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Apresentação
Caros leitores e estudantes, esta obra digital do Projeto Exame de
Ordem (PEO), o Vade PEO, oferecido pelo Gran Cursos Online,
faz parte de uma coleção do curso que reúne teoria, resolução
de questões objetivas e subjetivas, peças, entre muitas dicas. Tudo
realizado pela lavra da seleta equipe de professores do Projeto,
com cuidadoso esmero e atualização de informações.
Prof. Marcelo Borsio Trata-se de um grupo esquematizado de dicas de todas as disci-
Coordenador Científico plinas do Exame de Ordem, com sugestões de temas para estudo,
Projeto Exame de entre outros tantos detalhes que não podem passar ao largo de
Ordem quem estuda para a OAB.
Eis, então, parte do compêndio da coleção VADE PEO. Material
ímpar e vitrine sem igual da competência e capacidade técnica de
nossos professores.
Boa leitura!
Forte abraço
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Sumário
1ª FASE – PROJETO EXAME DE ORDEM:
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DIREITO PENAL:
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DIREITO DO TRABALHO:
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Prezados alunos, vamos passar algumas dicas que vêm caindo na prova da 1ª
Fase da OAB em tributário. A cada parágrafo uma dica diferente.
1. A regra da lei tributária é a lei ordinária (ler todo o artigo 97 do CTN – hipó-
teses), mas há hipóteses constitucionais (ler todo o artigo 146 da CF) que são ma-
térias de lei complementar. Há tributos federais que são veiculados por lei com-
plementar: Imposto sobre Grandes Fortunas, Empréstimo Compulsório, Impostos
Residuais, Contribuições Sociais Residuais. Decore o mnemônico: AS FORTUNAS
COMPULSÓRIAS SÃO RESIDUAIS. As matérias cabentes à lei complementar não
poderão ser objeto de medida provisória. Decore mais isso: as leis de regras ge-
rais do ICMS e do ISS são complementares. A do ITCMD (até hoje não editada)
nas hipóteses em que haja algum elemento de conexão de que possa decorrer
tributação em país estrangeiro.
Isso poderá ocorrer, por exemplo, quando o doador possuir domicílio ou re-
sidência no exterior, os bens inventariados estiverem localizados no exterior ou o
próprio inventário for realizado fora do Brasil. É também da lei complementar a
lei que confere (até hoje não editada) remissão e anistia das contribuições sociais
para a seguridade social.
2. Decore esse quadro para memorizar alíquotas máximas e mínimas e quem define:
RESOLUÇÃO DO SENADO
ALÍQUOTAS ALÍQUOTAS
MÁXIMAS MÍNIMAS
ITCMD –
ICMS ICMS
– IPVA
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4. Guarde isso que José Afonso da Silva ensina sobre o princípio da isonomia
tributária: Não basta, pois, a regra de isonomia estabelecida no caput do art.5º.
O constituinte teve consciência de sua insuficiência, tanto que estabeleceu que
é vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão da ocupação profis-
sional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurí-
dica dos rendimentos, títulos ou direitos (art. 150, II). Mas também consagrou a
regra pela qual, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte (art.145, §1º). (…)
Aparentemente, as duas regras se chocam. Uma veda tratamento desigual; outra
autoriza. Mas em verdade ambas se conjugam na tentativa de concretizar a jus-
tiça tributária”.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA RAQUEL BUENO
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO DAHER
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5 em 1: Ética Profissional
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Dentre os assuntos mais cobrados, vamos revisar sobre os poderes dos advo-
gados – substabelecimento?
O substabelecimento é o compartilhamento de poderes entre advogados ou
a transferência de poderes de um advogado para outro. A diferença entre com-
partilhar ou transferir está no tipo de substabelecimento, podendo ser com reser-
vas ou sem reservas de poderes. O substabelecimento, sem reservas, precisa do
consentimento do cliente, devido a retirada do advogado do processo.
Melhor dizendo, o substabelecimento sem reservas, é a transferência total de
poderes do advogado para outro, retirando-se totalmente da atuação no processo.
Já o substabelecimento com reservas ocorre quando o advogado compartilha
os poderes com outro advogado, sendo dispensado o consentimento do cliente,
pois trata-se de ato privativo do advogado, podendo inclusive, substabelecer a
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estagiários.
Lembre-se que o instrumento de procuração e o substabelecimento são do-
cumentos escritos e essenciais para o exercício do advogado na via judicial e
extrajudicial.
Procuração Substabelecimento
Cliente à Advogado Advogado à Advogado
Tipo: com reservas ou sem reservas
sem reservas: é obrigatório o consentimento do
cliente / outorgante.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR EDUARDO GALANTE
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6ª) Cabe aos Estados organizar sua respectiva justiça, respeitados os dispositi-
vos da CF: em cada qual haverá os juízos e tribunais estaduais, cuja competência
é dada em conformidade com as Constituições Estaduais e leis de organização
judiciária. Tanto a Justiça Federal quanto a estadual terão ainda os seus respecti-
vos juizados especiais e colégios recursais.
7ª) Em posição de destaque acima dos órgãos de primeiro e segundo graus
de jurisdição, tanto estaduais como federais, há o Superior Tribunal de Justiça,
criado pela CF de 1988 (arts. 104 e ss.), cuja função precípua é resguardar a lei
federal infraconstitucional. E, sobre todos, o Supremo Tribunal Federal, guardião
máximo da Constituição Federal, cuja competência é estabelecida no seu art. 102.
8ª) REGRAS GERAIS PARA A APURAÇÃO DE COMPETÊNCIA: Neste item, for-
mularemos algumas regras que devem ser observadas por aquele que deseja
apurar onde determinada demanda deve ser proposta. São seis os passos, su-
geridos por Nelson Nery Junior: I) Se a ação pode ou não ser proposta perante
a justiça brasileira, o que exige consulta aos arts. 21 a 23 do CPC; II) Sendo da
justiça brasileira, se não se trata de competência originária do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, o que exige consulta aos arts. 102, I, e
l05, I, da Constituição Federal; III) Se a competência não é de alguma das justiças
especiais, conforme arts. 114, 121 e 124 da Constituição Federal; IV) Não sendo de
competência das justiças especiais, verificar se a competência é da justiça comum
federal ou estadual, lembrando que será da primeira nas hipóteses do art. 109
da CF; V) Qual o foro competente, o que exige consulta ao CPC ou a lei federal
especial; VI) Qual o juízo competente, nos termos das normas estaduais de orga-
nização judiciária.
9ª) TIPO DE TUTELA COGNITIVA: CONDENATÓRIA, CONSTITUTIVA E DECLA-
RATÓRIA: Dentre as ações de conhecimento, é possível identificar três tipos fun-
damentais: a condenatória, a constitutiva e a declaratória, conforme o tipo de
tutela postulada. Nas três, pede-se sempre uma sentença: as declaratórias são
mais simples que as demais, porque nelas o juiz se limita a declarar a existência
ou inexistência de uma relação jurídica. O que se pretende obter é uma certeza
jurídica sobre algo que, até então, era fonte de dúvidas, incertezas ou insegu-
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rança. A sentença declaratória não impõe obrigações’ aos litigantes, por isso não
constitui título executivo, mas torna certa uma situação jurídica que, embora já
existisse, não era reconhecida. Por exemplo: quando houver dúvida a respeito da
paternidade de alguém que queira saná-la, bastará que ajuíze ação declaratória,
na qual o juiz decidirá se, afinal, o autor é ou não filho do réu. Já a tutela consti-
tutiva é aquela cuja finalidade é modificar, constituindo ou desconstituindo, uma
relação jurídica. Um exemplo é o das ações de separação judicial ou divórcio,
que objetivam desconstituir a sociedade conjugal ou o casamento, respectiva-
mente. Tal como as ações declaratórias, as constitutivas não visam a formação
de um título executivo. Por seu intermédio, o que se busca é a modificação de
uma situação jurídica indesejada. As ações constitutivas podem ser positivas ou
negativas. As primeiras são as que criam relações jurídicas até então inexistentes;
as segundas as que as desconstituem. O que caracteriza a sentença constitutiva
é a criação de um estado jurídico distinto do anterior. Por fim, a ação condenató-
ria é aquela que visa a formação de um título executivo judicial, que atribuirá ao
autor a possibilidade de valer-se da via executiva, tornando realidade aquilo que
lhe foi reconhecido. Sua finalidade é compelir alguém ao cumprimento de uma
obrigação inadimplida. A ação condenatória tem por objetivo não a satisfação
imediata e plena do direito postulado, mas a formação de título que permita apli-
car a sanção executiva.
10ª) PROCESSO E PROCEDIMENTO: Enquanto o processo engloba todo o
conjunto de atos que se alonga no tempo, estabelecendo uma relação dura-
doura entre os personagens da relação processual, o procedimento consiste na
forma pela qual a lei determina que tais atos sejam encadeados.
11ª) NULIDADES: No processo civil, também são admitidas as nulidades abso-
lutas e relativas, mas o tratamento dado é diferente do que se dá no direito civil,
pois ambas se sanam, se tomadas as providências necessárias para isso. Todas as
nulidades processuais, em princípio, podem ser sanadas, porque o processo não
é um fim em si, mas meio para se alcançar a proteção aos direitos materiais. As
nulidades absolutas são as que decorrem de vícios relacionados com a estrutura
do processo e da relação processual. As que não dizem respeito a esses aspectos
são relativas.
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suas atribuições. O art. 129, III, da CF autoriza o Parquet a “promover o inquérito civil e
a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente
e de outros interesses difusos e coletivos”. COMO FISCAL: A outra qualidade em que
o Ministério Público pode intervir no Processo Civil é a de fiscal da ordem jurídica. O
art. 178 do CPC enumera em três incisos um rol apenas exemplificativo, quais são as
hipóteses: Quando houver interesse público ou social; Quando houver interesse de in-
capazes; Nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e urbana.
20ª) O CPC dá excepcional importância à SOLUÇÃO CONSENSUAL DOS
CONFLITOS. Dentre outras, há duas providências determinadas pelo legislador,
que visam diretamente facilitar e favorecer a autocomposição. A primeira delas
é a instituição de uma audiência de tentativa de conciliação já no início do pro-
cedimento comum, antes que o réu tenha oportunidade de oferecer resposta. A
segunda é a inclusão de mediadores e conciliadores como auxiliares da justiça.
Determina o art. 165, caput, do CPC que os tribunais criarão centros judiciários
de solução consensual de conflitos, a quem competirão duas tarefas essenciais: a
de realizar as sessões e audiências de conciliação e mediação; e a de desenvolver
programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. O art.
165, §§ 2º e 3º, esclarece a atuação do conciliador e do mediador. O primeiro atua
preferencialmente em casos em que não houver vínculo anterior entre as partes;
e o segundo, quando houver esse vínculo. É ele que determinará a atuação de
mediador ou de conciliador.
21ª) PRINCÍPIOS DA CONCILIAÇÃO, CONCILIADOR E MEDIADOR: são princí-
pios fundamentais que regem a atuação de conciliadores e mediadores judiciais:
confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade, independên-
cia e autonomia, respeito à ordem pública e às leis vigentes, empoderamento e
validação.
I – Confidencialidade- dever de manter sigilo sobre todas as informações ob-
tidas na sessão, salvo autorização expressa das partes, violação à ordem pública
ou às leis vigentes, não podendo ser testemunha do caso, nem atuar como ad-
vogado dos envolvidos, em qualquer hipótese;
II – Decisão informada – dever de manter o jurisdicionado plenamente infor-
mado quanto aos seus direitos e ao contexto fático no qual está inserido;
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DIREITO ADMINISTRATIVO:
PROFESSOR GUSTAVO SCATOLINO
1 SILVA, Almiro e Couto. O princípio da segurança jurídica (proteção à confiança) no Direito Público Brasileiro e do direito da
Administração Pública de anular seus próprios atos administrativos: o prazo decadencial do art. 54 da Lei do Processo
Administrativo da União (Lei n. 9.784/99). In: Revista Brasileiro de Direito Público – RBDP, Belo Horizonte, ano 2, n. 6, p.
48-49, jul./set., 2004.
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De acordo com essa súmula, na análise pelo TCU de processos que ele deva
fazer o registro se for resultar em determinação de anulação ou revogação, pri-
meiro deve se conferir ao interessado a oportunidade para o exercício do con-
traditório e ampla defesa, antes da referida anulação ou revogação. Entretanto, a
súmula faz exceção ao registro inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Nes-
ta hipótese não haverá direito ao contraditório e da ampla defesa perante o TCU
O STF entende que o registro de aposentadoria é ato complexo. Sendo
assim, só está realmente formado o ato com a conjugação da vontade dos dois
órgãos (órgão do servidor e TCU). Enquanto o servidor tem a concessão de
aposentadoria apenas perante seu órgão de origem, esse ato ainda não está
formado, pois apenas com o registro perante o TCU é que estará finalizado.2 Na
verdade, o TCU não aprova um ato já pratica, mas sim participa da própria for-
mação do ato, que só estará finalizado com a aquiescência da Corte de Contas.
Assim, o TCU não está submetido ao prazo de 5 anos para fazer o
registro da aposentadoria. Esse é o entendimento que prevalece no STF, mas
veremos que o Supremo Tribunal Federal possui alguns acórdãos (MS n. 24.448
e 25.116) no sentido de que o TCU tem que fazer o registro dentro de um prazo
razoável, posição que, em alguns casos, já vem sendo perfilhada pelo STJ.
Entretanto, deve-se ter atenção. O TCU não está submetido ao prazo de 5
anos para o registro de aposentadoria, que se trata de ato complexo, mas para
outros atos que não têm essa natureza está esse Tribunal sujeito ao prazo de-
cadencial, a exemplo de atos que concedem incorporação de gratificação ou
adicional.
No Mandado de Segurança n. 26.117/DF, Relator Min. Eros Grau, o STF enten-
deu que se operou a decadência para anulação do ato pelo TCU. Tratava-se de
ascensão funcional interna de servidor no órgão de lotação em que o órgão de
controle somente julgou as contas depois de mais de 10 anos. Entendeu-se que
não consubstancia ato complexo a ascensão funcional.
2 Apesar do STF entender que o registro de aposentadoria é ato complexo, entendemos que seria caso de ato composto, pois
o ato do TCU apenas aprova, confirma outro ato. Entretanto, para fins de concurso deve ser adotada a posição do STF
no sentido de que é ato complexo.
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3 O termo a quo do prazo de 5 anos para que o Tribunal de Contas da União – TCU examine a legalidade dos atos concessivos
de aposentadorias, reformas e pensões, conta-se a partir da data de chegada do processo administrativo na própria Corte
de Contas. MS 24781/DF, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, 2.3. 2011. (MS-24781) – Infor-
mativo n. 618 STF.
4 REsp 1098490/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado em 05/03/2009, DJe 27/04/2009
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Por fim, não podemos deixar de fazer a crítica referente à edição de súmulas
vinculantes, sem debate aprofundado sobre o tema; assim como aconteceu com
a súmula vinculante n. 13, que dispõe sobre o nepotismo, entre outras. Novamen-
te sem examinar diversos precedentes antes de consolidar o entendimento, o STF
edita súmula que já não é mais aplicada conforme está disposta.
Na sua prova, então, atenção
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DICA 03 – ZONEAMENTO
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Bons estudos!
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ROBERTA QUEIROZ
Oi amores…
Vamos hoje conversar um pouco sobre nossa prova da 1ª fase da OAB???
Precisamos conversar sobre alguns temas de pessoa natural que devem estar
sempre no coração …
Vamos enfrentar essa prova juntos, de mãos dadas…
Sabe o que pode ser interessante para sua prova?! Olha só…
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EMANCIPAÇÃO
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Em relação ao tema, tenha cuidado, pois a súmula 358 do STJ diz que o can-
celamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à
decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos. Ou seja,
não adianta emancipar o menor, vai continuar pagando alimentos até uma pos-
sível exoneração por decisão judicial.
Outro ponto interessante é sobre a responsabilidade civil dos pais em relação
aos atos praticados por seus filhos emancipados. Nas lições sempre preciosas de
Carlos Roberto Gonçalves, seguindo a antiga jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, a emancipação voluntária não se reveste, como as demais espécies, do
efeito de isentar os pais da obrigação de reparar as vítimas dos atos ilícitos prati-
cados pelo menor emancipado, sendo forma de evitar emancipações maliciosas.
MORTE
Observe que a morte pode ser real, conforme resoluções do CFM – resolu-
ções 1480/97 e 1826/2007 do CFM, tem como critério científico a parada da fun-
ção encefálica, conhecida como morte cerebral.
Contudo, há a morte presumida, sem corpo presente. Essa morte pode acon-
tecer de duas formas: com ou sem declaração de ausência. Em verdade, haverá
morte com prévia declaração de ausência quando o sujeito ausente desaparecer
de seu domicílio sem deixar notícias. Assim, essa morte exige, antes de sua de-
claração, um período de “não presença” e “não notícias”. A lei não traz o tempo
exato de desaparecimento.
Entretanto, há a morte presumida sem declaração de ausência sempre que,
mesmo sem corpo presente, é possível e provável a morte do sujeito. Esta, inclu-
sive, foi o tema de questão da OAB. Veja que ocorre a incidência do artigo 7º do
CC, vejamos:
Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for en-
contrado até dois anos após o término da guerra.
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DIREITOS DE PERSONALIDADE
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Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da persona-
lidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça
ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão
da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indeni-
zação que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilida-
de, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas
para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
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Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em pu-
blicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda
quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que
se dá ao nome.
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Olá Examinandos(as),
O artigo de hoje contém a 1ª parte das dicas de Direito Internacional. Bons
estudos!
Fique atento(a): esta regra já foi cobrada várias vezes no Exame de Ordem.
Veja, por exemplo, a questão cobrada no VI Exame, aplicado em Duque de Caxias:
Uma sociedade brasileira, sediada no Rio de Janeiro, resolveu contratar uma
sociedade americana, sediada em Nova York, para realizar um estudo que lhe per-
mitisse expandir suas atividades no exterior, para poder vender seus produtos no
mercado americano. Depois de várias negociações, o representante da sociedade
americana veio ao Brasil, e o contrato de prestação de serviços foi assinado
no Rio de Janeiro. Não há no contrato uma cláusula de lei aplicável, mas alguns
princípios do UNIDROIT foram incorporados ao texto final. Por esse contrato, o
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estudo deveria ser entregue em seis meses. No entanto, apesar da intensa troca
de informações, passados 10 meses, o contrato não foi cumprido. A sociedade
brasileira ajuizou uma ação no Brasil, invocando a cláusula penal do contrato, que
previa um desconto de 10% no preço total do serviço por cada mês de atraso. A
sociedade americana, na sua contestação, alegou que a cláusula era inválida se-
gundo o direito americano. Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, qual é a lei material que o juiz deverá aplicar para solucionar a causa?
1. a) A lei brasileira, pois o contrato foi firmado no Brasil.
2. b) A lei americana, pois o réu é domiciliado nos Estados Unidos.
3. c) Os princípios do UNIDROIT, porque muitas cláusulas foram inspiradas
nessa legislação.
4. d) A Lex Mercatoria, porque o que rege o contrato internacional é a prática
internacional.
Explicando: no caso desta questão verifica-se que o contrato foi assinado no
Rio de Janeiro. Assim, a lei de direito material aplicável para reger o contrato, será
a lei brasileira. Isso não é pelo fato de a sociedade contratante ser brasileira, mas
sim pelo fato de o contrato ter sido celebrado no Brasil. Portanto, alternativa “a”
o gabarito.
No III Exame de Ordem aplicaram uma questão muito similar que cobrava a
mesma regra, a saber:
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo,
África do Sul, contrato de empreitada com uma empresa local, tendo por ob-
jeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital
do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo
para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes se desentendem
quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem chegar a
uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça
paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com
relação ao caso hipotético acima, é correto afirmar que:
1. a) o Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a
lide, pois o foro para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o
do local onde o contrato é assinado.
2. b) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua
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2) Competência Internacional:
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Fique atento(a): este artigo tinha redação similar ao antigo artigo 89 CPC/76.
Foi, no entanto, inserido o inciso III. Esse inciso, inclusive, já foi objeto de cobrança
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Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência
e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e
das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados in-
ternacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não
impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para
produzir efeitos no Brasil.
Continuaremos com nossas dicas de Direito Internacional no próximo encon-
tro que será no dia 26 de setembro. Até lá!
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR JOSÉ CARLOS
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Além dessas, outras gerações têm sido estudadas, a exemplo da quarta gera-
ção (direito a bioética e limites da manipulação genética); quinta geração (direito
à paz em toda a humanidade), entre outros.
Em recente exame aplicado pela FGV, cobraram a seguinte questão:
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da justiça militar para a justiça comum dos crimes dolosos contra a vida
praticados por policiais militares (Lei n. 9.299/96), que permitiu o indicia-
mento e o julgamento de policiais militares em casos de múltiplas e graves
violações como os do Carandiru, Corumbiara e Eldorado dos Carajás; a
tipificação do crime de tortura (Lei n. 9.455/97), que constituiu marco re-
ferencial para o combate a essa prática criminosa no Brasil; e a construção
da proposta de reforma do Poder Judiciário, na qual se inclui, entre outras
medidas destinadas a agilizar o processamento dos responsáveis por vio-
lações, a chamada ‘federalização’ dos crimes de direitos humanos.”
