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1 Auxiliar Administrativo
1 Auxiliar Administrativo
SUMÁRIO
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HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO
Evolução
A história da Administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais precisamente no ano
5.000 a.C, na Suméria, quando os
antigos sumerianos procuravam
melhorar a maneira de resolver
seus problemas práticos,
exercitando assim à arte de
administrar.
Apontam-se, ainda, outras raízes históricas. As instituições otomanas, pela forma como eram
administrados seus grandes feudos. Os prelados católicos, já na Idade Média, destacando-se
como administradores natos. A Alemanha e a Áustria, de 1550 a 1700, através do
aparecimento de um grupo de professores e administradores públicos chamados os fiscalistas
ou cameralistas. Os mercantilistas ou fisiocratas franceses, que valorizavam a riqueza física e
o Estado, pois ao lado das reformas fiscais preconizavam uma administração sistemática,
especialmente no setor público.
Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a Igreja Católica
Romana e as Organizações Militares. A Igreja Católica Romana pode ser considerada a
organização formal mais eficiente da civilização ocidental. Através dos séculos vem
mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a eficácia de suas técnicas
organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo mundo e exercendo influência,
inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus fiéis.
As Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e dos
exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos modernos com uma hierarquia
de poder rígida e adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas as empresas
da atualidade. O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna
administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX,
chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças
econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial.
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por
James Watt, em 1776. A aplicação da máquina a vapor no processo de produção provocou um
enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda a Europa e Estados
Unidos.
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A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a
1860. É a revolução do carvão, como
principal fonte de energia, e do ferro,
como principal matéria-prima.
Difícil é precisar até que ponto os homens da Antiguidade, da Idade Média e até mesmo do
início da Idade Moderna tinham consciência de que estavam praticando a arte de administrar.
Em 1911, Taylor publicou o livro considerado como a "bíblia" dos organizadores do trabalho:
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, que tornou-se um best-seller no
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mundo inteiro. Reconhece-se hoje que as propostas pioneiras de Taylor deflagraram uma
"febre" de racionalização, que prepararam o terreno para o advento do TQC (Total Quality
Control), ocorrido ao longo do pós-guerra. As propostas básicas de Taylor: planejamento,
padronização, especialização, controle e remuneração trouxeram decorrências sociais e
culturais da sua aplicação, pois representaram a total alienação das equipes de trabalho e da
solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da produção artesanal. Apesar das
decorrências negativas para a massa trabalhadora, que as propostas de Taylor acarretaram,
não se pode deixar de admitir que elas representaram um enorme avanço para o processo de
produção em massa.
Paralelamente aos estudos de Taylor, Henri Fayol que era francês, defendia princípios
semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os
métodos de Taylor eram estudados por executivos europeus, os seguidores da Administração
Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados
Unidos. O atraso na difusão generalizada das idéias de Fayol
fez com que grandes contribuintes do pensamento
administrativo desconhecessem seus princípios. Fayol
relacionou 14 (quatorze princípios básicos que podem ser
estudados de forma complementar aos de Taylor. As 05
(cinco) funções precípuas da gerência administrativa como:
planejar, comandar, organizar, controlar e coordenar, o já
conhecido e exaustivamente estudado nas escolas de
administração -PCOCC - são os fundamentos da Teoria
Clássica defendida por Fayol. Esta Teoria considera: a
obsessão pelo comando, a empresa como sistema fechado e a
manipulação dos trabalhadores, que semelhante à Administração Científica, desenvolvia
princípios que buscavam explorar os trabalhadores. Traçando-se um paralelo entre a
Administração Científica e a Administração Clássica, conclui-se que enquanto Taylor
estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção, Fayol a estudava privilegiando as
tarefas da organização. A ênfase dada pelo primeiro era sobre a adoção de métodos racionais
e padronizados e máxima divisão de tarefas enquanto o segundo enfatizava a estrutura formal
de empresa e a adoção de princípios administrativos pelos
altos escalões.
No Brasil
Na história da evolução da Administração não se pode
esquecer a valiosa contribuição de Elton George Mayo, o
criador da TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS,
desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos e mais
recentemente, com novas idéias, com o nome de Teoria do
Comportamento Organizacional. Ela foi, basicamente, o
movimento da reação e de oposição à Teoria Clássica da
Administração, com ênfase centrada nas PESSOAS. Teve
como origem: a necessidade de humanizar e democratizar a
administração, o desenvolvimento das chamadas ciências
humanas (psicologia e sociologia), as idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da
Psicologia Dinâmica de Kurt. Lewin e as conclusões do Experimento de Hawthorne, já
bastante estudado e discutido nas escolas de administração. Em 1932, quando a experiência
foi suspensa, estavam delineados os princípios básicos da Escola de Relações Humanas, tais
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como: o nível de produção como resultante da integração social; o comportamento social do
empregado; a formação de grupos informais; as relações interpessoais; a importância do
conteúdo do cargo e a ênfase nos aspectos emocionais.
Para essa teoria a empresa e sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no
ambiente externo, isto é, à medida que o meio ambiente muda, também ocorrem mudanças na
empresa e na sua administração como conseqüência. Assim sendo, os princípios fundamentais
das Teorias de Taylor, Fayol, Mayo e Weber foram e serão sempre os pilares da evolução e do
desenvolvimento da ciência da Administração e que têm motivado e impulsionado os estudos,
pesquisas, trabalhos e obras dos seus seguidores até os nossos dias. É importante conhecer a
história da Administração no Brasil e os precursores da luta de
torná-la reconhecida.
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A entidade recém-criada começou a desenvolver esforços com vistas a preparação de um
projeto de lei que institucionalizasse a administração. É de inteira justiça salientar aqui a
inestimável colaboração do Professor Alberto Guerreiro Ramos, Técnico de Administração
do DASP, na época Deputado Federal, para aprovação do projeto. Guerreiro Ramos foi
decisivamente apoiado pela ABTA na luta pela sanção presidencial, já que a reação de
poderosas forças contrárias pugnava pelo veto.
