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Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6 : 47-81, 1996.

NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ESTUDO DOS CERAMISTAS


PRÉ-COLONIAIS DO CENTRO-OESTE BRASILEIRO:
A ANÁLISE ESPACIAL DO SÍTIO GUARÁ 1 (GO-NI-IOO), GOIÁS

Irmhild Wüst*
Hellen Batista de Carvalho**

WÚST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do
Centro-Oeste brasileiro: a análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Rev. do
Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81, 1996.

RESUMO: Este artigo apresenta os primeiros resultados da análise espaci­


al do sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), um sítio a céu aberto, filiado à tradição Uru
que* se situa no Centro-Sul do Estado de Goiás. Os testes estatísticos multiva-
riados evidenciaram diferenças significativas da cultura material nos diversos
espaços do assentamento. As variações dos artefatos cerâmicos e líticos nas
áreas residenciais são interpretadas em termos de uma hierarquia interna relacio­
nada a aspectos da organização social e econômica, tais como produção e distri­
buição de implementos e o processamento e consumo de alimentos. Esta análi­
se intra-sítio, embora predominantemente baseada na coleta sistemática total
de superfície, evidencia o potencial desta abordagem para futuros estudos relati­
vos à dinâmica interna e externa de grupos ceramistas agricultores do Brasil
Central.

UNITERMOS: Brasil Central - Análise espacial intra-sítio - Agricultores


pré-coloniais - Cerâmica - Litico.

Introdução a partir de paradigmas evolucionistas ou difusio-


nistas (cf., entre outros, Schmitz et al. 1982). Se­
Este artigo tem por objetivo traçar um breve gundo estas abordagens, as mudanças culturais são
balanço dos estudos dos grupos ceramistas pré- reduzidas a diferenças em alguns aspectos tecno­
coloniais do Centro-Oeste brasileiro e encaminhar, lógicos, sobretudo dos antiplásticos, e a caracte­
de forma exploratória, a análise intra-sítio à luz rísticas morfológicas e estilísticas dos recipientes
dos dados provenientes do sítio lito-cerâmico a céu cerâmicos. Com isso, as mudanças são atribuídas
aberto Guará 1 (GO-NI-IOO). Uma parte signifi­ sobretudo a vagos processos de contatos culturais
cativa das pesquisas arqueológicas do Brasil Cen­ entre portadores de tradições ceramistas distintas.
tral trata estas sociedades ceramistas agricultoras Apesar de todos os trabalhos etnográficos re­
alizados entre os grupos Jê do Brasil Central des­
de Nimuendajú (Nimuendajú 1946, Maybury-
(*) Universidade Federal de Goiás.
Lewis 1979, entre muitos outros), que ressaltam a
(**) Graduanda em História na Universidade Federal de Goiás complexidade de sua organização social, os estu­
e Bolsista do CNPq. dos arqueológicos tradicionais enfocam os ante­

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passados destas sociedades de forma relativamen­ 1980; Mello 1995; Pallestrini 1974, 1983/4;
te estática. As suas evidências materiais são agru­ Schmitz (ed.) 1990). Desta forma, estamos ainda
padas em tradições e fases arqueológicas e o seu desprovidos de informações sobre a natureza e o
sistema de subsistência é rotulado de “horticultor” grau da variação da cultura material em assenta­
derivado do conceito de “povos marginais” de mentos como um todo, fato que impede interpre­
Steward (1946) e Steward & Faron (1959). Além tações sobre eventuais diferenças na organização
disso, a morfologia dos sítios recebe pouco desta­ social do trabalho, nas redes de troca no interior
que, embora existam claras evidências para comu­ e fora das comunidades, na exploração de territó­
nidades locais cuja população pode ter alcançado rios e de recursos específicos e, em conseqüên­
até dois mil indivíduos (Wüst 1983). cia, impossibilita a interpretação das hierarquias
Por outro lado, grande parte das culturas ar­ existentes, bem como dos possíveis significados
queológicas (fases cerâmicas) foram associadas, simbólicos da cultura material envolvidos nas es­
entre outros, por Schmitz et al. (1982), Schmitz & tratégias sociais da manutenção ou da mudança
Barbosa (1985) a grupos indígenas específicos, to­ de sistemas sócio-culturais. Por sua vez, alguns
davia, sem qualquer demonstração da continuida­ outros autores (González 1996; Wüst 1983,1990)
de entre o registro arqueológico e o “presente” etno­ valem-se adicionalmente, em escalas regionais
gráfico. Com isto, desprezou-se, dentro da pers­ variadas, dos aspectos morfológicos e da implan­
pectiva do conceito do “ancestral contemporâneo”, tação dos sítios, para encaminhar questões rela­
não apenas a dinâmica dos períodos anteriores e tivas às continuidades ou às mudanças destas
posteriores ao contato, mas também o fato de que sociedades, mas que se ressentem da falta de da­
alguns dos grupos lingüísticos e étnicos, atual­ dos pormenorizados em nível de sítio.
mente conhecidos, se cristalizaram apenas em um Desta forma, estamos ainda longe de um qua­
período relativamente recente (Urban 1992, Wüst dro interpretativo das sociedades pré-coloniais bra­
1994). Desconsiderou-se também que semelhan­ sileiras e dispomos apenas de algumas primeiras
ças na cultura material podem mascarar comple­ tentativas, às vezes limitadas por sua natureza pon­
xos fenômenos de redes de troca como ocorre, por tual, que enfocam questões relacionadas à varia­
exemplo, ainda na área do Alto Xingu (Dole 1993). bilidade da cultura material em nível local ou re­
As recentes tendências teóricas nos mostram gional. Dentre as hipóteses até agora levantadas
que uma interpretação das sociedades não deve encontram-se aquelas relativas ao grau de comple-
seguir os rótulos evolucionistas e que há necessida­ xificação sócio-cultural, tais como: a natureza da
de de abranger as comunidades locais para com­ divisão de trabalho, as hierarquias internas e as
preender os mecanismos de sua reprodução e de redes de relações extra-comunitárias ou mesmo
sua dinâmica interna. Dentro desta perspectiva, extra-culturais. No entanto, qualquer avanço no
Yoffee (1993) e Amold (1996), entre outros, apon­ sentido de testar estas hipóteses se ressente da fal­
tam para a existência de uma grande diversidade ta de dados empíricos básicos, entre os quais figu­
dentro das amplas categorias evolucionistas estabe­ ra a variabilidade da cultura material em nível de
lecidas, de tal modo que estas não podem ser mais sítios específicos.
concebidas em termos de estágios sucessivos. Dentro desta ótica, a análise intra-sítio vem
Além disso, mesmo entre os chamados caçadores- representando um dos caminhos que se revelaram
coletores, pode ocorrer uma complexidade sócio- como um instrumental analítico altamente poten­
cultural significativa. te. Na medida em que esta abordagem permite tanto
Por outro lado, os trabalhos sobre grupos um enfoque sincrónico como diacrônico, ela ultra­
ceramistas pré-colonais do Brasil voltados a aná­ passa as fronteiras teóricas entre a arqueologia pro­
lises espaciais intra-sítio, apresentam até hoje cessual e pós-processual. Uma vasta literatura da
apenas dados quantitativos provenientes de es­ chamada “household archaeology” (cf., entre mui­
paços selecionados com extensões relativamente tos outros, Blankholm 1991; Hietala 1984; Kent
reduzidas, por privilegiarem decapagens de su­ 1987, 1990; Kroll & Price 1991; Mehrer 1995)
perfícies amplas, ou limitam-se a fornecer dados demonstra o potencial interpretativo deste tipo de
para classes específicas de artefatos (cf., entre dado arqueológico, na medida em que a base da
outros, Alves 1991, 1992; Andreatta 1982; Kneip investigação não é mais representada por culturas
1983; Kneip et al. 1980; Meggers & Maranca arqueológicas, mas atores sociais. No entanto, os