Alguns examinandos ficaram com dúvidas nessa questão. Primeiro pela exten-
são do texto e por juntar a questão do IDC com os PNDHs – Programas Nacionais
de Direitos Humanos. A resposta, no entanto, foi simples e cobrou, novamente, a
literalidade do artigo 109, § 5º (alternativa, portanto, “b”).
Não se espante quando tratar dos PNDHs. São programas instituídos no Brasil
para a proteção dos Direitos Humanos. Desses programas podem advir altera-
ções legislativas, tal qual a do IDC que, inicialmente, foi prevista no PNDH-2 in-
formado no comando da questão aplicada no XV Exame de Ordem. Trataremos
dos PNDHs na próxima dica.
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mocrática para revisar e atualizar o PNDH, com o desafio de tratar de forma in-
tegrada as múltiplas dimensões dos Direitos Humanos.
O PNDH-3 foi aprovado por intermédio do Decreto 7.037, de 21 de dezembro
de 2009, estando estruturado em 6 eixos orientadores e 25 Diretrizes:
• Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil (Diretrizes 1 a 3);
• Desenvolvimento e Direitos Humanos (Diretrizes 4 a 6);
• Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades (Diretrizes 7 a 10);
• Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência (Diretrizes 11 a 17);
• Educação e Cultura em Direitos Humanos (Diretrizes 18 a 22);
• Direito à Memória e à Verdade (Diretrizes 23 a 25).
As ações propostas nesses Eixos são consideradas transversais, uma vez que
são executadas por vários ministérios em cooperação, inclusive, com a sociedade
civil.
Observação: as metas, prazos e recursos necessários para a implementação
do PNDH-3 serão definidos e aprovados em Planos de Ação de Direitos Huma-
nos bianuais.
Por intermédio do PNDH-3 institui-se o Comitê de Acompanhamento e
Monitoramento que tem por finalidade:
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Por hoje são essas as dicas! Continuaremos com nossas dicas de Direitos Hu-
manos no próximo encontro que será no dia 26 de setembro. Até lá!
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Por falta de justa causa, a Turma deferiu habeas corpus para trancar ação
penal proposta contra ex-prefeita que fora denunciada pela prática de crime
de responsabilidade (DL 201/67, art. 1º, XIII) por ter contratado, de forma
isolada e por curto período, uma pessoa para a atividade de “gari”, sem a
devida observância da exigência do concurso para provimentos de cargo
público. Com base nos princípios da razoabilidade e da proporcio-
nalidade, entendeu-se configurada a insignificância jurídica do ato
tido como criminoso. HC 77.003-PE, rel. Min. Marco Aurélio, 16.6.98.
Por fim, destaca-se que o Superior Tribunal de Justiça possui várias decisões
em sentido contrário, defendendo a inadmissibilidade do princípio em estudo, no
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namento jurídico ocorre a inconstitucionalidade total. Por outro lado, para efeitos
de controle de constitucionalidade, podem os atos normativos sofrer um parce-
lamento. Neste caso, apenas a parcela viciada da disposição infraconstitucional
será fulminada, ocorrendo, na espécie, a inconstitucionalidade parcial.
5. Quanto ao momento, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo
ou repressivo. No controle preventivo, fiscaliza-se a validade do projeto de lei com
o fim de se evitar que seja inserida no ordenamento jurídico uma norma incompa-
tível com a Constituição. Já no controle repressivo, fiscaliza-se a validade de uma
norma já inserida no ordenamento jurídico. Procura-se expurgar do Direito Posto
norma que contraria formal e/ou materialmente o texto constitucional.
6. No Brasil, o Poder Judiciário atua em dois modelos de controle de constitucio-
nalidade: o modelo concentrado e o modelo difuso. O Poder Judiciário atuará no
modelo concentrado quando somente o órgão de cúpula do Poder Judiciário – no
caso, o Supremo Tribunal Federal – puder realizar o controle de constitucionalidade
das leis e dos atos normativos. Por outro lado, no modelo difuso, todos os órgãos
do Poder Judiciário, inclusive o próprio STF, podem realizar o controle de constitu-
cionalidade das leis e dos atos normativos.
7. Vamos, a partir de agora, aprofundar no controle difuso de constitucionali-
dade. No que tange à legitimação ativa, esta é ampla, uma vez que qualquer das
partes (autor e réu) poderá levantar a questão constitucional, bem assim o membro
do Ministério Público que oficie no feito ou, ainda, o próprio magistrado de ofício.
8. Por seu turno, quanto à competência, qualquer juiz ou tribunal do País dis-
põe de competência para declarar a inconstitucionalidade das leis e dos atos nor-
mativos no controle difuso. No entanto, quando o processo chega às instâncias
superiores, um órgão fracionário do tribunal não possui esta competência, já que
se deve respeitar o princípio da reserva de plenário prescrito no art. 97, da CF.
9. Os efeitos da decisão em controle difuso de constitucionalidade realizado
por juízes monocráticos e tribunais, inclusive o próprio STF, são inter partes (al-
cançan-do apenas o autor e o réu) e ex tunc (retroativos).
Vamos começar agora a tratar do controle concentrado de constitucionalida-
de. Vamos falar inicialmente da ação direta de inconstitucionalidade (ADI), que
tem por fim retirar do ordenamento jurídico uma lei ou ato normativo federal ou
estadual que desrespeita a Constituição Federal.
11. Quem são os legitimados ativos para propor ADI? O art. 103, incs. I a IX,
nos dá a resposta, vamos lá:
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12. Ainda no que tange à legitimação ativa em ADI, temos legitimados universais
e especiais. Os legitimados universais podem impugnar qualquer matéria, indepen-
dentemente da comprovação de interesse, são eles: Presidente da República; Mesa
do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Procurador-Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com repre-
sentação no Congresso Nacional. Já os legitimados especiais só podem propor ADI
em face de leis ou atos normativos em relação aos quais comprovarem interesse, co-
nhecido doutrinariamente como “pertinência temática”, são eles: Mesa da Assembleia
Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do
Distrito Federal; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
13. Como fica a atuação do Procurador-Geral da República (PGR) na ADI? O
PGR é um dos legitimados universais para propor as ações de controle concen-
trado de constitucionalidade, independentemente da comprovação de interesse
na matéria. Além disso, por força do art. 103, § 1º, da CF, deverá ser previamen-
te ouvido em todas as ações do controle concentrado e em todos os demais
processos de competência do STF, atuação esta chamada de custus legis. Nesta
atuação, o parecer do PGR é obrigatório, ficando totalmente livre para opinar a
favor ou contra a (in)constitucionalidade do tema constitucional debatido, ainda
que tenha impetrado a ADI.
14. E o Advogado-Geral da União (AGU), qual o seu papel no julgamento da
ADI? O AGU é citado para defender o ato normativo impugnado (art. 103, § 3º,
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da CF). A atuação do AGU é vinculada, pois age como curador do ato normativo
debatido.Cabe a ele defender a norma guerreada, não podendo, como regra,
opinar pela inconstitucionalidade, ainda quando a ADI tenha sido proposta pelo
Presidente da República.
15. Por fim, vamos falar da natureza dúplice ou ambivalente da ADI. À luz do
art. 24, da Lei n. 9.868, de 1999, e tendo por base que o pedido formulado pelo
autor é pelo reconhecimento da inconstitucionalidade da norma, teremos o se-
guinte: a) se a ação direta é julgada procedente, estará sendo declarada a incons-
titucionalidade da norma impugnada; b) se a ação direta é julgada improcedente,
estará sendo declarada a constitucionalidade do texto guerreado.
É isso meus amigos. Contem conosco para a sua aprovação.
Fé na missão.
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STF entendeu não ser aplicável a técnica progressividade fiscal ao ITBI, classificado
como um imposto real, nos termos da Súmula 656 do STF. Em relação ao IPTU
(Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), o STF entendeu que
a aplicação da técnica da progressividade fiscal ao IPTU (real) somente ocorre-
ria a partir da Emenda Constitucional n. 29\2000, conforme Súmula 668, STF. A
evolução da jurisprudência ocorreu a partir do julgamento da progressividade do
ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), na medida em que o
STF (RE562045/RS) entendeu que todos os impostos, independentemente de sua
classificação como de caráter real ou pessoal, podem e devem guardar relação
com a capacidade contributiva do sujeito passivo.
5. TAXAS – Os entes políticos poderão instituir taxas, em razão do exercício
do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição, com
a ressalva de não poderem ter base de cálculo própria de impostos (CF, art. 145,
lI e § 2º; CTN, art. 77 caput; CTN, art. 80).
6. VEDAÇÃO DE BASE DE CÁLCULO IDÊNTICA À DE IMPOSTOS – Se-
gundo o art. 145, § 2º, da CF, “as taxas não poderão ter base de cálculo própria
de impostos”. Entretanto, a questão deve ser analisada em conjunto com o en-
tendimento do STF sobre esse ponto. Conforme se verifica da dicção expressa da
Súmula Vinculante 29, STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa,
de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto,
desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
7. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA – A taxa de iluminação pública se
refere a atividade estatal que se traduz em prestação de utilidades inespecíficas,
indivisíveis e insuscetíveis de serem referidas a determinado contribuinte, não
podendo ser custeada senão por meio do produto da arrecadação dos impostos
gerais. (Al-AgR 542122. DJ 22.9.2006). Nesse sentido é a Súmula Vinculante n.
41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. O
constituinte derivado, a fim de evitar a perda de receita dos municípios editou a
Emenda Constitucional 39 , que criou a COSIP (Contribuição para o Custeio dos
Serviços de Iluminação Pública), senão vejamos: Art. 149-A Os Municípios e o
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Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para
o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e
III. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002) Parágrafo único. É facul-
tada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo
de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002).
8. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – A contribuição de melhoria pode ser
cobrada por qualquer ente tributante no âmbito de suas respectivas atribuições
(CTN, art. 81). Nesse particular, sua instituição é competência comum da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. Esclareça-se que apesar de o texto consti-
tucional dizer simplesmente que a contribuição de melhoria será devida em “de-
corrência de obra pública”, em verdade, é obrigação decorrente de “valorização
de bem imóvel em decorrência de obra pública”. Ademais, tem como fundamen-
to a vedação ao enriquecimento sem causa.
9. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Os empréstimos compulsórios são
tributos temporários que a União (competência exclusiva da União e exige Lei
Complementar) compulsoriamente cobra dos administrados para custear despe-
sas urgentes, ficando obrigada a devolvê-los assim que solucionada a causa que
justificou sua instituição. Não há previsão constitucional que vincule a instituição
dos empréstimos compulsórios a qualquer fato ou situação jurídica específica
relacionada ao contribuinte, nem faça menção aos seus fatos geradores, limitan-
do-se a prever os motivos pelos quais a exação pode ser criada (CF, art. 148). Mo-
tivos estes que não devem ser confundidos com fatos geradores. Motivos para
criação dos empréstimos compulsórios A) atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; B) no
caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional
(nesse caso, observado o princípio da anterioridade).
10. CONTRIBUIÇÕES – O artigo 149 da Constituição Federal estabelece que
compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto
nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativa-
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mente às contribuições a que alude o dispositivo. Por sua vez, os Estados, o Dis-
trito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art.
40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de
cargos efetivos da União. Ademais, elenca características principais, na medida
em que é expresso no sentido de que as contribuições sociais e de intervenção
no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: não incidirão sobre
as receitas decorrentes de exportação; incidirão também sobre a importação de
produtos estrangeiros ou serviços; poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo
por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de
importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medi-
da adotada. Em complemento, estabelece que a pessoa natural destinatária das
operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da
lei; bem como é expresso no sentido de que a lei definirá as hipóteses em que as
contribuições incidirão uma única vez.
Bons estudos!
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outras situações.
A inexigibilidade compõe-se de casos EXEMPLIFICATIVOS. O art. 25 esta-
beleceu três situações exemplificativas, mas tornou possível ao agente público,
quando se encontrar em outra situação de inviabilidade de competição, fazer a
contratação direta pela inexigibilidade.
Outro ponto distintivo entre dispensa e inexigibilidade se refere ao fato de que
a licitação dispensada é uma atuação vinculada, em que o agente público não
faz licitação porque a lei assim previamente estabeleceu, não havendo liberdade
do administrador de querer licitar. A licitação dispensável é atuação discricio-
nária, pois, diante das situações do art. 24, o agente público pode decidir em
fazer ou não a licitação, conforme seus critérios de conveniência e oportunidade.
Por outro lado, nos casos de inexigibilidade, não há o procedimento licitatório,
por ser inviável a competição. Mesmo que o agente público pretendesse fazer
licitação, não teria como executá-la.
1. Fornecedor exclusivo
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valentes;
A comprovação da exclusividade será feita através de atestado fornecido pelo
órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra
ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, por
entidades equivalentes (art. 25).
A lei veda a preferência pela marca. Contudo, a vedação exposta pela lei
deve ser compreendida no sentido de ser evitada a preferência pela marca
com o intuito de não se fazer a licitação. É possível, em algumas situações,
dentro de um processo licitatório, a preferência pela marca. Confira os
casos apontados por José dos Santos Carvalho Filho15:
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Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:
I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Dessa forma, não é qualquer tipo de serviço que pode ser contratado sem
licitação, apenas os serviços selecionados pela lei. Para fins de memorização,
devem-se relacionar os serviços apenas com “atividades de natureza intelectual”.
O conceito de notória especialização do profissional contratado é fixado pelo
art. 25, § 1º:
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patenteado tenha. Só o fato de esse produto ser patenteado não quer dizer que
ele deva ser adquirido sem a devida licitação, pois, talvez, os melhoramentos
criados não sejam indispensáveis à Administração e os outros produtos disponí-
veis no mercado atendam às necessidades da Administração. De outro modo se
o inventor produz um melhoramento no produto, adquirindo a patente, com um
diferencial que realmente faz o produto ser incomparável e indispensável, condu-
zirá à exclusividade e contratação direta sem licitação.
Inclusive, o STJ já proferiu decisão nesse sentido:
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO POR PREGÃO PRESENCIAL. EXCLUSIVIDADE.
HIPÓTESE QUE NÃO SE ENQUADRA NAS HIPÓTESES DE LICITAÇÃO PREVISTAS
NO ART. 25, INCISO I, DA LEI N. 8.666/93.
1. Buscou-se com a impetração anular o Pregão n. 040/2008, realizado pela
Secretaria de Estado de Saúde de Minas gerais, defendendo o impetrante que o
fornecimento do produto licitado enquadra-se em uma das hipóteses de inexigi-
bilidade de licitação previstas no art. 25 da Lei n. 8.666/92 diante do privilégio de
exclusividade para o fornecimento de “capa para tampa de reservatório de água
potável (caixa d’água)”, que está tutelado por carta de patente.
2. As hipóteses de contratação direta por inexigibilidade de licitação, elenca-
das no art. 25 da Lei n. 8.666/93, somente se justificam quando se configura a
inviabilidade de competição, diante da existência de apenas um objeto ou pessoa
capaz de atender às necessidades da Administração Pública.
3. Deflui do inciso I do referido dispositivo a necessidade de implementação
das seguintes condições para que o fornecimento de equipamento ou produtos
prescinda de licitação: (i) o produto estar tutelado por exclusividade, atestada
por órgão ou entidades competentes para tanto, o que impede que o Estado
adquira produto similar; (ii) quando inviável a competição pela ausência de outro
licitante capaz de produzir objeto equivalente, que atenta às necessidades da
Administração; e (iii) o produto, ainda que seja tutelado por patente, não possa
ser fornecido por terceiros.
4. Assim, o que torna inexigível a licitação, segundo a dicção do inciso I do
artigo 25 em referência, não é o simples fato de o fornecedor deter a patente de
seu produto, mas o fato desse produto deter certas características peculiares, não
encontradas nos produtos que lhe são concorrentes, e, ainda, que tais caracterís-
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Examinandos e examinandas,
dando prosseguimento a nossa caminhada rumo ao XXI Exame de Ordem,
vamos abordar hoje temas importantes sobre o Direito Empresarial:
Dica 1:
Dica 2:
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As Unidades de Conservação podem ser criadas não apenas por lei, como
também, como exemplo, por Decretos.
No tocante à redução dos limites da Unidade de Conservação, como nos en-
sina Paulo Affonso Leme Machado, só deverá haver a necessidade de lei quando
essa alteração significar mudança para pior, ou seja, acarretar degradação am-
biental, ainda que potencial.
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Caros alunos,
dando continuidade a Regressiva de 100 dias para o Exame de Ordem, hoje
veremos dicas de Direito Administrativo:
1.1 ESTADO
• Pessoa Jurídica Territorial Soberana;
• Nação politicamente organizada, dotada de personalidade jurídica;
• Pessoa Jurídica de Direito Público com Elementos Formadores e 3 Poderes;
• Atual tanto no âmbito do Direito Público quanto do Direito Privado;
• Teoria da Dupla Personalidade do Estado: Essa teoria admitia que o
Estado poderia ter tanto personalidade de DIREITO PÚBLICO, quando atu-
ando na área do direito público, quanto de DIREITO PRIVADO, quando atu-
ando nas questões regidas pelo direito privado;
• Elementos originários e indissociáveis:
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• Modelo de Montesquieu;
• Elementos estruturais do Estado – orgânicos ou organizacionais;
• Não se confundem com os poderes Administrativos – são formas estrutu-
rais de manifestação da Vontade Estatal;
• Funções típicas e Funções atípicas: LEGISLATIVA, JUDICIAL e ADMINIS-
TRATIVA
• Munus Publico: Um encargo para quem exerce. Um dever de defesa, con-
servação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade.
Não há liberdade para a perseguição de outros interesses.
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PRINCÍPIOS:
• Não são meras recomendações ou orientações;
• São normas que obrigam aqueles que a elas se submetem;
• A generalidade quanto aos destinatários e ao conteúdo não prejudica sua
força coercitiva;
• São mandamentos de OTIMIZAÇÃO. Ponderação dos valores.
REGRAS:
• Caracterizam-se pela concretude;
• Amplitude fixada antecipadamente;
• Conflito entre elas é dirimido no plano da validade;
• Não há hierarquia normativa entre princípios e regras, qualquer um pode
prevalecer.
4.2 Princípios do Direito Administrativo:
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José Cretella Júnior afirma que princípio é toda proposição que age como
pressuposto do sistema, legitimando-o. Classifica-os em:
a) princípios onivalentes(ou universais) – os princípios lógicos encontra-
dos em toda construção científica elaborada pelo homem;
b) princípios plurivalentes – os princípios comuns a um grupo de ciências
semelhantes;
c) princípios monovalentes – os princípios que atuam em somente uma
ciência;
d) princípios setoriais – os princípios de um setor de determinada ciência.
Para Celso Antônio, o Regime Jurídico Administrativo fundamenta-se em
dois princípios basilares: Supremacia do Interesse Público sobre o Privado e Indis-
ponibilidade do Interesse Público pela Administração.
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resses do Estado;
• Divergência quanto ao cabimento de ARBITRAGEM nos contratos com a
Administração; (Agravo de Instrumento 52.181, 1973);
• Possibilidade de transação entre Município e Servidores – RE 253.885-0,
2002- STF);
• Possibilidade de Juízo Arbitral, STJ, Agravo Regimental no MS 11.308-DF,
Fux, 2006).
4.2.1 Legalidade:
• Legalidade estrita e legalidade ampla;
• Presunção de Legitimidade;
• Restrições: MEDIDAS PROVISÓRIAS, ESTADO DE SÍTIO, ESTADO DE DEFESA.
4.2.2 Impessoalidade:
4.2.3 Publicidade:
• Condição de Eficácia;
• Termo inicial dos prazos;
• Controle e Fiscalização;
• Publicidade e Publicação;
• Mandado de Segurança e Habeas Data;
• Exceções: 5º, X, XXXII e LX (Lei n. 12.527/2011);
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Requisitos:
a)Comprovar uma situação subjetiva de confiança (boa-fé de quem invoca);
b)Que tenha atuado de forma prudente (boa-fé);
c) que o direito gerador tenha sido idôneo para produzi-la.
• Decorre dos postulados: Estado de direito, da segurança jurídica e da equi-
dade.
• Valida a crença de boa-fé nos comportamentos, promessas, declarações e
informes das autoridades públicas;
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Tribunal por ocasião do julgamento da ADC 12-MC/DF, Rel. Min. Ayres Britto.” Rcl
9.013, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Decisão Monocrática, julgamento
em 21.9.2011, DJe de 26.9.2011.
Súmula Vinculante 13 e não exaustão das possibilidades de nepotis-
mo – “Ao editar a Súmula Vinculante n. 13, a Corte não pretendeu esgotar todas
as possibilidades de configuração de nepotismo na Administração Pública, dada
a impossibilidade de se preverem e de se inserirem, na redação do enunciado,
todas as molduras fático-jurídicas reveladas na pluralidade de entes da Federa-
ção (União, estados, Distrito Federal, territórios e municípios) e das esferas de
Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), com as peculiaridades de organização
em cada caso. Dessa perspectiva, é certo que a edição de atos regulamentares
ou vinculantes por autoridade competente para orientar a atuação dos demais
órgãos ou entidades a ela vinculados quanto à configuração do nepotismo não
retira a possibilidade de, em cada caso concreto, proceder-se à avaliação das
circunstâncias à luz do art. 37, caput, da CF/88.” MS 31.697, Relator Ministro Dias
Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 11.3.2014, DJe de 2.4.2014.
