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RACIOCÍNIO LÓGICO PARA CONCURSOS

| Módulo Completo / Prof. Pedro Evaristo


OS: 0020/3/19-Gil

CONCURSO:

ASSUNTO: RACIOCÍNIO LÓGICO

CAPÍTULO 1
TEORIA DOS CONJUNTOS
Podemos dizer que um conjunto é sem dúvida um dos conceitos mais básicos da matemática, sendo dessa forma o
elemento principal da teoria dos conjuntos.
Basicamente, um conjunto é uma coleção de elementos, ou seja, dados agrupados que não levam em conspiração a
ordem. A relação básica entre um objeto e o conjunto é a relação de pertinência: quando um objeto x é um dos elementos
de um conjunto A, podemos dizer que x pertence ao conjunto A.
Como veremos a segui, além de relacionarmos elemento e conjunto, também é fundamental relacionar conjuntos
entre si.

NOMENCLATURA BÁSICA
 - conjunto vazio;
 - símbolo de união entre dois conjuntos;
 - símbolo de intersecção entre dois conjuntos;
 - símbolo de pertinência entre elemento e conjunto
 - símbolo de inclusão entre dois conjuntos;
 - para todo ou qualquer que seja;
 - existe pelo menos um.
R - conjunto dos números reais;
Q - conjunto dos números racionais;
Z - conjunto dos números inteiros;
N - conjunto dos números naturais;

QUANTIFICADORES

São elementos que transformam as sentenças abertas em proposições.


Eles são utilizados para indicar a quantidade de valores que a variável de uma sentença precisa assumir para que es-
ta sentença torne-se verdadeira ou falsa e assim gere uma proposição.

TIPOS DE QUANTIFICADORES
a) Quantificador existencial:
É o quantificador que indica a necessidade de “existir pelo menos um” elemento satisfazendo a proposição dada pa-
ra que esta seja considerada verdadeira.
É indicado pelo símbolo “”, que se lê “existe”, “existe um” ou “existe pelo menos um”.

EXEMPLO:
(p) xR / x  3
(q) Existe dia em que não chove.

b) Quantificador universal:
É o quantificador que indica a necessidade de termos “todos” os elementos satisfazendo a proposição dada para
que esta seja considerada verdadeira.
É indicado pelo símbolo “”, que se lê “para todo” ou “qualquer que seja”.

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EXEMPLO:
(m) xR  x  5 (Lê-se: “para todo x pertencente aos reais, tal que x é maior ou igual a 5”)
(n) Qualquer que seja o dia, não choverá.

UNIÃO (  )

União de dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que pertencem ao conjunto A, ou ao conjunto B ou a
ambos.
A B LINK:
EX.: “Pessoas que são atletas (A) ou
1o. A  B = B  A
baianos (B)”
(o “ou” não é excludente, portanto 2o A   = A
isso significa que o conjunto união 3o A  A = A
abrange os elementos que fazem 4o (A  B)  C = A  (B  C)
AB parte de pelo menos um dos con-
juntos)
5o n(A  B) = n(A) + n(B) – n(A  B)

INTERSEÇÃO (  )
Interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que pertencem ao mesmo tempo a ambos os con-
juntos dados. LINK:
A B 1o A  B = B  A
EX.: “Pessoas que são 2o A   = 
atletas (A) e são baianos 3o A  A = A
(B)”
4o (A  B)  C = A  (B  C)

AB
DIFERENÇA ( – ) ou COMPLEMENTAR
Diferença entre os conjuntos A e B, nesta ordem, é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A,
porém, não pertencem a B. O conjunto A – B também é chamado de complementar de B e em A, pois é o que
falta para B completar o conjunto A.
A B
EX.: “Pessoas que são atletas
(A), mas não são baianos (B)”

A–B
COMPLEMENTAR EM RELAÇÃO AO UNIVERSO
O complementar de A, é o conjunto de todos os elementos do conjunto universo que não pertencem ao con-
junto A.
A B EX.: “Pessoas que não são
atletas (A)”
(Dentre todos os envolvidos,
podendo ser, ou não, baianos)

CA = A

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DIFERENÇA ENTRE UNIÃO E INTERSEÇÃO


A diferença o conjunto união e o conjunto interseção de A e B, resulta nos elemento que pertencem a somente
um desses conjuntos, ou seja, pertencem somente ao conjunto A, ou somente ao conjunto B.

A B EX.: “Pessoas que ou são atletas


(A), ou são baianos (B)”
(O “ou...ou” é excludente)

(AB) - (AB)
LINK:
Observe como representar em três diagramas, alguns termos
muito usados em provas:

EXEMPLOS
01. Dentre um grupo de N alunos, que estudam para concursos, sabe-se que:
• 40 tem aulas presenciais;
• 70 assistem vídeo-aulas;
• 20 utilizam os dois métodos;
• 10 estudam sozinhos;
Determine o total de alunos do grupo.
a) 80
b) 90
c) 100
d) 120

1ª SOLUÇÃO:
O preenchimento deve ser feito a partir do centro.
Sendo n(P  V) = 20, temos:

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Se n(P) = 40, então 20 estão somente em P.

Se n(V) = 70, então 50 estão somente em V.

Como 10 não estão nem P, nem V, temos


N = 20+20+50+10 = 100.

2ª SOLUÇÃO:
Sabendo que
n(PV) = n(P) + n(V) – n(PV)
Temos
n(PV) = 40 + 70 – 20
n(PV) = 90
Como 10 não estão nem P, nem V, temos
N = 90 + 10 = 100

02. Dentre um grupo de 100 alunos, que estudam para concursos, sabe-se que:
 40 tem aulas presenciais;
 70 assistem vídeo-aulas;
 10 estudam sozinhos, sem aulas;
Determine o número de alunos que utilizam os dois métodos.
a) 20
b) 30
c) 40
d) 50

SOLUÇÃO:
Assim como foi feito na questão anterior, o preenchimento dos diagramas deve ser feito a partir do centro, mas nesse caso, o
valor da interseção é justamente o que se pede na questão. Dessa forma, atribuiremos uma variável “x” para a interseção.
n(PV) = x
Logo, temos:

Se n(P) = 40, então 40-x estão somente em P e como

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Se n(V) = 70, então 70-x estão somente em V.

Como 10 não estão nem P, nem V, temos

Sendo o total de alunos igual a 100, temos:


40-x + x + 70-x + 10 = 100
Portanto
x = 20

(CESPE) Em um tribunal, todos os 64 técnicos administrativos falam inglês e(ou) espanhol; 42 deles falam inglês e 46 falam
espanhol.

03. Nessa situação, 24 técnicos falam inglês e espanhol.

JULGAMENTO: CERTO
Do enunciado, temos:
 n(IE) = 64
 n(I) = 42
 n(E) = 46
Sabendo que
n(IE) = n(I) + n(E) – n(IE)
então
64 = 42 + 46 – n(IE)
n(IE) = 88 – 64
n(IE) = 24

04. Podemos afirmar que 18 técnicos falam somente inglês.


JULGAMENTO: CERTO
Dos dados anteriores, temos o diagrama preenchido a partir da interseção de I e E.

I E
18 24 22

Portanto, realmente podemos afirmar que 18 falam somente inglês.

05. (IPAD) Em um país estranho sabe-se que as pessoas estão divididas em dois grupos: o grupo dos que têm uma idéia
original e o grupo dos que têm uma idéia comercializável. Sabe-se também que 60% das pessoas têm uma idéia original e
apenas 50% têm idéias comercializáveis. Podemos afirmar que:
a) 15% das pessoas têm idéias originais e comercializáveis.
b) 10% das pessoas têm idéias originais e comercializáveis.
c) 30% das pessoas têm idéias comercializáveis, mas não originais.
d) 70% das pessoas têm idéias originais e não comercializáveis.
e) 65% das pessoas têm idéias originais e não comercializáveis.

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SOLUÇÃO:
Sejam
A – grupo dos que têm uma ideia original ;
B – grupo dos que têm uma ideia comercializável;
Como todas as pessoas (100%) estão em pelo menos um dos grupos (A ou B), temos:
A B

60% – x x 50% – x

Sabendo que
n(A  B) = n(A) + n(B) – n(A  B)
100% = 60% + 50% – x
x = 10%
portanto
10% das pessoas têm ideias originais e comercializáveis
Resposta: B

CAPÍTULO 2
SENTENÇA
É uma frase declarativa (afirmativa ou negativa), podendo ser classificada como sentença aberta ou sentença fecha-
da. Quando a sentença for fechada, ganhará o nome de proposição.

 SENTENÇA ABERTA: É aquela frase declarativa na qual não é possível atribuir valor lógico (V ou F), por não termos
informações suficientes para defini-la como sendo verdadeira ou falsa.
EXEMPLO:
“X é um número par” (Pode ser VERDADEIRO ou FALSO)
“O irmão do meu irmão é meu irmão” (Pode ser VERDADEIRO ou FALSO)

 SENTENÇA FECHADA: É aquela frase declarativa que é possível atribuir a ela um valor lógico (V ou F), pois temos in-
formações suficientes para defini-la como sendo verdadeira ou falsa.
EXEMPLO:
“4 é um número par” (VERDADEIRO)
“Pelé jogou futebol no Flamengo” (FALSO)

LINK:
No Português existem vários tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido
que transmitem. Embora só nos interessem para o raciocínio lógico apenas as frases declarativas, vale a pena
distingui-las.
DECLARATIVA IMPERATIVA
Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa, podendo Contém uma ordem, um conselho ou faz um pedido, utilizan-
ser afirmativas ou negativas. do o verbo no modo imperativo.
“Fortaleza é uma cidade grande.” (AFIRMATIVA) “Vá estudar agora!” (ORDEM)
“Salvador não é a capital do Brasil.” (NEGATIVA) “Por favor, vá estudar.” (PEDIDO)

INTERROGATIVA OPTATIVA
São aquelas que exprimem uma pergunta, podendo ser Essa classificação menos conhecida, ocorre quando se expri-
divididas em direta ou indireta. me um bom desejo.
“Quantos anos você tem?” (DIRETA) “Vá com Deus!”
“Diga qual é a sua idade.” (INDIRETA) “Tenha um dia feliz.”

EXCLAMATIVA IMPRECATIVA
São frases que exprimem uma emoção, apresentando entoa- Ainda menos conhecida que a optativa, esse tipo de frase
ção ligeiramente prolongada. exprime um mau desejo.
“Que prova difícil!” (ADMIRAÇÃO) “Vai te lascar!”
“Você aqui na cidade?!” (SURPRESA) “Eu quero mais é que ela morra!”

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PROPOSIÇÃO SIMPLES
É uma sentença fechada, pois a ela pode ser atribuído um valor lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
EXEMPLO:
A: “Fortaleza é a capital do Ceará” (VERDADE)
B: “O Brasil é um país da Europa” (FALSO)

EQUIVALÊNCIA
Duas proposições são ditas equivalentes, quando possuem sempre o mesmo valor lógico, ou seja, di-
zemos que A equivale a B, no caso de A ser verdade, B também é verdade, assim como se A é falso, B também
é falso. Além disso, temos que A implica em B e que B implica em A ao mesmo tempo.
EXEMPLO:
A: “João é culpado”
B: “João não é inocente”

NEGAÇÃO
Uma proposição é a negação de outra, quando sempre possui valor lógico contrário, ou seja, dizemos
que A é negação de B, se A é verdade, então B é falso e se A é falso, então B é verdade.
EXEMPLO:
AFIRMAÇÕES: NEGAÇÕES:
A: “Fortaleza é a capital do Ceará” (VERDADE) ~A: “Fortaleza não é a capital do Ceará” (FALSO)
B: “O Brasil é um país da Europa” (FALSO) ~B: “O Brasil não é um país da Europa” (VERDADE)

TAUTOLOGIA
Dizemos que uma proposição composta é uma tautologia quando é inevitavelmente verdadeira, ou seja, quando
tem sempre o valor lógico verdadeiro independentemente dos valores lógicos das proposições simples usadas na sua elabo-
ração.
EXEMPLO:
“Ou Daniel é culpado, ou ele é inocente” (Obrigatoriamente VERDADEIRO)

CONTRADIÇÃO
Dizemos que uma proposição composta é uma contradição quando é inevitavelmente falsa, ou seja, quando tem
sempre o valor lógico falso independentemente dos valores lógicos das proposições simples usadas na sua elaboração.
EXEMPLO:
“Maria é culpada, mas é inocente” (Obrigatoriamente FALSO)

CONTINGÊNCIA
Dizemos que uma proposição composta é uma contingência quando depende do contingente de proposições sim-
ples para poder ser V ou F, ou seja, a contingência pode ter os valores lógico verdadeiro ou falso.
EXEMPLO:
“Renato nasceu em Fortaleza ou nasceu em Natal” (Pode ser VERDADEIRO ou FALSO)

LINK:
CUIDADO!
Existe uma tênue diferença entre “Algum” e “Nem todos”, por isso é
bom prestar atenção.

ALGUM
Significa que pelo menos um, mas pode até ser que todos.

NEM TODOS
Significa que pelo menos um, mas não todos.

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DIAGRAMAS LÓGICOS

Devemos representar proposições simples através de diagramas, sobretudo aquelas que apresentam pronomes indefinidos,
tais como: “Nenhum”, “Algum” ou “Todo”.

NENHUM (~)

Não existe interseção entre os conjuntos. Por exemplo, ao dizer que “nenhum A é B”, garante-se que não existe um elemen-
to de A que também esteja em B. Sendo a recíproca verdadeira, ou seja, “nenhum B é A”.

EX.: EQUIVALÊNCIAS:
A: “Nenhum advogado é bancário” A: “Não existe advogado que seja bancário”
A: “Todo advogado não é bancário”
A: “Se ele é advogado, então não é bancário”

ADVOGADOS BANCÁRIOS
NEGAÇÕES:
~A: “Não é verdade que nenhum advogado é bancário”
~A: “Existe pelo menos um advogado que é bancário”
~A: “Algum advogado é bancário”

ALGUM ()

Existe pelo menos um elemento na interseção entre os conjuntos, mas não necessariamente todos. Por exemplo, ao dizer
que “algum A é B”, garante-se que existe pelo menos um elemento de A que também esteja em B. Sendo a recíproca verda-
deira, ou seja, “algum B é A”.

EX.:
B: “Algum advogado é bancário”
EQUIVALÊNCIAS:
B: “Pelo menos um advogado é bancário”
B: “Existe advogado que é bancário”
B: “Há um advogado que seja bancário”

ADVOGADOS BANCÁRIOS

NEGAÇÕES:
~B: “Não é verdade que algum advogado é bancário”
~B: “Não existe um advogado que seja bancário”
~B: “Nenhum advogado é bancário”

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TODO ()

Um dos conjuntos é subconjunto do outro. Por exemplo, ao dizer que “todo A é B”, garante-se que se um elemento está em
A, então ele também está em B, mas não necessariamente se está em B também estará em A.