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dados empíricos da análise intra-sítio aqui apresen­ O sítio Guará 1 localiza-se sobre o médio e
tados não são concebidos como um fim em si mes­ alto declive de uma suave colina a 620 metros aci­
mo. Na medida em que se dispõe de dados seme­ ma do nível do mar, sendo a sua vertente principal
lhantes para sítios de regiões e períodos distintos, orientada para o norte e leste. Em direção sudeste
estudos comparativos prometem revelar, por meio encontra-se, a 300 metros, o ribeirão Guará, aflu­
da cristalização material e dos seus respectivos con­ ente do Rio Canastra que deságua no Tocantins. A
teúdos simbólicos, processos de manutenção, de área do sítio sofreu durante os últimos três anos
complexificação ou mesmo de colapso, o que pos­ uma aração com implementos tradicionais, o que
sibilitaria, inclusive, respostas relativas aos pro­ permitiu uma conservação relativamente boa das
cessos sócio-culturais anteriores à presença do co­ evidências de superfície.
lonizador europeu. O material arqueológico aqui tratado foi cole­
Na subseqüente análise intra-sítio, partimos tado em 1992 durante uma das etapas de campo do
do pressuposto que o espaço de um assentamento projeto Sítio-Escola Guará, sendo que os estudos
não pode ser tratado de forma homogênea e que ambientais e a pesquisa histórica, bem como as
uma parte significativa do refugo corresponde àqui­ prospecções arqueológicas nas proximidades deste
lo que Schiffer (1972) define como “refugo primá­ sítio continuaram até 1993. Foram registrados ain­
rio” e “refugo de fato”. A variação do repertório da ao longo desta rede de drenagem, numa distân­
material não representa apenas áreas de ativida­ cia de 4km, outros sete sítios cerâmicos, um abrigo
des específicas, mas informa também sobre dife­ sob rocha e quatro sítios líricos (Figura 1).
renças entre unidades residenciais, uma vez que, Apesar de a maior parte dos estudos voltados
mesmo em sociedades chamadas igualitárias, ocor­ a uma análise intra-sítio se valer de estratégias de
rem hierarquias internas (Fried 1967). Na medida amostragem (Flannery 1976; Redman & Watson
em que a cultura material é tomada não apenas 1970), uma série de autores, tais como Lewarch &
como um indicador para aspectos materiais da cul­ 0 ’Brien (1981) e Kent (ed.) (1990) apontam para
tura, mas como fator e vetor das relações e, sobretu­ 0 potencial de coletas sistemáticas totais de super­
do, das hierarquias internas e de suas implicações fície, sobretudo quando a proposta da pesquisa está
para a manutenção e transformação de um sistema voltada para aspectos não materiais da cultura.
sócio-cultural, é necessário buscar categorias clas- Dentro desta perspectiva, realizou-se no sítio GO-
sificatórias sensíveis. Dentro desta perspectiva, a NI-100 uma coleta sistemática total de superfície
de uma análise espacial contextualizada, valemo- por unidades de 4x4 metros, agrupadas em 20
nos neste primeiro ensaio não apenas das caracte­ macro-quadrículas. Na parte da ocupação pelos
rísticas morfológicas dos artefatos (forma e volu­ portadores da tradição ceramista Uru, a área cole­
me), mas também dos aspectos funcionais (expres­ tada abrange 29.760m2, o que corresponde a apro­
so pela relação entre morfologia, tecnologia e as ximadamente 75% do sítio.1 No setor 13, abriu-se
marcas de uso), bem como dos atributos “decora­ adicionalmente uma trincheira de 6x2 metros, na
tivos” que podem representar uma das chaves para qual o material foi escavado por níveis artificiais
aspectos ideacionais. de 10 centímetros.
O material arqueológico de superfície do sítio
Guará 1 compreende um total de 26.801 fragmen­
A natureza dos dados empíricos tos cerâmicos da tradição Uru (como foi definida
por Schmitz et al. 1982) e de 772 peças líricas. A
densidade dos artefatos cerâmicos varia de 0 a 9,4
O sítio Guará 1 (GO-NI-IOO) localiza-se na
por m2e apresenta uma média de aproximadamente
bacia do Tocantins e no extremo oeste da chamada
1 fragmento por m2. A densidade dos artefatos
micro-região do Mato Grosso de Goiás, no muni­
líricos varia de 0 a 0,15 por m2 e apresenta uma
cípio de Guaraíta, antes Itapuranga. A área carac­
média de 0,03 peças por m2. Em uma parte signi-
teriza-se por um relevo suavemente ondulado, uma
cobertura vegetal de mata caducifólia com enclaves
de cerrado e por solos com potencial agrícola rela­
(1) Um denso canavial na parte SE da macro-quadrícula A7
tivamente elevado. A rede de drenagem é densa, impediu uma coleta sistemática de superfície. Não houve tam­
mas os córregos e ribeirões não apresentam nenhu­ bém nenhuma coleta na macro-quadrícula D7, onde as evidên­
ma possibilidade de navegação. cias de superfície apresentaram uma densidade muito baixa.

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Fig. 1 - Mapa da Localização dos Sítios da Area do Guará.

ficativa das pesquisas arqueológicas anteriores em proporção entre a cerâmica e o litico é de 35: 1,
Goiás voltadas aos grupos agricultores ceramistas aumentando esta proporção para 1: 1, se conside­
os artefatos líticos foram geralmente negligencia­ ramos as evidências em profundidade. Esta dife­
dos nas coletas de superfície.2 Não obstante, na rença significativa deve-se à presença de um gran­
área da coleta de superfície do sítio Guará 1 a de número de lascas e microlascas, praticamente
ausentes em superfície, fenômeno conhecido tam­
bém para outros contextos arqueológicos (cf.,
(2) Para um total de 77 sítios arqueológicos de Goiás e clas­
sificados em duas tradições e 7 fases, dispõe-se na literatura,
entre outros, Baker 1978). As Figuras 2a e 2b
por exemplo, apenas de uma descrição sumária para 235 mostram a densidade dos artefatos cerâmicos e
peças líticas (cf. Schmitz eí a/. 1982). líticos em superfície, que indica uma certa

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Fig. 2a - Densidade dos artefatos cerâmicos do sítio Guará 1 (GO-NI-IOO).

congruência espacial entre ambas as classes de podem ser filiados à tradição Aratu e que, segun­
artefatos. do as evidências estratigráficas e os dados arqueo­
A distribuição espacial dos artefatos cerâmi­ lógicas regionais, parece corresponder a uma ocu­
cos indica um assentamento anular com uma ex­ pação anterior.3 Nos setores 7 e 8 do sítio Guará 1
tensão de 240 x 200 metros, sendo que as curvas de ocorre uma discreta sobreposição destas duas ocu­
nível de sua densidade evidenciaram 24 concen­ pações, mas as marcantes diferenças de ambas per­
trações com espaçamentos relativamente regulares mitiram uma separação segura em laboratório. As
entre si (Figura 3). Estas concentrações estão ocasi­ características dos artefatos cerâmicos, bem como a
onalmente associadas a um solo preto, sendo que sua distribuição espacial parecem refutar a hipóte­
pelo menos 14 destas parecem corresponder a anti­ se de um possível fenômeno de simbiose entre os
gas áreas de habitação e dos seus entornos. A es­ portadores das duas tradições. Enquanto os sítios
pessura do refugo na trincheira alcançou apenas 25 da tradição Uru recuam em Goiás até o século XII
centímetros. Na parte nordeste do sítio, coberta por da nossa era, o achado ocasional de um cachimbo
um denso pasto, encontra-se provavelmente a con­
tinuação das concentrações apenas parcialmente evi­
(3) Na área do sítio Guará 2 (GO-NT-101), no qual predo­
denciadas.
minam fragmentos cerâmicos da tradição Aratu, realizou-se
Deve-se mencionar ainda que na parte sul des­ ainda uma coleta sistemática total de superfície em outras 8
ta mesma colina encontra-se ainda um segundo macro-quadrículas, mas cujos dados aqui não serão apresen­
sítio arqueológico (GO-NI-101) cujos artefatos tados.

