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Foi nesta UFCD que percebi pela primeira vez a enorme distância desta formação de Técnico
de Geriatria, das 2 anteriores que eu fiz, Ajudante Familiar e de Apoio à Comunidade e Auxiliar
de Saúde.
Portanto não é de admirar que para mim fosse tudo novo, na verdade, de todos os conteúdos,
só quando tive de falar da Ética, na UFCD 8902, é que me achei em terreno mais familiar,
devido a ser um tema de estudo bastante querido a mim, mas essa era apenas uma das
perguntas do trabalho, o resto focou-se particularmente nos idosos.
Logo no 1º trabalho que a Dra. Maria João nos deu, sobre o envelhecimento demográfico em
Portugal, suas causas e efeitos na sociedade, fiquei espantado como nada sabia sobre isso,
apesar de ter estagiado em 2 Lares de Idosos e ter trabalhado num deles. É claro que a prática
não substitui o conhecimento científico, em todos os trabalhos desta UFCD encontrei sempre
informação a reter, para no futuro estar mais bem preparado para atender às necessidades e
particularidades dos idosos.
Aprendi que a GNR faz o “Censos Sénior” com periodicidade, o último é de 2017, o que me
maravilhou, pois embora sabendo que era uma das forças policiais mais envolvida com os
idosos, no seu campo de ação, fora das cidades, não imaginava que recolhiam dados e faziam
estudos sobre os idosos. Também nesse estudo sobre o envelhecimento demográfico fiquei a
saber que significativa parte dos idosos ainda trabalha e se mantém ativos na sociedade
portuguesa, e que muitos o fazem por gosto e vontade, e não por dinheiro. Tinha algum
conhecimento prático sobre o tratamento dos idosos em Portugal, mas fiquei a saber que
algumas “maçãs podres” não contaminam o cesto todo, no que diz respeito aos Lares de
idosos, e que na verdade as coisas têm melhorado com a fiscalização mais apertada, depois
das muitas denúncias e casos na comunicação social, e que há razões para sermos um pouco
mais otimistas.
O estudo dos preconceitos sobre o idoso permitiu-me saber que existiam à escala mundial e
com grandes variações de cultura para cultura, havendo culturas onde, em vez de
preconceitos, há um grande respeito e valorização dos idosos.
O facto de que o indivíduo tem 3 idades, biológica, psicológica e social, o conceito de “Life
Span” e o descrever a velhice não sempre como um declínio, mas sim como mais uma fase de
desenvolvimento, é positivo e importante. O objetivo de a Gerontologia ser o melhorar das
condições de vida dos idosos, a abrangência da Geriatria em todas as componentes do
envelhecimento, foram aprendizagens muito úteis e reveladoras.
Finalmente o pequeno texto que criamos, com base nos cubos de imagens, foi para mim
delicioso, já que adoro letras, línguas estrangeiras, e tanto assim que fui criador de prosa em
pequenos contos e poesia (esta muitas vezes improvisada no momento), que foram hobbies
muito importantes para mim, dos 12 anos aos 37.
O método da Dra. Maria João, que é muito universitário (e ainda bem!), de nos fazer procurar
informação na Internet, e de trabalharmos por nós próprios em cada assunto da UFCD, ficou,
portanto, bem interiorizado em mim, e é muito superior ao da 1ª formação de 2014, de
Ajudante Familiar, em que as formadoras tinham de nos fornecer todos os papéis relevantes.
Fique certa de que eu estou a ser absolutamente sincero pois nunca “dou graxa”, acho que é
hipocrisia, e de que fico grato por tudo o que aprendi e por todo o trabalho que nos deu.
Rogério Paulo Martins Pereira ID: 990135@formacao.iefp.pt