Afinal, com o importante apoio do Diretor Geral do DASP, a Lei nº 4769, foi sancionada em
09 de Setembro de 1965, pelo então Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo
Branco. Para implantação da citada Lei, o Ministério do Trabalho nomeou uma Junta Federal
presidida por Ibany da Cunha Ribeir, aliada à ABTA, presidida por A. Nogueira de Faria, que
forneceu sua estrutura e seus recursos materiais e humanos, implantando assim os Conselhos
Regionais de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Bahia.
Entre os que exerceram o cargo de Técnico de Administração no DASP, além dos acima
mencionados, podemos citar Celso Furtado e Belmiro Siqueira. Este último ocupou vários
cargos naquela repartição pública, dentre eles o de Diretor Geral, em 1967 e 1968. BELMIRO
SIQUEIRA é o Patrono dos Administradores, título que lhe foi outorgado "post-mortem" e dá
nome ao concurso nacional anualmente promovido pelo Sistema CFA/CRAs: prêmio
"BELMIRO SIQUEIRA DE ADMINISTRAÇÃO".
Administrador, professor, consultor, assessor governamental, colunista de vários jornais,
sempre escrevendo sobre assuntos ligados a sua área de atuação. Autor de vários trabalhos
sobre Administração foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e Vice Presidente do Conselho
Federal de Administração - CFA, até 28 de Novembro de 1987, data de seu falecimento. Na
ocasião encontrava-se no exercício da Presidência do CFA. Era mineiro de Ubá, nascido a 22
de Outubro de 1921. Torna-se imperativo, nesta oportunidade, exaltar a valiosa, decisiva e
importante contribuição do Administrador Belmiro Siqueira, cujo talento, profissionalismo e
dedicação à nossa categoria ficarão para sempre registrados nos anais da história da
Administração, no Brasil.
Os profissionais de administração eram denominados, na época, de Técnicos de
Administração, o que transmitia uma conotação de formação escolar de nível médio. Mais de
02 anos após a publicação dessa Lei ela foi regulamentada através do Decreto 61.934, de 22
de setembro de 1967.
Foi criado então, o órgão responsável pela disciplina e fiscalização do exercício profissional:
o CFTA – Conselho Federal de Técnicos de Administração, com a missão de trabalhar pela
afirmação da existência e fixação da profissão de Administrador no macro-sistema sócio-
jurídico econômico nacional. Começaram a ser criados outros Conselhos
Regionais nas diversas capitais do país, que hoje compõem o Sistema
CFA/CRA's, com a finalidade de difundir e consolidar a missão do
órgão maior (CFTA) da categoria, com abrangência e autonomia nas
diversas regiões da Unidade Federativa.
Coincidindo com o 20° aniversário da criação da profissão de Administrador, por força da Lei
Federal n°735, de 13 de junho de 1985, foi mudada a denominação de Técnico de
Administração para ADMINISTRADOR, após uma vibrante campanha em 1983, coordenada
pelo CRA-SP, que levou ao Ministério do Trabalho as reivindicações de todas as instituições
do País ligadas ao campo da administração: universidades, faculdades, associações
profissionais, sindicatos, além de milhares de assinaturas de profissionais e apoio de centena
de Câmaras Municipais.
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Inicia-se, assim, um novo tempo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da Administração,
como Ciência e como Profissão. A tecnologia moderna aliada aos cientistas, pesquisadores e
professores, com seus mecanismos, estudos e trabalhos vêm provando que Administrar é
necessário, proveitoso e imprescindível em qualquer segmento, contexto ou situação na vida
das pessoas, das empresas e das entidades.
EMPRESA
Empresa é uma organização econômica a qual reúne os recursos humanos, matéria-prima,
equipamentos e o capital, com o objetivo de desenvolver uma determinada atividade
econômica para o fornecimento tanto de Bens quanto de Serviços.
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A concepção de uma empresa seja ela grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos, não se
torna possível sem a adoção de uma série de princípios administrativos que irão engendrar a
organização e o consequente desenvolvimento da empresa. Segundo a Teoria Sistêmica, esses
princípios administrativos são dados por
quatro fatores:
Planejamento
Organização
Coordenação
Controle
Pelo número de proprietários: o proprietário da empresa pode ser apenas uma pessoa, no
caso das empresas individuais, ou pode ser mais de uma, formando sociedades.
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responsabilidades limitada. Em outras palavras é uma empresa formada por dois ou
mais sócios que cada um tem cotas de participação e o capital de cada um e suas
responsabilidades são limitadas. Dessa forma o termo correto para utilizarmos é Ltda
aqui no Brasil.
A maioria das empresas brasileiras, cerca de 90% ou mais, estão na forma limitada. Este tipo
de sociedade é mais seguro, pois a responsabilidade dos sócios é de acordo com o total do
montante dos recursos, que cada indivíduo se comprometeu a entregar, respondendo
solidariamente pela integralização do capital social. Os sócios não têm nenhuma
responsabilidade pelas obrigações sociais da empresa. Se por acaso vier a falir a sociedade, e
não conseguirem quitar a dívida, a perda será suportada pelos credores.
Portanto todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais da empresa. Esta
é uma sociedade em nome coletivo e somente as pessoas físicas podem participar desta
sociedade, a responsabilidade de todos os sócios é ilimitada. Este tipo de sociedade é de
grande risco, pois se por ventura a empresa falir, os sócios responderão ilimitadamente por
todos os prejuízos, muito além do capital investido.
SOCIEDADE EM COMANDITA
SOCIEDADE ANÔNIMA - SA
No Brasil, as sociedades anônimas ou companhias são regulamentadas pela Lei nº 6.404 de 15
de dezembro de 1976 (Lei das SA), com as alterações dadas pela Lei 9.457 de maio de 1997.