EX.:
C: “Todo advogado e bancário” EQUIVALÊNCIAS:
C: “Nenhum advogado não é bancário”
C: “Não existe advogado que não seja bancário”
C: “Se ele é advogado, então é bancário”

ADVOGADOS BANCÁRIOS
NEGAÇÕES:
~C: “Não é verdade que todo advogado é bancário”
~C: “Existe pelo menos um advogado que não é bancário”
~C: “Algum advogado não é bancário”

EXEMPLOS

01. Considere que os argumentos são verdadeiros:


 Todo comilão é gordinho;
 Todo guloso é comilão;
Com base nesses argumentos, é correto afirmar que:
a) Todo gordinho é guloso.
b) Todo comilão não é guloso.
c) Pode existir gordinho que não é guloso.
d) Existem gulosos que não são comilões.
e) Pode existir guloso que não é gordinho.

SOLUÇÃO:
Do enunciado temos os conjuntos:
GULOSO
COMILÃO
GORDINHO

Portanto, podemos concluir que pode existir gordinho que não seja guloso.

02. (IPAD) Supondo que “todos os cientistas são objetivos e que alguns filósofos também o são”, podemos logicamente
concluir que:
a) não pode haver cientista filósofo.
b) algum filósofo é cientista.
c) se algum filósofo é cientista, então ele é objetivo.
d) alguns cientistas não são filósofos.
e) nenhum filósofo é objetivo.

SOLUÇÃO:

Dadas as premissas:
A: “todos os cientistas são objetivos”
B: “alguns filósofos são objetivos”

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Sejam
O – Objetivos
C – Cientistas
F – Filósofos
Do enunciado, para satisfazer as premissas A e B, temos os seguintes diagramas possíveis:
1o F C 2o F C 3o F C

O O O
Dessa forma, temos que “se algum filósofo é cientista” ele fica de acordo com o 2º ou 3º diagrama, o que implica necessari-
amente que “esse filósofo será objetivo”, pois “todo cientista é objetivo”.
Resposta: C

03. (IPAD) Supondo que cronópios e famas existem e que nem todos os cronópios são famas, podemos concluir logicamente
que:
a) nenhum cronópio é fama.
b) não existe cronópio que seja fama.
c) todos os cronópios são famas.
d) nenhum fama é cronópio.
e) algum cronópio não é fama.

SOLUÇÃO:
Dada a premissa:
A: “Nem todos os cronópios são famas”
Sejam
C – Cronópios
F – Famas
Do enunciado, para satisfazer a premissa A, temos os seguintes diagramas possíveis:
1o F C 2o F C

Podemos concluir que “Se nem todo cronópio é fama, então necessariamente existe pelo menos um cronópio que não é
fama”.
Resposta: E

04. É verdade que "Alguns A são R" e que "nenhum G é R" então é necessariamente verdade que:
a) Alguns A não é G.
b) Algum A é G.
c) Nenhum A é G.
d) Algum G é A.
e) Nenhum G é A.

SOLUÇÃO:
Sabe-se que todos os A que também são R, não podem ser G, pois nenhum G é R, então existem alguns A que nunca serão G.
Resposta: A

OBS.:
Os outros itens estão errados por que podem ser verdade ou não, dependendo de como for o diagrama. Mas como não se
pode garantir que G e A têm interseção ou não, nada se pode afirmar.

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05. Através de uma pesquisa, descobriu-se que “nenhum politico é honesto” e que “alguns advogados são honestos”. Dessa
forma, aponte o único item errado.
a) É possível que alguns politicos sejam advogados.
b) Alguns advogados não são politicos.
c) É impossível que algum advogado seja político.
d) Há possibilidade de que nenhum politico seja advogado.
e) Pode ou não haver advogado político.

SOLUÇÃO:
Do enunciado temos os possíveis diagramas, que satisfazem as condições impostas:
P H P H
1o 2o

A A
Cuidado! Não podemos afirmar que “existe A que é P”, nem tão pouco dizer que “não existe A que é P”. O fato é que pode ou
não existir A que seja P, ou seja, podemos até afirmar que “é possível existir um A que seja P”, ou ainda, “é possível que não
exista A que seja P”. Então, será errado dizer que “é impossível que um A seja P”.
Resposta: C

LINK:
CERTEZA
100% de chance de acontecer o fato.
PROVÁVEL
Possível e com grande chance de acontecer.
POSSÍVEL
Existe alguma chance de acontecer, seja pequena, média ou grande.
IMPROVÁVEL
Possível, mas com pequena chance de acontecer.
IMPOSSÍVEL
0% de chance de acontecer o fato.

EXERCÍCIOS
01. Qual a negação da proposição “Alguma lâmpada está acesa”?
a) Alguma lâmpada não está acesa.
b) Nenhuma lâmpada não está acesa.
c) Nenhuma lâmpada está apagada.
d) Todas as lâmpadas estão apagadas.

02. Aponte a negação de “Nenhuma cadeira está quebrada”.


a) Todas as cadeiras estão quebradas.
b) Todas as cadeiras estão concertadas.
c) Alguma cadeira está quebrada.
d) Alguma cadeira não está quebrada.

03. Qual das proposições a seguir é necessariamente verdadeira, sempre que a proposição P: “Nenhuma porta
está aberta” for falsa?
a) Todas as portas estão fechadas.
b) Todas as portas estão abertas.
c) Alguma porta está aberta.
d) Alguma porta está fechada.

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04. Dadas as proposições:


I – Toda mulher é boa motorista.
II – Nenhum homem é bom motorista.
III – Todos os homens são maus motoristas.
IV – Pelo menos um homem é mau motorista.
V – Todos os homens são bons motoristas.
A negação da proposição (V) é:
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V

05. Qual é negação da sentença "Os três filhos de Fábio são advogados"?
a) Nenhum dos três filhos de Fábio são advogados.
b) Pelos menos um dos três filhos de Fábio não é advogado.
c) Algum dos três filhos de Fábio é advogado.
d) Todos os filhos de Fábio são advogados.
e) Todos os três filhos de Fábio não são advogados.

06. Das premissas:


A: “Nenhum herói é covarde”
B: “Alguns soldados são covardes”
Pode-se corretamente concluir que:
a) Alguns heróis são soldados
b) Alguns soldados são heróis
c) Nenhum herói é soldado
d) Nenhum soldado é herói
e) Alguns soldados não são heróis

07. Supondo que “todos os alunos são inteligentes” e que “Nem todos os filósofos também são inteligentes”, po-
demos logicamente concluir que:
a) não pode haver aluno filósofo.
b) algum filósofo é aluno.
c) nenhum filósofo é inteligente.
d) alguns alunos não são filósofos.
e) se algum filósofo é aluno, então ele é inteligente.

08. Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, também, que todo B é C. Disto resulta que:
a) Algum A não é C
b) Todo A é C
c) Algum A é C
d) Todo C é B.

(AOCP) Em uma sala, estão reunidos treze militares de um batalhão. Em relação a esses treze militares que estão
reunidos, julgue os itens.

09. Podemos, com certeza, afirmar que pelo menos dois fazem aniversário no mesmo mês.
( ) CERTO
( ) ERRADO

10. Pelo menos dois militares fazem aniversário no mesmo dia.


( ) CERTO
( ) ERRADO

(CESPE) Com relação à lógica formal, julgue os itens subsequentes.

11. A negação de “Algum vela está acesa” é a sentença “Todas as velas estão apagadas”.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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12. Se a afirmativa “Todos os alunos estão de preto” for considerada falsa (F), então a afirmativa “Pelo menos um
aluno não está de preto” tem de ser considerada verdadeira (V).
( ) CERTO
( ) ERRADO

13. A negação da proposição “Nenhum aluno tem moto” é a proposição “Algum aluno tem moto”.
( ) CERTO
( ) ERRADO

14. A negação da proposição “Todos passam no concurso” é “Ninguém passa no concurso”.


( ) CERTO
( ) ERRADO

(CESPE) Com relação à lógica formal, julgue os itens subsequentes.

15. Se a afirmativa “Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança” for considerada falsa, então
a afirmativa “Nenhum cidadão brasileiro têm garantido o direito de herança” tem de ser considerada verdadeira.
( ) CERTO
( ) ERRADO

16. A negação da proposição “Nenhum aluno é policial” é a proposição “Algum aluno é policial”.
( ) CERTO
( ) ERRADO

17. Se a afirmativa “Todos os beija-flores voam rapidamente” for considerada falsa, então a afirmativa “Algum
beija-flor não voa rapidamente” tem de ser considerada verdadeira.
( ) CERTO
( ) ERRADO

18. A negação de “Algum restaurante tem comida italiana” é a sentença “Nenhum restaurante italiano tem comi-
da”.
( ) CERTO
( ) ERRADO
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09
D C C D B E E C C
14 15 16 17 18 19 20 21 22
E C C C E E C C E

CAPITULO 3
INTRODUÇÃO
A Lógica Matemática, em síntese, pode ser considerada como a ciência do raciocínio e da demonstração. Este impor-
tante ramo da Matemática desenvolveu-se no século XIX, sobretudo através das idéias de George Boole, matemático inglês
(1815 - 1864), criador da Álgebra Booleana, que utiliza símbolos e operações algébricas para representar proposições e suas
inter-relações. As idéias de Boole tornaram-se a base da Lógica Simbólica, cuja aplicação estende-se por alguns ramos da
eletricidade, da computação e da eletrônica.

LÓGICA MATEMÁTICA
A lógica matemática (ou lógica simbólica), trata do estudo das sentenças declarativas também conhecidas como
proposições, as quais devem satisfazer aos dois princípios fundamentais seguintes:
 PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa, não havendo alternativa.
 PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa.
Diz-se então que uma proposição verdadeira possui valor lógico V (verdade) e uma proposição falsa possui valor ló-
gico F (falso). Os valores lógicos também costumam ser representados por 0 (zero) para proposições falsas ( 0 ou F) e 1 (um)
para proposições verdadeiras ( 1 ou V ).
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As proposições são geralmente, mas não obrigatoriamente, representadas por letras maiúsculas.
De acordo com as considerações acima, expressões do tipo, "O dia está bonito!", “Que horas são?”, “x é um número
par” e “x + 2 = 7”, não são proposições lógicas, uma vez que não poderemos associar a ela um valor lógico definido (verdadei-
ro ou falso).
Exemplificamos a seguir algumas proposições, onde escreveremos ao lado de cada uma delas, o seu valor lógico V
ou F. Poderia ser também 1 ou 0.
 A: "Fortaleza é a capital do Ceará” (V)
 B: “O Brasil é um país da Europa” (F)
 C: "3 + 5 = 2" (F)
 D: "7 + 5 = 12" (V)
 E: "O Sol é um planeta" (F)
 F: "Um pentágono é um polígono de dez lados" (F)
SENTENÇA ABERTA: Não pode ser atribuído um valor lógico
EX.:
“X é um número par” → Pode ser Verdadeiro (V) ou Falso (F), não se pode afirmar.
SENTENÇA FECHADA: Pode ser atribuído um valor lógico V ou F.
EX.:
“O professor Pedro Evaristo ensina Matemática” → Sentença Verdadeira (V)
“A soma 2 + 2 é igual a 5” → Sentença Falsa (F)

SÍMBOLOS UTILIZADOS NA LÓGICA (CONECTIVOS E QUALIFICADORES)


CONECTIVOS E QUALIFICADORES
 NÃO
 E
 OU
 OU ... OU
 SE ... ENTÃO
 SE E SOMENTE SE
 TAL QUE
 IMPLICA
 EQUIVALENTE
 EXISTE
 NÃO EXISTE
 EXISTE UM E SOMENTE UM
 QUALQUER QUE SEJA

O MODIFICADOR NEGAÇÃO

Dada a proposição p, indicaremos a sua negação por ~p ou p. (Lê-se "não p" ). LINK:
IMPORTANTE:
EXEMPLOS: Afirmação e negação sempre
p: “2 pontos distintos determinam uma única reta” (V) possuem valores lógicos contrá-
rios!
~p: “2 pontos distintos não determinam uma única reta” (F)
 Se A é V, então ~A é F
q: “João é magro”  Se A é F, então ~A é V
~q: “João não é magro” A ~A
~q: “Não é verdade que João é magro” V F
F V

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s: “Fernando é honesto”
s: “Fernando não é honesto”
s: “Não é verdade que Fernando é honesto”
s: “Fernando é desonesto”

OBS.:
Duas negações equivalem a uma afirmação, ou seja, em termos simbólicos: ~(~p) = p.

p: “Diego dirige bem”


~p: “Diego não dirige bem”
~(~p): “Não é verdade que Diego não dirige bem”

ESTRUTURAS E OPERAÇÕES LÓGICAS

As proposições lógicas podem ser combinadas através dos operadores lógicos , ,  e , dando origem ao que
conhecemos como proposições compostas. Assim, sendo p e q duas proposições simples, poderemos então formar as se-
guintes proposições compostas: pq, pq, pq, pq.
Estas proposições compostas recebem designações particulares, conforme veremos a seguir:

 CONJUNÇÃO:
p q (lê-se "p e q" )
 DISJUNÇÃO NÃO EXCLUDENTE:
p q (lê-se "p ou q")
 DISJUNÇÃO EXCLUDENTE:
p q (lê-se "ou p, ou q")
 CONDICIONAL:
p  q (lê-se "se p então q")
 BI-CONDICIONAL:
p q (lê-se "p se e somente se q")

Conhecendo-se os valores lógicos de duas proposições simples p e q, como determinaremos os valores lógicos das
proposições compostas acima? Isto é conseguido através do uso da tabela a seguir, também conhecida pelo sugestivo nome
de TABELA VERDADE.

TABELA VERDADE

A tabela verdade mostra o valor lógico de proposições compostas, com base em todas as possíveis combinações dos valores
lógicos para as proposições simples que a formam. Ou seja, devemos julgar a veracidade (ou não) da proposição composta,
mediante todas combinações de V e F das proposições simples envolvidas.
O número de linhas da tabela verdade depende do número de proposições, como cada proposição simples pode
assumir duas possíveis valorações (V ou F), temos então:

LINK:
FÓRMULA
n de linhas da tabela = 2(nº de proposições simples)
o

CONJUNÇÃO (E)

A  B (lê-se “Premissa A e premissa B”)

A conjunção só será verdadeira em apenas um caso, se a premissa A for verdadeira e a premissa B também for verdadeira, ou
seja, caso uma delas seja falsa a conjunção toda torna-se falsa.

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EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro vai à Argentina e à Bolívia”.
A: “Pedro vai à Argentina”
B: “Pedro vai à Bolívia”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F F
F V F
F F F

CONCLUSÕES:
 Só existe uma possibilidade de essa proposição composta ser verdadeira, que é no caso de Pedro realmente ir aos
dois países.

