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As Maçônicas Tábuas de Delinear e a

Tradição Metafísica Ocidental 1


W. Kirk MacNulty

INTRODUÇÃO

As maçônicas Tábuas de Delinear 2 são peças utilizados na instrução. Elas


reproduzem símbolos maçônicos em imagens que podem ser interpretadas
de maneira a revelar ensinamentos da Maçonaria. As Tábuas às quais nos
referimos foram desenhadas por um maçom chamado John Harris nas
décadas de 1820 e 30 na Inglaterra. São testemunhas de a um vasto corpo
de literatura e doutrina filosófica que está no centro do pensamento da
Renascença. Muitas das ideias são cabalísticas. Alguém que realmente
queira entender as Tábuas de Delinear (e a própria Maçonaria) deve ler e
entender essas doutrinas; e a apresentação para o este fórum considerou
as Tábuas de Delinear a partir deste ponto de vista.

Eu tenho que fazer uma ressalva: as ideias expressas aqui são pessoais.
Eles não representam as posturas ou ensinamentos de qualquer Grande
Loja ou Loja Privada.

METAFÍSICA

Existem muitos sistemas metafísicos em uso em todo o mundo; nos últimos


2000, no Ocidente eles foram dominados por uma metafísica baseada em
alguma variante do monoteísmo judaico-cristão. O Renascimento não foi
exceção, embora também tenha sido caracterizado por um ressurgimento
do interesse pelo mundo clássico (em particular pelas civilizações grega e
romana) e seu pensamento.

Estudiosos medievais interessaram-se pela Filosofia Clássica do ponto de


vista da sua reconciliação com a doutrina cristã. Pensadores renascentistas
estavam interessados na Filosofia Clássica pelo o que ela dizia sobre o
próprio homem. Esses filósofos da Renascença incorporaram muitas ideias
herméticas e cabalísticas em seu pensamento cristão ortodoxo. Frances
Yates chamou essa fusão de filosofia clássica e judaica de "tradição
hermética / cabalística" e, depois de ter sido interpretada no contexto da
doutrina cristã ortodoxa, tornou-se fundamental para o pensamento do início
da Renascença. A Maçonaria Especulativa data do final do Renascimento
(meados do século XVII), e parece-me que o simbolismo maçônico reflete
essa tradição da Renascença.

Três ideias fundamentais parecem caracterizar a visão da Renascença:


Primeiro, a Divindade foi considerada sem limite. Isso resultou em uma

1
Fonte original: http://www.kabbalahsociety.org/wp/articles/masonic-tracing-boards-and-the-
western-metaphysical-tradition/ , com livre tradução por E. L. Madruga
2
NT: também chamadas de “Painel do Grau” em alguns Ritos maçônicos.

1
visão de toda a existência como una, uma unidade fortemente integrada e
centrada na Divindade. Uma declaração particularmente clara desse ponto
de vista vem da Hermética:

'... porque Deus contém todas as coisas, e não há nada que não esteja
em Deus e nada que Deus não seja. Não, eu prefiro dizer, não que Deus
contenha todas as coisas, mas que, para falar toda a verdade, Deus é
todas as coisas.(1)

Segundo, considerava-se que as experiências terrenas refletiam eventos


nos reinos divinos; a afirmação suscitada desta ideia é: “Assim acima, como
abaixo”. Deve haver uma correspondência entre o que ocorre nos níveis
superior (celestial, causal) e o que ocorre nos níveis mais baixos (terrenal)
(2). Terceiro, acreditava-se que o conhecimento dos aspectos “superiores”
ou mais sutis do Universo estavam disponíveis apenas pela experiência (ou
seja, pela própria revelação); certamente não por argumentos lógicos, nem,
em última análise, pela fé na autoridade das revelações de outrem. Eu
penso que o simbolismo maçônico, como representado nas Tábuas de
Delinear, reflete esses princípios que compõem a visão de mundo da
Renascença.