Não houve alteração em decorrência da entrada em vigor
do novo Código Civil (art.1089). De acordo com o artigo
1º(primeiro) deste diploma legal "A companhia ou
sociedade anônima terá o capital dividido em ações e a
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao
preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas".
Em relação a sua natureza jurídica, podemos afirmar que a Sociedade Anônima constitui
pessoa jurídica de direito privado, nos termos do art. 16, II, do Código Civil atual, mesmo que
constituída com capitais públicos, em todo ou em parte (Sociedades de Economia Mista), e
qualquer que seja o seu objeto, ela será sempre mercantil e se regerá pelas leis do comércio.
(Art. 2º (segundo), parágrafo 1º (primeiro) da Lei 6.404/76). Quando entrar em vigor o novo
Código Civil em janeiro de 2003 (publicado em 2002) a Sociedade Anônima será uma
Sociedade Empresaria, independentemente de seu objeto (art. 982, parágrafo único).
a) é uma sociedade de capitais. Nelas o que importa é a aglutinação de capitais, e não a pessoa
dos acionistas, inexistindo o chamado “intuito personae” característico das sociedades de
pessoas;
b) divisão do capital em partes iguais, em regra, de igual valor nominal – ações. É na ação que
se materializa a participação do acionista;
d) livre acessibilidade das ações. As ações, em regra, podem ser livremente cedidas, o que
gera uma constante mutação no quadro de acionistas. Entretanto, poderá o Estatuto trazer
restrições à cessão, desde que não impeça jamais a negociação (art. 36 da Lei 6.404/76). Desta
forma, as ações são títulos circuláveis, tal como os títulos de crédito;
SOCIEDADES COOPERATIVAS
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Cooperativismo é um movimento econômico e social, entre pessoas, em que a cooperação
baseia-se na participação dos associados, nas atividades econômicas (agropecuárias,
industriais, comerciais ou prestação de serviços) com vistas a atingir o bem comum e
promover uma reforma social dentro do capitalismo.
As empresas podem sem classificadas em suas categorias pelo seu tamanho, ou seja, de
acordo com um ou uma série de critérios, tais como o número de empregados, volume de
negócios, faturamento anual, entre outros. Uma forma rápida para traduzir genericamente este
compêndio de critérios é dizer que a empresa pode ser:
O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da
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categoria.
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador
conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado. Entre as vantagens oferecidas
por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a
abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Dessa forma o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais
(Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de
R$ 37,20 (comércio ou indústria), R$ 41,20 (prestação de serviços) ou R$ 42,20 (comércio e
serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão
atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a
emissão de notas fiscais.
Microempresa – ME
Uma empresa de pequeno porte (EPP) é uma pessoa jurídica com receita bruta anual mínima
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de 360 mil e máxima de 4,8 milhões de reais no ano-calendário conforme a Lei
Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011.
Uma empresa de médio porte, no Brasil, segundo o IBGE, é caracterizada pela quantidade de
Funcionários que ela possui. Se for indústria, são consideradas como médias, empresas com
100 a 499 empregados. Caso ela seja uma empresa
comercial ou de serviços ele poderá ter de 50 a 99
empregados para ser considerado uma empresa
média.
Existem várias leis que buscam especificar o que é uma empresa de grande porte. A Lei Nº
10.165, de 27 de dezembro de 2000 no artigo 17-D
estabelece que:
III – empresa de grande porte é a pessoa jurídica que
tiver receita bruta anual superior a
R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) Lei Nº
10.165, de 27 de dezembro de 2000
Já a lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007 no artigo
Art. 3º estabelece que:
Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de
sociedades sob controle comum que tiver no exercício social anterior, ativo total superior a R$
240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$
300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007
Segundo o IBGE para Indústria a empresa é considerada de grande porte se tiver mais de 500
empregados. Se for Comércio ou Serviços é mais de 100 empregados. Mas não existe uma
fundamentação legal sobre a classificação por quantidade de empregados.
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Empresas com Fim Lucrativo ou Não Lucrativo
Essa divisão, parte da antiga conceituação de Empresa, uma associação organizada ou
empreendimento ou ainda uma firma ou pessoa jurídica que explora uma determinada
atividade com objetivo de lucro, ou seja, uma empresa que visa à obtenção de lucros na
realização de sua atividades é uma empresa com fins lucrativos.
Portanto a empresa com fins lucrativos visa a obtenção de lucros, os quais serão divididos
entre os sócios da empresa, reinvestidos na empresa, entre outras ações, já a empresa sem fins
lucrativos irá também obter lucros, porém todo o lucro obtido em sua atividades ao invés de
ser distribuído a sócios, será reinvestido na própria empresa, seja por meio de ampliações,
investimentos em tecnologia dentre outros que objetivam o melhoramento contínuo da
empresa.
ANÁLISE SWOT
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Uma palavra é fundamental em praticamente toda empresa: Planejamento. É justamente disso
que a análise SWOT trata. O termo
"SWOT" é um acrônimo das
palavras: strengths, weaknesses,
opportunities e threats que significam
respectivamente: forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças (é comum
aqui no Brasil algumas pessoas
usarem a sigla FOFA, ao invés da
tradicional).
Forças: Está relacionado às vantagens que sua empresa possui em relação aos concorrentes.
Podemos dizer que são as aptidões mais fortes de sua empresa. Para ajudar a defini-las, é
possível fazer uso de algumas perguntas:
- Quais as suas melhores atividades?
- Quais seus melhores recursos?
- Qual sua maior vantagem competitiva?
- Qual o nível de engajamento dos clientes?
O principal aspecto é a vantagem competitiva que tais forças podem trazer para o negócio.
