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Eduque Facilmente o Seu Cao
Eduque Facilmente o Seu Cao
Eduque facilmente
o seu cão
Paulo I. S. Doreste
Adestrar o seu cão é dar oportunidade para que aconteça uma
ótima interação entre sua família e o animal. Dessa forma criamos um
caminho ideal para que haja uma boa comunicação entre o animal e
todos os membros da família.
É pensando nessa relação íntima, respeitosa e interativa, que a Dog
Coach oferece o serviço de adestramento com foco na integração do
cão com o ambiente social familiar.
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Costuma-se ouvir que adestrar é uma arte para poucos, mas, na
verdade, é uma arte para quem possui paciência, dedicação e muito
carinho e respeito para com o animal que possui. No entanto isso
não significa que você tenha de ficar horas adestrando e educando
o seu cachorro, basta que tenha, ao menos, 10 minutos diários ou 2
sessões de 5 minutos ao longo do dia. O importante é o cão aprender
o comando, repetir algumas vezes de forma correta, ficar com a
impressão do que é o certo sobre aquele determinado comando e,
depois, só fixar de forma prazerosa e gostosa.
Adestrar é algo possível para todos e que requer pouco tempo,
o que mais se precisa é saber combinar paciência com respeito e
carinho com dedicação.
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1. O Poder da Matilha
Apesar dos cães de hoje serem vistos como companheiros e
guardiões de nossas famílias e bens materiais, na verdade, eles
são animais que vivem, por hábito, em uma complexa organização
chamada matilha.
Sendo assim, é importante que você e todos os seres humanos
que lidam com os cães conheçam essa realidade tão comum. Pois,
apesar da atual condição desses cães, eles ainda mantêm os mesmos
instintos de caçadores e demais necessidades que possuíam quando
viviam na natureza, como seus semelhantes selvagens.
A importância desse tipo de entendimento faz com que se
compreenda que os cães não agem, reagem ou sentem como nós,
seres humanos, e, sim, possuem as próprias necessidades. Desta
forma, não corremos o risco de frustrarmo-nos e comprometer todo
o resultado do adestramento ou educação que estamos oferecendo
ao nosso querido filhote.
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“Cada pessoa tem o cão que merece”.
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Apesar do que se pensa, a disciplina é mais importante que o
afeto, pois a disciplica oferece estabilidade e afeto, principalmente,
quando fora de hora, pode criar instabilidade e a fixação de algum
comportamento indesejado, como o de pular em visitas ou destruição
de objetos.
O conceito de matilha e da existência do líder é tão normal para os
cães como para nós, seres humanos, é a existência de uma hierarquia
durante a nossa relação, seja na família, no trabalho, na ginástica ou
em qualquer outro tipo de relacionamento que possamos ter ou vir
a construir, a nossa diferença para com os cães é que damos nomes
para cada tipo de interação.
O cão não dá nomes e ainda enxerga tudo da mesma forma, como
referido anteriormente, não importando com quem ou com quantos
ele irá conviver, pois para o cachorro que vive com outro ser, essa
interação é vista como matilha. Simples, assim.
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“Na vida do cão, nada é de graça”.
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2. Numa educação firme, não quer dizer que tenha de existir
agressividade. O respeito deve estar sempre presente. Para um bom
resultado é necessário que seja combinado o respeito com a gentileza,
a motivação com a dedicação; bastando, muitas vezes, apenas cinco
minutos diários para se ter o resultado desejado.
3. Preste SEMPRE atenção no comportamento do seu cão e
como este reage aos seus comandos, pois, se ele não obedece em
sua residência, fora dela, não será diferente. Então, seja firme, sem
ser agressivo, e reforce, com carinho ou petisco, apenas quando o
cão fizer o que você deseja. Assim, ele logo irá perceber que se lhe
obedecer será recompensado.
4. Seja sempre mais teimoso que o seu cão, aprenda a controlar as
suas emoções e a firmeza em sua postura e voz. Nunca eduque o seu
cachorro quando estiver nervoso, com raiva ou impaciente. Não será
dessa forma que obterá o seu respeito.
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5. Procure socializar o cão com o maior número de pessoas,
animais e ambientes que lhe for possível. Quanto mais cedo e maior
for essa experiência, mais sociável ele será e menores serão os riscos
de acidentes.
6. Quando chamar o seu cão pelo nome, jamais o faça junto a
castigo ou qualquer tipo de repressão. O nome deve ser sempre
associado à motivação ou qualquer tipo de ação positiva; se fizer o
oposto, algo que infelizmente é comum, o cão irá hesitar e até mesmo
evitar a aproximação toda vez que for chamado por seu próprio nome.
7. Jamais esqueça de praticar atividade física com o seu cão.
Além de ser uma ótima ferramenta na diminuição da ansiedade e na
manutenção da saúde do animal, o exercício também traz benefícios
para você, que o pratica junto a ele, reforça os laços nessa relação,
que deve ser cada vez melhor construída e diminui comportamentos
destrutivos.
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8. Todos os membros da família devem participar dessa educação.
Porque se as ordens e os limites não forem bem-definidos, o cão ficará
confuso e não saberá como agir. Quando os membros da família agem
como uma unidade, não existem incômodos.
9. Seja regular nas idas ao veterinário, respeite a cartilha de
vacinação e procure sempre manter o cão saudável. Quando se
conhece o animal, o menor desvio de comportamento é sinal de que
algo está errado e, muitas vezes, isso é causado por dores ou doenças.
10. Ao educar o cão, preocupe-se com o momento certo de reforçar
um comportamento. Um reforço malfeito é capaz de desfazer todo
um bom trabalho. Só dê atenção quando o animal fizer algo que você
realmente deseja. Um bom exemplo seria: ao chegar em casa, o cão
pula em você; em vez de procurar afastá-lo, simplesmente, ignore-o e
só dê atenção quando ele se acalmar. Desta forma, ele aprenderá que
só irá receber atenção ao manter-se calmo e tranquilo.
