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Fundamentos de Pneumática

No momento em que iniciamos nosso estudo dos fundamentos da


Pneumática, devemos primeiramente reconhecer que a força contida no ar
comprimido é um outro método usado para transferir energia. Essa
transferência de energia é proveniente de um gerador principal ou de uma
fonte de energia de entrada, e se destina a um atuador ou dispositivo de
saída. Esse meio de transferir energia, apesar de nem sempre ser o mais
eficiente, quando adequadamente aplicado, pode proporcionar um melhor
controle na execução de um trabalho. Energia pode ser definida como a
capacidade de realizar trabalho.

VOCÊ SABIA?

O ar que respiramos é compressível e é composto principalmente de


Nitrogênio e Oxigênio.

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Fundamentos de Pneumática

Tanto a Pneumática como a Hidráulica são aplicações de energia fluida. A


Pneumática utiliza um gás facilmente compressível, como o ar ou um gás
puro adequado, enquanto que a Hidráulica usa um meio líquido relativamente
incompressível como, por exemplo, óleo. A maioria das aplicações
pneumáticas industriais utiliza pressões entre 80 e 100 libras por polegada
quadrada (psi), enquanto que as aplicações hidráulicas usam em geral entre
1.000 e 5.000 psi.

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Vantagens da Pneumática

• Simplicidade de Projeto e de Controle


As máquinas são projetadas com facilidade, usando cilindros e outros componentes
padronizados. O controle é tão fácil e simples como uma chave Liga-Desliga.

• Confiabilidade
Os sistemas pneumáticos tendem a oferecer tempos de operação longos e requerem
pouca manutenção.
Como o gás é compressível, o equipamento tem menos probabilidade de ser
danificado devido a choques. No sistema pneumático o gás absorve a força
excessiva, enquanto que no hidráulico o fluido transfere a força diretamente.

• Armazenamento
O gás comprimido pode ser armazenado, permitindo o uso de máquinas, mesmo
quando ocorre falta de energia elétrica.

• Segurança
Chance muito reduzida de incêndio (em comparação com o óleo hidráulico).

As máquinas podem ser projetadas para serem à prova de sobrecargas.

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Detalhes sobre Pneumática

A expressão Pés Cúbicos por Minuto (CFM) é uma unidade de medição do


fluxo de um gás ou líquido e indica quanto volume, em pés cúbicos, passou
por um determinado ponto estacionário em um minuto.

A maioria dos compressores de ar tem sua especificação em CFMs,


entretanto a especificação real do fluxo é dependente de temperatura,
umidade relativa do ar, compressão e vácuo presentes no sistema.

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Detalhes sobre Pneumática

O padrão da indústria para a medição do fluxo de ar é denominado pés


cúbicos por minuto padrão ou SCFM. SCFM representa a taxa de fluxo
volumétrico de um gás corrigida para condições “padronizadas” de
temperatura, pressão e umidade relativa do ar, representando, desse modo,
uma taxa precisa do fluxo de massa.

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Detalhes sobre Pneumática

PSI (libras por polegada quadrada) é uma unidade de pressão em relação à


atmosfera circundante. Por contraste, psia (libras por polegada quadrada
absoluta) mede a pressão em relação ao vácuo (como aquele do espaço).

Ao nível do mar, a atmosfera da Terra efetivamente exerce uma pressão de


14,7 psi. Os seres humanos não sentem essa pressão porque a pressão
interna do líquido em seus corpos se iguala com a pressão externa. Se um
medidor de pressão for calibrado para ler zero no espaço, no nível do mar da
Terra ele leria 14,7 psi. Portanto, uma leitura de 30 psig, na Terra, em um
medidor de pneus, representa uma pressão absoluta de 44,7 psi.

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Componentes do Sistema

Primeiramente, o ar comprimido é encaminhado através de uma serpentina


de resfriamento para um secador a ar, que remove umidade e impurezas do
óleo, e também pode incluir um regulador de pressão, uma válvula de
segurança e um reservatório menor de purga. Como alternativa ao secador a
ar, o sistema de suprimento poderá estar equipado com um dispositivo
anticongelamento e um separador de óleo. O ar comprimido é então
armazenado em um reservatório, a partir do qual poderá ser distribuído.