Observe que a afirmação é falsa, se pelo menos uma das premissas forem falsas.

LINK:
A  B
“Premissa A e premissa B”

DISJUNÇÃO NÃO-EXCLUDENTE (OU)

A  B (lê-se “Premissa A ou premissa B”)

 PREMISSAS NÃO EXCLUDENTES: são aquelas que podem ocorrer simultaneamente. Portanto, nesse caso o “ou” significa
dizer que pelo menos uma das premissas deverá ser verdadeira. Nesse caso o “ou” significa que pelo menos uma das
premissas é verdadeira.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro vai à Argentina ou à Bolívia”.
A: “Pedro vai à Argentina”
B: “Pedro vai à Bolívia”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F V
F V V
F F F

CONCLUSÕES:
 Sabendo que Pedro foi à Argentina, conclui-se que ele pode ter ido ou não à Bolívia.
 Sabendo que ele não foi à Argentina, conclui-se que certamente foi à Bolívia.

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 Sabendo que ele foi à Bolívia, conclui-se que ele pode ter ido ou não à Argentina.
 Sabendo que ele não foi à Bolívia, conclui-se que certamente foi à Argentina.

Observe que, nesse caso, o “ou” significa que Pedro vai a “pelo menos” um desses lugares (nada impede que ele vá aos dois
países).

LINK:
A v B
“Premissa A ou premissa B”

DISJUNÇÃO EXCLUDENTE (OU...OU)

A  B (lê-se “Ou premissa A, ou premissa B”)

Quando estamos trabalhando com disjunções, devemos analisar inicialmente se as premissas são excludentes ou não exclu-
dentes.

 PREMISSAS EXCLUDENTES: são aquelas que não podem ocorrer simultaneamente. Portanto, nesse caso o “ou” significa
dizer que exatamente uma das premissas deverá ser verdadeira. Caso seja usado “ou...ou”, devemos entender que se
trata de disjunção excludente.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Felipe nasceu ou em Fortaleza, ou em São Paulo”.
A:”Felipe nasceu em Fortaleza”
B:”Felipe nasceu em São Paulo”

TABELA VERDADE
A B AB
V V F
V F V
F V V
F F F

CONCLUSÕES:
 Sabendo que ele nasceu em Fortaleza, conclui-se que não nasceu em São Paulo.
 Sabendo que ele não nasceu em Fortaleza, conclui-se que nasceu em São Paulo.
 Sabendo que ele nasceu em São Paulo, conclui-se que não nasceu em Fortaleza.
 Sabendo que ele não nasceu em São Paulo, conclui-se que nasceu em Fortaleza.
Observe que na tabela verdade é falso o caso de A e B serem verdade ao mesmo tempo, pois fica claro que ninguém pode
nascer em dois lugares ao mesmo tempo. Então, a afirmação só será verdadeira, se exatamente um das duas premissas for
verdadeira.
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LINK:
A v B
“Ou premissa A, ou premissa B”
(Premissas excludentes)

CONDICIONAL (SE ... ENTÃO)

A  B (lê-se “Se premissa A, então premissa B”)

Essa condição deixa clara que se a premissa A for verdadeira, então a premissa B será necessariamente verdadeira também,
mas a recíproca não é válida, ou seja, mesmo que A seja falsa nada impede que B seja verdadeira.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Se Pedro receber dinheiro na sexta-feira então irá à praia no fim de semana”.
A:”Pedro recebe dinheiro na sexta-feira”
B:”Pedro vai à praia no fim de semana”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F F
F V V
F F V

CONCLUSÕES:
 Sabendo que Pedro recebeu dinheiro, conclui-se que necessariamente ele foi à praia.
 Sabendo que Pedro não recebeu dinheiro, então ele pode ter ido ou não à praia.
 Sabendo que Pedro foi à praia, então ele pode ter recebido ou não o dinheiro.
 Sabendo que Pedro não foi à praia, conclui-se que ele necessariamente não recebeu o dinheiro.
Observe que a afirmação só será falsa, se Pedro receber o dinheiro e mesmo assim não for à praia.

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LINK:
A  B
“Se premissa A, então premissa B”

Do quadro acima podemos concluir que A  B é equivalente a


~B  ~A
“Se não for verdadeira a premissa B, então não será verdadeira
a premissa A”

BI-CONDICIONAL (SE E SOMENTE SE)

A  B (lê-se “Premissa A, se e somente se a premissa B”)


Nessas condições, fica claro que a premissa A só será verdadeira no caso da premissa B também ser. Fica ainda implícito que
a recíproca é válida, ou seja, a premissa B também só será verdadeira no caso da premissa A também ser.

EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro irá à praia no fim de semana, se e somente se ele receber dinheiro na sexta-feira”.
A:”Pedro recebe dinheiro na sexta-feira”
B:”Pedro vai à praia no fim de semana”

TABELA VERDADE
A B AB
V V V
F V F
F F V
V F F

CONCLUSÕES:
 Sabendo que Pedro recebeu dinheiro, conclui-se que certamente foi à praia.
 Sabendo que Pedro não recebeu dinheiro, conclui-se que ele não foi à praia.
 Sabendo que Pedro foi à praia, conclui-se que é porque ele recebeu o dinheiro.
 Sabendo que Pedro não foi à praia, conclui-se que certamente ele não recebeu o dinheiro.
Observe que a afirmação só será verdadeira, se as duas premissas tiverem o mesmo valor lógico.

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LINK:

A  B
“Premissa A, se e somente se Premissa B”

Do quadro acima podemos concluir que A  B é equivalente a

~A  ~B
“Premissa ~A, se e somente se Premissa ~B”

OBS.:
 A é condição necessária e suficiente para que B ocorra
 B é condição necessária e suficiente para que A ocorra

NECESSÁRIO x SUFICIENTE

CONDIÇÃO SUFICIENTE: condição máxima que deve ser atendida (basta que A ocorra para B ocorrer)
CONDIÇÃO NECESSÁRIA: condição mínima que deve ser atendida (caso B não ocorra, A não ocorre)
Para um condicional (A  B), temos:
 A é condição suficiente para que B ocorra
 B é condição necessária para que A ocorra
 ~B é condição suficiente para que ~A ocorra
 ~A é condição necessária para que ~B ocorra

RESUMINDO:
Quem está do lado esquerdo do condicional é sempre condição suficiente para quem fica do lado direito.

A  B ~B  ~A
A é SUFIENTE para B ~B é SUFIENTE para ~A

Quem está do lado direito do condicional é sempre condição necessária para quem fica do lado esquerdo.

A  B ~B  ~A

B é NECESSÁRIO para A ~A é NECESSÁRIO para ~B

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OBSERVAÇÃO:
No caso do bi-condicional, sabemos que A implica em B e, ao mesmo tempo, B implica em A, logo tanto A quanto B funcio-
nam simultaneamente como condição necessária e suficiente.

A  B (A  B)  (B  A)
A é NECESSÁRIO e SUFICI- A é SUFICIENTE A é NECESSÁRIO
ENTE para B para B para B

TABELA VERDADE

Podemos resumir em uma única tabela verdade todos os conectivos vistos. Dadas as proposições simples A e B, cujos valores
lógicos representaremos por (F) quando falsa e (V) quando verdadeira, temos a tabela simplificada:

TABELA VERDADE
A B AB AB AB AB AB
V V V V F V V
V F F V V F F
F V F V V V F
F F F F F V V

Da tabela acima, infere-se (deduz-se) que:


 a conjunção é verdadeira somente quando ambas as proposições são verdadeiras.
 a disjunção é falsa somente quando ambas as proposições são falsas.
 a condicional é falsa somente quando a primeira proposição é verdadeira e a segunda falsa.
 a bi-condicional é verdadeira somente quando as proposições possuem valores lógicos iguais.

EQUIVALÊNCIAS
Duas proposições são equivalentes quando possuem os mesmos valores lógicos na tabela verdade, ou
ainda, quando podem substituir uma à outra sem perda do sentido lógico. Na tabela ao lado, quando A é verda-
de (V) temos que B também é verdade (V) e quando A é falso (F) temos que B também é falso (F), logo A e B são
equivalentes.
O importante nesse caso é não confundir implicação com equivalência. Por exemplo, dizer que A:“João
é rico” implica em dizer que B:“João não é pobre”, no entanto, dizer B:“João não é pobre” não implica em dizer que A:“João é
rico”, portanto A e B não são equivalentes, mas podemos afirmar que A implica em B (A  B). Por outro lado, se P:”João é
honesto” então implica que Q:”João não é desonesto” e de forma recíproca se Q:”João não é desonesto” então implica que
P:”João é honesto”, portanto nesse caso P e Q são equivalentes pois uma proposição implica na outra (P  Q).
Observe das principais equivalências para proposições compostas:

A B = ~B  ~A

EXEMPLOS:
A  P: “Se João está armado, então será preso”.
~P  ~A: “Se João não foi preso, então ele não está armado”

R  V: “Se Pedro receber dinheiro, então ele viaja”


~V  ~R: “Se Pedro não viajou, então ele não recebeu dinheiro”

~S  C: “Caso não faça sol, ficarei em casa”


~C  S: “Caso não fique em casa, fez sol”

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LINK:
EQUIVALÊNCIAS:
Algumas formas equivalentes de escrever uma proposição compos-
ta condicional.

SP
“Se fizer sol então vou à praia”
“Se fizer sol, vou à praia”
“Fazer sol implica em ir à praia”
“Fazendo sol, vou à praia”
“Quando fizer sol, vou à praia”
“Sempre que faz sol, vou à praia”
“Toda vez que faz sol, vou à praia”
“Caso faça sol, irei à praia”
“Irei à praia, caso faça sol”
“Fazer sol é condição suficiente para que eu vá à praia”
“Ir à praia é condição necessária para ter feito sol”

S  P  ~P  ~S
“Se não for à praia então não fez sol”
“Não ir à praia é condição suficiente para não ter feito sol”
“Não fazer sol é condição necessária para não ir à praia”

A B = ~A  B
EXEMPLOS:
A  P: “Se João está armado, então será preso”.
~A  P: “João não está armado ou será preso”
~S  C: “Caso não faça sol, ficarei em casa”
S  C: “Faz sol ou fico em casa”

A B = B  A = (A B)  (B  A)
EXEMPLOS:
S  P: “Se e somente se fizer sol, então irei à praia”
P  S: “Se e somente se for à praia, então fez sol”
(S  P)(P  S): “Se fizer sol, irei à praia e se for a praia, fez sol”
V  R: “Viajo se e somente se receber dinheiro”
(R  V)(V  R): “Se receber dinheiro, viajo e se viajar, recebi”
P  E: “Passo se e somente se estudar”
(P  E)(E  P): “Se passar, estudei e se estudei, passei”

A  B = (A  B)  (~A  ~B)
EXEMPLOS:
V  R: “Viajo se e somente se receber dinheiro”
(R  V)(~R  ~V): “Ou recebo dinheiro e viajo, ou não recebo e não viajo”
P  E: “Passo se e somente se estudar”
(E  P)(~E  ~P): “Ou estudo e passo, ou não estudo e não passo”

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NEGAÇÕES (~) ou ()


A negação de uma proposição (A) é outra proposição (~A) que possui sempre valor lógico contrário, ou
seja, sempre que A for verdadeiro então ~A é falso e quando A for falso então ~A é verdadeiro. Observe na tabe-
la ao lado que as proposições A e B possuem sempre valores lógicos contrários, pois sempre que A é verdade (V)
temos que B será falso (F) e quando A é falso (F) temos que B será verdadeiro (V), logo A é a negação de B.
É comum o aluno confundir antônimo com negação! Mas cuidado, são coisas diferentes. Por exemplo,
“rico” e “pobre” são antônimos, mas “João é pobre” não é a negação de “João é rico”, afinal se João não for rico não quer
dizer que seja pobre, quer dizer apenas que “João não rico”. Mas existe caso em que o antônimo é a negação, tais como:
culpado e inocente, honesto e desonesto, vivo e morto, dentre outros.

EXEMPLOS DE NEGAÇÕES
 A: “Aline é bonita”  ~A: ”Aline não é bonita”
(o fato dela “não ser bonita” não significa que “ela é feia”)

 B: “Kleyton é alto”  ~B: ”Kleyton não é alto”


(o fato dele “não ser alto” não significa que “ele é baixo”)

 C: “Daniel é magro”  ~C: “Daniel não é magro”


(o fato dele “não ser magro” não significa que “ele é gordo”)

 E: “Carol foi aprovada”  ~D: “Carol foi reprovada”


(nesse caso, reprovado significa não aprovado)

 F: “Lia é culpada”  ~F: “Lia é inocente”


(nesse caso, inocente significa não culpado)

LEIS DE AUGUSTUS DE MORGAN


Todas as propriedades a seguir podem ser verificadas com a construção das tabelas verdades.

~(A  B) = ~A  ~B
A conjunção só é verdade se as duas proposições forem verdades, portanto se não é verdade (A  B) é por que pelo menos
uma das proposições é falsa (não precisa que as duas sejam falsas).

TABELA VERDADE
A B AB ~(A  B) ~A ~B ~A  ~B
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V

EXEMPLO:
Qual a negação da proposição "Carol estuda e aprende"?
A negação é "Carol não estuda ou não aprende".
EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que Ribamar é cearense e é bancário”?
Equivale a “Ribamar não é cearense ou não é bancário”.

~(A  B) = ~A  ~B
A disjunção não-excludente é verdade se pelo menos uma das duas proposições for verdadeira, portanto se não é verdade (A
 B) é por que as proposições têm que ser falsas.

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TABELA VERDADE
A B AB ~(A  B) ~A ~B ~A  ~B
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V

EXEMPLO:
Qual a negação da proposição "O Brasil é um país ou a Bahia é um estado"?
A negação é "O Brasil não é um país e a Bahia não é um estado".
EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que Rosélia foi à praia ou ao cinema”?
Equivale a “Rosélia não foi à praia e não foi ao cinema”

~(A  B) = A  ~B
O condicional (A  B) só é falso se A for verdade e que B for falso, portanto se não é verdade (A  B) é por que as proposi-
ções A e ~B têm que ser verdadeiras.
TABELA VERDADE
A B A  B ~(A  B) A ~B A  ~B
V V V F V F F
V F F V V V V
F V V F F F F
F F V F F V F
EXEMPLO:
Qual a negação da proposição: "Se Maria estuda então aprende"?
A negação procurada é: "Maria estuda e não aprende"
EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que se Milena receber dinheiro então viajará”?
Equivale a “Milena recebe dinheiro e não viaja”.