Você pode dar carinho e atenção, mas nunca esqueça que isso
deve ocorrer em momentos adequados e jamais aja por impulso. Ao
educar um cão recém-chegado, estará evitando um problema mais
tarde. O que nós desejamos é que essa relação seja a mais duradoura
e agradável possível.
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Na natureza, o lobo ou cão alfa tem a função de liderar e ditar
as regras, e existe, por exemplo, aqueles que servem de sentinelas
quando os demais descansam, enfim, todos precisam conhecer o seu
papel no meio em que vivem, seja na natureza ou na cidade, em uma
matilha ou apenas entre o cão e seu único dono(a).
O Reforço
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Então, já sabendo que uma recompensa positiva reforça uma ação
feita pelo cão, deve-se prestar atenção ao que irá presentear e como,
pois é isso que faz a diferença entre um cão bem-educado e um com
desvios de comportamento.
Existem várias formas de reforçar seu cão positivamente. Temos
petiscos, palavras de motivação, afeto e brinquedos. Não importanto
qual seja o prêmio, este deve ser dado assim que o cão executar aquilo
que se deseja.
Particularmente, gosto do afeto e palavras de motivação como
presente, apesar de saber que para alguns cães o petisco tem bons
resultados na fase de aprendizado, além de acelerar o ensinamento.
Então, com esses animais, presenteio com petisco, mas, com o tempo,
troco o petisco pelo afeto e pelas palavras de motivação.
É natural o seu cão ser capaz de aguardar a recompensa conforme
o treinamento evolui. Chegou um momento, com a minha Akita, que
era dada uma sequência de 20 comandos para, só depois, dar um
petisco e, depois, com o adestramento completo, bastava um toque
em sua cabeça para ter exatamente aquilo que desejava.
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É importante ter paciência durante todos os momentos da
educação do seu filhote, não se deve obrigar o cachorro a nada.
Porque, dessa forma, ele não irá aprender e você ficará cada vez mais
frustrado(a). Sempre que estiver ensinando o seu cão, faça-o de forma
calma e divertida, use esse tempo para interagir com ele, conhecê-lo
um pouco mais e aproveitar cada momento.
Atenção!
É fato que para aprendermos é preciso ter atenção àquilo que
fazemos, e com os animais não é diferente. Os lobos aprendem com
as suas mães e com toda a matilha na qual estão inseridos. Sabem
quando têm de caçar ou fugir, o momento de ficarem silenciosos ou
barulhentos, qual planta podem ou não comer, qual animal devem
caçar e dentre outras coisas. A atenção é importante para aprender,
quando se tem mais atenção, mais se aprende, mais rápido e eficiente
é o ensinamento, e isso deve ser aplicado na educação do seu cão.
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Já que o cachorro está todo o tempo observando todos os
membros da família, aprendendo com cada um e conhecendo cada
qual de forma tão profunda que muitos sequer imaginam, então, por
que não usar isso a nosso favor?
Quanto mais agradável for o adestramento mais o cão irá querer
ficar com você, sendo assim, vamos usar essa atenção natural como
ferramenta para nos auxiliar na aprendizagem do cão:
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Um bom adestramento ou educação não deixará seu cão ou
qualquer outro animal como um robô, o principal resultado é a melhora
da comunicação entre vocês. Ele continuará sendo o cão e tendo as
próprias necessidades, como correr e brincar, mas, assim que você
pedir por algo, ele irá atendê-lo tão feliz quanto prontamente.
Punição
Durante todo o momento em que o cão está aprendendo,
teremos de impedir que um comportamento indesejado aconteça, se
este já existe, então, iremos diminuir gradativamente a intensidade
do mesmo para que se chegue a um momento em que o desvio
comportamental seja completamente esquecido e assim inexistente.
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O caminho mais correto a seguir é punir o cão todas as vezes em
que o animal fizer algo que não desejamos. Por exemplo: se o cão pula
inúmeras vezes em você, para punir essa ação podemos usar um spray
com água e borrifar o líquido no focinho do cão. O importante é criar
uma sensação que seja realmente desagradável ao cão, mas sem a
necessidade de ter violência envolvida.
Quando a punição é feita no momento exato, com intensidade
certa e de forma precisa, acredite, o cão rapidamente deixa de se
comportar mal.
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2. Preparando a educação
As preparações iniciais.
A Postura
Todas as vezes que iniciarmos a educação do cão, temos de ter
em mente que é preciso ser agradável e, ao mesmo tempo, agir
com firmeza. Deve ser estabelecida entre o dono e seu cachorro
uma relação de cumplicidade muito grande para que a educação e o
adestramento sejam realizados com o máximo de eficiencia possível.
É importante também que o animal se sinta estimulado, e, muitas
vezes, ele vai buscar no dono esse tipo de sentimento. Se você,
enquanto dono e educador, não estiver motivado para ensinar e fazer
de forma que seja estimulante para o cão, este não apenas deixará
de aprender como também estará perdendo tempo e uma grande
oportunidade de se divertir.
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A atenção do cão é fundamental no êxito da aprendizagem e
para que isso aconteça, de forma correta, o educador tem de estar
realmente estimulado para ensinar. Do contrário, deixe este momento
para outro dia em que esteja melhor, mais animado.
Assim como nós, humanos, os cachorros só fazem alguma coisa
se realmente existir um motivo e se significar algo importante, como,
por exemplo, passar o tempo com você ou ter a sua atenção.
Assim como você, o seu cão não nasceu sabendo, ele precisa da
sua paciência e dedicação para aprender exatamente da forma que
necessita e deseja. Fazendo isso, o seu cachorro irá lhe surpreender.