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Fig. 2b - Densidade dos artefatos líticos do sítio Guará 1 (GO-NI-IOO.)

de origem neo-brasileira na área do sítio GO-NI- das curvas de nível da densidade dos fragmentos
100 parece situá-lo cronologicamente no período dos cerâmicos. O limite entre os setores corresponde à
primeiros contatos com a sociedade brasileira. média entre os pontos centrais de cada concentra­
ção (Figura 3).
A análise estatística da distribuição
espacial no sítio Guará 1 (GO-NI-IOO) Os artefatos cerâmicos

Com o intuito de mostrar e interpretar a varia­ O material cerâmico coletado abrange na área
ção da cultura material no sítio Guará 1, utilizou- quadriculada do sítio GO-NI-100 um total de
se no tratamento estatístico o teste de cluster, mé­ 26.801 fragmentos da tradição Uru. A presente aná­
todo de Ward e distância Euclidiana, e a análise lise baseia-se em 3.616 fragmentos, que constitu­
de componente principal, método de rotação vari- em 13,5 % do universo e que correspondem à totali­
max (Shennan 1988). Diante da quantidade signi­ dade das bordas, bases, apêndices, bolotas e ou­
ficativa das unidades de coleta e da impossibilidade tros objetos cerâmicos, tais como rodelas de fuso,
de processá-las pelo método mais comum, que é a carimbos cilíndricos e um eventual instrumento de
partir da totalidade de 2000 quadrados, agrupa­ sopro.
mos estas unidades de coleta segundo os diversos Para demonstrar a variabilidade dos artefatos
setores do sítio que foram estabelecidos a partir cerâmicos, segundo os setores estabelecidos, fo-

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C
10

7 6 5 4 3

Escala:

Áreas sombreadas sem coleta


Intervalo dos contornos = 10

Fig. 3 - Densidade dos artefatos cerâmicos - Guará 1 (GO-NI-IOO).

ram considerados, nesta primeira abordagem, onze 3 - espessura máxima da borda: 0-5,6-10,11-
atributos que correspondem a um total de 72 vari­ 15, 16-20, 21-25, 26-30, 31-35mm;
áveis: 4 - diâmetro da borda: 0-10,11-20,31-40,41-
1 - tempero: cariapé A <2mm, >2mm; cariapé 50, 51-60, 61-70, 71-80, 81-90cm;
B <2mm, >2mm; areia; 5 - forma dos recipientes: 1 a 16 (Figura 4);
2 - espessura da parede: 0-5, 6-10, 11-15, 16- 6 - volumes: <1 litro, 1-2, 2-5, 5-10, 10-20,
20, 21-25mm; 20-50, >50 litros;

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7 - contomo: contorno simples, infletido, com­ principalmente formado pelas variáveis: formas 1,
plexo (gargalo tipo 1, 2, 3 e 4); 2 e 7, espessura máxima da borda de 11 a 15mm,
8 - distância do ponto de inflexão até o lábio: espessura da parede até 15mm, volume inferior a
0-10, 11-20, 21-30, 31-40mm; I litro, presença de fuligem, pintura preta interna
9 - decoração plástica: apêndices: bastões, e externa, contorno simples, distância do lábio até
asas; decoração entalhada, incisa/excisa, o ponto de inflexão até lOmm, diâmetro até 20cm,
decoração ausente; antiplástico de areia e cariapé A < 2mm, que pre­
10 - decoração pintada: pintura preta interna valecem no lado esquerdo do espaço estatístico; e
e/ou externa, decoração ausente; as variáveis: ausência de pintura, cariapé >2mm,
11 - marcas de uso: pequenas depressões cir­ espessura máxima da borda de 20 a 25mm e volu­
culares, desgaste por líquidos, desgaste me >50 litros, que prevalecem no lado direito do
sobre o lábio, desgaste interno, fuligem, espaço estatístico. O fator 2 (conjunto de variá­
ausente; veis plotado ao longo do eixo y) é predominante­
mente formado pelas variáveis: forma 16, contor­
As variáveis de natureza tecnológica, tais co­
no complexo (gargalo tipo 1 e 2), diâmetro de 21 a
mo: tipos de argila, suas impurezas, técnica de con­
30cm e marcas de desgaste interno, que prevale­
fecção, acabamento de superfície e grau de quei­
cem na parte inferior do espaço estatístico; e as
ma apresentaram uma homogeneidade relativa­
variáveis: diâmetro 61 a 70cm, formas 5 e 8, con­
mente grande, motivo pelo qual não foram conside­
torno infletido, que prevalecem no lado superior
rados nesta análise. Os elementos decorativos par­
do espaço estatístico. O fator 3, não representado
ticulares, formas específicas de vasilhames e ou­
graficamente, é formado, sobretudo, pelas variá­
tros artefatos cerâmicos, entre os quais rodelas de
veis: distância do ponto de inflexão de 21 a 30mm
fuso e carimbos cilíndricos demonstram uma distri­
e espessura máxima da borda 26 a 30mm, que pre­
buição espacial aparentemente não aleatória, mas
valecem no espaço gráfico com valores negativos;
cuja análise pormenorizada foge ao âmbito deste
e as formas 4 e 11, volumes de 1 a 10 litros, dis­
artigo. Os seus percentuais reduzidos, todavia, não
tância do ponto de inflexão até o lábio de 11 a
alteram significativamente os resultados aqui apre­
20mm, ausência de marcas de uso e diâmetro da
sentados, motivo pelo qual foram desconsiderados
borda de 31 a 40cm, que prevalecem no espaço
nesta fase da análise. Uma tabela dos percentuais
gráfico com valores positivos.
de cada uma das variáveis e os totais absolutos
Os dois testes estatísticos (cluster e compo­
por cada setor encontra-se no Anexo I.
nente principal) apresentam resultados essencial­
O teste de cluster (Figura 5) separou os seto­
mente semelhantes. Pelo fato de o componente
res inicialmente em dois grupos principais. O pri­
principal permitir um controle das variáveis que
meiro é subdividido em três conjuntos: I, II e III,
influenciaram primordialmente na diferenciação
sendo que os setores dos conjuntos II e III apre­
dos setores, basearemos a presente análise sobre­
sentam uma maior semelhança entre si em relação
tudo nos resultados do mesmo. A Figura 7a visua­
aos atributos cerâmicos aqui considerados. O se­
liza as semelhanças e diferenças entre o material
gundo grupo, que é representado por apenas cinco
cerâmico dos diversos setores.
setores, pode ser dividido em dois conjuntos bási­
A distribuição espacial dos setores que apre­
cos (IV e V).4
sentam um maior grau de semelhança, bem como
A análise do componente principal indica que
a natureza diferenciada das variáveis cerâmicas
as seguintes variáveis apresentam uma maior con­
sugere quatro espaços funcionalmente distintos.
tribuição na distinção dos respectivos setores por
Enquanto os setores agrupados nos conjuntos I e
conjuntos (Figura 6 e Tabela 1). O fator 1 (con­
II parecem indicar, pela disposição anular, áreas
junto de variáveis plotado ao longo do eixo x) é
residenciais e os seus entornos, os setores agru­
pados pelos demais conjuntos sugerem áreas de
atividades específicas. Devido à baixa densidade
(4) No cluster os setores 21 e 22 foram agrupados no con­
do material arqueológico, a área central foi agru­
junto II, todavia, no teste de componente principal a cerâmi­
ca do setor 21 apresentou uma maior semelhança àquela do
pada sob o setor 66 e o espaço periférico externo
setor 3, formando o conjunto IV, e a do setor 22 apresentou sob o setor 99. Nos dois testes estatísticos o ma­
uma maior semelhança àquela dos setores do conjunto I. terial cerâmico da área interna e externa apresen-

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Fig. 4 - Formas básicas dos recipientes cerâmicos.

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tou uma semelhança significativa àquele dos se­ globulares abertas de contorno simples, bem como
tores do conjunto II. das bacias com ângulo de parede superior a 90° (for­
A cerâmica do conjunto I, que agrupa os seto­ ma 7). Ocorre ainda um percentual maior de frag­
res (17), 2, 4, 5, 8, 17, (18?) e 22, distingue-se da mentos com espessuras menores, de bordas com diâ­
cerâmica do conjunto II por haver naquela uma mai­ metros pequenos com uma reduzida distância do pon­
or presença das formas globulares fechadas e semi- to de inflexão até o lábio, de temperos de areia e de

Fig. 5 - Análise de cluster dos artefatos cerâmicos.


