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PLANEJAMENTO

PROJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM E PROJETO


POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Celso dos Santos Vasconcellos


PLANEJAMENTO EM QUESTÃO

O PAPEL DA REFLEXÃO

1. Os sujeitos têm sua ação pautada em um nível de reflexão, visto que a prática está sempre
baseada numa significação, seja ela ideológica, interesseira, utilitária, alienada, qual seja,
não é um processo mecânico, automático, aleatório, casuístico. Incessantemente há na ação
consciente dos sujeitos um nível de elaboração, um sentido, um fim, uma justificativa, uma
marca humana que é a intencionalidade.
2. Para quem deseja a mudança, resta a possibilidade de interagir com a intencionalidade dos
sujeitos, favorecer a interação entre eles, de forma a que possam ter uma ação pautada
numa nova concepção. No entanto, esta interação não pode ser ingênua.
3. A reflexão precisa articular duas dimensões: a) CONVENCIMENTO: ser elemento que dê
sentido e força à atividade propicie o despertar do desejo para a consciência se motivar e se
dispor para a ação; b) INTERVENÇÃO: ser um guia para a prática que se quer
transformadora. Ajudar a ganhar competência para a ação.
A FALTA DE SENTIDO DO PLANEJAMENTO

4. Planejar é uma atividade que faz parte do ser humano, muito mais inclusive do que
imaginamos à primeira vista. Estamos diante de uma verdadeira civilização de projetos. Por
outro lado, é muito visível a distância entre as intenções expressas nos planos e as práticas
concretas realizadas, o que coloca o planejamento, mais uma vez, num território de
disputas e controvérsias.
5. Problemas vivenciados na escola quanto ao ato de planejar:
a. Planejamento como processo burocrático (preenchimento de formulários, planos de
ensino e outros realizados de forma mecânica – rituais vazios de sentido).
b. Planos são entregues pelos professores e engavetados.
c. Planos são copiados do colega ou de livros didáticos.
d. Contradição entre a filosofia colocada nos planos e a prática.
e. O PPP é arquivado quando há mudanças na direção da escola ou no Governo.
f. Etc.
6. O que dizem os professores?

a. Não é possível planejar: a realidade da escola e da sala de aula é muito dinâmica; não
há condições (excesso de alunos, aulas paralelas, falta de recursos e de espaço
adequado etc.); não adianta (existem as exigências sociais – legislação, pais, vestibular
etc.).
b. Do jeito que o planejamento vem sendo feito não funciona: é inútil (mero ritual que
não tem consequências práticas); processo não acontece (falta tempo para discussão, as
ações são interrompidas, não há comunicação entre os professores ...); falta
compromisso (cada um por si); limita o trabalho (o professor fica preso, sem liberdade
...); é muito complicado (e os professores acabam não vendo sentido); é fora da
realidade; não é participativo (normalmente o planejamento é feito pela equipe
diretiva).
c. Não é necessário planejar: sem planejamento o professor sente que está dando conta
do recado (dar aula não é tão complicado assim, planejar é coisa para quem está
começando).
ANÁLISE DO PROBLEMA

Processo de alienação

7. Alienação: estado em as pessoas se tornam estranhas a si mesmas e ao mundo que as


rodeia, não podendo interferir na sua organização, nem sabendo justificar os motivos
últimos de suas ações, pensamentos , emoções. É a situação mais ou menos acentuada de
perda de sentido, de desorientação, de falta de compreensão e de domínio das várias
manifestações da existência.
8. Problemática: Por ser o articulador, o coordenador do trabalho em sala de aula e por ser a
extremidade dessa intrincada rede de relações que é o sistema educacional, corre-se o
risco de se atribuir ao professor toda a responsabilidade do fracasso escolar, não se
percebendo que o que acontece na sala é reflexo – não mecânico, todavia – do leque de
determinações a que a escola está sujeita.
9. Crítica à didática teórica: A didática teórica prepara o professor para ser um profissional
liberal que detém o controle do processo e do produto do seu trabalho, concebendo,
executando e controlando o seu processo de ensino. No entanto, a Didática prática ocorre
numa organização do trabalho em que o professor é um assalariado do ensino e, na
hierarquia de funções dentro da escola, ocupa a posição de executor de tarefas, não
detendo, portanto, o controle sobre o processo de ensino e seus resultados. Daí a
fragmentação do seu fazer e a busca de alternativas metodológicas.
10. Concepções sobre o processo de planejamento

a. PLANEJAMENTO COMO PRINCÍPIO PRÁTICO: concepção relacionada à tendência tradicional


de educação, em que o planejamento era feito sem grande preocupação de formalização,
basicamente pelo professor, e tendo como horizonte a tarefa a ser desenvolvida em sala de
aula.

b. PLANEJAMENTO INSTRUMENTAL/NORMATIVO: concepção explicitada no final da década de


60 e relacionada à tendência tecnicista, de caráter cartesiano e positivista, onde o
planejamento aparece como grande solução para os problemas de falta de produtividade da
educação escolar, sem, no entanto, questionar os fatores sócio-político-econômicos, até em
função de sua pretensão de neutralidade, normatividade e universalidade.

c. PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: nessa concepção, consciência, intencionalidade e


participação são os fundamentos mais marcantes. Concepção adotada por educadores que
se recusam a simplesmente fazer reprodução do sistema.
O PLANEJAMENTO COMO MÉTHODOS DA PRÁXIS PEDAGÓGICA

RE-SIGNIFICANDO A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO

11. Conceito de planejamento: Planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e
agir de acordo com o previsto; é buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real
ser comandado pelo ideal.
12. Planejar remete a:
a. querer mudar algo;
b. acreditar na possibilidade de mudança da realidade;
c. perceber a necessidade da mediação teórico-metodológica;
d. vislumbrar a possibilidade de realizar aquela determinada ação.
Mudança Querer mudar a realidade; estar vivo, em movimento. Ponto de
NECESSIDADE partida para todo processo de planejamento.
Planejar Sentir que precisa de mediação simbólica para alcançar o que
deseja.
Mudança Acreditar na possibilidade de mudança (em geral e daquela
POSSIBILIDADE determinada realidade); esperança, abertura.
Planejar Ver condições de poder antecipar e realizar a ação.
Necessidade do planejamento

13. O educador como sujeito de transformação: para resgatar o lugar do planejamento na


prática escolar, há um elemento fulcral que é o professor se colocar como sujeito do
processo educativo. Quem age por condicionamento, não carece de planejamento, pois
alguém já planejou por ele; seres alienados não precisam planejar! Muito sinteticamente,
podemos dizer que o indivíduo está na condição de sujeito de transformação quanto a uma
prática, quando em relação a ela há um querer (estar resolvido a fazer alguma coisa) e um
poder (capacidade de realizar algo).

14. O planejamento como necessidade do educador: Os autores progressistas, ao abordarem a


problemática, lembram que, antes de ser uma mera questão técnica, o planejamento é
uma questão política, na medida em que envolve posicionamentos, opções, jogos de poder,
compromisso com a reprodução ou com a transformação, etc. Porém, além de se trabalhar
a nova abordagem, é preciso trabalhar também a descrença que o professor traz, que é a
valorização do planejamento.
15. Para estabelecer uma outra ordem nas coisas, há a necessidade de uma ação numa
determinada direção, pois não é uma ação qualquer que nos levará ao que desejamos. O
sistema dominante disponibiliza leituras de realidade, fins e meios; só que estes não são
neutros, evidentemente. Se não damos uma direção à nossa ação, se não temos um
projeto claro, com certeza, sem projeto é que não agimos; alguém está nos dirigindo. A
perspectiva da superação implica, então, a mediação teórica que deve dar conta da
qualificação da ação de intervenção e da complexidade do campo da ação. Precisamos,
pois, planejar em função da QUALIFICAÇÃO DA AÇÃO (INTENCIONALIDADE) e da
COMPLEXIDADE DO REAL.
Possibilidade do planejamento

16. Nenhuma pessoa de bom senso se envolve numa atividade sem previamente avaliar sua
viabilidade. Portanto, antes de fazermos maiores ponderações sobre a prática do
planejamento, precisamos passar pela análise de sua própria possibilidade: até que ponto é
possível planejar, qual seja, até que ponto é possível antecipar e realizar uma determinada
ação desejada?
17. Atitude diante da realidade: Existe uma forma de abordar a realidade que a divide entre o
bem e o mal, o positivo e o negativo, a teoria e a prática, o tudo e o nado ..., de forma
dicotômica, maniqueísta, dualista, como se essas coisas ocorressem em estado puro,
isoladas das outras. Essa concepção linear, mecanicista, reducionista, corre o risco de levar
a duas posições equivocadas: a) sob a marca do possível: voluntarismo (exacerbação da
vontade do sujeito, desconsiderando os limites e a influência da realidade); b) sob a marca
do impossível: determinismo (exaltação dos limites e influência da realidade, desprezando
a força da ação consciente).
18. Na perspectiva dialética, entende-se que a realidade não é um sistema fechado e pronto;
existem, sem dúvida, os constrangimentos, todavia há também todo um leque de
possibilidades ainda não realizadas e que podem ser exploradas.
19. O planejamento enquanto possibilidade: Entendemos que a percepção por parte do
educador da possibilidade específica de planejar está estreitamente vinculada à
compreensão de dois fatores: a) regularidade do real; b) possibilidade de mudança da
realidade em que estamos inseridos.

