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Egito
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Era Mubarak
Era pós-Mubarak
Geografia
Clima
Biodiversidade
Demografia
Composição étnica
Línguas
Religião
Cidades mais populosas
Governo e política
Lei
Relações exteriores
Forças armadas
Direitos humanos
Subdivisões
Economia
Turismo
Infraestrutura
Energia
Abastecimento de água
Transportes
Canal de Suez
Educação
Saúde
Cultura
Telecomunicações
Artes
Literatura e cinema
Música e dança
Museus
Culinária
Esportes
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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Etimologia
HIERÓGLIFO
Os egípcios usaram vários nomes para se referirem à sua terra. O mais comum
era Quemete (Kṃt), "Terra Negra" ou "Terra Fértil", que se aplicava
especificamente ao território nas margens do Nilo e que aludia à terra negra
trazida pelo rio todo ano,[14] e era diferente de Dexerete (dšṛt), "Terra
Vermelha", que se referia aos desertos que circundavam o Nilo, onde os
Kṃt egípcios só penetravam para enterrar os seus mortos ou para explorarem
(Quemete)
pedras e metais preciosos.[15][16] Também chamavam-o Taui ( "as Duas
Terras", ou seja, Alto e Baixo Egito),[17] Tameri ("Terra Amada")[18] ou Ta
Netjeru ("Terra dos Deuses");[19] na Bíblia, é designado Misraim (em hebraico: ;מִצְ'יִם
romaniz.: Mizraim, literalmente "os dois estreitos (Alto e Baixo Egito)").[20][21]
Quemete passou às formas kīmi e kīmə na fase copta da língua egípcia e aparece no grego
primitivo como Χηµία (Khēmía). Outro nome era t3-mry ("terra da ribeira"). Os nomes do Alto
e do Baixo Egito eram Ta-Sheme'aw (t3-šmˁw), "terra da junça", e Ta-Mehew (t3 mḥw) "terra
do norte", respectivamente.[22] Os habitantes atuais do Egito dão o nome Misr ao país, uma
palavra que em árabe pode também significar "país", "fortaleza" ou "acastelado". Segundo a
tradição, Misr é o nome usado no Alcorão para designar o Egito, e o termo pode evocar as
defesas naturais de que o país sempre dispôs. Outra teoria é que Misr deriva da antiga palavra
Mizraim, que por sua vez deriva de md-r ou mdr, usada pelos locais para designar o seu
país.[23] A atual palavra em português "Egito" deriva do grego Aigyptos, que se acredita derivar
por sua vez do egípcio Het-Ka-Ptah, "a mansão da alma de Ptá".[24]
História
Pré-história
Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o
paleolítico assumem a forma de artefatos e petróglifos em
formações rochosas ao longo do rio e nos oásis. No
décimo milénio a.C., uma cultura de caçadores-coletores e de
pescadores substituiu outra, de moagem de grãos. Em torno de
8 000 a.C., mudanças climáticas ou o abuso de pastagens
começou a ressequir as terras pastoris do Egito, de modo a
As duas faces da Paleta de formar o Saara. Povos tribais migraram para o Vale do Nilo,
Narmer onde desenvolveram uma economia agrícola sedentária e uma
sociedade mais centralizada.[9]
Por volta de 6 000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia
surgido no Vale do Nilo. Durante o neolítico, diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se
de maneira independente no Alto e no Baixo Egito. A cultura de Badari e sua sucessora Nacada,
são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido
no Baixo Egito, Merinde, antecede os badarianos em cerca de setecentos anos. As comunidades
do Baixo e do Alto Egito coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas
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Antiguidade
Cerca de 3 100 a.C., o rei Menés (ou Narmer)
fundou um reino unificado e estabeleceu a
primeira de uma sequência de dinastias que
governaria o Egito pelos três milênios
seguintes. A cultura egípcia floresceu durante
este longo período e manteve traços distintos
na religião, arte, língua e costumes. Às duas
primeiras dinastias do Egito unificado
seguiram-se o período do Antigo Império A Grande Esfinge com a Pirâmide de Miquerinos ao
(2686–2160 a.C.), famoso pelas pirâmides, em fundo, parte da Necrópole de Gizé, erguida durante
especial a Pirâmide de Djoser (III dinastia) e as o Império Antigo. Estes são alguns dos monumentos
pirâmides de Gizé (IV dinastia).[26] mais emblemáticos do Antigo Egito
O Reino Novo (1550–1069 a.C.) teve início com a XVIII dinastia e marcou a ascensão do Egito
como potência internacional que, no seu auge, se expandiu para o sul até Jebel Barcal, na Núbia,
e incluía partes do Levante, no leste. Alguns dos faraós mais conhecidos pertencem a este
período, como Ramessés I, Ramessés II, Aquenáton e sua mulher Nefertiti, Tutancâmon e
Ramessés III. A primeira expressão do henoteísmo é desta época, com o atonismo. O país foi
posteriormente invadido por líbios, núbios e assírios, mas terminou por expulsá-los a todos. A
XXX dinastia foi a última de origem nativa a governar o país durante a era dos faraós. O último
faraó nativo, Nectanebo II, foi derrotado pelos persas aquemênidas em 343 a.C..[26]
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Os ptolomaicos enfrentaram rebeliões dos egípcios nativos, muitas vezes causadas por um
regime indesejado, e se envolveram em guerras externas e civis que levaram à queda do reino e
sua anexação pelo Império Romano. No entanto, a cultura helenística continuou a prosperar no
Egito logo após a conquista muçulmana.[28]
O cristianismo foi trazido ao Egito por São Marcos no século I. O reinado de Diocleciano
(r. 284–305) marcou a transição entre os Impérios Romano e Bizantino no país, quando um
grande número de cristãos foi perseguido. Naquela altura, o Novo Testamento foi traduzido
para a língua egípcia. Após o Concílio de Calcedónia, em 451, uma Igreja Copta Egípcia foi
firmemente estabelecida.[29]