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Fig. 6 - Análise de componente principal dos artefatos cerâmicos.

cariapé A < 2mm e de fragmentos com fuligem, sen­ de alimentos e apresenta um maior grau de homo­
do que os fragmentos com pintura preta interna ou geneidade que aquela do conjunto I. Como é evi­
externa são exclusivos dos setores deste conjunto. denciado na Figura 7a, as unidades espaciais mais
Apesar da presença dos demais artefatos nestes seto­ próximas apresentam também um maior grau de
res, os atributos que os distinguem das áreas semelhança no espaço estatístico. Neste sentido,
residenciais do conjunto II podem ser interpretados esta maior semelhança entre áreas vizinhas pode
em termos de uma maior ocorrência de atividades ser eventualmente interpretada em termos de um
relacionadas ao processamento de alimentos sobre o maior grau de interação entre os membros de uni­
fogo, em que foram empregados sobretudo recipien­ dades residenciais mais próximas. Em relação à
tes globulares que não ultrapassam a 5 litros e apre­ planta do sítio, os setores dos conjuntos I e II apre­
sentam uma elevada correlação com vestígios de fu­ sentam uma certa intercalação, de modo que os
ligem e apêndices variados, cuja grande diversidade setores com maiores semelhanças entre si situam-
é um distintivo dos setores deste conjunto. se diametralmente opostos.5
O conjunto II agrupou a segunda parte dos
supostos setores habitacionais (setores 6, 7, 10,
(5) O significado desta configuração espacial deverá ser tes­
(11?), 13, 16?, 19, 23 e 24), apenas ausentes no
tado no prosseguimento da pesquisa ao englobar um maior
extremo leste do sítio. A cerâmica destes setores é número de variáveis e sobretudo aquelas mais sensíveis a
associada a uma multiplicidade de atividades rela­ possíveis marcadores de identidades sociais, tais com o e le­
cionadas à transformação, consumo e estocagem mentos decorativos específicos.

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WÜST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

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Decoração plástica: apêndices: bastões


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Espessura máxima da borda: 3 l-35mm


Marcas de uso: desgaste sobre o lábio
TABELA

Marcas de uso: desgaste por líquidos

Marcas de uso: depressões circulares


Contorno complexo: gargalo tipo 3
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Contorno complexo: gargalo tipo 4


Espessura máxima da borda: 0-5mm
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Decoração plástica: inciso/exciso

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Espessura da parede: 16-20mm

Espessura da parede: 21 -25mm


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Decoração plástica: entalhado
Diámetro da borda: 31 -40cm

Distância do lábio: 3 l-40mm

Diámetro da borda: 41 -50cm


Diámetro da borda: 5 l-60cm

Diámetro da borda: 71 -80cm

Diámetro da borda: 81 -90cm

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Decoração plástica: ausente


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Decoração plástica: asas

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Volume 20-50 litros
Volume: 1 a 2 litros

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Volume: 2-5 litros

Cariapé B: >2mm
Cariapé B: <2mm

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Forma 11

Forma 13
Forma 15

Forma 12

Forma 10

Forma 14
Variáveis

Forma 6

Forma 3
Forma 9

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TABELA

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Espessura máxima da borda: 21-25 mm
Espessura máxima da borda: ll-15mm

Espessura máxima da borda: 26-30mm

Espessura máxima da borda: 16-20mm


Espessura máxima da Borda: 6-1 Omm

Contorno complexo: gargalo tipo 1

Contorno complexo: gargalo tipo 2

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Pintura preta interna e/ou externa

Marcas de uso: desgaste interno

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Espessura da parede: 11-15mm

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Espessura da parede: 6-1 Omm

Diàmetro da borda: 61-70cm

Diàmetro da borda: 21-30cm

Distância do lábio: 21 -30mm


Diâmetro da borda: ll-20cm

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Distância do lábio: 11-20mm
Espessura da parede: 0-5mm

Diâmetro da borda: 0-1 Ocm


Distância do lábio: 0-10mm

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Marcas de uso: ausentes

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Volume: 10 a 20 litros
Marcas de uso: fuligem

Volume: 5-10 litros


Volume: >50 litros

Contorno infletido

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Contorno simples

Cariapé A: <2mm

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Volume: <1 litro

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Pintura ausente

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Forma 16

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Forma 8
Forma 2
Forma 1

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Variáveis

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Areia

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WÜST, I.; CARVALHO, H.B. N ovas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

O conjunto III agrupou apenas os setores 12 do tempero de cariapé A >2mm. A decoração plásti­
e 15, enquanto no teste de cluster também o setor ca é limitada aos diversos tipos de entalhados sobre a
11. Estes setores situam-se na periferia externa das borda, alcançando valores levemente superiores aos
supostas áreas residenciais do lado oeste do sítio. daqueles das áreas residenciais. Não se registram frag­
A natureza do refugo cerâmico apresenta uma se­ mentos com vestígios de fuligem, o que sugere uma
melhança relativamente grande com aquele dos manipulação destes recipientes, sobretudo sem o
setores do conjunto II, o que sugere uma interpre­ emprego de fogo. Assim, a natureza dos atributos dos
tação em termos de áreas de descarte. Neste senti­ recipientes cerâmicos nestes três setores sugere um
do, um maior percentual de fragmentos tempera­ possível processamento de mandioca, que geralmente
dos com cariapé B < 2 e >2mm poderiam ser pri­ envolve a produção de um lixo orgânico considerá­
meiros indicadores para uma vida útil menor des­ vel e que requer o constante emprego de água. Isso
tes recipientes em relação àqueles temperados com parece ser atestado pela elevada taxa de fragmentos
cariapé A e areia. No entanto, a ocorrência de um sem fuligem que apresentam no seu lado interno tí­
percentual ligeiramente superior de recipientes com picas marcas circulares produzidas por líquidos, bem
volumes >50 litros, bem como a presença de bolo- como pelo elevado percentual de desgastes sobre as
tas de argila pode conferir a estes espaços uma fun­ bordas das grandes bacias, eventualmente relaciona­
ção adicional para a realização de atividades espe­ das à utilização de raladores que foram apoiados so­
cíficas que, porém, não parecem ter envolvido o bre os bordos planos e reforçados.
processamento de alimentos sobre o fogo, indica­
do pela ausência de fragmentos com fuligem. Os artefatos líticos
O conjunto IV agrupa apenas dois setores (3 e
21) de dimensões reduzidas e que se situam na parte
No que tange ao material lítico, foram selecio­
nordeste e sudeste da periferia interna. Os fragmen­
nadas para a seguinte análise estatística apenas três
tos cerâmicos aqui presentes caracterizam-se por uma
atributos básicos (matéria-prima, técnica de pro­
maior ocorrência de jarros e de recipientes da forma
dução e classes de instrumentos e de refugo), que
12 com volumes superiores a 50 litros, predominan­
compreendem um total de 48 variáveis:
do diâmetros de 20 e 30cm. As freqüentes marcas de
uso na parte interna superior da borda, provavelmen­ -matérias-primas: arenito silicificado, calce­
te ocasionadas por retiradas do conteúdo, bem como donia, quartzo hialino e de filão, pedra sa­
a ausência de fragmentos com fuligem sugerem ati­ bão (esteatita), diorito, granito, micaxisto,
vidades relacionadas à manipulação ou estocagem outros;
de líquidos. A natureza destes atributos, bem como a - técnicas de trabalho em pedra: lascamento
baixa densidade do refugo, poderia conferir a estas por percussão dura, por técnica bipolar, pico-
áreas atividades relacionadas ao preparo e consumo teamento e/ou alisamento, polimento, sem
de bebidas. Nota-se ainda a ausência de bolotas de transformação, sem transformação mas las­
argila, o que permite excluir estas áreas como locais cado por uso, polido e picoteado e reciclado
de fabricação de recipientes cerâmicos. com percussão dura, lascado por fogo, téc­
O conjunto V agrupa os setores 9,14 e 20, que nica não identificada;
se localizam no anel interno em frente a algumas das - categorias de instrumentos líticos que foram
unidades residenciais do lado oeste do sítio. A cerâ­ estabelecidas a partir das características mor­
mica ali presente caracteriza-se por uma relativa gran­ fológicas, tecnológicas e das marcas de uso
de quantidade de recipientes com volumes superio­ macroscópicamente identificáveis;
res a 50 litros, bacias com bordas reforçadas (forma - vasilhames de pedra sabão: 1.1 globulares,
8), um elevado percentual de paredes com espessu­ 1.2 tigelas rasas com parede grossa, 1.3 ti­
ras superiores a 20mm e recipientes com diâmetros gelas rasas com parede fina, 1.4 pratos com
de até 70cm, enquanto os recipientes destinados a bordo levantado, 1.5 assadores planos;
cozinhar e ao consumo individual apresentam - polidores passivos sobre bloco: 2.1 com ca­
percentuais muito reduzidos. Ocorre também uma naletas (finas e largas), 2.2 sem canaleta
quantidade significativa de recipientes da forma 12. (área ampla);
Tanto os volumes quanto as espessuras elevadas das - polidores ativos sobre bloco: 3.0 (uso de um
paredes estão associados a um percentual mais alto ou mais bordos);