a. REGULARIDADE DO REAL: Só tem sentido planejar por considerarmos que existem


certas regularidades no real, o que significa que a realidade possui a sua própria
racionalidade.
b. POSSIBILIDADE CONCRETA DE MUDANÇA: A pertinência do planejamento está
intrinsecamente ligada ao reconhecimento da possibilidade da transformação vir a
ocorrer, visto que o campo dos possíveis é o objetivo em direção ao qual o agente
supera sua situação objetiva.
FINALIDADES DO PLANEJAMENTO EM GERAL
Despertar e fortalecer a esperança na história como possibilidade.
Ser um instrumento de transformação da realidade.
Resgatar a intencionalidade da ação (marca essencialmente humana), possibilitando a (re)significação
do trabalho, o resgate do sentido da ação educativa.
Combater a alienação: explicitar e criticar as pressões sociais e os compromissos ideológicos; tomar
consciência de que projeto está se servindo.
Dar coerência à ação da instituição, integrando e mobilizando o coletivo em torno de consensos
(provisórios); superar o caráter fragmentário das práticas em educação, a mera justaposição.
Ajudar a prever e superar dificuldades; fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições.
Racionalizar os esforços, o tempo e os recursos (eficiência e eficácia): utilizados para atingir fins
essenciais do processo educacional.
Diminuir o sofrimento.
FINALIDADES DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Ser elemento estruturante da identidade da instituição.
Possibilitar a gestão democrática da escola: ser um canal de participação efetiva.
Mobilizar e aglutinar pessoas em torno de uma causa comum, gerando solidariedade e parcerias.
Dar um referencial de conjunto para a caminhada.
Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola.
Resgatar a autoestima do grupo: fazê-lo acreditar nas suas possibilidades de intervenção na realidade.
Aumentar o grau de realização/concretização (e, portanto, de satisfação) do trabalho; desfrutar o
prazer de conhecer (a realidade do campo de intervenção) e de concretizar (aquilo que foi planejado).
Possibilitar a delegação de responsabilidades.
Ajudar a superar as imposições ou disputas de vontades individuais, na medida em que há um
referencial construído e assumido coletivamente.
Colaborar na formação dos participantes.
FINALIDADES DO PROJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Possibilitar a reflexão e a ressignificação do trabalho.
Resgatar o espaço de criatividade do educador.
Favorecer a pesquisa sobre a própria prática
Organizar adequadamente o currículo, racionalizando as experiências de aprendizagem, tendo em vista
tornar a ação pedagógica mais eficaz e eficiente.
Estabelecer a comunicação com outros professores e alunos.
Ajudar a resgatar o movimento conceitual e a organizar o fluxo de expressão sobre o objeto do
conhecimento.
Não desperdiçar atividades e oportunidades de aprendizagem.
Ser elemento de autoformação do professor, na medida em que possibilita o pensar mais
sistematicamente sobre a realidade, sobre a proposta, sobre a prática, ajudando, pois, a diminuir a
distância teoria-prática, evitando a rotina viciada e a improvisação.
Resgatar o saber docente, a cultura pedagógica do grupo.
Resgatar a condição do professor de sujeito de transformação.
20. Articulação entre projetos: A instituição escolar deve-se instaurar como espaço-tempo,
como instância social que sirva de base mediadora e articuladora de outros dois tipos de
projetos que têm a ver com o ser humano: de um lado, o projeto político da sociedade e,
de outro, os projetos pessoais dos sujeitos envolvidos na educação.
21. OU SEJA: Não há proposta educativa que se sustente sem um projeto de sociedade e sem
os projetos de vida das pessoas que dela participam.
PROCESSO DE PLANEJAMENTO

Aprofundando o conceito de planejamento

22. O planejamento, enquanto construção-transformação de representações, é uma mediação


teórico-metodológica para a ação, que, em função de tal mediação, passa a ser consciente
e intencional.
23. Para se ter mais clareza:
a. Planejar difere da simples imaginação, na medida em que nesta não há o compromisso
com a colocação em prática.
b. Difere do sonho, do desejo difuso, da mera intenção, visto que prevê passos, sequência
determinada de ação, utilização de recursos, etc.
c. O planejamento remete à prática, tem uma relação intrínseca com ela; isto o difere de
uma teoria educacional qualquer, por exemplo, que pode ficar em meras elucubrações;
além disto, o planejamento se dá em cima de uma ação específica, numa situação bem
concreta, enquanto que uma teoria tem um caráter genérico.
22. Para se ter mais clareza:
a. Planejar difere da simples imaginação, na medida em que nesta não há o compromisso com a colocação
em prática.
b. Difere do sonho, do desejo difuso, da mera intenção, visto que prevê passos, sequência determinada de
ação, utilização de recursos, etc.
c. O planejamento remete à prática, tem uma relação intrínseca com ela; isto o difere de uma teoria
educacional qualquer, por exemplo, que pode ficar em meras elucubrações; além disto, o planejamento
se dá em cima de uma ação específica, numa situação bem concreta, enquanto que uma teoria tem um
caráter genérico.
d. Difere do relatório (memória), pois apesar deste ter a prática como referência, trata-se de uma prática já
realizada, ao passo que o planejamento incide sobre uma ação a ser realizada.
e. Difere também da predição, pois esta apenas aponta o que está para acontecer com as condições dadas,
enquanto que o planejamento é uma forma de intervir e interagir com as condições dadas para que
determinadas coisas venham a acontecer.
f. Distingue-se ainda do script de uma peça, pois, embora este se refira a uma prática a ser realizada, não
há, digamos assim, grau de liberdade: uma vez montada a peça, praticamente nada se altera, vai ser a
repetição do mesmo, enquanto que o planejamento, sobretudo o educacional, não chega a este nível de
detalhamento e de amarração segundo a segundo.
PLANEJAMENTO PLANO
É processo contínuo e dinâmico, de reflexão tomada de É o produto desta reflexão e tomada de decisão, que
decisão, colocação em prática e acompanhamento. como tal pode ser explicitado em forma de registro, de
documento ou não: “Poderá tão-somente ser assumido
O planejamento, enquanto processo, é permanente. como uma decisão e permanecer na memória viva
como guia de ação. Aliás, só como memória viva ele faz
FUSARI (1988): O planejamento da educação escolar sentido”(Luckesi, 1984).
pode ser concebido como processo que envolve a
prática docente no cotidiano escolar, durante todo o O plano, enquanto produto, é provisório.
ano letivo, onde o trabalho de formação do aluno,
através do currículo escolar, será priorizado. Assim, o O plano corresponde a um certo momento de
planejamento envolve a fase anterior ao início das amadurecimento e de clareza no processo de
aulas, o durante e o depois, significando o exercício planejamento: “quando condições, objetivos, meios
contínuo da ação-reflexão-ação, o que caracteriza o ser podem ser e são determinados ‘exatamente’, e quando
educador. a ordenação recíproca dos meios e dos fins apoia-se
sobre um saber suficiente do domínio sobre um saber
suficiente do domínio em questão” (CASTORIADIS,
1995).
ELABORAÇÃO REALIZAÇÃO INTERATIVA
3 DIMENSÕES: Realidade, Finalidade e Plano de Ação Tem agora o plano como guia da ação e o que foi planejado
Mediadora. precisa acontecer.

