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INTERNACIONAL
autor
EVERTON BUZZO
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2015
Conselho editorial solange moura; roberto paes; gladis linhares; karen bortoloti;
jessamine thaize sartorello salvini
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2015.
isbn: 978-85-5548-042-3
Prefácio 7
Objetivos 34
2.1 O ambiente econômico, social e cultural 35
2.1.1 O Ambiente Econômico 35
2.1.1.1 Recessão 36
2.1.1.2 Inflação 37
2.1.1.3 Outras questões econômicas 37
2.1.1.3.1 PIBs mundiais 38
2.1.2 Aspectos básicos da sociedade e da cultura 38
2.1.2.1 Aspectos da sociedade 38
2.1.2.2 Aspectos culturais 41
2.1.3 Abordagem analítica de fatores culturais 42
2.1.4 Ambientes social e cultural: impactos no
marketing de produtos de consumo 43
2.2 Segmentação, posicionamento e seleção de mercados alvo 44
2.2.1 Segmentação no mercado global 44
2.2.1.1 Segmentação Geográfica 44
2.2.1.2 Segmentação Demográfica 44
2.2.1.3 Segmentação Psicográfica 45
2.2.1.4 Segmentação Comportamental 45
2.2.2 Estabelecimento de mercados alvo globais 45
2.2.3 Tamanho atual e potencial de crescimento do segmento 46
2.2.4 Concorrência potencial 47
Atividades 47
Reflexão 47
Referências bibliográficas 52
3. Diferentes Mercados e
Segmentação dos Mercados Globais 53
Objetivos 54
3.1 Aproveitando oportunidades no mercado global 55
3.1.1 Características de mercados regionais 55
3.1.1.1 Europa ocidental 56
3.1.1.2 Europa central e leste europeu 59
3.1.1.3 América do Norte 60
3.1.1.4 Ásia-pacífico 60
3.1.1.5 China 62
3.1.1.6 Japão 63
3.1.1.7 América Latina 66
3.1.2 Marketing em economias de transição e
países menos desenvolvidos 67
3.1.3 Compradores globais 68
3.1.4 Equação de valor e valor para o cliente 68
3.2 Segmentação, posicionamento e seleção de mercados alvo 69
3.2.1 Segmentação geográfica 69
3.2.2 Segmentação demográfica 69
3.2.3 Segmentação psicográfica 69
3.2.4 Segmentação horizontal x vertical 70
3.3 Estabelecimento de mercados alvo globais 70
3.4 Tamanho atual e potencial de crescimento do segmento 71
3.5 Concorrência potencial 72
3.6 Posicionamento global do produto 72
Atividades 73
Reflexão 73
Referências bibliográficas 76
4. Decisões de Produto e de
Canais de Marketing Internacional 77
Objetivos 78
4.1 Decisões do produto 79
4.1.1 Posicionamento de produto 82
4.1.1.1 Segmento universal/tema de posicionamento uniforme 82
4.1.1.2 Segmento universal/temas de posicionamento diferentes 82
4.1.1.3 Segmento diferente/temas de posicionamento diferentes 82
4.1.2 Atributo ou benefício 84
4.1.3 Qualidade/Preço 85
4.1.4 Uso/usuário 85
4.1.5 Posicionamento high-tech, posicionamento high-touch 86
4.1.6 Níveis de saturação de produtos em mercados globais 87
4.1.7 Novos produtos em marketing global 88
4.2 Canais de marketing global e distribuição física 89
4.2.1 Canais de distribuição 89
4.2.1.1 Canais indiretos de distribuição 89
4.2.1.2 Canais diretos de exportação 92
4.2.2 Distribuição física 93
4.2.3 As questões da distribuição 94
4.2.3.1 Processamento de pedidos 94
4.2.3.2 Estocagem em armazéns 95
4.2.3.3 Gerenciamento de estoques 95
4.2.3.4 Transporte 95
Atividades 96
Reflexão 96
Referências bibliográficas 97
Objetivos 100
5.1 Propaganda Global 101
5.1.1 Propaganda e marcas globais 101
5.1.2 Os maiores mercados por gastos de propaganda 102
5.1.3 Conteúdo da propaganda global 103
5.1.4 Propaganda e características de produto 105
5.2 Promoção global 106
5.3 Relações públicas e publicidade 106
5.4 Venda pessoal 107
5.5 Promoção de vendas 108
5.6 Marketing direto 110
5.7 Feiras e eventos 112
Atividade 114
Reflexão 114
Referências bibliográficas 117
Gabarito 118
Prefácio
Prezados(as) alunos(as),
Bons estudos!
7
1
O Conceito de
Marketing e o
Marketing Global
Este capítulo apresenta o conceito de marketing de forma ampla, demons-
trando sua importância para as organizações e quais as tarefas desempe-
nhadas pela área de marketing. Posteriormente faz a contextualização para
o marketing global, apresentando as diferenças entre o marketing local e o
marketing global.
OBJETIVOS
Após a leitura deste capítulo esperamos que você:
10 • capítulo 1
1.1 O conceito de marketing
O marketing tem sido definido de várias maneiras, conforme mostra a tabela 1.1:
AUTORES DEFINIÇÕES
Tabela 1.1
capítulo 1 • 11
De forma mais objetiva, podemos, então, observar que o marketing deve ter
uma preocupação constante em identificar as necessidades reais do cliente, di-
recionando todas as atividades das empresas a essas necessidades, envolvendo
estímulo e geração de trocas. Esta definição pode ser sintetizada em três di-
mensões complementares: marketing como troca, filosofia organizacional e
processo, conforme a figura 1.1 (URDAN;URDAN, 2006).
Filosofia
Organizacional
Troca Processo
12 • capítulo 1
Para a troca existir, são necessárias algumas condições:
Haver duas partes envolvidas;
• Cada parte ter algo que pode ser de valor para a outra;
• Cada parte ter capacidade de comunicação e entrega;
• Cada parte ser livre para aceitar ou rejeitar a oferta;
• Cada parte acreditar estar em condições de lidar com a outra.
capítulo 1 • 13
Existe quando os desejos são apoiados
pelo poder de compra. Dados os dese-
jos e os recursos das pessoas, estas
procuram produtos que lhes concedam
a maior satisfação possível. Normalmen-
DEMANDA te, os consumidores veem os produtos
como pacotes de benefícios e escolhem
os que lhes dão o melhor conjunto de va-
lores por seu investimento. Ex.: um carro
Gol significa transporte básico, preço
acessível e economia de combustível.
TAREFA DE
ESTADO DA DEMANDA MARKETING
14 • capítulo 1
TAREFA DE
ESTADO DA DEMANDA MARKETING
Declinante: consumidores começam a comprar o
produto com menos frequencia ou deixam de com- Revitalizar
prá-lo.
capítulo 1 • 15
O trabalho da empresa é vender benefícios ou serviços “embutidos” nos
produtos físicos, em vez de apenas descrever suas características físicas. Diz-
se que os vendedores que concentram seu pensamento no produto físico em
vez de nas necessidades dos consumidores sofrem de “miopia de marketing”.
No Brasil, cresce o número de pessoas ligadas a atividades filantrópicas.
Elas colaboram com organizações não governamentais, que formam o tercei-
ro setor. As contribuições são feitas com recursos financeiros ou materiais,
trabalho voluntário e orientação baseada em conhecimentos especializados.
Quando indagadas a respeito disso, pessoas afirmam que nada esperam re-
ceber em troca nessas relações. Na verdade, em geral se trata também de
uma troca, uma vez que o retorno ocorre na forma de sentimentos de fazer o
que é moralmente certo, cuidando de um problema social que pode atingir
a própria pessoa amanhã ou cumprindo preceito de sua fé religiosa (URDAN;
URDAN, 2006).
Um desafio a ser superado pelo profissional de marketing, na tarefa de con-
cretizar trocas com o mercado é a enorme quantidade de produtos e marcas no
mercado disputando a preferência do consumidor.
16 • capítulo 1
É a sensação de prazer ou desapon-
tamento resultante do desempenho
percebido do produto com relação às
expectativas do cliente. Essa expecta-
tiva baseia-se em compras anteriores,
opinião de amigos/conhecidos, informa-
SATISFAÇÃO DO CLIENTE ções e promessas de profissionais de
marketing. Se esse desempenho, então,
não corresponder às expectativas do
cliente, ele ficará insatisfeito. Se corres-
ponder, ele ficará satisfeito. Se exceder
as expectativas, ele ficará maravilhado.
capítulo 1 • 17
O consumidor que compra sempre os produtos da mesma marca e acredita
que esta é a melhor decisão ele é leal e está num relacionamento.
O marketing de relacionamento envolve cultivar o tipo certo de relaciona-
mento com o grupo certo. O marketing, que deve executar não só a gestão do re-
lacionamento com o cliente (customer relationship management – CRM) como
também a gestão do relacionamento com os parceiros (partner relationship
management – PRM), constitui-se de quatro elementos principais: clientes,
funcionários, parceiros de marketing (canais, fornecedores, distribuidores, re-
vendedores, agências) e membros da comunidade financeira (acionistas, inves-
tidores, analistas) (KOTLER, 2006). As empresas tentam desenvolver confiança
e relacionamentos do tipo “ganha-ganha” a longo prazo. Para isso, prometem
e entregam alta qualidade, bons serviços e preços justos as outras partes no de-
correr do tempo.
A terminologia marketing de relacionamento, de acordo com Bretzke (2000,
p. 26):
[...] surgiu com Berry, na literatura de marketing de serviços, em 1983. Naquela épo-
ca concebeu-se que a fidelização de clientes era uma forma de alcançar maior com-
petitividade das empresas e maior satisfação dos clientes; definiu-se o marketing de
relacionamento como a atração, a manutenção e o aprimoramento de relacionamento
com clientes. A atração de novos clientes deveria ser vista apenas como um passo in-
termediário no processo de marketing; solidificar relacionamentos, transformar clientes
indiferentes em leais e serví-los deveria ser considerado marketing.
18 • capítulo 1
Os conceitos de troca e relacionamento levam ao conceito de mercado.
Originalmente, o termo mercado referia-se ao local onde compradores e ven-
dedores se reuniam para trocar seus bens, como na praça de um vilarejo. Os
economistas usam o termo mercado quando se referem a um grupo de com-
pradores e vendedores que transacionam em torno de um produto ou classe de
produtos (KOTLER; ARMSTRONG, 2003).
O tamanho de um mercado depende do número de pessoas que apresen-
tam necessidade ou desejo, têm recursos para fazer uma troca e estão dispostas
a oferecer esses recursos em troca daquilo que desejam.
A expressão “mercados” pode assumir vários significados:
A figura 1.2 mostra que esses conceitos “centrais” do marketing estão vin-
culados. É importante notar que cada conceito é constituído com base no que
o antecede.
Necessidades,
desejos e
demanda
Produtos e
Mercados serviços
Troca, Valor,
transações e satisfação e
relacionamentos qualidade
capítulo 1 • 19
1.1.2 Marketing como filosofia organizacional
20 • capítulo 1
promoção. O conceito de venda é também praticado por organizações que não
visam ao lucro para captação de fundos, aumento do número de matrículas em
faculdades e conquista de votos. Normalmente, não existe preocupação de sa-
tisfação pós-compra. A maioria das empresas pratica o conceito de venda quan-
do tem capacidade de produção excessiva. Seu propósito é vender o que fabrica
em vez de o que o mercado deseja.