Servidor público efetivo indicado para cargo em comissão e relação
de parentesco com servidor não efetivo do mesmo órgão – “Considerada
a amplitude e a complexidade da estrutura administrativa dos diversos órgãos do
Poder Judiciário no tocante à gestão de seus servidores (efetivos ou não), enten-
do que não configura nepotismo a nomeação de pessoa sem vínculo efetivo com
o órgão para cargo de direção, chefia ou assessoramento sem que se questione
a existência de qualquer influência do servidor efetivo com quem o nomeado é
casado, mantém relação estável ou possui relação de parentesco sobre a autori-
dade nomeante, seja para fins de se alcançarem interesses pessoais do servidor
efetivo (devido a relações de amizade, subordinação ou mudança de localidade,
por exemplo) ou da autoridade nomeante (mediante troca de favores), sob pena
se afrontar um dos princípios que a própria Resolução CNJ n. 7/05 e a Súmula
Vinculante n. 13 pretenderam resguardar, qual seja, o princípio constitucional da
impessoalidade.” MS 28.485, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julga-
mento em 11.11.2014, DJe de 4.12.2014.
Nepotismo e lei estadual que prevê hipóteses de exceção – “A previ-
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CONCILIAÇÃO
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do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segu-
rança.
A estipulação do acordo pressupõe a discriminação da natureza das parcelas
ajustadas, ou seja, se são indenizatórias ou remuneratórias. É o que se infere do
art. 832, § 3º, da CLT: “As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre
indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo
homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhi-
mento da contribuição previdenciária, se for o caso”.
Se a parcela for discriminada como remuneratória, haverá incidência de con-
tribuições previdenciária. É o que ocorre com as horas extras, salários, adicionais,
gratificações etc. Por outro lado, se a parcela for indenizatória (tais como férias
vencidas, multa do art. 477, § 8º, da CLT etc), não há que se falar incidência de
contribuições previdenciárias.
Caso não haja essa discriminação, as contribuições previdenciárias incidirão
sobre o valor total do acordo. Essa mesma lógica se aplica mesmo quando não
há vínculo de emprego reconhecido no acordo. Nessa direção segue a inteligên-
cia da OJ 368 da SDI-I do TST:
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO. INE-
XISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. PARCELAS INDENIZATÓRIAS. AUSÊN-
CIA DE DISCRIMINAÇÃO. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR TOTAL (DEJT divulgado
em 03, 04 e 05.12.2008)
É devida a incidência das contribuições para a Previdência Social sobre o valor
total do acordo homologado em juízo, independentemente do reconhecimento
de vínculo de emprego, desde que não haja discriminação das parcelas sujeitas
à incidência da contribuição previdenciária, conforme parágrafo único do art. 43
da Lei n. 8.212, de 24.07.1991, e do art. 195, I, “a”, da CF/1988.
Se o acordo for efetuado após o trânsito em julgado, deve haver proporcio-
nalidade entre as parcelas remuneratórias e indenizatórias estipuladas na conde-
nação e no objeto do acordo. A Súmula 376 do TST aponta:
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MANDADO DE SEGURANÇA
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I – Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que de- termi-
na penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir cré-
dito exeqüendo, uma vez que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC.
Apenas para registro: atualmente a ordem de gradação de penhora encontra-se
no art. 835 do CPC de 2015.
Mais um exemplo apenas para ilustrar. O deferimento de liminar para impor
uma reintegração de empregado estável, seja porque sua estabilidade decorre
de lei, seja porque decorre de norma coletiva, não viola direito líquido e certo do
empregador. Nessa direção segue a OJ 64 da SDI-II do TST:
Não fere direito líquido e certo a concessão de tutela antecipada para reinte-
gração de empregado protegido por estabilidade provisória decorrente de lei ou
norma coletiva.
Importante lembrar que o recurso cabível da decisão que julga o mérito do
mandado de segurança é o recurso ordinário. Assim, muito embora a Lei n.
12.016/09 preveja a apelação como recurso cabível da sentença (art. 14, caput),
no Processo do Trabalho é cabível o recurso ordinário.
Aliás, o Tribunal Superior do Trabalho editou a Instrução Normativa 27/05 que
preceituou:
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(…)
No caso de extinção do processo sem resolução de mérito pelo juiz (compe-
tência originária da Vara), caberá recurso ordinário (art. 895, I, da CLT).
Todavia, se a decisão de extinção liminar for de desembargador relator (nos
processos de competência originária do TRT), o recurso cabível contra a decisão
monocrática é agravo regimental para o colegiado e não recurso ordinário. O even-
tual erro, contudo, não se reputa tão grave, já que o TST aceita receber o recurso
ordinário como agravo regimental e mandar o processo para o TRT julgar o agravo.
Esse é o entendimento da OJ 69 da SDI-II do TST:
FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO
RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RE-
CEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS
AO TRT. Inserida em 20.09.00.
Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da
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so III, e importa dizer que a boa fé deve estar presente em todas as relações de
consumo, e isso quer dizer que os contratantes não são obrigados somente a
realizar a prestação principal, mas também usar de seus esforços para garantir o
perfeito adimplemento do contrato, pensando no direito do outro que precisa ser
preservado, afastando a ideia ou a hipótese de vantagem excessiva. O que conta
é a probidade e a colaboração entre as partes.
Em breve, teremos mais dicas! Continue estudando!!!
Abraço afetuoso,
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO MILHOMEM
De acordo com a Constituição Federal (art. 5º, LIV), ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Entende-se por devido processo legal o conjunto de regras, antecedente à
prática do crime, que regulamenta os procedimentos e garantias para a efetiva
aplicação da sanção penal ao autor da conduta criminosa.
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É preceito constitucional, previsto no art. 5º, LV, da Carta Magna, que, aos liti-
gantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são asse-
gurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
A ampla defesa deve ser entendida como a possibilidade de utilização de to-
dos os meios admitidos em direito para a manutenção do direito fundamental de
liberdade do acusado em processo penal, a fim de se obter o não provimento da
pretensão punitiva do Estado ou, ao menos, não na sua integralidade.
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
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PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
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praticada a conduta criminosa, seu autor será julgado de acordo com critérios
objetivos e de imparcialidade.
Significa dizer, portanto, que não haverá a possibilidade de designação do
órgão julgador por razões de amizade ou inimizade com o acusado, mas por
critérios previamente estabelecidos na lei (Código de Processo Penal).
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ROBERTA QUEIROZ
Amores, tenham cuidado com esta expressão, pois sujeitos de direitos é gê-
nero que comporta espécies: “com personalidade jurídica” e sem “personalidade
jurídica”.
Quando o sujeito detém personalidade jurídica, ele pode tudo o que a lei não
proíbe; no entanto, quando não a possui, somente poderá atuar quando a lei
autorizar.
Exemplo de sujeito de direito com personalidade jurídica é a pessoa natural e
a pessoa jurídica; de sujeito sem personalidade temos a sociedade irregular, nas-
cituro, condomínio, massa falida, herança e outros…
PRÓDIGO
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Podemos afirmar que casar é livre, no sentindo de escolher quem será o nu-
bente (risos), mas a escolha do regime de bens não é livre. Claro, nem poderia ser,
pois veja que o curador do pródigo serve para proteção dos bens e, dependendo
do regime, poderá haver algum prejuízo.
Ademais disso, o artigo 1767 do CC preleciona que qualquer parente sucessí-
vel ou o MP podem requerer a proteção do pródigo.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personali-
dade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em
lei.Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer
a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou
à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da
palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pes-
soa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização
que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou
se se destinarem a fins comerciais. Parágrafo único. Em se tratando de morto
ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os
ascendentes ou os descendentes.
DOMICÍLIO
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COMODATO E MÚTUO
São duas formas de empréstimo de coisa. Esses temas também são recorren-
tes em prova.
Comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis.
Mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis.
São contratos unilaterais, gratuitos e reais. Contudo, o mútuo pode ser onero-
so, como o empréstimo de dinheiro realizado por instituições financeiras – mútuo
feneratício.
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CONTRATO ESTIMATÓRIO
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR RODRIGO COSTA
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[…] 1. Apesar de o rol de serviços […] ser taxativo em sua enumeração, admite-
-se uma interpretação extensiva dos seus itens, abarcando-se todas as espé-
cies do gênero tributado. 2. Isto mais se justifica pelo fato de que o legislador,
ao relacionar os serviços que seriam tributáveis pelo ISS, não pôde esgotar
todas as possibilidades, seja em razão da evolução das atividades bancárias,
seja pela alteração da sua nomenclatura […] (Recurso Especial n. 1111234/PR,
Relatora: Eliana Calmon, Data de Julgamento: 23/09/2009, 1ª Seção)
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Diante desse conceito, sabe-se que uma decisão judicial é prolatada por au-
toridade pública, qual seja, o magistrado, investido no cargo segundo requisitos
constitucionais. Dessa forma, abre-se a possibilidade de impetração de mandado
de segurança para impugnar decisões interlocutórias capazes de gerar dano ir-
reparável à parte.
É preciso, porém, fazer menção novamente ao verbete 267 da súmula da ju-
risprudência do STF, o qual veda a possibilidade de impetração de mandado de
segurança, quando cabível recurso ou correição contra a decisão judicial que se
deseja impugnar. Eis, portanto, um óbice ao uso desse remédio constitucional,
uma vez que se poderá argumentar que as decisões interlocutórias, na verdade,
são recorríveis, quando da interposição da apelação. Nesse sentido, mister se faz
citar o seguinte julgado:
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Ademais, a reclamação, segundo o novo CPC, pode ser utilizada para pre-
servar a competência e garantir a autoridade das decisões de qualquer tribunal.
Dessa forma, é mais provável que o Judiciário consiga dirimir a insegurança jurídi-
ca presente no Brasil, dando um contorno mais acertado e justo às sua decisões,
consequentemente, incluídas, nesse contexto, as interlocutórias.
Os requisitos inerentes à interposição da reclamação são, na verdade, aque-
les inerentes a uma ação judicial, não possuindo os pressupostos limitativos do
mandando de segurança.
Reconhece-se a dificuldade, entretanto, ainda aqui, de se impugnar as deci-
sões interlocutórias não agraváveis. Sugere-se, por fim, para aumentar a possibi-
lidade de se assegurar direito da parte, a impugnação dessas decisões por meio
da correição parcial, chamada de reclamação regimental no âmbito dos juizados
especiais, medida essa que parece a mais adequada, conforme os argumentos
que serão levantados a seguir.
A reclamação regimental, em que pese ter nascido como medida administra-
tiva, tem sido admitida para reforma ou cassação de decisões. Coaduna com essa
afirmação a seguinte doutrina (MIRANDA, 2003, p. 150 apud PEREIRA, 2006): “Se
a doutrina e a jurisprudência admitem que a Reclamação possa cassar ou refor-
mar decisão judicial, é inegável que fez da Reclamação ou recurso ou ação, mas
jamais de alcance meramente correcional”.
Dissertando sobre a correição parcial, Bernardo Pimentel (SOUZA, 2008, p.
235/242 apud VASCONCELOS, 2012, p. 32) afirma que “a correição parcial é o su-
cedâneo recursal admissível contra omissão e decisões jurisdicionais irrecorríveis”.
A reclamação regimental encontra respaldo na CF/88, por meio do art. 96,
inciso I, alínea b, o qual proclama que compete privativamente aos tribunais velar
pela atividade correicional de suas secretarias e serviços auxiliares e dos juízes
que lhes forem vinculados. Diante disso, definiu-se na jurisprudência do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que para impugnar decisão
interlocutória irrecorrível de imediato é cabível a reclamação, ou seja, correição
parcial, prevista no art. 14 do regimento interno das turmas recursais do TJDFT,
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com a seguinte redação: “Admitir-se-á reclamação contra ato judicial que conte-
nha erro de procedimento e que, à falta de recurso específico, puder causar dano
irreparável ou de difícil reparação”. Confirmando os argumentos aqui esposados,
cita-se a jurisprudência:
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quais, por vezes, poderiam causar sério dano à parte. Restou demonstrado que
o legislador não foi capaz de prever situações em que seria necessário impugnar
essas decisões. Para tanto, parte da doutrina e jurisprudência, já mencionadas,
admitiram subterfúgios jurídicos, a fim de dirimir possíveis danos a direito da parte.
Destarte, possível é concluir que, diante da irrecorribilidade de imediato das
decisões interlocutórias no âmbito do CPC, na fase de conhecimento do proces-
so, o Judiciário não deixará passar incólume, assim como o fez em relação aos
juizados especiais, o erro do legislador em limitar as hipóteses de interposição de
agravo de instrumento. Perante essa circunstância, a reclamação, tanto a consti-
tucional como a regimental, são medidas razoáveis e de aplicabilidade ideal.
Por fim, sem o intuito de exaurir o tema, porém, buscando auxiliá-los em seus
estudos, espero que os assuntos abordados façam a diferença na prova de Exa-
me de Ordem.
Estamos juntos na caminhada do seu sucesso!
Até breve!
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regularmente na OAB;
13. É facultativo a presença do advogado nas varas e tribunais regionais do
trabalho, salvo nas ações rescisórios, ação cautelar, mandado de segurança e os
recursos para o Tribunal Superior do Trabalho;
14. Advogado deve estimular a conciliação entre as partes somente com con-
sentimento do cliente (Art. 2º, VI, Código de Ética);
15. O advogado não pode vincular advocacia com o ramo empresarial, sob
pena de captação de clientela;
16. O advogado empregado tem isenção técnica e pode recusar as demandas
individuais do seu empregador;
17. O exercício efetivo do advogado é computado a partir da prática de cinco
atos privativos – atos judiciais e extrajudiciais (Art. 5º, Regulamento Geral);
18. O impedimento da advocacia permanece durante a investidura do cargo.
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Gabarito: Letra B.
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Gabarito: Letra B.
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TIÇA FEDERAL
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Veja que nessa questão o examinador queria saber qual é o órgão de caráter
permanente e independente que julga e pune os indivíduos agressores. Dos ór-
gãos indicados, apenas o TPI (alternativa “c”) tem essa competência.
2) Declaração Universal dos Direitos Humanos – DUDH: a DUDH é um
dos documentos básicos e proteção internacional dos Direitos Humanos. Esse
documento foi aprovado e adotado pela Assembleia Geral da ONU em 10 de
dezembro de 1948, mediante a Resolução 217A.
Nele estão especificados Direitos Humanos de 1ª e 2ª gerações (se tiver dúvida
sobre as gerações de Direitos Humanos, veja a nossa dica de agosto, ok!).
Fique atento(a)! No artigo I da DUDH até se menciona sobre a fraternidade
(direito de 3ª geração), mas não se especifica nenhum direito de 3ª geração na
DUDH, apenas de 1ª e 2ª.
IMPORTANTÍSSIMO: a DUDH não tem força obrigatória e vinculante. Assim,
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Quadro Comparativo
DUDH Convenção Americana
Âmbito Internacional Regional
Organizações das Organização dos Estados
Aprovação
Nações Unidas – ONU Americanos – OEA
Ano de aprovação 1948 1969
Direitos humanos
1ª e 2ª gerações Apenas 1ª geração
especificados
Gera sanção pelo
Não Sim
descumprimento
Brasil faz parte Sim, desde 1948 Sim, desde 1992
Por hoje são essas as dicas, prezada(o) aluna(o)! Continuaremos com nossas
dicas de Direitos Humanos no próximo encontro que será no dia 27 de outubro.
Até lá!
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ADI 4178/GO. Relator: Min. Gilmar Mendes. Julgamento: 05/08/2010: […] Não
assiste razão ao pleito de […], que requerem admissão na condição de amici
curiae. É que os requerentes são pessoas físicas, terceiros concretamente
interessados no feito, carecendo do requisito de representatividade inerente
à intervenção prevista pelo art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.868, de 10.11.1999, o qual,
aliás, é explícito ao admitir somente a manifestação de outros “órgãos ou
entidades” como medida excepcional aos processos objetivos de controle
de constitucionalidade.
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o art. 1º, da Lei n. 9.882, de 1999, define qual o objeto desta ação de controle
concentrado, vejamos:
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modo eficaz e real, a situação de lesividade que se busca neutralizar com o ajui-
zamento da ADPF.
15. Por fim, cuidado com a impossibilidade de se utilizar a ação civil pública como
sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade. Como já decidiu o STF: “É inques-
tionável que a utilização da ação civil pública como sucedâneo da ação direta de
inconstitucionalidade, além de traduzir situação configuradora de abuso do poder de
demandar, também caracterizará hipótese de usurpação da competência do Supremo
Tribunal Federal. Esse entendimento – que encontra apoio em autorizado magistério
doutrinário […] reflete-se, por igual, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
que, no entanto, somente exclui a possibilidade do exercício da ação civil pública,
quando, nela, o autor deduzir pretensão efetivamente destinada a viabilizar o controle
abstrato de constitucionalidade de determinada lei ou ato normativo (RDA 206/267,
Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 189.601-AgR/GO, Rel. Min. MOREIRA ALVES)”.
É isso meus amigos. Contem conosco para a sua aprovação.
Fé na missão.
Prof. Luciano Dutra.
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO MILHOMEM
Querida Aluna,
Querido Aluno,
Aproxima-se a 1ª fase do XXI Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil; e, assim, gostaria de dividir com vocês alguns temas de inte-
resse no Processo Penal, com alta possibilidade de serem cobrados na sua prova.
Vamos tratar, nesta oportunidade, da audiência de custódia e da prisão temporá-
ria. Então, vamos ao trabalho!
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RELAXAMENTO DA PRISÃO
Uma vez recebido o auto de prisão em flagrante, não sendo o caso de rela-
xamento da prisão ilegal, deverá o juiz conceder, de ofício, por meio de decisão
fundamentada, a liberdade provisória ao preso, se não verificados no caso em
concreto os requisitos que legitimariam a conversão da prisão em flagrante em
prisão preventiva (CPP, art. 312).
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PRISÃO TEMPORÁRIA
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DICA 1:
As Juntas Comerciais são órgãos estaduais que exercem uma função federal,
tendo, portanto, subordinação híbrida. Administrativamente, subordinam-se aos
respectivos Estados; tecnicamente, subordinam-se ao DREI (Departamento de
Registro Empresarial e Integração). Portanto, a competência para eventuais ações
judiciais contra as Juntas será da Justiça Estadual, quando se tratar de matéria
administrativa, e da Justiça Federal, quando se tratar de matéria técnica.
DICA 2:
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las obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das au-
tarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de
economia mista, desde que hajam participado da relação processual e cons-
tem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei n. 8.666, de 21.06.1993).
(Alterado pela Res. 96/2000, DJ 18.09.2000)
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mento dos encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual
omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as obrigações do
contratado, não viesse a gerar essa responsabilidade. Registrou-se que, entretan-
to, a tendência da Justiça do Trabalho não seria de analisar a omissão, mas aplicar,
irrestritamente, o Enunciado 331 do TST. O Min. Marco Aurélio, ao mencionar os
precedentes do TST, observou que eles estariam fundamentados tanto no § 6º
do art. 37 da CF quanto no § 2º do art. 2º da CLT1 . Afirmou que o primeiro não
encerraria a obrigação solidária do Poder Público quando recruta mão de obra,
mediante prestadores de serviços, considerado o inadimplemento da prestadora
de serviços. Enfatizou que não seria caso de responsabilidade objetiva frente à
inocorrência de ato do agente público causando prejuízo a terceiros que seriam
os prestadores do serviço. Dessa forma, inaplicável o preceito do § 6º do art. 37
da CF. No que tange ao segundo dispositivo, observou que a premissa da solida-
riedade nele prevista seria a direção, o controle, ou a administração da empresa,
o que não se daria no caso, haja vista que o Poder Público não teria a direção, a
administração, ou o controle da empresa prestadora de serviços. Concluiu, assim,
que não estaria o parágrafo único do art. 71 da Lei n. 8.666/1993, ao excluir a res-
ponsabilidade do Poder Público pela inadimplência do contratado, em confronto
com a Constituição Federal.
A Min. Cármen Lúcia consignou que o art. 37, § 6º, da CF trataria de
responsabilidade objetiva extracontratual, não se aplicando o dispositivo à
espécie. Explicou que uma coisa seria a responsabilidade contratual da Ad-
ministração Pública e outra, a extracontratual ou patrimonial. Aduziu que o
Estado responderia por atos lícitos, aqueles do contrato, ou por ilícitos, os
danos praticados.
Ficaram, vencidos, parcialmente, o Min. Ayres Britto, que dava pela incons-
titucionalidade apenas no que respeita à terceirização de mão de obra. Ressal-
1 “ § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade eco-
nômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das
subordinadas.”
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR RODRIGO COSTA
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tado inicial da votação. Vale lembrar que nada impede que os novos julgadores
convocados venham a aderir ao posicionamento da maioria inicial, chegando-se
a uma votação de 4×1, ou, então, que um se una aos vencedores e o outro ao
perdedor inicial, chegando-se a um resultado de 3×2.
Quanto à sua natureza jurídica, a técnica de ampliação do colegiado não se
trata de recurso, já que o recurso é cabível contra uma decisão proferida, enquan-
to na hipótese do art. 942 do CPC, não há encerramento do julgamento, pelo
contrário, colhidos os votos e não sendo unânime o resultado, incide referida re-
gra: convocam-se novos julgadores designando-se nova sessão para prossegui-
mento do julgamento, e não para revisão ou reconsideração do que foi julgado.
