A
CULTURA CRISTÃ POSTERIOR) ENSINOU A RESPEITO
DE SATANÁS... ELE EXISTE MESMO, OU É SÓ O NOSSO
IMPULSO PARA O MAL (YETZER HARA) que é a causa
de todos os males da humanidade?
NOTA: TODOS OS TEXTOS ABAIXO SÃO
PROVENIENTES DO JUDAISMO, E NÃO DE FONTES
CRISTÃS!!
 

ABAIXO, UMA TRADUÇÃO DO QUE ENSINA A JEWISH


ENCYCLOPEDIA:
Por: Joseph Jacobs, Ludwig Blau (Fonte: JEWISH
ENCYCLOPEDIA - tema: SATAN)
 

NA BÍBLIA

SATAN é o termo usado na Bíblia com a conotação


geral de "adversário", sendo aplicado (1) a um inimigo
em guerra (I Kings v. 18 [AV 4]; xi. 14, 23, 25), do
qual o uso é desenvolvido o conceito de um traidor na
batalha (I Sam. xxix. 4); (2) a um acusador perante o
tribunal de julgamento (Ps. Cix. 6); e (3) a qualquer
oponente (II Sam. xix. 23 [A. V. 22]). A palavra
também é usada para denotar um antagonista que
coloca obstáculos no caminho, como em Num. xxii. 32,
onde o anjo de Deus é descrito como oponente a
Balaão sob a aparência de um SATAN ou adversário; de
modo que o conceito de HaSatan (Satanás) como um
ser distinto não era então conhecido. Tal visão é
encontrada, no entanto, no prólogo do Livro de Jó,
onde Satanás aparece, juntamente com outros seres
celestiais ou "filhos de Deus", perante a Divindade,
respondendo à indagação de Deus quanto a quem ele
havia vindo, com as palavras: "De ir e vir sobre a terra,
e de caminhar para cima e para baixo nela" (Jó, 7).
Tanto a pergunta como a resposta, bem como o diálogo
que se segue, CARACTERIZAM SATANÁS COMO
MEMBRO DO CONSELHO DIVINO QUE VIGIA A
ATIVIDADE HUMANA, MAS COM O PROPÓSITO
MALIGNO DE PROCURAR OS PECADOS DOS HOMENS E
APARECER COMO SEU ACUSADOR. ELE É, PORTANTO,
O PROMOTOR CELESTIAL, QUE VÊ APENAS A
INIQUIDADE; pois ele persiste em sua opinião maligna
de Jó, mesmo depois que o homem de Uz passou com
êxito através de seu primeiro julgamento, se
entregando à vontade de Deus, e Satanás exige outro
teste através do sofrimento físico (ibid., 3-5).
No entanto, também é evidente do prólogo que Satanás
NÃO TEM PODER DE AÇÃO INDEPENDENTE, MAS
PRECISA DA PERMISSÃO DE DEUS, a qual ele não pode
transgredir. Ele NÃO PODE ser considerado, portanto,
como OPONENTE DA DEIDADE (como nos sistemas
maniqueístas de bem e mal com pesos iguais); e a
doutrina do monoteísmo NÃO É PERTURBADA por sua
existência, tanto quanto pela presença de outros seres
diante da face de Deus. Esta visão também é mantida
em Zacarias 1:1-2, onde Satanás é descrito como o
adversário do sumo sacerdote Josué e do povo de
Deus, cujo representante é o hierarquista; e ele se
opõe ao "anjo do Senhor", que o impede de se calar em
nome de Deus. Em ambas as passagens, Satanás é um
mero acusador que age apenas de acordo com a
permissão da Deidade;
Mas em I Crônicas 21:1 ele aparece como alguém que
PODE PROVOCAR a Davi para destruir Israel. O
Cronista (terceiro século a.C) CONSIDERA SATANÁS
COMO UM AGENTE INDEPENDENTE, uma visão que é
mais marcante desde a origem de onde ele redigiu seu
relato (II Samuel 24:1) fala do próprio Deus como
aquele que moveu Davi contra as crianças de Israel.
Uma vez que a concepção mais antiga refere todos os
eventos, sejam bons ou ruins, somente para Deus (I
Samuel 16:14; I Reis 22:22; Isaias 65:7; etc.), é
possível que o Cronista e talvez até Zacarias, foram
influenciados pelo zoroastrismo, embora, no caso do
profeta, o monismo judeu se opôs fortemente ao
dualismo iraniano - Maniqueísmo - (Stave, "Einfluss des
Parsismus auf das Judenthum", pp. 253 et seq.). Uma
influência imediata do conceito babilônico do "acusador,
perseguidor e opressor" (Schrader, "KAT" 3d ed., P.
463) é impossível, já que os vestígios de tal influência,
se existisse, apareceriam em as partes anteriores da
Bíblia.
 