• Conceito de marketing: assume que a chave para atingir metas organi-
zacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as
atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e os desejos dos
mercados-alvos. Muitas vezes a orientação de marketing é confundida com a
orientação de vendas. Assim, as principais diferenças entre elas são: a venda
é focalizada na necessidade do vendedor e o marketing, na necessidade do
comprador; a venda está preocupada com a necessidade do vendedor de trans-
formar seu produto em dinheiro e o marketing, em satisfazer as necessidades
do consumidor. O conceito de vendas trabalha com uma orientação de dentro
para fora. Começa com a fábrica, foca sobre os produtos existentes na empresa
e exige ênfase em venda e promoção para gerar resultados rentáveis. O conceito
de marketing parte de uma perspectiva de fora para dentro, em que começa
com um mercado bem definido, foca as necessidades dos consumidores e pro-
duz lucros por meio da obtenção de satisfação desses consumidores. A tabela
1. 3 sintetiza essa ideia.
capítulo 1 • 21
O conceito de marketing fundamenta-se em quatro pilares: mercado-al-
vo, necessidades dos consumidores, marketing integrado (coordenado) e
rentabilidade.
• Mercado-alvo: nenhuma empresa pode operar em todos os mercados e
satisfazer a todas as necessidades.
• Necessidades dos consumidores: uma empresa pode definir seu mercado
-alvo, mas falhar em conhecer plenamente as necessidades dos consumidores.
• Marketing integrado: quando todos os departamentos da empresa traba-
lham em conjunto para atender aos interesses dos consumidores, o resultado é
marketing integrado. Infelizmente, nem todos os funcionários são treinados e
motivados a trabalhar para o consumidor.
• Rentabilidade: o propósito final do conceito de marketing é ajudar as or-
ganizações a atingir suas metas.
• Conceito de marketing societal: assume que a tarefa da organização é
determinar as necessidades, os desejos e os interesses dos mercados-alvos e
atender às satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente do que os concor-
rentes, de maneira a preservar ou ampliar o bem-estar dos consumidores e da
sociedade. O marketing societal amplia a orientação para marketing e é fruto
do debate sobre os efeitos potencialmente “nocivos” das práticas de marketing
sobre as pessoas e o ambiente.
22 • capítulo 1
1.1.3 Marketing como processo
Análise do contexto de
Contexto Interno Contexto Externo
Marketing
Segmentação de
Posicionamento
mercado
Gestão estratégia de
Produto
Preço
Distribuição
Promoção
Valor percebido e
satisfação do cliente
Desempenho Empresarial
capítulo 1 • 23
1.2 O novo conceito de marketing e os 4ps
O novo conceito de marketing ou marketing holístico reúne aspectos do am-
biente (contexto externo) e da empresa (contexto interno) com impacto social
sobre as decisões, os objetivos e as ações da empresa em relação ao mercado,
abrangendo agentes, fatos, mudanças e tendências ligadas aos seguintes do-
mínios: economia, política, legislação, sociocultural, tecnologia, concorrência,
fornecedores, distribuidores e clientes (consumidores). Como essas variáveis
que afetam o ambiente estão fora do controle da empresa, elas são chamadas
de variáveis incontroláveis e podem mudar a todo instante. O contexto interno
refere-se a planos, cultura, recursos e competências da empresa.
A gestão do composto de marketing abrange questões táticas relacionadas
ao mix de marketing ou apenas a sigla 4 Ps (produto, preço, praça e promoção)
derivadas das decisões estratégicas, conforme descritas a seguir (McCARTHY,
1997). Os 4Ps nada mais são do que as decisões básicas que os gestores de
marketing precisam tomar ou quais áreas principais da empresa o gestor de
marketing precisa atuar no seu dia a dia, são eles:
24 • capítulo 1
As decisões da variável distribuição en-
globam a identificação e a escolha dos
canais de marketing para que o produto/
PRAÇA OU PONTO DE serviço esteja no lugar certo, no momen-
DISTRIBUIÇÃO to certo, de forma que o cliente possa
realizar a compra e atender aos seus de-
sejos e necessidades.
capítulo 1 • 25
A estratégia de liderança no custo total tem
como premissa a empresa fazer com que
seu custo total seja menor do que o de seus
ESTRATÉGIA DE LIDERANÇA concorrentes, desta forma, o custo mais bai-
NO CUSTO TOTAL xo funciona como forma de defesa contra a
rivalidade dos concorrentes, principalmente
quando há guerra de preços.
26 • capítulo 1
1.3 Introdução ao marketing global
O marketing global pode ser definido como marketing em uma escala global,
que reconcilia e tira partido de diferenças operacionais, semelhanças e oportu-
nidades, a nível mundial, de forma a alcançar objetivos comuns (DACKO, 2008).
O advento da globalização, com um mundo cada vez menor, está fazendo
com que os mercados tornem-se mundiais para grande parte das empresas, ao
mesmo tempo em que a concorrência torna-se também global. Esta concor-
rência globalizada é um desafio para as empresas, relacionados à existência de
mercados mais integrados, mudanças mais aceleradas, distâncias menores e
surgimento constante de novos concorrentes.
©© CEMIL ADAKALE/DREAMSTIME.COM
capítulo 1 • 27
Já para o marketing global as decisões estratégicas e táticas levam em con-
sideração diferentes mercados, situados em diferentes países, de forma que
a empresa para realizar esta atuação em marketing global precisa passar pelo
chamado processo de internacionalização. O processo de internacionalização
de uma empresa precisa ser criteriosamente planejado, pois a entrada em no-
vos mercados apresenta grandes incertezas e riscos para qualquer empresa.
Tais incertezas estão relacionadas à operar em um novo ambiente institucio-
nal, com costumes, leis e normas diferentes daquelas às quais a empresa está
acostumada, os riscos existem pois o processo de internacionalização deman-
da investimentos, com a alocação de recursos financeiros, tempo e pessoal.
O marketing global faz parte do processo de internacionalização e ele traz
grandes oportunidades de crescimento para as empresas, entretanto, se não
for bem planejado e executado, pode trazer grandes prejuízos.
O novo Ford EcoSport foi um veículo desenvolvido para atuação no mercado global.
Saiba mais em http://www.carpress.com.br/reportagem/item41906.shl
28 • capítulo 1
(preço do dinheiro), situação do mercado de trabalho (desemprego, qualificação
da mão de obra e mão de obra disponível, mobilidade), nível de confiança dos
consumidores (maior ou menor predisposição para comprar) e ambiente inter-
nacional (zonas de livre comércio, blocos econômicos, regulamentações inter-
nacionais de comércio).
CONEXÃO
Mantenha-se informado sobre o ambiente econômico global por meio da imprensa especiali-
zada nesta área, por exemplo, o valor econômico. Acesse: http://www.valor.com.br/
capítulo 1 • 29
É o período entre o término da recessão e o ca-
minho para prosperidade. Neste período ainda há
receio por parte dos consumidores, que normal-
RECUPERAÇÃO mente tendem a poupar e utilizar menos crédito,
sendo que pode ocorrer que este período dure
bastante tempo até que novamente um período
de prosperidade ocorra.
ATIVIDADES
01. O que é o composto de marketing?
REFLEXÃO
“O consumidor está mais atento ao que lhe é oferecido. Essa é a principal constatação da
pesquisa “Consumidor do século XXI”, realizada pelo IBOPE Mídia e que traça o novo perfil
dos compradores brasileiros. O resultado do estudo foi apresentado durante o MaxiMidia,
evento que reuniu profissionais de Marketing e Comunicação, em São Paulo. “
“O consumidor deste século se difere do anterior por ser mais vigilante e exigente. Ele
cobra mais seus direitos, leva em consideração a opinião da família e de amigos, pesquisa
sobre a marca ou produto antes de colocá-lo na sacola. “O consumidor está mais atento,
mais crítico, cada vez mais preocupado som a saúde, natureza e o ambiente social em que se
encontra”, analisa Stenio Diro, diretor de mídia da GCA Comunicação, agência que atua na
Paraíba (FONTE: http://www.revistapronews.com.br/edicoes/105/mat_consumidor.html).”
Reflita sobre esta característica dos consumidores e como a globalização e a atuação
global das empresas tem influenciado tais consumidores.
30 • capítulo 1
LEITURA
Todo profissional precisa estar atendo às mais recentes informações veiculadas sobre o mer-
cado. Acesse o portal do jornal Valor Econômico (http://www.valoronline.com.br) e faça uma
pesquisa sobre as principais ações em gestão de vendas que estão sendo utilizadas pelas
empresas brasileiras. Faça um paralelo com o conteúdo que foi visto neste capítulo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRETZE, M. Marketing de relacionamento e competição em tempo real com CRM. São Paulo:
Atlas, 2000.
CHURCHILL JR, G.A.; Peter, J.P. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000.
DACKO, S. The Advanced Dictionary of Marketing: Putting theory to use. Oxford: Oxford University
Press, 2008.
KOTABE, M. HELSEN, K. Administração de marketing global. São Paulo: Atlas, 2000.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 9 ed. 2003.
KOTLER, P. Administração de marketing: a bíblia do marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 12
ed. 2006.
LAS CASAS, A.L. Administração e marketing: conceitos, planejamento e aplicações à realidade
brasileira. São Paulo: Atlas, 2006.
McCARTHY, J.E. Marketing essencial. São Paulo: Atlas, 1997.
PORTER, M. E. Competitive strategy: techniques for analysing industries and competitors. New York:
Free Press, 1980.
URDAN, F.T,; URDAN, A.T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
capítulo 1 • 31
32 • capítulo 1
2
Ambiente Econômico,
Social e Cultural e
Segmentação de
Mercado no Marketing
Internacional
Este capítulo aborda três variáveis incontroláveis do ambiente de marketing
que os profissionais da área de marketing internacional precisam estudar de
forma a traçar suas estratégias. Também será abordado o conceito de segmen-
tação de mercado no marketing internacional.
OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo esperamos que você seja capaz de:
34 • capítulo 2
Introdução
A análise ambiental diz respeito ao estudo das variáveis do ambiente, que são in-
controláveis e que precisam ser conhecidas. Fundamentalmente os gestores de
marketing precisam conhecer as influências que as diferentes variáveis ambientais
possuem em seu ambiente de negócios. O tópico 2.1 abordará três dessas variá-
veis, o ambientes econômico, o social e o cultural. Já o tópico 2.2 apresentará o
conceito de segmentação para o mercado globa..
©© CASAALMARE/DREAMSTIME.COM
capítulo 2 • 35
No contexto de marketing internacional, os fatores econômicos são deter-
minantes críticos para o planejamento e para a tomada de decisões. Os gesto-
res, desta forma, devem estar cientes das variáveis que podem influenciar as
atividades de marketing nos diferentes mercados de atuação.
Em nenhum outro período da história econômica os países foram mais in-
terdependentes do que hoje. O crescimento dos fluxos financeiros internacio-
nais – incluindo investimento direto no exterior, o portfólio de investimentos
e a transação em moedas – tem atingido níveis mundiais nunca alcançados
(KOTABE; HELSEN, 2000).
Durante os últimos anos, mudanças na economia mundial tiveram um
grande impacto sobre os negócios, segundo Keegan (2006), a probabilidade de
êxito empresarial é muito maior quando os planos e estratégias são baseados
na nova realidade da economia mundial:
• Os movimentos de capitais, ao invés do comércio, têm sido a força impul-
sionadora da economia mundial.
• A produção foi desvinculada do emprego.