REALIDADE: É preciso conhecer o campo onde se quer IMPORTANTE: Não há como garantir absolutamente que o
intervir (A realidade não se dá a conhecer diretamente (“não resultado da ação saia igualzinho ao idealizado.
se entrega”). Atividade reflexiva característica:
COGNOSCITIVA. INTERFERÊNCIAS e DINAMISMO DA CONSCIÊNCIA (É preciso
estar atento às necessidades de mudança).
FINALIDADE: Busca do fim a partir da explicitação da
intencionalidade, da explicitação do sentido a ser dado à
ação. Atividade reflexiva característica: TELEOLÓGICA.

PLANO DE AÇÃO MEDIADORA: É a previsão das ações, do


movimento, da sequência de operações a serem realizadas
para a transformação da realidade. Atividade reflexiva
característica: PROJETIVO-MEDIADORA.
23. É necessário fazer um planejamento participativo, uma vez que dessa forma:

a. o sujeito da reflexão é também o sujeito da decisão, da ação e do usufruto;


b. há motivação, pelo fato de estar atendendo às necessidades dos sujeitos;
c. a probabilidade de concretização é maior, dado que quem ajudou a construir está mais
predisposto a realizar;
d. propicia-se uma nova postura (crença, convicção, valores): se o sujeito não participa de todo
o processo, pode até fazer as coisas novas que são propostas, mas não por ‘inteiro’ ou com
‘espírito velho’;
e. possibilita-se o crescimento dialético da autonomia e da solidariedade;
f. o que se privilegia é o processo e não só o plano escrito.
ESTRUTURA DO PROJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

24. Visão Geral do Projeto de Ensino-Aprendizagem


ELABORAÇÃO REALIZAÇÃO INTERATIVA AVALIAÇÃO DE CONJUNTO
Análise da Realidade Ação Pedagógica Análise do Processo e do Produto

Conhecimento da Realidade: a) Sujeitos Análise do processo


(Quem, para quem); Objeto (o quê, Confronto: realizado e elaborado (como está
disciplina); Contexto (onde, quando) evoluindo) + tomada de decisão.
Necessidades: (Porquê)

Projeção de finalidades
Objetivo: (para quê) – Geral e Específico

Formas de Mediação
Conteúdo (o quê)
Metodologia (Como, onde, quanto tempo)
Recursos (com quê)
ELABORAÇÃO

ANÁLISE DA REALIDADE
Enquanto abordagem multirreferencial, envolve análise pedagógica, psicológica, política, econômica, social, antropológica,
psicanalítica, histórico-cultural, etc. Aponta limites e possibilidades; ajuda a equacionar os problemas, identificar as
contradições e a localizar as necessidades.
Sujeitos: Professor (deve conhecer-se humana, ética, intelectual e profissionalmente); Alunos (precisa ser reconhecido, mas
não através dos preconceitos, rótulos, chavões).
Objeto: Quanto ao objeto do conhecimento, é necessário que o professor domine o conteúdo; já no processo pedagógico, é
preciso que reconheça a relação sujeito-objeto, ou seja, o conhecimento prévio do aluno em relação ao objeto em estudo.
Conhecimento do contexto: trabalho que não abarcar a concretude dos determinantes não se revela eficaz (isso justifica a
necessidade de se “perder um pouco mais de tempo” planejando. É preciso conhecer também o próprio grupo de trabalho: a
equipe e suas expectativas e necessidades.
ELABORAÇÃO

PROJEÇÃO DE FINALIDADES
Uma vez compreendida, há o risco da realidade transformar-se numa espécie de paradigma a ser seguido, levando a educação
para um caráter meramente reprodutor.
A projeção das finalidades é a dimensão relativa aos fins da educação, aos objetivos do ensino, aos valores, à visão de homem
e de mundo. (O estabelecimento de finalidades tem a ver com o processo de desalienação).
Não se pode escolher quaisquer objetivos. Eles precisam estar em acordo com a análise da realidade.
ELABORAÇÃO