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Componentes do Sistema

O compressor de ar é acionado pelo motor, seja através de uma polia no


eixo comando ou diretamente a partir das engrenagens de sincronização do
motor. Ele é lubrificado e resfriado pelos sistemas de lubrificação e
arrefecimento do motor.
Os fabricantes classificam os compressores pelo fluxo de ar, em pés cúbicos
por minuto, entregue em uma determinada pressão. Um compressor precisa
ser dimensionado de modo a prover pressão e fluxos adequados para o
sistema.

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Componentes do Sistema

Os compressores Recíprocos produzem pulsação em seu ar de saída e são


dos tipos de estágio único, ou de dois estágios. Os compressores de
estágio único operam até cerca de 125 psi, mas começam a ficar muito
ineficientes acima de 90 psi.
Os compressores com dois estágios operam até 175 psi. Um compressor de
dois estágios é capaz de produzir uma pressão maior de forma mais
eficiente do que um compressor de estágio único a partir da mesma
potência em cavalos.

Estágio Único Dois Estágios

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Componentes do Sistema

O compressor com pistão recíproco é composto por uma carcaça que abriga
um ou mais pistões conectados a um eixo comando. Os pistões se alternam
dentro dos cilindros na carcaça. Existem, no cabeçote de cada cilindro, duas
válvulas – uma na porta de entrada e a outra na porta de saída. O maior
pistão primário é o primeiro estágio e o pistão menor é o segundo estágio.

Primeiro Estágio Segundo Estágio

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Componentes do Sistema

Um compressor do tipo a pistão opera segundo o mesmo princípio que os


estágios de admissão e compressão de um motor a explosão.
• Estágio de admissão: O curso descendente do pistão cria um vácuo no
interior do cilindro, o que faz com que a válvula de admissão se abra. Isso
permite que o ar atmosférico flua para o interior do cilindro através da
válvula de entrada.

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Componentes do Sistema

• Estágio de compressão: O movimento ascendente do pistão comprime o ar


no cilindro. A crescente pressão não consegue escapar após atravessar a
válvula de admissão (que foi fechada pelo ar comprimido). Conforme o
pistão se aproxima do topo do curso, o ar pressurizado é forçado através da
válvula de descarga para a linha de descarga que leva ao reservatório.

12 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O compressor é acionado
constantemente pelo motor. Sempre
que o motor está funcionando, o
mesmo ocorre com o compressor.
Quando a pressão no sistema for
adequada, variando desde uma pressão
baixa, de 80 psi, até uma pressão alta
de 135 psi, não será necessário que o
compressor bombeie o ar.
Um regulador controla a pressão
mínima e máxima do ar no sistema,
determinando quando o compressor
bombeia ar. Isso é conhecido como o
estágio de “carregamento” ou de
“descarregamento”. Quando a pressão
do sistema atinge seu máximo, que
está entre 115 e 135 psi, o regulador
coloca o compressor no estágio de
“descarregamento”.

13 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

A colocação do compressor no estágio de descarregamento é feita


direcionando a pressão do ar para as válvulas de admissão do compressor
mantendo-as abertas. Quando a pressão no sistema cair, as válvulas de
admissão se fecham, retornando o compressor para o estágio de
“carregamento”. O regulador terá de colocar o compressor no estágio de
“carregamento” em pressão não inferior a 80 psi. Durante o estágio de
“descarregamento”, o compressor consegue se resfriar.

O compressor terá de ser capaz de aumentar a pressão de ar no reservatório


de 50 para 90 psi em três minutos. O compressor poderá não ser capaz de
atingir essa pressão, caso o filtro de ar esteja obstruído ou a correia
deslizando. Se esta não for a causa, então o compressor poderá estar com
defeito.

14 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O compressor com Aletas é composto por uma carcaça dotada de uma porta
de entrada e uma porta de saída. No interior da carcaça há uma grande
cavidade cilíndrica e, excentricamente localizada no interior da carcaça, há um
rotor e aletas, que giram sobre o eixo de entrada.