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WUST, I.; CARVALHO, H.B. N ovas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
análise espacial do Sitio Guará 1 (GO-NI-lOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

Fig. 7a - Graus de semelhança do material cerámico nos diversos setores do sitio Guará 1 (GO-NI-lOO).

- suportes para bater sobre bloco: 4.0 com de­ - refugo de lascamento: 12.1 fragmentos las­
pressão circular; 11.0 (bigoma para lasca­ cados por fogo, 12.2 fragmentos sem técni­
mente bipolar; ca de lascamento identificada, 12.3 núcleos
láminas de machado: 5.1 sem gargalo, 5.2 de percussão dura, 12.4 lascas de percus­
com gargalo, 5.4 fragmentos, 5.5 pré-forma são dura, 12.5 nucleiformes bipolares, 12.6
de machado; lascas bipolares.
instrumentos para esmagar e triturar: 6.1 so­ A presente análise baseia-se no total das 530
bre diversos suportes,6.2 mão de pilão; peças provenientes da coleta sistemática de super­
boleadeira: 7.0; ficie6 da área do sitio Guará 1. Uma tabela dos
seixos para polir: 8.1 uso de superficie am­ percentuais e dos totais absolutos das variáveis por
pia, 8.2 uso sobre gume lascado; setores encontra-se no Anexo II.
percutores: 9.1 de seixo, 9.2 de bloco;
•instrumentos sobre lasca e núcleo: 10.1 para (6) Foram desconsiderados aqui os 242 fragmentos de pedra
cortar, 10.2 para polir, 10.3 para raspar, 10.9 sabão, em sua maioria resultantes das recentes atividades agrí­
função desconhecida; colas.

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WÜST, I.; CARVALHO, H.B. N ovas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Re v. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

Fig. 7b - Graus de semelhança do material lítico nos diversos setores do sítio Guará 1 (GO-NI-IOO).

O teste de cluster separou os setores em duas do eixo x) é predominantemente composto por


midades principais. A primeira unidade compre- polidores ativos, blocos regularizados por percus­
?nde os conjuntos Ia e Ib, que se localizam, com são dura, matéria-prima de micaxisto, instrumen­
íxceção do setor 7, na parte oeste do sítio, e o con- tos sem transformação, técnica bipolar, polidores
unto Ic cujos setores apresentam uma distribui­ sem canaleta, nucleiformes resultantes da técnica
rão dispersa. A segunda unidade abrange os con- bipolar, lâminas de machado sem gargalo e per­
untos lia e üb, cujos setores se encontram sobretu- cutores de seixo (que apresentam uma maior inci­
io na parte leste do sítio, situando-se assim diame- dência no lado esquerdo do espaço estatístico). O
ralmente opostos aos da primeira unidade. A po- fator 2 (conjunto de variáveis plotados ao longo
»ição marginal dos setores 3 e 20 no espaço gráfi­ do eixo y) é predominantemente composto pelas
co é resultante da baixa freqüência de material lítico variáveis: matéria-prima de diorito, assadores de
ili presente (Figura 8). pedra sabão e técnica picoteada alisada (que pre­
A análise do componente principal indica valecem na parte superior do espaço estatístico)
juais das variáveis sob consideração levaram à em oposição à matéria-prima de arenito silicificado
listinção básica dos setores (Figura 9 e Tabela 2). e quartzo e fragmentos lascados por fogo (que pre­
3 fator 1 (conjunto de variáveis plotados ao longo valecem na parte inferior do espaço estatístico). O

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WUST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
análise espacial do Sitio Guará 1 (GO-NI-lOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,

Fig. 8 - Análise do teste de cluster dos artefatos Uticos.

fator 3, aqui graficamente não representado, é for­ a existência de dois agrupamentos essencialmente
mado principalmente pelas variáveis: fragmentos distintos no que tange ao predomínio de certas técni­
sem técnica de lascamento identificada, bigornas cas de trabalho da pedra, matérias-primas e presença
para lascamento bipolar e matéria-prima de grani­ de alguns artefatos líticos específicos. Os setores com
to (que prevalecem no espaço gráfico dos valores uma maior semelhança entre si apresentam uma re­
negativos) e percussão dura, lascas de percussão lação direta com a planta do sítio, ocorrendo uma di­
dura, e instrumentos sobre lasca empregados para visão aproximada ao longo do eixo norte-sul, que di­
raspar (que se encontram no espaço gráfico com vide os setores em uma parte oeste e leste (Figura
valores positivos). 7b). Nota-se ainda que, de um modo geral, os setores
Apesar de ligeiras diferenças entre os resultados espacialmente próximos apresentam um maior grau
de ambos os testes estatísticos, os dados apontam para de semelhança entre si que setores mais distantes,

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WÜST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
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1996.

excetuando-se apenas os setores do conjunto Ic. No vidades específicas, além de distinções entre os
que se refere, porém, às diversas categorias espaciais repertórios materiais das diversas áreas residen­
(áreas de atividades específicas e áreas residenciais), ciais. É possível perceber também que as diferen­
detectadas a partir da análise dos artefatos cerâmicos, ças na distribuição espacial dos artefatos cerâmicos
não parece ocorrer uma distinção significativa no que e líticos do sítio Guará 1 acima apresentados per­
tange ao material lítico. mitem encaminhar algumas questões de extrema
Enquanto a presença das matérias-primas de importância para o prosseguimento das pesquisas
arenito silicificado, quartzo e diorito, o uso de arte­ arqueológicas dos grupos ceramistas agricultores
fatos líticos brutos, a percussão dura, os percu­ e que se referem:
tores sobre seixo e os instrumentos sobre lascas,
- a certos aspectos econômicos e sociais dos
empregadas em atividades de raspar, são comuns
ocupantes do sítio Guará 1;
a todos os conjuntos, ocorrem algumas diferen­
- a aspectos relacionados à formação do refu­
ças básicas do repertório lítico em ambas as par­
go e que envolvem diferentes processos de
tes do sítio. Prevalecem na metade oeste (setores
descarte;
do conjunto I) as evidências de uma cadeia ope­
- a critérios na escolha de estratégias de
ratoria relacionada à técnica bipolar, associada a
amostragem;
um predomínio da matéria-prima de quartzo e de
- ao significado do grau da homogeneidade
calcedônia, uma presença significativa de seixos
ou heterogeneidade da cultura material ní­
(percutores) e blocos brutos que ocasionalmente
vel regional e local;
sofreram um processo de regularização por per­
- a interpretação da variabilidade da cultura
cussão dura, bem como uma maior ocorrência de
material em sítios cerâmicos a céu aberto
fragmentos rachados por fogo. Tanto os instru­
de outras regiões brasileiras.
mentos sobre bloco (alisadores sem canaleta) e
um predomínio quase absoluto das lâminas de ma­ Aspectos do sistema econômico e da
chado e das matérias-primas de diorito e granito organização social dos ocupantes do Guará 1
nesta parte do sítio poderiam indicar uma corre­
lação funcional. Ocorrem também apenas nesta A análise das semelhanças e diferenças dos
parte do sítio os polidores com canaletas finas e artefatos cerâmicos e líticos em relação aos diver­
largas, que remetem à confecção de implementos sos setores do sítio Guará 1 e dos seus significa­
perecíveis, tais como osso e madeira, bem como dos funcionais propiciam as primeiras interpreta­
os blocos com depressões centrais, que na litera­ ções referentes a alguns aspectos das atividades
tura são freqüentemente referidos como “quebra- econômicas e da organização social e das suas va­
cocos”. Nos setores agrupados pelo conjunto II riações em nível de uma comunidade específica.
prevalecem percentualmente os diversos recipi­ Apesar de uma série de atividades que parecem
entes de pedra sabão obtidos pela técnica de ter ocorrido em todos os setores residenciais, tais
picoteamento e alisamento, instrumentos sobre como: confecção de recipientes cerâm icos,
lasca com função de raspar e cujo forte desgaste estocagem e processam ento de alim entos e
sobre o bordo ativo poderia indicar uma associa­ lascamento por percussão dura , observam-se al­
ção com a fabricação destes recipientes. gumas diferenças importantes com implicações
para a organização do trabalho e da estrutura só-
cío-política.
Discussão dos resultados As diferenças nos recipientes cerâmicos entre
os setores das áreas residenciais parecem expres­
Apesar das limitações impostas pelos dados sar ligeiras variações no que tange a aspectos da
exclusivamente provenientes de coletas de su­ subsistência. Estas diferenças são indicadas por
perfície, os resultados aqui apresentados mostram uma maior presença de recipientes cerâmicos de
que, mesmo em sítios já parcialmente destruídos, volumes pequenos envolvidos em atividades de co­
a técnica da coleta sistemática em superfícies am­ zimento e uma menor atividade relacionada à trans­
plas pode fornecer resultados iniciais importantes formação da mandioca, embora o consumo de beiju
no que se refere a uma melhor caracterização dos ou de farinha parece ser comum a todos, como in­
aspectos morfológicos dos sítios e das áreas de ati­ dica a distribuição generalizada dos assadores. De