ELABORAÇÃO DAS FORMAS DE MEDIAÇÃO


É a dimensão relativa ao processo de elaboração do encaminhamento da intervenção na realidade, ou seja, ao como viabilizar
as finalidades, a partir das condições existentes; consiste em orientar a reflexão para a ação, para a prática, sendo um
instrumental que ajuda a superar a postura meramente intuitiva ou o risco da fragmentação da ação em função dos elementos
da ideologia dominante presentes no senso comum. Vai dar as diretrizes que orientarão a prática pedagógica.
Relacionamento interpessoal: acolhimento e respeito ao aluno (afetividade e credibilidade).
Organização da coletividade: estruturação do trabalho em sala (organização do tempo, do espaço, das normas, autoridade,
formas de participação, disciplina, cooperação etc.).
Trabalho com o conhecimento: a) o que ensinar (conteúdos); b) como ensinar (forma, quando, com que, onde); c) como
acompanhar (como vai o processo, como saber se estamos chegando onde desejamos); d) como integrar o seu trabalho com o
dos demais e da escola; e) como organizar a coletividade em sala de aula (regras, normas); f) como registrar (memória).
25. Roteiro de elaboração do Projeto de Ensino-Aprendizagem: Esse projeto pode ser subdivido
basicamente, quanto ao nível de abrangência em Projeto de Curso e Plano de Aula.
PROJETO DE CURSO PLANO DE AULA
É a sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela Análise da Realidade
determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade. Pode ser
anual ou semestral. - Assunto
- Necessidade
Análise da realidade
- Identificação Projeção de Finalidades
- Caracterização da Realidade (Sujeitos, Objeto, Contexto_
- Necessidades - Objetivo

Projeção de Finalidades Formas de Mediação


- Finalidades da Escola
- Fundamentos da Disciplina - Metodologia
- Tempo
Formas de Mediação: quadro gera de conteúdos, proposta geral - Recursos
metodológica, proposta de avaliação, fontes de pesquisa, interação com - Avaliação
outras disciplinas, integração com atividades extraclasse, normas - Tarefa
estabelecidas, observações. - Observações
Elementos do PROJETO DE CURSO

• IDENTIFICAÇÃO: Registro do nome da Escola, Disciplina/Área de estudo, Professor etc.


• CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE: Sujeitos; Objeto (registro do número de aulas semanais, número de dias letivos, aulas
previstas por bimestre e no total); Contexto (Escola, Comunidade).
• NECESSIDADES: Identificar e explicitar as necessidades educacionais, cujo trabalho posterior irá superá-las (podem existir
necessidades bem específicas dependendo do grupo de alunos).
• FINALIDADES DA ESCOLA: devem ser buscadas no PPP.
• FUNDAMENTOS DA DISCIPLINA: são os fundamentos que revelam o sentido e a força dos conteúdos (exemplo: qual é o
papel da disciplina no desenvolvimento dos alunos e na formação da cidadania?).
• CONTEÚDOS: trabalhar os 3 tipos: conceitual (saber), procedimental (saber fazer) e atitudinal (saber ser).
• PROPOSTA METODOLÓGICA: como o professor pretende seguir no desenvolvimento da disciplina/área.
• PROPOSTA DE AVALIAÇÃO: Pode-se explicitar o quê, como, para quê avaliar. Definir bem as regras do jogo da avaliação com
os alunos, para evitar criar ansiedade e desconfiança na relação pedagógica.
• FONTES DE PESQUISA: Relação de livros, textos, vídeos, sites etc. (Livro didático: deve ser assumido como recurso e não
como curso. O professor deve utilizá-lo como complemento do seu trabalho).
• INTEGRAÇÃO COM OUTRAS DISCIPLINAS: interdisciplinaridade e trabalho com temas transversais.
• INTEGRAÇÃO COM ATIVIDADES EXTRACLASSE: Mostra cultural, Feira de ciências, Olimpíadas etc.).
• NORMAS ESTABELECIDAS: Registro do contrato pedagógico, das normas de convivência em sala de aula.
• OBSERVAÇÕES: registros do professor sobre o desenvolvimento do processo na sua globalidade.
Elementos do PLANO DE AULA

• ASSUNTO: indicação da temática a ser trabalhada em sala de aula.


• NECESSIDADE: explicitação das necessidades percebidas no grupo e que justificam a proposta de ensino.
• OBJETIVO: explicitação do objetivo específico do ensino daquele assunto.
• CONTEÚDO: explicitação do conteúdo a ser trabalhado. Pode ser mais ou menos detalhado, de acordo com o conhecimento
do professor: quando o assunto é muito conhecido e já se trabalhou várias vezes sobre ele, basta uma referência para a
memória.
• METODOLOGIA: explicitação dos procedimentos de ensino, técnicas, estratégias, a serem utilizadas no desenvolvimento
deste assunto (caminho concreto a ser trilhado).
• TEMPO: previsão a ser empregado com este assunto.
• RECURSOS: indicação dos recursos que serão utilizados (texto, recurso audiovisual, material, condição para a aplicação de
alguma técnica – laboratório, instrumento, computador etc.).
• AVALIAÇÃO: explicitação de como o trabalho será avaliado (quais necessidades vão surgindo). Avaliação formativa: que
estratégias o professor pode estar utilizando em sala para acompanhar o processo de desenvolvimento e de construção do
conhecimento do aluno. A partir da avaliação feita têm-se elementos para replanejar.
• TAREFA: indicação das atividades que serão propostas para serem feitas fora da sala de aula. (Aprofundamento e síntese do
que está sendo visto em classe e ajudar o aluno a ter representações mentais prévias disponíveis correlatas ao assunto a ser
tratado nas aulas seguintes).
• OBSERVAÇÕES: registro do professor sobre o andamento cotidiano do trabalho: o que, como fez, o que estava previsto e
deixou de fazer, comportamento do aluno ou da classe etc.
TRABALHO DE PROJETO
Análise da realidade

