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IFCE

CLAV
GLÓRIA LUCENA VIANA DE CASTRO
PROF. RAFAEL CARVALHO
VIDEOARTE

Fichamento da Obra “Extremidades do vídeo” (2008) de Christiane Mello.

CITAÇÃO PALAVRA-CHAVE PÁGINA COMENTÁRIO

Nesse arco do tempo, Processo. 41 Logo no início do


é possibilitada a pas- capítulo, a autora
sagem entre uma arte ressalta mudanças que
fixa e, objetual, são inerentes ao
propícia ao acabamen- contemporâneo, a arte
to, para uma arte livre passa a percorrer novos
da dependência do caminhos, deixa de ser
objeto, considerada e- apenas objetual, e
fêmera e descontí- torna-se mais livre; a
nua, que rompe com o obra de arte passa a ser
próprio ato de contem- compreendida como
plação e com o concei- processo. É importante
to tradicional de obra ressaltar a parte que
como produto, sendo essa noção processual
acrescida a ela a no- da arte está atrelada à
ção de obra como pro- sua imaterialidade e aos
cesso. fluxos tecnológicos que,
por sua vez, estão
intrìnsecos ao vídeo.
(após o séc. XIX)

A noção de continuum Espaço-tempo 43 Em níveis de


do tempo baseia-se na composição, penso ser
concepção de que o interessante ter em
espaço e tempo inter- mente que as noções de
ferem um no outro, não espaço-tempo -em
podendo mais ser conjunto- irão permear e
compreendidos de mo- nortear a produção
do separado. videográfica.

Essa nova dimensão Arte; vida. 43 Outro aspecto


criativa, propiciada, em interessante que fora
muito, pela alteração pontuado pela autora é a
sensória da realidade relação do vídeo com a
espaço-temporal e arte e com a vida; todos
provocada em boa os três aspectos
parte, pelos meios entrelaçados e se
tecnológicos, reforça a desenvolvendo em con-
ideia de arte como junto. Particularmente,
processo de expansão ouso dizer também que
entre os meios, assim não se pode dissociar a
como das experiências vida da arte e do
artísticas realizadas e processo artístico.
presentificadas em
tempo real, provo-
cando a mistura entre
a arte e a vida em sua
elaboração.

Com a introdução dos Desmaterializante 48 Os meios técnológicos


meios tecnológicos abrem novas pos-
comunicacionais na sibilidades no âmbito
arte, como a própria artístico e termos como
televisão bem exem- “desmaterializar” e “des-
plifica, ocorre uma territorializar” fazem-se
mudança na dimensão ainda mais presentes na
espaço-tempo e no Arte. É importante
modo como a mensa- compreendê-los não de
gem é recebida, já que modo negativo, mas
esses meios têm o sobre a perspectiva do
poder de dar à criação período e das circuns-
artística uma perspec- tâncias que estão sendo
tiva desmaterializante, utilizadas.
calcada na informação
desterritorializada, no
tempo real e nos fluxos
de comunicação.

Vídeo é uma questão Tempo 51 Trouxe esta citação


de tempo: tempo como um “marco
inscrito na imagem, pessoal’. Um lembrete
tempo de transmissão ou um aviso, algo a ser
da imagem e duração pensado na hora de
de tempo necessária à compor meus vídeos.
sua apresentação
sensória.

O vídeo é a linguagem Linguagem 52 Marco histórico, inova-


que permite pela ções específicas do
primeira vez na história vídeo que merecem ser
das imagens técnicas ressaltadas e lembra-
captar e exibir imagens das.
e sons de forma
simultânea.

percebemos que cada Imaterialidade 53 A imaterialidade e


vez mais ela existe virtualidade do vídeo
menos sobre critérios levam à análise crítica
de materialidade e sobretudo ao seu
mais sobre o seu processo.
processo de imateria-
lidade e virtualidade.

Diferentemente da fo- Imagem; 54 Esta citação em


tografia e do cinema, Movimento particular me lembrou o
que operam na pers- vídeo que foi visto em
pectiva de represen- sala de aula “História do
tação do tempo, é a Cinema” de Godard. O
mídia videográfica que cinema e a fotografia se
“acrescenta a capaci- preocupam com a
dade de registrar, representação do tempo,
transmitir e reproduzir o produção videográfica
simultânea e quase não se “prende” a isto. O
instantaneamente uma vídeo de Godard ilustra
imagem em movimen- exatamente isto.
to”.

A linguagem tecnoló- Linguagem; 58 A linguagem tecnológica


gica passa a ser vista, Tecnológica muda não apenas os
em diferentes pers- caminhos artísticos, mas
pectivas, não apenas os caminhos culturais e
em seus usos artís- sociais, surgem novas
ticos, mas também perspectivas acerca dos
como uma alternativa inúmeros assuntos que
para a reflexão cul- permeiam a humani-
tural. social e filosófica. dade.

É com essa lógica que Tensa 61 Penso que a problemáti-


o vídeo é inserido do ca historiográfica e
experimentalismo e até crítica no tocante da
hoje é tensa e ambí- produção videográfica,
gua também a sua dificultam o acesso e o
relação no plano da reconhecimento dessa
história e da crítica. linha artística e torna
difícil até mesmo o seu
aprendizado.

“a história da arte não História da Arte 62 A inovação dos meios


é apenas a história das de expressão levam o
ideias estéticas [...] pensamento à novas
mas também e ideias estéticas, eles
sobretudo a história não necessariamente se
dos meios que nos dissociam.
permitem dar expres-
são a essas ideias”

Em ambos, havia Transgredir 71 Transgressão provavel-


vontade de transgredir mente seja a palavra
a televisão como que mais combina com a
instrumento midiático e videoarte.
redimensionar o seu
espaço de ação.
(Referente à Nam June
Paik e à Wolf Vostell).

Os artistas dessa Dessemelhança; 72 Não existem limites


primeira geração logo Realidade Objetiva claros nos processos
descobrem também que envolvem a
intervir nas imagens e videoarte. Trata-se de
sons do vídeo significa uma vertente artística
produzir um novo tipo que está constante-
de imagética, calcada mente em suas
na abstração, no ruído extremidades.
e na dessemelhança
da imagem e com a
realidade objetiva.

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