NOS APÓCRIFOS JUDAICOS

A evolução da teoria de Satanás acompanha o


desenvolvimento da angelologia judaica e da
demonologia. Em Sabedoria 2:24 ele é representado,
com referência a Genesis 3, COMO O AUTOR DE TODO
O MAL, QUE TROUXE A MORTE PARA O MUNDO; ele
também é mencionado em Eclesiástico (Sirach) 21:27,
e o fato de que seu nome não ocorre em Daniel é, sem
dúvida, devido apenas ao acaso. SATANÁS ERA O
SEDUTOR E O AMANTE DE EVA (que a instigou a pecar
contra a ordem do Eterno), E FOI LANÇADO DO CÉU
JUNTO COM OUTROS ANJOS POR CAUSA DE SUA
INIQUIDADE (Livro eslavo de Enoque, 29:4 e
seguintes.). Desde então, ele foi chamado de
"Satanás", embora anteriormente ele tivesse sido
chamado de "SATANAEL" (ib. 31:3 et seq.). A doutrina
da queda de Satanás, bem como da queda dos anjos,
também se encontra na Babilônia (Schrader, p. 464), e
é mencionada várias vezes no Novo Testamento.
Satanás governa toda uma série de anjos (Martírio de
Isaías, II, 2, Vita Adæ et Evæ, xvi.). Mastema, que
induziu Deus a testar Abraão através do sacrifício de
Isaque, é idêntico a Satanás em nome e natureza
(Livro dos Jubileus, 17:18), e o Asmodeus do Livro de
Tobias também deve ser identificado com ele,
especialmente em vista da sua licenciosidade. Como o
senhor de Satanás, ele raramente tem o nome especial
de Samael. É difícil identificar Satanás em outras
passagens dos Apócrifos, já que os originais em que o
nome ocorreu foram perdidos e as traduções
empregam vários equivalentes. Um "argumentum a
silentio" não pode, portanto, ser aduzido como prova
de que os conceitos de Satanás não eram amplamente
difundidos; mas deve ser assumido que a referência a
ele e seu reino está implícito na menção de espíritos
malignos de todos os tipos (comp. Demonology e
Kautzsch, "Apokryphen", Índice).
 