A T ÁBUA DE DELINEAR DO P RIMEIRO GRAU

A imagem expressa na Tábua, que à primeira vista parece uma coleção de


objetos heterogêneos, é, penso eu, uma representação de Deus, do
Universo e de Tudo. É também uma imagem de um ser humano em pé em
uma paisagem. Nenhuma dessas imagens é
imediatamente óbvia; mas espero poder
convencê-lo de que são, pelo menos,
interpretações razoáveis dos dados.

Ornamentos

Uma ideia central, que era fundamental para


o pensamento da Renascença, era a unidade
do sistema e a consequente onipresença da
Divindade. Para mim, esta ideia é
representada na Tábua de Delinear do
Primeiro Grau por um grupo de três símbolos
que são chamados, coletivamente, de
“Ornamentos da Loja”.

O fato de que os maçons que elaboraram


nosso simbolismo reuniram esses três
objetos em um único grupo parece exigir que
os consideremos no conjunto. Os
ornamentos da Loja são a Estrela Flamejante
ou a Glória, o Pavimento Mosaico e a Borda
Denteada, e todos eles se destinam a se

2
referir à Divindade. A Estrela Flamejante ou Glória é uma representação
heráldica direta da Divindade. No Grande Selo dos Estados Unidos, a
Divindade é representada da mesma maneira. A Estrela Flamejante,
mostrada nos Céus, representa a Divindade como Ela é, em toda a Sua
Glória, enquanto Se projeta para a existência. O Pavimento Quadriculado
representa a Divindade como é entendido como estando no polo oposto da
consciência, aqui na Terra na vida cotidiana. Os quadrados claros e escuros
representam opostos emparelhados, uma mistura de misericórdia e justiça,
recompensa e punição, vingança e bondade amorosa. Eles também
representam a experiência humana da vida, luz e escuridão, bem e mal,
fácil e difícil. Mas isso é apenas como é entendido. Os quadrados não são
o símbolo; o pavimento é o símbolo. Os quadrados claros e escuros se
encaixam perfeitamente e com precisão para formar o Pavimento, uma
única peça, uma unidade. O conjunto é cercado pela Borda Denteada que
a une em um único símbolo. Nessa representação na Tábua de Delinear, a
Borda não une simplesmente os quadrados, mas a imagem inteira, em uma
unidade.

Colunas

Com exceção à Glória, a ideia da dualidade ocorre em toda a Tábua – desde


os quadrados pretos e brancos na parte inferior ao Sol e à Lua ao fundo,
um antigo símbolo para os pares opostos masculinos e femininos, situados
no topo. Na área central da Tábua, a dualidade é representada por duas
das três colunas; mas aqui a terceira coluna introduz uma nova ideia. O que
mais impressiona nessas colunas é que cada uma é de uma Ordem de
Arquitetura diferente. No simbolismo maçônico, a elas são atribuídos
nomes: Sabedoria à Coluna Jônica no meio e ao fundo, Força à Coluna
Dórica à esquerda e Beleza à Coluna Coríntia à direita. Como devemos
interpretar essas colunas e seus nomes?

Considere as Colunas no contexto da 'Árvore da Vida'. Na Árvore, a coluna


à direita é chamada de "Coluna da Misericórdia", a coluna ativa. Aquela à
esquerda é chamada de "Coluna da Severidade", a coluna passiva. A coluna
central é chamada de "Coluna da Consciência", a coluna d e equilíbrio que
mantém as outras duas em equilíbrio. As três colunas terminam com a
Divindade no topo da coluna central. Veja novamente as colunas na Tábua
de Delinear. O Pilar de Beleza, Coríntia, está à direita, e no mundo clássico
a Ordem Coríntia era usada para os edifícios dedicados a atividades
vigorosas e expansivas. A Coluna Dórica, da força, está à esquerda, e a
Ordem Dórica foi usada para os edifícios onde a disciplina, contenção e
estabilidade eram importantes. A Coluna Jônica, da sabedoria, está no
meio. A Ordem Jônica foi usada para os Templos dos governantes dos
deuses que coordenavam as atividades do Panteão. As Três Colunas, como
a Árvore da Vida, falam de um universo no qual forças expansivas e
restritivas são mantidas em equilíbrio por uma operação coordenadora.