A Voz
O tom da voz é tão importante quanto a postura que deve ser
assumida todas as vezes em que se lida com o cão. O tom não deve ter
carinho em demasia, porque dessa forma o animal não irá respeitar,
assim como não deve existir a presença de agressividade, pois o
cachorro não irá se aproximar por simples medo.
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3. Aulas Iniciais
Educando o seu cão para lhe respeitar.
Petiscos
Os petiscos são os alimentos que usamos para recompensar o
cachorro. Eles nunca devem afetar de alguma forma a alimentação
do cão, quanto mais saudáveis melhor e sempre devem ser checados
quanto à validade, para evitar que o animal ingira alimento estragado
e, assim, tenha mal-estar ou algo pior.
Nas lojas especializadas de ração, sempre têm biscoitos, chocolates
e outros alimentos exclusivos de cães que podem ser oferecidos
como petiscos, mas o que realmente deve ser levado em conta, para
começar a educação e o adestramento, é descobrir quais são os
petiscos que o seu cachorro gosta realmente. É um conhecimento
que facilitará, e muito, toda essa fase de aprendizado.
Particularmente, opto por chocolates específicos para cães e
salsichas cozidas. Dois alimentos que sempre uso como petisco e
tenho bons resultados. Sendo que o ideal é dividir o petisco em
tamanhos pequenos para que não seja mais que um tira-gosto, um
agente motivador.
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Tempo de adestramento
O tempo que você irá dedicar ao seu cão realmente não precisa
ser longo, mais de 20 minutos. Principalmente, porque o cachorro não
consegue se manter muito tempo atento ao que está sendo ensinado,
por tanto, de 5 a 10 minutos será mais do que suficiente.
Para que realmente tenha um bom resultado, você deve usar o
tempo em proveito próprio e aprender a notar o momento em que o
cão começa a dar sinais de cansaço. Quando isso acontecer, uma boa
dica é solicitar um comando.
Por exemplo, afaste-se do seu cachorrinho e chame-o pelo nome,
assim que ele chegar, reforce com um petisco e com palavras de
carinho e motivadoras como “muito bem”, Rude (nome do cão)
ou “isso”, Cristal (nome do cão). E não deixe de prestar atenção se
essa dica está ou não funcionando, se, em algum momento, deixar
de conseguir esse resultado, deixe o cão descansar e volte em outro
momento.
O mais importante, em todas as vezes que estiver educando o
seu cachorrinho é deixá-lo com a sensação de dever cumprido e o
comando realizado corretamente. Evite terminar o ensinamento sem
que o seu animal acerte o comando, porque se isso acontecer com
frequência o cachorro acaba por entender que não precisa executar
aquele determinado comando ou solicitação e, assim, deixa de
aprender.
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4. Desobediência Canina
Se seu cão é desobediente e não importa a quantidade de vezes
que você lhe dê uma ordem, ou mesmo contratando um profissional,
ele não muda, o problema é apenas um. Falta de uma liderança
consistente, o cão entende que quem manda no lar é ele e não
você e, por mais que diga o contrário, quem deu motivos para que
ele acreditasse nisso foi, sem sombra de dúvida, você e os demais
membros da família.
De acordo com a própria natureza, os cachorros nascem, vivem
e morrem dentro de uma matilha muito bem hierarquizada. Na qual
todos os membros, sem exceção, sabem qual papel devem assumir
a cada situação que venham a se confrontar. Se, em nosso lar, o
cachorro não encontrar essa mesma situação, então, irá assumir a
posição de líder e fará tudo do jeito que acreditar que é correto.
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No entanto, se o cachorro não obedece aos seus comandos, ele
pode simplesmente estar ignorando as suas ordens ou não estar
entendendo o que você diz a ele. No primeiro caso, é ausência de
liderança, e, na segunda situação, é simplesmente falta de uma boa
comunicação entre vocês.
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1. Sendo o lider, é determinante que seja o primeiro
em tudo. Entrar ou sair da casa no momento do passeio,
quem come primeiro é você e só depois põe a comida para
o cão. Não permita que ele fique onde realmente você não
deseja, como no sofá ou na sua própria cama. Ignore as
reclamações, como latidos ou choros.
2. Quando for alimentá-lo, demonstre total controle,
fazendo-o esperar sentado e calmo. Só lhe de afeto quando
o cachorro estiver em um estado calmo e tranquilo, jamais
faça isso quando ele estiver agitado ou excitado. Lembre-
se, é você quem decide as coisas e não o seu cão.
3. Limite a liberdade do cachorro pela sua residência,
com grades próprias para isso, no início, e, depois, retire-
as, mantendo sempre esse tipo de limitação. O cão deve
entender até onde pode ir e quando. Da mesma forma
quando ele subir nos móveis da residência, se você não
gosta, então, não permita. Mantenha as regras, sempre.
Os cães não entendem que porque você está mais feliz,
hoje, por algum motivo, como um aumento satisfatório
de salário, irá permitir uma exceção, eles acreditam que
poderão fazer o que quiserem. Se isso acontecer, todo o
trabalho foi em vão.
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4. Uma coisa muito importante é controlar a
brincadeira, não é o seu cachorro que deve decidir a hora
de brincar ou de parar. Ele não pode impor o ritmo da
caminhada ou da corrida. É você, o líder, que faz isso. Se é
assim na natureza, então, não há motivo para que no seu
lar seja diferente.
5. Um comando dado não deve ser logo repitido se
não for obedecido. O correto é dar o comando e esperar,
existe o tempo do cão, se o cachorro não obedecer, aí sim,
você repete, algo próximo de quatro segundos. Se o cão
não fizer o que deseja, repasse o aprendizado e faça com
que ele entenda que não adianta não obedecer, você será
sempre o mais teimoso e terá o que deseja. Repita tudo,
calmo e assertivo, até ter o comando realizado. Só pare
quando o cachorro responder ao comando.
