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A sociedade sambaquieira vista através de sexo e gênero.
R. Museu Arq. Etn., São Paulo, n. 21, p. 17-30, 2011.
indícios de hierarquia entre assentamentos que descritiva disponível (Escorcio e Gaspar 2010).
integram um mesmo conjunto de sítios, Lima Parte do presente trabalho toma por base dados
e Lopez Mazz (1999) apontaram a existência e considerações levantados nesse estudo.
de diferentes segmentos sociais compostos por Por considerar que gênero é também um
líderes e não-líderes, Gaspar (apud DeBlasis et al. aspecto ordenador da sociedade sambaquieira,
2004) sugeriu a existência de grupos de afinida- é importante que se retome aqui a história de
de a partir da distribuição espacial de esqueletos formação desse campo de saber nas ciências
e Okumura e Eggers (2011) investigaram as sociais. Este artigo discute a universalidade da
especificidades biológicas dos indivíduos sepul- distinção sexo/gênero e leva em consideração
tados em uma mesma área funerária. Estudo que os princípios que norteiam as sociedades
sobre gênero é, também, um caminho profícuo nativas sul-americanas, em particular a socieda-
para entender o funcionamento da sociedade de sambaquieira, são distintos das sociedades
sambaquieira, ele permite identificar segmentos ocidentais em que foi cunhado o conceito de
sociais que compartilhavam o mesmo território, gênero.
ideologia e participavam do jogo político ineren- Com vistas a buscar especificidades do
te à vida social. modo de vida dos pescadores-coletores foram
Os estudos sobre gênero, no que se refere levantados os dados de sepultamento, em
aos sambaquieiros, bem como no que se refere especial dos acompanhamentos funerários em
à arqueologia brasileira como um todo, ainda associação a esqueletos identificados por sexo e
têm um longo caminho a percorrer (Lima 2003: idade, de dezoito sítios arqueológicos localiza-
136). A tese de Sene (2007), em contexto de gru- dos no estado do Rio de Janeiro, entre a baía de
pos horticultores do interior de Minas Gerais, Ilha Grande e Macaé, a partir de uma releitura
busca entender, a partir do estudo de rituais das arqueografias produzidas por Kneip (1977,
funerários e remanescentes ósseos humanos, as 1987, 2001), Kneip e Machado (1993), Kneip,
relações sociais e simbólicas sob o ponto de vista Machado e Crancio (1995), Livro de Tombo da
das elaborações de gênero. Rodrigues-Carvalho, Ilha da Boa Vista I (Nº 2118 a 2131), Machado
em sua tese de doutorado (Rodrigues-Carvalho (1984), Machado, Pons e Silva (1989b), Macha-
2004), analisa marcas de estresse ocupacional e do e Sene (2001), Lima (1991), Bezerra (1995),
procura identificar diferenças com relação aos Barbosa (2007), Tenório (2003).
sexos no contexto de grupos sambaquieiros do
litoral do estado Rio de Janeiro, explorando
novas linhas de investigação para o entendi- Sexo e gênero
mento das relações de gênero enquanto parte
de um conjunto mais amplo de relações sociais. Desde a década de 1970 as ciências huma-
O estudo de Escorcio e Gaspar (2005) é uma nas, as sociais em particular, foram marcadas
contribuição neste sentido. As autoras analisa- pela progressiva incorporação do conceito de
ram os acompanhamentos funerários presentes gênero. A distinção entre sexo e gênero cons-
no sítio Corondó em busca de indicadores titui-se numa ferramenta conceitual e política,
de diferenciação social e de gênero e a análise pois ela representou um forte argumento nas
empreendida confirmou a presença de indivídu- lutas políticas em torno dos direitos das mulhe-
os com status superior à maioria do grupo em res. Nessa diferenciação, o primeiro termo, sexo,
questão, de elementos que diferenciam adultos remete à natureza e, de maneira mais específica,
e jovens, e de elementos associados aos gêne- à biologia e o segundo, gênero, às construções
ros, entre os quais um aumento do prestígio culturais das características consideradas femini-
feminino ao longo do tempo. Em outro estudo, nas e masculinas (Scott 1990). Essas construções
as mesmas autoras ampliaram suas reflexões são percebidas como aspectos que mantêm
sobre gênero para o conjunto das sociedades relação com a biologia, mas não derivam dela e
sambaquieiras que ocuparam o litoral do estado variam (em diferentes contextos) (Shapiro 1981).
