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SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REV.

DENOEL NICODEMOS ELLER

RÔMULO HORA SOARES

RESENHA DO LIVRO: MISSÕES: O DESAFIO CONTINUA

Belo Horizonte
2019
O livro “Missões: O desafio continua” foi escrito pelo Missionário Reverendo Ronaldo
Lidório, nele, por meio de exemplos das suas marcantes experiências no campo
missionário, bem como com seu conteúdo estudado na missiologia, a partir de uma
visão bíblica, o autor apresenta para a igreja, importantes reflexões sobre o desafio
missionário que existe para a Igreja do Senhor Jesus. Desta forma, o livro foi
dividido em uma Introdução, 5 capítulos e uma Conclusão, cada parte com
conceituações e ilustrações que nos exortam a nos envolvermos mais no
empreendimento missionário.

Na Introdução, Lidório ressalta que apenas conhecendo a Deus verdadeiramente e


desenvolvendo um relacionamento com ele, que conseguiremos compreender de
fato qual a obra que ele possui para a Igreja do Senhor Jesus realizar. O autor
destaca que ainda existem 2.000 povos ainda não alcançados, sendo estes aqueles
que mais ofereceram, ao longo do século, o maior índice de resistência ao
evangelho.

No capítulo 1, é proposto ao leitor uma conceituação do termo missões. Lidório


aborda sobre as diferentes ênfases missionárias, surgidas a partir da década de 70,
período em que a missiologia era pragmática e localizada, baseada na poimênica.
Nos anos 80, a partir de uma ênfase no estudo do campo missionário surgiu as
siglas conhecidas como “PNAs” (Povos não alcançados), o nome janela 10/40, entre
outros. E nos anos 90, ficaram-se evidentes as fragilidades daqueles que se
dispuseram ir aos PNAs, no fato de não contextualizarem e não preparem igrejas
autóctones entre eles. Destacando que no início do Milênio, no Brasil, há mais
escritos teóricos do que prática missionária. Diante disso, ele definiu missões como:
a santidade constrangendo e impulsionando vida a investirem tudo para cumprir o
propósito do coração de Deus: impactar o mundo com o evangelho de
transformação, criando um povo novo na Terra, para a Glória do Senhor.

No capítulo 2, Lidório destaca que a Igreja precisa sair de suas fronteiras, afirmando
que Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da Terra representavam mais do
que apenas barreiras geográficas. Ele discute sobre o perigo de se avaliar
manifestações culturais de forma equivocada, mostrando que nem tudo é religioso,
porém sem desconsiderar que de fato existem algumas práticas que são
demoníacas. Além disso, é ressaltado que estamos em uma batalha espiritual contra
Satanás, e que precisamos confiar no senhorio de Deus sobre todas as coisas, pois
o Senhor Jesus já venceu esta batalha na Cruz e tem os seus em cada cultura, onde
devemos ser sal e luz para transformação de vidas.

No capítulo 3, o autor mostra o exemplo da Igreja de Atos, que ao receber a virtude


da descida do Espírito Santo, transtornava o mundo por onde passava, sendo uma
igreja visionária. Lidório afirma que a igreja vivenciava a teologia de que o “morrer é
Cristo” e que isso fazia total diferença. Desta forma, o livro de Atos é para nós uma
prova de que a intenção de Deus era estabelecer uma igreja forte que era além-
fronteiras. Lidório conta ao final deste capítulo uma tremenda experiência que teve
onde Deus interviu diante da enfermidade de uma criança de uma tribo sem contato
com o evangelho, revelando-nos que Deus é o todo poderoso que atua segundo a
sua vontade.

No capítulo 4, Lidório inicia uma discussão sobre a construção de pontes para a


obra missionária, realizando uma reflexão sobre quanto custa alcançar um povo,
para calcularmos corretamente antes de enviarmos nossos obreiros ao campo.
Posteriormente, ele relata uma marcante experiência no campo da Bolívia, onde
sofreu represália por pregar o evangelho. E termina exortando a lembrarmos antes
de se realizar uma obra missionária devemos nos atentar para a palavra encontrada
em Lucas 14:21.

O Capítulo 5, apresenta a abrangência da missão que é alcançar até o último povo


perdido da Terra. Diante disso, é ressaltado que a Igreja é um povo comprado para
Deus que se expande transculturalmente concomitantemente com a obra de
evangelização local, sabendo que sobre ela pesa a palavra do apóstolo Paulo: “ai de
mim”. O livro conclui com a história de um homem que se dedicou com a
evangelização dos Esquimós e nos desafia a continuarmos a obra missionária, pois
existem muitos campos a serem alcançados ainda.

Portanto, Missões, o desafio continua é um livro encantador em que concordo


integralmente e recomendo a outros irmãos, pois ele está fundamentando nas
sagradas Escrituras e muito contribui para o entendimento da responsabilidade da
Igreja de se envolver na obra missionária. Além disso, para os vocacionados de
forma especial é um livro que nos exorta e nos desperta de nossa letargia espiritual
para trabalharmos com maior diligência em obediência ao nosso Senhor Jesus.
Referência:

LIDÓRIO, Ronaldo. Missões: O Desafio continua / Ronaldo Lidório; revisão de


Ângela Mara. – Belo Horizonte: Betânia,2003.

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