Entrada
Saída

Conforme o eixo de entrada gira, pressionando as aletas para fora, em direção


à carcaça, são criadas diversas câmaras de bombeamento. Conforme as aletas
passam pela porta de admissão, o ar entra na câmara através da admissão e
é capturado na medida em que se move em direção da porta de saída.
Conforme o eixo de entrada gira, o tamanho da câmara de bombeamento
diminui, comprimindo o ar na medida em que ele se aproxima da porta de
saída.

15 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O Filtro de Ar de Entrada é a primeira linha de defesa do sistema


pneumático. Os compressores deveriam idealmente estar localizados em uma
área onde ar resfriado e limpo esteja disponível. Um filtro de ar de tamanho e
grau de filtragem adequados, instalado na admissão do compressor, protegerá
esse compressor de partículas indesejáveis existentes no ar. O filtro de
admissão deverá ser limpo ou substituído freqüentemente para garantir que o
compressor opere em eficiência máxima.

Entrada Saída

16 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O Filtro de Ar de Saída é a segunda linha de defesa do sistema pneumático.


Os filtros convencionais (standard) removem partículas sólidas. Os filtros
coalescentes removem vapores oleosos e gotículas de água. freqüentemente
os filtros coalescentes são instalados após o aftercooler e antes do secador de
ar. Já os filtros standard são em geral instalados logo após alguns secadores
de ar para garantir que nenhum dessecante seja transportado adiante.

Standard Coalescente Absorvedor de Vapor

17 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O Filtro Standard é composto por


uma carcaça, um copo, um elemento
filtrante um defletor e um anteparo.
O ar que entra na carcaça do filtro é
encaminhado para baixo, através do
defletor. O defletor faz com que o ar
se desloque, de acordo com um
movimento em espiral ao redor do
elemento filtrante. As gotículas de
água e as partículas pesadas são
lançadas contra a parede do copo. Os
contaminantes caem abaixo do
anteparo na parte inferior do copo. O
anteparo cria uma zona sem
movimento na parte inferior do copo,
para que os contaminantes não sejam
reintroduzidos no fluxo de ar.

18 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O Filtro Coalescente é composto por


uma carcaça do filtro, um copo com
dreno e um elemento coalescente.
Conforme o ar entra na carcaça do
filtro, é encaminhado para baixo,
através do centro do elemento
coalescente. Passa em seguida
através da diversas camadas do
material filtrante. Os vapores oleosos
e a névoa úmida aderem ao meio
filtrante. Na medida em que o óleo e a
água são coletados, formam gotículas
que gravitam até a parte de baixo do
filtro, e caem em sua parte inferior.

19 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O Filtro Absorvedor de Vapor é


composto por uma carcaça, um copo
e um elemento de carvão ativado.
O ar entra pela porta de entrada da
carcaça e flui para baixo, através do
centro do elemento de carvão ativado.
Na medida em que o ar passa através
do elemento filtrante de carvão
ativado, os vapores oleosos são
atraídos e absorvidos pelo carvão. O
ar isento de óleo se desloca para
cima, no espaço existente entre o
elemento de carvão ativado e o copo,
saindo através da porta de saída.

20 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Os Lubrificadores são o terceiro componente do trio filtro-regulador-


lubrificador (FRL).
Um lubrificador adiciona uma névoa oleosa no fluxo de ar para lubrificar os
componentes que ele atravessa a partir desse ponto. Os lubrificadores
deverão ser colocados o mais próximo possível dos componentes que devam
ser lubrificados. Nunca devem estar localizados em um circuito onde ocorra
um fluxo inverso.

Tipo de Névoa Oleosa Tipo Micro Fog

21 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Um Intercooler é um trecho da tubulação que conecta a saída de um estágio


compressor ao estágio de entrada do estágio seguinte. Essa tubulação é
dotada de muitas aletas que ajudam a dissipar o calor gerado durante a
compressão.
Uma ventoinha ou uma polia especial no compressor cria um fluxo de ar
através das aletas do intercooler. O resfriamento do ar entre os estágios do
compressor aumenta a eficiência do compressor.