Repise-se que não houve encerramento do julgamento, mas sua suspensão para
prosseguimento com a composição do órgão julgador ampliada.
Dica: na apelação, a regra aplica-se a qualquer resultado não unâni-
me, ou seja: conhecimento ou não conhecimento. Provimento ou desprovimen-
to. Reforma, cassação ou até mesmo a manutenção da decisão recorrida por
maioria de votos.
Como o julgamento ainda não se encerrou, deverá prosseguir com os julga-
dores convocados na forma prevista no regimento interno do tribunal, designan-
do-se nova sessão para prosseguimento do julgamento, na qual as partes – e
eventuais terceiros – poderão sustentar oralmente suas razões perante os novos
julgadores.
De acordo com o § 1º, do art. 942 do CPC, se for possível prosseguir o julga-
mento na mesma sessão, não será necessária a designação de nova sessão de
julgamento, já se colhendo, ali mesmo, os votos dos outros julgadores. Nesse
caso, dispensa-se nova sustentação oral, pois os outros julgadores já terão assis-
tido às que foram apresentadas pelos patronos das partes, vejamos:
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A regra do Art. 942 do CPC, por força do que prevê o inciso I, do §3, aplica-se,
não somente aos julgamentos não unânimes de apelação, mas também ao jul-
gamento não unânime proferido em ação rescisória, quando o resultado
for a rescisão da sentença, vejamos:
Dica: o art. 942 do CPC tem aplicação mais restrita no âmbito da ação rescisó-
ria, somente incidindo quando acolhido o pedido de rescisão da decisão
rescindenda, ou seja: se a ação rescisória não for conhecida, ou, se conhecida,
for desprovida por maioria de votos, não se aplicará referida regra de ampliação
do colegiado.
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O inciso II, do §3º, do art. 942 do CPC, também determina que a técnica
de ampliação do colegiado se aplica ao julgamento não unânime proferido em
agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar par-
cialmente o mérito, vejamos:
(…)
II – agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que jul-
gar parcialmente o mérito.
Dica: no agravo de instrumento a regra de ampliação do colegiado só se
aplicará se o agravo for admitido e provido, por maioria de votos, para
reformar a decisão que julgar parcialmente o mérito.
Vale lembrar que a regra do art. 942 do CPC somente se aplica quando o
resultado não for unânime. Se o resultado for unânime, não se aplica a re-
gra, mesmo que haja divergência na fundamentação, ou seja, a aplicação
da regra depende de divergência no resultado, e não na fundamentação.
Por fim, conforme estabelece a norma emanada do § 4º, do art. 942 do CPC,
a técnica de ampliação do colegiado nos julgamentos não se aplicará aos jul-
gamentos dos incidentes de assunção de competência e de resolução
de demandas repetitivas, nem ao da remessa necessária, nem aos jul-
gamentos não unânime proferidos, nos tribunais, pelo plenário ou pela
corte especial, vejamos:
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ANELISE MUNIZ
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tecedência mínima de 30 dias e o réu deve ser citado até 20 dias antes (art. 334)
11. Designação / citação / recusa do réu = 30 / 20 / 10
12. Poderá haver mais de uma sessão destinada a mediar ou conciliar, mas
o prazo total não pode superar dois meses contados da realização da primeira
sessão (art. 334, § 2º).
13. O procedimento da mediação ou conciliação é pautada por vários prin-
cípios especiais, dentre eles o da autonomia da vontade, da busca pela solução
pacífica das controvérsias (art. 3º) e da confidencialidade (art. art. 166).
Bons estudos!
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destaca-se que devem incidir nas hipóteses em que o agente exerce cargo em
comissão (cargo de confiança) ou de direção ou assessoramento de órgãos da
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública e fundação
instituída pelo Poder Público.
Quanto ao concurso de agentes, destaca-se que o particular pode responder
por peculato quanto atua em conjunto com funcionário público. Mas o particular
deve ter consciência e vontade (dolo) em relação ao agente do tipo, ou seja, deve
saber que esse possui a condição de funcionário público. Caso contrário, trans-
forma-se em responsabilidade objetiva, o que é proibido.
O fundamento legal dessa possibilidade de responsabilizar o particular por
crime funcional é o disposto no art. 30 do Código Penal, segundo o qual são
comunicáveis as circunstâncias de caráter pessoal quando elementares do crime.
Ser funcionário público é circunstância pessoal e elementar do crime. Assim, se
o particular não souber que o outro é funcionário público, responderá por outro
crime. Exemplo: furto.
Bons estudos!
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Caros colegas, hoje darei algumas dicas sobre a petição inicial, de acordo com
o novo CPC, abordando temas que podem ser cobrados no Exame de Ordem,
por se tratarem de inovações inseridas em nosso ordenamento jurídico.
É sabido por todos que para a atividade jurisdicional contenciosa (composição
de lide) ser exercida é necessário que o interessado provoque-a, pois prevalece em
nosso ordenamento jurídico o “princípio da inércia da jurisdição” (art. 2º do CPC/15).
Essa provocação é feita pelo exercício do direito de ação, iniciando-se após a apre-
sentação, pelo autor, de sua petição inicial, que é o instrumento pelo qual o interes-
sado provoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo. Nela, o interes-
sado/autor formula sua pretensão, o que acaba por limitar a atividade jurisdicional
(princípio da congruência/adstrição/dispositivo art. 492 do CPC/15), pois o juiz não
pode proferir sentença de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu
em quantidade superior ou em objeto diverso do demandado.
No NCPC, o procedimento comum é aplicável a todas as causas (inclusive,
subsidiariamente, aos procedimentos especiais), salvo disposições em contrário
(art. 318 e seguintes do NCPC), uma vez que houve a adoção do sistema bipar-
tide, quanto aos procedimentos, já que foram previstos apenas o procedimento
comum e os procedimentos especiais, não havendo mais a previsão do proce-
dimento sumário, como fazia o CPC/73, sendo que, segundo o art. 1.063
do NCPC, as causas elencadas no art. 275, inciso II do antigo CPC/73, que
eram aquelas que adotavam o procedimento sumário independente do
valor da causa, passaram a ser de competência dos Juizados Especiais,
enquanto não for criada nova legislação sobre o tema, vejamos:
Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos
na Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, continuam competentes para o
processamento e julgamento das causas previstas no art. 275, inciso II, da Lei
n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
Os artigos 319 e 320 do NCPC estabelecem quais são os requisitos obrigató-
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rios de uma petição inicial, inserindo alguns requisitos não exigidos pelo antigo
ordenamento jurídico, vejamos:
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derá ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo
de domicílio do réu, todavia, se o magistrado não reconhecer referida situação de
ofício antes de determinar a citação do réu, deverá este, ao ser citado, suscitá-la
em preliminar de contestação, sob pena de prorrogação da competência do juízo
outrora incompetente (art. 63, §§ 3º e 4º c/c 337 do CPC/15).
O segundo requisito exige a indicação dos nomes, prenomes, estado civil,
existência de união estável, profissão, domicílio e residência do autor e do réu,
pois é necessário analisar a legitimidade do autor e do réu para serem partes,
bem como individualizar e distinguir as pessoas físicas e jurídicas das demais. O
estado civil faz-se necessário para verificar a regularidade da petição inicial, como
por exemplo, reconhecer que o autor precisa de outorga uxória. O endereço é
imprescindível para determinar a competência territorial e a citação do réu.
A qualificação não essencial para a citação do réu poderá ser convalidada,
ou seja, o juiz não deve prender-se meramente aos requisitos formais, se o ob-
jetivo do processo puder ser conseguido sem a totalidade da qualificação das
partes. Nesse sentido, o art. 319, em seus parágrafos 2º e 3º, estabelece que a
integralidade dos dados requeridos pode ser dispensada se a despeito da falta
de informações a que a se refere o inciso II, for possível a citação do réu ou se
a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o
acesso à justiça.
Dica: O art. 319, §1º dispõe que: “caso não disponha das informações pre-
vistas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências
necessárias a sua obtenção”. Assim, por exemplo, o autor poderá requerer justi-
ficadamente o acesso a bancos de dados públicos para a busca do endereço do
réu. Obviamente, a diligência deverá ser justificada e não pode ser utilizada de
forma indiscriminada.
O terceiro requisito está relacionado à indicação do fato e dos fundamen-
tos jurídicos do pedido, ou seja, da causa de pedir remota e próxima. Fato (causa
de pedir remota) é todo direito ou interesse a ser tutelado, que surgiu de um
fato ou um conjunto deles, sendo necessários para que o julgador possa melhor
analisar a aplicação da causa de pedir próxima. Fundamentos jurídicos (causa de
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O quinto requisito está ligado ao valor da causa, uma vez que, segundo
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o art. 291 do CPC/15, toda causa deve ter um valor certo, ainda que não tenha
conteúdo econômico imediato. O art. 292 do CPC/15 indica qual o valor a ser
atribuído a algumas causas, sob pena do juiz, de ofício, corrigir a petição inicial,
determinando o recolhimento das custas complementares, sob pena de seu in-
deferimento e baixa na distribuição, vejamos:
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quais o autor pretende provar suas alegações, sendo este o momento correto
para que se requeira a produção específica dos meios de prova necessários para
comprovação de sua pretensão, todavia, é muito comum na praxe forense que
as partes deixem de indicar na inicial as provas a serem produzidas, fazendo-se
um pedido genérico de produção de provas, o que deve ser evitado em cumpri-
mento aos princípios que norteiam o novo CPC.
O sétimo requisito da inicial trata-se de uma inovação inserida pelo NCPC,
uma vez que a nova sistemática processual cria como regra a citação do réu para
comparecer à audiência de conciliação ou medicação e não mais para contes-
tar, como era no CPC/73. Dessa forma, a regra hoje é a citação do réu para que
compareça à audiência designada e esta não será designada somente, segundo
a norma emanada do § 4º do art. 334, em dois casos, quais sejam: se ambas as
partes manifestarem expressamente desinteresse na composição con-
sensual ou se o direito em litígio não admitir a autocomposição. A ma-
nifestação do desinteresse em composição consensual, segundo estabelece o §
5º, do art. 334 do NCPC será feito pelo autor na inicial e pelo réu nos 10 dias que
precedem à data designada para realização da referida audiência, vejamos:
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A CONSTITUIÇÃO MATERIAL
Olá, tudo bem? Venho hoje apresentar para vocês um artigo que escrevi sobre
um tema que acho de grande interesse, trata-se da tipologia das constituições
quanto ao conteúdo – constituição formal e constituição material – especialmen-
te esta última. A definição do que é constituição em sentido material é sempre
cobrada em provas objetivas e repercute em outros temas do direito constitucio-
nal, como por exemplo no controle de constitucionalidade.
A classificação das constituições em formal ou material parte do pressuposto
que estamos diante de uma constituição escrita. A constituição não escrita sem-
pre será considerada uma constituição apenas material, ou em outras palavras,
a constituição não escrita não possui normas formais e por isso não pode ter
conteúdo apenas formal.
Então, se estamos diante de uma constituição escrita, como classificar seu con-
teúdo? O que a constituição escrita traz dentro de sua forma? Temos que analisar as
normas constitucionais e do que tratam para tentar classificar a constituição como
um todo se é uma constituição formal ou material. Pelo menos assim tem feito a
maioria da doutrina e, claro, as provas de exames da OAB e concursos em geral.
Enquanto não tínhamos constituições escritas, período pré-constitucionalis-
mo, todas as constituições eram apenas constituições materiais, não tinham for-
ma e era considerada constituição aquela norma, costume, pacto que dissesse
respeito à organização fundamental do Estado e da sociedade. Já dissemos linhas
acima que se não há constituição escrita a constituição será sempre material.
Quando as constituições escritas foram produzidas, passou-se a ter a possi-
bilidade de se confrontar o conteúdo das normas da constituição escrita com a
organização fundamental do Estado e da sociedade, ou seja, passou a ser pos-
sível analisar se todas as normas da constituição escrita se adequam ao tema da
organização fundamental do Estado e da sociedade. Com essa análise veio então
a possibilidade de se ter constituição escrita que não fosse totalmente material.
No século XVIII foi fixado o conteúdo mínimo de uma constituição baseado
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constituição material.
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11 Conforme nosso colega João Trindade Cavalcante Filho. Roteiro de Direito Constitucional. 2ª edição. Obcursos Editora. 2009,
p. 37.
12 Embora não devemos esquecer daquela ressalva de que a constituição escrita pode ser complementada pelos costumes,
como é o caso da constituição americana.
13 Para o constitucionalismo social os temas da ordem econômica e social também poderiam fazer parte da constituição
material brasileira.
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Espero que estas primeiras linhas sejam úteis e contribuam para a melhor
definição do que é uma constituição material. Em outros artigos daremos outras
contribuições. Ainda tem dúvidas? Entre em contato para podermos esclarecer
esse ou outros temas: andre.concursos@gmail.com
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AÇÃO PENAL
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Essa orientação tem, por fim evitar o desamparo dos dependentes inscritos
do titular falecido quanto à assistência médica e hospitalar. Assim, deve ser as-
segurado a dependente o direito de assumir a posição de titular de plano de
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de crédito de consumidor.
O STJ já havia se manifestado no sentido de que o envio de cobrança inde-
vida não acarreta, por si só, dano moral objetivo, in re ipsa, na medida em que
não ofende direito da personalidade. Para caracterizar dano moral, há que se
considerar as peculiaridades do caso concreto, a serem alegadas e comprovadas
nos autos. Com efeito, a jurisprudência tem entendido caracterizado dano moral
quando evidenciado abuso na forma de cobrança, com publicidade negativa de
dados do consumidor, reiteração da cobrança indevida, inscrição em cadastros
de inadimplentes, protesto, ameaças descabidas, descrédito, coação, constrangi-
mento, ou interferência malsã na sua vida social, por exemplo (REsp 326.163-RJ,
Quarta Turma, DJ 13/11/2006; e REsp 1.102.787-PR, Terceira Turma, DJe 29/3/2010).
Por outro lado, a indenização por dano moral, se comprovadas consequên-
cias lesivas à personalidade decorrentes da cobrança indevida, como, por exem-
plo, inscrição em cadastro de inadimplentes, desídia do fornecedor na solução
do problema ou insistência em cobrança de dívida inexistente, tem a benéfica
consequência de estimular boas práticas do empresário. REsp 1.550.509-RJ, Rel.
Min. Maria Isabel Gallotti.
9 – O banco deve compensar os danos morais sofridos por consumi-
dor vítima de saque fraudulento que, mesmo diante de grave e evidente
falha na prestação do serviço bancário, teve que intentar ação contra a
instituição financeira com objetivo de recompor o seu patrimônio, após
frustradas tentativas de resolver extrajudicialmente a questão.
A retirada indevida de quantia depositada em conta poupança ou corrente
nem sempre gera, automaticamente, dano moral passível de indenização, pois
isso depende do exame das circunstâncias que envolveram cada hipótese sub-
metida à apreciação judicial. Entretanto, no caso posto à apreciação do STJ, em-
bora grave a falha na prestação do serviço, a instituição financeira não adotou
quaisquer providências hábeis a solucionar o problema narrado pelo consumidor,
tanto que se fez necessário o ajuizamento de uma ação judicial, em que pleite-
ado, além do dano moral, aquele de cunho patrimonial, consistente nos valores
sacados indevidamente da conta bancária. Tais circunstâncias são suficientes à ca-
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racterização do dano moral, porquanto não podem ser concebidos como meros
dissabores, inerentes à vida social. AgRg no AREsp 395.426-DF, Rel. Min. Antonio
Carlos Ferreira, Rel. para acórdão Marco Buzzi
10 – Não é abusiva a cláusula prevista em contrato de adesão que
impõe ao consumidor em mora a obrigação de pagar honorários advo-
catícios decorrentes de cobrança extrajudicial.
A cobrança, em favor do credor, de honorários advocatícios extrajudiciais é
prática muito comum e, em nada, mostra-se abusiva. Além de não causar preju-
ízo indevido para o devedor em atraso, ela tem apoio nas normas dos arts. 389,
395 e 404 do CC, as quais atribuem ao devedor a responsabilidade pelas des-
pesas e prejuízos causados em razão de sua mora ou inadimplemento, neles in-
cluindo expressamente os honorários advocatícios. Por outro lado, também está
assegurado ao consumidor, independentemente de previsão contratual, ainda
que em contrato de adesão, o mesmo direito a cobrança de honorários advoca-
tícios extrajudiciais conferido ao credor.
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tificativa plausível para a posse da parte adversa, o que faz dela injusta, têm-se
como presentes os pressupostos autorizadores da medida reivindicatória.
NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME.
(Apelação Cível N. 70054565775, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 22/08/2013)
(TJ-RS – AC: 70054565775 RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Data de Julga-
mento: 22/08/2013, Décima Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário
da Justiça do dia 26/08/2013)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REIVINDI-
CATÓRIA. PROPRIEDADE DO IMÓVEL COMPROVADA O QUE AUTO-
RIZA A IMISSÃO NA POSSE DO BEM. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA E APROFUNDAMENTO COGNITIVO EM SEDE DE AGRA-
VO DE INSTRUMENTO. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO
COM ESPEQUE NO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
I – Em ação reivindicatória a imissão na posse do imóvel deve ser garantida
se os autores comprovaram a propriedade do imóvel;
II – Segundo Lafayette, a reivindicatória pressupõe um proprietário não pos-
suidor que age contra um possuidor não proprietário, a saber, “ação pro-
posta pelo proprietário que tem o domínio e não tem a posse, contra o não
proprietário, que não tem o domínio, mas tem a posse”;
III – A alegação da agravante antiga locatária – de que o proprietário origi-
nal não lhe garantiu a preferência de compra do imóvel em igualdade de
condições, não pode impedir a imissão na posse do imóvel pela proprietária,
porquanto a comprovação da alegação exigirá dilação probatória e apro-
fundamento na cognição, o que se mostra inviável em sede de recurso de
agravo de instrumento;
IV – Recurso ao qual se nega seguimento com espeque no artigo 557 do
Código de Processo Civil.
(TJ-RJ – AI: 175525620128190000 RJ 0017552-56.2012.8.19.0000, Relator: DES.
ADEMIR PIMENTEL, Data de Julgamento: 13/06/2012, DECIMA TERCEIRA
CAMARA CIVEL)
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Oi querid@s…
Vamos hoje conversar um pouco sobre nossa prova da 2ª fase da OAB???
Então, vamos falar de alguns temas do coração.Temas que devem estar sem-
pre em mente…
Sempre digo que a FGV não sai por aí cobrando o absurdo, ela cobra o que
você deve, minimamente, ter noção no âmbito do processo civil e do civil…
É verdade que passamos por uma transição legislativa importante com o
NCPC, mas não vamos deixar nossas forças diminuírem.Vamos seguir no nosso
propósito. Estamos juntos nisso e vamos até o final…
Então, sem mais delongas, vamos juntos, pois nossa caminhada é doce e só
nos trará bons frutos…Já que nosso tema é doce, vou começar como se começa
uma cartinha de amor, afinal, estamos aqui pelo amor à nossa matéria…
Amor, para que você possa mandar super bem na prova, vou te dar alguns
conselhos:
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3. NCPC E REVELIA
Oha só, tire de sua mente que revelia é ausência de resposta. Revelia, como
diz o artigo 344, é ausência de contestação. Revelia significa ausência de contes-
tação na forma e no tempo devido. Temos três efeitos de revelia: a) presunção
de veracidade ou confissão ficta; b) julgamento antecipado da lide; c) os prazos
fluem contra o revel, sem advogado constituído, a partir da publicação.
Então imagine uma situação: pense que Joao autor da ação, com advogado,
e Antônio, réu, sem advogado nos autos. Imagine que a sentença, de parcial
procedência, foi redigida pelo magistrado e aposta nos autos no dia 05/07/2016
(terça feira), sendo publicada no diário de justiça no dia 12/07/2016, terça feira.
Quando começa a fluir o prazo para os respectivos recursos de apelação?
Veja que quando a sentença foi colocada nos autos, foi publicada efetiva-
mente, as partes já podem ter ciência e acesso. O diário de justiça é intimação
de publicação, é o judiciário dizendo: olha, a sentença foi publicada dia 05/07.
Entendeu?
Veja que para quem tem advogado nos autos os prazos começam a contar
da intimação – DJ. Para quem é revel os prazos começam independentemente
de intimação, ou seja, da publicação do ato, quando o ato foi colocado dentro
do processo.
Assim, o prazo para o réu considera-se o dia 05/07/2016 e para o autor, dia
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12/07/2016. Belezura?
Para terminar, os prazos, hoje, são em dias uteis… e mais, dias úteis são de
segunda a sexta. Para não perder o prazo em processo físico, considere o horá-
rio de expediente forense – horário de funcionamento do fórum – em BSB é de
12h as 19h; para processo eletrônico considere protocolizar sua petição até as
23h59m59s do último dia do prazo, pois se der 00:00 já era…. Legal né?!
3. ARBITRAGEM
Tema super legal que pode vir a cair em uma questão simples.
O artigo 3º do NCP diz que “não se excluirá da apreciação jurisdicional ame-
aça ou lesão a direito.” Este dispositivo prevê, em sede de legislação infraconsti-
tucional, um princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional…
até aí tudo bem…
O parágrafo primeiro diz que é permitida a arbitragem, na forma da lei.