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Fig. 9 - Distinção básica dos setores segundo a localização das variáveis.

forma semelhante uma distribuição espacial nu- cos (de madeira ou de osso), e as lâminas de ma­
cleada, sobretudo dos “quebra-cocos”, também chado e as suas pré-formas em associação a poli­
aponta para uma eventual presença de variações dores em canaleta, que podem ter uma associação
nos complementos dietéticos. funcional.
Por sua vez, as diferenças significativas no re­ As evidências para as redes de troca intra-sí-
pertório lírico dos setores da parte oeste do sítio e tio ainda estão muito fragmentárias e provavelmen­
agrupados pelos conjuntos Ia e Ib sugerem uma te envolveram mais itens perecíveis que artefatos
certa especialização, seja em termos de uma ex­ cerâmicos e líticos. Apesar disso, a presença de
ploração territorial socialmente restrita (indicada instrumentos produzidos por lascamento bipolar
pelo predomínio quase exclusivo das matérias-pri­ em alguns dos setores do conjunto II ao lado leste
mas de calcedonia, diorito e granito nesta parte do do sítio, dissociados da cadeia operatória de pro­
sítio), seja pelo domínio privativo de certas técni­ dução, aponta para estas eventuais redes de troca,
cas de lascamento (sobretudo da técnica bipolar), valendo o mesmo também para os implementos
bem como pela privacidade na confecção e uso de das lâminas de machado, ocorrendo apenas um
implementos específicos. Isso parece ser indicado destes implementos no setpr 3, dentro de um con­
pelos polidores passivos com canaletas, que suge­ texto de uma área de atividade específica. Toda­
rem atividades de polimento de materiais orgâni­ via, não se trata de um sistema de troca unilateral.

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W ÜST, I.; CARVALHO, H.B. N ovas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
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TABELA 2
Composição dos fatores das variáveis dos artefatos líticos
Variáveis Fator 1 Fator 2 Fator 3
Categoria 3.0 0,775 0,100 0,010
Técnica: bloco regularizado por 0,694 -0,055 -0,081
percussão dura
Matéria-prima: micaxisto 0,673 0,401 -0,355
Técnica: sem transformação 0,655 0,000 -0,257
Técnica bipolar 0,622 -0,471 0,084
Categoria 2.2 0,622 -0,009 0,031
Categoria 12.6 0,580 -0,509 0,045
Categoria 5.1 0,568 0,274 0,032
Categoria 9.1 0,539 0,062 0,224
Matéria-prima: arenito silicificado -0,134 -0,701 -0,011
Categoria 12.1 0,019 -0,672 -0,189
Técnica: lascado por fogo 0,019 -0,671 -0,189
Matéria-prima: quartzo 0,270 -0,575 0,377
Matéria-prima: diorito -0,028 0,559 -0,032
Categoria 1.5 -0,104 0,543 -0,192
Técnica: picoteado/alisado -0,236 0,500 0,187
Categoria 12.2 -0,272 -0,167 -0,792
Técnica: não identificada -0,246 -0,185 -0,789
Técnica: percussão dura -0,154 -0,126 0,777
Categoria: 12.4 -0,311 -0,071 0,728
Categoria 10.3 0,105 0,002 0,565
Categoria 11.0 0,176 0,027 -0,550
Matéria-prima: granito -0,286 -0,164 -0,522
Categoria 5.4 -0,082 0,469 0,015
Técnica: polido -0,079 0,474 0,024
Matéria-prima: pedra sabão -0,309 0,437 0,281
Categoria 1.1 -0,338 0,339 0,407
Matéria-prima: calcedonia 0,452 0,414 -0,213
Categoria 1.2 -0,049 0,062 -0,076
Categoria 12.5 0,230 -0,106 0,147
Categoria 6.1 -0,023 0,088 -0,003
Categoria 7.0 0,050 0,071 -0,008
Categoria 1.3 -0,379 0,052 0,354
Categoria 1.4a 0,082 0,245 0,124
Categoria 4.0 0,020 -0,003 -0,075
Categoria 9.2 0,021 0,020 -0,031
Categoria 10.1 0,268 -0,133 0,128
Matéria-prima: outras 0,143 -0,018 -0,049
Categoria 5.2 0,317 -0,152 -0,108
Categoria 10.9 -0,313 0,164 0,282
Categoria 2.1 0,279 0,461 -0,469
Categoria 5.5 0,221 -0,336 0,019
Categoria 8.2 0,276 -0,054 0,154
Categoria 8.1 -0,043 -0,450 -0,135
Categoria 10.2 0,200 -0,262 0,191
Categoria 12.3 -0,073 -0,286 -0,148
Categoria 6.2 -0,090 0,136 0,291
Técnica: polido/picoteado e 0,483 -0,037 -0,046
reciclado com percussão dura

Observação: As variáveis que contribuem de form a m ais significativa na form ação dos
fatores encontram -se em negrito. Os prim eiros 15 fatores apresentam um Eigenvalue su­
perior a 1. Os prim eiros 3 fatores explicam 33,6% da variação do lítico dos setores (fator 1:
13,17%, fator 2:10,56% , fa to r 3 :9,89% ).