LINK:
EQUIVALÊNCIAS NEGAÇÕES
A  B = (A  B) v (~A  ~B) ~(A  B) = ~A v ~B
A  B = (A  B)  (B  A) ~(A v B) = ~A  ~B
AB=BA ~(A v B) = (A  B) v (~A  ~B)
A  B = ~B  ~A ~(A v B) = A  B
A  B = ~(A  ~B) = ~A v B ~(A  B) = A v B
A = ~(~A) ~(A  B) = A  ~B

LINK:

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TAUTOLOGIA
Como vimos anteriormente, uma proposição composta é uma tautologia quando é inevitavelmente verdadeira. Para
provar que essa proposição é uma tautologia podemos usar dois métodos:
 construir uma tabela verdade verificando que tal proposição é sempre verdade (V) para todas as combinações de V
e F das proposições simples usadas na sua elaboração;
 tentar atribuir valores lógicos (V e F) para forçar que a proposição composta se torne falsa (F), caso isso não seja
possível deduz-se que é uma tautologia e portanto inevitavelmente verdadeira (V).
EXEMPLO:
P  ~P: “João é honesto ou desonesto”
(Obrigatoriamente VERDADEIRA)

CONTRADIÇÃO
Uma proposição composta é uma contradição quando é inevitavelmente falsa. Para provar que essa proposição é
uma contradição podemos usar dois métodos:
 construir uma tabela verdade verificando que tal proposição é sempre falsa (F) para todas as combinações de V e F
das proposições simples usadas na sua elaboração;
 tentar atribuir valores lógicos (V e F) para forçar que a proposição composta se torne verdadeira (V), caso isso não
seja possível deduz-se que é uma contradição e portanto inevitavelmente falsa (F).
EXEMPLO:
Q  ~Q: “Maria é culpada, mas é inocente”
(Obrigatoriamente FALSO)

CONTINGÊNCIA
Uma proposição composta é uma contingência quando depende do contingente de proposições simples usadas na
sua elaboração, para poder ser V ou F.
EXEMPLO:
A  B: “João é rico e Maria é bonita”
(Dependendo da outras proposições pode ser VERDADE ou FALSO)

EXEMPLO

01. Dadas às proposições simples:


 A: “Sophia é arquiteta”
 B: “Sophia gosta de viajar”
 C: “Sophia é feliz”
Traduza para a linguagem natural às proposições dadas a seguir, de acordo com a simbologia.

a) ~A: “Sophia não é arquiteta”


b) ~(~A): “Não é verdade que Sophia não é arquiteta”
c) ~B: “Sophia não gosta de viajar”
d) A B: “Sophia é arquiteta e gosta de viajar”
e) A B: “Sophia é arquiteta ou gosta de viajar”
f) A B: “Ou Sophia é arquiteta, ou Sophia gosta de viajar”
g) ~A B: “Sophia não é arquiteta ou gosta de viajar”
h) A ~B: “Sophia é arquiteta ou não gosta de viajar”
i) ~(A B): “Não é verdade que Sophia é arquiteta ou gosta de viajar”
j) A  B: “Se Sophia é arquiteta então gosta de viajar”
k) A  B: “Se e somente se Sophia é arquiteta então gosta de viajar”
l) ~A  B: “Se Sophia não é arquiteta então gosta de viajar”

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m) ~(A  B): “Não é verdade que se Sophia é arquiteta, gosta de viajar”


n) (A B)  C: “Se Sophia é arquiteta e gosta de viajar, então é feliz”
o) A  (B C): “Se Sophia é arquiteta, então gosta de viajar e é feliz”
p) ~A  (B C): “Se Sophia não é arquiteta, gosta de viajar ou é feliz”

02. Dadas às proposições simples:


 A: “Daniel é rico”
 B: “Daniel é honesto”
Passe da linguagem natural para a linguagem simbólica, às proposições compostas dadas a seguir.

a) “Daniel é rico, mas é honesto”: A  B


b) “Daniel não é rico, mas é honesto”: ~A  B
c) “Daniel é rico, mas é desonesto”: A  ~B
d) “Não é verdade que Daniel é rico e é honesto”: ~(A  B)
e) “Daniel é rico ou é honesto”: A  B
f) “Daniel não é rico ou é honesto”: ~A  B
g) “Não é verdade que Daniel é rico ou é honesto”: ~(A  B)
h) “Se Daniel é rico, então ele é honesto”: A  B
i) “Se Daniel é rico, então ele é desonesto”: A  ~B
j) “Se Daniel não é rico, então ele é honesto”: ~A  B
k) “Não é verdade que se Daniel é rico, então ele é honesto”: ~(AB)
l) “Daniel é rico se e somente se ele é honesto”: A  B

03. Dadas das proposições simples A: “Felipe é piloto” e B: “Diego é tenista”, responda as questões a seguir.

TABELA VERDADE
A B AB AB AB AB AB
V V V V F V V
V F F V V F F
F V F V V V F
F F F F F V V

a) Qual uma proposição equivalente a AB: “Se Felipe é piloto, então Diego é tenista”?
RESPOSTA:
Existem várias formas de equivalência, dentre ela a mais usada é
~B~A: “Se Diego não é tenista, então Felipe não é piloto”
Mas também pode ser dada por
AB: “Felipe ser piloto é condição suficiente para Diego ser tenista”
Ou ainda
AB: “Diego ser tenista é condição necessária para Felipe ser piloto”

b) Qual uma possível negação de AB: “Se Felipe é piloto, então Diego é tenista”?
RESPOSTA:
Uma possibilidade é
~(AB): “Não é verdade que se Felipe é piloto, então Diego é tenista”
Ou seja, como não é verdade, temos que
A~B: “Felipe é piloto, mas Diego não é tenista”
c) Qual a negação de AB: “Felipe é piloto e Diego é tenista”?

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RESPOSTA:
A negação pode ser dada por
~(AB): “Não é verdade que Felipe é piloto e Diego é tenista”
Ou ainda
(~A~B): “Felipe não é piloto ou Diego não é tenista”

d) Qual a negação de AB: “Felipe é piloto ou Diego é tenista”?


RESPOSTA:
A negação pode ser dada por
~(AB): “Não é verdade que Felipe é piloto ou Diego é tenista”
Logo
(~A~B): “Felipe não é piloto e Diego não é tenista”
Ou ainda
(~A~B): “Nem Felipe é piloto, nem Diego é tenista”

e) Qual a negação de AB: “Ou Felipe é piloto, ou Diego é tenista”?


RESPOSTA:
A negação pode ser dada por
~(AB): “Não é verdade que ou Felipe é piloto, ou Diego é tenista”
Logo, para que AB não seja verdade, temos que:
(AB)(~A~B): “Ou Felipe é piloto e Diego é tenista, ou Felipe não é piloto e Diego não é tenista”

f) Qual a negação de AB: “Felipe é piloto, se e somente se Diego é tenista”?

RESPOSTA:
Lembre-se que o bi-condicional só é verdade quando as duas proposições forem verdade ou as duas forem falsas.
(AB)(~A~B): “Ou Felipe é piloto e Diego é tenista, ou Felipe não é piloto e Diego não é tenista”
Logo, para que AB não seja verdade, temos que:
~(AB) = (AB): “Ou Felipe é piloto, ou Diego é tenista
04. Aponte a negação da proposição “Ribamar é advogado ou é inocente”.
a) Ribamar é advogado e é inocente
b) Não é verdade que Ribamar é advogado e é inocente
c) Ribamar não é advogado e é culpado
d) Ribamar não é advogado ou é culpado
SOLUÇÃO:
Sendo AB: “Ribamar é advogado ou é inocente”, então sua negação pode ser dada por ~(AB): “Não é verdade que Ribamar
é advogado ou é inocente”, ou ainda por ~A~B: “Ribamar não é advogado e é culpado”. (lembre-se que na disjunção “ou”
pelo menos uma das proposições tem que ser verdadeira)

05. (FJPF) Todos acreditam que: “Cão que late, não morde”. Considerando verdadeira essa afirmação, então pode-se conclu-
ir que:
a) Um cão pode latir e mesmo assim me morder.
b) Se um cão não latir irá morder.
c) Se um cão não morder é por que ele latiu.
d) Se um animal latir e morder, ele não é um cão.
e) Todos os animais que não mordem são cães.
SOLUÇÃO:
Sabe-se que “todo cão que late, não morde”, então se um “animal” latir e mesmo assim morder, esse “animal” não pode ser
um cão, pois “se um cão latir, não irá morder”.

OBS.: O fato é que tendemos a pensar que apenas o cão é capaz de latir, mas o “animal” em questão pode ser, por exemplo,
uma pessoa imitando um cão e a mordida pode ser de brincadeira. Se atenha a estrutura lógica e não ao enredo da história.

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06. Aponte o item abaixo que mostra a negação de “Nívia viaja para Paraíba ou compra uma geladeira”.
a) Não é verdade que Nívia viaja para Paraíba e compra uma geladeira
b) Nívia não viaja para Paraíba ou não compra uma geladeira
c) Nívia não viaja para Paraíba e não compra uma geladeira
d) Nívia viaja para Paraíba e compra uma geladeira
e) Nívia não viaja para Paraíba e compra uma geladeira
SOLUÇÃO:
Sabemos que a negação de A  B é
~(A  B) = ~A  ~B

Portanto, as possíveis negações para “Nívia viaja para Paraíba ou compra uma geladeira”, são
~(A  B): “Não é verdade que Nívia viaja para Paraíba ou compra uma geladeira”
Ou então
~A  ~B: “Nívia não viaja para Paraíba e não compra uma geladeira”
07. Dada a proposição “Jogarei futebol no domingo, caso compre uma bola”, então julgue os itens e aponte o ERRADO.
a) Comprar é condição suficiente para eu jogar.
b) Jogar é condição necessária para que eu tenha comprado.
c) Não comprar é condição necessária para eu não jogue.
d) Não jogar é condição suficiente para que eu não tenha comprado.
e) Comprar é condição necessária e suficiente para eu jogar.
SOLUÇÃO:
Cuidado com orações invertidas, elas costumam confundir.
A proposição “Jogarei futebol no domingo, caso compre uma bola” equivale a proposição:
C  J: “Se eu comprar uma bola, então jogarei futebol no domingo”
Portanto, podemos afirmar que:
 Comprar uma bola é condição suficiente para eu jogar futebol no domingo.
 Jogar futebol no domingo é condição necessária para que eu tenha comprado uma bola.
Como essa proposição também é equivalente a
~J  ~C: “Se eu não jogar futebol no domingo, então não comprei uma bola”, temos:
 Não comprar uma bola é condição necessária para eu não jogue futebol no domingo.
 Não jogar futebol no domingo é condição suficiente para que eu não tenha comprado uma bola.
Dessa forma, temos que o único item incorreto é o item E.
08. Sabendo que “Chover em Guaramiranga é condição suficiente para fazer frio”, podemos logicamente concluir que a
única afirmação falsa é:
a) Se chover em Guaramiranga então fará frio.
b) Se não fizer frio em Guaramiranga é por que não choveu.
c) choveu em Guaramiranga e não fez frio.
d) Sempre que chove em Guaramiranga, faz frio.
e) Faz frio em Guaramiranga é condição necessária para chover.
SOLUÇÃO:
A  B : “Se chover em Guaramiranga então faz frio”
Portanto, sua negação será: ~(A  B) = A  ~B
Ou ainda: ~(A  B): “Não é verdade que se chover em Guaramiranga então faz frio”
Que por sua vez equivale a: A  ~B: “Choveu em Guaramiranga e não fez frio”

09. Sabendo que “Sempre que um parlamentar é bom um bom político, ele é honesto” e “Se um parlamentar é honesto, ele
é um bom político”. Então, de acordo com essas afirmações, podemos dizer que:
a) Os políticos são sempre honestos
b) Toda pessoa honesta é político
c) Se e somente se um parlamentar for honesto, será um bom político.
d) Todo parlamentar é bom político e honesto
e) Se e somente se uma pessoa for honesta, será um parlamentar.

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SOLUÇÃO:
Observe a equivalência a seguir
(A  B)  (B  A) = A  B
A situação dada é bi-condicional, logo
“Se somente se um parlamentar for honesto, será um bom político”

EXERCÍCIOS
(TEXTO) As afirmações a seguir estão associadas a conceitos básicos do raciocínio lógico ou da Teoria dos Con-
juntos. Julgue-as como certo ou errado.

01. O valor lógico de uma conjunção de duas proposições é verdade somente quando ambas as proposições são
verdadeiras.
( ) CERTO
( ) ERRADO

02. O valor lógico de uma disjunção inclusiva de duas proposições é verdade quando pelo menos uma das propo-
sições é verdadeira.
( ) CERTO
( ) ERRADO

03. Em uma afirmação condicional cujo valor lógico é verdade, a antecedente e a consequente sempre são ver-
dadeiras.
( ) CERTO
( ) ERRADO

04. Se o valor lógico de uma proposição P é falso e o valor lógico de uma proposição Q é verdadeiro, então o
valor lógico da disjunção entre P e Q é verdadeiro.
( ) CERTO
( ) ERRADO

(AOCP) Considerando os conhecimentos em Raciocínio Lógico, julgue, como Certo (C) ou Errado (E), os itens a
seguir.

05. Se J não é maior que K, então J é menor que K.


( ) CERTO
( ) ERRADO

06. Se “Todo X é Y”, então “Todo Y é X”.


( ) CERTO
( ) ERRADO

07. Se uma proposição P implica numa proposição Q, então a proposição Q implica na proposição P.
( ) CERTO
( ) ERRADO

08. A afirmação “5=2+3 ou o número 10 é ímpar” é uma afirmação falsa.


( ) CERTO
( ) ERRADO

09. A sentença “Se 2 é ímpar, então 7 é par” é uma afirmação verdadeira.


( ) CERTO
( ) ERRADO

(AOCP) O valor lógico de uma proposição P é verdadeiro (V) e o valor lógico de uma proposicão Q é falso (F),
dessa forma julgue os itens a seguir como certo ou errado.

10. Podemos afirmar que a conjunção entre as duas é verdadeira.


( ) CERTO
( ) ERRADO

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11. A negação da disjunção entre as duas é falsa.


( ) CERTO
( ) ERRADO

12. A negação de Q é falsa.


( ) CERTO
( ) ERRADO

13. P condicional Q é falso.


( ) CERTO
( ) ERRADO

14. Qual uma equivalente da proposição “Não é verdade que Pedro não vai viajar”?
a) “Pedro vai à Londres”
b) “Pedro vai viajar”
c) “Pedro não vai viajar”
d) “É verdade que Pedro não vai viajar”

15. Qual dos itens a seguir pode representar a negação da conjunção (A  B)?
a) A  B
b) ~A  ~B
c) A  ~B
d) ~A  ~B

16. Seja as proposições simples M: “Milena é terapeuta” e R: “Raquel é advogada”. A negação da proposição
composta “Milena é terapeuta e Raquel é advogada” é equivalente a:
a) Milena é terapeuta ou Raquel é advogada.
b) Milena não é terapeuta e Raque nãol é advogada.
c) Milena não é terapeuta ou Raquel não é advogada.
d) Nem Milena é terapeuta, nem Raquel é advogada.