Quanto mais vantagem em relação à concorrência ela trouxer, mais relevante ela será para a
análise.
Fraquezas: As fraquezas são as aptidões que interferem ou prejudicam de algum modo o
andamento do negócio. É muito importante haver sinceridade nesta etapa da análise. Pode-se
encontrar as fraquezas de acordo com as seguintes perguntas:
- A mão-de-obra é capacitada?
- Existem lacunas de treinamento?
- Por que a concorrência foi escolhida?
- Por que meu engajamento não funciona?
As fraquezas encontradas precisam ser examinadas e observadas de forma isolada, para que
assim, seja possível nulificar os problemas que ocasionam. Se não for possível corrigir as
fraquezas a curto prazo, o ideal é que sejam estudados métodos para minimizar seus efeitos.
Ameaças: Ao contrário das oportunidades, as ameaças são forças externas que influenciam
negativamente a empresa. Devem ser tratadas com muita cautela, pois podem prejudicar não
somente o planejamento estratégico da companhia, como também, diretamente em seus
resultados.
Oportunidades: São forças externas que influenciam positivamente a empresa. Não existe
controle sobre as forças, pois elas podem ocorrer de diversas formas, como por exemplo;
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mudanças na política econômica do governo, alterações em algum tributo, investimentos
externos, ampliação do crédito ao consumidor, entre outros. Porém, podem ser feitas
pesquisas ou planejamentos que prevêem o acontecimento desses fatos.
Qualquer organização pode fazer uso da análise competitiva. Analisando os pontos fortes e
fracos da concorrência, assim como suas estratégias e comportamentos, torna-se mais fácil
para a organização traçar uma estratégia competitiva forte e que funcione. Assim, torna-se
possível fazer com que o plano de ação consiga reduzir os riscos e aumentar as chances de
sucesso do negócio.
- Análise final do cenário: A análise Swot não é considera uma ferramenta clássica
da administração, através da análise subjetiva das condições atuais da empresa, faz-
se necessário a organização do plano estratégico ideal para o negócio. Tal plano terá
base nas forças, fraquezas e em como essas características podem auxiliar o negócio
a alcançar melhores oportunidades e evitar ou amenizar os efeitos das ameaças que
estão por vir.
MOVIMENTO DE CAIXA
É essencial que todas as empresas façam o controle de caixa, independente do porte da
empresa, pois o mesmo serve para registrar as saídas de dinheiro através de pagamentos
efetuados e também serve para registrar as entradas através das vendas.Também e importante
que todos os lançamentos sejam feitos com comprovantes como notas fiscais e recibos.
A cada final de dia devera se fazer o fechamento do caixa onde se deve somar todas as
entradas bem como somarmos também todas as saídas, agora basta descontarmos a saída da
entrada e saberemos qual foi o saldo do dia.Após deve se conferir se o dinheiro que esta no
caixa e o mesmo que esta no saldo do livro,o qual deve ser obrigatoriamente igual.
O controle diário de caixa é o local onde são registradas todas as entradas e saídas de dinheiro
que passam pelo caixa, além de apurar o saldo existente no final do dia.
Na coluna DOCUMENTO é registrado se a operação foi feita através de Recibo ou Nota
Fiscal.
Na coluna NÚMERO é registrado o número da nota fiscal ou do recibo da operação.
Na coluna ENTRADAS são registrados os valores das entradas de dinheiro, normalmente por
um recebimento de venda à vista ou recebimento de uma das parcelas de venda a prazo.
Na coluna SAÍDAS são registrados os valores das saídas de dinheiro do caixa. São
conhecidos, também, como desembolsos. São os pagamentos feitos com recursos ($) do caixa.
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SALDO INICIAL é o valor que havia no caixa no início do dia.
Saldo Inicial:
Declaramos que os valores aqui registrados correspondem ao
(+) Entradas:
movimento efetivo do caixa no dia ___/___/_______ Assinatura do
(-) Saídas: Responsável: ___________________________
(=) Saldo Final:
Quando for efetuado o cadastro para a pessoa jurídica (EMPRESA) serão coletadas algumas
informações a mais em relação a uma pessoa física, como Balanço para comprovação dos
lucros, cópia da declaração do imposto de renda, e cópia do contrato social. Essas
informações são importantes quando a empresa solicitar ao banco algum empréstimo ou
financiamento com esses dados será possível acelerar o processo.
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Movimentação esta que pode ser utilizada tanto por uma pessoa física como uma pessoa
jurídica basta à mesma ter uma relação com o banco, sendo que esta conta
serve de suporte para a emissão de cheques, para pagamento de dividas e
também depósitos para suprir a emissão de cheques, sempre deixando o
saldo da conta corrente positivo para que não possa haver futuras
complicações.
APLICAÇÕES
Geralmente será utilizada a conta aplicação quando já estiver disponível um bom saldo na
conta corrente, onde o cliente estará transferindo este dinheiro
da conta corrente para a conta aplicação com o intuito de render
mais lucros, na maioria das vezes à conta aplicação já esta
vinculada com a conta corrente sempre que se estiver um saldo
disponível na conta corrente, este será repassado à conta
aplicação, sempre com o consentimento do responsável. (dono
da conta).
POUPANÇA
Os rendimentos da conta poupança são inferiores a conta aplicação, outro dado importante em
relação à conta corrente é que seus juros são mensais, ou seja, o cliente que efetuar o resgate
antes da data de aniversario da conta perderá o juro referente aquele mês.
CHEQUE
Sempre quando emitirmos um cheque a alguém o saldo da conta corrente vai se diminuindo
por isso quando o saldo estiver se esgotando e necessário que seja feito um novo deposito.
Para que o mesmo não ultrapasse o limite da conta corrente.
