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Escola Portuguesa de Luanda

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Geografia A As áreas rurais em mudança


11.º Ano Estudo de caso: A olivicultura em Portugal

Nome ___________________________________________________ N.º _____ Turma _____ Data ____/____/______

1. Observa, com atenção, o quadro seguinte.

Fonte: Recenseamento agrícola, 2009, INE.


1. O olival classifica-se como uma cultura…
(A) permanente. (B) arvense. (C) hortícola. (D) temporária.

2. As duas regiões agrárias que, em conjunto, reúnem cerca de metade do número de


explorações agrícolas com olival são…

(A) a Beira Interior e a Beira Litoral.


(B) o Alentejo e Trás-os-Montes.
(C) a Beira Interior e Trás-os-Montes.
(D) o Alentejo e a Beira Litoral.

3. A maior dimensão média das explorações agrícolas com olival registava-se na


região agrária…
(A) da Beira Litoral. (B) de Trás-os-Montes. (C) da Beira Interior. (D) do Alentejo.

4. O azeite, produção mediterrânea por excelência, predomina na região...


(A) Algarve. (B) Alentejo. (C) Trás-os-Montes. (D) Beira Interior.

5. A produção para azeitona de mesa é mais significativa na região agrária...


(A) Trás-os-Montes. (B) Ribatejo e Oeste. (C) Beira Litoral. (D) Alentejo.

6. 97% da produção mundial de azeite está concentrada na bacia do Mediterrâneo.


Este facto explica-se pela existência, nessa região, de...

(A) extensas áreas com solos profundos e muito férteis.


(B) aquíferos que permitem a utilização de sofisticados sistemas de rega.
(C) formas de relevo aplanadas sem grandes declives.

Prof. Romana Maciel


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(D) climas com invernos amenos e verões quentes e secos.

7. A área ocupada pelo olival é igual no total de Portugal e no total do Continente, o


que se explica por as Regiões Autónomas…

(A) não terem um clima adequado à olivicultura.


(B) não serem contabilizadas nas estatísticas agrícolas.
(C) serem, apenas, constituídas por ilhas.
(D) terem explorações agrícolas de pequena dimensão.

2. Atenta no texto.

O renascer do olival português


Produção de azeite regista um tendo registado no último ano um
crescimento de 42% e vai continuar a crescimento de 19%, para cerca de 30 mil
expandir-se. A entrada em produção de toneladas. [...] Um cenário muito diferente
vastas áreas de olival intensivo no Alentejo do das décadas de 80 e 90 do século
vai fazer disparar a produção de azeite na passado, quando vastas áreas de olival
campanha que agora se inicia. De foram deixadas ao abandono,
acordo com a Casa do Azeite - uma designadamente no Alentejo, por se tratar
associação patronal que congrega 65 de uma cultura com pouca rendibilidade.
empresas que, no seu conjunto,
representam cerca de 95% de todo o "A mão-de-obra para a apanha da
azeite de marca embalado em Portugal, azeitona era cada vez mais escassa,
este previsível aumento da produção vem representava um custo muito elevado e o
somar-se a um crescimento de 42% preço final não compensava", recorda
verificado na campanha 2008-2009, valor Luís Rosado, administrador-delegado da
que "superou as expectativas" do setor. Fundação Eugénio de Almeida (FEA). O
ponto de viragem deu-se com a chegada
Mariana Matos, secretária-geral da Casa das novas tecnologias, como a apanha
do Azeite, justifica a expansão dos olivais mecânica, a disponibilização de água
com a "boa imagem" do produto - fator para rega - "permite produções mais altas
que garante a existência de um e mais regulares" - e a introdução de
"potencial de crescimento muito grande" novas variedades de azeitona, "mais
ao nível do consumo - e com a produtivas e mais precoces". (...) "Tudo isto
"reorientação do tecido produtivo permitiu obter um custo de produção mais
português para culturas mais rentáveis", baixo, melhor qualidade e essa é a única
fruto de alterações ao nível da Política forma de competirmos no mercado
Agrícola Comum (PAC). mundial", sublinhou.

Nas exportações, o azeite português tem


vindo também a conquistar mercado,
DN Economia, 2013 (adaptado)

1. O abandono do olival nacional na década de 80 do século XX deveu-se, entre


outros fatores…

(A) à redução do consumo de óleos vegetais.


(B) ao forte investimento na mecanização.
(C) à substituição do olival por culturas cerealíferas.

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(D) ao elevado custo da mão-de-obra.

2. A importância crescente do olival na produção agrícola nacional, na última


década, decorre de fatores como…

(A) o acesso à água para rega e a utilização de variedades de oliveira mais


produtivas.
(B) a disponibilidade de mão-de-obra barata e a produção direcionada para o
mercado interno.
(C) a mecanização da apanha da azeitona e o aumento da área do olival
tradicional.
(D) o aumento do consumo de azeite e a criação de emprego permanente na
agricultura.

3. Em 2009, a plantação intensiva e superintensiva do olival…

(A) concentrava-se no Alentejo.