A lei que rege a arbitragem é a lei 9307/96. Este procedimento de arbitragem
é usado por pessoas capazes de contratar para dirimir litígios relativos a direitos
patrimoniais disponíveis.Em 2015, incluiu-se a possibilidade de a administração
pública direta e indireta utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a
direitos patrimoniais disponíveis.
Mas e aí, professora, como isso pode cair?
Poderá esse tema ser cobrado em sua prova com a seguinte indagação: como
a arbitragem pode ser instituída pelas partes?
Ah, cuidado, a arbitragem pode ser instituída por meio de cláusula compro-
missória ou por meio de compromisso arbitral. Qual a diferença? Fácil, olha só:
A cláusula compromissória, também chamada de pactum de comprome-
tendo, é um pacto acessório,previsto no artigo 853 do CC. Consiste em uma
convecção prévia, mediante a qual as partes de um contrato obrigam-se a se
submeter à arbitragem , eventuais litígios decorrentes da avença. Tipo assim: a
gente faz um contrato de arrendamento e estabelece que em caso de eventual
conflito usaremos a arbitragem para solução.
Essa cláusula pode ser cheia ou vazia. Será cheia se prever todos os moldes
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4. CONTRATO DE SEGURO
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Vamos relembrar:
1. a) Sentença extra petita: o juiz concede algo diferente do que foi pedido
na petição inicial. Exemplo: o ex-marido faz o pedido na inicial requerendo a
guarda dos três filhos havidos no casamento. Ao proferir a Sentença o juiz con-
cede a ele a guarda da sogra. Portanto, diverso/distinto do que foi pedido pelo
Autor.
1. b) Sentença ultra petita: o juiz concede além do que foi pedido. Exem-
plo: o juiz, no caso anterior, além da guarda dos filhos, condena a ex-esposa ao
pagamento de pensão alimentícia ao ex-marido. Observem, que tal pedido se-
quer constava na inicial. Portanto, ao proferir a Sentença o magistrado foi além
do pedido.
1. c) Sentença infra ou citra petita: o magistrado deixa de analisar o pe-
dido em sua totalidade/parcialmente, concedendo – injustificadamente – menos
do que foi pedido. Exemplo: ainda, com base no caso exposto na letra “a”, o juiz
concede a guarda apenas do filho mais velho. Neste caso, ao preferir a Sentença
o magistrado julgou aquém do pedido.
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Bons Estudos.
Beijão Carinhoso
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Caros alunos,
dando prosseguimento ao estudo do Direito Civil para a 2ª fase, vejamos as
dicas de hoje:
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petição cujo pólo passivo é ocupado pela pessoa jurídica, que será citada para se
manifestar em 15 dias. Após o julgamento do incidente, será proferida decisão in-
terlocutória agravável. Acolhido o pedido, os tais imóveis serão considerados para
fins de partilha. O CPC/15 trata do tema como nova modalidade de intervenção
de terceiros (artigos 133-137), também admitida no âmbito dos juizados especiais.
DICA 03 – Na ação declaratória de usucapião de imóvel urbano (usucapião
constitucional urbana individual), agora submetida ao procedimento comum, há
uma requisito negativo, qual seja, o usucapiente não pode ser proprietário de
outro imóvel urbano ou rural. Além disso, a metragem da área urbana não pode
ultrapassar duzentos e cinqüenta metros quadrados. O prazo para a configura-
ção desta prescrição aquisitiva são cinco anos, e a finalidade de moradia também
deve ser demonstrada.
Neste contexto, como o usucapiente prova que não tem nenhum outro imó-
vel urbano ou rural no planeta? Prova esta impossível de ser produzida, razão
pela qual é conhecida como prova diabólica. Neste caso, o CPC/15 permite a
inversão do ônus da prova, que será atribuído à outra parte, que reúne melhores
condições de fazer prova em sentido contrário. Fala-se, desta forma, em distribui-
ção dinâmica do ônus da prova. (vide artigo 373, §1º, do CPC/15). Por fim, desta-
que-se que o requisito negativo em tela é exigido também na usucapião especial
urbana coletiva, usucapião constitucional rural e usucapião por abandono de lar.
DICA 04 – Caso o possuidor de boa-fé tenha que devolver o imóvel sobre
o qual exercia posse, em virtude de demanda reivindicatória, terá direito a ser
indenizado pelas benfeitorias empregadas no imóvel? Sim. Segundo o Código
Civil, se ao tempo da retomada do bem pelo verdadeiro titular, as benfeitorias
ainda existirem, o possuidor de boa –fé será indenizado pelas benfeitorias úteis
e necessárias. Até seu efetivo pagamento, terá direito de retenção da coisa prin-
cipal. Ademais, terá direito de levantamento das benfeitorias voluptuárias, se isto
não implicar prejuízo à coisa principal. Se o titular do bem preferir ficar com as
benfeitorias voluptuárias, deverá indenizar o possuidor de boa-fé. O valor da in-
denização será o valor atual.
E o possuidor de má-fé? Este também terá direitos, por incrível que possa
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parecer. Direito a ser indenizado pelo valor de custo das benfeitorias necessá-
rias somente. Não possui direito de retenção até ser indenizado por estas, nem
direito a ser indenizado pelas benfeitorias úteis. Também não possui direito de
levantamento das benfeitorias voluptuárias.
DICA 05 – Infelizmente nosso amigo Marcelo Morreu. Ele vivia em união
estável com Carlos e tinha somente um filho já maior de idade (Júnior), de um
primeiro relacionamento heteroafetivo. Marcelo tinha ainda os pais vivos (Ana e
Adão) e dois irmãos (Marta e Marcos). Todo patrimônio do casal foi adquirido
onerosamente e com esforço comum. Neste caso, como ficaria a divisão patri-
monial post mortem?
Carlos ficará com 50% por cento do patrimônio a título de meação – artigo
1.725 do CC/02), os outros 50% representam a herança, que será dividida entre
Carlos e o filho do de cujus, nos moldes do artigo 1.790, inciso II, do Código Civil,
in verbis: “Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão
do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união está-
vel, nas condições seguintes: (…) II – se concorrer com descendentes só do autor
da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; (…)” O
ideal então, caso haja necessidade de fazer cálculo, é utilizar o parâmetro 2X/X,
onde 2x é a cota do descendente e 1x é a cota do companheiro(a) sobrevivente.
Assim, se o valor da herança é R$ 150.000,00.
DICA 06 – Maria é pessoa idosa, mas plenamente capaz e lúcida e quer deixar
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um pingente de muito significado emocional para sua melhor amiga Zilda. Além
disso, quer deixar para esta amiga uns lenços coloridos que trouxe da Itália e um
conjunto de copinhos de tequila que trouxe do México. Ocorre que ela não quer ir
ao Cartório e gostaria de uma solução bastante simples e prática para atingir seu
objetivo. Advinha o que vamos indicar para Maria fazer? Isso mesmo! CODICILO,
entendido como uma disposição de última vontade cujo objeto são bens de pe-
quena monta, tratando-se de um documento escrito, digitado ou datilografado,
datado e assinado pelo autor da herança. (artigo 1.881 do CC/02). Lembrem-se que
há doutrinadores que chamam o codicilo de testamento anão ou modalidade de
testamento especial! Outros não lhe reconhecem natureza jurídica de testamento.
DICA 07 – Soraia quer se separar de Diogo, que também concorda com a se-
paração. Como o casal ainda não tem certeza da decisão, não querem o divórcio,
mas tão somente a separação. O casamento durou 05 anos. Desta união nasceu
Miguel, menor impúbere. Todavia, não há qualquer patrimônio a ser partilhado.
Considere que já houve foi firmado acordo judicial acerca da guarda, visitas e
alimentos para o filho. Seria cabível a separação extrajudicial feita em cartório?
Sim. Segundo o novo CPC: “Art. 733. O divórcio consensual, a separação
consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro
ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por
escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731. § 1º
A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para
qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depo-
sitada em instituições financeiras. § 2º O tabelião somente lavrará a escritura se
os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja
qualificação e assinatura constarão do ato notarial.”
Logo, considerando que o instituto da separação foi mantido pelo Novo CPC,
além de haver consenso entre o casal e de já terem sido solucionadas as questões
relativas ao filho incapaz no âmbito judicial, com intervenção do Ministério Públi-
co, fiscal da ordem jurídica, a escritura pública de separação pode sim ser feita em
cartório de notas, sem a exigência de qualquer prazo de duração do casamento.
DICA 08 – Gisele está bastante idosa e com doença degenerativa mental em
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tímulo ao ofensor. Acerca desta matéria, destaque para a Súmula 362 do Colendo
STJ. Favor não esquecer que o Brasil não adota o sistema tarifado de indenização
para danos morais e que com o novo CPC/15, a parte autora ou reconvinte não
pode deixar o valor da indenização a título de danos morais ao arbítrio do juiz,
devendo indicar o valor que entende devido em sua petição (pedidos e valor da
causa), nos moldes do artigo 292, inciso V.
Bons estudos!
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR RODRIGO COSTA
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que ensejou a decisão agravada (documentos novos exigidos pelo NCPC), pela
decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento ofi-
cial que comprove a tempestividade (inserido pelo NCPC), e pelas procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.
O art. 1.018 do NCPC, apesar de dizer que o agravante poderá requerer a
juntada da petição comunicando ao juízo a quo da referida interposição, em seu
§ 3º, prevê expressamente que o descumprimento da exigência constante do §
2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importará inadmissibilidade do
agravo de instrumento.
* De acordo com o § 2º, do art. 1.018 do NCPC, referida exigência não se im-
põe em se tratando de autos eletrônicos, nos quais também se dispensa a junta-
da dos documentos exigidos nos incisos I e II do art. 1.017, conforme prevê o § 5º
do mesmo dispositivo legal.
* O § 3º do art. 1.017 prevê que na falta de qualquer peça ou no caso de outro
vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o rela-
tor determinar a intimação do agravante para que o corrija no prazo de 5 dias, e
não mais inadmiti-lo de plano.
QUARTO PASSO: se a decisão interlocutória não se enquadrar nos incisos
elencados no art. 1.015 do NCPC, não desafiará o agravo de instrumento,
todavia, não estará sujeita à preclusão, visto que o agravo retido foi retirado
do nosso sistema jurídico, então, o jurisdicionado, se não estiver satisfeito com
uma decisão interlocutória não atacável por agravo de instrumento proferida
no processo em que for parte, deverá aguardar o momento posterior para
interpor o recurso de apelação. Observação: será a oportunidade em que
poderá arguir sua discordância com a referida decisão interlocutória e pedir sua
reforma, modificação ou revogação, nos termos dos parágrafos do art. 1.009 do
NCPC, que estabelecem o seguinte:
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. § 1º As questões resolvidas na fase de
conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento,
não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrar-
razões.
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A apelação terá cabimento contra sentença que julgue ou não o mérito, bem
como contra decisões interlocutórias não impugnáveis por agravo de instrumen-
to. Essa modalidade recursal está prevista no NCPC do art. 1.009 ao 1.014. Com
o fim do agravo retido, as decisões interlocutórias proferidas na fase de conhe-
cimento que não sejam impugnáveis por agravo de instrumento, deverão ser
impugnadas por meio de preliminar no recurso de apelação.
*Se a decisão interlocutória versar sobre uma das matérias elencadas nos inci-
sos do art. 1.015, a parte deverá interpor agravo de instrumento, sendo que, caso
não o faça, referida decisão sujeitar-se-á aos efeitos da preclusão, não podendo
ser impugnada em preliminar de apelação.
QUINTO PASSO: a apelação será interposta perante o juiz a quo, que pro-
feriu a sentença/decisão interlocutória, em petição escrita, que pode ou não ser
acompanhada de peça de interposição, desde que sejam apresentadas simulta-
neamente. A apelação, conforme regra trazida pelo art. 1.010 do NCPC, conterá:
“I – os nomes e a qualificação das partes; II – a exposição do fato e do direito; III
– as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV – o pedido
de nova decisão”.
A apelação possui efeito devolutivo e, em regra, efeito suspensivo, conforme
prevê o art. 1.012 do NCPC. O § 1º do referido artigo, traz, entretanto, as exceções
em que a apelação não possuirá efeito suspensivo, que são quando: I – homolo-
ga divisão ou demarcação de terras; II – condena a pagar alimentos; III – extingue
sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV
– julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V – confirma, concede
ou revoga tutela provisória; VI – decreta a interdição.
*Nos casos supracitados, poderá o recorrente requerer a atribuição de efeito
suspensivo ao recurso de apelação se o apelante demonstrar a probabilidade de
provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de
dano grave ou de difícil reparação, por meio de requerimento dirigido ao tribunal,
no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição,
ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; ou, então,
diretamente ao relator, se já distribuída a apelação (art 1.012, §§ 2º, 3 o e 4º ).
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR EDUARDO GALANTE
“O grande segredo de uma boa vida é encontrar qual é o seu destino. E rea-
lizá-lo” – (Henry Ford)
Olá pessoal. Tudo bem? Vamos dar sequência a nossa preparação para a 2ª
fase do Exame de Ordem? Bem… Sou o Professor Eduardo Galante e estou aqui
para trazer algumas dicas sobre a disciplina Direito Processual Civil, que fará parte
da prova de prática civil.
A dedicação e o compromisso serão os combustíveis da sua vitória, da sua
aprovação. Estudar agora é mais do que uma missão: é a certeza de uma trans-
formação de vida! Pode ter certeza: o seu nome estará entre os aprovados do
Exame de Ordem. Por parte do nosso projeto não faltará dedicação e nem ins-
trumentos didático-pedagógicos para que você estabeleça metas e estratégias
vitoriosas.
Agora, apresento a vocês uma série de dicas de prática civil elaborada com
base em pontos recorrentes da prova de 2ª fase. Minha proposta é trazer dicas
sobre assuntos que poderão ser objetos da peça processual a ser cobrada ou das
questões. Em especial e em conjunto com a Coordenação do curso publicarei
informações valiosas sobre os 4 (quatro) assuntos que já foram mais explorados
pelo Exame de Ordem desde a unificação dos certames da OAB. Vamos lá. Nesta
série apresentarei informações sobre a CONTESTAÇÃO.
A contestação pode e deve ser compreendida como a contraposição formal
ao direito de ação tal qual exercido pelo autor e materializado na petição inicial.
A contestação, neste sentido, contrapõe-se à petição inicial. A contestação é que
veicula o direito de defesa, é ela que exterioriza perante o Estado-juiz o exercício
daquele direito, tanto quanto o “direito de ação” do autor é veiculado pela peti-
ção inicial. Ela se justifica, portanto, não só em função dos princípios da “ampla
defesa” e do “contraditório”, mas também pelo próprio princípio da “isonomia” e
do “acesso à justiça”.
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• Prazo: O prazo para o réu contestar é de quinze dias. O seu termo inicial
depende de variadas hipóteses indicadas no art. 335. A primeira é a de re-
alização de audiência de conciliação ou de mediação à qual as partes ou,
pelo menos uma delas, não comparecem ou em que não houve autocom-
posição. Neste caso, os quinze dias fluirão da data da audiência (art. 335, I).
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Perempção
A perempção é pressuposto processual negativo que, se presente, inibe a for-
mação e o desenvolvimento válido do processo. É a hipótese de o autor ter for-
mulado o mesmo pedido, com base na mesma causa de pedir em face do réu três
vezes anteriores e ter dado ensejo à extinção do processo sem resolução de mérito
por abandono de causa em cada uma delas. O § 3º do art. 486 veda que o autor
requeira, ao Estado-juiz, pela quarta vez, aquela mesma tutela jurisdicional em face
do réu, ainda que resguarde a ele a possibilidade de alegar seu direito em defesa.
Conexão
A conexão é fator que modifica a competência de um juízo para o outro, nos
casos disciplinados pelos arts. 54 e 55. Trata-se, como se lê do art. 54 da hipótese
em que duas demandas, por terem em comum o pedido ou a causa de pedir, de-
vem tramitar perante o mesmo juízo. O objetivo da regra é evitar o proferimento de
decisões conflitantes e, até mesmo, incompatíveis entre si o que é possível (mas ab-
solutamente indesejável) dada a identidade dos elementos de ambas as demandas.
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Convenção de arbitragem
Convenção de arbitragem é gênero do qual são espécies a cláusula compro-
missória (cláusula inserida em contratos que prevê, entre os contratantes, a sub-
missão de qualquer ou de um específico litígio a um “juízo arbitral” e não a um
“juízo estatal”) e o compromisso arbitral (convenção firmada entre as partes pela
qual submetem um específico litígio concreto a um “juízo arbitral” e não ao “juí-
zo estatal”). Do ponto de vista do direito processual civil, é mais um pressuposto
processual negativo.
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Defesas de mérito
As “defesas de mérito”, também chamadas de “defesas substanciais” não se
voltam a questionar a regularidade do processo em si mesmo considerado ou
do exercício do direito de ação que provocou e anima o exercício da atividade
jurisdicional. Elas, como seu próprio nome sugere, voltam-se ao “direito material”,
ao “conflito de interesses” retratado pelo autor em sua petição inicial, do qual ele
pretende determinadas consequências em face do réu. Elas se voltam, destarte,
ao pedido de tutela jurisdicional formulado pelo autor.
O “mérito” baseia-se necessariamente em pelo menos um fato e nas consequ-
ências jurídicas que, na visão do autor, emanam deste fato e que justificam a pres-
tação da tutela jurisdicional por ele pretendida. Estes fatos e estes fundamentos
jurídicos correspondem (e têm que corresponder, sob pena de inépcia da inicial)
à causa de pedir descrita na petição inicial e conduzem (e têm que conduzir, tam-
bém sob pena de inépcia da inicial) ao pedido.
A defesa a ser apresentada pelo réu nessa perspectiva merece ser estudada
a partir de uma distinção bem aceita pela doutrina. A defesa pode ser direta ou
indireta. A defesa que negar o fato constitutivo do direito do autor ou que negar
as consequências jurídicas pretendidas pelo autor é direta. Em tais casos, a defesa
dirige-se à própria pretensão do autor visando ao desfazimento dos fundamen-
tos de fato e/ou de direito e, consequentemente, de seu pedido. A defesa indire-
ta caracteriza-se pela aceitação dos fatos e das consequências jurídicas trazidas
pelo autor pelo réu. Só que o réu, ao fazê-lo, leva ao processo novos fatos que
têm o condão de extinguir, impedir ou modificar os fatos e/ou as consequências
jurídicas pretendidas pelo autor. São as chamadas “exceções substanciais”, que
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA PATRÍCIA DREYER
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ROBERTA QUEIROZ
Oi amores,
vamos conversar mais um pouco sobre nossa prova da OAB que se aproxima,
pois só os fortes escolhem nossas queridíssimas disciplinas de civil e processo
civil… é isso aí, somos demais…
E, especialmente hoje, vamos falar de detalhes trazidos em decisões do STJ…
Então, vamos começar???
Gente, precisamos estar sempre atentos ao que o STJ diz, principalmente de-
pois da inserção no NCPC sobre os precedentes judiciais…
O STJ, recentemente, decidiu sobre litisconsórcio em ação demarcatória e, na
oportunidade, ficou detalhado que é um litisconsórcio facultativo, vejamos:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. HIPÓTESE DE INEXISTÊNCIA DE LITIS-
CONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO EM AÇÃO DEMARCATÓRIA. Em ação
demarcatória de parte de imóvel, é facultativo – e não necessário – o litisconsór-
cio passivo entre o réu e os confinantes da área do bem que não é objeto de de-
marcação. Nas demarcatórias parciais, há o litisconsórcio passivo necessário entre
demandante e os vizinhos lindeiros da área específica cuja demarcação é preten-
dida. É essa a única interpretação cabível do disposto no art. 950 do CPC/1973.
Tratamento diverso se dá aos demais confinantes da área que não é objeto de
demarcação, pois, quanto a estes, não há litisconsórcio passivo necessário, ape-
nas facultativo. Nesse sentido, há entendimento doutrinário sobre o art. 950 do
CPC/1973, segundo o qual, “são legitimados passivamente todos os confinantes
da área demarcanda; se a demarcação for parcial, são réus os confinantes da área
a ser demarcada, e não os demais, o que é óbvio”. REsp 1.599.403-MT, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, julgado em 23/6/2016, DJe 1/7/2016.
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Ainda, em tempo, vamos observar que o STJ decidiu que “a ausência de regis-
tro da hipoteca em cartório de registro de imóveis não afasta a exceção à regra
de impenhorabilidade prevista no art. 3º, V, da Lei n. 8.009/1990, a qual autoriza
a penhora de bem de família dado em garantia hipotecária na hipótese de dívida
constituída em favor de entidade familiar. A hipoteca é um direito real de garantia
(art. 1.225, IX, do CC) incidente, em regra, sobre bens imóveis e que dá ao credor
o poder de excutir o bem, alienando-o judicialmente e dando-lhe primazia sobre
o produto da arrematação para satisfazer sua dívida. Por um lado, a constituição
da hipoteca pode dar-se por meio de contrato (convencional), pela lei (legal)
ou por sentença ( judicial) e, desde então, já tem validade inter partes como um
direito pessoal. Por outro lado, nos termos do art. 1.227 do CC, só se dá a cons-
tituição de um direito real após a sua inscrição no cartório de registro de imóveis
da circunscrição imobiliária competente. Assim é que essa inscrição confere à
hipoteca a eficácia de direito real oponível erga omnes. Nesse sentido, há enten-
dimento doutrinário de acordo com o qual “Somente com o registro da hipoteca
nasce o direito real. Antes dessa providência o aludido gravame não passará de
um crédito pessoal, por subsistente apenas inter partes; depois do registro, vale
erga omnes“. Se a ausência de registro da hipoteca não a torna inexistente, mas
apenas válida inter partes como crédito pessoal, a ausência de registro da hipo-
teca não afasta a exceção à regra de impenhorabilidade prevista no art. 3º, V, da
Lei n. 8.009/1990.” Esse tema foi discutido no REsp 1.455.554-RN, cujo relator foi
o Ministro João Otávio de Noronha, publicado no DJe em 16/6/2016. A ementa
deste julgado foi “DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PENHORABILIDADE DE
BEM DE FAMÍLIA IMÓVEL DADO EM HIPOTECA NÃO REGISTRADA” (fonte: STJ)
Informação top…
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Gente, como estamos nessa pegada, com decisões interessantes do STJ, va-
mos observar que a teoria da imprevisão tem assento no Código Civil.