Rio de Janeiro, para as quais existe bibliografia Ao colocar em evidência o caráter arbitrário
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gurações de gênero nas sociedades sambaquieiras. to das arqueografias disponíveis, e que foram
Esta é uma tarefa cercada de dificuldades, seja objeto de análise na dissertação de mestrado
pela escassez de dados para uma contextualização de Escorcio (2008), consideramos neste estudo
mais ampla, seja pelo fato de os sambaquieiros apenas os sítios cujas escavações revelaram um
há muito se encontrarem desaparecidos quando número mais significativo de sepultamentos e
do início da ocupação européia não havendo, de esqueletos com sexo identificado e, portan-
portanto, relatos diretos ou indiretos sobre esses to, potencialmente mais capazes de refletir, no
grupos sociais. Em acréscimo, cabe ressaltar ain- âmbito da distribuição dos acompanhamentos,
da que estudos etnográficos não se ocupam com uma ação social que possa ter concorrido para
frequência dos acompanhamentos funerários e originar o registro arqueológico. Incluímos, tam-
sua simbologia nos relatos de sociedades ágrafas bém, alguns sítios com menor número relativo
caçadoras, ou pescadoras- coletoras, deixando de de indivíduos, mas que apresentaram em seus
fornecer essenciais subsídios para uma reflexão contextos elementos pertinentes ao desenvolvi-
comparativa. mento desta análise.
Evidências mortuárias são valiosas fontes Os sítios considerados, e as respectivas
de informação sobre configurações de gênero obras de referência, com o número de indivídu-
quando obtidas sob condições ideais tais como os do sexo feminino e masculino identificados
remanescentes esqueléticos bem preservados encontram-se na Tabela 1.
e analisados por diferen-
tes especialistas, grande Tabela 1
número de enterramentos
escavados sistematicamen- Nº de indivíduos identificados por sexo
te, evidências iconográficas
entre outros aspectos Sexo Sexo
Sítio Referência
(Arnold 2006: 140, 146). feminino masculino
Os dados de que dispomos Corondó 32 25 Machado 1984
para os construtores de Beirada 15 13 Kneip e Machado 1993
sambaquis estão longe de Moa 12 13 Kneip e Machado 1993
preencher esses requisitos, Zé Espinho 7 13 Kneip 1987
as descrições existentes são
Ilhote do Leste 2 12 Tenório 2003
de extrema variabilidade
Ilha da Boa Vista I 5 9 Livro de Tombo
quanto ao conteúdo, pro-
fundidade e extensão. Por Algodão (inferior) 5 4 Lima 1991
outro lado, o que está po- Tarioba 3 6 Machado e Sene 2001
tencialmente representado Forte 1 4 Kneip 1977
em um contexto funerário Itaúnas 1 2 Barbosa 2007
pode corresponder ou não
à prática real da ideologia de gênero daquela
Como diretrizes norteadoras da análise
sociedade, ao mesmo tempo em que não se
empreendida:
limita a expressar o aspecto de feminilidade ou
masculinidade do enterrado, mas também o - A suposição de que uma cultura
universo simbólico relacionado à transição do material simples, em termos relativos,
mundo dos vivos para o mundo dos mortos não é sinônimo de sociedade simples, no
(Arnold 2006: 137). sentido das suas elaborações simbólicas
Ao tentar propor inferências sobre constru- (Fausto 2000: 67);
ção de gênero entre os sambaquieiros levamos - A consideração de que, mesmo
em consideração as descrições de enterramento quando a igualdade social possa se cons-
encontradas na bibliografia, tendo em mente as tituir em um forte aspecto de uma dada
restrições referidas anteriormente. Do conjun- sociedade, ela nunca se dá em termos
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Lucina pectinata, um seixo polido posicionava-se em cada análise sugerindo que, ao invés de
entre seus membros inferiores, havia um outro padrões rígidos relacionados com o sepultamen-
seixo próximo à mão direita. O terceiro indiví- to, articulavam-se condutas padronizadas com
duo, um homem de mais de 20 anos, à direita tratamentos específicos de cada corpo ou con-
no conjunto, encontrava-se em decúbito ventral junto de corpos.