6. Não existe forma mais eficiente de manter a
liderança do que colocando os exercícios de obediência na
rotina do seu cão. Isso estimula o animal mentalmente e
é fácil de fazer, pois pode ser feito a todo o momento, na
hora de alimentar, no momento do passeio e até mesmo
quando nas horas de brincar ou dar um carinho.
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E se o meu caso não for dominância?
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5. O nome
Saiba como fazer com que o cão SEMPRE lhe
atenda.
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Realmente é necessário aprender a
forma correta de chamar o meu cão?
Sim, é preciso. Pois assim irá evitar que o seu cachorro fuja, além
de diminuir os riscos que incômodos ou acidentes. Como o objetivo
dessa aula é ensinar o cão a obedecer todas as vezes que é chamado,
o que foi dito antes só prepara o terreno e facilita, assim, para o que
vem a seguir.
No início, você, com o petisco no bolso e em um lugar onde sabe
que não terão coisas para distrair o seu filhote, deixa o seu cão cheirar,
distrair-se e, quando sentir que o mesmo está calmo e tranquilo, diga
o seu nome no tom adequado. Assim que o cachorro olhar para você
e se aproximar, faça uma festa dizendo “isso”, “muito bem”, lhe dê
o petisco como reforço e deixe-o se distrair novamente, para, então,
repetir tudo novamente. Faça isso sempre e com duração de cinco
minutos. Logo o seu filhote irá lhe atender assim que ouvir o próprio
nome. Não esqueça de reforçar sempre com festa e petisco quando o
cachorro atender seu chamado.
Assim que o cachorro começar a atender pelo próprio nome, dê
tempo entre um chamado e outro, algo como um aumento gradativo,
iniciando por vinte segundos. Dê tempo para que o cão se distraia
cada vez mais e mais e repita novamente, da mesma forma que foi
ensinado no parágrafo anterior. Nunca esquecendo do tom correto e
que deve chamar apenas uma vez, se por acaso o cão não atender de
imediato, deixe passar um tempinho e chame novamente, o cachorro
atendendo, reforce de imediato e, novamente, deixe-o se distrair.
Com o cão atendendo seu chamado pelo nome, passe para outros
aposentos da casa, internos ou não. Aumente as distrações, fazendo
com que lhe atenda no quintal ou quando está passeando na rua.
Sempre reforçando e fazendo festa com as palavras “isso”, “muito
bem” todas as vezes que ele lhe obedecer. No fim, o importante é que
você seja capaz de obter atenção do seu cão a qualquer momento.
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O segredo é expor o animal às mais variadas situações e repetir
esse exercício, no tom correto, reforçando assim que o mesmo
prontamente lhe atender.
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6. Banheiro
Ensine-o a ir a fazer as necessidades
fisiológicas no lugar certo.
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Nunca a violência será o melhor caminho
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Se você manter ao menos uma folha do jornal suja com urina, mas
seca, embaixo das folhas limpas, isso irá facilitar todo o aprendizado.
Pois o cheiro irá ajudar a localizar onde exatamente ele deve fazer
para que obtenha todo o seu carinho e felicidade. Assim, o cão irá ver
o lugar escolhido como o seu banheiro e sempre fará as necessidades
apenas nesse local, em cima do jornal. Chegando até a “fazer”
somente quando houver um jornal presente.
Pouco a pouco, diminua a quantidade do jornal, deixando
apenas o suficiente para que o cachorro tenha um local específico.
Ele continuará fazendo apenas no jornal, mesmo que a quantidade
tenha diminuído, se isso não acontecer, ponha novas folhas de jornal,
mas volte a diminuí-las, reforçando quando o cão fizer a coisa certa e
ignorando quando o filhote errar fazendo no lugar onde não devia.
Deixe a quantidade de jornal que achar suficiente, podendo ser
uma, duas ou um pouco mais de folhas, entretanto, o tamanho da
cama tem de ser menor que no início, pois isso dá uma noção de
espaço para o filhote e facilitará o seu manejo diário.
O cão sempre dá sinal de que precisa ir ao banheiro, é preciso
que você saiba identificar isso no filhote, pois quanto mais cedo
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identificar esses sinais melhor será. Normalmente, o filhote late, se
puder, vai até o banheiro, fica inquieto, cheirando o chão, procurando
o cheiro do local que já é tão familiar ou até mesmo buscando o odor
das necessidades de outros cães. Se presenciar ao menos um desses
sinais, leve-o imediatamente ao banheiro, deixe-o à vontade e reforce,
com festa ou um petisco, assim que ele fizer o xixi ou fezes.
Se, apesar de tudo isso, o filhote ainda fizer as necessidades em
algum lugar errado, interrompa dizendo firmemente o “não”, leve-o
imediatamente ao jornal e repita o processo dito anteriormente. A
violência jamais será uma resposta ideal, então, não bata no seu cão.
Para evitar que o cachorro repita o ato de fazer onde não deve, limpe
o local sujo com algum neutralizador de cheiro.
Nunca, bata ou grite com o seu cão, nós, da Apaixonado por Cães,
não concordamos com esse tipo de educação ou adestramento, se é
que se pode dizer algo assim disso. Sempre iremos contra qualquer
tipo de violência que possa vir a sofrer um cachorro, não importando
a raça, idade ou qualquer tipo de deficiência que ele possa ter.
Cabe a você, proprietário(a), entender todos os sinais que o animal
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está lhe comunicando para interagir com você e com o ambiente
à volta. Regras e limites, sempre, mas violência e agressão nunca
devem existir. Assim como uma criança precisa de paciência e carinho
para aprender a ser um adulto educado e consciente, o filhotinho é
a mesma coisa, com amor e paciência nós conseguimos literalmente
qualquer coisa do nosso cachorro.
A única diferença entre o seu cão e o do cinema é que este teve
uma dedicação maior de alguém, se você fizer o mesmo, dedicar-se
ao seu “filho de 4 patas” com carinho e afeto, aplicando limites e
impondo regras na medida certa, acredite, você terá tudo de bom que
essa relação poderá proporcionar.