22 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Um Aftercooler é uma unidade trocadora de calor colocada na linha de ar


entre o compressor e o receptor do ar. Conforme o ar é resfriado, a umidade
nele presente se condensa. Um aftercooler adequadamente dimensionado
removerá o calor acumulado durante o processo de compressão, assim como
a maior parte da umidade existente no ar. Geralmente são usados dois estilos
de aftercoolers: resfriado a água e resfriado a ar.

23 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Um Secador de Ar é um dispositivo destinado a remover vapor de água


existente no ar comprimido. A umidade sempre está presente no ar ao nosso
redor. Quando o ar é comprimido, a umidade e as moléculas de ar ficam mais
concentradas. Umidade excessiva pode lavar e afastar os lubrificantes,
causando excessivo desgaste, oxidação e corrosão das peças metálicas.

Tipos de Secadores de Ar comprimido:

• Secadores com dessecante

• Secadores refrigerados

• Secadores Deliquescentes

24 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O receptor do ar denominado “Reservatório" é um vaso de pressão que


precisa atender às normas da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos
(ASME). Como implicado no nome, o receptor do ar recebe o ar proveniente
do compressor.

As funções do receptor de ar são:


1. Armazenar ar
2. Amortecer picos transitórios de pressão
3. Permitir que o ar se resfrie, condensando o vapor de água.

25 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Em geral, os veículos com freio a ar estão equipados com mais de um


reservatório. Isso proporciona dois suprimentos de ar, conhecidos como
primário e secundário, para os freios de serviço e freios de estacionamento.
Os reservatórios estão equipados com válvulas de drenagem, para que
qualquer umidade ou borra porventura acumuladas possam ser drenadas.
Para minimizar o volume de água coletado, todos os reservatórios deverão ser
drenados diariamente. Sob condições extremas, os reservatórios poderão
precisar ser drenados mais de uma vez por dia. Alguns reservatórios podem
estar equipados com válvulas de drenagem automáticas também conhecidas
como válvulas spitter.

26 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Válvulas de Segurança são usadas para evitar que os reservatórios fiquem


excessivamente pressurizados e se expandam demais caso o regulador falhe e
não coloque o compressor no estágio de descarregamento.
Uma válvula de alívio de segurança é composta por uma carcaça de válvula
dotada de portas de entrada e de saída, uma mola e um gatilho. Caso a
pressão se torne excessivamente alta, começará a pressionar o gatilho para
longe da entrada da válvula, comprimindo a mola. Isso permite que o ar seja
ventilado de volta para a atmosfera através da válvula.

27 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Um Regulador é uma a válvula de pressão normalmente aberta que


monitora a pressão na porta secundária para limitar a pressão na parte a
jusante do circuito.
Os reguladores utilizam ou um pistão ou um diafragma para detectar a
pressão secundária. Em muitos modelos, o ajuste de uma forte mola de
controle regula a pressão.
Os reguladores dotados do recurso de ventilação aliviam a pressão
secundária excessiva através da abertura de uma porta de exaustão caso a
pressão secundária ultrapasse o ajuste da válvula.

Regulador Sem Alívio Regulador Com Alívio

28 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

As Válvulas de Controle Direcional podem ser de três tipos básicos:


válvulas de spool, válvulas gatilho ou válvulas de placa deslizante. Elas podem
ser acionadas manualmente, mecanicamente, através de solenóide ou por
piloto. O número de vias de uma válvula se refere ao número total de portas
de trabalho, portas de suprimento e portas de exaustão. As portas piloto não
são levadas em consideração. As válvulas podem ter duas ou três posições. As
válvulas de duas posições permitem ligar ou desligar e/ou inverter o sentido de
um fluxo. As válvulas de três posições oferecem uma posição neutra, de modo
que os atuadores possam ser imobilizados no meio do curso. Quando a pressão
é aplicada, se reduz ao longo da válvula e a especificação de fluxo da válvula é
usada para determinar o volume de fluxo que a válvula pode controlar.