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Quatro mundos

O Universo, tal como foi entendido pelos filósofos da Renascença, consistia


em "quatro mundos". A Cabala tem a mesma divisão. Eles são o mundo
"elementar" ou físico, o mundo "celestial" da psique ou alma, o mundo
"supercelestial" do espírito e o mundo divino. Vemos que esses mesmos
níveis estão representados na Tábua. O Pavimento representa o mundo
físico, a parte central da Tábua incluindo as colunas e a maioria dos
símbolos, representa o mundo psicológico, os Céus representam o mundo
espiritual e a Glória representa a Divindade. Desta forma, a imagem
representa a estrutura metafísica do universo. Essa é a "paisagem". Onde
está o homem?

O homem

Lembre-se da ideia de que o universo e os seres humanos são estruturados


usando os mesmos princípios (ambos tendo sido feitos "à imagem de
Deus"), e que há sempre uma correspondência entre a ativ idade nos
mundos maiores e menores. Vimos isso na Hermética, “Assim acima, como
abaixo”.

Até agora não falamos da Escada. Ela se estende da Escritura aberta no


Pedestal para a Glória que representa a Divindade; e no simbolismo
maçônico é dito ser a escada de Jacó. Consideramos a escada juntamente
com outro símbolo, o Ponto no interior de um Círculo Limitado por Duas
Linhas Paralelas que está representado na face do Pedestal. Consideramos
esses dois símbolos juntos, porque em alguns desenhos maçônicos antigos
eles aparecem juntos como se tivessem alguma conexão. As duas linhas
paralelas, como as colunas dórica e coríntia, representam opostos
emparelhados, qualidades ativas e passivas. Por quê? Porque no
simbolismo maçônico elas estão associadas aos santos João, e o dia do
batista é em meados do verão, e o dia do evangelista é em meados do
inverno3.Na Maçonaria Inglesa, as linhas representam Moisés (o Profeta) e
Salomão (o Legislador), sendo substancialmente a mesma ideia. A escada
com seus três complementos principais, Fé, Esperança e Caridade4, ergue-
se para os Céus entre dois paralelos.

Agora, quando você olha para este Ponto Dentro de um Círculo ladeado por
Duas Linhas Paralelas, juntamente com a Escada e seus três níveis (que
representam as três virtudes teologais), você vê um padrão muito
semelhante às três colunas. Existem três verticais, dois dos quais se
relacionam com funções ativas e passivas, enquanto o terceiro, a Escada
entre eles, alcança os céus. A escada, uma representação da consciência
individual, tem "três degraus principais", representados por Fé, Esperança
e Caridade, que correspondem aos três níveis inferiores do Universo de
quatro níveis que observamos anteriormente. Tanto a "Paisagem"

3
NT: Referência feita ao hemisfério norte, que inverte no hemisfério sul, quando junho é inverno
e dezembro é verão.
4
NT: Virtudes Teologais: Fé (a cruz), Esperança (a âncora) e Caridade (o cálice)

4
Macrocósmica como o "Homem" Microcósmico compartilham o quarto nível
da Divindade, representado pela Estrela Flamejante, ou Glória. Juntas, a
Escada e o Ponto dentro de um Círculo delimitado por Duas Linhas
Paralelas representam o indivíduo humano, feito '... à imagem de Deus ’, de
acordo com os mesmos princípios em que o Universo é baseado.