17. (CESGRANRIO) Qual é a negação da proposição “Alguma lâmpada está acesa e todas as portas estão fe-
chadas”?
a) Todas as lâmpadas estão apagadas e alguma porta está aberta.
b) Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma porta está aberta.
c) Alguma lâmpada está apagada e nenhuma porta está aberta.
d) Alguma lâmpada está apagada ou nenhuma porta está aberta.
e) Alguma lâmpada está apagada e todas as portas estão abertas.

18. Qual dos itens a seguir pode representar a negação da disjunção (A  B)?
a) A  B
b) ~A  ~B
c) A  ~B
d) ~A  ~B

19. Assinale a alternativa que apresenta a negação da proposição: “Rita gosta de rock ou Manu gosta de mambo”.
a) Rita gosta de rock ou Manu não gosta de mambo.
b) Rita gosta de rock se Manu não gosta de mambo.
c) Rita não gosta de rock ou Manu não gosta de mambo.
d) Rita não gosta de rock se, e somente se Manu não
gosta de mambo.
e) Nem Rita gosta de rock, nem Manu gosta de mambo.

20. Qual dos itens a seguir pode representar a negação do condicional (A  B)?
a) B  A
b) ~B  ~A
c) ~A  B
d) A  ~B

21. Aponte a negação da proposição “Toda vez que chove, molha minha garagem”.
a) Se chove então molha minha garagem.

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b) Se a garagem está molhada, então choveu.


c) Se a garagem não está molhada, então não choveu.
d) Chove, mas não molha minha garagem.

22. A negação da sentença "Se João está armado, então será preso" é:
a) Se João não está armado, então não será preso.
b) Se João foi preso, então estava armado.
c) João não está armado, mas foi preso.
d) João está armado, mas não será preso.
e) João não está armado ou será preso.

23. Qual a negação da proposição “Se há pão, não há fome”?


a) “Há pão, mas há fome”.
b) “Não há fome nem pão”.
c) “Onde há pão, há fome”.
d) “Se há pão, há fome”.
e) “Se há fome, não há pão”

24. Qual dos itens a seguir pode representar uma equivalência do condicional (A  B)?
a) ~A  ~B
b) ~B  ~A
c) B  A
d) A  ~B

25. Aponte a sentença que equivale a “Se o cão late, então o gato mia”.
a) Se o cão não late, então o gato não mia.
b) Se o gato mia, então o cão late.
c) Se o cão não mia, então o gato não late.
d) Se o gato não mia, então o cão não late.

26. Considere a proposição composta “Se o mês tem 31 dias, então não é setembro”. A proposição composta
equivalente é
a) “O mês tem 31 dias e não é setembro”.
b) “O mês tem 30 dias e é setembro”.
c) “Se é setembro, então o mês não tem 31 dias”.
d) “Se é setembro, então o mês tem 30 dias”.
e) “Se o mês não tem 31 dias, então não é setembro”.

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
C C E C E E B E B C C B C
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
E D D D A B D E C E E C E

CAPÍTULO 4
INTRODUÇÃO
A análise de um conjunto de proposições requer conhecimento da álgebra das proposições visto nas aulas anterio-
res, sobretudo os “links” apresentados para cada conectivo estudado: “ou” , “ou...ou” , “e” , “se...então”  e “se e so-
mente se” .
Tudo consiste em organizar as proposições (de preferência usando linguagem simbólica), localizar um ponto de
partida através de uma proposição simples dada (ou de uma hipótese) e a partir daí, através de um “efeito dominó”, deduzir
todos os valores lógicos (V ou F) das outras proposições simples, admitindo que todas as proposições compostas são verda-
deiras.

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INFERÊNCIA
A Inferência vem do latim inferre. Inferir é o mesmo que deduzir. Na lógica de argumentação, inferência é a passa-
gem, através de regras válidas, do antecedente ao conseqüente de um argumento.
Portanto, a inferência é um processo pelo qual se chega a uma proposição conclusiva, a partir de uma ou outras
mais proposições consideradas verdadeiras.

PREMISSA
As premissas são proposições (simples ou composta) que tomadas como verdadeiras, levam a uma conclusão. Numa
raciocínio lógico válido, as premissas são os juízos que precedem à conclusão e dos quais ela decorre como conseqüente
necessária - antecedentes - de que se infere a conseqüência.
Nas premissas, o termo maior (predicado da conclusão) e o menor (sujeito da conclusão) são comparados com o
termo médio e assim temos premissa maior e premissa menor segundo a extensão dos seus termos.
O silogismo é estruturado do seguinte modo:
 Todo homem é mortal (premissa maior)
– homem é o sujeito lógico, e fica à frente da cópula;
– é representa a cópula, isto é, o verbo que exprime a relação entre sujeito e predicado;
– mortal é o predicado lógico, e fica após a cópula.
 Pitágoras é homem (premissa menor)
 Pitágoras é mortal (conclusão)

Podemos então dizer que as premissas são as proposições que, em uma argumentação, precedem a conclusão.

CONCLUSÃO

A conclusão de um argumento válido é aquela que se chega a partir de proposições dadas nesse argumento. Essas
outras proposições que antecedem a conclusão, que são tomadas como verdadeiras para afirmar a conclusão, são as premis-
sas desse argumento.
É possível partir de premissas falsas e se concluir algo falso, pois na argumentação devemos tomar as proposições
dadas como verdade, mesmo que não sejam, e isso nos leva a uma conclusão, que até pode ser uma mentira, mas não invali-
da o argumento.

ARGUMENTO VÁLIDO
Argumento é uma linha de raciocínio utilizada em um debate para defesa de um ponto de vista. O argumento é o
elemento básico para a fundamentação de uma teoria.
Um argumento envolve, no mínimo, duas proposições: uma premissa (ou mais) e uma conclusão. Para se distinguir
um argumento válido de um inválido é preciso, antes de mais, reconhecer quando os argumentos ocorrem e identificar as
suas premissas e conclusões.
Um argumento é dito válido quando tomadas como verdadeiras as premissas, chega-se a uma conclusão. Mas sem
criar contradições ou declarações erradas.

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EXEMPLO:
“Todo homem é mortal”
PREMISSAS
“João é um homem” ARGUMENTO
VÁLIDO
CONCLUSÃO
“João é mortal”

EXEMPLO:
“Se eu receber dinheiro, viajo”
“Se eu viajar, fico feliz” PREMISSAS
ARGUMENTO
“Recebi dinheiro” VÁLIDO

“Então estou feliz” CONCLUSÃO

EXEMPLO:
“Leo é arquiteto ou bancário”
PREMISSAS
“Leo não é bancário” ARGUMENTO
VÁLIDO
CONCLUSÃO
“Leo é arquiteto”

EXEMPLO:
“Recebendo o seguro, compro a moto”
PREMISSAS
“Comprando a moto, viajo”

CONCLUSÃO
“Se receber o seguro, então viajo”

ARGUMENTO INVÁLIDO

Um argumento é dito inválido quando tomadas como verdadeiras as premissas cria-se uma contradição ou declara-
se um conclusão errada.

EXEMPLO:
“Física é uma ciência exata”
PREMISSAS
“Matemática é uma ciência exata”
CONCLUSÃO
“Então a Matemática é um ramo da Física” ERRADA

EXEMPLO:
“Se fizer sol, irei à praia”
PREMISSAS
“Fui à praia”
CONCLUSÃO
“Então fez sol” ERRADA

EXEMPLO:
“Todo homem é mortal”
PREMISSAS
“João é mortal”
CONCLUSÃO
“João é um homem” ERRADA

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EXEMPLO:
“Se João é honesto, ele é inocente”
PREMISSAS
“João é honesto, mas é culpado”
CONTRADIÇÃO
“Então João é culpado e inocente”

DEDUÇÃO

Raciocinar dedutivamente, é partir de premissas gerais, em busca de uma verdade particular.

Exemplo:
 O Ser humano é imperfeito;
 Eu sou um ser humano;
 Logo, eu sou imperfeito;

Exemplo:
 Todo mamífero tem um coração;
 Todos os cavalos são mamíferos;
 Logo, todos os cavalos têm coração;

INDUÇÃO
Os “indutivistas” acreditavam que as explicações para os fenômenos advinham unicamente da observação dos fatos.
Então, raciocinar indutivamente é partir de premissas particulares, na busca de uma lei geral, universal.

EXEMPLO:
Sabe-se que:
 O ferro conduz eletricidade
 O ferro é metal
 O ouro conduz eletricidade
 O ouro é metal
 O cobre conduz eletricidade
 O cobre é metal
Logo os metais conduzem eletricidade.
EXEMPLO:
 Todos os cavalos até hoje observados tinham um coração;
 Logo, todos os cavalos tem um coração;
O princípio de indução não pode ser uma verdade lógica pura, tal como uma tautologia ou um enunciado analítico,
pois se houvesse um princípio puramente lógico de indução, simplesmente não haveria problema de indução, uma vez, que
neste caso todas as inferências indutivas teriam de ser tomadas como transformações lógicas ou tautológicas, exatamente
como as inferências no campo da Lógica Dedutiva.

EXERCÍCIOS
(TEXTO) Julgue os itens a seguir como certo ou errado.
01. Se Lucas faz o almoço, então Camila não almoça fora. Sendo assim, podemos sempre garantir que: Se Camila almoça
fora, então Lucas não fez o almoço.
( ) CERTO
( ) ERRADO

02. Pedro afirmou que “Toda vez que chove, molha a sua garagem”. Tomando essa afirmação como verdadeira, se, em certo
dia, Pedro chegar em casa e encontrar sua garagem molhada, então ele poderá certamente concluir que “choveu nesse dia”.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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03. Sabe-se que ou João é rico, ou Maria não é bonita. Sabe-se ainda que ou Maria é bonita ou José é carpinteiro. Ora, José
não é carpinteiro. Logo:
a) Maria não é bonita
b) João não é rico
c) José é rico
d) José não é rico
e) Maria é bonita

04. Se João é rico, Maria é bonita. Se Maria é bonita, José é carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria é bonita
b) João é rico
c) José é rico
d) João não é rico
e) Maria é rica

05. Se Ana não é advogada, então Sandra é secretaria. Se Ana é advogada, então Paula não é professora. Ora, Paula é
professora, portanto:
a) Ana é advogada
b) Sandra é secretária
c) Ana é advogada ou Paula não é professora
d) Ana é advogada e Paula é professora
e) Ana não é advogada e Sandra não é secretária.
GABARITO
01 02 03 04 05
C E E D B

CAPÍTULO 5
SEQUÊNCIAS LÓGICAS

As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer
uma sequência, o importante é que existam pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto
algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua lógica. O importante é descobrir o padrão comum a todos os
elementos da sequência e assim descobrir os próximos termos.
Algumas sequências são bastante conhecidas e todo aluno que estuda lógica deve conhecê-las, tais como as progres-
sões aritméticas e geométricas, a série de Fibonacci, os números primos e os quadrados perfeitos.
SEQUÊNCIA DE NÚMEROS
 Progressão Aritmética
Soma-se constantemente um mesmo número.
2 5 8 11 14 17
+3 +3 +3 +3 +3
 Progressão Geométrica
Multiplica-se constantemente um mesmo número.
2 6 18 54 162 486
x3 x3 x3 x3 x3
 Incremento em Progressão
O valor somado é que está em progressão.
1 2 4 7 11 16
+1 +2 +3 +4 +5

 Série de Fibonacci
Cada termo é igual a soma dos dois anteriores.
1 1 2 3 5 8 13

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 Números Primos
Naturais que possuem apenas dois divisores naturais.
2 3 5 7 11 13 17

 Quadrados Perfeitos
Números naturais cujas raízes são naturais.
1 4 9 16 25 36 49

SEQUÊNCIA DE LETRAS
As seqüências de letras podem estar associadas a uma série de números ou não. Em geral, você deve escrever todo
o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e circular as letras dadas para entender a lógica proposta.
A C F J O U
Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses números estão em progressão.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU

B1 2F H4 8L N16 32R T64


Nesse caso, associou-se letras e números (potências de 2), alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1 posições.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRST

SEQUÊNCIA DE PESSOAS

Na série a seguir, temos sempre um homem seguido de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma posição
múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e a posição dos braços sempre alterna, ficando para cima em uma posição
múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim, a seqüência se repete a cada seis termos, tornando possível determinar
quem estará em qualquer posição.

SEQUÊNCIA DE FIGURAS

Esse tipo de seqüência pode seguir o mesmo padrão visto na seqüência de pessoas ou simplesmente sofrer rota-
ções, como nos exemplos a seguir.

EXEMPLOS

01. O ano de 2007 teve como seu primeiro dia uma segunda-feira. Em qual ano, mais próximo, teremos novamente o dia 1º
de janeiro caindo em uma segunda-feira?
a) 2013
b) 2014
c) 2016
d) 2018
e) 2020

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SOLUÇÃO:
O segredo da questão é saber de três pontos fundamentais:
 Dividindo os 365 dias do ano por 7, obtemos quociente 52 e resto 1, isso significa que um ano (não-bissexto) tem 52
semanas e 1 dia;
 De fato um ano tem 365 dias e 6 horas, ocorrendo ano bissexto a cada quatro anos (4 x 6h = 24h = 1 dia), portanto
nos anos múltiplos de 4 é acrescentado 1 dia a mais (29 de fevereiro);
 Como os não-bissextos tem 52 semanas e 1 dia, o dia 1º de janeiro do ano seguinte cairá um dia da semana a mais,
mas em anos bissextos, por terem 52 semanas e 2 dias, a data em questão salta dois dias da semana no ano seguin-
te, pois passou pelo dia 29 de fevereiro;
De acordo com as informações, temos:

Portanto, somente 11 anos depois, no ano de 2018, teremos outra segunda-feira para o dia 1º de janeiro.

02. Qual o próximos termo da sequência (1, 3, 7, 15, 31, 63, ...)?

SOLUÇÃO:
A sequência pode ser vista de várias formas, mas todas obviamente levam a mesma resposta.

1ª SOLUÇÃO
O incremento de cada termo está em progressão geométrica, ou seja

Dessa forma, basta somar 64 e o próximo termo será 127.

2ª SOLUÇÃO
Cada termo é uma unidade a mais que o dobro, ou seja

Dessa forma, basta fazer o dobro mais um, logo o próximo termo será o dobro de 63 mais 1, ou seja, 127.

3ª SOLUÇÃO
Cada termo da sequência é uma unidade a menos que a sequência dos quadrados perfeitos, ou seja, 2n – 1.

Dessa forma, o sétimo termo será 2 7 – 1, portanto 127.