Deixa-me lhe contar rapidamente a minha experiência, prometo
ser breve. Acredito que você conheça uma raça de cachorro chamada
Akita Inu e também outra chamada Husky Siberiano. Duas raças que
têm fama de serem difíceis de adestrar por terem uma personalidade
teimosa, independente, e o principal, não são indicados para donos
inexperientes com cães. Bom, e se for um mestiço de ambos? É, teve
um momento na minha vida que me vi com um filhote mestiço dessas
duas raças.
Na época, não tinha nenhuma experiência com cães. O que tinha
era um grande amor por animais e, principalmente, pelos cães e
gatos. Cresci com gatos, sim tinha muitos lindos e fofos, mas nunca
com cães e foi justamente uma mestiça de um Akita com um Husky
que me presentearam. Ganhei com menos de quarenta dias de vida,
doente, cheia de vermes e outros parasitas. O pai, mestiço de Akita
com Husky, não lidava bem com nenhum outro animal que não fosse
o ser humano, já a mãe, uma Akita tigrada, legítima, além de só aceitar
bem os seus donos, já tinha matado um Pastor Alemão e aleijado
muitos outros cães.
Não, não sabia que a filhote que tinha em mãos vinha de um canil
de fundo de quintal e que talvez lá fizessem essas rinhas abomináveis.
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Na época, não era adestrador e trabalhava como bombeiro civil
no Tribunal de Justiça daqui, do Rio de Janeiro, lembre que não tinha
contato com cães, tentei conseguir um adestrador com uns colegas,
liguei para inúmeros profissionais e todos, realmente todos com quem
lidei, principalmente quando contava sobre a história do exemplar
que tinha em casa, depois de procurar por quase oito horas, durante
todo o plantão, falaram duas coisas:
1-“Largue esse cão em qualquer lugar porque você tem um
monstro em casa. E, não trabalho com esse tipo de cachorro”.
2- “Tudo bem, eu posso trabalhar com esse seu filhote. Mas vou
cobrar R$100,00 a hora. Porque se já fosse uma dessas raças que você
falou, já seria problema, sendo um mestiço, não irei fazer por menos”.
Frustrado por esses comentários, fiquei com medo de que
realmente estivesse com um problema em casa. Eu recebia crianças
em casa, tinha uma afilhada que, na época, estava deixando de
engatinhar. Precisava de um profissional, mas com o salário que tinha
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na época, era completamente impossível pagar um valor desses,
sinceramente, eu não cobro isso, acho um absurdo.
Voltei para casa, com esses comentários em mente. Tive umas
boas 2 horas para pensar bastante, pois esta era a distância do meu
posto no T.J. até a residência que morava na época.
Não acreditava que algo tão fofo, peludinho e que ficava me
seguindo por toda a casa poderia ser um monstro e até cogitei, por
alguns minutos, pagar pelo valor absurdo. No fim, tornou-se inviável.
Assim, resolvi estudar e conhecer primeiro cada raça e entender um
pouco mais sobre os cães e logo vi que o Akita e o Husky tinham um
que de lobo no sangue.
Como prometi ser breve, irei terminar dizendo que, aos seis meses,
essa filhotinha não pulava mais nas pessoas, deixou de destruir as
roupas do varal, fazia as necessidades no lugar certo, andava comigo
sem guia de madrugada, bastava chamá-la para logo vir até mim e
sabia sentar, ficar e já defendia a casa e a mim. Não, não ensinei isso a
ela, isso já era herança dos pais dela. Ah... E as crianças? (risos) Bastava
ver a minha afilhada e se abria toda para que a Duda fizesse carinho na
barriguinha dela. E, no fim, vi que o “monstro” não era tão feio assim
e que com dedicação e firmeza, regras e afeto, disciplina e atividade
física você pode ter aquilo que deseja do seu cão. Lembre-se de que
expliquei que não tinha experiência com cães?
Foi esse o motivo pelo qual que me tornei adestrador, porque tem
gente que vai querer abusar do seu amor e da sua ignorância. Não
permitam, aprendam sempre, pois o seu “filho de 4 patas” sempre irá
agradecer com todo carinho e dedicação em cada lambida e olhada
para você e sua família.
Foi isso que recebi, por todo o tempo que essa mestiça de Akita
com Husky esteve em minha vida. Ela me ensinou uma grande lição, e
acredite, seu cão está lhe ensinando, os dias, uma nova lição de vida.
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7. Latidos em demasia
Como corrigir latidos em excesso.
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Entenda uma coisa, se toda vez que o seu cachorro latir você lhe der
atenção, então, ele vai latir inúmeras vezes para que você nunca saia
de perto. Não adianta gritar, ele pode até parar, no entanto, voltará a
latir e todo o processo irá recomeçar. O cão late, você grita, ele para
e, depois de um tempo, que varia de segundos a alguns minutos, o cão
late, você grita, ele para e, depois de um tempo... É um ciclo sem fim
que não terá nenhum resultado realmente efetivo.
Faça o exercício anterior e veja os resultados aparecendo.
Agora, preste atenção, você dá um comando e o seu cachorro late
imediatamente, isso nada mais é do que problema de dominância,
de saber quem é que manda. Isso é o mesmo que as pirraças que as
crianças fazem quando não desejam fazer algo ou não recebem aquilo
que tanto querem, pense em como você reage a isso e já comece a ter
uma noção do que está acontecendo.
Sim, é preciso uma correção fisica, mas que não seja violenta ou
agressiva demais. Nunca iremos motivar que você machuque o seu
cachorro. Já viu como os cães e os lobos selvagens impõem a ordem
quando isso se faz necessário? Eles não atacam e ferem membros
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da matilha, eles mostram os dentes, rosnam e, quando realmente é
necessário, mordem em locais específicos para mostrar quem manda.