• A economia mundial dominou a cena. As macroeconomias de países indi-
viduais já não controlam os resultados econômicos.
• O crescimento do comércio pela internet diminuiu a importância de bar-
reiras nacionais.
2.1.1.1 Recessão
36 • capítulo 2
2.1.1.2 Inflação
capítulo 2 • 37
2.1.1.3.1 PIBs mundiais
As maiores economias do mundo podem ser observadas na tabela abaixo.
38 • capítulo 2
mesmas e sobre os outros, a visão das pessoas sobre as organizações sobre a
sociedade, sobre a natureza e sobre o universo. Desta forma, o ambiente cul-
tural é composto de forças que afetam os valores básicos, as preferências e os
comportamentos da sociedade.
Segundo Lúcio, Melo e Guerra (2013) em cerca de quarenta anos o Brasil
passou de uma possibilidade de explosão demográfica para a possibilidade de
perspectiva de redução da população. De uma taxa de fecundidade em torno de
seis crianças por mulher em idade reprodutiva, por volta dos anos 1960, che-
gou-se em 2010 a 1,8 filho por mulher, a perspectiva é que a população brasilei-
ra passe a diminuir por volta de 2040.
Desta forma, o novo padrão demográfico tem alterado a distribuição etária
da população, rumando para o envelhecimento. Há queda da fecundidade e au-
mento da longevidade das pessoas.
As mudanças trazidas pelo envelhecimento populacional, durante determi-
nado período, são vistas como oportunidade ou bônus para o enriquecimento
e o desenvolvimento de um país. Tal bônus demográfico está associado ao acú-
mulo de riqueza devido ao aumento temporário na proporção de pessoas em
idade ativa frente aos grupos etários dependentes (crianças, jovens e idosos).
Entretanto, para ser aproveitada antes que esgote, essa potencialidade pre-
cisa de iniciativas que a efetivem, como crescimento da economia, melhores
empregos, redução da desigualdade social, mudanças nas políticas públicas,
entre outras. O período até 2015 apresenta-se como uma oportunidade para o
enriquecimento da sociedade, já que a razão de dependência demográfica vem
caindo e, a partir daí, começará a elevar-se em função do aumento da proporção
de idosos (LUCIO; MELO; GUERRA, 2013).
O trabalho de Pochman (2010) aponta que a recuperação da dinâmica de ex-
pansão da economia e, consequentemente, do emprego, juntamente com uma
reorientação das políticas públicas a segmentos de menor rendimento, trouxe-
ram mudanças recentes na estrutura social do Brasil. O autor aponta que entre
1960 e 2010 podem ser destacadas a existência de três padrões distintos de mu-
dança social no país. Entre 1960 e 1980 houve expansão da renda nacional per
capita com expansão da desigualdade de renda da pessoa. Entre 1981 e 2003
houve estagnação da renda nacional per capita e contenção da desigualdade
(porém com forte oscilação). O terceiro padrão encontra-se em curso desde
2004 e aponta para um crescimento da renda nacional per capita juntamente
capítulo 2 • 39
com uma redução da desigualdade pessoal da renda. O autor ainda observa que
esta mudança social não ocorre homogeneamente, variando dentre as faixas
etárias, sexo, ocupação, condição de moradia, cor e região.
As figuras abaixo apontam algumas dessas mudanças.
Brasil - Índice de evolução da renda nacional por habitante e da
desigualdade pessoal da renda (Gini) entre 1960 e 2009 (1960 = 100)
325 130
300 Primeiro padrão: 125
275 crescimento da renda
e da desigualdade 120
250
115
225
200 110
Segundo padrão:
175 105
estagnação da renda
150
Terceiro padrão: 100
125 crescimento da renda
95
100
75 90
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
Renda por brasileiro Desigualdade de renda
Figura 2.1 – Índice de evolução da renda nacional por habitante e da desigualdade pessoal
da renda (Gini) entre 1960 e 2009 (1960=100). Fonte: Pochmann (2010).
40 • capítulo 2
Brasil - Evolução da estrutura social
segundo três níveis de renda de 1995 a 2008 (total = 100%)
39%
37%
35%
33%
31%
29%
27%
25%
1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Figura 2.2 – Brasil - Evolução da estrutura social segundo três níveis de renda de 1995 a
2008 (total=100%, Base = até R$ 188 mensais per capita; Intermediária = de R$ 188 a
R$ 465; e Superior = acima de R$ 465. Fonte: Pochmann (2010).
Cultura pode ser definida como “forma de viver” construídas por grupos de se-
res humanos e transmitidas de uma geração a outra. A cultura envolve valores
conscientes e inconscientes, relacionados a idéias, atitudes e símbolos que in-
fluenciarão padrões de consumo (KEEGAN, 2006).
Os profissionais de marketing global precisam descobrir universalidades
culturais. Universalidade é uma forma de comportamento existente em todas
as culturas, ao identificar tais universalidades é possível a padronização de al-
guns ou de todos os elementos de um programa de marketing.
capítulo 2 • 41
Segundo Keegan (2006) o aumento das viagens internacionais e a melho-
ria das comunicações estão fazendo com que muitas atitudes nacionais com
relação a estilo de roupa, cor, música e bebida estejam convergindo. A globali-
zação cultural tem sido acelerada por empresas que vêm aproveitando oportu-
nidades de encontrar clientes ao redor do mundo. Exemplos de empresas são
Coca-cola, Levi Strauss e McDonald´s, que estão aproveitando oportunidades
de encontrar clientes ao redor do mundo.
©© MIRAGE 3/DREAMSTIME.COM
Figura 2.3
42 • capítulo 2
• Nós gastamos grande parte de nossa energia administrando sinais
perceptivos.
• Quando não compreendemos as crenças e os valores de um sistema cul-
tural e de uma sociedade, as coisas que observamos e as experiências que pas-
samos podem parecer bizarras.
• Se visamos ser eficazes em outras culturas, precisamos entender suas
crenças, seus motivos e seus valores. Desta forma, isso requer uma atitude aber-
ta, que nos permita transcender os limites perceptivos que herdamos da nossa
própria cultura.
capítulo 2 • 43
2.2 Segmentação, posicionamento e seleção
de mercados alvo
Assim como ocorre no marketing local, uma das tarefas dos gestores é a seg-
mentação dos mercados (com a identificação e a categorização de grupos de
clientes e, no caso do marketing global, de países, de acordo com várias carac-
terísticas), identificar os consumidores que pode alcançar com maior eficácia
e eficiência e posicionar-se neste mercado. Os tópicos abaixo apresentarão este
processo para o marketing global.
44 • capítulo 2
2.2.1.3 Segmentação Psicográfica
capítulo 2 • 45
Para tanto, é preciso analisar os indicadores socioeconômicos (estágios de de-
senvolvimento econômico em que se encontram os países e dados como renda
per capita, poder de paridade de compra e estrato socioeconômico); políticos
(risco político, nível de controle da economia pelo Estado); demográficos (ta-
manho da população, faixa etária, composição étnica e taxas de natalidade/óbi-
to); culturais (língua, religião, formação educacional, grau de individualismo/
coletivismo, grau de masculinidade/feminilidade); comportamentais (grau de
lealdade de marca, a taxa de uso, a penetração do produto e os benefícios es-
perados); e estilo de vida (diferenças de estilo de vida dos consumidores entre
países).
Todos estes aspectos podem exercer influência na formação da demanda
pelos produtos de uma empresa e, portanto, indicar os segmentos de con-
sumidores existentes nos países, o tamanho do mercado e o crescimento do
mercado.
O tamanho do mercado pode ser definido pelo potencial de vendas presen-
te, em valor monetário, ou seja, a receita potencial. O tamanho do mercado não
pode ser analisado apenas pelo número de habitantes de um país, devido ao
simples fato de que nem todas as pessoas que têm contato com um produto
irão efetivamente comprá-lo.
46 • capítulo 2
2.2.4 Concorrência potencial
ATIVIDADES
01. Quais as características econômicas dos países com os quais uma empresa tem rela-
ções comerciais que são importantes para a análise de marketing?
02. Cite e explique alguns princípios básicos que melhoram a capacidade de entendimento
de outras culturas.
03. Explique por que os produtos de consumo são mais sensíveis às diferenças culturais do
que os produtos industriais.
REFLEXÃO
Ter uma atuação global ao mesmo tempo em que aumenta o patrimônio de marca de uma
empresa ou de um produto, aumenta suas possibilidades de ganhos, reduz alguns riscos
(como, por exemplo, crises em determinados mercados que podem ser superadas por resul-
tados em mercados nos quais a crise não se instalou) e aumenta outros riscos (como, por
exemplo, o de um concorrente em um novo mercado que até então não era seu concorrente
passar a atuar também no seu mercado doméstico como defesa ou retaliação à sua ação).
Reflita sobre tais riscos estratégicos para as empresas atuantes em mercados globais.
capítulo 2 • 47
LEITURA
Como entender o fenômeno de crescimento chinês, disponível em http://www.santacruz.br/
v4/noticias/artigo-julho.php
Por Dirceu Yoshikazu Teruya e Hugo Eduardo Meza Pinto.
18
16
14
12
Taxa de crescimento
10
8
6
4
2
0
1971 1975 1979 1983 1987 1991 1995 1999 2003 2000
–2
–4
Ano
Clima Linear (Clima)
Esse país apresenta elevadas taxas de crescimento econômico nestas últimas décadas
com taxas superiores a 6% a.a. Este resultado deve-se a uma estratégia de desenvolvimento
de nação e a implementação de ações que tem promovido o aumento da participação chine-
sa no comércio internacional e no desenvolvimento tecnológico. Até os anos 1970, o Produto
Interno Bruto chinês era baseado em produtos de baixo valor adicionado. Atualmente, a base
de produção chinesa tem-se pautado por produtos intensivos em conhecimento.
48 • capítulo 2
As razões para esta mudança estrutural são inúmeras, mas destaca-se uma mão-de-o-
bra altamente qualificada e abundante, capacidade de aprendizado de conhecimento e o
desenvolvimento de novos conhecimentos absorção de conhecimento e utilização da estra-
tégia de imitação para a promoção de inovação incremental com alto impacto no mercado
internacional.
Do ponto de vista do progresso técnico, pode-se verificar uma direção no desenvolvi-
mento tecnológico. Como reflexo desse incentivo, tem-se uma curva ascendente do depósito
de patentes de residentes na China. Este aumento significativo de depósito de patente de
residentes chineses, a partir de 1999, esta atrelado aos investimentos em Pesquisa e De-
senvolvimento das empresas chinesas e da geração de conhecimento protegido na forma
de patentes pelas universidades e institutos de pesquisas chinesas, conforme o gráfico 2.
200.000
150.000
Patentes depositadas
100.000
50.000
–
Ano
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Figura 2.4 – Quantidade de patentes depositados por residentes na China entre 1995 a 2009.
70000
60000
50000
Patente concedida
40000 Residente
20000
10000
0
1990 1995 2000 2005 2010
Ano
Figura 2.5 – Patentes concedidas a residentes e não residentes na China entre 1991 a
2009.
capítulo 2 • 49
Apesar do fluxo de pedidos de residentes na China, observa-se ainda no gráfico 3 que,
até 2008, as patentes concendidas na China ainda tem uma maior participação de não resi-
dentes decorrente dos investimentos diretos externos que a China tem recebido no período
dos anos 90 e 2000 e da proteção de tecnologias na China por não residentes, mas convém
destacar que a taxa de crescimento de patentes condedidas por residentes chineses, ou seja,
pelos agentes econômicos chineses tem aumentado significativamente a partir de 2003. Em
2009, teve o número de patente concendidas a residentes serem maior que as patentes con-
cedidas a não residentes, o que pode significar no médio e longo uma mudança da tendência.