- Análise de necessidade ou interesse


- Definição do problema ou da temática

Projeção de finalidades

- Explicitação dos objetivos

Formas de mediação

- Conteúdo
- Metodologia: constituição dos grupos de trabalho, trabalho de campo, planejamento do trabalho pelo grupo, pesquisa e
teorização, produção de registros, apresentação
- Avaliação
- Recursos
- Registro
Elementos do PROJETO DE TRABALHO

• TEMA-PROBLEMA: temática a ser investigada e que pode ser sugerida pelos alunos. (Deve oferecer um problema a ser
resolvido).
• OBJETIVOS: não estão dados previamente; vão se constituindo e explicitando a partir da escolha do tema-problema.
• CONTEÚDOS: também não estão definidos de antemão. São construídos pela pesquisa e teorização.
• METODOLOGIA:
• Constituição dos grupos de trabalho: O próprio grupo assume o planejamento do trabalho a ser desenvolvido. Isto
implica desde a definição do problema a ser estudado, explicitação de finalidades, levantamento de hipóteses, previsão
de tempo, recursos, formas de coleta, registro e tratamento de dados, distribuição de tarefas no grupo, até montagem
de um roteiro de atividades.
• Trabalho de campo: é o momento em que o grupo parte para a ação a fim de ter contato com a realidade, com o
problema.
• Pesquisa e Teorização: é o núcleo do trabalho de projeto; trata-se do investimento do grupo no levantamento de
hipóteses explicativas e de busca de fundamentação para confirmar ou refutá-las.
• Produção de registros: não se parte de um livro didático; caberá o registro do trabalho no grupo com vistas à
apresentação.
• Apresentação: a apresentação do produto final tem importante papel na sistematização preliminar do conhecimento,
bem como elemento de motivação para o grupo. Pode ser de formas variadas: dramatização, relatório, esquema,
desenho etc.).
• Globalização: busca de uma síntese geral sobre o tema-problema trabalhado.
Elementos do PROJETO DE TRABALHO

• RECURSOS: são muito importantes, pois não há conteúdos previamente definidos e o trabalho não se limita a livro didático.
• REGISTRO: além do registro de grupo, deve haver o de globalização do tema, que pode ser feito individualmente ou através
de uma produção coletiva de texto. O professor também precisa registrar para poder acompanhar.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

26. Conceito: É o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca
definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza
na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um
instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade. É um
elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo e
transformação.
MARCO REFERENCIAL DIAGNÓSTICO PROGRAMAÇÃO
O que queremos alcançar? O que nos falta para ser o que desejamos? O que faremos concretamente
para suprir tal falta?
É a busca de um posicionamento. É a busca das necessidades, a partir da É a proposta de ação. O que é
• Politico: visão do ideal de sociedade e de análise da realidade e/ou do juízo sobre a necessário e possível para
homem. realidade da instituição (comparação com diminuir a distância entre o que
• Pedagógico: definição sobre a ação aquilo que desejamos que seja). vem sendo a instituição e o que
educativa e sobre as características que deveria ser.
deve ter a instituição que planeja.

Processo Produto
ELABORAÇÃO PPP
- Marco Referencial
- Diagnóstico
- Programação
REALIZAÇÃO INTERATIVA - Ação
AVALIAÇÃO DE CONJUNTO - Indicadores de Mudança para o
Projeto.
27. Visão geral do processo