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República Árabe
Era Naguib
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Era Nasser
Era Sadat
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sequer chegou a ver completada a retirada das tropas israelenses do Sinai, pois foi assassinado
em outubro de 1981 por fundamentalistas muçulmanos que o acusavam de "trair o mundo árabe
com o acordo de paz". Israel devolveu o Sinai aos egípcios em 1982 e os dois estados
estabeleceram relações diplomáticas.[48]
Era Mubarak
Era pós-Mubarak
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Em 4 de julho de 2013, Adly Mansour, um juiz egípcio de 68 anos de idade foi empossado como
presidente interino do país sobre o novo governo após a remoção de Morsi do governo. Em 18
de janeiro de 2014, o governo interino institucionalizou uma nova constituição nacional, após
um referendo em que 98,1% dos eleitores foram favoráveis. A participação foi baixa, com uma
participação de apenas 38,6% dos eleitores registrados,[53] embora este índice tenha sido maior
do que os 33% que votaram em um referendo durante o mandato de Morsi.[54]
Uma eleição presidencial ocorreu entre 26 e 28 de maio de 2014, com apenas dois candidatos, o
ex-Ministro da Defesa egípcio Abdel Fattah el-Sisi e Hamdeen Sabahi, da Corrente Popular
Egípcia. As eleições aconteceram quase um ano após os protestos de junho de 2013 que levaram
ao el-Sisi a depor o então presidente Mohamed Morsi.[55] Os números oficiais mostraram que
cerca de 25,5 milhões de pessoas participaram das eleições, ou 47,5% dos eleitores registrados,
sendo que el-Sisi venceu com 23,7 milhões de votos (96,91% do total), dez milhões de votos a
mais que o ex-presidente Mohamed Morsi (que recebeu 13 milhões a mais que o seu adversário
no segundo turno das eleições presidenciais egípcias de 2012).[56][57]
Geografia
Com uma área de 1 001 450 quilômetros quadrados, o Egito é o 31º maior do mundo.[58]
Entretanto, devido à aridez do clima do país, os centros urbanos estão concentrados ao longo do
estreito vale do rio Nilo e no Delta do Nilo, razão pela qual 99% da população egípcia usam
apenas 5,5% da área total.[59]
As inundações do rio Nilo foram o fundamento da economia do país durante milênios. Tal
fenômeno foi alterado pela construção da represa de Assuã, que apesar de controverso, e ter
causado deslocamento massivo, trouxe benefícios para a agricultura, pois permitiu o cultivo de
novas culturas como algodão e cana-de-açúcar, além de beneficiar as culturas tradicionais como
trigo, arroz e milho, além disso a geração da energia hidrelétrica permitiu algum
desenvolvimento industrial.[60]
Clima
A precipitação é baixa no Egito, excepto nos meses de inverno nas regiões mais a norte.[63] Ao
sul do Cairo, a precipitação média é de apenas cerca de 2 a 5 milímetros ao ano, em intervalos
de muitos anos. Numa faixa estreita do litoral norte, chega a 410 milímetros.[64]
O potencial aumento do nível do mar devido ao aquecimento global pode ameaçar a faixa
costeira densamente povoada do Egito e ter graves consequências para a economia, a
agricultura e a indústria do país. Combinado com as crescentes pressões demográficas, um
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Biodiversidade
O Egito assinou a Convenção sobre Diversidade Biológica em 9 de junho de 1992, no Rio de
Janeiro, e tornou-se parte da convenção em 2 de junho de 1994.[66] Posteriormente produziu
uma Estratégia Nacional de Biodiversidade e um Plano de Ação, que foi recebido pela
convenção em 31 de julho de 1998. Apesar de muitos Planos Nacionais de Estratégia e Ação da
Biodiversidade da CBD negligenciarem os reinos biológicos além dos animais e plantas, o plano
do Egito era incomum ao fornecer fornecer informações equilibradas sobre todas as formas de
vida.[67][68]
O plano afirmava que os seguintes números de espécies de diferentes grupos haviam sido
registrados no Egito: algas (1 583 espécies), animais (cerca de 15 000 espécies, das quais mais
de 10 000 eram insetos), fungos (mais de 627 espécies), monera (319 espécies), plantas (2 426
espécies), protozoários (371 espécies). Para alguns grupos principais, por exemplo fungos que
formam líquenes e vermes nematóides, os dados são eram conhecidos.[69]
Além de grupos pequenos e bem estudados, como anfíbios, aves, peixes, mamíferos e répteis,
muitos desses números provavelmente aumentarão à medida que outras espécies forem
registradas no país. Para os fungos, incluindo espécies formadoras de líquen, por exemplo,
trabalhos posteriores mostraram que mais de 2 200 espécies foram registradas no Egito e o
número final de todos os fungos que realmente ocorrem no país deve ser muito maior. Para as
gramíneas, 284 espécies nativas e naturalizadas foram identificadas e registradas no Egito.[70]
Demografia
O Egito é o país mais populoso do Oriente Médio, o terceiro
mais populoso do continente africano e o 14.º mais
populoso do mundo,[11] com cerca de 98 milhões e 800 mil
habitantes em 2019.[4] Sua população cresceu rapidamente
de 1970 a 2010 devido aos avanços da medicina e aumentos
na produtividade agrícola[71] possibilitados pela Revolução
Verde.[72] A população do Egito foi estimada em 3 milhões
quando Napoleão invadiu o país em 1798.[73]
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Composição étnica
Águia-das-estepes, a ave nacional
Os egípcios étnicos são, de longe, o maior grupo do país,
do Egito
constituindo 91% da população total. As minorias incluem
as abazas, os turcos, os
gregos, as tribos beduínas
árabes que vivem nos
desertos orientais e na
Península do Sinai, os siuis
de língua berbere (amazigue)
do Oásis de Siuá e as
comunidades núbias
agrupadas ao longo do Nilo.