Dentro da estratégia chinesa, o investimento direto externo tem contribuído para a capa-
citação de empresas chinesas. Atualmente, as empresas chinesas estão exportando produ-
tos de média e alta intensidade tecnológica e com produtos competivos. Situação esta dife-
rente dos anos 90, que os produtos chineses eram sinômino de produtos de baixa qualidade,
baixa durabilidade e baixa resistência.
A atual indústria chinesa tem sido em setores intensivos em conhecimento tais como
setor de equipamentos de telecomuicações, setores de semicondutores, microeletrônica,
farmacêutica e biotecnologia.
Estes setores indústriais têm exportados para todos os países do mundo, sendo os Es-
tados Unidos, o país mais relevante para a política de comércio exterior chinês. Assim, os
agentes chineses têm depositado patentes nos Estados Unidos para ter uma garantia jurídi-
ca da tecnologia de produtos chineses, licenciamento de patentes e comércio de tecnologia
entre agentes chineses com agentes americanos e a proteção da atividade inventiva chinesa,
conforme a figura 2.6.
3000
2600
Patente concedida
2000
1500 Quantidade
1000
600
0
97
99
01
03
06
07
08
19
19
20
20
20
20
20
Ano
Figura 2.6 – Quantidade de patente concedidas nos Estados Unidos proveniente da China
entre 1997 a 2010.
50 • capítulo 2
Como resultado, tem-se um aumento da participação chinesa no comércio internacional
tanto das exportações de produtos de alto valor adicionado como da taxa de importação,
principalmente de commodities (minerais e produtos agrícolas), conforme o gráfico 4.
Mesmo com a crise global desde 2008, China ainda manteve taxas de crescimento
econômico acima da média internacional, apesar da taxa e crescimento das exportações
e importações diminuírem significativamente em 2009. Contudo, a China ainda apresenta
desafios relativos à inserção social, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento
econômico.
60
50
Taxa de crescimento
40
30
Taxa de exportações
20
Taxa de importações
10
0
1981 1985 1989 19931997 2001 2005 2009
–10
–20
Ano
Figra 2.7 – Taxa de crescimento anual da China de exportações e importações entre 1981
a 2010.
capítulo 2 • 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRETZE, M. Marketing de relacionamento e competição em tempo real com CRM. São Paulo:
Atlas, 2000.
CHURCHILL JR, G.A.; Peter, J.P. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000.
DACKO, S. The Advanced Dictionary of Marketing: Putting theory to use. Oxford: Oxford University
Press, 2008.
KOTABE, M. HELSEN, K. Administração de marketing global. São Paulo: Atlas, 2000.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 9 ed. 2003.
KOTLER, P. Administração de marketing: a bíblia do marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 12
ed. 2006.
LAS CASAS, A.L. Administração e marketing: conceitos, planejamento e aplicações à realidade
brasileira. São Paulo: Atlas, 2006.
McCARTHY, J.E. Marketing essencial. São Paulo: Atlas, 1997.
PORTER, M. E. Competitive strategy: techniques for analysing industries and competitors. New York:
Free Press, 1980.
SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I. Comportamento do cliente: indo além do comportamento
do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001.
SHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. São Paulo: LTC, 2000.
URDAN, F.T,; URDAN, A.T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
52 • capítulo 2
3
Diferentes
Mercados e
Segmentação dos
Mercados Globais
Este capítulo irá apresentar características de diferentes mercados globais e as
técnicas de segmentação para tais mercados.
OBJETIVOS
Após a leitura deste capítulo esperamos que você seja capaz de:
54 • capítulo 3
Introdução
Os consumidores no mundo todo estão cada vez mais parecidos, produtos glo-
bais como Coca-cola e Mcdonalds estão disponíveis em quase todos os cantos
do globo terrestre. Entretanto, mesmo com essa massificação de consumo,
os consumidores comuns apresentam diferenças ao redor do mundo, vários
produtos precisam de adaptações para atuar em diferentes mercados devido
características regionais de seus compradores, desta forma, é de fundamental
importância o conhecimento de tais características para poder aproveitar opor-
tunidades no mercado global.
CONEXÃO
A APEX Brasil está atenta aos movimentos dos mercados, da economia global e das culturas
de negócios dos países, todo esse conhecimento é repassado às empresas brasileiras por
meio dos Centros de Negócios. Saiba mais em http://www.brasilexport.gov.br/mercados-
globais
capítulo 3 • 55
Após a reunião de informações deve ser utilizado o bom senso com relação a
critérios importantes ou relevantes para agrupar diferentes mercados de forma
que similaridades e diferenças sejam maximizadas.
56 • capítulo 3
Os principais grupos de produtos exportados pelas empresas brasileiras são
os seguintes (APEX, 2015):
OPÇÕES
MUDANÇAS QUE AMEAÇAS AO
ESTRATÉGICAS
AFETAM AS PLANEJAMENTO DAS
DE
ESTRATÉGIAS. EMPRESAS.
GERENCIAMENTO.
capítulo 3 • 57
OPÇÕES
MUDANÇAS QUE AMEAÇAS AO
ESTRATÉGICAS
AFETAM AS PLANEJAMENTO DAS
DE
ESTRATÉGIAS. EMPRESAS.
GERENCIAMENTO.
58 • capítulo 3
OPÇÕES
MUDANÇAS QUE AMEAÇAS AO
ESTRATÉGICAS
AFETAM AS PLANEJAMENTO DAS
DE
ESTRATÉGIAS. EMPRESAS.
GERENCIAMENTO.
Tabela 3.1 – Estratégias de marketing na comunidade européia. Fonte: KEEGAN, 2006, com
base em Guido, 1991.
capítulo 3 • 59
3.1.1.3 América do Norte
3.1.1.4 Ásia-pacífico
Esta região é composta pela Austrália, Nova Zelândia e todos os países da Ásia
com exceção do Oriente Médio. Possui países extremamente populosos, corres-
pondendo a 52% da população mundial, apesar de representar muito menos
em termos de renda.
60 • capítulo 3
China e Japão são os mercados de maior destaque, que estudaremos em tó-
picos distintos. Outros países de destaque são os antigos quatro tigres asiáticos
(Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong) que fizeram revoluções indus-
triais em alta velocidade e estão entre os países de maior alta renda no mundo
atual. Atrás desses quatro países estão a Tailândia, a Malásia, a Indonésia e a
China, que devem repetir o mesmo desempenho em relação a alcançar alta ren-
da que os tigres.
Os principais idiomas são o mandarim e o híndi, porém há centenas de idio-
mas. Esta região também possui diversas religiões, como budismo, islamismo,
hinduísmo, confucionismo, taoísmo e xintoísmo.
A tabela 3.2 apresenta algumas diferenças culturais e de marketing entre os
países ocidentais e asiáticos.
OCIDENTAIS ASIÁTICOS
capítulo 3 • 61
OCIDENTAIS ASIÁTICOS
3.1.1.5 China
Heilongjiang
Jilin
Nei Mongol
Liaoning
Xinjiang Beijing
Tianjin
Hebei
Ningxia
Qinghai Shanxi Shandong
Gansu
Jiangsu
Xizang ShaanxiHenan
Hubei Anhui Shanghai
Sichuan Zhejiang
GuizhouHunan Jiangxi
Fujian
Guangxi Guangdong
Yunnan Taiwan
N
Hong Kong
Hainan
62 • capítulo 3
A China é o país mais populoso do mundo, com cerca de 15% da população
mundial, isso basta para grande parte das empresas. Keegan (2006) exemplifi-
ca “imagine se você só vendesse um pacote de determinado produto para cada
indivíduo que vive na China”, e este é o fator que motiva muitas empresas a en-
trarem neste mercado. Além disso e economia chinesa vem se desenvolvendo
rapidamente, cresceu a uma taxa superior a 10% ao ano durante muito tempo,
o que a levou a tornar-se a segunda economia mundial. Tal crescimento é re-
sultado da conversão gradual do sistema econômico que ela possuía para um
sistema de livre mercado.
3.1.1.6 Japão
RÚSSIA
CHINA
Sapporo
CORÉIA
DO NORTE
Mar do Japão
Akita
Sendai
JAPÃO Fukushima
CORÉIA
DO SUL
Tóquio
Nagoya Yokohama
Kyoto
Hiroshima
Osaka
Kita-kyushu
Fukuoka
NORTE DO
N
OCEANO PACÍFICO
capítulo 3 • 63
Segundo Keegan (2006) qualquer organização que deseje competir no Japão
deve estar comprometida em fornecer produtos de alta qualidade e ter seus pla-
nos de marketing em conformidade com os gostos e práticas japonesas. Sua
população aprecia especificamente produtos de luxo, como roupas de grife e
representam quase metade das vendas mundiais desses itens. O autor ainda
complementa que mesmo sendo bastante diferente, o Japão possui diversas
similaridades com o consumidor ocidental. Culturalmente, o idioma mais im-
portante é o japonês, sendo o budismo e o xintoísmo as principais religiões.
A tabela 3.3 apresenta comparações entre as culturas americana e japonesa.
JAPÃO EUA
Atitudes próprias,
Atitude Renúncia, dependência
independência
Disposto a tomar
Síndrome do “não foi
Atitude cultural 2 emprestados, adotar,
criado aqui”
adaptar
64 • capítulo 3
Objetivo organizacional 1 Lucratividade/sucesso
Participação de mercado
(trabalhos/emprego) financeiro
Identificação do funcio-
Empresa Ocupação, função
nário
Relações comerciais
Cooperação Separação
com o governo
capítulo 3 • 65
3.1.1.7 América Latina
MÉXICO CUBA
REPÚBLICA DOMINICANA
JAMAICA
HAITI PORTO RICO
GUATEMALA
EL SALVADOR NICARAGUA
EQUADOR
PERU BRASIL
BOLÍVIA
PARAGUAI
CHILE
ARGENTINA URUGUAI
OCEANO
ATLÂNTICO
N
66 • capítulo 3
das forças de mercado e das vantagens de se participar plenamente da econo-
mia mundial. Empresas do mundo todo tem observado a região e sua evolução,
estimuladas pela liberalização das importações, pelas perspectivas de tarifas
mais baixas dentro dos grupos comerciais sub-regionais e pelo potencial para
estabelecimento de uma produção sub-regional mais eficiente. No aspecto cul-
tural os principais idiomas são o português e o espanhol, sendo a religião mais
importante o cristianismo católico romano.
capítulo 3 • 67
3.1.3 Compradores globais
V = B/P
Onde
V = valor
B = benefícios
P = preço
68 • capítulo 3
3.2 Segmentação, posicionamento e seleção
de mercados alvo
Assim como ocorre no marketing local, uma das tarefas dos gestores é a seg-
mentação dos mercados (com a identificação e a categorização de grupos de
clientes e, no caso do marketing global, de países, de acordo com várias carac-
terísticas), identificar os consumidores que pode alcançar com maior eficácia
e eficiência e posicionar-se neste mercado. Os tópicos abaixo apresentarão este
processo para o marketing global.
capítulo 3 • 69
A variável personalidade aponta o componente subjetivo da percepção, in-
dicando que a imagem criada pelo consumidor não é somente determinada
por aspectos técnicos, mas também por aspectos emocionais. O estilo de vida
é descrito e por atividades (trabalho, férias, hobbies, esportes, por exemplo),
interesses (família, residência, trabalho, por exemplo) (SHIFFMAN; KANUK,
2001). As atitudes revelam uma pré-disposição do indivíduo a avaliar cogniti-
va e emocionalmente, com base em experiências passadas, objetivos ou idéias.