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WÜST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Re v. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

Há certos indícios para uma maior produção de pientes poderia explicar também a elevada densi­
vasilhames de pedra sabão nos setores do lado les­ dade de material arqueológico, bem como o relati­
te da aldeia, onde se encontram freqüentemente vo elevado acúmulo do refugo secundário nas áreas
associados a raspadores eventualmente emprega­ da periferia externa nesta parte do sítio, que difi­
dos para o seu acabamento final. A distribuição cilmente representa condições diferenciais de con­
aparentemente generalizada dos recipientes de pe­ servação.
dra sabão, no entanto, poderia estar relacionada a As duas outras áreas de atividades específi­
uma rede de troca na direção oposta. cas (setores 3 e 21), situadas na periferia interna
Nas áreas de atividades específicas (setores do lado norte e leste do sítio, parecem ter funções
9, 14 e 20), situadas na periferia interna do lado distintas, o que é indicado não apenas pela baixa
oeste do sítio, predominam grandes recipientes densidade do refugo, mas também pelo predomí­
cerâmicos, cujas características morfológicas e nio de grandes recipientes relacionados à manipu­
marcas de uso podem estar relacionadas ao pro­ lação de líquidos. Estamos inclinados a atribuir a
cessamento da mandioca. Estas áreas sugerem não estas áreas possíveis atividades cerimoniais públi­
apenas uma maior intensidade de produção ou cas que eventualmente envolveram membros de
mesmo de consumo pelos membros das unidades diversas unidades residenciais. Os elementos deco­
residenciais adjacentes, mas eventualmente uma rativos restringem-se a um baixo percentual de
produção de excedente. Este poderia ter sido tro­ bordas entalhadas, o que indica a pouca importân­
cado por outros gêneros alimentícios ou implemen­ cia deste atributo estilístico no contexto social con­
tos com os membros das demais unidades residen­ ferido a estes setores.
ciais do assentamento, mas poderia ser também Partindo do pressuposto que a confecção da
um indicador para a realização de rituais coleti­ cerâmica e o processamento de alimentos represen­
vos. Interpretações semelhantes em outros contex­ tam sobretudo uma atividade feminina e que o tra­
tos culturais podem ser encontradas, entre outros, balho da pedra está associado predominantemente
em Roosevelt 1991: 73-4 e Blitz 1993. Apesar de à esfera masculina, a localização dos setores com
um percentual levemente superior da decoração en­ maiores semelhanças entre si apresenta algumas
talhada e incisa nestes espaços ao daquele das áreas diferenças básicas em relação aos artefatos cerâ­
residenciais adjacentes, estes elementos estilísticos micos e líticos (vide Figuras 7a e 7b). Nesse caso,
não parecem estar relacionados a um significado poder-se-ia encaminhar a seguinte reflexão inicial
particular. Pelo fato de tais áreas de atividade se sobre alguns aspectos da organização social:
encontrarem espacialmente limitadas e por se si­
tuarem em um espaço público, poder-se-ia sugerir O maior grau de semelhança entre os artefa­
a presença de uma posição hierárquica superior dos tos cerâmicos e líticos em setores adjacentes (na
ocupantes desta parte do sítio. Estas áreas de ati­ medida em que representam áreas de habitação)
vidade parecem estar articuladas a poucas unida­ parece indicar a presença de segmentos residenciais
des residenciais contíguas, que adicionalmente si­ como foram descritos por Lea (1993: 269), sendo
tuam-se sobre a parte mais alta da vertente, permi­ que famílias extensas pertencentes a um segmento
tindo um controle visual privilegiado. social ocupam casas espacialmente próximas e
Todavia, nem o processamento da mandioca, compartilham certos fluxos de informação e mes­
nem o seu consumo sob forma de farinha ou beiju mo certas privacidades no que tange à exploração
representam uma atividade econômica exclusiva de matérias primas específicas, à manufatura de
para ocupantes de setores específicos. Desta for­ implementos e seu uso.
ma estaríamos apenas diante de uma possível inten­ De um modo geral os autores não aceitam
sificação de trabalho nesta área do sítio e que, se­ mais hoje uma correlação direta entre organiza­
gundo o modelo etnográfico, é geralmente asso- ção social e semelhanças da cultura material como
ciadada à mão de obra feminina. Não parece ocor­ pensava, entre outros, Hill (1968), já que as di­
rer uma divisão de trabalho por setores específicos versas redes de transmissão ultrapassam os laços
como foi constatado para o sítio MT-RN-32 da de parentesco imediato (Stanislawski & Stanis-
mesma tradição ceramista (Wüst 1990). Esta mai­ lawski 1978). No entanto, além dos complicados
or intensidade de produção e, portanto, uma evi­ mecanismos de empréstimos, ocorre no sítio
dente maior taxa de manipulação e quebra de reci­ Guará 1 uma diferença significativa no que tange

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análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

à distribuição espacial dos setores que apresen­ às concentrações cerâmicas funções residenciais,
tam maiores semelhanças no repertório lítico e cabe-nos, à luz dos dados aqui apresentados, for­
cerâmico. Enquanto nos artefatos líticos se cris­ necer em pesquisas futuras dados consistentes que
taliza uma separação do assentamento ao longo permitam excluir a hipótese de áreas de atividades
do eixo norte-sul, separando os setores segundo específicas, sobretudo no que se refere aos espa­
o modelo Jê, em metades oeste e leste, os setores ços periféricos internos e externos.
que apresentam maiores semelhanças em relação
aos artefatos cerâmicos, apresentam um maior
Estratégias de Amostragem
grau de dispersão.
Isto sugere que a circulação dos homens pa­
rece ter sido mais restrita que aquela das mulhe­ Como a preocupação básica no estudo dos gru­
res, o que poderia ser um primeiro indicador para pos agricultores ceramistas brasileiros centrou-se
uma eventual predom inância de um sistem a tradicionalmente no estabelecimento de cronolo­
patrilocal ou de linhagens patrilineares. Esta in­ gias relativas e absolutas e nas comparações re­
terpretação também se sustenta na evidência de gionais de culturas arqueológicas dentro de uma
que as unidades residenciais com maior grau de perspectiva difusionista, a maior parte do conheci­
semelhanças se encontram diametralmente opos­ mento sobre estas sociedades provêm de informa­
tas, o que poderia representar uma maior circula­ ções pouco detalhadas sobre aspectos morfológicos
ção de mulheres, de bens ou de fluxos de infor­ dos sítios. Além disso, as coletas de superfície pro­
mação. Da mesma forma, a presença de um su­ vêm de áreas restritas dos assentamentos para as
posto maior contingente da mão-de-obra femini­ quais não se dispõe de um controle dos seus signifi­
na na parte oeste do sítio poderia ser um indica­ cados funcionais, abrangendo geralmente não mais
dor adicional para um sistema social predominan­ que 200 fragmentos cerâmicos (Schmitz et al.
temente patrilocal, no qual status social e poder 1982).
se obtêm, entre outros, por meio de um maior aces­ Os resultados da análise espacial do sítio Gua­
so à força de trabalho feminino. rá 1 evidenciam que qualquer estratégia amostrai,
sobretudo aquelas baseadas em técnicas não estrati­
ficadas, dificilmente poderão ser úteis a uma aná­
Formação do refugo lise espacial intra-sítio. Dessa forma, coletas siste­
máticas totais de superfície apresentam um poten­
Uma das primeiras questões que se coloca nos cial significativamente mais elevado quando se tra­
estudos dos assentamentos anulares do Brasil Cen­ ta de compreender aspectos comportamentais de
tral refere-se ao significado das concentrações cerâ­ comunidades particulares, o que vai ao encontro
micas. Os dados etnográficos, bem como os dados das idéias de Kent (1987: 10), que rejeita qual­
arqueológicos do Alto Xingu, mostram que o aden­ quer estratégia amostrai. Por sua vez, a análise es­
samento de material cerâmico e os solos escuros pacial dos artefatos líticos do sítio Guará 1 mostra
correspondem a áreas de descarte, enquanto nas também que os artefatos líticos, em geral despre­
áreas residenciais prevalecem solos vermelhos e zados nas pesquisas tradicionais, parecem ser um
uma baixa densidade de refugo (Heckenberger melhor indicador para eventuais cristalizações da
1996, Silva 1988). No contexto dos sítios da tradi­ estrutura social que os artefatos cerâmicos.
ção Aratu e Uru de Goiás e Mato Grosso, no en­
tanto, a presença de estruturas de combustão e de
ocasionais postes de esteio parece confirmar o ca­ Implicação para a arqueologia regional
ráter habitacional das concentrações cerâmicas
(Andreatta 1982, Wüst 1983, 1990). Os dados do O mapeamento da densidade dos artefatos
sítio Guará 1 parecem confirmar em parte esta in­ cerâmicos e líticos do sítio Guará 1 evidenciou que
terpretação. Todavia, a detecção de áreas de ativi­ em Goiás, como no Mato Grosso, pelo menos uma
dades específicas exige extrema cautela ao se in­ parte dos sítios filiados à tradição Uru apresenta
terpretar os espaços daqueles sítios formados por uma forma anular. Diante de outros sítios arqueo­
mais de um anel de concentrações. Enquanto para lógicos desta área, no entanto, o sítio sob estudo
alguns dos sítios formados por até três anéis se apresenta dimensões relativamente reduzidas, uma
dispõe de controles materiais que possam conferir vez que o diâmetro máximo em tais assentamen­