• Surgimento da necessidade de projeto


• Decisão inicial de se fazer
• Trabalho de sensibilização e
preparação
• Decisão coletiva
• Elaboração: a) Marco referencial; b)
Diagnóstico; c) Programação.
• Publicação
• Realização interativa
• Avaliação; atualização do Diagnóstico.
• Reprogramação anual.
• Avaliação de conjunto.
• Reelaboração (parcial ou total).
MARCO REFERENCIAL
MARCO SITUACIONAL MARCO FILOSÓFICO OU DOUTRINAL MARCO OPERATIVO
Olhar do grupo que planeja Corresponde à direção, ao horizonte maior, Expressa o ideal específico da instituição. É
sobre a realidade em geral: ao ideal geral da instituição (realidade proposta dos critérios de ação para os diversos
como a vê, quais seus traços global desejada). É a proposta de aspectos relevantes da instituição, tendo em
mais marcantes. sociedade, pessoa, educação que o grupo vista aquilo que queremos ou devemos ser
assume. Aqui são expressas as grandes (utopia meio). Diz respeito a três grandes
Momento de análise da opções do grupo (utopia fim). dimensões do trabalho escolar:
realidade mais ampla na qual a
instituição está inserida. Questões: Que tipo de sociedade queremos • Pedagógica (Como desejamos o processo de
construir? Que tipo de homem/pessoa planejamento? O currículo? Os objetivos? A
Questões: Como humana queremos colaborar na formação? disciplina? A relação professor-aluno? Etc.)
compreendemos, vemos, Que finalidade queremos para a Escola? • Comunitária (Como desejamos os
sentimos o mundo atual? Que papel desejamos para a Escola em relacionamentos na escola? O professor? O
Quais são os sinais de vida? E nossa realidade? relacionamento com a família? Etc.).
de morte? Quais são as suas • Administrativa (Como desejamos a estrutura
causas? e organização da escola? Os dirigentes? Os
serviços – secretaria, limpeza ... As condições
objetivas de trabalho? Etc.).
DIAGNÓSTICO
Conhecer a realidade Julgar a Realidade Localizar as Necessidades
Dá-se pela pesquisa Dá-se em função do referencial assumido Necessidade é que falta em cada aspecto
(levantamento de dados da pelo coletivo. É o confronto entre o ideal e analisado para que a escola possa ser o que
instituição) e análise (estudo o real (entre aquilo que desejamos (MO) e deseja
dos dados no sentido de captar aquilo que estamos sendo.
os problemas, os desafios, bem
como os pontos de apoio para
o processo de mudança da
realidade institucional).
28. Fatores que podem interferir na construção do Diagnóstico:

• Falta de um instrumento adequado para levantamento de dados (não se conseguir obter os


dados corretamente).
• Fata de clareza de critérios para analisar os dados.
• Insegurança em dizer a verdade; medo de revelar ou trazer à tona certas práticas da escola.
• Assustar-se com as críticas que surgirão. Tomá-las como pessoais.
• Alienação/ideologia (não conseguir ver os problemas).
• Falta de visão de totalidade (só conseguir perceber os problemas mais próximos).
• Falta de tempo para reflexão.
PROGRAMAÇÃO
A programação, dentro de um plano, é uma proposta de ação para diminuir a distância entre a realidade da instituição que
planeja e o que estabelece o Marco Operativo. Dito de outra forma, é a proposta de ação para sanar (satisfazer) as
necessidades apresentadas pelo Diagnóstico (Gandin, 1991).

Toda a programação da escola deve estar pautada em dois critérios: necessidade e possibilidade.

A programação é fruto da tensão realidade-desejo; surge como forma de superação da realidade (ainda que parcial, dados os
limites) em direção ao desejado (dada a utopia, a força da vontade política). Esta tensão vai nos dar o horizonte do histórico-
viável.
QUESTÃO 01
De acordo com Vasconcellos, “[...] planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo
com o previsto; é buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal”.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 15.
ed. São Paulo: Libertad, 2006. p. 35.

Assinale a alternativa INCORRETA em relação ao planejamento escolar.

a) Para que o planejamento realmente se efetue, é necessário verificar a possibilidade de viabilizar o que foi
planejado
b) Um dos fatores decisivos para a significação do planejamento é a percepção da necessidade de mudança.
c) A ação de planejar é importante e deve ser centralizada na ordem disciplinar e conteudista
d) O planejamento é uma maneira de aperfeiçoar a prática para que se consiga chegar ao resultado esperado
e) É importante levar em consideração as reais necessidades e os interesses dos discentes na hora de elaborar o
planejamento
QUESTÃO 02
De acordo com Celso Vasconcellos, são características de um Projeto de Ensino-Aprendizagem:

I. Planejamento mais próximo da prática do professor e da sala de aula.


II. Quanto ao nível de abrangência, está subdivido em Projeto de Curso e Plano de Aula.
III. Possibilidade de reflexão da prática pedagógica.

Quais estão corretas?

a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e II
d) Apenas II e III
e) I, II e III
QUESTÃO 03
Segundo Gandin (2004) e Gandin e Cruz (2012, p.27), “Planejar é, de fato, definir o que queremos alcançar; verificar a que
distância, na prática, estamos do ideal e decidir o que se vai fazer para encurtar essa distância”. Com base na vertente do
professor Danilo Gandin, Celso Vasconcellos (2005) apresenta que a elaboração do Projeto Político Pedagógico deve ser
composta por três partes sequenciadas e articuladas entre si. Sobre este aspecto, está correta a alternativa