Assim, as atitudes dos clientes em relação a um produto ou serviço vão influen-
ciar seu comportamento de compra (SHETH, 2000).
70 • capítulo 3
(risco político, nível de controle da economia pelo Estado); demográficos (ta-
manho da população, faixa etária, composição étnica e taxas de natalidade/óbi-
to); culturais (língua, religião, formação educacional, grau de individualismo/
coletivismo, grau de masculinidade/feminilidade); comportamentais (grau de
lealdade de marca, a taxa de uso, a penetração do produto e os benefícios es-
perados); e estilo de vida (diferenças de estilo de vida dos consumidores entre
países).
Todos estes aspectos podem exercer influência na formação da demanda
pelos produtos de uma empresa e, portanto, indicar os segmentos de con-
sumidores existentes nos países, o tamanho do mercado e o crescimento do
mercado.
O tamanho do mercado pode ser definido pelo potencial de vendas presen-
te, em valor monetário, ou seja, a receita potencial. O tamanho do mercado não
pode ser analisado apenas pelo número de habitantes de um país, devido ao
simples fato de que nem todas as pessoas que têm contato com um produto
irão efetivamente comprá-lo.
capítulo 3 • 71
3.5 Concorrência potencial
Um outro ponto importante de análise é a concorrência potencial, um mercado
ou segmento caracterizado por forte concorrência pode ser um segmento a ser
evitado ou onde utilizar estratégia diferente. Keegan (2006) aponta que mui-
tas vezes uma marca local concorre com a marca da multinacional que está en-
trando. O autor exemplifica com a Inca Kola no Peru, que é tão popular quanto
a Coca-cola. Desta forma, neste mercado em específico, a multinacional pode
tentar aumentar as promoções, utilizar promoções diferentes, adquirir uma
empresa local ou formar uma aliança com ela.
72 • capítulo 3
se as expectativas do consumidor forem parecidas em todos os mercados, se
os concorrentes são parecidos e se os potenciais benefícios dos produtos são
semelhantes para todos os mercados escolhidos, fará sentido um posiciona-
mento global.
O posicionamento do produto dentro do triângulo de ouro deverá respon-
der as seguintes perguntas:
um exemplo de posicionamento global são os carros da marca Volvo, que têm como
característica fundamental a segurança. Na mente dos consumidores mundiais a marca
Volvo é relacionada à segurança. No anúncio brasileiro do novo Volvo V 40 a marca
destacou a presença de todo o conteúdo de segurança oferecido fora do país, inclu-
sive uma inovação, o airbag para pedestres. Veja mais em: http://carros.uol.com.br/
noticias/redacao/2013/06/07/volvo-v40-chega-ao-brasil-com-airbag-para-pedestre
-assista.htm
ATIVIDADES
01. Explique os motivos pelos quais o mercado chinês tem se tornado atrativo por diversas
empresas do mundo.
REFLEXÃO
O mercado latino americano e principalmente o Brasil tem sido visto como mercado atrati-
vo por diversas empresas ao redor do mundo, um dos motivos para isso é a saturação de
mercados maduros, como o europeu e o americano para diversos tipos de produtos. Agora
que você tem conhecimentos sobre seleção de mercados alvo, reflita sobre os motivos que
levaram o Brasil a tornar-se um mercado alvo em potencial para diversas empresas.
capítulo 3 • 73
LEITURA
Recomendamos a leitura sobre os 10 produtos mais vendidos no mundo, publicados pela mi-
diapublicitária, disponível em http://www.midiapublicitaria.com/comunicacao/publicidade/
os-10-produtos-mais-vendidos-ao-redor-do-mundo/, acesso em 15 de fevereiro de 2015.
1. Coca-Cola
Tá tudo bem, vocês vão dizer: AH, ÓBVIO NÉ! Além de saber que é o refrigerante mais
consumido do mundo, saibam de mais uma coisinha: diariamente, são consumidos 1,8 bilhão
de porções da bebida. Para se ter uma ideia, a cada oito pessoas no mundo, duas consomem
Coca-Cola todos os dias.
2. Lays
Hmmmm. Uma das melhores batatas do mundo. E por este motivo ~SÓ ACHO~ que é
uma das mais consumidas no mundo. Somente nos Estados Unidos, cerca de 633 milhões de
sacos de Lays são consumidas por ano. E viva o colesterol.
3. PlayStation
Confesso que sempre quis um, mas nunca ganhei, #chateada. Ele surgiu em 1995 e
uma nova versão é lançada de tempos em tempos, pra deixar os gaimers se batendo. Desde
o seu lançamento, já foram vendidos cerca de 344 milhões de consoles.
4. Toyota Corolla
Lindo, elegante, chique… São alguns dos adjetivos que podemos empregar quando fala-
mos do fino Toyota Corolla, um dos produtos mais vendidos no mundo. Desde seu lançamen-
to, em 1966, já foram comprados cerca de 40,7 milhões de automóveis.
5. iPad
Quem tem não troca por nada. Quem não tem morre de vontade de adquirir um dos
famosos tablets da Apple? Ele foi lançado em 2010 e, de lá pra cá, foram vendidos mais de
211 milhões de produtos.
74 • capítulo 3
6. Angry Birds
Por favor, alguém pode me ensinar a jogar isso? Juro que tentei inúmeras vezes, mas de
nada adiantou. Para se ter ideia, desde o seu lançamento, já foram feitos 2 bilhões de down-
loads do game em todas as plataformas.
9. iPhone
Objeto de desejo da maioria da população mundial, o smartphone da Apple foi lançado
em 2007 e, de lá pra cá, são mais de 516 milhões de telefones espalhados pelo mundo intei-
ro. Isso é mais do que todas as pessoas dos Estados Unidos. – Nada a declarar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APEX. Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Disponível em: <http://
www2.apexbrasil.com.br/exportar-produtos-brasileiros/mercados-globais/europa> acesso em 19 de
fevereiro de 2015.
BATRA, R. Executive insights: marketing issues and challenges in transitional economies. Journal of
International Marketing, v. 5, n. 4, p. 95-114, 1997.
BRETZE, M. Marketing de relacionamento e competição em tempo real com CRM. São Paulo:
Atlas, 2000.
capítulo 3 • 75
CHURCHILL JR, G.A.; Peter, J.P. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000.
DACKO, S. The Advanced Dictionary of Marketing: Putting theory to use. Oxford: Oxford University
Press, 2008.
FIELDS, G.; KATAHIRA, H.; WIND, J. Leveraging Japan: marketing to the new Asia. Nova York: Jossey
Bass, 2000.
GUIDO, G. Implementing a pan-european marketing strategy, Long Range Planning, p. 32, 1991.
KOTABE, M. HELSEN, K. Administração de marketing global. São Paulo: Atlas, 2000.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 9 ed. 2003.
KOTLER, P. Administração de marketing: a bíblia do marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 12
ed. 2006.
LAS CASAS, A.L. Administração e marketing: conceitos, planejamento e aplicações à realidade
brasileira. São Paulo: Atlas, 2006.
McCARTHY, J.E. Marketing essencial. São Paulo: Atlas, 1997.
MÍDIA PUBLICITÁRIA. Disponível em <http://www.midiapublicitaria.com/comunicacao/publicidade/
os-10-produtos-mais-vendidos-ao-redor-do-mundo/> acesso em 15 de fevereiro de 2015.
PORTER, M. E. Competitive strategy: techniques for analysing industries and competitors. New York:
Free Press, 1980.
SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I. Comportamento do cliente: indo além do comportamento
do consumidor. São Paulo: Atlas, 2001.
SHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. São Paulo: LTC, 2000.
URDAN, F.T,; URDAN, A.T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
76 • capítulo 3
4
Decisões de
Produto e de Canais
de Marketing
Internacional
Este capítulo estudará dois Ps do marketing global, as decisões relacionadas a
produtos e à praça (que trata dos canais de marketing ou canais de distribuição).
OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo esperamos que você:
78 • capítulo 4
Introdução
Abrangência - número de
diferentes linhas de produtos
Consistência
capítulo 4 • 79
Refere-se à proximidade com que as várias linhas de pro-
dutos estão ligadas quanto ao uso final, às exigências de
produção, aos canais de distribuição ou a algum outro cri-
CONSISTÊNCIA tério. Quanto à consistência, podemos dizer que ela existe
nesse mix de produtos, uma vez que os produtos envolvem
bens de consumo não-duráveis, alimentícios, e que utili-
zam os mesmos tipos de canais de distribuição.
80 • capítulo 4
Bicicletas, Vestuário,
Gasolina, Máquinas de lavar
EXEMPLOS DE PRODUTOS Refrigerantes motos até cartões
sabão em pó roupa manuais
50cc festivos
ORDEM DE RANQUEAMENTO DO 1 2 3 4 5
MAIS BARATO AO MAIS CARO
capítulo 4
ESTRATÉGIA 1 2 3 4 5
• 81
Tabela 4.1 – Estratégias alternativas para planejamento de produto em mercados globais.
4.1.1 Posicionamento de produto
82 • capítulo 4
volvidos e o segmento de alto poder aquisitivo dos países em desenvolvimento.
Exemplos são automóveis que em países como Brasil e Índia são vistos como
carros de luxo ou de alto padrão e o mesmo modelo é tido como carro popular
na Europa ou nos Estados Unidos (KOTABE; HELSEN, 2000).
Outros exemplos são de empresas que posicionam uma marca popular em
seu mercado doméstico como marca especial em outros países, visando um
segmento mais estreito que esteja disposto a pagar mais por determinados pro-
dutos importados.
Um exemplo de produto que trabalha com essa estratégia são as sandálias havaianas,
que viraram moda na Europa e chegam a ser vendidas a preços até 10 vezes superiores
aos preços no Brasil. É um exemplo de marca popular em determinado mercado (no
caso, Havaianas no Brasil) e posicionada de maneira diferente em novos mercados
(no caso, Havainas na Europa), veja mais em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultu-
ra/030613_havaianasss.shtml.
SEGMENTOS
SEGMENTO DIFERENTES
UNIVERSAL (CASO A CASO)
TEMA DE POSICIONAMENTO 1 2
UNIFORME
TEMAS DE DIFERENTES 3 4
POSICIONAMENTOS
Tabela 4.2 – Estratégias de posicionamento e de segmentação globais. Fonte: KOTABE;
HELSEN, 2000.
capítulo 4 • 83
4.1.2 Atributo ou benefício
84 • capítulo 4
Outra forma de adicionar valor ao cliente é por meio de design e
estilo distintivos do produto. Algumas organizações incorporaram
ESTILO E DESIGN DO PRODUTO o estilo e o design na sua cultura organizacional. Todavia, existem
muitas organizações que não têm sensibilidade para o design dos
seus produtos, o que faz com que os seus produtos tenham um
design comum aos olhos dos consumidores. Design é um conceito
mais amplo que estilo. Estilo simplesmente descreve a aparência
de um produto. Diferentemente do estilo, design é algo que faz par-
te do “coração” do produto. Um produto com bom design contribui
tanto para a utilidade como para a sua aparência. Um produto com
bom design consegue atrair atenção, aumentar o seu desempenho,
diminuir custos e ainda criar uma forte vantagem competitiva no
mercado-alvo.