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fontes para estender a todo direito das obrigações regra incidente apenas no
microssistema do direito do consumidor. De outro modo, a teoria da quebra da
base objetiva poderia ser invocada para revisão ou resolução de qualquer con-
trato no qual haja modificação das circunstâncias iniciais, ainda que previsíveis,
comprometendo em especial o princípio pacta sunt servanda e, por conseguinte,
a segurança jurídica. Por fim, destaque-se que, no tocante às relações contratu-
ais puramente civis, quer dizer, ao desamparo das normas protetivas do CDC, a
adoção da teoria da base objetiva, a fim de determinar a revisão de contratos,
poderia, em decorrência da autuação jurisdicional, impor indesejáveis prejuízos
reversos àquele que teria, em tese, algum benefício com a superveniência de fa-
tos que atinjam a base do negócio. (REsp 1.321.614-SP, Rel. Originário Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, Rel. Para acórdão Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado
em 16/12/2014, DJe 3/3/2015.) (fonte: STJ)
Temas interessantes, né?!
Bom, dia 04/09 e volto com mais temas tops para a prova da OAB…
“Xêro” grande…
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR EDUARDO GALANTE
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ESTUDAR E TRANSFORMAR!
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA RAQUEL BUENO
Caros alunos,
dando prosseguimento ao estudo do Direito Civil para a 2ª fase, vejamos as
dicas de hoje:
DICA 01 – Olha o que aconteceu com nosso amigo Olavo. Ele adquiriu um
imóvel do amigo Célio em 2010. Todavia, não transferiu o imóvel para seu nome
no registro imobiliário por falta de recursos para o recolhimento de emolumen-
tos cartorários e tributos. Em 2016, quando Olavo resolve fazer a transferência
do bem para seu nome, descobre que há uma constrição judicial sobre o bem
(penhora), oriunda de um processo de execução autônoma promovida por Helen
contra Célio, distribuída em janeiro de 2015, tendo a indicação do bem à penhora
partido da exequente. Diante da referida situação, qual medida judicial você re-
comendaria? EXATO!!! EMBARGOS DE TERCEIRO!
Trata-se de procedimento especial de jurisdição contenciosa, que visa a des-
constituição da constrição judicial indevida. A petição inicial deve ser distribuída
por dependência ao juízo que determinou a constrição, com autuação apartada.
A concessão de liminar para a suspensão das medidas constritivas ou manuten-
ção/reintegração provisória da posse exige requerimento expresso do embar-
gante, e pode ser condicionada à prestação de caução pelo requerente, ou so-
mente ser acolhido o pleito provisório do embargante após audiência preliminar
designada pelo juízo competente.
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DICA 02 – Você já ouviu a triste expressão “carro, arma e mulher” não se em-
prestam. Pois bem. Considere que Judite emprestou seu carro para a amiga Júlia.
Esta, de forma negligente, colide no veículo de Alice. Alice promove demanda inde-
nizatória em face da titular formal da coisa, Judite. Esta apresenta contestação após
frustração da audiência de conciliação/mediação, alegando em preliminar a sua ile-
gitimidade (artigo 337, XI, do CPC/15). Ato contínuo, afirma que o carro fora em-
prestado na data dos fatos e que a responsabilidade é da condutora Júlia (qualifican-
do-a). O magistrado abre prazo para a autora se manifestar. O que você alegaria?
UHUUUUUUUUU! Aplicação do artigo 339 do Novo CPC! Em caso de empréstimo
de veículos, a responsabilidade passa a ser solidária entre comodante e comodatá-
rio! Logo, a autora deve pedir a inserção do nome da condutora também no polo
passivo da demanda, criando uma situação de litisconsórcio superveniente, faculta-
tivo e simples!!!!! Para ratificar a solidariedade ora apontada, segue julgado do STJ:
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Este prazo de 20 anos está correto? Muito estranho, porque para adquirir a
propriedade de imóvel via usucapião, o prazo máximo do CC/02 é de 15 anos.
Verdade! Quando o CC/02 entrou em vigor, houve a redução dos prazos prescri-
cionais e esqueceu-se de alterar a parte da servidão, pronto falei! Mas no intuito
de corrigir tal problema, há o Enunciado 251, da III Jornada de Direito Civil, que
se segue:
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR RODRIGO COSTA
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O NCPC, em seu artigo 1.042, que trata do recurso de agravo contra decisão
que inadmite o resp e/ou re, estabelece o seguinte:
• 1º Revogado
• 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do
tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais,
aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos,
inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação.
• 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo
de 15 (quinze) dias.
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O agravo da decisão que inadmite o Resp e/ou Re (art. 1.042), será dirigido
ao Presidente ou Vice-Presidente do tribunal de origem, no prazo de 15
(quinze) dias, por meio de petição escrita, sendo que não é necessário
o recolhimento de preparo, segundo o § 2º do referido artigo.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ROBERTA QUEIROZ
Oi meus amores, tudo bem com vocês?
Então, voltamos para comentar mais um pouco sobre nossa provinha que se
aproxima.
E, hoje, vamos tecer mais algumas considerações que são relevantes para o
seu excelente desempenho na prova.
Vamos nessa!
Gente, esse tema vem exposto no artigo 442 e seguintes do novo CPC. Lem-
bre-se que testemunha é aquela pessoa alheia ao litígio que presta declaração
sobre os fatos pertinentes e relevantes ao deslinde da causa.
O processo civil adota o sistema de valoração de prova como sendo o sistema
da persuasão racional ou convencimento motivado.
Nesse campo, o juiz deverá apreciar a prova e fundamentar sua decisão, sem-
pre buscando a verdade real.
O Código Civil estipulava que a prova exclusivamente testemunhal somente seria
admitida nos contratos cujo valor não excedesse o décuplo do salário mínimo vi-
gente, ou seja, dez vezes o valor do salário mínimo. Essa regra não existe mais, pois,
pela regra do NCPC, a prova exclusivamente testemunhal será sempre admitida,
conforme artigo 442 do NCPC. Veja, inclusive, que não há hierarquia entre as provas.
Nesse ponto, quem pode ser testemunha?? O artigo 447 do NCPC expõe que
“Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impe-
didas ou suspeitas.”
E quem são esses incapazes, impedidos ou suspeitos???
São incapazes:
I – o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II – o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em
que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor,
não está habilitado a transmitir as percepções;
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São impedidos:
I – o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer
grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguini-
dade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa
relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o
juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II – o que é parte na causa;
III – o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante
legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham
assistido as partes.
São suspeitos:
I – o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II – o que tiver interesse no litígio.
Mas cuidado, pois, sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das
testemunhas menores, impedidas ou suspeitas, podendo ser independentemente
de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
Show!!!
Não podemos deixar de observar que a prova pericial é aquela realizada por
alguém que detém conhecimento técnico ou cientifico específico sobre determi-
nado assunto, podendo ser feita por meio de vistoria, exames ou avaliações.
Veja que o o juiz indeferirá a perícia quando: I – a prova do fato não depender
de conhecimento especial de técnico; II – for desnecessária em vista de outras
provas produzidas; III – a verificação for impraticável.
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Outro ponto relevante é que “de ofício ou a requerimento das partes, o juiz
poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica simpli-
ficada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade. A prova téc-
nica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre
ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou
técnico. Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica
específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer re-
curso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os
pontos controvertidos da causa.”
Sobre o tema, temos as seguintes súmulas do coração:
Súmula 261 do STF: Para a ação de indenização, em caso de avaria, é dis-
pensável que a vistoria se faça judicialmente.
Súmula 232 do STJ: A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica su-
jeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito.
E uma pergunta final: as partes podem escolher o perito???
O artigo 471 traz a resposta: As partes podem, de comum acordo, escolher
o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que: I – sejam plenamente
capazes; II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
• 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assisten-
tes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em
data e local previamente anunciados.
• 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, lau-
do e pareceres em prazo fixado pelo juiz.
• 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada
por perito nomeado pelo juiz.
•
FUNDAMENTAÇÃO DE DECISÃO NO NCPC
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PRECEDENTES NO NCPC
Já que estamos falando de precedentes, que tal recordar que hoje temos um
artigo específico?!
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
I – as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade;
II – os enunciados de súmula vinculante;
III – os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de
demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV – os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria
constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
V – a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.
Veja que neste rol teremos precedentes vinculantes ou obrigatórios e prece-
dentes meramente persuasivos ou não vinculantes – jurisprudência persuasiva.
Tudo bem, amig@s?!
Voltarei depois com mais dicas.
Beijo grandão.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR RODRIGO COSTA
Caros colegas, hoje darei algumas dicas sobre tópicos que podem ser cobra-
dos na 2ª fase do exame de ordem.
O primeiro ponto a ser abordado é relativo aos ritos/procedimentos no atual
CPC, pois no CPC/73 os procedimentos eram divididos em comum e especial,
sendo, o rito comum, subdividido em ordinário e sumário. Para fixarmos o rito a
seguir, tínhamos que verificar se nossa demanda se enquadrava dentre aquelas
previstas no art. 3º da Lei n. 9.099/95, pois, se preenchidos os demais requisitos,
o valor da causa seria o determinante para fixação do rito, uma vez que, segundo
o inciso I, se o valor da causa fosse igual ou inferior a 40 salários mínimos, o rito
a ser adotado seria o sumaríssimo.
Se o valor da causa fosse superior a 40, mas menor ou igual a sessenta salários
mínimos, o rito a ser adotado seria o rito sumário, conforme estabelecia o inciso
I, do art. 275 do CPC/73. Por outro lado, se o valor da causa fosse superior a 60
salários mínimos, porém, versasse sobre uma das hipóteses previstas no inciso II,
do art. 275 do CPC/73, o rito seria o sumário, independente do valor da causa.
Dessa forma, se sua situação hipotética não se enquadrasse no rito sumaríssi-
mo (art. 3º da 9.099/95), nem no art. 275, incisos I e II do CPC/73 (rito sumário),
de forma residual, estaríamos diante da regra quanto aos ritos do processo civil,
qual seja, o rito ordinário (art. 282/73).
O art. 318 do NCPC estabelece que os ritos são divididos em duas espécies,
quais sejam: comum e especial, não havendo mais subdivisões quanto ao rito
comum, ou seja, o NCPC excluiu a subdivisão do rito comum em ordinário e su-
mário. Diante dessa situação ficaria a seguinte questão: e as ações que adotaram
o rito sumário e que ainda estão em trâmite, como ficarão? A resposta dessa
indagação está no § 1º, do Art. 1.046 do NCPC, segundo o qual: As disposições
da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos
procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas
e não sentenciadas até o início da vigência deste Código, ou seja, nos processos
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que adotaram o rito sumário, previsto no CPC/73, este será o rito seguido até a
extinção do feito, mesmo que isso se dê na vigência do NCPC.
Outro ponto de extrema importância está relacionado às causas que, inde-
pendente do valor, adotariam o rito sumário, conforme estabelecia o inciso II, do
art. 275/73, quais sejam:
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via ter-
restre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de
veículo, ressalvados os casos de processo de execução;
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto
em legislação especial;
g) nos demais casos previstos em lei.
g) que versem sobre revogação de doação;
h) nos demais casos previstos em lei.
Agora, com a extinção do rito sumário pelo NCPC, referidas hipóteses ado-
tarão o rito especial da lei 9.099/95, conforme estabelece o art. 1.063 do NCPC,
vejamos:
Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos
na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, continuam competentes para o
processamento e julgamento das causas previstas no art. 275, inciso II, da Lei
no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
Desta forma, se a lide versar sobre uma das hipóteses previstas no art. 275,
inciso II do CPC/73, hoje, na vigência do NCPC, adotará o rito especial da Lei n.
9.099/95, conforme estabelece o art. 1.063 do NCPC c/c art. 3º, inciso II, da Lei n.
9.099/95.
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O CPC/73 estabelecia, em seu art. 407, que o rol de testemunhas seria apre-
sentado nos termos e prazo ali estabelecidos, vejamos: Incumbe às partes, no
prazo que o juiz fixará ao designar a data da audiência, depositar em cartório
o rol de testemunhas, precisando-lhes o nome, profissão, residência e o local
de trabalho; omitindo-se o juiz o rol será apresentado até 10 (dez) dias antes da
audiência.
O NCPC alterou essa regra, conforme se verifica através da análise da norma
prevista no art. 357, que trata da decisão de saneamento e organização do pro-
cesso, que, em seu parágrafo 4º estabelece que caso tenha sido determinada a
produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a
15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol das testemunhas que pre-
tendem ouvir em juízo na Audiência de Instrução e Julgamento.
Cuidado: caso o juiz tenha designado audiência de saneamento e organiza-
ção do processo, intimando as partes para nela comparecerem, conforme esta-
belece o par. 3 o, do artigo 357 do NCPC, pois, neste caso, o rol de testemunhas
será apresentado no dia da referida audiência, conforme se depreende da norma
emanada do parágrafo 5 o, do referido dispositivo legal, que prevê o seguinte:
Na hipótese do § 3º, as partes devem levar, para a audiência prevista, o
respectivo rol de testemunhas.
Outro ponto de grande relevância está ligado à obrigação de intimar as tes-
temunhas da data designada para realização da audiência de instrução e julga-
mento, pois no CPC/73 essa obrigação era do Poder judiciário.
Acontece que, o NCPC, em seu artigo Art. 455, estabelece que caberá ao
advogado informar ou intimar as testemunhas por ele arroladas do dia, da hora
e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo, deven-
do, segundo prevê o § 1º , referida intimação, realizar-se por carta com aviso de
recebimento, devendo o advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo
menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação
e do comprovante de recebimento. Aliado a esse fundamento, o § 3º do referido
dispositivo legal estabelece que a inércia na realização da intimação a que se re-
fere o § 1º importa em desistência da inquirição da testemunha.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA PATRÍCIA DREYER
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Ementa
DIREITO PROCESSUAL. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (ART.
543-C, CPC). DIREITOS METAINDIVIDUAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APADECO X
BANESTADO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. ALCANCE SUBJETIVO DA SENTEN-
ÇA COLETIVA. LIMITAÇÃO AOS ASSOCIADOS. INVIABILIDADE. OFENSA À COISA
JULGADA. MULTA PREVISTA NO ART. 475-J, CPC. NÃO INCIDÊNCIA.
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O julgado fala exatamente do artigo 103 do CDC que ensina que nos casos de
direitos coletivos, a coisa julgada terá efeitos ultra partes, limitado ao grupo, cate-
goria ou classe, e afastar tais efeitos violaria a coisa julgada produzida. Aplicação
fiel do disposto na norma consumerista.
6 – REsp 1243887 / PR, RECURSO ESPECIAL 2011/0053415-5 Relator(a) Mi-
nistro LUIS FELIPE SALOMÃO, Órgão Julgador CE – CORTE ESPECIAL Data do
Julgamento 19/10/2011
Ementa
DIREITO PROCESSUAL. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (ART.
543-C, CPC). DIREITOS METAINDIVIDUAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APADECO X
BANESTADO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. EXECUÇÃO/LIQUIDAÇÃO INDIVI-
DUAL. FORO COMPETENTE. ALCANCE OBJETIVO E SUBJETIVO DOS EFEITOS
DA SENTENÇA COLETIVA. LIMITAÇÃO TERRITORIAL. IMPROPRIEDADE. REVISÃO
JURISPRUDENCIAL. LIMITAÇÃO AOS ASSOCIADOS. INVIABILIDADE. OFENSA À
COISA JULGADA.
A decisão acima fala e faz aplicar exatamente dos limites geográficos postos
no artigo 98 do CDC que reza que execução poderá ser coletiva, sendo pro-
movida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas
indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do
ajuizamento de outras execuções e que o foro competente para a execução será
o da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de execução indi-
vidual; ou da ação condenatória, quando coletiva a execução.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ROBERTA QUEIROZ
Olá meus amores estamos aqui para mais dia de dicas importantes pra nossa
prova da OAB…
Vamos juntos nessa conquista de aprovação na nossa prova e, hoje, vamos
comentar alguns pontos importantes do Direito Civil que já foram abordados na
segunda fase da prova da OAB, vamos nessa???
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prestação diversa da que lhe é devida. Ou seja, nesse aspecto devemos levar em
consideração que o credor não é obrigado a receber pressão diversa, mas se ele
concordar haverá o pagamento especial denominado dação em pagamento.
Em algumas provas anteriores da OAB, a FGV já cobrou alguma questão abor-
dando dação em pagamento. Assim, se em algum item for indagado se o credor
é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, a resposta será ne-
gativa. Contudo, ele pode consentir, e se consentir haverá o fenômeno da dação
em pagamento, cuja previsão está no artigo 356 do Código Civil.
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COMPENSAÇÃO NO PAGAMENTO
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diferentes entre uma e outra, não impedem a compensação, mas deve-se ter cui-
dado, pois o próprio artigo 373 revela que as causas não impedem a compensa-
ção, mas se forem provenientes de esbulho, furto ou roubo; se uma se originar de
comodato, deposito ou alimentos; se uma for de coisa não suscetível de penhora,
não haverá então compensação.
Também é possível uma exclusão consensual da compensação – o artigo 375
do Código Civil diz que não haverá compensação quando as partes, por mútuo
acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.
Se uma mesma pessoa estiver obrigada por várias de dívidas compensáveis,
serão observadas, no compensá-las, a regra estabelecida quanta imputação do
pagamento.
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
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Observe, então, que a imputação é direito do devedor e caso ele não faça, ao
receber o pagamento, o credor terá o direito de imputar qual foi pago, se o de-
vedor não fizer a referida indicação. Contudo, se a quitação dada pelo credor for
omissa em relação à imputação, esta acontecerá nas dívidas líquidas e vencidas
em primeiro lugar, mas se todas forem vencidas ao mesmo tempo, a imputação
far-se-á na mais onerosa.
Por hoje é só…
Bjs
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PROFESSORA ANELISE MUNIZ
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não
poderá aproveitar-se de sua recusa.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova
que se pretendia obter com o exame.
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“[…] a intimidade do pai não é mais forte que o direito do filho de ter asse-
gurado, como consequência da atitude paterna menos digna, o seu direito
à cidadania ampla é à própria dignidade pessoal decorrente do reconheci-
mento. (MARTINS, Ives Gandra da Silva. O exame de DNA como meio de
prova – aspectos constitucionais. Grandes temas da atualidade. DNA como
meio de prova da filiação. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 128) ”
Dessa forma, ficou claro que a paternidade presumida é relativa, tendo o réu
o direito de produzir provas em contrário, a fim de impugnar a paternidade.
Significa dizer, pois, que a recusa em realizar o exame de DNA não se equivale à
confissão.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA RAQUEL BUENO
1ª DICA – Meus amores! Que saudade de vocês! Imagine que Artur foi esbu-
lhado da posse de seu imóvel situado na cidade satélite do Gama – DF. Isso acon-
teceu há exatos três meses e ele quer reverter a situação (retomada da posse). O
esbulho foi praticado por um primo, que se aproveitou da ausência de Artur, que
viajou para cuidar do pai doente em outro estado. Quando retornou, o primo já
havia se apossado do bem. Neste caso, qual a medida judicial cabível?
Resposta: Ação de Reintegração de Posse de Força Nova. Procedimento
especial de jurisdição contenciosa. O juízo cível é o competente e o foro é o do
local onde situada a coisa (Gama – DF), tratando-se, excepcionalmente, de com-
petência territorial absoluta (artigo 47, §2º, do CPC/15).
Neste caso, demonstrado o esbulho, a posse anterior e a data do esbulho
(menos de ano e dia do ajuizamento da ação), cabe liminar, que será concedida
inaudita altera pars (independentemente da oitiva prévia do réu). Todavia, em
caso de dúvida, o juiz designará audiência de justificação prévia (artigo 562 do
CPC/15), oportunidade na qual poderá conceder a prestação jurisdicional anteci-
pada (satisfativa), provisória, por meio de cognição sumária. Não se esqueça de
que é permitida a cumulação de pedidos, além da pretensão possessória (artigo
555 do CPC/15), e de que a intimação do MP (fiscal da ordem jurídica) só é ne-
cessária caso se trate de litígio coletivo pela posse de terra rural ou urbana (artigo
178, do CPC/15).
2ª DICA – Agora é conversa de gente grande! Quem faz a admissibilidade e
o julgamento do IRDR – Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas?
