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Curso de formação -

Teletrabalho e
colaboração eficaz à
distância
Beneficiar das potencialidades do teletrabalho e
manter níveis de desempenho
 Á distância
 Essencial
 4Real

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INTERINTRAÀ MEDIDA
APRENDIZAGEM 100% ONLINE
Referência
1283

Duração
8 horas

Preço

750,00 € + IVA


IEFP Medidas de apoio extraordinário

Consultar datas
Inscreva-se

Para mais informações,


contacte-nos

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O contexto de mudança em que nos encontramos permite que


possamos trabalhar a partir de qualquer lugar no mundo, bastando
para isso uma ligação à Internet. Possuir os meios apropriados e
tomar as medidas adequadas é a chave para beneficiar das
potencialidades do teletrabalho e conseguir assim um desempenho
pleno.

Destinatários
 Profissionais que estão a iniciar a transformação da sua casa no
seu ambiente de trabalho e que pretendam otimizar o seu
desempenho e conhecer as ferramentas de teletrabalho disponíveis
no mercado, bem como todos os que encarem o teletrabalho como
uma oportunidade e que queiram saber mais sobre esta nova
realidade.

Percurso de aprendizagem
Ver programa reduzido
1ª Etapa – Classe Virtual (0h30)
 Apresentar o percurso de aprendizagem.
 Comprometer os participantes no seu processo de
desenvolvimento.

2ª Etapa – Aprendizagem online e aplicação (1h30)


Disponibilização de vídeos, estudos de caso, artigos e/ou tutoriais:

 O novo ambiente de trabalho


 Organização do trabalho
 O que dizem as medidas de prevenção sobre o local de
trabalho?

 Transformar o local de trabalho de acordo com os critérios


de Prevenção dos Riscos Profissionais
 Tutoriais Microsoft Office 365:
 Sharepoint
 OneDrive
 Teams
 Planner
 Interações à distância através do envio de desafios para
aumentar o comprometimento com o percurso de aprendizagem e
estimular a transferência da aprendizagem para o seu contexto real.

3ª Etapa – Classe Virtual (3h00)


 Transformar o ambiente de trabalho de acordo com as medidas
de Prevenção dos Riscos Profissionais:

 Postura corporal;
 Luminosidade e ruído;
 Fadiga visual e concentração;
 Período de atividade e de descanso de acordo com as
medidas de Prevenção dos Riscos Profissionais;
 Exercícios de transformação.
 Otimizar o teletrabalho e gerir prioridades:
 Organização do tempo e das tarefas;
 Trabalhar com crianças;
 Soluções para organizar o espaço (partilhado por si e por
outros em casa);
 Utilização do e-mail, telemóvel, reuniões...
 Desenvolvimento de casos práticos:
 Sharepoint;
 OneDrive;
 Teams;
 Planner;
 Definir Planos de Ação Individuais.

4ª Etapa – Aprendizagem online e aplicação (2h00)


Disponibilização de vídeos, estudos de caso, artigos, exercícios e/ou
tutoriais:

 Implementação prática de medidas de Prevenção dos Riscos


Profissionais e das medidas de gestão.
 Interações à distância através do envio de desafios para
aumentar o comprometimento com o percurso de aprendizagem e
estimular a transferência da aprendizagem para o seu contexto real.

5º Etapa – Classe Virtual (1h00)


 Efetuar o balanço dos trabalhos realizados à distância e do
plano de ação compromisso
 Consolidar e partilhar boas práticas obtidas com os desafios de
implementação.

Objetivos
No final deste percurso de aprendizagem os participantes deverão ser
capazes de:

 Dominar as ferramentas-chave para transformar uma parte do


espaço pessoal em profissional;
 Conhecer as recomendações de prevenção para os riscos
profissionais;
 Aplicar as regras básicas de organização para trabalhar em
casa;
 Identificar as ferramentas essenciais para otimizar o teletrabalho
a partir de casa. 

 - Objectivos e conteúdo programático -

Objectivos
No final da formação, o formando estará apto a:

• Identificar as novas formas de trabalhar e produzir na sociedade da


informação;
• Reconhecer as diferentes dimensões do teletrabalho;
• Identificar os benefícios, restrições, oportunidades e negócios da
modalidade de teletrabalho;
• Interessar-se pela implementação de projectos de teletrabalho e/ou de
empresas virtuais, adequadas às necessidades reais da sua actividade
profissional

Conteúdo programático

I. Retrospectiva do teletrabalho
II. Conceito, modalidades, vantagens e inconvenientes;
III. Perfil, funções e critérios;
IV. Tecnologias e recursos para teletrabalho;
V. Factores ergonómicos e organização de espaços;
VI. Segurança da informação;
VII. Questões legislativas e organizacionais.