4.1.3 Qualidade/Preço
4.1.4 Uso/usuário
capítulo 4 • 85
4.1.5 Posicionamento high-tech, posicionamento high-touch
86 • capítulo 4
proporcionam benefícios em momentos
especiais da vida, comerciais que mos-
tram amigos conversando quando to-
PRODUTOS QUE RESOLVEM UM mam café ou um refrigerante colocam o
PROBLEMA COMUM produto no centro do cotidiano e comu-
nicam os benefícios de uma forma que
se entende no mundo inteiro.
capítulo 4 • 87
produto no mercado de baixo nível de saturação. Todas as empresas deveriam
ter um sistema ativo de rastreamento do mercado global, de forma a identificar
oportunidades de mercado potenciais, com base em disparidades de demanda
(KEEGAN, 2006).
88 • capítulo 4
4.2 Canais de marketing global e distribuição
física
Quatro fatores determinam uma boa distribuição: local; tempo; forma e infor-
mação. É preciso que o produto seja oferecido: (a) nos locais adequados, garan-
tindo ao consumidor um fácil acesso ao produto; (b) nos momentos em que o
consumidor precisar do produto; (c) na forma que garanta ao consumidor uma
experiência de compra agradável; e (d) de um modo que permita uma boa troca
de informações entre consumidor e fornecer, para que um tenha as informa-
ções necessárias sobre o produto e o outro possa conhecer as reações dos con-
sumidores ao produto.
As estratégias de distribuição estão relacionadas ao modo de entrada no mer-
cado internacional, que pode se dar por exportação, por contrato (como, por exem-
plo, franquias e por investimento, com a instalação de unidades nos países alvo).
Já a estratégia de distribuição internacional leva às decisões relativas à dis-
ponibilização dos produtos no mercado, para a qual existem duas grandes op-
ções: distribuir diretamente ou utilizar canais indiretos:
capítulo 4 • 89
controle sobre as ações de marketing que serão realizadas nos canais localiza-
dos fora do país.
Esta estratégia é ideal para as empresas que não podem ou não precisam
desse controle. Por vezes, as empresas têm produtos com um bom potencial de
vendas no exterior, mas não possuem as capacidades e competências para re-
alizarem operações comerciais em mercados internacionais. Nesses casos, os
intermediários servem para complementar as capacidades do fabricante com:
conhecimento do ambiente de marketing; relacionamento com canais e con-
sumidores no exterior; economia de escala e de escopo em função dos volumes
movimentados e natureza dos setores que atende; etc.
90 • capítulo 4
São mais comuns nos mercados de commodi-
ties, intermediando os negócios internacionais.
CORRETOR DE Independente do setor, costumam trabalhar com
EXPORTAÇÃO (BROKER) remuneração fixa baixa, já que quase sempre ne-
gociam grandes volumes.
capítulo 4 • 91
4.2.1.2 Canais diretos de exportação
A venda direta para o exterior tem como principais vantagens a criação de uma
experiência internacional, que leva a um melhor conhecimento dos mercados
de exportação, e um maior controle da distribuição e da promoção, o que é im-
portante principalmente para as empresas que têm marca forte, produtos dife-
renciados, e/ou forte relacionamento com clientes no exterior – como muitas
empresas fornecedoras de equipamentos e produtos industriais.
Assim como a exportação indireta, o marketing de exportação direta pode
ser estruturado de várias maneiras.
92 • capítulo 4
é uma evolução do tipo anterior, com
escala e complexidade das atividades
muito maior. A filial lida com as ativida-
des de inteligência de mercado, distri-
buição, promoção, vendas e pós-venda
em um país ou mais de um país em uma
FILIAL DE VENDAS NO EXTERIOR determinada região. Por exemplo, uma
empresa chinesa pode abrir uma filial de
vendas no Brasil, mas que atenda toda a
América do Sul, ou parte dela. Pode ser
quase um departamento de marketing
inteiro no exterior.
capítulo 4 • 93
Compras
Logística de entrada
P&D
Montagem e fabricação
Logística de saída
Markekting
• Informação e pesquisa
• Seleção de mercado-alvo
• Política e estratégia de produto
• Política de determinação de preço e estratégia
Política e estratégia de distribuição
Política e estratégia de comunicações
• Mensagens, apelos
• Estratégia e plano de mídia
• Plano de propaganda
• Plano de promoção
• Venda pessoal
• Plano de marketing direto
• Mala direta
• Telemarketing
Serviço de instalações e testes
Margem
94 • capítulo 4
nuseio do pedido (localizar, montar e movimentar produtos para a distribui-
ção) e a entrega do pedido (disponibilização dos produtos aos clientes).
4.2.3.4 Transporte
capítulo 4 • 95
ATIVIDADES
01. De que trata o posicionamento do produto e quais são as duas escolhas fundamentais
que as empresas possuem para o posicionamento?
03. Cite e explique cada um dos intermediários comuns para canais de distribuição no
marketing internacional.
REFLEXÃO
Produtos tecnológicos como smartphones, aplicativos, softwares tem sido posicionados no
mundo todo da mesma forma, reflita sobre produtos e marcas que você conhece que tenham
este posicionamento.
LEITURA
Recomendamos a leitura do texto abaixo, extraída da revista Exame, disponível em http://
exame.abril.com.br/negocios/noticias/ford-lancara-4-modelos-novos-de-carros-na-india,
acesso em 18/02/2015.
96 • capítulo 4
"Dentro dos próximos 18 a 20 meses pretendemos lançar quatro novos modelos na
Índia", afirmou à Reuters Nigel Harris, presidente da Ford Índia, em uma entrevista.
Embora Harris não tenha dado detalhes, a Ford apresentou uma versão compacta do seu
carro Figo, já vendido na Índia, no Delhi Auto Show no início deste ano, e ele disse que há
"uma forte indicação de que este é o produto certo."
As vendas da Ford na Índia aumentaram 9,5 por cento no ano fiscal que terminou em 31
de março, para 84.469 veículos, elevando a participação de mercado da montadora para 3,4
por cento ante 2,9 por cento um ano antes, segundo dados da indústria.
A Ford continua a aumentar o fornecimento de componentes a partir da Índia, o que vai
ajudar a reduzir o custo dos veículos, disse Harris.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 9 ed. 2003.
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12 ed. 2006.
capítulo 4 • 97
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brasileira. São Paulo: Atlas, 2006.
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PORTER, M. E. Competitive strategy: techniques for analysing industries and competitors. New York:
Free Press, 1980.
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consumidor. São Paulo: Atlas, 2001.
SHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. São Paulo: LTC, 2000.
URDAN, F.T,; URDAN, A.T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
98 • capítulo 4
5
Comunicação no
Mercado Global
Este capítulo apresentará o P, promoção em marketing internacional, que re-
presenta como as empresas se comunicam com seus mercados alvo.
OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo esperamos que você:
100 • capítulo 5
5.1 Propaganda Global
As comunicações do marketing envolvem todas ferramentas utilizadas pelas
organizações para informar, explicar, relembras, persuadir e influenciar as ati-
tudes e o comportamento de compra dos consumidores.
Segundo Kotabe e Helsen (2000) os sentimentos dos consumidores sobre
propaganda variam fortemente de país para país. Além disso, há também a pre-
sença de aspectos culturais, na religião do país, entre outros. Os anunciantes
internacionais precisam estar conscientes dos aspectos culturais que podem
afetar a atitude da audiência-alvo em relação ao produto.
Um ponto importe para a propaganda global são as mudanças que estão
ocorrendo, o crescimento enorme da internet e utilização em massa de smar-
tphones e aplicativos, redes sociais, entre outros, que estão modificando a for-
ma pela qual as empresas se comunicam com seu mercado alvo.
Keegan (2006) define propaganda global como o uso dos mesmos apelos de pro-
paganda, mensagens, artes, textos, histórias, fotografias e vídeos em mercados
de múltiplos países. Uma empresa global que consiga transformar com sucesso
uma propaganda doméstica em uma campanha mundial ou criar uma campa-
nha global a partir do zero, possui uma grande vantagem competitiva. A primei-
ra empresa que encontra um mercado global para um produto está sempre em
vantagem em relação aos concorrentes que fizerem a descoberta mais tarde.
As propagandas, pelo fato de serem projetadas para agregar valor psicoló-
gico a produtos ou marcas, desempenham um papel mais importante nas co-
municações de marketing para produtos de consumos. Assim sendo, não é sur-
presa que empresas de consumo como a Unilever, a Procter & Gamble, a Nestlé,
a Coca-Cola encabecem a lista de grandes anunciantes mundiais (KEEGAN,
2006).
A propaganda global, com muita freqüência, proporciona economia de es-
cala para as empresas, bem como um melhor acesso a canais de distribuição.
Marcas globais apoiadas por propagandas globais podem ser mais atraentes
pelos parceiros de canal de distribuição, já que eles entendem como vantajo-
so o relacionamento com empresas de marca global e correm menos risco dos
produtos “encalharem” nas prateleiras.
capítulo 5 • 101
5.1.2 Os maiores mercados por gastos de propaganda
Segundo dados da e-marketeer os Estados Unidos são o país que mais gasta
com progapanda. O quadro abaixo apresenta valores reais e estimados dos
maiores mercados por gastos de propaganda no mundo, os dados incluem pro-
paganda digital, jornais, outdoors, rádio e TV. Os valores são referentes a gastos
com propaganda por pessoa, por país.
102 • capítulo 5
CONEXÃO
o site adnews apresenta 10 dicas sobre a propaganda global, saiba mais em http://www.
adnews.com.br/publicidade/10-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-a-propaganda-global.
capítulo 5 • 103
Um ponto importante para os gestores de propaganda global é a escolha
de um tema apropriado. Empresas que vendem o mesmo produto em múlti-
plos mercados devem estabelecer em que grau suas campanhas de propaganda
deverão ser padronizadas. Tal padronização significa simplesmente que um
ou mais elementos de uma campanha de comunicação serão mantidos. Os
elementos fundamentais de uma campanha são a mensagem (proposição de
venda, estratégia), a parte “o que devemos dizer?” e a execução, a parte “como
devemos dizer” (KOTABE; HELSEN, 2000).
CONEXÃO
Saiba mais sobre a globalização e a cultura global acessando: https://cadernodia.wordpress.
com/tag/marcas-globais/
Há um grande debate sobre a questão de padronização versus não padronização, o qua-
dro abaixo apresenta as vantagens à padronização e as barreiras à padronização.
estimuladora.
• Imagem consistente. Para diversas empresas que vendem o mesmo pro-
duto em diversos mercados, uma imagem bem definida entre esses dife-
rentes mercados é bastante importante.
• Segmentos de consumidores globais. A existência de similaridades inter-
culturais são uma força direcionadora importante em relação à abordagem
de propaganda padronizada.
• Talento criativo. A oferta de talento criativos entre as agências é escassa,
normalmente pessoas mais talentosas são designadas para grandes con-
tas. Desta forma o talento importa principalmente nos países que sofrem
escassez de profissionais de propaganda com sólida habilitação.
104 • capítulo 5
• Diferenças culturais. Apesar da existência de “aldeias globais” diferenças
BARREIRAS À PADRONIZAÇÃO culturais existem para muitos tipos de produtos.
• Regulamentação da propaganda. Regulamentações locais à propaganda
impõem uma barreira à padronização.