Há também comunidades
Mapa indicado a densidade Egito à noite visto da Estação Espacial
tribais de Beja concentradas
populacional no país (pessoas Internacional. É possível ver a
por quilômetro quadrado) concentração de cidades ao longo do rio
no canto mais a sudeste do
Nilo
país, e um número de clãs
Dom principalmente no
Delta do Nilo e Faium que
estão progressivamente se tornando assimilados à medida que a urbanização aumenta."[80]
Cerca de 5 milhões de imigrantes vivem no Egito, a maioria sudanesa, "alguns dos quais vivem
no Egito há gerações". Um pequeno número de imigrantes vem do Iraque, Etiópia, Somália,
Sudão do Sul e Eritreia. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados estimou
que o número total de "pessoas em perigo" (refugiados, requerentes de asilo e pessoas
apátridas) era de cerca de 250 000. Em 2015, o número de refugiados sírios registrados no
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Egito foi de 117 000, um decréscimo em relação ao ano anterior. O governo egípcio alega que
meio milhão de refugiados sírios que vivem no Egito são considerados exagerados. Há 28 000
refugiados sudaneses registrados no Egito.[81]
Línguas
Religião
O Egito reconhece apenas três religiões: islamismo, cristianismo e
judaísmo. Outras religiões e seitas muçulmanas minoritárias
Placa bilíngue em árabe e
praticadas por egípcios, como a comunidade bahá'í e ahmadi, não
inglês no Cairo
são reconhecidas pelo Estado e enfrentam perseguição por parte
do governo, que rotula esses grupos de "ameaça" à segurança
nacional.[87][88] O Egito é um país predominantemente muçulmano sunita, com o islamismo
como religião oficial. A porcentagem de adeptos de várias religiões é um tema controverso no
Egito. Estima-se que 85–90% são identificados como muçulmanos, 10–15% como cristãos
coptas e 1% como outras denominações cristãs, embora sem um censo os números não possam
ser conhecidos. Outras estimativas colocam a população cristã entre 15 e 20%.[89] Muçulmanos
não confessionais formam cerca de 12% da população.[90][91]
O Egito era um país cristão antes do século VII e, depois que o Islã chegou, o país foi
gradativamente sendo islamizado num país de maioria muçulmana.[92] O Egito tornar-se-ia
centro de política e cultura no mundo muçulmano. Com Gamal Abdel Nasser, o país
experimentou um regime nacionalista, mas secular, enquanto sob o sucessor deste, Anwar
Sadat, o Islã tornou-se a religião oficial do Estado e a Xaria a principal fonte de direito.[93]
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Da população cristã no Egito, mais de 90% pertencem à Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria,
uma Igreja Cristã Ortodoxa Oriental.[102] Outros cristãos egípcios nativos são adeptos da Igreja
Católica Copta, da Igreja Evangélica do Egito e de várias outras denominações protestantes. As
comunidades cristãs não nativas são largamente encontradas nas regiões urbanas do Cairo e
Alexandria, como os sírio-libaneses, que pertencem às denominações católica grega, ortodoxa
grega e católica maronita.[103]
Governo e política
O Egito tem a mais antiga tradição parlamentar contínua no mundo árabe. Sua primeira
assembleia popular foi criada em 1866. Foi licenciado pela ocupação britânica de 1882 - a
potência ocupante permitiu apenas a existência de órgão consultivo. O nacionalismo egípcio
antecedeu o seu homólogo árabe em muitas décadas, tendo raízes no século XIX, tornando-se o
modo dominante de expressão de ativistas e intelectuais anticoloniais egípcios até o início do
século XX.[105] Em 1923, no entanto, após a libertação colonial do país, uma nova constituição
previa uma monarquia parlamentar.[106]
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O Egito é uma república desde 18 de junho de 1953. A Câmara dos Deputados, cujos membros
são eleitos para mandatos de cinco anos, é a sede do poder legislativo. Eleições foram realizadas
pela última vez entre novembro de 2011 e janeiro de 2012 e posteriormente dissolvidas. A
próxima eleição parlamentar foi anunciada para ser realizada dentro de 6 meses após a
ratificação da constituição em 18 de janeiro de 2014 e foi realizada em duas fases, de 17 de
outubro a 2 de dezembro de 2015.[107]
Lei
O sistema legal é baseado em
leis islâmicas e civis Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, o
(particularmente códigos atual presidente do país
napoleônicos); e revisão
judicial por um Supremo Tribunal, que aceita a jurisdição
obrigatória do Tribunal Internacional de Justiça apenas
Supremo Tribunal de Justiça do com reservas.[80]
Egito
A jurisprudência islâmica é a principal fonte de legislação.