NO TALMUD E NO MIDRASH

A Angelologia do Talmud, além disso, prova que, de


acordo com a visão mais antiga (até cerca de 200
C.E.), o castigo foi infligido por anjos e não por
Satanás. Com o passar do tempo, no entanto, O
JUDAISMO OFICIAL ABSORVEU OS CONCEITOS
POPULARES JUDAICOS A RESPEITO DE SATANÁS, que
sem dúvida forçaram gradualmente a passar das
classes mais baixas para os mais cultos. Quanto mais
posterior for uma coleção midrashica, MAIS
FREQUENTE É A MENÇÃO À SATANÁS E SUAS HOSTES.
O Talmud palestino, completado cerca de 400, é mais
reticente a este respeito; e isso é mais notável, pois
sua proveniência é a mesma que a do Novo
Testamento. Samael, o senhor dos satãs, era um
poderoso príncipe dos anjos no céu (Genesis Rabah.
19.). SATANÁS VEIO AO MUNDO COM UMA MULHER,
OU SEJA, COM EVA (Yalḳ., Gen. i.23); DE MODO QUE
ELE FOI CRIADO E NÃO É ETERNO. COMO TODOS OS
SERES CELESTIAIS, ELE VOA PELO AR (Genesis Rabah.
19.), E PODE ASSUMIR QUALQUER FORMA, como de
um pássaro (Sanhedrim. 107a), um veado (ib. 95a),
uma mulher (Ḳid. 81a), um mendigo (ib.), ou um jovem
(Tan., Wayera, fim); É dito que ele pula (Pes. 112b;
Meg. 11b), em alusão à sua aparência na forma de um
bode (compare com os demônios-bode da Bíblia), e foi
como tal que ele foi abordado com as palavras "uma
flecha entre os seus olhos" por alguém que desejava
expressar desprezo por ele (Ḳid. 30a, 81a, et
passukim).
ELE É A ENCARNAÇÃO DE TODO O MAL E SEUS
PENSAMENTOS E ATIVIDADES SÃO DEDICADOS À
DESTRUIÇÃO DO HOMEM; de forma que Satanás, o
impulso ao mal ("yeẓer ha-ra"), e o anjo da morte são
uma e a mesma personalidade. Ele desce do céu e se
desvia, levanta e traz acusações contra a humanidade.
Ao receber a comissão divina, ELE TIRA A ALMA, ou,
em outras palavras, ELE MATA (B. B. 16a). Ele
aproveita até uma única palavra que pode ser
prejudicial para o homem; para que "não se abra a
boca ao mal", isto é, "a Satanás" (Ber. 19a). Em
tempos de perigo também traz suas acusações (Yer.
Shab. 5b et passim). Enquanto ele tem poder sobre
todas as obras do homem (Ber. 46b), ele não pode
prevalecer ao mesmo tempo contra dois indivíduos de
nacionalidade diferente; para que Samuel, um notável
astrônomo e professor da Lei (d., Nehardea 247),
começasse em uma jornada somente quando um gentio
viajasse com ele (Shab. 32a).
O conhecimento de Satanás está circunscrito; pois
quando o shofar é tocado no dia do Ano Novo, ele fica
"confundido" (R. H. 16b; Yer. Targ. para Num. x. 10).
No dia da expiação, seu poder desaparece; Pois o valor
numérico das letras do seu nome () é apenas 364,
sendo um dia assim isento de sua influência (Yoma
20a). Moisés o baniu por meio do Nome Divino
(Grünhut, "Sefer ha-Liḳḳuṭim", v. 169). Se Satanás não
atingiu seu propósito, como foi o caso na tentação de
Jó, ele sente grande tristeza (B. B. 16a); e foi um golpe
terrível para ele, como representante do mal moral,
que a Torá, a encarnação do bem moral, deveria ser
dada a Israel. Ele tentou derrubá-lo e, finalmente,
levou o povo a fazer o bezerro de ouro (Shab 89a, Yer.
Targ. Para Ex. Xxxii. 1), enquanto as duas tabelas da
Lei foram concedidas a Moisés de necessidade sem o
conhecimento de Satanás ( Sanh. 26b).
 

SUAS FUNÇÕES

As principais funções de Satanás são, como já


observamos, as de tentação, acusação e punição. Ele
era um agente ativo na queda do homem (Pirḳe R. El.
Xiii., Início), e era o pai de Cain (ib. Xxi.), Enquanto ele
também era instrumento na oferta de Isaac (Tan.,
Wayera , 22 [ed. Stettin, p. 39a]), na libertação do
animal destinado por Esaú para o seu pai (Tan.,
Toledot, 11), na teofania no Sinai, na morte de Moisés
(Deut R. xiii. 9), no pecado de Davi com Bate-Seba
(Sanh 95a) e na morte da rainha Vashti (Meg. 11a). O
decreto para destruir todos os judeus, que Haman
obteve, FOI ESCRITO EM PERGAMINHO TRAZIDO POR
SATANÁS (Esther Rabah. 3:9). Quando Alexandre, o
Grande, censurou os sábios judeus com sua rebelião,
eles fizeram o argumento de que Satanás tinha sido
muito poderoso para eles (Tamid 32a). Ele apareceu
como um tentador para Rabi Akiva e Mattithiah b.
Ḥeresh (Ḳid. 81a; Midr. Abkir, ed. Buber, p. 11). Ele
semeou a discórdia entre dois homens, e quando Meir
reconciliou-os, ele partiu, chorando: "Infelizmente, Meir
me expulsou de casa!" (Gi. 52a; comp. 'Er. 26a) - isto
é, SATANÁS É O ANJO DAS CONTENDAS (veja também
Yoma 67b; Shab. 104a; Yeb. 16a). Se alguém faz uma
bela casa ficar cativa de algum erro, ele traz Satanás
para sua casa, e seu filho será destruído (Sifre, Deut.
218); pois SATANÁS É QUEM ACENDE O IMPULSO
MALIGNO("yeẓer ha-ra") À IMPUREZA(Ex. R. xx.). Onde
alguém edifica o seu lar, Satanás pula fora; onde a
alegria governa, ou onde quer que esteja comendo ou
bebendo, ele traz suas acusações (Gen. R. xxxviii. 7); e
quando há uma chance de que a prosperidade possa
ser apreciada neste mundo ou no próximo, ele também
se levanta como acusador. Mesmo Jacó foi forçado a
provar a Satanás que ele sofreu muito sofrimento neste
mundo (Gen. R. lxxxiv., Em Weber, "System der
Altsynagogalen Palästinischen Theologie", p. 323); e
quando Satanás revela os pecados de Israel a Deus,
outros imploram as esmolas que Israel deu (Ex. R.
xxxi.). Na hora do nascimento, e assim, na hora do
perigo, ele traz sua acusação contra a mãe (Eccl. R.
iii.2). A SERPENTE DE GENESIS 3 É IDENTIFICADA
COM SATANÁS (ver Weber, l.c. pp. 218 et seq .; comp.
Adam; Eve; Serpent).
COMO A ENCARNAÇÃO DO MAL, SATANÁS É O ARQUI-
INIMIGO DO MESSIAS; ELE É O ANTI-MESSIAS, OU
"ANTICRISTO". A luz que foi criada antes do mundo foi
escondida por Deus sob o Seu trono; e a questão de
Satanás em relação a ele, Deus respondeu: "Esta luz é
guardada para aquele que te derrubará". A seu pedido,
Deus mostrou a Satanás o Messias; "E, quando ele o
viu, estremeceu, caiu sobre o rosto e clamou:"
Certamente, este é o Messias, que vai atirar a mim e
até a todos os príncipes dos anjos dos povos até o
inferno"(PESIQTA RABBATI 3:6 [ed. Friedmann, p.
161b], mais detalhes são apresentados em Bousset,
"Der Antichrist").
 