• Maturidade do mercado. Diferenças no grau de maturidade dos merca-
dos desfavorecem uma propaganda padronizada.
• Síndrome do “não inventado aqui”. Geralmente escritórios locais resistem
a aceitar materiais criativos de outros países.
• Inter-fertilização. Significa que as empresas estimulam suas filiais a ado-
tar, ou ao menos considerar, as idéias de propaganda que foram bem su-
cedidas em outros mercados.
capítulo 5 • 105
Segundo Keegan (2006) a propaganda eficaz pode requerer o desenvolvi-
mento de diferentes abordagens criativas, utilizando um apelo básico do pro-
duto ou proposição de venda como um ponto de partida. Isto quer dizer que
pode haver diferenças entre o que se diz e como se diz, desta forma, se a exe-
cução criativa em um mercado chave estiver intimamente ligada a um atributo
cultural, a execução poderá ter de ser adaptada a outros mercados.
O filme Hancock serve como exemplo do que um profissional da área de relações pú-
blicas pode realizar de forma a modificar uma imagem. No filme, Will Smith interpreta
Hancock, um herói às avessas, que chega de forma desastrada aos locais onde as pes-
soas precisam de ajuda e é bastante impopular, estando sempre sob o efeito de bebi-
das alcólicas, sem um vocabulário aceitável e que normalmente assusta as pessoas. Ao
salvar Ray Embrey (interpretado por Jason Bateman), sua vida muda. O personagem
leva Hancock para jantar em sua casa e propõe um trabalho para melhorar sua imagem.
Assista o filme para compreender melhor este papel das Relações Públicas.
106 • capítulo 5
Na área global, os profissionais de Relações Públicas precisam ir além
das relações com a mídia, servindo como porta vozes da empresa, construin-
do consenso e compreensão, criando confiança e harmonia, articulando e in-
fluenciando a opinião pública, antecipando conflitos e resolvendo disputas
(KEEGAN, 2006).
As práticas de relações públicas possuem divergências pelo mundo, sendo
afetadas por aspectos culturais, contextos sociais, políticos e pelo ambiente
econômico. Em muitos países industrializados, a mídia de massa e a palavra
escrita são importantes veículos para transmitir informação. Na Índia, onde
grande parte da população não sabe ler, escrever press-releases não seria a me-
lhor maneira de se comunicar (KEEGAN, 2006).
capítulo 5 • 107
3. Abordagem: após a etapa anterior normalmente é realizado um agen-
damento de visita ao cliente potencial, e desta forma, deverá ser realizada a
abordagem. Na abordagem o objetivo do vendedor é garantir uma boa im-
pressão e despertar a atenção e o interesse do cliente.
4. Apresentação de vendas: nesta etapa os vendedores apresentam suas
ofertas e os benefícios destas, visando aumentar o desejo do cliente em rela-
ção ao produto.
5. Superar objeções: nesta etapa o vendedor visa entender as objeções e
tenda superá-las por meio de respostas e ênfase nos benefícios visando pro-
mover a decisão de compra.
6. Fechamento: neste ponto os vendedores iniciam as decisões dos com-
pradores por meio de métodos desenhados para solicitar pedidos.
7. Atendimento pós-venda: nesta etapa o cliente já fechou o pedido e os
vendedores visam reduzir as preocupações dos clientes após a compra, asse-
guram a entrega dentro do prazo combinado, realizam instalações ou treina-
mento, realizam acompanhamento e manutenção e lidam com possíveis recla-
mações e dúvidas. Nesta etapa o objetivo é a construção de possibilidades de
vendas futuras.
Segundo Keegan (2006) a importância relativa de cada estágio pode variar
de país para país. Representantes de vendas norte-americanos sabem que a
persistência é uma tática quase sempre necessária para conseguir um pedido
nos Estados Unidos, neste país a persistência quer dizer tenacidade, “não acei-
te não como resposta”. Em alguns países, entretanto, a persistência significa
paciência, uma disposição em investir meses ou anos até que um determinado
esforço resulte em venda real.
108 • capítulo 5
Keegan (2006) aborda que as leis e a utilização de promoções de vendas va-
riam pelo mundo, mas podem consistir de diversos tipos, como táticas de preços
promocionais, competições, concursos e jogos, versões especiais e Premium,
apresentações de revendedores, materiais de ponto-de-venda, promoções cru-
zadas e casadas, embalagem, feitas e eventos comerciais e patrocínios.
Segundo Kashani e Quelch (1990), para a maioria das empresas multi-
nacionais a promoção de vendas é assunto local por várias razões, apresentadas
a seguir:
capítulo 5 • 109
Uma das decisões para os profissionais de marketing é
como alocar sua verba promocional entre as promoções a
consumidores finais (que visam a estratégia de “puxar”) ou
aos canais (que visam a estratégia de “empurrar”). Devido
ESTRUTURA diferenças entre estrutura comercial local, o equilíbrio de
COMERCIAL poder entre fabricantes e distribuidores em alguns países
pende a favor dos distribuidores, desta forma, o decisor de
marketing precisa fazer esta identificação e destinar suas
promoções adequadamente.
110 • capítulo 5
Aborda o processo de comercialização de bens/serviços
VENDA DIRETA diretamente aos clientes finais da empresa, através de
vendedores porta a porta e não através de lojas de varejo.
capítulo 5 • 111
Consiste na adoção de tecnologias da comunicação ele-
trônica, destaque para a internet, no processo de pro-
MARKETING moção, comercialização e prestação de serviços para os
ON-LINE clientes finais da empresa. Exemplos: anúncios on-line,
grupos de discussão, dicas de compra, redes sociais.
Feiras, eventos e exposições são métodos de promoção com cada vez mais im-
portância no mix promocional. Feiras internacionais oferecem oportunidades
de negócios para identificar e recrutar importadores e agentes, além de fazer
contato com órgãos de comércio e governos estrangeiros. Trata-se também de
uma forma barata e eficaz para encontrar clientes potenciais de outros países
(Keegan, 2006).
112 • capítulo 5
Ingluências ambientais Ingluências empresariais
· Concorrentes no mercado · Vendas anuais
· Novos concorrentes no · Número de clientes
mercado · Concentração de clientes
· Concorrentes no evento · Complexidade de produto
· Novos concorrentes no · Orçamento da participação
evento · Experiência acumulada em
· Membros de canal feiras e eventos.
presentes no evento · Valor de continuação para
· Novos membros de canal a empresa expositora
no evento · Ênfase geográfica
· Número de fornecedores da empresa
existentes no evento · Largura e extensão das
· Número de novos linhas de protudos
fornecedores no evento disponíveis
· Número de visitantes
· Qualidade dos visitantes
· Estágio do ciclo de vida
Figura 5.1 – Variáveis que influenciam a decisão de participação em feiras. Fonte: Shoman,
1999.
capítulo 5 • 113
ATIVIDADE
01. Explique as vantagens da padronização na propaganda global.
02. Explique as razões pelas quais, para a maioria das empresas multinacionais, a promoção
de vendas é assunto local.
REFLEXÃO
A intensidade do desenvolvimento de tecnologia de informação e a comunicação cada vez
mais rápida ao redor do mundo tem deixado este cada vez mais pequeno e com grande apro-
ximação entre os povos e diferentes culturas. Será que a tecnologia de informação vai fazer
com que as diferenças culturais entre os diferentes povos desapareça com o tempo e, desta
forma, a comunicação passará a ser cada vez mais global e padronizada? Reflita sobre isso.
LEITURA
Recomendamos a leitura do texto abaixo, sobre as marcas, o marketing e a copa do mundo
de 2014. Disponível em: http://agenciafosforo.com.br/2014/05/as-marcas-o-marketing-e
-a-copa-do-mundo-2014/ acesso em 14 de fevereiro de 2014.
Campo verde, grandes estádios, competição, bola, paixão nacional. A Copa do Mundo
2014 está praticamente aí e neste momento não é nada difícil observar como o evento vem
mexendo com o país e levando as marcas a intensificarem suas ações de Marketing.
A ocasião é uma grande oportunidade para desenvolver campanhas sedutoras que me-
xam com paixões e criem engajamento. Outra ótima possibilidade é lançar e testar novos
produtos, que, mediante a uma resposta positiva dos consumidores, podem passar a fazer
parte do quadro fixo de ofertas. O importante é se movimentar para criar uma nova e con-
sistente situação de consumo.
114 • capítulo 5
De acordo com Marco Ribeiro, Sócio e Diretor de Negócios da Fósforo, além de profes-
sor de Marketing Esportivo:
“Estamos diante de um grande acontecimento para os negócios. As marcas precisam
enxergar as lacunas onde podem se encaixar, buscando, de preferência, uma proposta que
a diferencie da concorrência. Mesmo empresas que não têm uma conexão direta com o
mundo do futebol devem engajar suas estratégias de Comunicação e Marketing, pois essa
é uma excelente hora para estreitar a relação com os clientes, se aproximando deles pelo
caminho da emoção”.
Grandes marcas na Copa 2014
Observar como as grandes marcas estão utilizando o evento em seu favor pode ser
um bom começo para ter ideias de como posicionar a sua empresa. Evidentemente, é
essencial respeitar as devidas proporções, valorizando estratégias e ações mais perso-
nalizadas.
Veja a seguir como anunciantes renomeados estão trabalhando alguns pontos ligados
ao Marketing e inspire-se!
NOVOS PRODUTOS
Durante os jogos, bebidas e aperitivos não podem faltar. Eles unificam ainda mais a ga-
lera e tornam as reuniões muito mais gostosas. Atenta a oportunidades como essa, a Sadia,
patrocinadora da seleção brasileira, anunciou o lançamento de uma edição limitada do lanche
Chicken Bites, que estará à venda apenas durante a Copa.
Porém, há a expectativa de que o produto sobreviva para além do campeonato. Segundo,
Daniela Zucchini, gerente de conveniência da BRF, “Esperamos que a ideia movimente a
categoria. Ela tem grande potencial para ficar”.
EMBALAGEM
Outra patrocinadora oficial do campeonato, a rede de fast food McDonald’s nunca havia feito
uma alteração global no design das caixas de batas fritas. Nos novos layouts, o tradicional
vermelho cedeu lugar a 12 novos padrões de desenhos, que contaram com contribuição
de artistas de vários países, incluindo o brasileiro Eduardo Kobra.
capítulo 5 • 115
SITE
O site das Casas Bahia já está todo preparado com as cores verde e amarelo. Uma
página especial apresenta ofertas com forte apelo no momento, tais como TVs, câmeras
fotográficas, tablets, games e até pipoqueiras.
A varejista investe forte na campanha, que tem como um dos carros-chefe a ousada
promoção “Emoção em dobro”, pela qual o cliente, após comprar uma TV Samsung 60 po-
legadas, pode levar um segundo televisor de 51 polegadas da mesma marca por apenas
R$ 1,00, mas isso somente se o Brasil conquistar o título de hexacampeão.
ANÚNCIO
Focando seus esforços sobre a Copa do Mundo, o Itaú lançou uma campanha no carna-
val apontando a festa como uma grande preparação para a época dos jogos. Patrocinadora
da Copa e do Carnaval de Salvador, a marca uniu os dois universos de forma muito oportuna.
Segundo Andrea Pinotti Cordeiro, diretora de Marketing do banco:
“Estamos verdadeiramente focados na Copa do Mundo. Não falamos de valores, mas a
verba é superior a outros patrocínios e investimentos em marketing. Teremos ações de ativa-
ção que vão desde promoções e campanhas massivas até ações de relacionamento
que, entendemos, propiciarão um aumento de preferência ativa pela marca Itaú”.