Bem o limite da conta corrente e um valor limite contido na conta, por exemplo, quando você
emite um cheque de R$ 5000,00 a uma pessoa porem você tem apenas R$ 4200,00 em sua
conta corrente e um limite de R$ 800,00. Portanto mesmo você não tendo este valor na conta
corrente o cheque que você emitiu terá fundo.
No entanto é necessário sempre que possível não utilizar do saldo limite de uma conta
corrente, pois se você utilizá-lo terá de pagar juros altos desnecessários se o saldo da conta
fosse suficiente para validar os cheques.
Crédito
Data Histórico Débito(entrada) (saída) Saldo D/C
__/__/____ Depósito 8.000,00 8.000,00 D
__/__/____ Cheque nº 1 a favor de Paulo 3.200,00 4.800,00 C
__/__/____ Cheque nº 2 a favor de Fabio 1.800,00 3.000,00 C
__/__/____ Cheque nº 3 a favor de Cristiane 2.500,00 500,00 C
__/__/____ Depósito 2.000,00 2.500,00 D
__/__/____ Cheque nº 4 a favor de Kelli 1.500,00 1.000,00 C
Observe que todo depósito efetuado se torna um débito, afinal só assim este dinheiro saiu do
caixa da empresa e toda a emissão de cheques será um crédito para a empresa, pois é provável
que o cheque seja resultado de alguma compra (pagamento de fornecedor, ou de despesas).
Veja também que conforme é emitido o cheque o saldo vai sendo descontado, e cada vez que
é feito um depósito o saldo aumenta.
CONTAS A RECEBER
Toda a empresa que vende um produto ou presta um serviço a prazo esta gerando uma conta a
receber. Sempre quando a empresa vendedora emite uma nota fiscal nela devem estar
contidos também as condições para o pagamento da mesma. Geralmente emitimos uma
duplicata para que o cliente possa efetuar o pagamento na data de vencimento, é de grande
importância que no corpo desta duplicata estejam contidos qual será o percentual de juro a ser
cobrado por dia após a data de vencimento da mesma, em caso do cliente paga-la após o prazo
estabelecido os juros deverão ser cobrados por dias de atraso do pagamento obedecendo às
normas previstas pelo PROCOM (Programa de Orientação e Proteção do Consumidor).
Vejamos agora alguns métodos utilizados para efetuar a cobrança das contas a receber de uma
entidade:
Cobrança Bancária
A cobrança bancaria poderá ser utilizada desde que a empresa tenha uma conta corrente,
sendo assim quando a empresa emite a um cliente uma duplicata relativa a uma compra a
prazo, uma via ficará ao cliente a segunda via ficará com o banco e a terceira ficará em poder
da empresa para que a mesma possa fazer o seu controle. Desta forma o banco fica
encarregado de mandarão cliente um boleto bancário para que o mesmo possa efetuar o
pagamento na data estabelecida no próprio banco.
Cobrança em Carteira
A cobrança em carteira se destinge da cobrança bancaria por um fator fundamental, o de não
utilizar-se de um banco para efetuar a cobrança, será preenchida uma duplicata no ato da
emissão da nota fiscal, e o cliente voltará à empresa na data estabelecida para efetuar o
pagamento.
É necessário para se ter um maior controle sobre as cobranças em carteiras a elaboração de
uma ficha ou planilha, para registrar as mesmas, sempre seguindo o mesmo formato de que a
cada venda feita a prazo aumenta o saldo a receber, e para cada conta que é recebida diminui
o saldo a receber e em contrapartida aumenta o dinheiro no caixa da empresa.
Nota Fiscal
Requisitos:
* Denominação “Nota Fiscal”;
* Número de ordem, série/ sub série e o número da via;
* Natureza da operação ( venda, devolução, remessa para
demonstração);
* Data de emissão;
* Nome do titular (pessoa física, pessoa jurídica), endereço, inscrição estadual e CNPJ;
* Nome do destinatário (adquirente de produtos e serviços, endereço, inscrição estadual e
CNPJ);
* Data de saída das mercadorias
* Discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie e discriminação
possível de produtos);
*Classificação fiscal dos produtos, no caso de produtos industrializados;
* Base de cálculo do ICMS;
* Nome do transportador endereço e placa do veículo;
* Forma de acondicionamento dos produtos (quantidade espécie e peso, etc.);
* Nome, endereço, inscrição estadual, CNPJ do impressor de notas, data, quantidade da
impressão, números de ordem, com respectiva série/ sub série, bem como número da
autorização para impressão de documentos fiscais.
Fatura
Definição: é o documento que comprova a venda efetuada. Em uma mesma fatura podem ser
incluídas várias notas fiscais. A duplicata tem esse nome por ser
uma cópia da fatura, a lei permite a emissão de várias duplicatas
para uma mesma fatura (não é concebido, no entanto, a emissão de
uma duplicata para várias faturas), ou seja, é o documento expedido
para que a pessoa possa efetuar o pagamento (boleto/fatura).
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Duplicata
Definição: é um título de crédito, pelo qual o comprador se obriga a pagar dentro do prazo a
importância representada na fatura. A Duplicata ou duplicata mercantil é um documento
nominal emitido pelo comerciante, com o valor global e o vencimento
da fatura.
A duplicata é uma ordem de pagamento emitida pelo credor, ao vender
uma mercadoria ou serviço que prestou e que estão representados em
uma fatura, que deve ser paga pelo comprador das mercadorias ou pelo
tomador dos serviços. Uma duplicata só pode corresponder a uma única
fatura e deve ser apresentada ao devedor em no máximo 30 dias.
Requisitos:
- Denominação “duplicata”, a data do saque e o número da ordem;
- Número da fatura que a originou;
- Data do vencimento ou a declaração de ser duplicata à vista;
- Nome e domicílio do vendedor e do comprador;
- Praça de pagamento;
- Importância a pagar em algarismos e por extenso;
- Cláusula “(a ordem);
- Declaração de reconhecimento de sua exatidão e a obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo
comprador (aceite cambial);
- Assinatura do sacador/emitente.