Não é interessante para a matilha que exista um membro ferido, isso
só diminui as chances de sobrevivência, dificulta tanto na caça quanto
na defesa de todo o grupo.
E da mesma forma você, dono(a), deve agir com o seu “filho
de 4 patas”. Fazer a correção física, na medida certa e totalmente
desprovida de violência.
Quando isso acontecer, logo após um comando, se o seu cão latir e
não lhe obedecer, segure firme na parte de trás da cabeça, exatamente
onde a mãe carrega seu filhote, e faça o som de “Shh”. Segure firme
e solte só quando ele parar de lutar, ou de se sacudir. Não recue, mas
para fazer essa ação tenha certeza de que o seu cão não vai lhe atacar,
se essa certeza não existir, bom, procure um profissional, pois o caso
do seu cachorro, sinto muito em dizer isso, já está bem grave.
Quando você toca no cachorro, já está dizendo quem é o líder e
quando o faz de forma correta, ou seja, sem raiva e frustração, mas
com uma postura calma, firme e assertiva, acredite, dificilmente, irá ter
de mostrar quem é que manda. Repita quantas vezes for necessário,
pois, no início, o seu cão irá procurar ser o líder, mas, como eles são
naturalmente seguidores, logo, o seu cão irá ceder.
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Esse é um tipo de adestramento muito usado em cães de guarda,
pois é a mais pura verdade que um bom sistema de proteção não
é quando ele efetivamente é usado e tem o resultado esperado,
mas, sim, quando a prevenção é o mais importante. Como no caso
citado anteriormente, o cão vê um estranho, late e, mostrando-se
ameaçadoramente, acaba por afastar um possível agressor. Nesse
caso, isso é um ponto positivo no latido.
Devemos lembrar que um cão treinado assim, normalmente, irá
latir para todos que se aproximarem e o melhor remédio seria tirá-lo
da frente da casa e pôr em um local onde o animal não irá ver nenhum
estranho e, assim, não irá reagir. Pense se é isso que deseja, pois os
agressores esperam o melhor momento para agir sempre e será nesse
horário que poderão agir.
O que fazer então? Simples, não adestre o seu cão para reagir
a qualquer pessoa que chegue perto da residência, e, sim, apenas
quando alguém subir no portão, muros ou outros pontos de entrada
da residência. Um bom adestrador saberá fazer e lhe orientar para
obter o melhor resultado possível.
Para um cão, latir é um ato tão natural como para nós, seres
humanos, é como falar. No entanto, aprendemos o melhor momento
para nos comunicar e, na natureza, isso não é diferente. Observe, seja
na televisão ou se puder ao vivo, se os lobos ou os cães selvagens
quando estão caçando ficam latindo ou uivando a todo o momento.
Se fizessem isso, nunca iriam obter a caça e morreriam de fome.
Faça a educação correta desde cedo, desde o momento que o
seu filho peludo chegar em casa e não terá problemas. Lembre que
filhotes são mais fáceis de educar que os adultos ou mais velhos e,
sempre, procure estudar a raça do cão que irá ter em sua casa. Há uns
mais barulhentos e outros mais silenciosos.
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8. Fugas
Saiba como evitar a famosa e perigosa esca-
pada do seu cão.
Ensinar o seu cachorro a não fugir, todas as vezes que você abre
a porta da garagem ou o portão de casa, além de não ser tão difícil, é
um conhecimento tão necessário que, em vez de colocar no próximo
livro, resolvemos por logo no primeiro exemplar. Porque, afinal, é com
o bem-estar do seu cão que nós, da Apaixonado por Cães, estamos
preocupados e, por isso, resolvemos presentear tanto você como o
seu filho de 4 patas, com esse conhecimento.
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Exercício é um ótimo caminho para a prevenção. Pode ser uma
caminhada de manhã ou até mesmo uma boa e velha corrida, não
importa a hora, o que interessa é manter o cão em atividade. Para
que, depois, possa ir descansar e assim não ficar ansioso por ter de ir
na rua assim que abrir o portão ou a porta de sua residência. Todas as
vezes que sair com o seu cachorro, mantenha a sua guia curta, com a
mão que segura a guia para trás, faça com que ele só saia para a rua
quando você dê a ordem e já estiver do lado de fora da residência. Se
o cão sair primeiro, seja antes dessa ordem ou com você ainda dentro
de seu lar, repita esse exercício simples até que o animal pare de sair
na sua frente ou sem a sua ordem. Um exercício que basta algumas
repetições com uma duração de 5 mim, em média, para já, no início,
apresentar alguns bons resultados.
Tornando isso um hábito, o cão incorpora essas ações em sua vida,
como é se alimentar e demonstrar carinho todas as vezes em que lhe
vê.
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E quando o cão não estiver comigo ou ao meu lado
sem a guia?
O próximo ensinamento é justamente para responder essa
pergunta. É realmente para aquele momento em que você chega em
casa e abre o portão para entrar, seja o da garagem ou de casa, ou,
por algum motivo como pressa ou simples descuido, deixa a porta
aberta e o cachorro foge.
Tudo começa, como sempre falo, com paciência e dedicação, é um
exercício simples, mas que precisa de muitas repetições, têm cães que
pegam logo logo, como foi o caso de Engai, aquela Akita Inu que tive,
e da atual Golden Retriever, Cristal.
Primeiro se coloca o cão afastado do portão, preso a uma guia
longa, se posicione entre ele e o portão e abre-o um pouco, quando o
cão se aproximar diga em um tom firme a palavra “Não!” ou um som
como o “Shii” impedindo-o e se este recuar ou ficar parado reforce
com petisco e com palavras afetuosas “isso”, “muito bem”. Repita
esse exercicio e, conforme a evolução do cachorro, abra cada vez
mais o portão até chegar o momento em que o portão será aberto
totalmente e o cão não irá desejar sair da casa.