Os tribunais e cádis da Xaria são geridos e licenciados pelo
Ministério da Justiça.[111] A lei de estatuto pessoal que regulamenta assuntos como casamento,
divórcio e custódia de crianças também é governada pela Xaria. Em um tribunal de família, o
testemunho de uma mulher vale metade do testemunho de um homem.[112] Em 26 de dezembro
de 2012, a Irmandade Muçulmana tentou institucionalizar uma nova constituição controversa.
Ela foi aprovada pelo público em um referendo realizado de 15 a 22 de dezembro de 2012 com
64% de apoio, mas com apenas 33% de participação do eleitorado.[113]
O código penal é único, pois contém uma "lei anti-blasfêmia".[114] O sistema judicial atual
permite a pena de morte, inclusive contra um indivíduo ausente julgado à revelia. Vários
estadunidenses e canadenses foram condenados à morte em 2012.[115] Em 18 de janeiro de
2014, o governo interino institucionalizou com sucesso uma constituição mais secular. O
presidente é eleito para um mandato de quatro anos e pode servir por dois mandatos. O
parlamento pode fazer um impeachment contra o presidente. Sob a constituição, há uma
garantia de igualdade de gênero e absoluta liberdade de pensamento, sem tradução na vida real.
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Relações exteriores
A sede permanente da Liga Árabe está localizada no Cairo e
o secretário-geral da organização tem sido tradicionalmente
egípcio. Esta posição é atualmente ocupada pelo ex-
ministro das Relações Exteriores, Ahmed Aboul Gheit. A
Liga Árabe se mudou brevemente do Egito para Túnis, na
Tunísia, em 1978, como forma de protesto contra o Tratado
de Paz entre Egito e Israel, mas retornou ao Cairo em 1989.
As monarquias do Golfo, incluindo os Emirados Árabes
Al-Sisi e Vladimir Putin, presidente
Unidos[117] e Arábia Saudita,[118] prometeram bilhões de
da Rússia, reunidos em 2014
dólares para ajudar o Egito a superar suas dificuldades
econômicas desde o golpe de julho de 2013.[119]
Os laços entre o Egito e outras nações do Oriente Médio não árabes, incluindo o Irã e a Turquia,
muitas vezes foram tensos. As tensões com o Irã são devidas principalmente ao tratado de paz
do Egito com Israel e à rivalidade do Irã com aliados egípcios tradicionais no Golfo.[127] O
recente apoio da Turquia à Irmandade Muçulmana, agora banida, no Egito, e seu suposto
envolvimento na Líbia, também fez dos dois países rivais regionais amargos.[128][129]
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O Egito é um membro fundador do Movimento Não Alinhado e das Nações Unidas. É também
membro da Organização Internacional da Francofonia, desde 1983. O ex-vice-primeiro-ministro
egípcio Boutros Boutros-Ghali serviu como secretário-geral das Nações Unidas de 1991 a 199
Em 2008, estimava-se que o Egito mantivesse dois milhões de refugiados africanos, incluindo
mais de 20.000 cidadãos sudaneses registrados pela ACNUR como refugiados que fugiam de
conflitos armados ou requerentes de asilo. O Egito adotou métodos "severos, às vezes letais"
para o controle de suas fronteiras.[130]
Forças armadas
As Forças Armadas do Egito têm tropas combinadas de
cerca de 438 500 (incluindo 290 000–320 000
conscritos),[131] além de 479 000 reservistas.[132] De acordo
com o ex-presidente do Comitê de Relações Exteriores e
Defesa do Knesset, Yuval Steinitz, a Força Aérea do Egito
tem aproximadamente o mesmo número de aviões de
guerra modernos que a Força Aérea de Israel e muito mais
tanques, artilharia, baterias antiaéreas e navios de guerra
Militares das forças armadas
do que as Forças de Defesa de Israel.[133] Israel especula
egípcias.