 Tópico 2
- Responsabilidade -

Entidades

Perfil, Psicologia e Trabalho Lda


DeltaConsultores Tecnologia e Recursos Integrados Lda
ISPA Instituto Superior de Psicologia Aplicada

Equipa técnica

Maria da Graça Pinto


José Lencastre
Pedro Silva Marques

 Tópico 3

- População visada -

Os cursos, no âmbito deste projecto destinam-se a:

• Teletrabalhadores e pessoas com vontade de aderir a esta modalidade de


trabalho;
• Colegas de teletrabalhadores (que permanecem nos escritórios);
• Chefias, responsáveis por serviços com equipas virtuais, distantes;
• Responsáveis por projectos de teletrabalho;
• Gestores de empresas que pretendem adoptar o teletrabalho.

 Tópico 4

- Constituição -

Curso composto de manual, guia do formador, apresentação(ções)


powerpoint e aplicação interactiva.

 Tópico 5

- Produtos e componentes -

Apresentação do Projecto

 Apresentação do Projecto "Concepção de Recursos


Didácticos para Formação em Teletrabalho"Ficheiro
 Programa do Curso "Teletrabalho, Conceitos e Tecnologias"

 Programa do CursoFicheiro
 Recursos

 Guia do FormadorFicheiro
 Apresentação electrónicaFicheiro
 ExercíciosFicheiro
 Manual do FormandoFicheiro

 Aplicação interactivaSCORM/AICC Pacote SCORM


 Tópico 6

- Utilização -

A estratégia de ensino-aprendizagem proposta para o desenvolvimento do


presente curso de formação, assenta, fundamentalmente, no esforço
individual de pesquisa e leitura de informação recorrendo a distintas fontes,
na reflexão e (re)formalização de documentos síntese sobre determinadas
sub-temáticas (auto-estudo), bem como, na partilha de saberes e de
documentos, com debate e complemento de informação, por parte dos
restantes elementos do grupo em formação e do(a) formador(a), em modo
online (síncrono).

Os recursos que indicam IE devem ser utilizados abertos com o Internet


Explorer (IE).

Programa
 Conceitos e dimensões do teletrabalho;
 As modalidades do trabalho a distância:
 Casa
 Centros-satélite
 Centros de recurso
 Trabalho móvel
 Vantagens
 Trabalhador
 Entidade Empregadora
 Sociedade
 Perfil do Teletrabalhador
 Critérios para o teletrabalho
 Ambiente e organização do espaço
 Questões legislativas
 ENQUADRAMENTO
Apesar de não ser um conceito novo para algumas pessoas, a maioria
viu-se forçada a trabalhar em casa de forma a dar continuidade à sua
atividade profissional. O regime de teletrabalho implementou-se
massivamente sem oportunidade de adaptação. Será que está a
trabalhar com as condições adequadas?

 OBJETIVOS
Dotar os participantes de conhecimentos sobre Riscos Profissionais
associados ao Teletrabalho.

 DESTINATÁRIOS
Público em geral

 PROGRAMA
O 1 ERGONOMIA APLICADA AO TELETRABALHO
O 1.1 RISCOS PROFISSIONAIS ASSOCIADOS AO
TELETRABALHO
O 1.2 RISCOS FÍSICOS
O 1.3 RISCOS DE CARÁTER ERGONÓMICO
O 1.4 RISCOS PSICOSSOCIAIS
Num mundo cada vez mais online e onde a atual pandemia lançou, de repente, muitas pessoas
para a modalidade de teletrabalho, pretende-se com esta formação capacitar os teletrabalhadores
a aumentar a sua produtividade, isto é, a fazerem mais coisas importantes em menos tempo.
Objetivos:
No final desta formação, os formandos deverão ser capazes de:

         Conhecer ideias fundamentais sobre produtividade e gestão do tempo;


         Aprender maneiras concretas de colocar a vida em ordem e sob controlo;
         Saber diferentes formas de colocar em prática os conceitos da produtividade;
         Otimizar ferramentas de produtividade;
         Implementar hábitos e rotinas de produtividade;
         Vencer os desafios do teletrabalho.
Conteúdos:
1.         Sete ideias-chave sobre produtividade e gestão do tempo.