03. Qual o próximo termo da seqüência J J A S O N D?


a) A b) E c) D d) J

SOLUÇÃO:
Essa é uma seqüência considerada difícil, pois a primeira idéia é pensar em seqüência que esteja relacionada a ordem alfabé-
tica. Mas nesse caso não! Tem que haver uma ligação com alguma seqüência e a única possível é a seqüência dos meses do
ano, observe:
JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN …
Portanto, próxima letra é J.

04. Determine o próximo termo da sequência T Q Q S S.


a) A b) E c) D d) J

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SOLUÇÃO:
Esse é outro exemplo de sequência de letras não relacionadas a ordem alfabética. Observe que é a primeira letra de dias da
semana.
TER QUA QUI SEX SAB DOM ...
Portanto, próxima letra é D.

05. Qual a próxima letra da sequência U D T Q C S S?


a) O b) N c) D d) T

SOLUÇÃO:
Quando falamos em sequência, uma das primeiras coisas que nos vem à cabeça é a sequência dos números naturais positi-
vos: 1, 2, 3,..., 8, 9. Perceba que as letras em questão, são exatamente as primeiras letras dos naturais: um, dois, três, quatro,
cinco, seis, sete, oito,...
Portanto, próxima letra é O.

06. Qual o próximo número que da sequência 1 1 1 3 5 9 17?


a) 27 b) 29 c) 31 d) 33
SOLUÇÃO:
Essa é a série de Tribonacci, não tão conhecida quanto a de Fibonacci, que segue padrão semelhante. Observe que cada ter-
mo, a partir do quarto, é a soma dos três termos anteriores. Portanto, o próximo será
x = 5 + 9 + 17 = 31

07. Os números 31 28 31 30 31 30 31 seguem um padrão lógico. De acordo com esse padrão, determine o próximo
número da sequência.
a) 28 b) 30 c) 31 d) 32

SOLUÇÃO:
Os números dados são a quantidades de dias dos meses de um ano não-bissexto, ou seja
JAN(31) FEV(28) MAR(31) ABR(30) MAI(31) JUN(30) JUL(31)
Então o próximo é 31, pois o mês de agosto possui 31 dias.

08. Observe a sequência de pessoas a seguir:

Seguindo o padrão, qual será o 50º elemento?

a) b) c) d)
1ª SOLUÇÃO:
Observe que existem duas lógicas simultâneas:
 Com relação aos braços, estão alternando, um pra baixo e outro pra cima. Dessa forma, todos aqueles que estão em
posição par, assim como o 50º, tem o braço para cima.
 Com relação ao sexo, o ciclo é de um homem e duas mulheres em seguida. Dessa forma, sempre os múltiplos de três
serão mulheres, portanto o 48º será mulher e em seguida um homem e duas mulheres, ou seja, o 50º será mulher.
2º 4º 6º 8º 10º 12º

3º 6º 9º 12º
Portanto, o 50º elemento, é uma menina com braço pra cima.

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2ª SOLUÇÃO:
Uma segunda maneira de pensar nessa questão é perceber que existe um ciclo de 6 em 6 elementos. Observe:

6º 48º 49º 50º


Portanto, como 48 é múltiplo de 6, o 48º termo é igual ao 6º. Quando o ciclo reinicia, vemos que o 50º é igual ao 2º, logo
uma menina com braço pra cima.

09. Os números 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, x, apresentam um padrão lógico. Determine o valor do número x, seguindo
a sequência.
a) 20 b) 40 c) 100 d) 200

SOLUÇÃO:
Um desafio que já virou clássico e que apareceu pela primeira vez para o grande público na revista “Super Interessante” no
fim do século passado. Trata-se uma questão realmente interessante, mas difícil aos olhos não preparados, pois sua lógica
não está associada a operações matemáticas.
Veja a escrita de cada um deles:
Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, Dezenove
Percebeu o que eles tem em comum?
Pois é, a escrita de todos os números começa com a letra D, portanto o próximo número a começar com a letra D é o 200
(Duzentos), logo, item D.

EXERCÍCIOS
(AOCP) Julgue os itens a seguir, acerca de raciocínio lógico.
01. Observe a sequência:
POLÍCIAPOLÍCIAPOLÍCIAPOLÍCIA...
A 201ª letra dessa sequência é a letra P.
( ) CERTO
( ) ERRADO

02. Em uma festa, cada um dos convidados que chega ao local recebe algo como boas vindas. O primeiro a chegar recebe
uma taça de champanhe, o segundo uma taça de vinho, o terceiro um copo de refrigerante, o quarto um salgadinho, o quinto
um docinho, o sexto volta a receber um champanhe, o sétimo uma taça de vinho, o oitavo um copo de refrigerante, o nono
um salgadinho, o decimo um docinho e assim por diante. Dessa forma, podemos afirmar que o centésimo trigésimo sétimo
convidado receberá uma taça de vinho.
( ) CERTO
( ) ERRADO

(TEXTO) Julgue os itens a seguir, acerca de raciocínio lógico sequencial.


03. O oitavo termo da sequência (2, 4, 8, 16, 32, 64,...) é 256.
( ) CERTO
( ) ERRADO

04. O oitavo termo da sequência (1, 3, 7, 15, 31, 63, ...) é maior que 250.
( ) CERTO
( ) ERRADO

05. O trigésimo termo da sequência (1, 4, 9, 16, 25, 36,...) é maior que 900.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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06. A famosa sequencia de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ...) possui uma ;ógica muito interessante. Nessa sequencia, o
décimos termo é igual a 55.
( ) CERTO
( ) ERRADO

07. (AOCP) Dada a sequência lógica (5, 15, 10, 30, 25, 75, ...), podemos afirmar que a soma dos dois próximos números dessa
sequencia é 280.
( ) CERTO
( ) ERRADO

08. (AOCP) Se os números (6, 10, 8, 20, 10, 40, 12, 80,...), estão ordenados numa sequencia lógica, então a soma dos dois
próximos números dessa sequencia é 174.
( ) CERTO
( ) ERRADO

09. Considere a sequência cujos três primeiros termos são:

O 20º termo dessa sequência tem 60 bolinhas.


( ) CERTO
( ) ERRADO

10. (FUNCAB) Observe a sequência de bolinhas a seguir.

FIG. 1 FIG. 2 FIG. 3 FIG. 4 FIG. 5

Observando o padrão lógico, podemos afirmar que o número de bolinhas da 20ª figura é inferior a 200.
( ) CERTO
( ) ERRADO

11. Observe o padrão de letras a seguir.


SUCESSOSUCESSOSUCESSOSUC...
Mantida a lógica, qual a 200ª letra da sequência?
a) S
b) U
c) C
d) E
e) O

12. Dada a sequência lógica (3, 7, 9, 13, 15, ...), assinale a alternativa que representa seus próximos quatro números.
a) 17, 19, 23, 27.
b) 17, 21, 23, 25.
c) 19, 23, 27, 31.
d) 19, 21, 25, 27.
e) 19, 23, 25, 27.

13. (FCC) Considere que os números que compõem a sequência (414, 412, 206, 204, 102, 100,...) obedecem a um lei de for-
mação. A soma do nono e décimo termos dessa sequência é igual.
a) 98
b) 72
c) 58
d) 46
e) 38

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14. A sequência (1, 4, 12, 15, 45, 48, 144,...) obedece a um lei de formação. Dessa forma, determine a soma do oitavo e do
nono termo dessa sequência.
a) 147
b) 441
c) 444
d) 588
e) 1332

15. Observe a sequência (2, 5, 4, 10, 8, 15, 16, 20, 32, 25,...), que está logicamente estruturada. Dessa forma, determine a
soma do 11º e do 12º termo dessa sequência.
a) 24
b) 30
c) 48
d) 64
e) 94

16. José decidiu nadar no clube, regularmente, de quatro em quatro dias. Começou a fazê-lo em um sábado; nadou pela
segunda vez na quarta-feira seguinte, depois no domingo e assim por diante. Nesse caso, na centésima vez em que José for
nadar, será:
a) terça-feira.
b) quarta-feira.
c) quinta-feira
d) sexta-feira.

DESAFIO
Observe a sequência de figuras:

Descubra a lógica da série de figuras e aponte o item abaixo que representa o próximo desenho dessa sequência.
a) b) c) d) e)

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
E C C C C C C C
09 10 11 12 13 14 15 16
C E D D D D E B

CAPÍTULO 6
PORCENTAGEM

A expressão por cento vem do latim per centum e quer dizer por um cento. Assim, quando você lê ou escuta uma
afirmação como "Grande liquidação: 20 por cento de desconto em todos os artigos", significa que você terá 20 reais de des-
conto para cada 100 reais do preço do artigo que comprar.

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LINK:
Uma porcentagem ou percentagem é uma parte de um
total de cem. Ou seja, é uma fração cujo denominador é
100. Dessa forma, toda razão a/b na qual b = 100, chama-
se taxa de porcentagem.

EXEMPLO:
Se uma barra de chocolate é dividida em 5 pedaços e uma pessoa come 3 deles, ela terá comido 3/5 do total, mas se
tivesse dividido em 100 partes ela teria comido 60 partes, o que na verdade representa a mesma coisa. A expressão
“por cento” pode ser substituída pelo símbolo “%”. Dessa forma, temos:

3 6 60
   60%
5 10 100

EXEMPLO:
8 80
8 pessoas em um grupo de 10 correspondem a ou ou 80% do grupo.
10 100
EXEMPLO:
21 7
Num total de R$ 300,00, a quantia de R$ 21,00 equivale a ou ou 7% do total.
300 100

FRAÇÃO x PORCENTAGEM

Existe uma intima relação entre porcentagem e fração!


Falar de porcentagem é falar de fração, mas uma fração especial cujo denominador é 100.

AUMENTOS E DESCONTOS

AUMENTO DE 20%
 Valor inicial  x
 Valor do aumento  20% de x
 Valor após o aumento  120% de x

DESCONTO DE 20%
 Valor inicial  x
 Valor do desconto  20% de x
 Valor após o desconto  80% de x

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LINK:
Para ganhar tempo (o que é fundamental em concursos) lembre-se que se um capital x aumenta 20%, ele
irá para 120% de x. Dessa forma não é necessário fazer o desenvolvimento:

x + 20%x = 100%x + 20%x = 120%x = 1,20x

Observe os aumentos e descontos a seguir:

x
+20% 20% +100%
120%x x 80%x x 2x = 200%x

x
+50% 50% +200%
150%x x 50%x x 3x = 300%x

x
+84% 84% +400%
184%x x 16%x x 5x = 500%x
+136% +100% +800%
x 236%x x 200%x x 9x = 900%x

R – Reais
LINK I – Irracionais
: Q – Racionais
Z – Inteiros
N – Naturais

PORCENTAGEM DE CABEÇA

O segredo para calcular porcentagem de cabeça é perceber como é fácil calcular 10% e 1%, pois as outras porcentagens intei-
ras podem ser calculadas a partir delas.

LINK: LINK:

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Para fazer porcentagem de cabeça, basta entender a relação de todas as porcentagens com 10%.
 10% de 120 = 12 (1/10 de 120 = 120/10 = 12)
 20% de 120 = 24 (20% = 10% + 10%, ou seja 12 + 12 = 24)
 30% de 120 = 36 (30% = 10% + 10% + 10%, ou seja 12 + 12 + 12 = 3.12 = 36)
 5% de 120 = 6 (5% é a metade de 10%, logo a metade de 12 é 6)
 1% de 120 = 1,20 (1/100 de 120 = 120/100 = 1,20)
 21% de 120 = 25,2 (21% = 10% + 10% + 1%, ou seja 12 + 12 + 1,2 = 25,2)
 35% de 120 = 42 (35% = 10% + 10% + 10% + 5%, ou seja 12 + 12 + 12 + 6 = 42)
 52% de 120 = 62,4 (52% = 50% (metade) + 1% + 1%, ou seja 60 + 1,2 + 1,2 = 62,4)
 90% de 120 = 108 (90% = 100% (o todo) – 10%, ou seja 120 – 12 = 108)
 95% de 120 = 114 (95% = 100% – 5%, ou seja 120 – 6 = 114)
 99% de 120 = 118,8 (99% = 100% – 1%, ou seja 120 – 1,2 = 118,8)
 125% de 120 = 150 (125% = 100% + 25% (um quarto), ou seja 120 + 30 = 150)
 151% de 120 = 181,2 (151% = 100% + 50% (metade) + 1%, ou seja 120 + 60 + 1,2 = 181,2)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Em uma sala com 50 alunos, sendo 38 mulheres, qual o percentual de homens?

SOLUÇÃO:
Lembre-se que porcentagem é fração, mas uma fração cujo denominador é 100.
Então, para calcular o percentual que os 12 homens representam diante dos 50 alunos, basta escrever a fração que isso re-
presenta, procurando a fração equivalente cujo denominador seja 100. Observe:

02. Em uma viagem de 200km, já foram percorridos 126km, qual o percentual já percorridos?
SOLUÇÃO:
A fração do que já foi percorrido, em relação ao total da viagem, pode ser escrito da seguinte forma:

03. Se João gastou 18/25 do seu salário, qual o percentual que ainda resta?

SOLUÇÃO:
Quem gasta 18 partes de 25 é por que ainda restam 7 partes de 25, logo essa fração equivale a:

04. Em uma liquidação, um produto caiu de R$20 para R$11. Qual o percentual de desconto?

SOLUÇÃO:
Se o produto cai de 20 reais para 11 reais, então houve um desconte de 9 reais. A questão é quanto que esses 9 reais de
desconto representam em relação preço inicial de 20 reais. Portanto,,

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05. Um comerciante comprou uma moto por R$8 mil e vendeu por R$11 mil. Qual o percentual de lucro, em relação preço
de custo?

SOLUÇÃO:
Se o comerciante comprou por R$8 mil e vendeu por R$11 mil, então ele lucrou R$3 mil.
Nesse caso, temos que descobrir quanto que esses 3 mil valem em relação ao custo de 8 mil que ele teve.

Basicamente, multiplicamos o numerador e o denominador por 100, para em seguida dividir tudo por 8, pois dessa forma
surge o denominador 100.

06. Em uma fábrica, existe uma proporção de 8 mulheres para cada 11 homens. Qual o percentual de mulheres nessa fábri-
ca?

SOLUÇÃO:

07. Renata investiu R$ 40 mil e resgatou R$ 58 mil após um ano. Qual o percentual de rendimento dessa aplicação?

SOLUÇÃO:

08. Dois aumentos sucessivos de 30% e 20% são equivalentes a um único aumento de quanto?

SOLUÇÃO:
Podemos empregar nessa questão um artifício aritmético que costumo chamar de “truque do 100”.
A idéia consiste em escrever o número 100 e seguir os comandos, ou seja, aumentar 30% em cimas dos 100 e em seguida
aplicar mais 20% em cima do novo valor, no caso 130. Isso de forma cumulativa, observe:

Dessa forma, como iniciamos com 100 e terminamos com 156, percebe-se facilmente que houve aumento de 56 partes pra
cada 100 que colocamos no início, ou seja, aumento de 56 por 100, ou ainda aumento de 56%.