No segundo momento, em estágio mais avançado, repita todo o
processo com uma pequena diferença, o cão não deverá estar preso
e sim livre para se movimentar. É importante seguir todos os passos
anteriormente de forma gradativa, pois o bom resultado foi quando
o cão estava preso agora, ele se encontra solto e por isso deve se
começar do inicio.
Apesar de ser um exercício simples, é eficiente e deve ser feito de
forma gradativa e sempre repetido, pois não existe nada melhor que
o reforço no adestramento. Aliás, todo o conhecimento que adquiriu
até aqui, é para ser repetido sempre que possível, e ,se feito de forma
calma e prazerosa, até aquele cãozinho teimoso e ou velhinho vai ter
um resultado surpreendente.
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9. Socialização entre os
cães
Não é só feio como também é uma situação muito chata, para não
falar perigosa, se deparar com uma pessoa que, durante um passeio
com o seu cão, este está totalmente arredio e pronto para morder
qualquer um ou qualquer coisa que se aproxime. É chato ter de
atravessar a rua, ficar parado e esperar o dono passar com o cachorro
e até mesmo levar um susto, quando ao virar uma esquina, de repente
e sem qualquer aviso, se deparar com um animal nesse triste estado.
Apesar de ser um problema grave, muitos donos reforçam a
agressividade de seus cães e, por incrível que pareça, muitas vezes sem
saber. Quando isso acontece, normalmente, é porque o cachorro não
teve uma boa socialização quando era mais novo e acabou adquirindo
esse péssimo hábito, ou, na tentativa de acalmar, seu proprietário
acaba por reforçar essa atitude que pode se tornar um incômodo no
início e que, com toda certeza, será extremamente perigoso em um
futuro próximo. Para todos os envolvidos, para o dono, para o animal
e para qualquer um que estiver próximo quando esse cachorro fugir
por um descuido qualquer.
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é captado pelo cachorro e ele irá sentir necessidade de defender
você e poderá avançar na pessoa desconhecida. Se quer um cão
que lhe proteja, um bom adestramento irá lhe dar esse resultado da
forma mais segura e eficiente possível, portanto, procure um bom
profissional para ter o resultado esperado.
Não seja possessivo, permita ao filhote interagir com
desconhecidos e com outros cães, leve-o para praças e parques e faça
com que toda essa interação seja a mais prazerosa possível tanto para
você quanto para o seu cachorrinho. Se você ficar calmo e tranquilo,
vai passar toda essa energia para ele e, desta forma, a possibilidade de
acidentes provocados por agressividade será bem menor.
Uma boa socialização é igual a uma alimentação de qualidade e
à prática de exercícios bem realizada, tanto para o cachorro quanto
para todos que interagem com o mesmo, sentem e recebem todos os
benefícios. O risco de acidentes com pessoas e com outros animais se
torna quase que inexistente, tudo porque o cão não se torna agressivo
por qualquer coisa e tem um temperamento calmo e tranquilo, mesmo
os de raças mais enérgicas e dominantes.
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que você e qualquer outro membro da família pode, sem sombra
de dúvida, dar todo o carinho e afeto que desejar. Isso irá funcionar
como um “petisco” e agirá como um reforço positivo, fixando esse
tipo de comportamento e não a agressividade, pois isso não é o que
queremos.
Socializar um cão não é difícil, pelo contrário, é bem simples, o que
precisa é de paciência e persistência, melhor se começar desde filhote.
Pois quanto mais cedo educá-lo para ser sociável, mais rápido e fácil
será esse tipo de condicionamento. Acostume-o de forma gradativa
às novas experiências e às sensações desconhecidas, não se precipte
e sempre respeite a personalidade do seu cachorro. A seguir, algumas
orientações para saber agir quando a necessidade aparecer:
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3. Reforce sempre, com carinho ou petisco, quando o
seu filhote demonstrar afeto e tranquilidade perto de um
estranho ou um animal. No entanto, faça essa aproximação
de forma gradativa, só permita que um desconhecido
toque no seu cachorro se realmente tiver 100% de certeza
de que não irão ocorrer acidentes.
4. Esteja sempre preparado para evitar qualquer
acidente, reprima antes da ação do cão. Se o mesmo se
mostrar arredio, não force e não permita de forma alguma
o contato com a pessoa desconhecida. É melhor pedir
desculpas do que ser processado e, talvez, preso.
5. Como toda educação e método de adestramento,
a socialização deve ser feita frequentemente e de forma
agradável.
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Para finalizar, termino dizendo e reforçando que o segredo está
na paciência; pois nunca um animal irá ficar sociável de uma hora para
outra, no hábito; esse é um ensinamento que deve ser realizado com
frequência, na liderança frequente; pois se o seu cachorro perceber
que você não se sente seguro ele irá agir da melhor forma e com tudo
que a natureza lhe deu e, por último e não menos importante, seja
sempre firme; nunca aceite que o seu cão demonstre agressividade
desnecessária, repreenda de forma rígida, mas nunca com raiva ou
frustração.
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10. Relação entre cães e
crianças
Não é de hoje que existe um senso comum que casa que tem
crianças e cachorros é uma casa feliz. Sem sombra de dúvida, nisso,
há uma certa dose de verdade, certa dose sim, porque se essa relação
não se der de forma saudável, respeitosa e com responsabilidade,
principalmente, por parte dos adultos, nesse convívio, podem nascer
alguns incômodos e até fatalidades, seja para a criança ou para o cão.
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A partir desse breve conhecimento, podemos responder à
pergunta anterior e entender por que um cachorro pode agredir uma
criança. Os motivos são inúmeros, mas irei me ater aos exemplos mais
comuns.
O animal pode estar protegendo um objeto qualquer, o próprio
alimento ou os filhotinhos. De alguma forma, pode entender que
o seu dono ou a residência em que vive, que para o cachorro é seu
território, está sendo de alguma forma ameaçada. O cachorro pode
estar doente ou ferido, ter sofrido maus-tratos, como um pisão no
rabo ou um puxão em uma das suas orelhas e, até mesmo, em uma
brincadeira abrutalhada, o cão, por ser um animal e estar muito
excitado, pode, de alguma forma, machucar a criança sem querer.