2.         Quatro propostas para começar a manter a vida sob controlo:


        Lista de itens pendentes;

        Identificação de ladrões do tempo;

        Arrumação da vida física e eletrónica;

        Fazer o mesmo em menos tempo.

3.         Conceitos páticos:

         Trabalhar não é preparar o trabalho;

         Enfrentar os ladrões do tempo;

         Trabalhar por blocos;

         Eliminar ou minimizar as reuniões;

         Dizer que não a (quase) tudo.

4.         Ferramentas de produtividade:

         Agenda;

         Listas;

         E-mail;

         Papeis.

5.         Oito hábitos para incrementar a produtividade.

6.         Vencer os Desafios do Teletrabalho:

         Estabelecer e manter uma rotina;

         Preparar a zona de trabalho;

         Preparar o trabalho;

         Manter o foco;

         Trabalhar por blocos;

          Evitar reuniões;

         Manter-se em forma.

Metodologia Formativa
 Formação em formato e-learning (totalmente a distância) com duração total de 9 horas;
 O e-formando/a pode aceder aos conteúdos do curso a qualquer hora do dia ou da noite,
em função da sua disponibilidade e disposição, tendo como restrição o cumprimento da data
indicada como data final do curso;
 A formação decorrerá na plataforma de gestão de aprendizagem (Moodle), cujas
ferramentas possibilitarão o ambiente pedagógico favorável à formação a distância;
 Ao longo do período de funcionamento do curso, o/a formando/a tem a possibilidade de
efetuar o download de todos os materiais de formação, elaborados pelo/a tutor/formador
responsável, para os guardar no seu computador ou imprimir;
 No final de cada módulo, existe uma atividade/teste que terá de ser realizado para o
formando poder concluir o curso.
Tutoria

 O/a e-formador/tutor desempenha um papel fundamental como facilitador/a e


mediador/a da aprendizagem, pelo que prestará um acompanhamento ativo e permanente 24
horas por dia;
 O/a e-formador/a terá obrigação de atribuir um feedback ao e-formando e de responder
às suas dúvidas no prazo máximo de 48h.
Pré-requisitos

 Acesso a um computador com ligação à internet;


 Um browser (programa para navegar na Web, de preferência o Mozilla Firefox ou o
Google Chrome);
 Este curso não exige qualquer conhecimento prévio do tema.
Metodologia de Avaliação

 A classificação final no curso resultará da média ponderada, numa escala percentual (0


a 100%), tendo em conta a ponderação em cada atividade prática que deverá ser realizada no
final de cada módulo.
Certificação

 No final do curso será emitido um Certificado de Formação Profissional a todos os e-


formandos/as que concluírem com aproveitamento, desde que realizem todos os trabalhos
propostos;
 Os/as formandos/as que não obtiveram o mínimo de 50% de aproveitamento final, ou
ainda se verifique que não se desenvolveram os trabalhos propostos ao longo da formação, não
auferem o respetivo certificado de formação profissional.

Teletrabalho, o que é? Vantagens e


desvantagens e perfil do trabalhador
 CategoriasARTIGOS DE OPINIÃO
 

 Data17 DE MARÇO DE 2020


1. Conceito de Teletrabalho
O termo teletrabalho surgiu em 1973, quando Jack Nilles, professor da Universidade da
Califórnia, dirigiu o primeiro projecto de demonstração de teletrabalho, envolvendo 30
funcionários de uma empresa privada. Utilizou num dos seus trabalhos os termos
“telework” e “telecommuting” definidos respectivamente como “toda a forma de
substituição das viagens de trabalho através do uso da tecnologia de informação[1]” e
como “a parte do teletrabalho ligada ao problema da transferência física para e da
sede central da empresa.” Seis anos depois, começaram a surgir os primeiros artigos em
grandes jornais, todos eles alertando para o aspecto económico da questão,
com slogans bem típicas: “trabalhar em casa economiza gasolina[2]”.
Qualquer definição de teletrabalho, assenta em dois aspectos essenciais, o facto de se
exercer à distância e o facto de implicar a utilização das Novas Tecnologias e Internet.
Assim, o teletrabalho consiste na realização de uma actividade profissional fora do local
tradicional de trabalho possibilitando a execução de tarefas à distância. Pode assumir
diversas modalidades que variam de acordo com o tempo, local e  forma contratual do
teletrabalho.

