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Resumo Reflexivo da UFCD 8899

No início da formação os 4 grandes objetivos de estudo, propostos ao formando foram:

• Descrever o ciclo de vida, de acordo com os factos marcantes de cada fase/etapa.

• Reconhecer a evolução do envelhecimento demográfico a nível mundial e em Portugal,


bem como os aspetos inerentes ao mesmo.

• Identificar os estereótipos, mitos e representações sociais, associados à população


idosa.

• Enumerar as barreiras e facilitadores da atitude, na relação com os idosos, bem como


os seus ajustamentos psicossociais.

Foi nesta UFCD que percebi pela primeira vez a enorme distância desta formação de Técnico
de Geriatria, das 2 anteriores que eu fiz, Ajudante Familiar e de Apoio à Comunidade e Auxiliar
de Saúde.

A de Ajudante Familiar falou de idosos, mas também de crianças, sem o pormenor ou a


qualidade desta formação. A de Auxiliar de Saúde também foi mais generalizada, tendo em
atenção que um auxiliar de saúde pode, por exemplo, trabalhar num hospital, com utentes de
todas as idades. Tenho uma colega da formação de ajudante familiar a trabalhar num
infantário de uma IPSS e outra no Hospital de S. João, como auxiliar de saúde.

Portanto não é de admirar que para mim fosse tudo novo, na verdade, de todos os conteúdos,
só quando tive de falar da Ética, na UFCD 8902, é que me achei em terreno mais familiar,
devido a ser um tema de estudo bastante querido a mim, mas essa era apenas uma das
perguntas do trabalho, o resto focou-se particularmente nos idosos.

Logo no 1º trabalho que a Dra. Maria João nos deu, sobre o envelhecimento demográfico em
Portugal, suas causas e efeitos na sociedade, fiquei espantado como nada sabia sobre isso,
apesar de ter estagiado em 2 Lares de Idosos e ter trabalhado num deles. É claro que a prática
não substitui o conhecimento científico, em todos os trabalhos desta UFCD encontrei sempre
informação a reter, para no futuro estar mais bem preparado para atender às necessidades e
particularidades dos idosos.

Aprendi que a GNR faz o “Censos Sénior” com periodicidade, o último é de 2017, o que me
maravilhou, pois embora sabendo que era uma das forças policiais mais envolvida com os
idosos, no seu campo de ação, fora das cidades, não imaginava que recolhiam dados e faziam
estudos sobre os idosos. Também nesse estudo sobre o envelhecimento demográfico fiquei a
saber que significativa parte dos idosos ainda trabalha e se mantém ativos na sociedade
portuguesa, e que muitos o fazem por gosto e vontade, e não por dinheiro. Tinha algum
conhecimento prático sobre o tratamento dos idosos em Portugal, mas fiquei a saber que
algumas “maçãs podres” não contaminam o cesto todo, no que diz respeito aos Lares de
idosos, e que na verdade as coisas têm melhorado com a fiscalização mais apertada, depois
das muitas denúncias e casos na comunicação social, e que há razões para sermos um pouco
mais otimistas.

Nos tipos de envelhecimento, pude estudar as 2 grandes teorias, a estocástica e a


determinista, sendo que, devido ao meu grande interesse pela Genética, sabia alguma coisa
sobre as 2 teorias e mantive a minha posição que a parte da estocástica que postula que há
danos e reparações constantes do ADN ao longo da nossa vida, está correta, mas que por
outro lado a visão determinista de que há um programa genético que é um relógio biológico
interno, e que o máximo tempo de vida humana é de +/- 120 anos está também correta por
agora, pois acredito que com o progresso das ciências genéticas, será um dia possível
modificar o programa, modificando as sequências genéticas relevantes para este relógio
biológico. Penso que um dia as duas teorias serão unificadas numa só. No entanto, intrigado
pela teoria contemporânea de Baltes, fui estudá-la na Internet e encontrei, num blog de
Mariana Miranda, mais informação:
https://marianamiranda16.wordpress.com/2016/09/07/perspectiva-lifespan-de-paul-
baltes/#:~:text=Uma%20das%20teorias%20de%20desenvolvimento%20%C3%A9%20a
%20Perspectiva,como%20irrevers%C3%ADveis%20e%20unidirecionais.%20A%20lifespan%2C
%20ao%20contr%C3%A1rio%2C.

O estudo dos preconceitos sobre o idoso permitiu-me saber que existiam à escala mundial e
com grandes variações de cultura para cultura, havendo culturas onde, em vez de
preconceitos, há um grande respeito e valorização dos idosos.

O seu PDF sobre o processo de envelhecimento humano, Gerontologia e Geriatria foi


particularmente útil, pois sobre isso só tinha umas noções básicas, aliás a 1ª vez que ouvi o
termo “gerontólogo” foi no Lar de idosos onde trabalhei, porque o seu diretor era
precisamente um Gerontólogo, com formação superior.

O facto de que o indivíduo tem 3 idades, biológica, psicológica e social, o conceito de “Life
Span” e o descrever a velhice não sempre como um declínio, mas sim como mais uma fase de
desenvolvimento, é positivo e importante. O objetivo de a Gerontologia ser o melhorar das
condições de vida dos idosos, a abrangência da Geriatria em todas as componentes do
envelhecimento, foram aprendizagens muito úteis e reveladoras.

Gostei muito do estudo sobre a pirâmide de Maslow e o seu relacionamento com o


envelhecimento humano, pois foi um estudo que ficou “em aberto” para mim, e que vou
continuar a acompanhar online, já que a pirâmide das necessidades e o que aprendi sobre a
troca de certas prioridades básicas, em favor de necessidades mais secundárias, permite-me
perceber que cada idoso é um caso individual, vejo desde já que no meu futuro trabalho me
lembrarei todos os dias da pirâmide de Maslow, e que aplicarei os conhecimentos aprendidos
a cada caso, nunca generalizando.

Finalmente o pequeno texto que criamos, com base nos cubos de imagens, foi para mim
delicioso, já que adoro letras, línguas estrangeiras, e tanto assim que fui criador de prosa em
pequenos contos e poesia (esta muitas vezes improvisada no momento), que foram hobbies
muito importantes para mim, dos 12 anos aos 37.

O método da Dra. Maria João, que é muito universitário (e ainda bem!), de nos fazer procurar
informação na Internet, e de trabalharmos por nós próprios em cada assunto da UFCD, ficou,
portanto, bem interiorizado em mim, e é muito superior ao da 1ª formação de 2014, de
Ajudante Familiar, em que as formadoras tinham de nos fornecer todos os papéis relevantes.

Fique certa de que eu estou a ser absolutamente sincero pois nunca “dou graxa”, acho que é
hipocrisia, e de que fico grato por tudo o que aprendi e por todo o trabalho que nos deu.
Rogério Paulo Martins Pereira ID: 990135@formacao.iefp.pt

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