Um fato interessante é que a ordem dos aumentos não altera o resultado final, observe:

Isso ocorre pois quando aumentamos 20% estamos multiplicando por 1,20 e quando aumentamos 30% basta multiplicar por
30%, portanto
x.1,20.1,30 = x.1,30.1,20 = x.1,56 = 156%.x (aumento de 56%).

09. Descontos sucessivos de 30% e 20% são equivalentes a um único desconto de quanto?

SOLUÇÃO:
Da mesma forma que na questão anterior podemos aplicar o “truque dos 100”, veja:

Portanto, redução de 44 para cada 100, ou seja, diminuição de 44%.

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10. Três aumentos sucessivos de 100%, equivalem a um único aumento de quanto?

SOLUÇÃO:
Aplicando o “truque dos 100”, temos:

11. Uma loja, realizando uma promoção, oferece um desconto de 20% nos preços dos seus produtos. Pra voltar aos preços
iniciais, os preços promocionais devem sofrer um acréscimo de A%. Determine o valor A.

SOLUÇÃO:
Observe que para cada 100 aplicado desconta-se 20, mas na voltar ao original deve aumentar 20 em relação a 80, ou seja,
1/4 de 80, ou ainda, aumento de 25%.

Observe que a redução de 20 em relação a 100 corresponde a 20%.

Por outro lado, o aumento de 20 em relação a 80 corresponde a 25%.

Dessa forma, para retornar aos preços iniciais, os preços promocionais devem sofrer acréscimo de 25%.

12. Após um desconto de 30%, Maria pagou por um sofá o valor de R$350,00. Quanto era o valor original do sofá, sem o
desconto de 30%?

SOLUÇÃO:
Do enunciado, temos:

Dessa forma, podemos afirmar que os 350 reais correspondem a 70% do valor original do sofá, ou seja
70%.x = 350
Logo
70/100.x = 350
Portanto
x = 500

13. Após um aumento de 30%, uma cadeira passou a valer de R$390,00. Quanto era o valor original da cadeira, antes do
aumento de 30%?

SOLUÇÃO:
Do enunciado, temos:

Dessa forma, podemos afirmar que os 390 reais correspondem a 130% do valor original do sofá, ou seja
130%.x = 390
Logo
130/100.x = 390
Portanto
x = 300

14. Um auditório, com 200 alunos, tem 96% de mulheres e o restante de homens. Saem N mulheres e o percentual de mu-
lheres passa a ser de 95%. Determine o valor de N.

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SOLUÇÃO:
Do enunciado, temos que o número de homens é igual a 4% dos 200 alunos, ou seja
H = 4%.200 = 8
Perceba que esse número de homens é fixo e depois da saída das N mulheres eles passaram a valer 5% de um novo total, ou
seja
H = 5%.x
Então
8 = 5/100.x
Logo
x = 160
Dessa forma, como eram 200 alunos e agora são apenas 160, saíram 40 mulheres.

CERTO OU ERRADO
(TEXTO) Com relação à porcentagem, julgue os itens a seguir.

01. Podemos afirmar que (10%)2 é igual a 1%.


( ) CERTO
( ) ERRADO

02. Considerando-se que uma lata e uma garrafa de cerveja tenham capacidades para 350 mL e 600 mL, respectivamente,
então, com o conteúdo de uma garrafa de cerveja, pode-se encher uma lata e mais de 70% de outra lata.
( ) CERTO
( ) ERRADO

03. A produção de uma fábrica aumenta 30% em janeiro e aumenta cumulativamente mais 10% em fevereiro, isso represen-
ta um aumento de 40% em dois meses.
( ) CERTO
( ) ERRADO

04. Se um equipamento sofre duas depreciações sucessivas 20% e 30%, isso equivale a uma única redução de 44%.
( ) CERTO
( ) ERRADO

05. Três aumentos consecutivos de 100% equivalem a um único aumento de 700%.


( ) CERTO
( ) ERRADO

06. O texto do Word, representado a seguir, está na fonte tamanho dez, representado na figura a seguir.

Se um usuário alterar de tamanho 10 para tamanho 8, significará uma redução de 20% no tamanho da fonte. Se o usuário
apertar a tecla , o tamanho 8 volta a ser tamanho 10, o que representa um aumento de 25% no tamanho da fonte.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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(CESPE) Em 2015, entre 2% e 6% da população de uma cidade com 30.000 habitantes enviaram, por ocasião das festividades
natalinas, cartões de felicitações a parentes e amigos. Sabe-se que cada habitante enviou, no máximo, um cartão.

Com base no texto, julgue os itens.

07. Menos de 1800 habitantes enviaram cartões de felicitações.


( ) CERTO
( ) ERRADO

08. Considerando-se que 25% dos referidos cartões tenham sido enviados a moradores de cidades do estado de São Paulo, é
correto afirmar que o número que expressa a quantidade de cartões enviada a esse estado está entre 100 e 500.
( ) CERTO
( ) ERRADO

09. Considerando-se que 45 dos cartões enviados pela população da referida cidade tenham sido devolvidos ao remetente,
por erro no endereçamento, e que esse número corresponda a 5% dos cartões enviados, é correto afirmar que a porcenta-
gem de habitantes que enviaram cartões de felicitações é igual a 3%.
( ) CERTO
( ) ERRADO

EXERCÍCIOS
10. Uma enfermeira fazendo uma pesquisa de campo tem que entrevistar 250 pessoas. Sabendo que a cada 7 dias ela entre-
vista 35 pessoas, assinale a alternativa que indica a porcentagem de pessoas entrevistadas após 30 dias.
a) 25% do total.
b) 40% do total.
c) 50% do total.
d) 60% do total.
e) 75% do total.

11. O salário de Vitória sofreu um aumento de 32% e passou a valer R$ 2.640,00. Quanto era seu salário antes desse aumen-
to?
a) R$ 2.000,00
b) R$ 2.100,00
c) R$ 2.200,00
d) R$ 2.400,00

12. Um médico atendeu 410 pacientes no mês de setembro, o que representa 18% a menos que o número de pacientes
atendidos no mês anterior. Qual o número de pacientes que esse médico atendeu no mês de agosto?
a) 600
b) 550
c) 500
d) 450

13. A rede “Lojas BBB”, numa promoção relâmpago, estava oferecendo um desconto de 20% em todas as suas mercadorias.
Maria se interessou por um sofá e pagou pelo mesmo o valor de R$400,00. O valor original do sofá, sem o desconto de 20%,
era de
a) R$480,00
b) R$500,00
c) R$520,00
d) R$540,00
e) R$560,00

14. Na loja de Bosco, os produtos são anunciados por 80% a mais que seu custo. Quando vendidos a vista, ele dá um descon-
to de 20% sobre o valor marcado na etiqueta. Dessa forma, após o desconto, qual o percentual de lucro que ele obtém sobre
o custo?
a) 20%

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b) 24%
c) 36%
d) 44%
e) 60%

15. Um comerciante resolve aumentar em 40% o preço de todos os produtos de sua loja, para em seguida, anunciar uma
liquidação com desconto de 40% em todos eles. Podemos afirmar que, após o desconto, o valor do produto:
a) aumentou 16% em relação ao valor antes do aumento.
b) reduziu 16% em relação ao valor antes do aumento.
c) não pode ser definido, pois depende do valor marcado na etiqueta.
d) não sofreu alteração em relação ao valor antes do aumento.

16. No semestre passado, sabe-se que 30% dos alunos matriculados no curso de idiomas “Spanglish” estudavam espanhol e
os outros 70% estudavam inglês, mas nenhum deles estava matriculado nos dois idiomas. No semestre seguinte, a turma de
espanhol teve aumento de 50% no número de matrículas, enquanto que a turma de inglês reduziu em 10% o número de
alunos matriculados. Com base nessas informações, podemos afirmar que, em relação ao número de alunos do semestre
passado, o total de alunos matriculados no semestre:
a) aumentou 8%
b) diminuiu 8%
c) aumentou 18%
d) diminuiu 18%

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08
C C E C C C C C
09 10 11 12 13 14 15 16
C D A C B D B A

CAPÍTULO 7
INTRODUÇÃO

A matemática financeira está presente em nosso cotidiano de forma direta ou indireta. Quanto
mais dominarmos esse assunto, maiores serão os benefícios que teremos, tanto para ganhar dinheiro
como para evitar perde-lo. Como por exemplo, na escolha do melhor financiamento de um bem ou onde
fazer aplicações financeiras.
O estudo da Matemática Financeira é todo feito em função do crescimento do capital (C)
aplicado com o tempo. Definiremos capital como qualquer quantidade de moeda ou dinheiro.
O montante (M), ou seja, o valor final do capital aplicado é dado pela soma do capital inicial e
uma segunda parcela, que é uma fração do capital inicial, à qual damos o nome de juro. Juro (J) é,
portanto, a compensação financeira conseguida por um aplicador durante um certo tempo ou ainda o
aluguel pago por uma pessoa que, durante algum tempo, usa o capital de outra.
O juro é cobrado em função de um coeficiente, chamado taxa de juro (i), que é dado geralmente em
percentagem e sempre se refere a um intervalo de tempo (ano, semestre, mês, etc), tomado como unidade, denominado
período financeiro ou, abreviadamente período (t ou n).

Existem duas formas de serem calculados os juros a cada período: calculando


sobre o capital inicial ou sobre o montante acumulado. Entenda que no
primeiro caso esse crescimento se comporta como um progressão aritmética
(P.A.) e no segundo caso o montante aumenta segundo uma progressão
geometrica (P.G.).

De outra forma temos:


 Quando os juros são acrescentados, ao capital inicialmente aplicado,
somente após o término da aplicação, podemos dizer que estamos
calculando juros simples.
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 Quando os juros são incorporados ao capital após cada período de tempo, criando assim um novo capital a cada pe-
ríodo, dizemos que estamos fazendo uma capitalização ou calculando juros compostos.
Observe que na figura a seguir, a pilha de moedas da esquerda cresce linearmente, ou seja, aumenta a mesma quantida-
de de moedas por vez (juros simples), enquanto que a da direita cresce muito mais rápido, pois seu aumento é exponencial
(juros compostos).

C M
CAPITAL: Aplicação, investimento, MONTANTE (M): Resgate,
saldo inicial, valor inicial, valor atual, valor amontoado, saldo devedor,
valor presente e principal. saldo credor, valor futuro e capital futuro.

J JUROS (J): Ganho, rendimento,


excedente e compessação financeira. i TAXA (i): Taxa de juros, indice
da taxa de juros e percentual de juros.

t TEMPO (t): Prazo, período, número de períodos e


unidades de tempo.

JUROS SIMPLES

Na capitalização simples, o juro produzido em vários períodos financeiros é constante em cada período e
proporcional ao capital aplicado, sendo este coeficiente de proporcionalidade chamado de taxa de juros.

CONSIDEREMOS A SEGUINTE QUESTÃO:


A importância de R$ 600,00 é aplicada numa instituição financeira à taxa de 6% ao mês (a.m.), durante 3 meses.
Qual o montante após esse tempo?
No problema apresentado anteriormente, temos:
C (capital aplicado) = 600
i (taxa) = 6% a.m.
t (tempo) = 3 meses
Temos que:
 Após o 1º período, os juros serão:
6% de R$ 600,00 = R$ 36,00

 Após o 2º período, os juros serão:


R$ 36,00 + R$ 36,00 = R$ 72,00

 Após o 3º período, os juros serão:


R$ 36,00 + R$ 36,00 + R$ 36,00 = R$ 108,00

Assim, o montante (capital mais rendimentos) será de:


R$ 600,00 + R$ 108,00 = R$ 708,00

Vamos generalizar, deduzindo uma fórmula para calcular os juros simples.


C  capital aplicado

i  taxa % por período de tempo
t  número de períodos de tempo

Então, temos
 Após o 1º período, o total de juros será: C.i;
 Após o 2º período, o total de juros será: C.i+C.i;
 Após o 3º período, o total será: C.i+C.i+C.i;
 Após o t-ésimo período, o total de juros será:
C.i + C.i + C.i + .... + C.i + C.i

t parcelas

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Assim, a fórmula que fornece o total de juros simples é:

LINK:
J = C.i.t Embora não seja necessário, se quiser uma relação direta
entre montante (M) e capital (C), basta substituir
O montante final é de: J = C.i.t
Na relação
M=C+J
M=C+J Ou seja
M = C + C.i.t
Ou ainda
M = C.(1 + i.t)

TEMPO COMERCIAL

Nas aplicações financeiras, frequentemente os bancos comerciais adotam convenção diferente para contagem do
prazo.
O tempo pode ser contado de duas formas:
 ANO CIVIL: 365 dias
 ANO COMERCIAL: 360 dias

JUROS COMERCIAL (ORDINÁRIOS)


Adotam o ano comercial, ou seja, 30 dias para os meses e 360 dias para o ano.
Nas aplicações práticas e por convenção, quando nos referimos apenas ao número de meses, utilizaremos o mês
comercial com 30 dias, de forma indiferente.

JUROS EXATOS
Adotam o ano civil e por isso deve ser contado o tempo exato.
Fica implícito que deve ser usado o juro exato quando forem dadas as datas da negociação e do vencimento, portan-
to a contagem dos dias deve ser exata, inclusive considerando anos bissextos.

É importante saber que os bancos trabalham com juros ordinários e tempo exato. Na contagem dos dias, em geral,
exclui-se o primeiro e inclui-se o último dia.

LINK:
Taxa Diária (ao dia) a.d.
Taxa Quinzenal (a quinzena) a.qi.
Taxa Mensal (ao mês) a.m.
Taxa Bimestral (ao bimestre) a.b.
Taxa Trimestral (ao trimestre) a.t.
Taxa Quadrimestral (ao quadrimestre) a.q.
Taxa Semestral (ao semestre) a.s.
Taxa Anual (ao ano) a.a.

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TAXAS PROPORCIONAIS

Duas ou mais taxas são ditas proporcionais, quando ao serem LINK:


aplicadas a um mesmo capital, durante um mesmo período de tempo,
produzem um mesmo montante no final do prazo, em regimes de juros
simples.

i M i B iT i i i
   Q  S  A
1 2 3 4 6 12

iD iM i i i i
  B  T  S  A
1 30 60 90 180 360

EXEMPLO:
 1%a.m. = 2%a.b. = 3%a.t. = 6%a.s. = 12%a.a.
 2% a.d. = 60% a.m. = 720% a.a.
 24%a.a. = 12%a.s. = 6%a.t. = 4%a.b. = 2%a.m.