que o Egito é o segundo país da região com um satélite
espião, o EgyptSat 1,[134] além do EgyptSat 2, que foi
lançado em 16 de abril de 2014.[135] Os militares exercem muita influência na vida política
nacional, assim como na economia e estão acima das leis que se aplicam aos outros setores da
sociedade. Eles também gozam de considerável poder, prestígio e independência dentro do
Estado e têm sido amplamente considerados parte do "Estado profundo" egípcio.[136]
Os militares egípcios tem dezenas de fábricas de armas, bem como bens de consumo. O
inventário das forças armadas do país inclui equipamentos de diferentes países ao redor do
mundo. Equipamento da antiga União Soviética está sendo progressivamente substituídos por
armas e equipamentos modernos de fabricação estadunidense, francesa e britânica, uma parcela
significativa dos quais é construído sob licença no Egito, como o tanque M1 Abrams. A Marinha
do Egito é a maior marinha da África, do Oriente Médio e do mundo árabe, além de ser a sexta
maior do mundo por número de navios.[137] Os Estados Unidos fornecem ao Egito uma ajuda
militar anual, que em 2009 foi de 1,3 bilhão de dólares.[138]
Direitos humanos
A Organização Egípcia para os Direitos Humanos é um dos órgãos mais antigos para a defesa
dos direitos humanos no Egito.[139] Em 2003, o governo criou o Conselho Nacional de Direitos
Humanos.[140] No entanto, o conselho recebeu graves críticas de ativistas locais, que afirmam
que ele era apenas uma ferramenta de propaganda do governo para desculpar as suas próprias
violações.[141] e para dar legitimidade às leis repressivas, como a Lei de Emergência.[142]
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A intolerância religiosa contra os bahá'ís e seitas muçulmanas não ortodoxas, como sufis, xiitas
e amadis, também continua a ser um problema.[152] Durante os confrontos entre a polícia e
partidários do ex-presidente Mohamed Morsi, pelo menos 595 manifestantes civis foram
mortos no Cairo em 14 de agosto de 2013,[153] o pior assassinato em massa da história moderna
egípcia.[147]
O Egito é um dos países que praticam ativamente a pena de morte. As autoridades egípcias não
fornecem dados sobre as condenações à morte e execuções, apesar de repetidos pedidos ao
longo dos anos por organizações de direitos humanos.[154] Os escritórios das Nações Unidas
para os direitos humanos[155] e várias ONGs[152][154] expressaram um "alarme profundo" após
um tribunal penal egípcio condenar 529 pessoas à morte em uma única audiência de 25 de
março de 2014. Os condenados eram apoiadores do ex-presidente Mohamed Morsi. A sentença
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foi condenada como uma violação de direito internacional. Em maio de 2014, cerca de 16 mil
pessoas (número que pode chegar a 40 mil de acordo com estimativas independentes),[156] em
sua maioria membros ou apoiadores da Irmandade Muçulmana, foram presos após o golpe,[54]
sendo a organização rotulada como terrorista pelo governo egípcio interino.[157]
Subdivisões
O Egito divide-se administrativamente em 27 províncias (mohafazat, em árabe); administradas
por governadores nomeados pelo presidente:[168]
1. Matru
2. Alexandria
3. Al-Buhaira
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3. Al-Buhaira
4. Kafr el-Sheikh
5. Dacalia
6. Damieta
7. Porto Saíde
8. Sinai do Norte
9. Ocidental
10. Monufia
11. Caliubia
12. Oriental
13. Ismaília
14. Gizé
15. Faium
16. Cairo
17. Suez
18. Sinai do Sul
19. Beni Suef
20. Minia
21. Vale Novo
22. Assiute
23. Mar Vermelho
24. Sohag Províncias do Egito
25. Quena
26. Luxor
27. Assuão
Economia
A economia egípcia depende principalmente da agricultura,
das telecomunicações, das exportações de petróleo e gás
natural e da indústria do turismo; há também mais de três
milhões de egípcios que trabalham no estrangeiro,
principalmente na Arábia Saudita, no Golfo Pérsico e na
Europa, e que mandam remessas de dinheiro para o país,
além das receitas do Canal de Suez. A conclusão da Represa
de Assuã em 1970, e o Lago Nasser que surgiu por conta
Vista do Cairo, a maior cidade da disto, alteraram o lugar de honra do rio Nilo na agricultura
África e do Oriente Médio. O turismo e ecologia do país. A população em rápido crescimento, a
é uma grande fonte de renda para o terra arável limitada e a dependência do Nilo continuam a
Egito sobrecarregar os recursos e a economia.[169]
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O país tem uma agricultura forte, sendo o maior produtor mundial de tâmara, um dos 5 maiores
produtores mundiais de tomate, cebola, tangerina, beringela, morango, alcachofra e figo, um
dos 10 maiores produtores mundiais de laranja, azeitona,
beterraba-sacarina, melancia, manga, melão e pêssego,
além de uma grande produção de cana de açúcar, trigo,
milho, arroz, batata, uva, maçã e algodão.[170] As maiores
exportações de produtos agropecuários processados do país
em termos de valor, em 2019, foram: laranja, legumes de
modo geral, batata, cebola, queijo, uva, farinha de trigo,
frutas de modo geral, produtos feitos de chocolate, fiapo de
algodão, açúcar, polpa da beterraba-sacarina, morango,
O Canal de Suez, que liga os mares entre outros. [171] Na mineração, em 2019, o país era o 7º
Mediterrâneo e Vermelho, é uma maior produtor mundial de fosfato.[172] Em 2019 o Egito