Em ambas as hipóteses é o órgão colegiado indicado pelo Regimento Interno do
respectivo TJ/TRF. Uma vez admitido o IRDR, o relator determinará a suspensão
de todos os processos pendentes, envolvendo a mesma matéria de direito, na-
quele estado ou região. Tal suspensão poderá ser parcial, se o processo pendente
apresenta outras pretensões, caso típico de cumulação de pedidos (vide Enuncia-
do 205 do FPPC – Fórum Permanente de Processualistas Civis.).
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Sentença
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A novidade fica por conta do §7º do aludido artigo, que passa a não admitir
o parcelamento na fase de cumprimento de sentença, admitido no CPC/73, por
força da doutrina/jurisprudência.
6ª DICA – Isaura te procura e diz: “(…) estou me relacionando afetiva e sexu-
almente com uma pessoa há 10 (dez) anos. Não moramos juntos, uma vez que
cada um preferiu ficar em seu respectivo apartamento, mas construímos patri-
mônio conjunto. Temos conta bancária conjunta e sou dependente dele (Aroldo),
no plano de saúde da empresa onde ele trabalha. Nossas famílias se conhecem
e nossos amigos são comuns. Nos apresentamos socialmente como se casados
fôssemos, mas como não moramos na mesma casa e não temos filhos, entendo
que tal relação é de um simples namoro.” Você concorda?
Será que se trata de um namoro qualificado? Sobre este tema, o Colendo
STJ já se manifestou, conforme o julgado abaixo selecionado:
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ROBERTA QUEIROZ
Olá meus amores, estamos na reta final para a nossa provinha de segunda fase…
Vamos fechar nossas dicas hoje com alguns pontos de recordação do direito
civil e do processo civil, vamos misturar tudo; não pode esquecer….
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens mó-
veis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o
foro de situação da coisa. § 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu
ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizi-
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INCOMPETÊNCIA
CÔNJUGES NO PROCESSO
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PRAZOS RECURSAIS
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EMBARGOS A EXECUÇÃO
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA PATRÍCIA DREYER
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ANELISE MUNIZ
Para que uma decisão proferida pelo Poder Judiciário de outro país possa
produzir os mesmos efeitos no Brasil é necessário o reconhecimento pela
Justiça brasileira. E, somente após a homologação, a sentença estrangeira
terá eficácia no Brasil.
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Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
1º Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, ver-
dadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter infor-
mações negativas referentes a período superior a cinco anos.
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SÚMULA N. 449
(DIREITO DE FAMÍLIA – BEM DE FAMÍLIA)
“A VAGA DE GARAGEM QUE POSSUI MATRÍCULA PRÓPRIA NO REGISTRO
DE IMÓVEIS NÃO CONSTITUI BEM DE FAMÍLIA PARA EFEITO DE PENHORA”.
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DIREITO PENAL
DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO DAHER
CONCURSO DE PESSOAS
Os crimes podem ser praticados por uma só pessoa ou por várias pessoas. Em
relação a necessidade de um crime ser praticado por uma ou por várias pessoas
temos a seguinte classificação:
Crime de concurso necessário (plurisubjetivos): quando o crime só pu-
der ser cometido com a intervenção de mais de uma pessoa a pluralidade de
pessoas intervindo no fato é exigência típica – só haverá a caracterização do cri-
me com o concurso de pessoas. Ex.: quadrilha ou banco (art. 288 – Associarem-
-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes), paralisação
de trabalho (art. 201 – Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho,
praticando violência contra pessoa ou contra coisa. Parágrafo único – Para que se
considere coletivo o abandono de trabalho é indispensável o concurso de, pelo
menos, três empregados). Rixa (art. 137- Participar de rixa, salvo para separar os
contendores). Obs.: tipo penal não precisa quantificar o número de pessoas para
que ele seja de concurso necessário, bastando que, pela sua definição ele não
possa ser realizado por uma única pessoa. Existe uma subclassificação dos crimes
de concurso necessários que leva em conta a postura dos infratores em relação
ao concurso (finalidade da união): a) crimes de condutas paralelas (os concorren-
tes se auxiliam – como no crime de quadrilha ou bando); b) crimes de conduta
convergente (as ações dos concorrentes se fundem para resultar o crime – como
a bigamia ou o já revogado adultério); c) crimes de condutas contrapostas: os
concorrentes agem uns contra os outros – como na rixa).
Crime de concurso eventual (unisubjetivos ou mosossubjetivos): o cri-
me, via de regra, pode ser cometido por uma só pessoa. Isso não impede que
ele seja cometido por várias pessoas em concurso. Neste caso então o concurso
de pessoas não é um exigência típica (dado inafastável para caracterização do
crime) e sim algo eventual.
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO MILHOMEM
Querida Aluna,
Querido Aluno,
Aproxima-se a 2ª fase do XX Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil; e, assim, gostaria de dividir com vocês alguns temas de inte-
resse no Processo Penal, com alta possibilidade de serem cobrados na sua prova.
Então, vamos ao trabalho!
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Prisão cautelar
A Constituição Federal dispõe que ninguém será preso senão em flagrante
delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competen-
te, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, defini-
dos em lei (CF/88, art. 5º, LXI).
Os crimes militares são previstos em legislação especial, o Código Penal Mili-
tar; bem como o procedimento para o julgamento dos autores dos crimes milita-
res segue rito próprio, previsto no Código de Processo Penal Militar.
A prisão disciplinar encontra previsão em legislação extravagante, sendo que
a Constituição da República (art. 142, §2º) proíbe a impetração de habeas corpus
com o objetivo de reexaminar o mérito de ato administrativo que determina pu-
nição disciplinar militar, sendo viável, contudo, a utilização do remédio constitu-
cional quanto aos vícios de legalidade do referido ato.
Prisão temporária
Prisão temporária é a prisão provisória praticada no curso do inquérito poli-
cial, cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação policial, fundamentada na
imprescindibilidade das investigações dos crimes especificados na Lei n. 7960/89.
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR JOSÉ CARLOS
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Por fim, o art. 654, § 1º, do CPP estabelece os requisitos da petição do Habeas
Corpus, os quais consistem:
1. A) O nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência
ou coação […].” Trata-se da identificação do paciente.
2. B) O nome “de quem exercer a violência, coação ou ameaça”. Obs:
Tratando-se de Habeas Corpus destinado á cessação do constrangimento pelo
particular, por exemplo, um gerente de hotel que impede a saída do hóspede
enquanto não houver o pagamento dos débitos, entende-se ser indispensável à
identificação pelo nome, basta declinar a função ou cargo do coator.
3. C) A “declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de
simples ameaça de coação, as razões que geraram o temor”.
Dica: é imprescindível que a petição demonstre a ilegalidade do constrangi-
mento sofrido ou ameaçado. Assim, deverá expor as razões de fato e de direito
que demonstrem a coação.
1. D) A “assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando
não souber ou não puder escrever”. Também a designação das respectivas
residências.
Cuidado: Não se admite a petição apócrifa (sem subscrição). Destarte, não
sabendo ou não podendo assinar o impetrante, alguém deverá subscrever a seu
rogo, sob pena de indeferimento ou não conhecimento.
BONS ESTUDOS E MUITO SUCESSO NA PROVA DA OAB!
ABRAÇOS DO PROFESSOR JC!
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR MARCELO FERREIRA
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FELIPE LEAL
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A Lei n. 11.343/2006, em seu art. 33, §4º, estabeleceu que, no caso de tráfico
de drogas, as penas possam ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que
o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades cri-
minosas nem integre organização criminosa.
Antes, o entendimento era no sentido de a causa de diminuição de pena, em
comento, não afastar a hediondez do crime. Foi editada, inclusive, a Súmula 512
do STJ: “a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da
Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas”.
Ocorreu que, na sessão do dia 23 de junho de 2016, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal (STF) entendeu que o chamado tráfico privilegiado não mais
deve ser considerado crime de natureza hedionda (Habeas Corpus 118533), alte-
rando o entendimento sobre o assunto.
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO MILHOMEM
A Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LV, preceitua que aos litigantes,
em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Ampla defesa, no processo penal, em suma, significa a possibilidade de o
acusado valer-se de todos os meios admitidos em direito com o fim de afastar a
pretensão punitiva do Estado. A jurisprudência, inclusive, reconhece que, mes-
mo a prova ilícita, quando utilizada para comprovar a inocência do acusado no
processo, deva ser considerada pelo juiz da causa, em face da supremacia do jus
libertatis quando comparado com o jus puniendi do Estado.
A plenitude de defesa, por sua vez, não restringe a defesa processual aos
argumentos estritamente jurídicos, podendo-se inclusive apelar, por exemplo,
à piedade do julgador, desnecessidade de condenação para ressocialização, e
mesmo o time do coração do acusado!
Esta, a plenitude de defesa, no entanto, não é princípio aplicável a todo e
qualquer crime, mas tão somente àqueles dolosos contra a vida; de competência,
portanto, do Tribunal do Júri. Assim dispõe a CF/88, no art. 5º, XXXVIII, a.
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR BRUNO DE MELLO
Caros alunos,
Dando continuidade ao projeto “Regressiva 30 dias OAB”, vamos debater um
ponto importante sobre Direito Penal:
Noutro giro, mas ainda no que dedilha-se aos Crimes contra a Pessoa, temos
os delitos de abandono de incapaz e de recém-nascido, condutas estas insculpi-
das nos art.´s 133 e 134, respectivamente.
Entre eles temos muitas semelhanças, dentre elas: são crimes “bi-próprios”
(sujeitos ativo e passivo próprios ou especiais); no art. 133, o sujeito ativo somente
pode figurar aquele que tem o dever de cuidado, guarda, vigilância, enquanto
no art. 134, somente a mãe do recém-nascido e eventualmente o pai adulterino
ou incestuoso, pois somente estas pessoas podem alegar a pratica do fato para
ocultar desonra própria (Rogério Sanches citando o escólios de Heleno Fragoso
e Mirabete).
Nesse diapasão, temos que os sujeitos passivos das condutas em testilha, so-
mente a pessoa assistida, ou seja, incapaz de defender-se dos riscos decorrentes
do abandono, em relação ao crime de Abandono de Incapaz, enquanto no art.
134, somente o recém-nascido, filho (a) do autor (a) da conduta delituosa.
Finalmente, temos que em ambos as condutas podem ser comissivas (pratica-
das por ação) ou omissivas (praticadas por inação). Exemplificando: “A” abandona
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“B”, seu filho de 4 anos, no parque de diversão. Se “A” deixou “B” no local e foi em-
bora, a conduta foi praticada por ação. Todavia, se já estavam lá brincando e pos-
teriormente decidiu ir embora, o abandonando, o delito foi praticado por omissão.
Jamais confundam o crime de abandono de incapaz com resultado morte,
com o crime de homicídio por omissão imprópria. Vamos lá:
“A” deixa “B”, seu filho de 4 anos, em casa enquanto vai à padaria. “B” pula a
janela e morre. Abandono de incapaz com resultado morte.
Agora, se “A”, se descuida com o filho em casa, enquanto preparava o almoço,
e “B” pula da janela, descortinado está o crime de homicídio por omissão impró-
pria, também chamado de crime comissivo por omissão, devendo “A” responder
por crime de homicídio culposo por omissão.
Concluindo, não se olvidem das qualificadoras dos crimes de Abandono de
Incapaz e Recém-nascido, quando resulta lesão grave ou morte (sendo este re-
sultado jamais desejado ou aceito pelo (s) agente (s), sob pena de responder por
homicídio pro dolo eventual, bem como da causa de aumento de pena apenas
para o crime de abandono de incapaz, quando a vítima for abandonada em lugar
ermo (distante, de difícil acesso), ou ascendente, descendente, cônjuge, irmão,
tutor, curador ou, ainda, no caso da vítima ser maior de 60 anos.
Bom estudos e vamos em frente!
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR MARCELO FERREIRA
Caros alunos,
Vamos estudar hoje por mais uma dica de Direito Penal para a “Regressiva de
30 dias para a OAB”, vamos lá:
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FELIPE LEAL
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO MILHOMEM
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FELIPE LEAL
Com a Lei n. 11.340/2006 (conhecida como Lei Maria da Penha), foi incluída
nova hipótese de prisão preventiva: se o crime envolver violência doméstica
e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência.
Essa redação foi alterada pela Lei n. 12.403, de 2011. Eis o texto atual:
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima su-
perior a 4 (quatro) anos;
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II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada
em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal;
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mu-
lher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência,
para garantir a execução das medidas protetivas de urgência
Pois bem, uma dúvida surge: é possível haver prisão preventiva com base nos
termos precitados, mesmo em se tratando de crime punido apenas com deten-
ção, com pena máxima abstrata inferior a 04 anos?
Sim!!! O Superior Tribunal de Justiça julgou constitucional o decreto de prisão
preventiva, a despeito de o crime ser punido com detenção e ser de menor po-
tencial ofensivo (HC 132.379/BA).
Importante, pois, é o objetivo da norma: garantir a execução da medida protetiva.
Assim, uma vez imposta uma medida e desrespeitada, a prisão preventiva se impõe.
Bons estudos, pessoal!
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Examinandos e examinandas,
CONTINUANDO O ASSUNTO DAS REGRESSIVAS ANTERIORES (CONCURSO
DE PESSOAS) E QUASE TERMINANDO…
TIPOS DE AUTORIA
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR MARCELO FERREIRA
Prevaricação
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Corrupção passiva
Circunstâncias incomunicáveis
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR JOSÉ CARLOS
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1. Outro tema, que entendemos que deverá ser enfrentado pelo can-
didato, trata-se da menção do valor da causa em sede de queixa-crime,
para nós, deverá ser requerida, aplicando-se analogia ao artigo 291 do
NCPC, vejamos:
“A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo eco-
nômico imediatamente aferível”.
1. Quanto ao endereçamento da petição inicial, deverá ser analisada,
com muita cautela, a questão da competência criminal, ou seja, se per-
tencente ao JECrim ou a Vara Criminal, observe as dicas abaixo:
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FELIPE LEAL
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas ne-
cessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cin-
quenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da
categoria profissional a que pertença o agente.
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Como crime de forma livre, pode ocorrer, como exemplos, quando se ministra
droga certa em dose errada ou droga errada em dose certa.
Bons estudos !!!!
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR ANDERSON COSTA
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO DAHER
PARTICIPAÇÃO
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR JOSÉ CARLOS
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A Lei n. 10.628 de 2002 foi bem mais além, uma vez que no §2º do art. 84
do CPP, estendeu as hipóteses de foro por prerrogativa de função
para os atos de improbidade administrativa (definidos na Lei n.
8.429/92 – improbidade administrativa).
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Em suma, a referida Corte passou a entender que cabe a ele STJ a aplicação
da Lei n. 8.429/92 para governadores e não ao juiz singular.
Para essa linha, a ação civil pública por ato de improbidade administrativa,
quando houver possibilidade de perda de cargo ou mandato, não caberá ao juiz
de primeira instância, mas sim ao órgão especial competente segundo as regras
de foro por prerrogativa de função.
Bons estudos e sucesso na prova da OAB!
Avante!
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO DAHER
O erro nas descriminantes putativas: três são as hipóteses de erro nas descri-
minantes putativas:
(a) erro sobre a existência de uma descriminante ou justificante (exemplo: su-
jeito pensa que pode matar seu injuriador);
(b) erro sobre os limites de uma descriminante ou justificante (exemplo: sujeito
pensa que pode reagir contra a execução de despejo pelo oficial de justiça);
(c) erro sobre situação fática de uma descriminante ou justificante (descrimi-
nante putativa fática). Exemplos: (a) ao ouvir barulho estranho em sua casa, o
agente pensa que é perigoso ladrão e dispara; verifica-se depois que era o guar-
da noturno se escondendo da chuva, com um guarda-chuva nas mãos; (b) o filho
se despediu do pai em uma festa e disse que só voltaria no dia seguinte; o pai
retornou para casa e viu o quarto do filho com luz acesa; aproximou-se e ouviu
barulho; gritou e ninguém respondia; disparou e depois se verificou que havia
acabado de matar o filho, que retornou para casa e ouvia música com fones de
ouvido.
As hipóteses “a” e “b” configuram erro de proibição indireto (regido pelo art.
21 do CP) e chamam-se também erro de permissão; a hipótese “c” também é
denominada de erro de tipo permissivo e está regulada pelo art. 20, § 1.º, do CP.
Erro de permissão, portanto, nada tem a ver com o erro de tipo permissivo. Tanto
um quanto outro acontece dentro das descriminantes putativas, mas o primeiro
é erro de proibição (CP, art. 21), enquanto o segundo tem regime jurídico próprio
(CP, art. 20, § 1.º). Pode-se perguntar: o erro nas descriminantes putativas, afinal,
é de permissão ou erro de tipo permissivo?
Pela teoria extremada da culpabilidade trata-se de erro de proibição uma vez
que o infrator age com dolo (no exemplo o pai atira dolosamente para matar
imaginando ser sua conduta amparada pela legítima defesa). O agente erra so-
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Por fim é também evidente que a solução para as hipóteses evitáveis e inevi-
táveis do erro de tipo e do erro de tipo permissivo se parecem mais uma com a
outra do que com a solução dada ao erro de proibição:
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO MILHOMEM
Querida Aluna, futura advogada,
Querido Aluno, futuro advogado,
Aproxima-se a 2ª fase do XX Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil; e, assim, gostaria de dividir com vocês alguns temas de inte-
resse no Processo Penal, com alta possibilidade de serem cobrados na sua prova.
Então, vamos ao trabalho!
O RECURSO DE APELAÇÃO
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR BRUNO DE MELLO
Examinandos e examinandas,
dando continuidade aos estudos do Direito Penal para 2ª fase, analisaremos
uma súmula que foi aprovada pelo STJ nesta quarta-feira, 14 de setembro de
2016:
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR MARCELO FERREIRA
Art. 5º (…)
XLVII – não haverá penas:
(…)
b) de caráter perpétuo.
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(…)
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por
crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes
dessa natureza.
Art. 2º
(…)
2º A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos nes-
te artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o
apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
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DIREITO DO TRABALHO
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Vejamos o texto.
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gados. Pelo sistema anterior, se a norma perdesse a sua eficácia pelo decurso de
02 anos, os empregados não mas teriam direito ao auxílio-creche, não se falando
em aderência deste direito ao contrato de trabalho, ou seja, não havia direito ad-
quirido, e a empresa nada devia ao empregado após os dois anos, salvo se nova
norma mantivesse o benefício.
Hoje em dia, entretanto, a situação é inversa, quer dizer, a empresa permane-
ceria devendo ao empregado o auxílio-creche, mesmo que passados os 02 anos
de vigência da norma, pois o direito aderiu ao contrato de trabalho, só decaindo
se eventualmente nova norma o revogasse (ponto que em verdade merece todo
um debate em face do Princípio do não retrocesso social). Certo, entretanto, é
que o direito ao auxílio, no exemplo, permaneceria exigível.
Em prova a resposta deve mencionar as palavras-chave – ultratividade – ade-
rência do direito ao contrato de trabalho, e sumula 277 do TST.
Abs.
Boa sorte
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FELIPE LEAL
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A Lei n. 11.343/2006, em seu art. 33, §4º, estabeleceu que, no caso de tráfico
de drogas, as penas possam ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que
o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades cri-
minosas nem integre organização criminosa.
Antes, o entendimento era no sentido de a causa de diminuição de pena, em
comento, não afastar a hediondez do crime. Foi editada, inclusive, a Súmula 512
do STJ: “a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da
Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas”.
Ocorreu que, na sessão do dia 23 de junho de 2016, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal (STF) entendeu que o chamado tráfico privilegiado não mais
deve ser considerado crime de natureza hedionda (Habeas Corpus 118533), alte-
rando o entendimento sobre o assunto.
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Caros alunos,
Hoje, rumo a 2ª fase da OAB faremos um estudo sobre Sucessão Trabalhista:
SUCESSÃO TRABALHISTA.
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art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem
remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis”.
Nesse ponto, cabe um registro. A exceção do art. 224, § 2º, da CLT exige dois
requisitos cumulativos: o desempenho de cargo de confiança (o próprio preceito
exemplifica ao falar em direção, chefia, gerência etc) e a percepção de gratificação
de função que seja igual ou superior a 1/3 do salário do cargo efetivo.
Portanto, caso a gratificação seja inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo (ex.
bancário possui salário básico de R$ 4.000,00 e a gratificação de função é de R$
1.000,00), sua jornada passa a ser de seis horas, pouco importando se ele efetiva-
mente exerce funções que exijam maior fidúcia (confiança) patronal.
Nessa direção o TST já consolidou a inteligência da Súmula 102: “Ao bancário
exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas
as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a me-
nor da gratificação de 1/3”.
Por outro lado, de nada adianta a gratificação de função ser maior ou igual a
1/3 do salário efetivo e o cargo ocupado pelo empregado não ser de confiança,
ou seja, quando suas funções são meramente técnicas. Nesse caso, também será
a jornada de seis horas.
Nesse particular, cabe perguntar, como aferir se a atividade é meramente técni-
ca? A resposta depende do exame das tarefas e atividades do trabalhador no coti-
diano, cabendo a análise de suas atribuições pelo juiz no caso concreto. Aliás, esse
exame de fatos e provas fica limitado ao Tribunal Regional do Trabalho, visto que o
Tribunal Superior do Trabalho não reexamina fatos e provas, conforme a Súmula 126
(“Incabível o recurso de revista ou de embargos para reexame de fatos e provas”).