SIMPLES x COMPOSTO

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas modalidades a saber:
Juros Simples ou Composto.
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um capital através juros simples e juros compostos, com um
exemplo:
Suponha que $100,00 são empregados a uma taxa de 10% a.m. Teremos:

JUROS SIMPLES  ao longo do tempo, somente o principal rende juros.


PRINCIPAL = 100
NO DE MESES MONTANTE SIMPLES LINK:
1 100 + 10%.100 = 110,00
2 110 + 10%.100 = 120,00  Juros calculado em cima
3 120 + 10%.100 = 130,00 do principal.
4 130 + 10%.100 = 140,00  Não pode aplicar juros em
5 140 + 10%.100 = 150,00 cima dos juros.
 Cresce como uma P.A..
As taxas equivalentes para cada período são proporcionais ao tempo.  Taxa equivalente é pro-
porcional ao tempo.

JUROS COMPOSTOS  após cada período, os juros são incorporados ao principal e passam, por sua vez, a render juros. Tam-
bém conhecido como "juros sobre juros".
PRINCIPAL = 100 LINK:
NO DE MESES MONTANTE COMPOSTO  Juros é calculado em cima do
1 100,00 + 10%.100,00 = 110,00 saldo..
2 110,00 + 10%.110,00 = 121,00  Pode aplicar juros em cima
3 121,00 + 10%.121,00 = 133,10 dos juros.
4 133,10 + 10%.133,10 = 146,41  Cresce como uma P.G..
5 146,41 + 10%.146,41 = 161,05  Taxa equivalente não é pro-
porcional ao tempo.

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As taxas equivalentes para cada período não são proporcionais.

Observe que o crescimento do principal segundo capitalização simples e composta. Enquanto os juros simples tem
crescimento LINEAR, os juros compostos tem crescimento EXPONENCIAL, ou seja,
os juros simples crescem com mesma velocidade e os juros composto crescem M
JUROS
devagar no começo e rápido no fim. Isto pode ser ilustrado graficamente como COMPOSTO
no gráfico ao lado.
JUROS
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particu- SIMPLES
lares costumam reinvestir as quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que
justifica o emprego mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o
uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos. C

1 t

LINK:
Para ganhar tempo em muitas questões, o que é fundamental em concursos, observe que se um
capital x aumenta 20%, ele irá para 120% de x. Dessa forma não é necessário fazer o desenvolvimen-
to:

x + 20%x = 100%x + 20%x = 120%x = 1,20x

Observe os aumentos e descontos a seguir:

x
+20% 20% +100%
120%x x 80%x x 2x

x
+50% 50% +200%
150%x x 50%x x 3x

x
+84% 84% +400%
184%x x 16%x x 5x
+136% +100% +800%
x 236%x x 200%x x 9x

R – Reais
I – Irra-
cionais
Q–
Racio-
nais
Z – Intei-
ros
N–
Naturais

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EXEMPLOS
01. Um capital de R$800 é aplicado por 1 ano, em regime de juros simples, com taxa de 5% a.m.. Determine o resgate e o
rendimento dessa aplicação.

1ª SOLUÇÃO:
Sem usar fórmula, temos que:
5% de R$ 800,00 = R$ 40,00 (juros em 1 mês)
Logo, para 1 ano, ou seja, 12 meses, temos:
12 x R$ 40,00 = R$ 480,00 (rendimento em juros simples ao fim de 12 meses)
Portanto, o resgate (montante) será
R$ 800,00 + R$ 480,00 = R$ 1280,00

2ª SOLUÇÃO:
Dados:
C = 800
i = 5% a.m.
t = 1 ano = 12 meses (a unidade da taxa deve coincidir com a unidade do tempo)
Aplicando na fórmula J = C.i.t, temos
J = 800.5%.12
J = 800. 5 .12
100
J = 480 (rendimento)
Como M = C + J, então
M = 800 + 480
Portanto o resgate (montante) é de 1280 reais.

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02. Um capital de R$ 600,00, aplicado à taxa de juros simples de 20% ao ano, gerou um montante de R$ 1.080,00 depois de
certo tempo. Qual foi esse tempo?

SOLUÇÃO:
1080 – 600 = 480 (juros obtidos após todo o período de aplicação)
x% de 600 = 480
480 80
  80% (porcentagem do rendimento)
600 100
Como 80 : 20 = 4, temos:
4.20% = 80%

Logo, o tempo de aplicação foi de 4 anos.

LINK:
Generalizando, podemos escrever um problema de juros simples assim:
Se um capital C, aplicado à taxa i ao período, no sistema de juros simples, rende juros J, no fim de
t períodos, então:
i.C = juros obtidos no fim de 1 período
(i.C).t = juros obtidos no fim de t períodos  J = C . i . t

03. Qual foi o capital que, aplicado à taxa de juros simples de 1,5% ao mês, rendeu R$ 90,00 em um trimestre?

SOLUÇÃO:
1º modo:
Como a taxa está dada ao mês, o tempo deve ser usado em meses (3 meses = 1 trimestre). Se em 3 meses os juros foram de
R$ 90,00, em um mês foram de R$ 30,00 (90 : 3). Então R$ 30,00 correspondem a 1,5% do capital.
Fazemos 1,5% de x = R$ 30,00:
1,5 30
  1,5x = 3000
100 x
3000
x  2000 (capital)
1,5
2º modo:
C=?
t = 3 meses (1 trimestre)
J = 90
i = 1,5% (0,015) ao mês
J = C.i.t  90 = C. 0,015. 3
0,045C = 90  C = 90/0,045 = 2000
Portanto, o capital foi de R$ 2000,00.

04. A que taxa devemos aplicar o capital de R$ 4.500,00, no sistema de juros simples, para que, depois de 4 meses, o mon-
tante seja de R$ 5.040,00?

1ª SOLUÇÃO:
5040 – 4500 = 540 (rendimento em 4 meses)
540 : 4 = 135 (rendimento em 1 mês)
x% de 4500 = 135
135 27 3
   3% (taxa de juros ao mês)
4 500 900 100

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2ª SOLUÇÃO:
C = 4500
t = 4 meses
J = 540 (5040 – 4500)
i=?
540
J = C.i.t  540 = 4500.i.4  18000.i = 540  i  = 0,03  3%
18 000
Logo, devemos aplicar à taxa de 3% ao mês.

EXERCÍCIOS
01. Foi feita uma aplicação de R$ 4.000,00 a uma taxa de 20% a.q., em um regime de juros simples, durante três trimestres.
Determine o valor do resgate após esse período.
a) R$ 6.200,00
b) R$ 5.800,00
c) R$ 4.500,00
d) R$ 2.400,00
e) R$ 1.800,00

02. (FCC) Em um regime de capitalização simples, um capital de R$ 12.800,00 foi aplicado à taxa anual de 15%. Para se obter
o montante de R$ 14.400,00, esse capital deve ficar aplicado por um período de
a) 8 meses.
b) 10 meses.
c) 1 ano e 2 meses.
d) 1 ano e 5 meses.
e) 1 ano e 8 meses.

03. (CESPE) Se, no período de 4 meses e no regime de juros simples, a quantia de R$ 2.000,00 aplicada em uma instituição
financeira produz o montante de R$ 2.720,00, então a taxa mensal de juros praticada por essa instituição é
a) inferior a 2%.
b) superior a 2% e inferior a 4%.
c) superior a 4% e inferior a 6%.
d) superior a 6% e inferior a 8%.
e) superior a 8%.

04. (CESGRANRIO) Uma loja oferece uma motocicleta por R$ 4.000,00 a vista ou por 50% deste valor a vista como entrada e
mais um pagamento de R$ 2.200,00 após 4 meses. Qual é a taxa de juros simples mensal cobrada?
a) 0,025% ao mês
b) 0,150% ao mês
c) 1,500% ao mês
d) 2,500% ao mês
e) 5,000% ao mês

05. (NCE) Antônio tomou um empréstimo de R$5.000,00 a uma taxa de juros mensal de 4% sobre o saldo devedor, ou seja, a
cada mês é cobrado um juro de 4% sobre o que resta a pagar. Antônio pagou R$700,00 ao final do primeiro mês e
R$1.680,00 ao final do segundo; se Antônio decidir quitar a dívida ao final do terceiro mês, terá de pagar a seguinte quantia:
a) R$3.500,00
b) R$3.721,00
c) R$3.898,00
d) R$3.972,00
e) R$3.120,00
GABARITO
01 02 03 04 05
B B E D E

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CAPÍTULO 8
JUROS COMPOSTOS

Na capitalização composta, o juro produzido no final de cada período financeiro é somado ao capital que o produziu,
passando os dois, capital mais juros a render juros no período seguinte.
Quando estudamos juros simples, calculamos o montante produzido por R$ 600,00, aplicados a 6% a.m., depois de 3
meses. Obtivemos um montante final de R$ 708,00.
No entanto é muito mais comum as aplicações serem feitas a juros compostos, ou seja, após cada período de
tempo, os juros são integrados ao capital, passando também a render juros, como, por exemplo, nas cadernetas de
poupança.
Vamos refazer aquele problema, utilizando juros compostos:
 Após o 1º período (mês), o montante será:
1,06 . R$ 600,00 = R$ 636,00
 Após o 2º período (mês), o montante será:
1,06 . R$ 636,00 = R$ 674,16
 Após o 3º período (mês), o montante será:
1,06 . R$ 674,16 = R$ 714, 61

Esse é o montante final, representado por M. Observe que esse montante é maior do que o achado anteriormente, quando
utilizamos juros simples.
Assim, como fizemos para juros simples, vamos encontrar uma fórmula para o cálculo de juros compostos.
Sejam:
C  capital inicial
i  taxa % por período de tempo


t  número de períodos de tempo
M  mon tan te final
Então:
 após o 1º período (mês), o montante será:
M1 = C + i.C  M1 = C.(1 + i);

 após o 2º período (mês), o montante será:


M2 = M1+ i.M1  M2 = M1.(1 + i)
M2 = C(1 + i).(1 + i)  M2 = C.(1 + i)2.

 após o 3º período (mês), o montante será:


M3 = M2 + i.M2  M3 = M2.(1 + i)
M3 = C(1 + i)2.(1 + i)  M3 = C.(1 + i)3.

Observe o esquema:

Agora de maneira geral para uma taxa “i”, temos:

Procedendo de modo análogo, é fácil concluir que, após t períodos de tempo, o valor Mt, que indicaremos simples-
mente por M, será:

M = C.(1 + i)t

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Assim, resolvendo novamente o problema dado, temos:


M = 600.(1+6%)3
Olhando na tabela 1, temos (1+6%)3 = 1,1910, logo
M = 600.1,1910
então
M = 714,60

Para determinar os juros produzidos, basta calcular a diferença entre o montante produzido e o capital.

J=M–C

No exemplo dado, teremos:


J = 714,60 – 600
Portanto
J = 114,60

LINK:
Na fórmula para o cálculo do Montante aparecem quatro variáveis: M, C, i e t. Podemos encon-
trar qualquer uma delas, desde que se conheçam as outras três.

LINK:

LEITURA NA TABELA

É extremamente importante saber ler e interpretar as tabelas contidas nos anexos. A tabela 1, por exemplo, diz
respeito à capitalização composta, dando o fator de acumulação (1+i) n.
Portanto, você não precisa calcular o valor de (1+6%)9, basta olhar nessa tabela o resultado na linha 9 (período)
associada à coluna 6% (taxa), para encontrar 1,6895 (como visto na figura).

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TABELA 1
FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL ÚNICO

1,6895

LINK:

EXEMPLOS
01. Um capital de R$800 é aplicado por 1 ano, em regime de juros compostos, com taxa de 5% a.m.. Determine o resgate e o
rendimento dessa aplicação
SOLUÇÃO:
Dado:
M  ?

C  R$ 800,00

i  5% a.m. MESMA UNIDADE DE TEMPO
t  1ano  12 meses
Sendo M = C.(1 + i)t
Então M = 800.(1+5%)12
Pela tabela 1, temos: M = 800.1,796 = 1436,8
Portanto o montante final será de R$ 1.436,80.

02. Qual o capital que, aplicado em caderneta de poupança, produz um montante de R$ 2.680,00 em 6 meses, a 5% ao mês?
SOLUÇÃO:
Dados:
M  2680

i  5% a.m. MESMA UNIDADE DE TEMPO
t  6 meses

Sendo M = C.(1+i)t

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Então: 2680 = C.(1+5%)6


Pela tabela 1, temos que (1+5%)6 = 1,34
Logo 2680 = C.1,34
Portanto, o capital aplicado é C = 2000

EXERCÍCIOS
01. (CESGRANRIO) Aplicações financeiras podem ser feitas em períodos fracionários e inteiros em relação à taxa apresenta-
da, tanto em regimes de capitalização simples quanto compostos. A partir de um mesmo capital inicial, é possível afirmar que
o montante final obtido pelo regime composto em relação ao montante obtido pelo regime simples:
a) é sempre maior
b) é sempre menor
c) nunca é igual
d) nunca é menor
e) pode ser menor

02. (ACEP) Fátima aplicou R$ 1.000,00 a uma taxa de juros compostos de 10% ao mês e por um prazo de 1 trimestre. Tendo
sido as capitalizações mensais, qual será o valor do resgate?
a) R$ 1.331,00
b) R$ 1.300,00
c) R$ 331,00
d) R$ 300,00
e) R$ 1.000,00

03. (FCC) Um capital de R$ 2.000,00 foi aplicado à taxa de 3% ao mês durante 3 meses. Os montantes correspondentes
obtidos segundo capitalização simples e composta, respectivamente, valem
a) R$ 2.180,00 e R$ 2.185,45.
b) R$ 2.180,00 e R$ 2.480,00.
c) R$ 2.185,45 e R$ 2.485,45.
d) R$ 2.785,45 e R$ 2.480,00.

04. (FCC) Um capital de R$ 400,00 foi aplicado a juros simples por 3 meses, à taxa de 36% ao ano. O montante obtido nessa
aplicação foi aplicado a juros compostos, à taxa de 3% ao mês, por um bimestre. O total de juros obtido nessas duas aplica-
ções foi
a) R$ 149, 09
b) R$ 125,10
c) R$ 65,24
d) R$ 62,55
e) R$ 62,16

05. A caixa beneficente de uma entidade rende, a cada mês, 10% sobre o saldo do mês anterior. Se, no início de um mês, o
saldo era x, e considerando-se que não haja retiradas, depois de 4 meses o saldo será de:
a) (11/10)4.x
b) (11/10)3.x
c) x + (11/10)4.x
d) x + (11/10).x
e) x + 40%.x

06. Carol investiu R$3.000,00 em um fundo de longo prazo, que rende cumulativamente 4% a.m. Quanto ela irá resgatar
dois anos depois? Dado: (26/25)24 = 2,563
a) 9.760,00
b) 8.310,00
c) 7.689,00
d) 6.970,00
GABARITO
01 02 03 04 05 06
E A A D A C

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60
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