importante conexão do comércio era o 28º maior exportador mundial de gás natural (3,5
global
bilhões de m3 ao ano) [173] Em 2019 o Egito tinha a 36ª
indústria mais valiosa do mundo (US$ 48,2 bilhões), de
acordo com o Banco Mundial. [174] Neste ano, o país foi o
22ª maior produtor mundial de aço (7,3 milhões de
toneladas).[175][176][177] Em 2018, foi o 10º maior produtor
mundial de azeite de oliva.[178]
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sofreu uma queda drástica no investimento e nas receitas geradas pelos turistas estrangeiros,
seguido de uma queda de 60% em reservas cambiais, uma queda de três por cento no
crescimento e uma rápida desvalorização da libra egípcia.[185]
Embora um dos principais obstáculos ainda enfrentados pela economia egípcia pelo limitado
bem-estar social médio da população, muitos egípcios criticam seu governo para os preços mais
elevados dos produtos básicos, enquanto seu padrão de vida e/ou poder de compra mantém-se
relativamente estagnados. A corrupção política é frequentemente citada pela população como o
principal impedimento para promover o crescimento econômico.[186][187] No Índice de
Percepção da Corrupção de 2013, o Egito ficou no 114º lugar entre os 177 países avaliados.[188]
Turismo
O turismo é um dos setores mais importantes da economia
do país. Mais de 12,8 milhões de turistas visitaram-no em
2008, proporcionando uma receita de quase 11 bilhões de
dólares. A indústria turística emprega cerca de doze por
cento da força de trabalho local. A Necrópole de Gizé é o
local mais emblemático do país. Ela também é o destino
turístico mais popular do Egito desde a antiguidade e era Templo em Filas
popular no período helenístico, quando a Grande Pirâmide
foi listada por Antípatro de Sídon como uma das Sete
Maravilhas do Mundo, sendo a única delas que ainda
existe.[191]
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Infraestrutura
Energia
O Egito produziu 666 000 bbl/d de petróleo e 4 bilhões de
pés cúbicos de gás natural em 2017, tornando o país o maior
produtor de petróleo do mundo fora da OPEP e o segundo
maior produtor de gás natural seco na África. Em 2013, o
Egito era o maior consumidor de petróleo e gás natural no
continente, sendo responsável por 22% do consumo total de
petróleo e 37% do consumo total de gás natural seco na
África. Além disso, o Egito possui a maior capacidade de
refinamento de petróleo na África, 726 000 bbl/d (em
2017).[195] O Egito está planejando construir sua primeira Uma plataforma petrolífera offshore
usina nuclear em El Dabaa, na parte norte do país, com no campo de gás de Darfeel
cerca de 25 bilhões de dólares provenientes de
financiamento russo.[196]
Abastecimento de água
Entre 1990 e 2010, o abastecimento de água encanada no Egito aumentou de 89% para 100%
nas áreas urbanas e de 39% para 93% nas áreas rurais, apesar do rápido crescimento
populacional no período. Durante esse período, o Egito conseguiu eliminar a defecação a céu
aberto nas áreas rurais e investiu em infraestrutura. O acesso a uma fonte água potável no Egito
é agora praticamente universal, com uma taxa de 99%,[197] mas pouco mais de metade da
população está conectada a esgotos sanitários.[198] Em parte devido à baixa cobertura de
saneamento no país, cerca de 17 mil crianças morrem a cada ano por causa da diarreia.[199]
Transportes
O transporte no Egito é centrado em torno do Cairo e segue em grande parte o padrão de
ocupação populacional ao longo do rio Nilo. A principal linha da rede ferroviária do país, com
5 085 quilômetros de extensão, vai de Alexandria a Aswan e é operada pela Egyptian National
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Railways. A rede rodoviária de veículos expandiu-se rapidamente para mais de 21 000 milhas,
consistindo de 28 linhas, 796 estações, 1 800 trens cobrindo o Vale e o Delta do Nilo, as costas
do Mediterrâneo e do Mar Vermelho, o Sinai e os oásis ocidentais.[80]
O Metrô do Cairo é o primeiro dos dois únicos sistemas completos de metrô na África e no
mundo árabe. É considerado um dos projetos recentes mais
importantes no Egito, que custou cerca de 12 bilhões de
libras egípcias. O sistema consiste em três linhas
operacionais com uma quarta linha planejada.[200][201] O
sistema transporta cerca de 4 milhões de pessoas por dia
(dados de 2013).[202]
Canal de Suez
Em 26 de agosto de 2014, foi apresentada uma proposta para a abertura de um Novo Canal do
Suez. O trabalho de expansão do canal foi concluído em julho de 2015.[208][209] O canal foi
oficialmente inaugurado com uma cerimônia com a participação de líderes estrangeiros e
militares em 6 de agosto de 2015, de acordo com os orçamentos estabelecidos para o
projeto.[210]
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Educação
A taxa de analfabetismo diminuiu desde 1995, com o
número de alfabetizados subindo de 51,4% naquele ano
para 73,8% em 2015.[211] A taxa de analfabetismo é mais
alta entre aqueles com mais de 60 anos de idade, sendo
estimada em cerca de 64,9%, enquanto o analfabetismo
entre jovens entre 15 e 24 anos de idade foi listado em
8,6%.[212]
A educação básica, que inclui seis anos de ensino primário e três anos de escola preparatória, é
um direito para crianças egípcias a partir dos seis anos de idade. Após a 9ª série, os alunos são