2. Modalidades de Teletrabalho
Paulo Serra, no  seu estudo Teletrabalho – Conceito e Implicações, fala de quatro
grandes modalidades ou formas de exercer esta actividade: o teletrabalho em casa, o
teletrabalho nos centros-satélites, o teletrabalho nos centros de teletrabalho (também
chamados “centros de vizinhança” ou “de recursos”) e o teletrabalho móvel.

Partindo desse estudo, podemos caracterizar o teletrabalho de acordo com os seguintes


aspectos: local de trabalho, horário de trabalho e situação sócio-profissional.

2.1. Quanto ao local de trabalho


2.1.1. Em casa
O trabalhador está em casa, ligado a um escritório central ou sede.

O teletrabalho em casa deve, para ter sucesso, obedecer às seguintes condições:

 limitar (simplificar) ao máximo os equipamentos (exemplo: computador e telefone);


 dar ao indivíduo os meios de controlar o seu ritmo de trabalho;
 fazer com que os resultados da actividade sejam facilmente mensuráveis;
 preferir as actividades que necessitem de concentração intelectual;
 definir planos de trabalho, quando necessário;

2.1.2. Num centro-satélite


Pode denominar-se também escritório-satélite (Satelite Office ou Branch Office) que é
pertença de uma empresa, mas está situado em local diferente da sede, normalmente
próximo da residência do trabalhador. São centros equipados com escritórios onde
existem todas as facilidades electrónicas e de comunicação.

2.1.3. Num centro de teletrabalho


Pode denominar-se também centro de recursos (partilhados) ou . São centros equipados
com computadores e facilidades diversas de telecomunicações para utilização por
trabalhadores por conta-própria, pequenas empresas de negócios e público
indiferenciado.  Situa-se geralmente perto do local da residência dos utilizadores.

2.1.4. O teletrabalho móvel


Assenta no conceito de “escritório móvel” ou “portátil”, e pode ser feito a partir do
hotel, da estação de serviço, do automóvel, do avião, etc.. Apareceu com o
desenvolvimento tecnológico na área das telecomunicações móveis e da informática e
principalmente da Internet. É utilizado por profissionais exigentes que se deslocam
habitualmente e necessitam de estar em contacto com as suas empresas, clientes ou
fornecedores.

2.2. Quanto ao horário de trabalho


Nesta modalidade pode-se distinguir duas formas de teletrabalho distintas:

2.2.1. A tempo inteiro


O trabalhador trabalha exclusivamente em regime de teletrabalho, ou seja, ocupa todas
as horas do seu dia de trabalho a desenvolver uma actividade através de teletrabalho.

2.2.2. A tempo parcial


O trabalhador não executa o trabalho apenas em regime de teletrabalho, fazendo-o a
tempo parcial e podendo executar outras funções dentro da empresa, ou mesmo exercer
uma actividade independente.

2.3. Quanto à situação sócio-profissional


Admitem-se também duas possibilidades:

2.3.1. Trabalho subordinado


O teletrabalhor está subordinado a um empregador, sendo vinculado a essa empresa.
Benefecia, à partida, de todas as regalias sociais de um trabalhador tradicional.

2.3.2. Trabalho independente


O teletrabalhador é autónomo, podendo trabalhar para mais que uma empresa.
Combinando todas estas possibilidades (em termos de local, de horário e de situação
sócio-profissional) pode concluir-se que existe uma grande quantidade de modalidades
ou formas que o teletrabalho pode, pelo menos teoricamente, assumir. O que justifica,
plenamente, a qualificação de “flexível”, que se costuma aplicar ao teletrabalho, e que
constitui um dos grandes motivos do interesse actual em relação ao teletrabalho.

3. Vantagens e Desvantagens do
Teletrabalho
Como em todas as outras formas de trabalho ditas tradicionais, o teletrabalho apresenta
implicações a nível económico, social, psicológico, entre outras, das quais resultam
vantagens e desvantagens para o teletrabalhador, para as empresas e para a sociedade
em geral.

Tendo como base alguns estudos sobre o teletrabalho, nomeadamente o Teletrabalho em


Portugal de Maria José Sousa e O Teletrabalho – Conceito e Implicações de Paulo
Serra, elegem-se a seguir um conjunto de vantagens e desvantagens do teletrabalho.

