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Módulo 1 - Conceitos Básicos
Módulo 1 - Conceitos Básicos
Módulo
1 Conceitos Básicos
Brasília - 2015
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Gleisson Rubin
Diretor de Desenvolvimento Gerencial
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educação a Distância
Natália Teles da Mota Teixeira
Conteudistas:
Célia Maria da Silva Torres
Joana Gonzaga Ronchi Reis
Renata G. Paixão Gracindo
André do Espírito Santo Pereira
Revisor técnico:
Márcio Augusto Ferreira Guimarães
© Enap, 2015
1 Apresentação............................................................................................... 5
2 Introdução.................................................................................................... 8
3 Conceitos básicos....................................................................................... 15
4 Referências Bibliográficas........................................................................... 26
Módulo
1 Conceitos Básicos
1 Apresentação
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2 Introdução
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Veja como o arquivista Eugênio Casanova (1867-1951) expressava o conceito de gerenciamento
de arquivos:
Com a civilização grega e com a fixação das populações, foram criados os primeiros Arquivos
como instituição, onde se guardavam os documentos oficiais, assentos glo contabilísticos,
tratados, textos literários, leis, relatos históricos, contratos, testamentos, etc.
Em Portugal, por volta do ano de 1325, foi criado o Arquivo do Estado Português, funcionando
como “guardador” de memórias de documentos como: forais, livros de chancelaria,
sentenças judiciais, testamentos, etc., situando-se numa das torres do Castelo de São Jorge,
denominada Torre do Tombo (Torre do Arquivo), e que ali permaneceu até 1755, ano em que
um grande terremoto atingiu Lisboa.
Você Sabia?
O escritor Carlos Drummond de Andrade foi funcionário Público, veja abaixo um trecho da
biografia do autor:
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1925. Fundou com outros escritores “A Revista”, que, apesar da vida breve, foi importante
veículo de afirmação do modernismo em Minas. Drummond ingressou no serviço público e,
em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema,
ministro da Educação até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio
da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
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Gestão da Informação1 é um conjunto de estratégias que visa a identificar as necessidades
de informação, prevendo o mapeamento dos fluxos formais de informação nos diferentes
ambientes da organização, assim como sua coleta, filtragem, análise, organização, armazenagem
e disseminação, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das atividades cotidianas e a
tomada de decisão no ambiente corporativo.
1. Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos
em qualquer meio, suporte ou formato.
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Você sabia que a Gestão da Informação e Documentação está prevista na Constituição Federal?
Veja só:
Art. 5º, Inciso XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade.
Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
A Lei nº 8.159/91, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados
e dá outras providências, também prevê a Gestão da Informação e Documentação:
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Dessa forma, as organizações públicas necessitam de uma normatização e padronização
das formas de guarda e posterior recuperação da informação, adotando procedimentos de
controle para garantir a confiabilidade e a autenticidade de seus documentos, bem como de
seu acesso contínuo, conferindo à organização a capacidade de:
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É fato que, em todas as épocas da história, a informação apresentou-
se como um instrumento importante para a sociedade, seja para a
sua organização e funcionamento, para o aperfeiçoamento das suas
instituições, para o exercício do poder ou para a conquista e ampliação
de direitos.
A gestão da informação não pode ser dissociada da gestão da documentação, pois manter os
arquivos organizados corretamente significa manter a informação organizada e à disposição
para os fins que se fizerem importantes e necessários, das instituições e da sociedade.
Uma boa gestão favorece a recuperação da informação e fornece subsídios à tomada de decisão,
além de manter a memória institucional. Todavia, para garantir essa eficiência, é preciso
estabelecer um conjunto de práticas que garantam a organização e a preservação dos arquivos.
Para fazer bom uso da informação, é preciso que ela esteja disponível!
A fim de viabilizar essas capacidades, a Administração Pública Federal criou o SIGA - Sistema
de Gestão de Documentos de Arquivo, que tem por finalidade garantir a todos os cidadãos e
aos órgãos e entidades do Poder Executivo, de forma ágil e segura, o acesso aos documentos
de arquivo e às informações neles contidas, resguardadas as restrições administrativas ou
legais; integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de arquivo desenvolvidas
pelos órgãos setoriais glo e seccionais glo que o integram; disseminar normas relativas à gestão
de documentos de arquivo; racionalizar a produção e armazenagem da documentação
arquivística pública; preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública
federal e articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da
informação pública federal.
http://www.siga.arquivonacional.gov.br/index.php/siga
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E para que é importante conhecer os conceitos sobre Gestão Documental?
Para compreender por completo as ações que fazem parte da Gestão Documental, a fim de
executar a gestão de forma eficiente, é necessário, sobretudo, conhecer os conceitos, as
características e os instrumentos utilizados no gerenciamento dos documentos.