acompanhados em uma das duas vertentes do ensino médio: escolas gerais ou técnicas. O
ensino médio geral prepara os alunos para uma educação superior e os formandos desta fase
normalmente entram nos institutos de ensino superior com base nos resultados do Thanaweya
Amma, o vestibular egípcio. O ensino secundário técnico tem duas vertentes, uma com duração
de três anos e uma formação mais avançada com duração de cinco anos. Os graduados dessas
escolas podem ter acesso ao ensino superior com base em seus resultados no exame final, mas
isto geralmente é incomum.[214]
A Universidade do Cairo está classificada entre 401.º e 500.º de acordo com o Ranking de
Xangai[215] e de 551.º a 600.º de acordo pelo QS World University Rankings. A Universidade
Americana do Cairo é classificada como 360 de acordo com o QS World University Rankings e a
Universidade Al-Azhar, a Universidade de Alexandria e a Universidade Aine Xamece caem na
faixa dos 701+.[216]
Saúde
A expectativa de vida ao nascer no Egito era de 73,20 anos em 2011, ou 71,30 anos para homens
e 75,20 anos para mulheres. O Egito gasta 5,6% (em 2014) de seu produto interno bruto em
saúde.[217] Em 2010, os gastos com saúde representaram 4,66% do PIB do país. Em 2014, havia
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Como resultado dos esforços de modernização ao longo dos anos, o sistema de saúde do Egito
deu grandes passos adiante. O acesso a assistência médica em áreas urbanas e rurais melhorou
bastante e os programas de vacinação cobrem agora 98% da
população. A expectativa de vida aumentou de 44,8 anos na
década de 1960 para 72,12 anos em 2009. Houve um
declínio notável da taxa de mortalidade infantil (durante os
anos 1970 até 1980 a taxa de mortalidade infantil foi de 101-
132/1 000 nascidos vivos, em 2000 a taxa foi 50-60/1 000
e, em 2008, era 28-30/1 000).[219]
Cultura
O Egito é reconhecido por ser um criador de tendências
culturais no mundo da língua e da cultura árabe
contemporânea, influenciados fortemente pela literatura,
música, cinema e televisão egípcia. O país ganhou um papel
de liderança regional durante os anos de 1950 e 1960, o que
deu um novo impulso duradouro para o estatuto da cultura
egípcia no mundo árabe.[223]
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O renascimento do Egito atingiu o auge no final do século XIX e início do XX, através do
trabalho de pessoas como Muhammad Abduh, Ahmed Lutfi el-Sayed, Muhammad Loutfi
Goumah, Tawfiq el-Hakim, Louis Awad, Qasim Amin, Salama Moussa, Taha Hussein e
Mahmoud Mokhtar. Forjaram um caminho liberal para o Egito, expresso como um
compromisso com a liberdade pessoal, o secularismo e a fé na ciência para trazer progresso.[226]
Telecomunicações
A indústria de telecomunicações no Egito começou em 1854
com o lançamento da primeira linha de telegramas do país,
que conectava Cairo e Alexandria. A primeira linha
telefônica entre as duas cidades foi instalada em 1881.[227]
Artes
Os egípcios antigos foram uma das
primeiras grandes civilizações a
codificar elementos de design na arte. A
pintura de parede feita a serviço dos
faraós seguia um rígido código das
regras e significados visuais. A arte
egípcia primitiva é caracterizada pela
ausência de perspectiva linear, que
resulta em um espaço aparentemente
plano. Esses artistas costumavam criar
imagens com base no que sabiam e não
A máscara mortuária de Renascimento do Egito, por tanto no que viam. Objetos nessas obras
Tutancâmon; c. 1 327 a.C.; Mahmoud Mukhtar (1919- geralmente não diminuem de tamanho,
Museu Egípcio (Cairo). 1928), Portão da pois aumentam a distância e há pouco
Universidade do Cairo sombreamento para indicar a
profundidade. Às vezes, a distância é
indicada através do uso do espaço, onde
objetos mais distantes são desenhados mais alto que os objetos próximos, mas na mesma escala
e sem sobreposição de formas. Pessoas e objetos quase sempre são desenhados de perfil.[232]
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A pintura alcançou sua grande altura na XVII dinastia durante os reinados dos faraós
Tutemés IV e Amenófis III.[233] Os primeiros artistas egípcios tinham um sistema para manter
as dimensões dentro da arte. Eles usaram um sistema de grade que permitiu que eles criassem
uma versão menor do trabalho artístico e, em seguida, ampliavam o design com base na
representação proporcional em uma grade maior.[232]
A arte egípcia moderna e contemporânea pode ser tão diversa quanto qualquer obra da cena
artística mundial. Alguns nomes conhecidos incluem Mahmoud Mokhtar, Abdel Hadi Al Gazzar,
Farouk Hosny, Gazbia Sirry, Kamal Amin, Hussein El Gebaly, Amer Sawsan e muitos outros.
Muitos artistas no Egito assumiram a mídia moderna, como a arte digital. Também tem havido
uma tendência a usar a World Wide Web como uma saída alternativa para artistas e há uma
forte comunidade de Internet focada em arte em grupos que encontraram sua origem comum
no Egito.[234]
Literatura e cinema
A literatura egípcia traça
seus primórdios ao Antigo
Egito e é uma das primeiras
literaturas conhecidas. De
fato, os egípcios foram a
primeira cultura a
desenvolver a literatura
como a conhecemos hoje,
isto é, o livro.[235] É um
Naguib Mahfouz, o primeiro Cartaz do filme egípcio Berlanti (1944)
elemento cultural importante
árabe a ganhar um Prêmio
na vida do Egito.