É essencial para que a empresa tenha um bom controle de suas contas a receber, que ela faça
uma planilha ou uma ficha onde possa controlar as contas que a mesma tem a receber de seus
clientes, exatamente isto que veremos a seguir.
TIPO: se refere ao tipo da duplicada que está sendo lançada, temos dois tipos de duplicata a
de Banco e a de Carteira, este dado irá constar no próprio lançamento se é Duplicada de
Banco irá utilizar D/B e se for Duplicata de Carteira irá utilizar D/C.
CLIENTE: deverá informar o nome completo do cliente, pessoa que terá a responsabilidade
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de efetuar o pagamento da duplicata.
Terá a DATA que será a data de recebimento da duplicata, no exercício que deverá fazer em
suas atividades, quando não informar a data de pagamento (recebimento) utilize a data de
vencimento normal da duplicata e quando informar que a fatura foi paga com 10 dias de
atraso, acrescente 10 dias a data de vencimento, por exemplo a data de vencimento da
duplicata era dia 10/11 e foi paga com 10 dias de atraso, então a DATA DE RECEBIMENTO
foi 20/11.
Terá os JUROS onde deverá efetuar o cálculo do percentual de juros quando houver o atraso
da duplicata, por exemplo, uma fatura no valor de R$ 150,00 foi paga com 10 dias de atraso e
o juro cobrado é de 0,33% ao dia. Neste caso os JUROS serão de 3,30% (10 dias x 0,33% ao
dia).
No SALDO ACUMULADO você irá calcular o valor de juros pagos da seguinte forma: vai
pegar o valor total da duplicata e aplicar o percentual de juros, seguindo o exemplo citado
acima de juros, o SALDO ACUMULADO seria de R$ 4,95 (150,00 valor da duplicata x
3,30% percentual de juros calculado anteriormente).
E o VALOR é a soma do valor da duplicata com o valor de juros pagos, seguindo o exemplo
seria R$ 154,95 (150,00 + 4,95).
Lançamento 1
Emissão da duplicata:
Sabrina Santos Recebimento da duplicata:
Duplicata nº 45 no valor de R$ 375,00 Recebimento da duplicata nº 45
Vencimento 15/01/2020 (Carteira) Valor recebido de R$ 375,00
Lançamento 2
CONTAS A PAGAR
Quando uma empresa efetua uma compra, por exemplo, de mercadorias para estoque ela esta
aumentando a conta estoque, porém também se está elevando as obrigações (dívidas) da
empresa.
Uma tática muito aderida pelas empresas, é de comprar a mercadoria a prazo e vendê-la a
vista, desta forma a empresa consegue levantar um valor sem ter que dar uma contrapartida
imediata (entrada), esta tática é muito utilizada por empresas que dispõem de um capital de
giro menor, desta forma e possível levantar um dinheiro sem investir.
Tanto como a empresa faz o controle das contas a receber de seus clientes ela deverá fazer o
controle das suas contas a pagar.
É importante ressaltar que para um bom andamento das obrigações, o ideal e que ela salde as
mesmas no período certo nem antes nem depois, saldando as suas contas antes ela
dificilmente irá obter algum benefício, em contrapartida ela irá extrair este dinheiro de uma
conta onde poderia estar obtendo resultados como uma conta bancaria ou conta estoque.
Muitas vezes parece meio absurdo utilizar todo este processo, porém os mesmos são
essenciais para a realização de uma boa compra.
Lançamento 1
Emissão da duplicata:
K&K Equipamentos - Compra 02/01/2020 Pagamento da duplicata:
Duplicata nº 25 no valor de R$ 670,00 Pagamento da duplicata nº 25
Vencimento 22/01/2020 Valor pago de R$ 670,00
Lançamento 2
Após este exemplo pode estar preenchendo uma planilha semelhante a esta que está
disponível em suas atividades, se tiver qualquer dúvida deve entrar em contato com o
professor através do chat (fale conosco) no portal do seu curso (atendimento em horário
comercial).
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PEDIDO DE COMPRAS
É de extrema importância que a empresa ao realizar uma compra emita ou
peça para emitir o pedido de compras, pois é através dele que se contrata a
compra acordada entre partes.
Ele pode ser expedido tanto pelo setor de vendas da empresa que esta
vendendo um produto ou prestando um serviço ou pelo setor de compras da
empresa que esta recebendo o produto ou o serviço.
É importante lembrar que sua emissão não é obrigatória e sim facultativa, porém através do
recibo é que se da origem a nota fiscal e esta é obrigatória, tanto na venda quanto na compra.
A função especifica de um pedido de compra é formalizar uma compra, ou seja, uma espécie
de um contrato de compra e venda.
A composição do fluxo de caixa pode variar, porém as informações devem estar bem
estruturadas diariamente e de forma acumulada, informando os pagamentos, recebimentos e
os saldos, ao longo do tempo.
Quando o resultado do fluxo de caixa de uma empresa for negativo significa que a empresa
está gastando mais do que recebendo, ou seja, mais do que sua receita permite.
Dentre as causas que podem gerar um saldo negativo no fluxo de caixa destacam-se:
- Os prazos para pagamento oferecidos aos clientes (consumidores) são maiores do que os
prazos fornecidos pelos fornecedores à empresa.
- O valor das parcelas das compras realizadas em datas sazonais (como Natal, Dias das Mães,
Dia dos Pais, etc) são mais alto que o caixa, ou seja, mais vendas a prazo do que a vista.
- Os juros bancários pagos devido a empréstimos a curto e longo prazo vão crescendo devido
a constante operação de descontos de cheques pré-datados, duplicatas e também
adiantamentos de cartões de crédito.
Mas há uma situação considerada ideal que é quando o saldo do fluxo de caixa está positivo,
então se a empresa consegue cumprir com suas obrigações, realizando o oposto dos itens
citados acima.