COMERCIAL 30”
Se unindo ao movimento da Copa, O Boticário lançou a campanha #torcidalinda, que
agrega uma série de ações para alavancar a presença da marca na mente das consu-
midoras com coração verde e amarelo. Além do vídeo com canção interpretada por Paula
Lima, promoções e uma linha especial de produtos fazem parte da estratégia.
PROMOÇÃO
Em janeiro, a Coca-Cola lançou a promoção “Minigarrafinhas de Todo Mundo”, uma
comemoração da marca que trouxe de volta as garrafinhas em miniatura que fizeram sucesso
nos anos 80. As versões 2014 vieram repaginadas em 18 modelos de alumínio decoradas
com as bandeiras de todos os países que já sediaram o Mundial.
Na mecânica da promoção (que já acabou!), o consumidor deveria juntar tampinhas ou
anéis de latinhas, completando quatro pontos + R$3,80 para cada garrafinha ou minien-
gradado.
116 • capítulo 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA FÓSFORO. Disponível em <http://agenciafosforo.com.br/2014/05/as-marcas-o-
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da XXXIX Asamblea del Consejo Latino Americano de Escuelas de Administración (CLADEA). 2004.
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SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I. Comportamento do cliente: indo além do comportamento
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SHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. São Paulo: LTC, 2000.
SHOMAN, A. Performance in trade shows and exhibitions: a synthesis and directions for future
research. Journal of Global Marketing, p. 51, 1999.
URDAN, F.T,; URDAN, A.T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
GABARITO
Capítulo 1
01. Composto de marketing ou mix de marketing são as áreas nos quais os gestores de
marketing tomam suas decisões dentro da sua gestão e os meios pelos quais se relacionam
com o mercado, trata-se dos quatro Ps do marketing: produto, preço, praça e promoção.
02. O marketing global pode ser definido como marketing em uma escala global, que recon-
cilia e tira partido de diferenças operacionais, semelhanças e oportunidades, a nível mundial,
de forma a alcançar objetivos comuns
Capítulo 2
01. Conhecimentos sobre características econômicas dos países com os quais a empre-
sa tem relações comerciais, como tamanho da economia, distribuição de renda, estágio
de desenvolvimento econômico, entre outros, são aspectos fundamentais que o gestor de
marketing internacional precisa conhecer para o desenvolvimento da estratégia e da tática
do marketing global.
02.
• Aceitar o fato de que nunca entenderemos plenamente os outros e muito menos nós mes-
mos, pois as pessoas são complexas demais para serem “entendidas”.
• Nossos sistemas perceptivos são extremamente limitados e quase não “enxergamos” nada,
nossos sistemas nervosos são organizados pelo princípio do feedback negativo, ou seja,
118 • capítulo 5
nosso sistema de controle é ativado apenas quando os sinais que nos chegam desviam do
que aprendemos a esperar.
• Nós gastamos grande parte de nossa energia administrando sinais perceptivos.
• Quando não compreendemos as crenças e os valores de um sistema cultural e de uma so-
ciedade, as coisas que observamos e as experiências que passamos podem parecer bizarras.
• Se visamos ser eficazes em outras culturas, precisamos entender suas crenças, seus moti-
vos e seus valores. Desta forma, isso requer uma atitude aberta, que nos permita transcender
os limites perceptivos que herdamos da nossa própria cultura.
03. Há diversos exemplos de produtos de consumo com padrões extremamente diferentes
de consumo entre diferentes países e com diferentes culturas. Um exemplo é o consumo
de refrigerantes. O consumo per capita dos refrigerantes da Coca-cola é de 376 latas (ou
volume equivalente) nos EUA, 203 latas na Alemanha, 95 latas na Itália e 88 latas na França.
Em parte, essa diferença é explicada pelo consumo de outros tipos de bebidas nos diferentes
países, na França e na Itália se consome muito mais vinho do que nos EUA, os franceses
também preferem água mineral aos refrigerantes, ao passo que nos EUA o consumo de
refrigerantes ultrapassa o de água. Não é apenas a cultura que influencia esse padrão de
consumo, a existência de outros produtos também traz uma influência, porém a cultura está
presente. Se uma empresa que comercializa refrigerantes na Europa lançar um programa de
marketing (com preços menores, distribuição mais intensa e forte propaganda), pode-se es-
perar um aumento de consumo. Entretanto, está claro que qualquer esforço para convencer
os europeus aos refrigerantes enfrentará a tradição, os costumes e a concorrência de uma
variedade de bebidas alternativas disponíveis.
Capítulo 3
01. A China é o país mais populoso do mundo, com cerca de 15% da população mundial,
isso basta para grande parte das empresas e este é o fator que motiva muitas empresas a
entrarem neste mercado. Além disso e economia chinesa vem se desenvolvendo rapidamen-
te, cresceu a uma taxa superior a 10% ao ano durante muito tempo, o que a levou a tornar-se
a segunda economia mundial.
02. Em qualquer lugar do mundo a equação de valor para o cliente se dá da seguinte forma:
V = B/P
Onde
V = valor
B = benefícios
P = preço
capítulo 5 • 119
O valor está diretamente relacionado ao mix de marketing que está sendo oferecido, des-
ta forma, os quatro Ps aparecem na equação, sendo os benefícios originados da combinação
de produto, promoção e praça, e o preço no denominador desta equação. A ideia básica da
equação de valor é que você só pode ter êxito em um mercado se tiver valor percebido igual
ou maior do que da concorrência. Se você for uma empresa nova, desconhecida, sua melhor
estratégia será a entrada no mercado a partir de uma oferta que os clientes acharão difícil de
recusar: a oferta de qualidade e atributos que igualem ou ultrapassem os da concorrência. O
preço chamará a atenção de seu cliente potencial e a qualidade e os atributos a manterão.
Com o passar dos anos, conforme você se tornar conhecido, os preços poderão ser aumen-
tados de forma que reflitam seu valor percebido.
Capítulo 4
01. O posicionamento trata da decisão das empresas sobre como deseja posicionar seus
produtos ou serviços na mente dos consumidores-alvo potenciais. A grosso modo, as em-
presas têm duas escolhas: visar um segmento universal entre os diversos países ou buscar
segmentos diferentes entre os países.
02. Quatro fatores determinam uma boa distribuição: local; tempo; forma e informação. É
preciso que o produto seja oferecido: (a) nos locais adequados, garantindo ao consumidor
um fácil acesso ao produto; (b) nos momentos em que o consumidor precisar do produto;
(c) na forma que garanta ao consumidor uma experiência de compra agradável; e (d) de um
modo que permita uma boa troca de informações entre consumidor e fornecer, para que um
tenha as informações necessárias sobre o produto e o outro possa conhecer as reações dos
consumidores ao produto.
03.
• Agente de compras – são compradores representantes de grandes empresas estrangeiras
– atacadistas, varejistas ou indústrias – lotados no país do fabricante/exportador, na busca
por fornecedores. Geralmente possui grande poder de barganha frente aos fornecedores,
sobretudo os menores, e o utiliza para impor as condições de preço e prazo de pagamento.
• Gerente de exportação independente – funciona como um departamento de exportação
terceirizado para pequenas empresas que exportam pequenas quantidades ou que não ex-
portam regularmente. Utiliza-se de seu conhecimento sobre exportações para prestar servi-
ços, sobretudo, para as empresas que estão iniciando seu processo de internacionalização.
• Corretor de exportação (broker) – são mais comuns nos mercados de commodities, in-
termediando os negócios internacionais. Independente do setor, costumam trabalhar com
120 • capítulo 5
remuneração fixa baixa, já que quase sempre negociam grandes volumes.
• Empresa comercial exportadora – ao contrário dos tipos anteriores, estas empresas com-
pram e revendem os produtos no mercado internacional. Assim, assumem o controle da
distribuição e comunicação do produto no mercado externo. Geralmente, especializam-se
em poucos produtos.
• Trading companies – são similares às empresas comerciais exportadoras, pois também
compram e revendem produtos, porém, bem maiores. Operam atividades de exportação e
importação, incluindo a comercialização dos produtos, o financiamento das operações e, mui-
tas vezes, utilizam estruturas logísticas próprias, como terminais portuários. Estão presentes,
sobretudo, nos mercados de commodities, com presença global.
• Distribuidor – também compra e revende os produtos, muitas vezes com sua própria marca.
Costumam possuir boa estrutura de estocagem, distribuída em locais estratégicos para po-
der acessar os principais mercados consumidores. Costumam comprar grandes quantidades
e trabalhar com altas margens. Nos mercados de produtos onde os serviços pós-venda são
importantes os distribuidores costuma se responsabilizar pelo atendimento aos clientes.
Capítulo 5.
01.
• Economia de escala. A poupança decorrente da economia de escala proporcionada por
uma única campanha de propaganda pode ser bastante estimuladora.
• Imagem consistente. Para diversas empresas que vendem o mesmo produto em diversos
mercados, uma imagem bem definida entre esses diferentes mercados é bastante impor-
tante.
• Segmentos de consumidores globais. A existência de similaridades interculturais são uma
força direcionadora importante em relação à abordagem de propaganda padronizada.
• Talento criativo. A oferta de talento criativos entre as agências é escassa, normalmente
pessoas mais talentosas são designadas para grandes contas. Desta forma o talento importa
principalmente nos países que sofrem escassez de profissionais de propaganda com sólida
habilitação.
• Inter-fertilização. Inter-fertilização significa que as empresas estimulam suas filiais a ado-
tar, ou ao menos considerar, as idéias de propaganda que foram bem sucedidas em outros
mercados.
• Desenvolvimento econômico. A baixa renda e os baixos níveis de alfabetização dos países
em desenvolvimento tornam alguns tipos de técnicas promocionais menos atraentes, entre-
tanto, possibilitam a utilização de outras técnicas.
capítulo 5 • 121
• Maturidade do mercado. Para a maior parte dos produtos, há grande variação em relação
à maturidade dos diversos mercados mundiais. Em países nos quais o produto ainda está
em seu estágio inicial do ciclo de vida, as ferramentas que promovem a experimentação,
como amostras grátis, cupons e promoções cruzadas, são apropriadas. Em mercados mais
maduros, uma das principais metas das promoções será encorajar a compra de repetição e,
desta forma, incentivos como cupons de desconto e promoções nos canais, que estimulam a
lealdade à marca, tendem a ter bons resultados.
• Percepções culturais. As percepções culturais das promoções das diferentes culturas di-
ferem amplamente entre os países. Certos tipos de promoções, como loterias, por exemplo,
podem ter impacto negativo em alguns países.
• Estrutura comercial. Uma das decisões para os profissionais de marketing é como alocar
sua verba promocional entre as promoções a consumidores finais (que visam a estratégia
de “puxar”) ou aos canais (que visam a estratégia de “empurrar”). Devido diferenças entre
estrutura comercial local, o equilíbrio de poder entre fabricantes e distribuidores em alguns
países pende a favor dos distribuidores, desta forma, o decisor de marketing precisa fazer
esta identificação e destinar suas promoções adequadamente.
• Regulamentações governamentais. Dependendo do país, algumas práticas promocionais
são proibidas ou possuem restrições. Na Alemanha, por exemplo, os valores dos cupons
promocionais não podem ser superiores a 1% do preço do produto.
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
capítulo 5 • 125
ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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