Análise Crítica sobre “Arte abstrata: uma comunicação peculiar.”
Todos temos uma visão figurada de como é a arte, independente
de como ela seja. Nosso conhecimento é um tanto quanto raso em relação ao mundo em que ela se encaixa, seu contexto, significados, obras etc. O artigo citado no título, nos escancara uma realidade nada convencional e que está longe do nosso conhecimento. E através disso, encontramos diversas práticas de compreensão do mesmo. O estudo se trata da arte abstrata, onde conhecemos seus fundamentos, arranjos, composição e teorias. O que ela nos leva a crer é que ela se trata de um foco totalmente diferente do que eu chamo de “arte normal”, onde visamos sempre ter o mesmo sentido de criação, fazendo obras e trabalhos normais, de nossa realidade. A arte abstrata, trata-se muito de sua complexidade, pois como cita a autora: “Kandinsky considerado o mentor da pintura abstrata, cria parâmetros para “fazer calar” todo o figurativismo até então consagrado”, com isso, ela propõe novos caminhos para que se chegue ao inusitado. Em outros termos, a arte abstrata faz com que a pessoa que usufrui, se envolva de certa forma, criando interpretações variadas para dar sentido, pois muitas vezes, a nossa visão é totalmente monótona quando falamos de interpretação. Tudo isso faz com que o público em geral aprecie e se questione, mas não se dê o trabalho de realmente entender seu contexto. A modalidade artística trabalhada, busca transformar justamente está visão. Ela aborda as mais inúmeras áreas que podemos trabalhar, como por exemplo criar formas, construir elementos a partir da pintura com seus arranjos e fazer com que haja parâmetros. Porém, todo este conjunto nos soa um pouco intrigante, pois se pararmos para pensar, teremos o trabalho de prestar a atenção em cada detalhe citado pela autora no artigo, creio que não. Está arte em si, obedece demais aos quesitos de sua dinâmica, tendo que se ater muito se quisermos ter um bom resultado. Apesar de todos os detalhes, temos também o conceito do emocional. Nele podemos construir julgamentos com base em valores sobre ela ou outros referenciais. A abstração, pode criar diferentes códigos, ou seja, formas que não podem ser enxergadas como legítimas, se é que podemos chamar assim, pois em obras de conhecimento geral, trocando peças ou lugares e afins de sentido, cor ou o que quisermos, ainda assim teremos uma noção do que seja. Contudo, essa não legitimidade, não nos dará mais afeição pela obra, pelo contrário, ela mostrará com isso que ela é apenas uma imagem sem sentido, apenas está ali para ser entendida e não apreciada, como de costume. Afirma-se que a pintura deve desafiar o espectador, como se estivesse em uma espécie de diálogo, mas isso a torna um pouco desvantajosa, porque sua virtude está ali muito mais para contextualizar, a fim de gerar interpretações, maneiras de entende-la, fazendo com que tenhamos um pensamento de não coincidir e não gostar dela. Levando-se tudo isso a vista, concordamos que o abstracionismo exibe belos traços, com linhas, contornos e definições que mostram seu charme. Estes desenhos, mostram seu perfeccionismo através deles, como se fossem calculados a cada centímetro, passando uma visão de obra “exagerada” ao meu ponto de vista. Com esse sentimento, se reconhece tudo, pois nas obras o emocional pode tomar conta e administrar a lógica, fazendo com que tudo não passe de mais uma bela arte.