São vários os benefícios quando a empresa utiliza do fluxo de caixa, acompanhe alguns destes
benefícios abaixo:
- O fluxo de caixa é útil para avaliar a capacidade da empresa em produzir recursos de caixa e
equivalentes de caixa (bancos-conta bancária) para desenvolver modelos e fazer comparações
com outras empresas.
- Avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa,
com reflexo monetário.
- Avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-a para que não
chegue a situações de iliquidez.
O fluxo de caixa pelo método indireto deve apresentar no mínimos os seguintes tipos de
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pagamentos e recebimentos relacionados as operações seguintes:
- Recebimento de clientes;
- Juros e dividendos recebidos;
- Pagamento de fornecedores;
- Pagamento de empregados;
- Juros pagos;
- Imposto de renda pago;
- Outros recebimentos e pagamentos.
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Das Atividades de Financiamentos
(+) Novos Empréstimos
(-) Amortização de Empréstimos
(+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital
(-) Pagamento de Dividendos
(=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de
Financiamento
Aumento / Diminuição Nas Disponibilidades
DISPONIBILIDADES- no início do período
DISPONIBILIDADES- no final do período
ORIGENS
Lucro Líquido do Exercício
Acertos / Conciliação
( + ) Depreciação e Amortização
( + ) Variações Monetárias de Empréstimos e Financiamentos (L.P)
( - ) Ganhos de Equivalência Patrimonial
( - ) Correção Monetária
( - ) Lucros nas vendas de Imobilizado
Variações Patrimoniais
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Fornecedores
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Contas a Pagar
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Juros à Receber
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Juros e Impostos
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Contas à Receber
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(+ / - ) Aumento / Diminui em Estoques
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Despesas de Exercícios Futuros
( = ) Caixa Gerado pelas Operações
( + ) Resgate de Investimentos Temporários
( + ) Venda de Investimentos
( + ) Venda de Imobilizado
( + ) Ingresso de Novos Empréstimos
( + ) Ingresso de Capital
A( = ) Total de Ingressos Disponíveis
APLICAÇÕES
( + ) Integralização de Capital em Outras Companhias
( + ) Aquisição de Imobilizado
( + ) Aplicação no Diferido
( + ) Aplicações em Outras Empresas
( + ) Pagamento de Empréstimos
( + ) Pagamento de Dividendos
B ( = ) Total das Aplicações de Disponível
C ( A – B) Variação Líquida do Disponível
D ( + ) Saldo Inicial
( C + D) Saldo Final Disponível
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CONTROLE DE ESTOQUE
Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa utiliza para a produção de seu
produto ou para suprimir a necessidade da própria empresa e também quando tem a atividade
de comércio onde revende mercadorias. Nos estoques muitas vezes é possível encontrar
matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo ou produtos acabados,
que geralmente é sempre feito a rigor um controle, tanto de processo como de disponibilidade
dos itens. É sempre importante para uma empresa manter seus
estoques abastecidos, muitas vezes, são constituídos por seus
próprios produtos. Com isso, a área de estoques sempre vai ser
uma local de grande atenção da empresa, pois é onde esta
concentrada a maior parte do capital da empresa.
Na indústria o estoque será de matéria prima para ser
transformada e estoque acabado, produto pronto para venda, já
no comércio o estoque será de mercadorias para serem
comercializadas (vendidas).
No Brasil os métodos de controle de estoque mais utilizados são
o Preço Específico, Custo Médio, o PEPS e o UEPS.
O controle de estoque pelo Preço Específico consiste em atribuir a cada unidade do estoque o
preço efetivamente pago por ela. Esse critério só pode ser utilizado para produtos de fácil
identificação física, como por exemplo: automóveis e máquinas de grande porte.
Pelo Custo Médio os produtos serão avaliados pela média dos custos de aquisição, sendo
estes atualizados a cada compra efetuada.
Pelo PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair), a empresa dá saída nos estoques dos produtos
mais antigos, ou seja, adquiridos primeiro, permanecendo estocados os produtos de aquisição
mais recente.
E pelo UEPS (último a entrar e primeiro a sair) adotando esse critério, a empresa dará baixa
em primeiro lugar nos estoques mais recentes ficando estocado sempre os produtos mais
antigos.
Mas normalmente o controle de estoque mais utilizado é o controle médio ponderado (custo
médio). Vejamos a seguir um exemplo do estoque pelo custo médio:
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Como podemos ver no exemplo anterior os preços de custo das mercadorias não mudou isso
devido ao valor da compra ser o mesmo valor (unitário) das mercadorias que já estavam no
estoque, porém muitas vezes este valor entre uma compra e outra tem uma variação no custo
unitário. E é devido a essa variação que foi desenvolvido o cálculo do custo médio que
veremos a seguir.
1º Passo:
2º Passo:
SOMA (d) valor total das mercadorias que há no estoque) + (e) valor total das mercadorias da
nova compra que foi feita) = (f) valor total das mercadorias em estoque
(d )+ (e) = (f)
3º Passo:
DIVIDE: (f) valor total das mercadorias que há no estoque) = (g) CUSTO MÉDIO
(c) quantidade total das mercadorias em estoque)
Iremos verificar na planilha abaixo duas compras efetuadas com valores diferentes, o que será
necessário utilizarmos o cálculo do custo médio para a planilha do estoque.
2º Passo:
SOMA (d) valor total das mercadorias que há no estoque) + (e) valor total das mercadorias da
nova compra que foi feita) = (f) valor total das mercadorias em estoque
(d )+ (e) = (f)
300,00 + 976,00 = 1.276,00
3º Passo:
DIVIDE: (f) valor total das mercadorias que há no estoque) = (g) CUSTO MÉDIO
(c) quantidade total das mercadorias em estoque)
(f) / (c) = (g)
1.276,00 / 110 = 11,60 é o custo médio unitário.