29 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Os atuadores da válvula de controle direcional podem ser divididos em dois


grupos: manuais e mecânicos. Os atuadores manuais são aqueles em que
um operador atua fisicamente para desviar a válvula. Os atuadores manuais
comuns incluem com botão de pressão, com alavanca manual e com pedal
ou balancim.
A atuação mecânica é obtida através do uso de um came dotado de êmbolo,
um piloto hidráulico, um piloto a ar, um solenóide elétrico ou molas.

30 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

No exemplo abaixo, a válvula de atuação direta com mola de offset é do


tipo com três posições, cinco portas, 4 vias, operada por alavanca.

31 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

As válvulas Solenóide são usadas para controlar a operação de algumas


funções. O estilo da válvula usada varia de acordo com a operação a ser
executada.
O estilo mais comumente usado é do tipo Liga/Desliga (On/Off). Entretanto,
algumas válvulas solenóide do estilo com piloto a ar são usadas para desviar
a válvula spool através de um caminho criado pela válvula solenóide.

32 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Uma válvula gatilho é composta por


um gatilho e a carcaça da válvula. O
gatilho se movimenta dentro do
diâmetro interno do corpo da válvula
para abrir e fechar percursos do fluxo.
Conforme o atuador movimenta o
gatilho, todos os percursos de fluxo se
abrem, fazendo com que o ar passe
para fora, tanto através da porta de
exaustão como pela porta de trabalho.
Ao final do curso, o gatilho encaminha
o fluxo, da porta de pressão para a
porta de trabalho. A porta de exaustão
é bloqueada. Quando o atuador é
liberado, a mola empurra o gatilho para
cima, bloqueando a porta de pressão e
exaurindo o ar, da porta de trabalho
para a porta de exaustão.

33 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Em geral as válvulas Relé são


válvulas do tipo atuadas por ar e são
usadas em circuitos de freios. Essas
válvulas são controladas por um sinal
piloto de energização, e se movem
com a finalidade de direcionar um
maior volume de ar destinado às
câmaras de freio para a aplicação ou
liberação dos freios.

34 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

As válvulas para Proteção do


Circuito podem ser usadas quando
são empregados múltiplos circuitos
de ar com a finalidade de frenagem.
Essas válvulas garantem que toda a
pressão do sistema não seja perdida,
caso ocorra mal funcionamento com
um componente ou com a linha de ar.
Normalmente, apenas o circuito com
mal funcionamento será afetado,
permitindo no entanto a operação de
quaisquer outros circuitos.

35 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

A Válvula de Retenção básica permite o fluxo apenas em um sentido.


Uma válvula de retenção é composta por três componentes principais: o
corpo da válvula dotado de portas de entrada e de saída, uma esfera ou
gatilho e uma mola para manter a esfera ou o gatilho pressionados contra a
sede da válvula. Caso o fluxo de ar adentre uma válvula de retenção no
sentido contrário, o gatilho será pressionado firmemente contra a sede,
bloqueando o fluxo de ar. No sentido de fluxo livre, o ar empurra a
extremidade do gatilho, pressionando-o para fora da sede. O ar flui através
dos furos em formato de cruz do gatilho e para fora através da extremidade
oposta da válvula.

36 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Uma válvula de retenção do tipo Pilot-to-Open oferece a opção de


sobrepujar o fluxo bloqueado no sentido de não-fluxo, através de um sinal
piloto. Além da mola e do gatilho da válvula de retenção standard, a válvula
de retenção operada por piloto tem uma porta para piloto externo e um
conjunto de pistão.

Sinal Piloto

37 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

As Válvulas de Retenção, são freqüentemente chamadas de válvulas


“OR”. O corpo da válvula de retenção tem duas portas de entrada e uma
porta de saída. A pressurização da porta de entrada número um faz com
que a esfera ou gatilho se mova e bloqueie a porta de entrada número dois.
O ar flui, da porta pressurizada para a porta de saída. A pressurização da
porta de entrada número dois permitirá o fluxo, da porta de entrada
número dois para a porta de saída. Se ambas as portas de entrada forem
pressurizadas, a porta de entrada com a maior pressão sobrepujará o outro
sinal de entrada. O fluxo será da porta de entrada com a pressão mais alta
para a saída.