A Direção Leste-Oeste

Há mais uma ideia que devemos tocar antes de sairmos do Tábua do


Primeiro Grau. Um maçom é às vezes chamado de "um homem que viaja",
e um dos catecismos maçônicos nos dá uma pequena visão sobre esse
epíteto raramente utilizado.
P Você já viajou?
R Meus antepassados o fizeram.
P Para onde eles viajaram?
R Ao Leste e Oeste.
P Qual foi o objetivo de suas viagens?
R Eles viajaram para o Leste em busca de instrução, e ao Oeste para
propagar o conhecimento adquirido.

Os pontos cardeais que circundam a Tábua de Delinear definem a direção


Leste-Oeste, é para ser entendida em termos do Simbolismo Maçônico e,
portanto, descrevem a jornada que o novo Maçom se aprende por si mesmo
a trabalhar. Essa jornada do Oeste para o Leste é representada,
simbolicamente, pelo progresso através dos Graus Maçônicos; e é, de fato,
a subida da Escada de Jacó - um dos “Círculos Principais” para cada Grau.
Olharemos então como essas ideias são representadas no Segundo Grau.

A T ÁBUA DE DELINEAR DO S EGUNDO GRAU

A Tábua de Delinear do Segundo Grau compreende uma ilustração de um


interior, em contraste marcante com o quadro anterior, que parece ser um
exterior. Sugere que o Maçom que embarca no segundo grau vem do
exterior e entra no prédio para esse propósito.

Observe que aqui (mais uma vez) temos duas colunas (também, como
veremos, representando opostos) com uma escada (ela se tornou uma
escadaria) entre elas. Eu acho que a Tábua do Segundo Grau é um desenho
detalhado da ‘pessoa’ que vimos nos desenhos anteriores. Isto sugere que
o indivíduo que embarca no Segundo Grau está prestes a empreender
alguma viagem interior, uma ascensão através da alma e do espírito.

As Prelações Maçônicas atribuem características a estes dois pilares


sugerindo que representam pares opostos: primeiro, dizem que eles são um
memorial da Coluna da Nuvem e a Coluna do Fogo que guiou os Filhos de
Israel (de dia e de noite, respectivamente) durante o Êxodo; e segundo, em
seus topos, eles têm representações das Esferas Celeste e Terrestre. Como

5
a Escada de Jacó na Tábua do Primeiro Grau, a Escadaria forma a coluna
central deste “modelo de três pilares”. Espera-se que o maçom “suba” nesta
escadaria simbólica no curso de sua vida, como faz simbolicamente durante
o ritual.

As Preleções Maçônicas relacionadas à Escadaria associam uma boa


quantidade de informações a cada uma das várias etapas; especificamente,
as Sete Artes e Ciências Liberais estão relacionadas aos sete passos e as
Cinco Ordens Clássicas de Arquitetura estão relacionadas aos cinco
primeiros. Esses assuntos compreendiam o currículo educacional formal do
Renascimento, e há um grande corpo de
literatura associado a cada um deles. A
intenção desse currículo era certamente
dar ao aluno o tipo de trabalho intelectual
contemplativo que estamos discutindo. Se
considerarmos que a Escadaria é a
representação de níveis de consciência
através dos quais o indivíduo deve
ascender, podemos ver que o símbolo
refere-se ao Maçom para informar sobre
cada passo, ou nível de consciência,
através do qual ele deve passar pelo
caminho. A explicação Maçônica da
Escadaria também associa os sete
Oficiais da Loja aos sete degraus. Essa
associação auxilia na compreensão do
progresso através das posições dos
Ofícios da Loja.