É importante lembrar que sempre que o valor do custo médio unitário mudar, na hora da
venda da mercadoria se aplica o valor do custo médio unitário, neste exemplo que utilizamos
deve-se usar para a venda R$ 11,60.
PLANO DE NEGÓCIOS
O plano de negócios serve para auxiliar na conclusão se a idéia é viável e buscar informações
mais detalhadas sobre o seu ramo, os produtos e serviços que pretende oferecer, seus clientes,
concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do seu negócio.
No final do plano de negócio, ele irá auxiliar na resposta a uma questão: vale a pena abrir,
manter ou ampliar meu negócio?
Lembrando que a preparação de um plano de negócio não é uma tarefa fácil, pois exige
persistência, comprometimento, pesquisa e muito trabalho e criatividade para seu
desenvolvimento.
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Passos para o desenvolvimento de um plano de negócios:
1. Sumário Executivo: o sumário executivo é um resumo do
plano de negócio, nele será feito:
- A descrição do projeto (o que é o negócio, quais os principais
produtos ou serviços, principais clientes, localização da
empresa, montante de capital investido, projeção do
faturamento mensal, lucratividade, tempo de retorno do
investimento).
- Informar os dados dos empreendedores, os perfis dos mesmos e as atribuições (aqui você irá
informar os dados dos responsáveis pela administração do negócio, faça uma breve
apresentação do perfil, destacando seus conhecimentos, habilidades e experiências anteriores).
2. Apresentação da Empresa: nesta parte do seu plano de negócios deverá informar os dados
do empreendimento:
- O setor de atividades:
→ Comércio;
→ Agropecuária;
→ Indústria;
→ Serviços;
- A forma jurídica:
→ Sociedade simples;
→ Sociedade empresária;
→ Empresário;
- O regime tributário:
→ Simples nacional;
→ Lucro real
→ Lucro presumido
- Capital social: valor investido pelos sócios da empresa.
3. Plano de Marketing:
- Deverá ser feita a descrição detalhada dos produtos comercializados ou serviços prestados
(destacar seus produtos e serviços).
- Deve ser feito um estudo minucioso dos clientes (verificar seu
público alvo, fazer campanhas voltadas a seus clientes).
- Criar estratégias promocionais (propaganda em rádio, jornais, revistas, amostras grátis, mala
direta, folhetos, cartão de visita, catálogos, brindes, sorteios, descontos, participação em
evento e feiras, estrutura de comercialização).
- Verificar como seus produtos ou serviços chegarão até seus clientes, utilizar-se de canais
como vendedores, representantes para isso.
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4. Plano Operacional:
- Localização do negócio: analisar se vai alugar ou construir o empreendimento, valor de
construção, valor e prazo de aluguel, ponto de localização, dentre outros.
- Necessidade de pessoal, fazer uma projeção de todo o pessoal que necessitará para que o
negócio funcione que seriam os sócios e pessoas a serem contratadas.
5. Plano Financeiro:
Fazer um cálculo para se ter uma estimativa do investimento inicial (investimentos fixos,
financeiros e pré-operacionais):
- Determine o tempo médio de vida útil (em anos) desses bens. Divida o valor do bem pela
sua vida útil em anos para saber o valor anual da depreciação; Divida o custo anual com
depreciação por 12, para saber a depreciação mensal desses bens. A seguir a tabela da vida
útil de alguns bens:
Bem Vida útil
Imóveis 25 anos
Máquina 10 anos
Equipamentos 5 anos
Móveis e Utensílios 10 anos
Veículos 5 anos
Computadores 3 anos
- Estimativa de custos fixos mensais: os custos fixos são todos os gastos que não se alteram
em função do volume de produção ou da quantidade vendida em um determinado período. Por
exemplo, imagine que, em um determinado mês, uma empresa venda uma quantidade
pequena de itens. Ainda assim, terá que arcar com as despesas de aluguel, energia, os salários,
etc. Esses valores são considerados custos fixos porque devem ser pagos, normalmente,
mesmo que a empresa não fature.
Isso significa que, 4 anos após o início das atividades da empresa, o empreendedor terá
recuperado, sob a forma de lucro, tudo o que gastou com a montagem do negócio
Avalie cada uma das informações encontradas por você. Lembre-se de que o plano de negócio
tem por objetivo ajudá-lo a responder à pergunta
lançada no início deste conteúdo: “Vale a pena abrir,
manter ou ampliar o meu negócio?”. Saiba que o mundo
e o mercado estão sujeitos a várias mudanças. A cada
dia surgem novas oportunidades e ameaças. Assim
sendo, procure adaptar seu planejamento às novas
realidades. É por este motivo que um plano de negócio é
“feito a lápis”, para que possa ser corrigido, alterado e
ajustado ao longo do caminho.
Empreender é sempre um risco, mas empreender sem planejamento é um risco que pode ser
evitado. O plano de negócio, apesar de não ser a garantia de sucesso, irá auxiliá-lo a tomar
decisões mais acertadas, assim como a não se desviar de seus objetivos.
7. Documentação de apoio
Esta é a última parte do seu plano de negócio. Aqui você deve colocar toda a documentação
de apoio. Esses documentos têm o objetivo de dar mais credibilidade ao seu planejamento e
fornecer informações complementares ao seu projeto; por isso, é uma rica fonte de consulta.
A seguir, estão relacionados alguns documentos que podem ser incluídos como anexos em seu
plano de negócio:
Contrato de aluguel;
Currículo do(s) proprietário(s);
Orçamentos das máquinas, equipamentos, móveis, matéria-prima e serviços a serem
contratados;
Artigos de jornais e revistas sobre o ramo em que você irá atuar;
Logomarca da empresa;
Fotos dos principais produtos a serem comercializados;
Qualquer outro documento importante.
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