3.1. Vantagens
3.1.1. Para os teletrabalhadores
Os teletrabalhadores podem beneficiar de um conjunto de vantagens que o teletrabalho
pode trazer e consequentemente melhorar a sua qualidade de vida:

 a possibilidade de estabelecer o seu próprio horário de trabalho (horário flexível);


 redução do tempo despendido na deslocação para o emprego ou mesmo eliminação
deste, o que pressupõe também uma economia significativa no uso dos combustíveis;
 oportunidade de aproveitar melhores hipóteses de trabalho sem sair da área de
residência;
 regulação da vida familiar, pois como o horário é flexível pode-se facilmente conciliar a
vida profissional e familiar;
 aumento da motivação do teletrabalhador e do seu grau de independência como
consequência da confiança que ganham em si próprios;
 melhoria da qualidade de vida e bem-estar social pois pode-se gerir mais facilmente o
volume de trabalho, conjugando-o com a família e a sua inserção na comunidade em
geral.

3.1.2. Para os empregadores


No que diz respeito aos empregadores ou empresários, o teletrabalho pode contribuir
também para a melhoria das condições de negócio, trazendo-lhes vantagens ao nível  da
rentabilidade e produtividade:

 clara redução de custos ao nível de espaço, equipamentos, rotação de pessoal e


relocalização de trabalhadores;
 aumento da produtividade e eficácia centrada numa maior optimização do tempo;
 maior flexibilidade na empresa pois são eliminadas as distâncias, desenvolvendo-se o
trabalho onde estão as competências;
 diminuição da perda de trabalhadores;
 redução de condicionantes externos ao seu trabalho como más condições climatéricas
ou greve de transportes públicos, traduzindo-se num menor absentismo.

3.1.3. Para a sociedade


As sociedades podem também beneficiar de vantagens trazidas pelo teletrabalho que
poderão contribuir para uma melhoria das condições de vida e bem-estar:

 redução dos fluxos de tráfego, sobretudo nas grandes cidades e nas chamadas horas
de ponta e redução de problemas relacionados com o estacionamento;
 melhor ambiente resultante da redução dos níveis de poluição provocados pelos
automóveis;
 combate à desertificação do interior rural, oferecendo às suas populações melhores
oportunidades de trabalho, sem os habituais problemas de deslocação;
 integração no mercado de trabalho de pessoas com deficiências, donas de casa,
jovens-mães, que de outra maneira não seria possível aproveitar as suas competências,
combatendo-se assim a exclusão social.

3.2. Desvantagens
3.2.1. Para os teletrabalhadores
Contudo, para os trabalhadores, o teletrabalho apresenta algumas desvantagens que
poderão estar na origem da pouca receptividade ao teletrabalho:

 isolamento social que pode levar a uma situação de angústia, depressão, stress, em


consequência da redução do contacto com os colegas de trabalho e respectivos 
superiores hierárquicos;
 higiene e segurança no trabalho, pois sobretudo as condições ergonómicas poderão
ficar de parte e prejudicar o seu desempenho a curto prazo;
 dificuldades em organizar o seu próprio trabalho e gerir da melhor forma o seu tempo,
pois nem todas as pessoas o conseguem fazer; (ver perfil psicológico do teletrabalhador)
 aumento da precaridade de emprego e aumento do trabalho a tempo parcial;
 dificuldade na defesa dos seus interesses laborais e a perda de regalias sociais;
 invasão do trabalho no lar e nos tempos-livres;
 perda do sentimento de pertença em relação ao seu grupo profissional;

3.2.2. Para os empregadores


No contexto empresarial, existem também desvantagens inerentes ao teletrabalho que
poderão contribuir, tal como nos trabalhadores, para a resistência a esta modalidade de
trabalho:

 aumento dos custos com a energia e equipamentos;


 impossibilidade em assegurar a disponibilidade imediata do trabalhador no local de
trabalho;
 dificuldades de supervisão;
 destruição da cultura organizacional e do colectivo de trabalho;
 só é aplicável a certas funções e a certos empregados;
 problemas com a segurança da informação.

3.2.3. Para a sociedade


Ao nível da sociedade, o teletrabalho pode trazer também algumas desvantagens no que
diz respeito a condições de emprego e relacionamento entre os indivíduos:

 pagamento de baixos salários como consequência da ausência de legislação;


 carácter individualista dos cidadãos em sociedade, fruto da diminuição do “espírito de
equipa e de inter-ajuda entre os colegas”;
 possível integração de menores no mercado de trabalho.

4. Perfil Psicológico do Teletrabalhador


Directamente relacionado com o teletrabalho, estão vários vectores de extrema
importância e um deles é precisamente a pessoa, o teletrabalhador.