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Para evitar acidentes e incômodos de qualquer tipo um excelente
caminho seria educar tanto a criança quanto o cachorro:
• A criança precisa aprender que não deve colocar o rosto perto
do focinho ou retirar qualquer objeto da boca do cão.
• É necessário socializar e interagir assim que o cão chegue em
casa e logo nos primeiros meses, se for um filhotinho. O animal deve
ser apresentado a crianças de todas as idades, etnias, bem como é
necessário fazê-lo se acostumar com a correria, gritaria e brincadeiras
dos nossos pequenos filhotes. Mesmo que no seio familiar não tenham
crianças, pois, no futuro, o cachorro poderá interagir com uma e deve
saber como proceder.
• A criança deve, desde a tenra idade, aprender a agir e respeitar
todos os animais que encontrar. Deve, desde cedo, aprender que há
momentos e locais ideiais para brincadeiras e, o mais importante,
deve saber como tocar no cachorro.
• Essa interação deve ser SEMPRE positiva, com muito respeito
e carinho entre ambos. Pois é fato que os benefícios serão inúmeros,
tanto para a criança quanto para o animal.
• A criança deve saber reconhecer quando o cão está disposto
para interagir. Respeitando-o se este apresentar sinais de que está
indisposto ou cansado, quando está descansando, cuidando dos
filhotes ou se alimentando.
• A criança tem de saber que só deve brincar com o seu próprio
cachorrinho e, apenas, sob a presença de um adulto.
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É um erro acreditar que o cachorro adora ter crianças abrançando-
os, beijando-os, puxando seu pelo, cauda e orelhas o tempo todo. Se
fosse realmente assim, não iria existir seleção de cães ou adestramento
para as terapias com animais, onde inúmeras vezes usam os cachorros
como terapeutas. Simplesmente, pegaríamos um cão e levaríamos
para os hospitais, asilos e orfanatos sem qualquer tipo de socialização
ou adestramento.
É sua e somente sua a total responsabilidade do convívio entre esses
dois serezinhos extremamente preciosos. Os dois devem aprender a
tolerar um ao outro e conhecerem os próprios limites e situações de
risco. Quando essa convivência é pacífica, com muito amor, carinho
e respeito os benefícios são inúmeros. Tanto o cachorrinho quanto a
criança crescem saudáveis, felizes e com muito amor no coração.
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11. A Escolha da Raça
Um cão vive, em média, 10 anos. Alguns vivem mais e outros
menos, para a nossa tristeza...
Um detalhe extremamente importante é a escolha da raça que
você deseja ter, seja filhote ou adulto, comprado de um canil idôneo
ou adquirido como adoção, deverá estar ligada ao seu estilo de vida
porque cada raça possui características próprias e isso minimiza
bastante a possibilidade do cão apresentar alguns desvios de
comportamento.
O carinho que você sente por uma raça é, sem sombra de dúvidas,
um gosto pessoal e algo que só você pode explicar. No entanto, antes
de fazer a escolha, você deve pensar no peso e no tamanho que seu
novo amigo irá ter quando ficar adulto.
Hoje, existem aproximadamente 400 raças caninas e cada qual
com tamanho, peso, personalidade e características diferentes. São
tantas raças maravilhosas que facilmente nos perdemos na escolha se
não possuirmos alguns pré-requisitos a cumprir. Eu mesmo já passei
por isso! :)
Além disso, não podemos subestimar a mudança em nossas vidas
que um cão poderá fazer e é por isso que você tem que saber o que
realmente quer para os seus próximos 10 anos.
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Vejamos alguns exemplos:
Se você tem uma família com crianças, você pode escolher um
Basset Hound, um Golden Retriever ou um Rottweiler.
Se por acaso você gosta de esportes, com certeza uma boa escolha
seria um Staffordshire Bull Terrier, Border Collie, Husky Siberiano ou
um Labrador.
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Se você tem o desejo de ter um cão, mas vive em apartamentos ou
em uma casa com pouco espaço, você irá amar um Yorkshire, Basenji
ou um Schnauzer miniatura.
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Macho ou Fêmea? Eis a questão
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A idade perfeita para um filhote
seria de 9 semanas a 12 semanas
Comprar ou adotar?
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Nestas duas situações (compra ou adoção), é imprescindível você
observar a saúde e o comportamento do cão. Para isso você pode pedir
orientação ao veterinário conhecido ou do próprio estabelecimento,
e nunca se esqueça de solicitar a cartilha de vacinação do cão que
deseja.
Agora, O Nome
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Palavras Finais
Obrigado por ler esse guia feito especialmente para você. Espero
que, sinceramente, este guia possa aprimorar a sua relação, assim
como a de sua família, com o seu mais novo e melhor amigo porque,
afinal, somos todos apaixonados por cães!
Paulo I.S.Doreste
Diretor Executivo Dog Coach (Adestramento de Cães)
Administrador do Apaixonado por Cães
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62
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para um adestramento
profissional e consistente.
Adestradores não precisarão O profissional que detiver
mais trabalhar na marginalidade, a carteira da associação
como indivíduos autônomos, será, portanto, um adestador
e sim como parte de um corpo capacitado a exercer um
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Apaixonado por Cães
Eduque facilmente
o seu cão
Este guia é baseado, simplesmente,
em você poder criar e fortalecer os laços
com o seu cachorro. Quando o seu cão
faz aquilo que você deseja, é exatamente,
neste momento, que o animal ganha uma
recompensa e você a sua: ter a companhia
de um companheiro fiel, sem afrontos
diários, apenas a alegria de ser não apenas
dono, mas líder e amigo de seu cão.