Nobel de Literatura
Romancistas e poetas
egípcios estiveram entre os
primeiros a experimentar estilos modernos de literatura árabe e as formas que desenvolveram
foram amplamente imitadas em todo o Oriente Médio.[236]
O primeiro romance egípcio moderno, Zaynab, de Muhammad Husayn Haykal, foi publicado
em 1913 no vernáculo egípcio.[237] Escritores egípcios incluem Nawal al-Sa'dawi, conhecida por
seu ativismo feminista, e Alifa Rifaat, que também escreve sobre mulheres e tradição. A poesia
vernacular é talvez o gênero literário mais popular entre os egípcios, representado pelas obras
de Ahmed Fouad Negm (Fagumi), Salah Jaheen e Abdel Rahman el-Abnudi. O romancista
egípcio Naguib Mahfouz foi o primeiro escritor de língua árabe a ganhar o Prêmio Nobel de
Literatura.[238]
O cinema egípcio tornou-se uma força regional com a chegada do som. Em 1936, o Studio Misr,
financiado pelo industrial Talaat Harb, emergiu como o principal estúdio egípcio, um papel que
a empresa manteve por três décadas.[239] Por mais de 100 anos, mais de 4 000 filmes foram
produzidos no Egito, três quartos da produção árabe total. O Egito é considerado o país líder no
campo do cinema no Oriente Médio. Atores de todo o mundo árabe procuram aparecer no
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cinema egípcio por causa da fama. O Festival Internacional de Cinema do Cairo foi classificado
como um dos 11 festivais de primeira classe em todo o mundo pela Federação Internacional de
Associações de Produtores Cinematográficos.[240]
Música e dança
A música egípcia é uma rica mistura de elementos
indígenas, mediterrâneos, africanos e ocidentais. Tem sido
parte integrante da cultura egípcia desde a antiguidade. Os
antigos egípcios creditaram a um de seus deuses Hator a
invenção da música, que Osíris, por sua vez, usou como
parte de seu esforço para civilizar o mundo. Os egípcios
usavam instrumentos musicais desde então.[241]
Museus
O Egito é o berço de uma das civilizações mais antigas do
mundo e tem estado em contato com muitas outras
civilizações e nações e passou por tantas eras, desde a pré-
história até a era moderna, passando por tantas domínios
de faraós, romanos, gregos, islâmicos e muitos outros
povos. Devido a essa grande variação de épocas, o contato
contínuo com outras nações e o grande número de conflitos
pelo qual o Egito passou, vários museus podem ser
Grande Museu Egípcio, que será
encontrados no país, cobrindo principalmente uma ampla
completamente inaugurado em 2020
área dessas idades e conflitos.[245][246]
O Grande Museu Egípcio (GEM), também conhecido como Museu de Gizé, é um museu em
construção que abrigará a maior coleção de artefatos egípcios antigos do mundo, sendo descrito
como o maior museu arqueológico do mundo.[247] O museu será inaugurado em 2020, será
instalado em um terreno de 50 hectares a aproximadamente dois quilômetros da Necrópole de
Gizé e faz parte de um novo plano diretor do planalto.[248]
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Culinária
A culinária egípcia é particularmente propícia às dietas
vegetarianas, pois depende muito de leguminosas e vegetais
em geral. Embora a comida em Alexandria e no litoral do
Egito tenda a usar uma grande quantidade de peixe e outros
frutos do mar, a maior parte da culinária egípcia é baseada
em alimentos que crescem fora do solo. A carne tem sido
um recurso muito caro para a maioria dos egípcios ao longo
da história, então um grande número de pratos
vegetarianos foi desenvolvido.[249] Kushari, um dos pratos nacionais do
Egito
Alguns consideram kushari (uma mistura de arroz, lentilhas
e macarrão) como o prato nacional. Cebolas fritas também podem ser adicionadas ao kushari.
Além disso, ful medames (fava amassada) são um dos pratos mais populares. O feijão-fava
também é usado na fabricação de falafel (também conhecido como ta'miya), que pode ter se
originado no Egito e se espalhado para outras partes do Oriente Médio. Alho frito com coentro é
adicionado ao molokhiya, uma popular sopa verde feita de folhas de juta finamente picadas, às
vezes com frango ou coelho.[249]
Esportes
O futebol é o esporte nacional mais popular do Egito. O
Dérbi do Cairo é um dos mais ferozes da África e a BBC o
escolheu como um dos sete clássicos mais difíceis do
mundo.[250] O Al Ahly é o clube de maior sucesso do
século XX no continente africano, de acordo com a
Confederação Africana de Futebol, seguido de perto por seu
rival Zamalek SC. Eles são conhecidos como o "Clube
Africano do Século". Com vinte títulos, o Al Ahly é
atualmente o clube mais bem sucedido do mundo em
Torcida da seleção nacional de
termos de troféus internacionais, superando o italiano A.C.
futebol no Estádio Internacional do
Cairo. Milan e o argentino Boca Juniors, ambos com dezoito.[251]
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Campeonato Africano de Handebol Masculino, sendo o melhor time da África. Além disso,
também participou dos Jogos do Mediterrâneo em 2013, o Campeonato Mundial de Handebol
da Praia em 2004 e os Jogos Olímpicos de Verão da Juventude em 2010. Entre todos os países
africanos, o time de basquete nacional do Egito detém o recorde de melhor desempenho na
Copa do Mundo de Basquete e nos Jogos Olímpicos de Verão.[253][254]
Ver também
Lista de países
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Ligações externas
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BBC News
Egito (http://www.africa.com/egypt/) no Africa.com
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