NA KABALLAH

Enquanto o Pirḳe R. Eli'ezer e o midrashim místico


editado por Jellinek em sua "Bet ha-Midrash",
pertencem historicamente ao período pós-talmúdico,
eles não se enquadram nesta categoria no que diz
respeito ao seu conteúdo. Aqui pertencem,
estritamente falando, apenas o Zohar e outras obras
esotéricas compreendidas sob o nome de "Cabala". Os
elementos basais permanecem os mesmos; mas sob a
influência da demonologia medieval, um escopo mais
amplo é atribuído à atividade de SATANÁS E SUAS
HOSTES, a vida diária está dentro do alcance de seu
poder. Os confrades da Bíblia, como Amalek, Golias e
Hamã, são identificados com ele; e suas hostes de
demônios (anjos caídos) recebem novos nomes, entre
eles "Ḳelippa" (camada, pele, casca, escama). As
polêmicas anti-cristãs também complicam o problema
(veja a rica coleção de material em Eisenmenger,
"Entdecktes Judenthum", i. 812 et seq.).
SATANÁS FOI MENCIONADO na liturgia em um período
inicial, como na oração diária da manhã e na Bênção da
Lua Nova; e SEU NOME aparece naturalmente em
AMULETOS e ENCANTAMENTOS até o presente. Os
termos e as frases que se referem a Satanás que se
encontram em Judeo-Germanicos devem ser
consideradas como reminiscências da crença popular
antiga nele.
 

NOS ESCRITOS JUDAICOS DO NOVO TESTAMENTO


(KETUVIM NETSARIM)

O alto desenvolvimento da demonologia do Novo


Testamento pressupõe um longo período de evolução.
Nos evangelhos, as crenças das ordens inferiores da
sociedade encontram expressão, e Satanás e seu reino
são considerados abrangentes do mundo inteiro e são
fatores em todos os eventos da vida diária. Em rigorosa
concordância com a sua múltipla atividade, ele tem
muitos nomes, sendo chamado de "Satanás" (Mateus
iv. 10; Mark i. 30, iv. 15; Luke x. 18 et passim),
"diabo" (Mt. iv.1) e, "adversário" (I Peter v. 8,
ἀντίδικος; I Tim. v. 14, ἀντικείμενος), "inimigo" (Mateus
xiii. 39), "acusador" (Ap. xii. 10), "antiga serpente"(ib.
xx.2)," grande dragão "(ib. xii. 9), Beelzebub (Mateus
x.25, xii. 24 e passim) e Belial (comp. Samael). A
queda de Satanás é mencionada em Luke x. 18, John
xii. 31, II Cor. vi. 16 e Rev. xii. 9. Ele é o autor de todo
o mal (Lucas x 19 e passim; Atos v. 3; II Cor. Xi. 3;
Efésios II, 2), que seduziu Eva (II Cor. Xi. 3; Rev. xii
9), e que trouxe a morte para o mundo (Heb., 13),
sendo sempre o tentador (I Cor. Vii. 5; I Thess. Iii. 5; I
Peter v. 8), mesmo quando tentou a Yeshua (Matt. Iv.).
A crença no diabo como aqui desenvolvido dominou
períodos subseqüentes, e influenciou indiretamente os
próprios judeus; e nem foi descartado até hoje em dia.
Satanás e suas hostes malignas são mencionados
comparativamente raramente no Talmud e Midrash,
embora o material sobre este assunto não seja
insignificante. NA LITERATURA MAIS ANTIGA, OU
TANAÍTICA O NOME DE SATANÁS TAMBÉM É
ENCONTRADO. Assim, em Ab 6:11 o pecado em si, e
não Satanás, é o acusador, o termo κατήγωρ tornando-
se um epíteto permanente de Satanás no Novo
Testamento e sendo aplicado a ele pelos professores
TALMÚDICOS posteriores também. Em Tosef., Shab.
xvii. (xviii.) 3, AFIRMA-SE QUE OS ANJOS DE SATANÁS
ACOMPANHAM O BLASFEMO EM SEU CAMINHO, de
acordo com o Sal. cxv. 6, enquanto uma comparação
do general R. xxxviii. 7 com Sifre, Num. xxv. 1 mostra
como a referência a Satanás foi introduzida pelos
Amoraim em ditos tannaitic (Bacher, "Ag. Pal. Amor".
Ii. 254); e da mesma forma que "Satanás" é
substituído por "anjo" em Ned. 32a.
 