A Gestão da Documentação exige dos executores glo um conhecimento prévio sobre diversas
regras, definições e métodos. Pensando nisso, este curso oferecerá o arcabouço glo conceitual
que você precisará durante suas atividades.
3 Conceitos básicos
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Com certeza você já deve ter visto alguns termos técnicos concernentes a esse tema. Agora,
você terá a oportunidade de estudá-los de forma mais aprofundada. Vamos lá?
a) O que é informação?
A informação, em seu sentido amplo, abrange tudo o que comunica algo, nesses termos,
podemos dizer que tudo o que fazemos, observamos e discutimos são fontes de informação
para nossas vidas. Contudo, quando queremos nos referir à informação constante em um
documento, o conceito de informação restringir-se-á a todo o conjunto de dados devidamente
ordenados e organizados, de forma a ter um significado.
Dado X Informação
Dado Informação
Observação objetiva sobre algo. Conjunto de dados com relevância e propósito.
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Então dados nunca serão informações? A resposta é: depende...
Muitas vezes, um dado isolado não é capaz de ser uma informação, contudo, quando o
dado está inserido em um contexto, ele passa a representar uma informação. Veja um breve
exemplo:
a) Quantidade de pessoas convidadas para uma festa= 18. O número 18 é um dado isolado e
não representa qualquer informação.
b) Resultado da pesquisa sobre gêneros em uma instituição= 20 mulheres e 25 homens.
Aqui, os dados quantitativos informam a existência de mais homens do que mulheres.
b) O que é documento?
De uma forma ampla, documento é toda a informação registrada em um suporte material (papel,
fita, disco óptico, etc.) e utilizada para consulta, estudo, prova ou pesquisa, pois comprova fatos,
fenômenos, formas de vida e pensamentos do homem numa determinada época. Já quando
falamos sobre os documentos utilizados no dia a dia do trabalho, podemos defini-los como
o registro, em meio físico ou digital, que contém informações sobre assuntos de interesse
da organização ou de um indivíduo. Trata-se de qualquer informação escrita, objeto ou fato
registado materialmente, e que possa ser utilizado para estudo, consulta ou prova.
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É toda informação registrada em um suporte material,
suscetível de consulta, estudo, prova e pesquisa, pois
comprova fatos, fenômenos, formas de vida e pensamentos
do homem numa determinada época ou lugar.
Veja que gerir bem os documentos permite o controle sobre as informações das Organizações.
O autor Carlos Drummond de Andrade, em seu poema “Palavras”, demonstra a procura pelas
palavras e pela informação. Vejam abaixo:
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SUPORTE + INFORMAÇÃO = DOCUMENTO
c) O que é um arquivo?
Vimos até aqui a definição de DADO, INFORMAÇÃO, DOCUMENTO E ARQUIVO. Veja abaixo
a ilustração do conteúdo estudado.
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d) O que é documento arquivístico?
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Veja um exemplo:
Um Diário Oficial é um documento arquivístico, pois emitir o Diário Oficial é uma atividade
desenvolvida pela Imprensa Nacional.
Contudo, esse mesmo Diário Oficial, ao ser utilizado em um Ministério como um documento
de consulta, pode não se constituir como um documento arquivístico.
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Veja um exemplo:
Toda informação, registrada em qualquer suporte e sob qualquer tecnologia, desde que gerada
no exercício das atividades e funções de uma pessoa física ou jurídica, integra o arquivo dessa
pessoa. Nesse sentido, os arquivos podem ter, também, documentos digitais.
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g) Diferença entre Documento digital e não digital:
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h) O que é Assinatura Digital?
A assinatura digital pode ser utilizada, por exemplo: em contratos, procurações, laudos,
certificados, formulários web, relatórios, imagens, mandatos, notificações, balanços,
declarações, petições, resultados de exames, prontuários médicos, propostas e apólices de
seguros e arquivos eletrônicos transferidos entre empresas.
i) O que é NUP?
Você certamente já deve ter ouvido falar do NUP, talvez em reuniões, ou ainda em alguma
conversa de escritório. Mas, por fim, o que significa essa sigla tão utilizada? Clique na imagem
e veja o significado.
NUP - Número Único de Protocolo - é um Código numérico que identifica, de forma única e
exclusiva, cada documento, avulso ou processo, produzido, recebido ou autuado no âmbito da
Administração Pública Federal, que necessite de tramitação, independentemente do suporte.
Esse código não terá distinção entre processos e documentos avulsos. É composto de vinte e
um dígitos, separados em grupos (0000000.00000000/0000-00).
Agora que você já descobriu a sigla, vamos entender um pouco mais sobre esse número.
Veja um exemplo:
Quando um cidadão constitui uma demanda para o Serviço de Informação ao Cidadão – SIC,
essa demanda gera um Número Único de Protocolo – NUP, que será respondido pelo órgão ou
entidade responsável pelo esclarecimento.
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PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.321, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014
4 Referências Bibliográficas
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