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A GLOBALIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO 

O Quarto Poder já foi instalado. O mundo hoje depende intrinsecamente da


comunicação. Essa necessidade global cada vez mais fortemente instaurada se desenvolve
numa velocidade impressionante: cabos mais sofisticados aceleram a interconexão, potentes
satélites possibilitam o contato quase que instantâneo entre distâncias cada vez maiores e ainda
a invasão do mundo digital que passou a ditar um novo conceito de comunicação.

A comunicação detém todos os poderes possíveis graças ao controle da informação:


tem o poder político, econômico, religioso e qualquer outro poder que possa surgir apenas para
todos se subjugarem a ela como a verdade absoluta. E os detentores dos meios sabem muito
bem o que tem nas mãos, influenciando o consumismo e se alimentando dele, massificando os
conceitos culturais a um nível de qualidade retardatária e esse talvez seja o poder mais perigoso
da informação que está implícito. O seu simbolismo cultural agora não tem limites ou regras para
ser usado tem o poder de destruir o regionalismo folclórico passado de geração em geração e
que não acompanha o desenvolvimento tecnológico da comunicação.

Os grandes controladores da comunicação ditaram a história desde que lhes foi confiado
esse dever, e agora os grandes conglomerados de tecnologia da informação junto com o
mercantilismo controlam a história e os desejos da sociedade. O poder de influenciar esses
desejos está sendo brilhantemente regido pela mídia: os filmes, os clips, as novelas, os reality-
shows e todas as formas de ditar a moda e as tendências são mundialmente difundidos sem
distinção de idioma, religião, cor ou sexo, idiotizando populações com um conceito pré-
estabelecido de querer e possuir.

Os consumidores terceiro-mundistas de entretenimento televisivo saturam-se de


ideologismos de primeiro mundo. Mas de quem é a culpa? Não há infra-estrutura tecnológica ou
incentivo para que esses países desenvolvam sua mídia, apesar de que alguns sub-
desenvolvidos com maior potencial econômico: a exemplo do Brasil, da Índia, do Iran, da China e
do México que tem cinema, publicidade e música reconhecidos internacionalmente como de
grande qualidade, já produzem e exportam sua produção para outros paises sub-desenvolvidos
com menor capacidade. Um esforço de pseudo-resistência à influência norte-americana e
européia que rende,  principalmente aos americanos, um estigma de imperialistas culturais e a
nós de revolucionários e experimentalistas.

Esse conceito criou diversos conflitos regionais e internacionais, lembre dos filmes
americanos contra russos, terroristas árabes, orientais, ditadores de esquerda latino-americanos
entre outros, isso difundiu simbolismos em várias gerações, com repercussões até hoje, de luta
do bem ocidental contra o mal oriental, do bom capitalista contra o mau comunista e mais
recentemente do bom americano que luta contra o terrorismo e do mal árabe que quer acabar
com a paz mundial.

A mídia necessariamente não é a causadora de todos os problemas existentes no


planeta, mas possui os meios de dar alternativas, de conscientizar, de mobilizar e de cobrar. A
comunicação deveria integrar e difundir culturas e simbolismos sem massificação ou conflitos
ideológicos. Uma ética mundial de comunicação globalizada sem interesses mercantis, bélicos
ou políticos. Que poder seria o moderador do quarto poder.

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