a) Diagnóstico (levantamento de informações) orientado pela indagação do que nos falta para ser o que desejamos; Marco
Referencial (Referencial teórico-metodológico que fundamentará o projeto); Programação (a elaboração de uma proposta
de ação) estruturada a partir da ideia do que faremos concretamente para suprir as necessidades
b) Marco referencial (a busca de um posicionamento político e pedagógico) guiados por um ideal do que queremos alcançar;
Diagnóstico (a busca das necessidades a partir da realidade) orientado pela indagação do que nos falta para ser o que
desejamos; Programação (a elaboração de uma proposta de ação) estruturada a partir da ideia do que faremos
concretamente para suprir as necessidades
c) Marco Referencial (Referencial teórico-metodológico que fundamentará o projeto); Metodologia (os procedimentos e
estratégias metodológicas para desenvolver o projeto); Programação (a elaboração de uma proposta de ação) estruturada
a partir da ideia do que faremos concretamente para suprir as necessidades
d) Diagnóstico – condição primeira para o levantamento de informações; Marco Referencial (Referencial teórico que
fundamentará o projeto); Programação (a elaboração de uma proposta de ação) estruturada a partir da ideia do que
faremos concretamente para suprir as necessidades.
e) Programação – o que faremos concretamente para suprir tal falta; Marco referencial (a busca de um posicionamento
político e pedagógico) guiado por um ideal do que queremos alcançar; Diagnóstico (levantamento de informações)
orientado pela indagação do que nos falta para sermos o que desejamos.
QUESTÃO 04
De acordo com Vasconcelos (2005), Projeto Político-Pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser entendido
como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se
concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento
teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade. É um elemento de organização e integração da
atividade prática da instituição nesse processo de transformação

(Fonte: VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino–aprendizagem e projeto político-


pedagógico. São Paulo, Libertad Editora, 2005. Coleção Cadernos Pedagógicos).

Diante do texto, analise as asserções a seguir:


QUESTÃO 04
I. O Projeto Político-Pedagógico está relacionado com a organização do trabalho pedagógico em dois níveis: na
organização da escola como um todo e na organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social
imediato, procurando preservar a visão de totalidade.

PORQUE

II. O Projeto Político-Pedagógico, sendo a sistematização de um processo de planejamento participativo, substitui o


Regimento Escolar e dá o devido suporte para a elaboração dos planos de ensino e dos planos de aula.

Está CORRETO o que se afirma em

a) I e II são proposições falsas


b) I e II são proposições verdadeiras e II é uma justificativa correta de I
c) I e II são proposições verdadeiras, mas II não é uma justificativa correta de I
d) I é uma proposição falsa e II é uma proposição verdadeira
e) I é uma proposição verdadeira e II é uma proposição falsa
QUESTÃO 05
Compreender uma determinada realidade na qual se quer realizar um projeto, não é fácil, pois "significa
ir além da percepção imediata, da mera opinião ou descrição, problematizando-a e procurando
apreender suas contradições, de tal modo que se possa superá-la por uma nova prática, fertilizada pela
reflexão teórico-prática." Esse parágrafo de Celso Vasconcellos (2006) está se referindo a que etapa do
ato de planejar?

a) Diagnóstico
b) Programação
c) Avaliação
d) Realização
QUESTÃO 06
“Esta [...] concepção está relacionada à tendência tradicional de educação, em que o planejamento era feito sem
grande preocupação de formalização, basicamente pelo professor, e tendo como horizonte a tarefa de ser
desenvolvida em sala de aula. Os planos eram apontamentos feitos em folhas, fichas, cadernos (tipo 'semanário',
até hoje utilizado por professores de 1ª a 4ª série), a partir das leituras preparatórias para as aulas. Uma vez
elaborados, eram retomados cada vez que ia dar aquela aula de novo, servindo por anos e anos". (VASCONCELLOS,
Celso dos S. Planejamento - plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo: elementos metodológicos para
elaboração e realização).
A qual tipo de planejamento o autor se refere?

a) Planejamento Idealista
b) Planejamento Participativo
c) Planejamento Instrumental/Normativo
d) Planejamento de Divisão Democrática
e) Planejamento como Princípio Prático
QUESTÃO 07
Para Vasconcellos (2007), planejar é elaborar um plano de mediação da intervenção na realidade. Sua elaboração,
que prediz a ação, caracteriza-se por ser um processo de reflexão e de tomada de decisões. Pode-se dizer que este
processo de elaboração do Plano de Aula envolve alguns subprocessos que se sucedem em um processo contínuo.
Numere os subprocessos que devem fazer parte dessa elaboração, do primeiro ao último momento.

1. Seleção e organização dos conteúdos.


2. Análise e reorganização do trabalho pedagógico.
3. Definição dos objetivos e das finalidades.
4. Análise da realidade e das necessidades do grupo de alunos.
5. Organização de um plano de avaliação.
6. Escolha da metodologia e dos recursos. De acordo com o encadeamento progressivo dos subprocessos, a
sequência correta é

a) (4); (3); (1); (6); (5); (2).


b) (1); (2); (4); (5); (6); (3).
c) (2); (5); (6); (1); (3); (4).
d) (3); (4); (2); (6); (1); (5).
QUESTÃO 07
Segundo Vasconcellos (Planejamento: Projeto de Ensino- Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico –
elementos metodológicos para elaboração e realização), planejar é:

a) dar determinada ordem a; dispor de forma ordenada; arrumar, ordenar.


b) traçar um esquema de (algo); representar por meio de esquema ou de forma esquemática, é fazer
um esboço de; traçar as linhas gerais de; delinear.
c) decidir, em razão de autoridade, o que outrem deve fazer, é ter autoridade sobre: comandar uma
sala
d) tornar(-se) igual; igualar(-se), é dizer quem é; determinar ou comprovar a identidade de (algo,
alguém ou de si mesmo).
e) antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; é buscar fazer algo
incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal.
GABARITO
1. C
2. E
3. B
4. E
5. A
6. E
7. A
8. E

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