A Escadaria leva a uma sala chamada


Câmara do Meio, onde os Maçons seriam
enviados para receber seus salários.
Naquele quarto interior (interior do próprio
Maçom) o indivíduo é capaz de ver uma
representação da Divindade. Ele também tem acesso a uma Pedra Perfeita.
A Pedra Perfeito é uma pedra de construção que foi concluída e está pronta
para ser colocada no edifício. É encontrada na Câmara do Meio “... para os
Artesãos experientes tentar e ajustar suas joias (ferramentas)”. Não quero
falar sobre ferramentas de trabalho neste momento, mas os Maçons
reconhecerão que as ferramentas do Companheiro são ferramentas de
medição e teste, que dois deles medem contra critérios absolutos que são
opostos um ao outro, enquanto o terceiro define a relação entre os outros
dois. Dado um ambiente em que pares opostos são mantidos em equilíbrio
por um agente coordenante, essas ferramentas me parecem um modelo
funcional de moralidade. Ferramentas de moralidade, junto com a Pedra
Perfeita, um padrão para calibrá-las, todas reunidas em uma Câmara Média
interior, parecem-me ser uma ideia fértil. Tudo isso acontece no lugar onde
alguém “... recebe seu salário ...”; isto é, onde ele obtém o que merece.

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A T ÁBUA DE DELINEAR DO T ERCEIRO GRAU

ASepultura

Eu não acho que as imagens deste Grau se refiram à morte física. Durante
o renascimento houve uma boa discussão sobre a natureza da história
bíblica da “Queda do homem” e seu efeito. “A Queda” parece referir-se a
algum evento pelo qual os seres humanos, que já foram conscientes da
Presença Divina, perderam essa consciência. Eles pensavam que a vida
humana comum (isto é, a vida após a
queda) é “como a morte” quando
comparada ao potencial humano e a
uma vida vivida na percepção
consciente da presença de Deus.
Parece-me que uma interpretação da
sepultura sugere que tal “morte” seja o
nosso estado atual.

A visão do Templo mostra “o Pórtico do


Rei Salomão”, que é dito ser a entrada
para o "Santo dos Santos". Na figura,
o véu está um pouco recuado,
oferecendo um vislumbre daquela
câmara sagrada, onde se dizia que a
Divindade residia. Isso sugere que, no
final da jornada do Oeste para o Leste,
algum processo análogo à morte
capacita o indivíduo a experimentar a
presença da Divindade. Após esse
processo, ele vive mais uma vez em
seu pleno potencial. Mais uma vez,
penso que isso não se refere nem a
uma ressurreição física após a morte física, nem a uma vida após a morte
física; ambas são preocupações da religião. Parece-me que isso se refere
a um processo psicológico / espiritual que pode ocorrer dentro de qualquer
indivíduo devoto que o busque seriamente e que eu acredito que seja o
propósito da Maçonaria encorajar. Afinal de contas nos reivindicamos ser
Maçons e esta é aquela Verdade através da qual o conhecimento “te faz
livre”.

Pontos Cardiais

Há uma última coisa que devemos assinalar. Vimos anteriormente que os


Maçons “viajaram” do Oeste para o Leste: “Eles viajaram para o Leste em
busca de instrução e ao Oeste para propagar o conhecimento que haviam
adquirido”, como é dito a Preleção do Primeiro Grau. Observe que nesta
Tábua (a do 3º grau) os pontos cardeais circundantes foram invertidos, e o
Oeste está agora no topo, onde o Leste estava no Painel do Primeiro Grau.
Sugere que o Mestre Maçom (Mestre, de fato, não apenas portador do
título), o indivíduo representado pelo simbolismo aqui descrito, mudou sua
7
orientação e iniciou sua jornada para o Oeste. É uma jornada que envolve
o ensino e o caridoso estímulo daqueles que seguem - com todas as
obrigações que esse tipo de coisa implica.

Referências

(1) Hermética, tradução Scott W, (Boston, Shambhala, 1993), Libellus ix,


p185

(2) Hermética, o comprimido de esmeralda

(3) Reuchlin J, Da Arte Cabalística (1517, reimpressão da Universidade de


Nebraska Press, Lincoln, 1993), Livro Dois, por exemplo.

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