As propostas de teletrabalho implicam uma avaliação do candidato quanto à sua


adequação para este tipo de trabalho, isto porque, para que uma pessoa desempenhe
bem as suas tarefas com esta independência e isolamento, é fundamental que possua
iniciativa própria e que não tenha uma elevada necessidade de presença de colegas. O
que significa que é fundamental analisar a personalidade, e as preferências do candidato.
Por exemplo, um jovem solteiro pode preferir trabalhar num escritório rodeado de
colegas onde existem maiores possibilidades de se socializar e conhecer novas pessoas,
em vez de ficar na sua casa.

A questão da personalidade é extremamente importante, pois uma boa avaliação pode


prevenir o aparecimento de problemas mais tarde, como por exemplo, o stress de
organizar o próprio tempo e as situações de angústia e depressão que isolamento deste
tipo de trabalho pode provocar
As próprias preferências dos indivíduos podem ditar a forma como devem trabalhar.
Uma pessoa que necessite de absoluto silêncio e calma para trabalhar, dificilmente o
conseguirá num escritório, onde está rodeado de colegas. Outras pessoas produzem
melhor em determinadas horas do dia que não se ajustariam com o horário de um
emprego normal. Ainda existem outras que podem apreciar as viagens diárias como
forma de descontracção  ou divisão entre o trabalho e o lazer, e para essas pessoas o
teletrabalho não seria uma boa opção.

Numa entrevista dada ao Management Seminário[3], Jack Nilles apresenta as


características fundamentais da personalidade de um teletrabalhador, as quais se
apresentam a seguir:
 automotivação;
 autodisciplina;
 experiência de trabalho e competência profissional;
 flexibilidade e espírito de inovação;
 capacidade de socialização, de forma a evitar o isolamento;
 escolha do momento certo na vida e na carreira, e uma relação com a família que
permita a conciliação entre as exigências da vida profissional e familiar.
Na opinião de Jack Nilles, aquelas pessoas que não conseguem combater certos vícios,
como a gula, as drogas, o alcoolismo, e todos os problemas que daí advêm como a
desorganização, a falta de método no trabalho, o incumprimento de prazos e as quebras
de qualidade, não têm o perfil indicado para esta nova forma de trabalhar. Do mesmo
modo, os trabalhadores que necessitam de supervisão física directa, os que têm menor
auto-estima e disciplina ou os que necessitam de relações face a face para não se
sentirem isolados, não devem optar pelo teletrabalho.  

O conjunto de tarefas a desempenhar pelo teletrabalhador é um aspecto também muito


importante, no entanto o teletrabalho não se aplica a todas. As que necessitam de um
contacto intenso com os colegas, dificilmente de adaptam ao regime de teletrabalho.As
tarefas que beneficiam da sua execução em casa são aquelas que necessitam de elevada
concentração, sem interrupções.

O ambiente onde vão ser desempenhadas as tarefas pelo teletrabalhador, é outro aspecto
a ter em consideração. A habitação pode não ser o local mais indicado para o
desempenho das funções, por motivos físicos e emocionais. Em termos físicos, é
fundamental que o teletrabalhador consiga criar o seu próprio espaço, com as
características adequadas ao seu bem estar para assim desempenhar as suas funções da
melhor forma, sem interrupções constantes e sem se deixar envolver nas actividades
domésticas e nos problemas familiares. Em termos emocionais, o apoio da família é de
extrema importância, sendo necessária  a sua compreensão para o facto de apesar da
pessoa se encontrar em sua casa a trabalhar não está desligado das suas actividades
profissionais. 

Nenhum dos factores mencionados funciona isolado, pois as condições para o sucesso
do teletrabalho estabelecem-se quando uma pessoa está satisfeita com o conjunto de
tarefas que desempenha, possui um espaço apropriado em casa e a organização está
pronta para adoptar essa forma de trabalho.

[1] Eiras, Ruben,  «Jack Nilles em defesa do teletrabalho», in Executive Digest, p. 72.


[2] A. A.,Teletrabalho o futuro está aí, in Guia nº 536, 7 a 13 de Abril de 2000, p.45.
3] Rodrigues, Jorge Nascimento, «Em casa do “pai” do teletrabalho», in Executive
Digest, p. 75.
Este texto é de autoria de Marta Nascimento, Margarida Veríssimo e Gilda Camelo. É
proibida a sua reprodução

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