Assim, é perfeitamente compreensível a inteligência da Súmula 102, I, do TST:
“A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o
art. 224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado,
é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos”.
Pondere-se, ainda, que, sanando qualquer dúvida sobre o tema, o mero fato
de trabalhar com a movimentação de numerário não implica automático exercí-
cio de cargo de confiança. Tanto é verdade que o TST considera que o caixa não
exerce função de confiança, possuindo jornada de seis horas e não de oito horas.
Veja o conteúdo da Súmula 102, VI: “O caixa bancário, ainda que caixa executivo,
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Logo, os gerentes gerais de agência, como regra, estão possuem direito a ho-
ras extras, já que não estariam sujeitos a controle de jornada dado seu exercício
do encargo de gestão, sem se esquecer da necessidade salário superior exigido
no art. 62, parágrafo único, da CLT.
A Súmula 287 do TST é esclarecedora sobre esse ponto:
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Examinandos e examinandas,
dando continuidade ao estudo do Direito do Trabalho para 2ª fase da OAB,
vamos a dica de hoje:
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extra laborada. Assim, quanto maior o divisor, menor será, por evidente, o valor
de cada hora. O divisor considera a jornada ordinária de cada trabalhador.
O problema seria simples, mas recebe um complicador quando consideramos
a possibilidade da norma coletiva (convenção ou acordo coletivo de trabalho)
criar novos direitos (art. 7º, XXVI, da Constituição Federal). E é muito comum ver
normas coletivas de bancários apontando expressamente o sábado como repou-
so semanal remunerado.
Nesse último caso, se a norma coletiva considerar o sábado como repouso
semanal, esse dia não pode ser utilizado para o cálculo do divisor, o que reduz o
valor do divisor. Essa conclusão pode ser vista na Súmula 124 do TST:
BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (redação alterada na sessão do Tribu-
nal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
I – O divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, se houver
ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de considerar o sábado como
dia de descanso remunerado, será:
1. a) 150, para os empregados submetidos à jornada de seis horas, prevista no
caput do art. 224 da CLT;
2. b) 200, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos ter-
mos do § 2º do art. 224 da CLT.
II – Nas demais hipóteses, aplicar-se-á o divisor:
a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no
caput do art. 224 da CLT;
1. b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos ter-
mos do § 2º do art. 224 da CLT.
Diante da evidente jornada diferenciada para o bancário (art. 224 da CLT),
diversas categorias pretenderam a aplicação dessa jornada mais vantajosa. É o
que ocorreu com os financiários, ou seja, os empregados de financeiras. No caso
desse profissional, o TST, diante da similitude de atividades vem reconhecendo a
aplicação dessa jornada especial aos financiários na Súmula 55:
FINANCEIRAS (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As empresas de
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Examinandos e examinandas,
daremos continuidade aos estudos do Direito do Trabalho para a 2ª fase da
OAB, vamos a nossa 10ª dica:
HORAS IN ITINERE.
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DIREITO DO TRABALHO:
PROFESSOR JOSÉ GERVÁSIO
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resta patente que seus empregados devem ser considerados bancários. Entendi-
mento contrário importaria o risco de fraudes trabalhistas, já que poderia ocorrer
de uma instituição bancária preferir criar uma empresa de processamento de
dados apenas para diminuir o custo (que seria maior na contratação direta).
Entretanto, caso essa empresa de processamento de dados preste serviços
não apenas para esse banco, mas também para outras instituições não bancárias
integrantes do mesmo grupo econômico, não há razão para considerá-los ban-
cários.
A lógica do Tribunal Superior, nesse ponto, foi consolidada na Súmula 239:
BANCÁRIO. EMPREGADO DE EMPRESA DE PROCESSAMENTO DE DADOS
(incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s 64 e 126 da SBDI-1) – Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que pres-
ta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, exceto quando a
empresa de processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não
bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros.
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Diletos alunos,
Prosseguindo na série de dicas sobre Direito Coletivo do Trabalho, falaremos
agora sobre Greve.
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presta a essa finalidade. Vejamos o art. 14 da Lei de greve: “Art. 14 Constitui abuso
do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem
como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou
decisão da Justiça do Trabalho. Parágrafo único. Na vigência de acordo, conven-
ção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve
a paralisação que: I – tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou
condição; II – seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento
imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.”
Em seguida deve ter sido esgotadas as negociações – Fato, tal qual em qual-
quer dissídio coletivo, no de greve também é imprescindível o esgotamento das
tentativas de autocomposição, esse o texto do art. 3º “Frustrada a negociação ou
verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação cole-
tiva do trabalho.”
Quanto aos direitos dos grevistas todo rol de direitos previstos gira em torno
de garantir ampla liberdade de adesão e não adesão ao movimento, bem como,
no exercício do direito não causar maiores danos do que aqueles naturalmente
relacionados ao movimento, a regulamentação vem no art. 6º, senão vejamos:
Art. 6º e 7º da Lei; “São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos: I – o
emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a
aderirem à greve; II – a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimen-
to. § 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empre-
gadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de
outrem. § 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado
ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação
do movimento. § 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos gre-
vistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano
à propriedade ou pessoa. Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei,
a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações
obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo ar-
bitral ou decisão da Justiça do Trabalho. Parágrafo único. É vedada a rescisão de
contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores
substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.
Pois bem, visto o conceito, a natureza jurídica dos direitos vindicados, os re-
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quisitos para o exercícios dos direitos e quais são os direitos dos grevistas, o can-
didato deve ter em mente o procedimento para o exercício do Direito de Greve,
a saber:
a) – Convocação de assembleia geral da categoria para aprovação da greve,
bem como da pauta de reivindicação. Tal convocação deverá ser feita pela en-
tidade sindical respectiva. O quórum e a forma de convocação está previsto no
estatuto;
b) – notificação do sindicato patronal ou empregador com no mínimo 48 ho-
ras de antecedência;
c) – paralisação dos trabalhos.
Em serviços essenciais a questão é um pouco diferente.
A Definição de serviços essenciais se percebe por um valor preponderante,
qual seja, manutenção dos serviços estruturais de uma sociedade civilizada, veja-
mos: Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais: I – tratamento e
abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e com-
bustíveis; II – assistência médica e hospitalar; III – distribuição e comercialização
de medicamentos e alimentos; IV – funerários; V – transporte coletivo; VI – cap-
tação e tratamento de esgoto e lixo; VII – telecomunicações; VIII – guarda, uso e
controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX – pro-
cessamento de dados ligados a serviços essenciais; X – controle de tráfego aéreo;
XI compensação bancária.
O procedimento é o seguinte:
a) Convocação de assembleia geral da categoria para aprovação da greve,
bem como da pauta de reivindicação. Tal convocação deverá ser feita pela en-
tidade sindical respectiva. O quórum e a forma de convocação está previsto no
estatuto;
b) Sindicatos, empregadores, e empregados deverão entabular negociação
coletiva com vistas a criar os regramentos sobre a manutenção dos percentuais
minimamente razoáveis das referidas atividades essenciais inadiáveis da comuni-
dade, sob pena do poder público estar autorizado a suprir a falha. NNoa há na
lei percentual mínimo previsto.
c) Sindicato ou trabalhadores deverão comunicar a sociedade e os empre-
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Importante lembrar que, caso as custas sejam recolhidas a menor, o novo CPC
prevê a necessidade de intimação da parte para complementá-las, o que pode-
mos ver no art. 1.007, § 2º: “A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte
de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa
de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias”.
E essa norma é perfeitamente compatível com o Processo do Trabalho, con-
forme indica o TST na Instrução Normativa 39/2016, mais especificamente no
seu art. 10, caput: “Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do parágrafo
único do art. 932 do CPC, §§ 1º a 4º do art. 938 e §§ 2º e 7º do art. 1007”.
Todavia, se, ainda assim, permanecer insuficiente o valor das custas, mister
se faz compreender que haverá deserção, mesmo que a diferença faltante seja
ínfima, referente a centavos. É a aplicação do entendimento da OJ 140 da SDI-I
do TST:
OJ-SDI1-140 DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS. DIFERENÇA ÍNFIMA.
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Examinandos e examinandas,
dando continuidade ao estudo do Direito do Trabalho para 2ª fase da OAB,
vamos a dica de hoje:
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que esse contrato pode deixar de ser nulo e ao final ser convalidado com
efeitos ex tunc.
A possibilidade está na redação da Súmula 430 do Tribunal Superior do Tra-
balho – TST, vejamos:
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Caros alunos,
Hoje, rumo a 2ª fase da OAB faremos um estudo sobre Trabalho Noturno.
TRABALHO NOTURNO.
O art. 7º, IX, da Constituição Federal é claro ao dispor que é direito dos tra-
balhadores urbanos e rurais a remuneração do trabalho noturno superior a do
diurno. Ou seja, o valor da hora do trabalhador noturno será superior a do tra-
balhador diurno.
No mesmo raciocínio segue o art. 73, caput, da CLT, ao reforçar a ideia de que
o trabalho noturno terá remuneração superior ao trabalho diurno. Além disso,
afirma que a hora noturna será de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora diurna.
Perceba, portanto, que a lei menciona o mínimo. Assim, nada impedirá que esse
percentual seja majorado por meio de contrato ou norma coletiva.
Interessante destacar que a hora de trabalho noturno será computada com
tempo reduzido. Ou seja, para cada 52 minutos e 30 segundos de trabalho no-
turno equivalerá a uma hora, de acordo com a redação do art. 73, §1º, da CLT.
Esta aplicação é cabível, inclusive, para os vigias noturnos, nos termos da Súmula
n. 65 do TST.
Ressalta-se que a inobservância da hora reduzida acarretará no pagamento
do período excedente à jornada ordinária como extraordinário.
O art. 73, §2º, da CLT, afirma, ainda, que o trabalho noturno será aquele pres-
tado entre às 22h00 e 05h00. Dessa forma, todo e qualquer trabalhador que
laborar nesse período terá direito ao adicional de, no mínimo, 20% sobre a hora
diurna.
Lembre-se, também, que o fato do trabalhador laborar em período diurno e
noturno, não impede, quanto a este, do recebimento do respectivo adicional, nos
termos do art. 73, §4º, da CLT.
No mais, importa destacar a Súmula n. 60 do TST.
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Entretanto, deve o leitor perceber que esse prazo refere-se aos recursos tra-
balhistas, excepcionado o embargos declaratórios, cujo prazo é de 5 dias (art.
897-A da CLT). No entanto, existem outros recursos regulados pelo Código de
Processo Civil e compatíveis com o sistema processual trabalhista.
É como ocorre com o recurso extraordinário (art. 1.029) e o agravo para des-
trancar o recurso extraordinário (art. 1.042), recursos esses cujo prazo é de 15
dias, na forma do art. 1003, § 5º, do CPC:
“Art. 1.003 (…)
Uma ponderação merece ser feita. Existem pessoas que possuem prazo para
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recorrer em dobro, como, por exemplo, os entes públicos (União, Estados, Dis-
trito Federal e Municípios), suas autarquias e fundações de direito público. Nesse
sentido já havia a previsão do Decreto-Lei n. 779/69:
Os Correios, por sua vez, uma vez mais, possuem prerrogativa similar à Fazen-
da Pública, por força do Decreto-Lei n. 509/69:
“Art. 12. A ECT gozará de isenção de direitos de importação de materiais e
equipamentos destinados aos seus serviços, dos privilégios concedidos à Fazen-
da Pública, quer em relação a imunidade tributária, direta ou indireta, impenho-
rabilidade de seus bens, rendas e serviços, quer no concernente a foro, prazos e
custas processuais”.
O Ministério Público também possui essa prerrogativa de prazo em dobro,
conforme art. 180 do CPC:
“Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se
nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art.
183, § 1º.
• 1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimen-
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Prezados alunos,
dando continuidade a série Regressiva 31 dias OAB, seguem dicas preciosas
para a 2ª fase de Direito do Trabalho. Vejamos:
HORAS ITINERÁRIAS
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Logo, seria descabido transferir ao empregador esse ônus. Aliás, o TST afas-
ta a contagem desse tempo, consolidando o entendimento na Súmula 90, III: A
mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas “in
itinere”.
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por coerência lógica, apenas pode ser considerada a parte em que não há o
transporte referido. Nesse sentido vemos a posição do TST na Súmula 90, IV: “Se
houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução
da empresa, as horas ‘in itinere’ remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado
pelo transporte público”.
Outro ponto de relevo ocorre quando o transporte público existe, mas o ho-
rário desse transporte não coincide com o horário que o trabalhador necessita.
Imagine que um empregado de um supermercado sai do serviço às 3hs (ma-
drugada) e o próximo ônibus somente passe às 6hs. Existe incompatibilidade de
horários.
Na hipótese levantada, caso o empregador forneça o transporte privado, tor-
na-se natural reconhecer o tempo de deslocamento como computado na jorna-
da. O TST já pacificou a matéria na Súmula 90, II: A incompatibilidade entre os
horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público
regular é circunstância que também gera o direito às horas “in itinere”.
Registre-se que, caso o empregador cobre alguma importância pelo trans-
porte, essa peculiaridade não elimina o direito às horas itinerárias. Vejamos a
Súmula 320 do TST:
HORAS “IN ITINERE”. OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA JORNADA DE
TRABALHO (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo trans-
porte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular,
não afasta o direito à percepção das horas “in itinere”.
Diante da grande quantidade de conflitos na apuração do tempo de trans-
porte in itinere, o legislador andou bem ao estipular que é possível à negociação
coletiva estabelecer o tempo médio desse transporte, o que se infere do art. 58, §
3º, da CLT: “Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno
porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte forne-
cido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte
público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a
natureza da remuneração”.
Nesse particular surge uma indagação: poderia a norma coletiva estipular um
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Bons estudos!
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AÇÃO DE CUMPRIMENTO
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zada antes dessa sentença transitar em julgado e ainda que penda recurso. Su-
ponhamos que foi o dissídio coletivo julgado pelo TRT e dessa sentença normati-
va o sindicato patronal interponha recurso para o TST. Enquanto o recurso tramita
no TST, pode a ação de cumprimento estar em curso na Vara.
E, uma vez julgada a ação de cumprimento na Vara e tendo essa decisão
transitado em julgado condenando o empregador com base na obrigação des-
cumprida prevista na sentença normativa, deve-se ter um cuidado. Se o recurso
no TST for julgado e o dissídio coletivo for extinto sem resolução de mérito, não
haverá mais título (sentença normativa) e a execução da decisão da ação de cum-
primento deve ser extinta, pois o título (sentença normativa) no qual essa decisão
da ação de cumprimento se fundava não existe mais.
Nessa direção segue a inteligência da OJ 277 da SDI-I do TST:
AÇÃO DE CUMPRIMENTO FUNDADA EM DECISÃO NORMATIVA QUE SOFREU
POSTERIOR REFORMA, QUANDO JÁ TRANSITADA EM JULGADO A SENTENÇA
CONDENATÓRIA. COISA JULGADA. NÃO-CONFIGURAÇÃO (DJ 11.08.2003)
A coisa julgada produzida na ação de cumprimento é atípica, pois dependen-
te de condição resolutiva, ou seja, da não-modificação da decisão normativa por
eventual recurso. Assim, modificada a sentença normativa pelo TST, com a con-
seqüente extinção do processo, sem julgamento do mérito, deve-se extinguir a
execução em andamento, uma vez que a norma sobre a qual se apoiava o título
exeqüendo deixou de existir no mundo jurídico.
Bons estudos !!!!
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Caros alunos,
Hoje, rumo a 2ª fase da OAB faremos um estudo sobre demissão por justa
causa:
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Por fim, vale registrar o tamanho do prejuízo sofrido pelo trabalhador. Em ra-
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zão de uma demissão por justa causa o empregado fará jus apenas ao saldo de
salário e férias vencidas.
Bons estudos, pessoal!
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PRESCRIÇÃO
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez,
dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o
interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em
concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reco-
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Esse preceito deve ser visto com adaptações no âmbito trabalhista. A título de
exemplo, veja o inciso I. Não há no Processo do Trabalho, como regra, despacho
do juiz para ordenar citação, uma vez que o encaminhamento da citação/noti-
ficação já é feito pelo diretor de secretaria, conforme art. 841 da CLT (embora o
preceito mencione “escrivão” ou “chefe de secretaria”).
Assim, é a propositura da ação que promove a interrupção da ação trabalhis-
ta, conforme o Tribunal Superior do Trabalho já decidiu:
Logo, se for ajuizada uma ação no dentro do prazo de dois anos (contados
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PRESSUPOSTOS RECURSAIS
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TST, mas em contextos diferentes, mas atentem para esse fato, corrigir a
representação processual em fase recursal é possível, mas só se o man-
dato já está no processo, se não tiver, o advogado deve recorrer e apre-
sentar o instrumento em 05 dias, não sendo possível exigir do relator
que abra o prazo para correção no sentido de juntar a procuração que
não existia na fase da admissibilidade do apelo.
Boa sorte a todos!
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DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE
1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência
do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º
e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade
com a celeridade que lhe é inerente
IN 39 DO TST Art. 10. Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do pa-
rágrafo único do art. 932 do CPC, §§ 1º a 4º do art. 938 e §§ 2º e 7º do art. 1007.
Parágrafo único. A insuficiência no valor do preparo do recurso, no Processo do
Trabalho, para os efeitos do § 2º do art. 1007 do CPC, concerne unicamente às
custas processuais, não ao depósito recursal.
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O art. 7º, XIV, da CF, é claro ao dispor que é direito do trabalhador a jornada
de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva.
Perceba que a jornada de trabalho será de 6 horas diárias. Todavia, comporta
exceção.
Isto porque a parte final do dispositivo utiliza a expressão “salvo negociação
coletiva”. Ou seja, havendo norma coletiva em sentido diverso, a jornada de tra-
balho poderá ser superior a 6 horas diárias.
Assim, torna imprescindível o teor da Súmula n. 423 do TST no sentido de que,
existindo norma coletiva, a jornada de trabalho será limitada a 8 horas diárias e,
portanto, o trabalhador não terá direito a 7ª e 8ª horas como extraordinárias.
Esta jornada especial visa compensar a irregularidade do relógio biológico
do trabalhador, tendo em vista o grande prejuízo sofrido em razão do labor em
turnos distintos.
Ressalta-se, portanto, que é requisito obrigatório a prestação de serviços em
turnos distintos. Se assim não for, não há falar em turno ininterrupto de reveza-
mento e, por consequência, em jornada especial.
Importa destacar, ainda, que o trabalhador nesta condição terá direito ao
adicional noturno e hora noturna reduzida, nos termos do art. 73, caput e §1º, da
CLT. Claro, quando o trabalho for prestado no período noturno.
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Por fim, a Súmula n. 360 do TST dispõe que o fato do trabalhador interromper
seu labor em razão de repouso e alimentação diário e/ou descanso semanal não
descaracteriza o regime de revezamento com jornada de 6 horas.
Bons estudos!
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Queridos alunos
O tema que abordaremos hoje engloba duas matérias relevantes, quais sejam:
a) adicional de periculosidade; b) prova pericial e distribuição do ônus da
prova.
Pois bem, em matéria de adicional de periculosidade e insalubridade, o ônus
da prova inicialmente é do empregado, ou seja, é sua a incumbência de compro-
var que o ambiente é nocivo, e que, pois, faz jus ao adicional respectivo.
A prova, ordinariamente, se faz mediante perícia, nos termos do art. 195 § 2º
da CLT.
Todavia, o TST modificou o seu posicionamento para dispensar a prova peri-
cial quando a nocividade do ambiente é fato incontroverso, caracterizado pelo
pagamento espontâneo em determinado período do contrato de trabalho.
Em situações como essa, é dispensada a prova pericial, sendo que o emprega-
dor somente se exime se comprovar que houve modificação da situação anterior,
que dizer, o ônus da prova se inverte, em razão da distribuição dinâmica desse
ônus que oscila entre autor e réu conforme haja arguição de fato constitutivo,
impeditivo ou modificativo do direito em discussão.
A questão veio tratada na súmula 453 do TST.
Ao, em que pese não ser o assunto, encerramos lembrando que os honorá-
rios periciais ficam a cargo da parte sucumbente no pedido objeto da perícia, sal-
vo se beneficiário da justiça gratuita, nos termos da súmula 457 do TST, situação
em que o encargo deve ser suportado pela União.
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Bons estudos!
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Desse modo, não se deve ficar detido somente ao prazo de vigência estabe-
lecido na norma ou no enfoque referendado pelo prazo de vigência trazido na
situação problema, mas, sim, se as cláusulas da norma integraram ao contrato de
trabalho do empregado (aderência por revogação) e, conseguintemente, conti-
nuam a ser aplicadas (ultratividade).
Bons estudos!!!
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GRUPO ECONÔMICO
§2º – Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou adminis-
tração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra
atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidaria-
mente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
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DESCONTOS – LIMITAÇÕES
Art.9 – Fica proibido qualquer desconto dos salários cuja finalidade seja asse-
gurar pagamento direto ou indireto do trabalhador ao empregador, a repre-
sentante deste ou a qualquer intermediário (tal como um agente encarregado
de recrutar a mão-de-obra), com o fim de obter ou conservar um emprego.
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Concluímos, portanto, que qualquer outra forma de desconto, desde que não
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