38 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Uma válvula de Controle de Fluxo é um dispositivo de restrição instalado


em uma linha de ar para regular o fluxo de ar. A regulagem do fluxo de ar
destinado ao/ ou proveniente do atuador controla a velocidade de um
atuador.
Pode ser utilizado um orifício tanto fixo como variável, para controlar a
razão do fluxo. A genuína válvula de controle de fluxo mede o fluxo em um
sentido, permitindo o fluxo irrestrito na direção inversa por meio de uma
válvula de retenção reversa.

39 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

A válvula operada a pedal (Treadle)


é o meio utilizado para aplicar ar
para operar os freios. A distância
percorrida pelo pedal quando
pressionado pelo pé do condutor
determina a pressão de ar que será
aplicada, no entanto a aplicação
máxima não ultrapassará a pressão
no reservatório. Tirando-se a
pressão da válvula operada a pedal
será liberado o freio.

40 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Uma Câmara de Freio é um recipiente circular dividido ao meio por um


diafragma flexível. A pressão do ar contra o diafragma faz com que ele se
mova para longe dessa pressão, forçando a vareta para fora, contra o
ajustador de folga. A força exercida por esse movimento dependerá da
pressão do ar e do tamanho do diafragma. Caso ocorra um vazamento no
diafragma, permitindo o escape do ar, isso reduzirá a eficácia da câmara de
freio. Se o diafragma estiver completamente rompido, os freios ficarão
ineficazes.

41 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Dependendo do sistema de freio, podem ser usados dois tipos de câmaras.


São normalmente utilizadas câmaras de freio Simples e Dual (Maxi), sendo
que o estilo simples é usado apenas para freios de serviço e o estilo de
câmara dual para as funções de freio de serviço e freio de estacionamento.

42 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O Atuador é o componente de interface que converte a energia pneumática


em energia mecânica. Um atuador pode ser um cilindro que executa um
movimento linear ou um motor pneumático que fornece movimento
rotativo.

Cilindro de Ação Dupla Motor de Aletas Motor a Pistão

43 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Os principais componentes de um Cilindro de Ação Simples são tambor,


tampa de ponta, portas de entrada, o conjunto de pistão e vareta, mola de
retorno e vedações.
Os cilindros de ação simples utilizam a pressão exercida pelo ar comprimido
para criar uma força de acionamento em um sentido (normalmente para fora),
e uma mola para fazer com que ele retorne à posição inicial ("home”).
Entrada de Ar

Mola de Retorno

44 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Os principais componentes de um Cilindro de Ação Dupla são tambor, dois


caps de ponta com portas, o conjunto de pistão e vareta e vedações.
A pressurização da extremidade oposta à vareta, ao mesmo tempo em que se
exaure a ponta da vareta, estenderá o cilindro. Quando a ponta da vareta é
pressurizada e a ponta do cap exaurida, o cilindro se retrai.

45 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

Os Motores de Ar com Aletas têm um corpo dotado de duas portas e uma


cavidade cilíndrica. Localizados de forma centralizada no interior da
cavidade do motor estão o rotor, eixo de saída, aletas e molas. As molas
mantém as aletas pressionadas contra a parede do corpo.
O ar comprimido que está pressionando as aletas cria um desequilíbrio na
força entre a entrada e a saída. Esse desequilíbrio gera torque. As aletas
giram o motor e o motor gira o eixo de saída.

46 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain


Componentes do Sistema

O Motor a Pistão é composto por uma carcaça dotada de diversos cilindros,


um pistão em cada cilindro, um eixo de saída e válvulas.
Uma válvula de controle direciona o fluxo tanto para dentro como para fora do
cilindro. O ar direcionado para um cilindro pressiona o pistão contra o eixo,
fazendo com que o eixo gire. Ao mesmo tempo em outro cilindro, o pistão
está pressionando o ar para fora da porta de exaustão. O eixo de saída gira
conforme os cilindros são pressurizados e exauridos.

47 Teoria da Pneumática Grove Manitowoc National Crane Potain

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