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análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

tos pode alcançar até 500 metros. Partindo do pres­ te semelhantes ou distintas (cf., entre outros,
suposto que todos setores que formam o anel re­ Novaes, org. 1983; Maybury-Lewis, ed. 1979). Tais
presentam as áreas residenciais concomitantes e diferenças estruturais, que em última análise es­
que cada habitação contava com duas a três famí­ tão relacionadas à cosmovisão, podem propiciar o
lias nucleares, poder-se-ia sugerir um contingente surgimento de sistemas sócio-politícos de maior
demográfico mínimo entre 140 e 210 pessoas. ou menor complexidade e afetar as estratégias que
Dentro desta perspectiva, a diferenciação espacial envolvem a cultura material como indicadores de
dos artefatos constatada neste sítio adquire uma identidades sociais.
importância especial, no sentido de que não ape­ Na medida em que se expandem análises intra-
nas em sítios de maior, mas também de menor por­ sítio para um nível regional e para sítios de siste­
te, podem ser encontrados indícios para uma certa mas culturais e níveis temporais diversos, podem
hetero g en eid ad e e, com isso, para uma ser encontradas certamente algumas respostas para
hierarquização interna. o significado dos diversos graus de homogeneidade
A maioria dos sítios arqueológicos de grupos da cultura material, como foram discutidos, entre
ceramistas de Goiás pode ser filiada a duas gran­ outros, por Braun & Plog (1982) e Hantman (1982).
des tradições ceramistas: Aratu e Uru. Estes gru­ Tais investigações permitirão uma contribuição
pos ceramistas parecem apresentar diferenças sig­ significativa para averiguar tanto as continuidades
nificativas em relação aos sistemas de abasteci­ ou mudanças na apropriação e uso dos espaços
mento e provavelmente à sua estrutura sócio-polí- quanto as evidentes implicações para a organiza­
tica, sobretudo no que se refere aos fluxos de in­ ção do trabalho e para as hierarquias sociais.
formação, de bens e provavelmente de pessoas. Neste tipo de abordagem, indicadores materi­
Como já foi observado por González (1996), pare­ ais para a participação diferencial dos membros
ce ocorrer uma maior homogeneidade da cerâmica das diversas unidades residenciais nas redes de tro­
em nível regional nos sítios filiados à tradição Uru ca intra e extra-comunitárias, especificidades nos
que naquelas da tradição Aratu, nos quais se ob­ processos da cadeia alimentar, eventuais direitos
serva um percentual significativamente mais ele­ privativos de exploração territorial e as atividades
vado de artefatos “intrusivos” de outras tradições coletivas figurarão certamente como destaque.
ceramistas, sobretudo daquelas da tradição Tupi- Dentro desta perspectiva, uma série de análises fí­
guarani e em menor proporção da tradição Uru. sicas e químicas dos artefatos cerâmicos e líticos
No nível intra-sítio, por sua vez, os artefatos começam a adquirir uma nova perspectiva e desem­
cerâmicos nos assentamentos da tradição Aratu penharão um papel importante para as investiga­
tendem a uma maior homogeneidade que os da tra­ ções futuras.
dição Uru (Wíist 1983,1990), que parece se refor­
çar pelos dados empíricos do sítio Guará 1, apon­ ' Implicações supra-regionais
tando para uma maior hierarquização interna. O
significado destas diferenças básicas, quanto aos Em algumas pesquisas arqueológicas da Ama­
diversos graus de homogeneidade em nível regio­ zônia (Meggers 1991, Miller (org.) 1992) obser­
nal e local, ainda exige maiores aprofundamentos. va-se uma certa tendência em reduzir a diversida­
No entanto, podem eventualmente informar sobre de estilística da cerâmica a aspectos cronológicos,
aspectos da estrutura sócio-política, que no caso ou seja, a reocupações sucessivas, sem que se le­
das sociedades portadoras da tradição Aratu pare­ vantem hipóteses alternativas sobre as áreas de
ce ter levado, ainda em um período pré-contato, a atividades, hierarquias internas, ou mesmo presen­
um colapso ou a uma fusão com grupos portado­ ça de possíveis simbioses culturais. Com esta in­
res da tradição Uru (González 1996). terpretação minimiza-se não apenas o tamanho dos
Os próprios dados etnográficos do Brasil Cen­ sítios, mas também possíveis processos de comple-
tral fornecem elementos importantes no que se re­ xificação, geralmente acompanhados por uma
fere a uma maior ou menor importância da praça maior divisão de trabalho e diversificação funcio­
central, presença e ausência da “casa dos homens”, nal dos espaços (Cordell 1984, Kent 1984). Os
bem como às implicações de suas diversas estru­ dados aqui apresentados indicam que tais diferen­
turas sociais sobre a natureza das redes de rela­ ças não devem ser consideradas apenas privilégio
ções sociais com outras comunidades, culturalmen­ de sociedades estratificadas.

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análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Re v. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

A congruência espacial, a espessura reduzida de complexificação dos grupos agricultores cera­


da camada arqueológica e a forma do sítio Guará mistas do Centro-Oeste brasileiro.
1 permitem excluir o fator tempo para explicar a
variação dos artefatos cerâmicos e líticos entre os
diversos setores. Associamos a variabilidade na Agradecimentos
cultura material sobretudo a atividades específi­
cas, a distintas formas de descarte, devido a uma A obtenção dos dados empíricos aqui apre­
maior taxa de quebra, e a diferenças no processo sentados foram viabilizados com a colaboração da
de produção, consumo e redistribuição entre os Prefeitura e do Sindicato Rural de Itapuranga, do
ocupantes dos diversos setores residenciais. Alguns proprietário da gleba rural Alfredo Rosa da Costa
atributos dos artefatos líticos e cerâmicos podem que concedeu hospedagem à equipe, dos alunos
apresentar uma diferença que atinge nas propos­ integrantes do Projeto Sítio-Escola Guará que parti­
tas áreas residenciais 35% e que sobe para 50% ou ciparam nos trabalhos de campo, na organização e
mais, se consideramos as áreas de atividades espe­ análise do material cerâmico e lítico, bem como
cíficas. Estes dados apresentam evidentes impli­ da Universidade Federal de Goiás, que proporcio­
cações para futuras estratégias de amostragem, nou o apoio logístico e financeiro para os traba­
bem como para uma avaliação dos diversos graus lhos de campo e de laboratório.

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WÜST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
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2351
análise espacial do Sitio Guará 1 (GO-NI-lOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
WUST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
1996.

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WÜST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
WÜST, I.; CARVALHO, H.B. Novas perspectivas para o estudo dos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro: a
análise espacial do Sítio Guará 1 (GO-NI-IOO), Goiás. Re v. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 47-81,
1996.

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1996.

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análise espacial do Sitio Guara 1 (GO-NI-lOO), Goiás. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia São Paulo, 6: 47-81,
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ABSTRACT: This paper presents the first results of an intra-site spatial analysis
of an open air ceramic site of the Uru tradition, Guará 1 (GO-NI-IOO) situated in
south central Goiás state. The results of multivariate statistics have shown significant
differences of material culture in discrete settlement spaces. The variability of lithic
and ceramic artifacts among residential units have been interpreted as an internal
hierarchy related to social and economic aspects, such as implement production
and redistribution as well as food processing and consumption. Such intra-site
analysis, even if predominantly based on a full covered surface collection, shows
the potential of this procedure for further studies which may focus on the internal
and external dynamics of pre-colonial ceramic agriculturalists of central Brazil.

UNITERMS: Central Brazil - Intrasite spatial ananlysis - Pre-colonial


agriculturalists -Pottery - Lithic s.

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