ALGUMAS CITAÇÕES SOBRE SATANÁS NA


TRADIÇÃO JUDAICA PROVAM QUE OS JUDEUS
CRÊEM SIM NA SUA EXISTÊNCIA:
 

Rabbi David Kimchi:


"Assim como vós entrastes pela salvação do teu povo
pela mão do Messias, filho de Davi, que ferirá
HaSATAN, O CABEÇA, O REI E O PRÍNCIPE DA CASA
DOS PERVERSOS." (“How to Recognise the Messiah,”
Good News Society, p. 5)
 

PESIKTA RABBATI:
36-37 – “E quando o viu, SATAN FICOU TREMENDO, e
caiu sobre o seu rosto e disse: “CERTAMENTE ESTE É O
MESSIAS QUE VAI FAZER COM QUE EU E TODOS OS
ANJOS DAS NAÇÕES SEJAMOS ENGOLIDOS NO
INFERNO (Gehinam)”, pois é dito: “ele vai engolir a
morte para sempre, e o Senhor D’us limpará as
lágrimas de todos os rostos (Is 25,8 ). Nessa hora os
anjos das nações, em agitação, irão dizer-lhe: Mestre
do Universo, quem é esse através de cujo poder
estamos a ser engolidos? Qual é o nome dele? Que tipo
de ser é ele? O Santo, bendito seja Ele, responderá:
ELE É O MESSIAS, E SEU NOME É MESSIAS EFRAIM, O
MEU JUSTO”.
SOBRE AMAR E JULGAR OS OUTROS
(The Life and Teachings of Hillel - Rabbi Yitzhak
Buxbaum)
"Rabi Akiva tinha o hábito de zombar da fraqueza da
aqueles que cometeram transgressões sexuais. Um dia,
o SATAN apareceu-lhe como uma mulher muito bonita
sentada em um galho alto em uma palmeira. Ele
imediatamente começou a subir na árvore! Mas quando
ele chegou na metade do caminho na subida, a
aparição desapareceu e SATAN disse a ele de grosso
modo, "Se não tivesse sido anunciada no céu:
Acautele-se de tocar em Rabbi Akiva e sua Torá! "Eu
não teria valorizado o seu sangue em mais de dois
centavos." Akiva foi protegido apenas pelo mérito de
seu conhecimento da Torah. Ser colocado no "lugar"
daqueles que ele havia zombado, e sucumbir, lhe
ensinou uma preciosa lição sobre o julgar e acerca de
subestimar o poder de SATAN e da inclinação para o
mal.
 

Bibliografia:
Davidson, Teologia do Antigo Testamento, pp. 300-355,
Edimburgo, 1904;
Faivre, La Personalité du Satan d'Après la Bible,
Montauban, 1900;
Hennecke, NeutestamentlicheApokryphen, Tübingen,
1904;
Köberle, Sünde und Gnade, Munique, 1902;
Herzog-Plitt, Real-Encyc. xv. 358-362 (e a bibliografia
fornecida);
Schrader, K. A. T. 3d ed., Pp. 463 et seq.

Leia mais: https://www.judaismonazareno.org/news/e-verdade-que-a-cultura-judaica-ensina-que-
satan-nao-existe/

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