com a face para Oeste e os membros estendidos. Um jogo em que aspectos estruturais e
Ele possuía, ainda, um adorno de placa óssea, conjunturais se complementavam. Por um lado,
além de duas pontas junto às costelas, em seu era uma regra sepultar corpos nas proximidades
lado direito. de mar, lagoa ou rio e em locais construídos e
Diferenças de status entre esses indivíduos que se caracterizam por se destacar na paisagem
poderiam estar em jogo aqui, conforme sugeriu em decorrência do acúmulo de material faunís-
Barbosa (2007: 164). Entretanto, consideramos tico. O fogo, a proximidade de outros corpos,
que essas diferenças de status, expressas pela também eram elementos constantes e pesquisas
distribuição dos acompanhamentos e outros recentes sugerem que a oferenda de alimento
aspectos do sepultamento, não corresponderiam parece ter sido um hábito. Por outro lado, há es-
a uma gradação absoluta em termos de inferiori- queletos fletidos, hiper-fletidos, estendidos, com
dade e superioridade. Elas expressariam elabora- membros superiores e inferiores em posições
ções simbólicas indicativas de níveis variados de distintas, orientação dos corpos e cabeça em
igualdade e desigualdade, refletindo diferentes direção variada. Alguns estão cobertos de con-
papéis que um mesmo indivíduo poderia encar- chas, outros são precedidos por grandes blocos
nar dentro de um grupo social. Essa interpreta- de pedra e os acompanhamentos funerários são
ção encontra respaldo na variabilidade recorren- variados como mostra o nosso estudo. Plastici-
temente observada em contexto de sambaquis, dade e ausência de papéis gênero rigidamente
que procuramos destacar, variabilidade esta que definidos parecem ser características marcantes
parece se coadunar mais com a idéia de uma da sociedade sambaquieira. É bem provável que
plasticidade social do que com a pressuposição o estudo de gênero aqui empreendido aponte
de papéis rígidos para os gêneros no contexto para aspectos estruturais do modo de vida dos
das sociedades sambaquieiras. pescadores-coletores que ocuparam a faixa lito-
rânea entre a baía de Ilha Grande e Macaé, já
que não há, também, indícios de um segmento
Conclusão social que se destaque entre os demais membros
da sociedade e que tivesse uma posição hierár-
A busca por padrões de sepultamentos2 foi quica diferenciada e estabelecida. Apoiando-nos
e é um tema recorrente em Arqueologia, mas nas reflexões de Klokler (2008) sobre as festivi-
especialmente a que está voltada para o enten- dades mortuárias, tomadas como cruciais para
dimento da sociedade sambaquieira. A grande coesão e solidariedade social, há apenas indícios
quantidade de esqueletos humanos recuperada de desigualdade social incipiente.
em escavações torna atraente esse tipo de abor- É preciso lembrar que não se fala aqui de
dagem muito embora as análises não tenham ausência de liderança, aspecto pertinente a
identificado padrões que dessem conta dos todas sociedades, mas sim de ausência de hierar-
rituais funerários que integram sambaquis em quia instituída, aspecto característico de socie-
sua totalidade ou que integram um determina- dades complexas. Arnold (1996) destaca, entre
do agrupamento de sítios. Semelhanças e dife- inúmeros aspectos sociais mencionados por
renças parecem se destacar de maneira alternada diferentes estudiosos, a presença de padrões de
organização social supra-parentesco e de meca-
nismos regulares de controle de forca de traba-
(2) Essa busca abrange, também, padrões de assentamentos
lho para a caracterização de sociedades comple-
ou na maneira de confeccionar artefatos, a qual está expressa xas. Não há evidências destes aspectos sociais no
em inúmeras tipologias existentes. modo de vida dos sambaquieiros que ocuparam
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o litoral do Rio de Janeiro. No que se refere a de artefatos sugere ampla circulação de pessoas
diferenciação, nota-se um corte etário em que através da linha de costa. Cooperação que é
crianças se diferenciam dos demais membros e, reforçada pela exploração de grandes corpos de
como já havia sido mencionado por Escorcio e água onde os recursos são abundantes e renová-
Gaspar (2005), indivíduos com status superior veis e, portanto, passíveis de exploração conjunta
aos demais. Com relação ao corte etário, trata- (Gaspar 1991). Estudos sobre pescadores tradi-
-se de um “quase” padrão em que crianças são cionais da região Sul (Gaspar et al., no prelo) su-
ornadas com um número de peças superior as gerem, também, que a atividade pesqueira tende
dos adultos. Colares de conchas diminutas por a propiciar o comportamento cooperativo. No
vezes adornam o dorso dos pequenos e apontam domínio simbólico dos sambaquieiros, destaca-
para o tratamento diferenciado para membros -se o cuidado com os corpos e é bem possível
desse segmento social, não para todos, é de se que na região Sudeste, da mesma maneira como
destacar. ocorre na região Sul, cooperação e circulação
Analisando outros aspectos já estabelecidos tenham sido ingredientes fundamentais de seu
para a sociedade sambaquieira é possível dese- ritual funerário (Gaspar 2004; Klokler 2010).
nhar alguns princípios sociais ordenadores desse Ausência de papéis de gênero muito bem defi-
modo de vida. Estudos voltados para a carac- nidos, como parece indicar a variabilidade na
terização da área de captação de recursos dos atribuição dos acompanhamentos funerários, e
sambaquieiros que ocuparam a região dos Lagos ausência de hierarquia estabelecida desenham
apontam para existência de comportamento uma sociedade bastante plástica em que aspectos
cooperativo entre os construtores de sambaquis conjunturais da vida social norteavam a relação
que integram um conjunto de sítios e a análise entre os diferentes segmentos sociais.
GASPAR, M, D., HEILBORN, M. L., ESCORCIO, E. The sambaquieira society from the
perspective of sex and gender. R. Museu Arq. Etn., São Paulo, n. 21, p. 17-30, 2011.
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