(B) estava associada à rotação de culturas e pousio.
(C) concentrava-se em Trás-os-Montes.
(D) estava associado aos campos de pequena dimensão.

4. Os olivais intensivos e superintensivos são explorados predominantemente…

(A) por empresas agrícolas constituídas por sociedades.


(B) para alargar os benefícios alimentares a um maior número de consumidores e
aumentar a proteção do solo.
(C) para diminuir a dependência de produtos fitossanitários e diminuir o rendimento
dos agricultores.
(D) para manter os benefícios alimentares a um maior número de consumidores e
aumentar o rendimento dos agricultores.

5. A olivicultura intensiva foi apoiada pela Nova PAC, por permitir...

(A) alargar os benefícios alimentares a um maior número de consumidores e aumentar


o rendimento dos agricultores.
(B) diminuir a dependência de produtos fitossanitários e aumentar a proteção do solo.
(C) alargar os benefícios alimentares a um maior número de consumidores e aumentar
a proteção do solo.
(D) diminuir a dependência de produtos fitossanitários e aumentar o rendimento dos
agricultores.

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3. Lê atentamente o texto.

Portugal diz adeus às oliveiras centenárias


Cerca de um terço (33%) do olival português já é cultivado em regime intensivo e superintenso.
Os ambientalistas alertam para as consequências: erosão do solo e poluição da água.

A maior parte, esclarece o gabinete da ministra Assunção Cristas, “são olivais novos”, que
ocupam já uma área de 21 mil hectares, quase todos no perímetro de rega do Alqueva. Mas
também há reconversões de oliveiras tradicionais e centenárias para os dois novos modos de
produção intensiva. Aliás, das 91 598 toneladas de azeite anuais que o Governo estima que se
produzam em 2020, mais de metade será proveniente de olivais em sistema intensivo, no
Alentejo. A invasão das pequenas oliveiras – que atingem entre 50 cm a um metro de altura e
têm uma concentração de mais de 1500 árvores por hectare – está, porém, a alarmar os
produtores de olival tradicional, com origem milenar em Portugal, e os ambientalistas.
Fonte: SOL, 1 de novembro de 2012 (adaptado)

1. A intensificação do olival tem grandes vantagens económicas, mas, se não forem


tomadas medidas adequadas, pode ter consequências ambientais negativas, como,
por exemplo…

(A) o aumento da erosão dos solos e a diversificação dos ecossistemas.


(B) a concentração de sais minerais nos solos e a diminuição da biodiversidade.
(C) o enriquecimento dos solos e o aumento das espécies migratórias.
(D) a drenagem dos solos e o aumento da evapotranspiração.

2. A olivicultura intensiva constitui uma preocupação para a sustentabilidade


ambiental por…

(A) constituir um perigo para o aumento de incêndios.


(B) depender da apanha do fruto de forma mecânica.
(C) utilizar produtos fitossanitários de síntese no combate a pragas.
(D) contribuir para o aumento dos GEE e das alterações climáticas.

3. Os impactes ambientais da produção agroindustrial, como é o caso da produção


do azeite, podem ser minimizados através…

(A) da canalização direta dos efluentes para pedreiras desativadas e do


encaminhamento dos resíduos para centrais incineradoras.
(B) do lançamento direto dos efluentes em lagoas de evaporação e da utilização dos
resíduos orgânicos para a compostagem.
(C) da descarga direta dos efluentes nos rios ou no mar e do lançamento dos resíduos
sólidos nos aterros sanitários.
(D) do uso direto dos efluentes para rega dos campos agrícolas e da utilização dos
resíduos sólidos como fertilizante orgânico.

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Justifique a importância da preservação do olival tradicional, considerando:


(sobretudo em TM)

- a sustentabilidade ambiental e a qualidade do produto;


O olival tradicional é, em termos ambientais, menos agressivo para o ambiente, já que
na sua cultura os produtos químicos e a mecanização são muito menos utilizados. O
produto obtido é de maior qualidade, tendo vindo alguns dos olivicultores deste tipo
de olival a arrecadar prémios dos melhores azeites do mundo, detendo algumas das
marcas de certificação de produto DOP (Denominação de Origem Protegida). O
abandono destes olivais significara abandono de terras, desertificação dos solos mais
potencializada, diminuição da produção nacional deste produto e decréscimo da sua
qualidade.

- a sustentabilidade social das ares rurais mais despovoadas e deprimidas


economicamente.
No aspeto social, o abandono destes olivais, que subsistem graças ao elevado número
de agricultores que os trabalham em sistema de atividade complementar, poderá
contribuir para a diminuição dos respetivos rendimentos económicos, para o
desaparecimento de muitas explorações, já que subsistem essencialmente em
propriedades de pequena dimensão e para a intensificação do despovoamento das
regiões onde prevalece, assim como para a continuação do seu declínio económico.
Pelos motivos apontados, a preservação destes olivais, principalmente na região de
Trás-os-Montes, onde domina, justifica-se através da implementação de medidas que
valorizem a qualidade e a diferença do produto.

Prof. Romana Maciel

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