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09/10/2017 Assistente técnico da parte - Manual de Perícias

Assistente técnico da parte


Home Assistente técnico da parte

O perito é um
cidadão qualquer
com curso superior
na área em que se
desenrolar a
perícia. Ele é de
confiança da
justiça e escreverá
um laudo que será
uma prova no
processo. O
assistente técnico é
contratado e pago
pela parte para
representá-la na
perícia, sendo de
confiança dela e podendo ser também qualquer um.

O assistente técnico escreverá um relatório que igualmente


constará no processo. O juiz deverá fundamentar a sua
sentença com uma ou mais provas constantes no processo,
que poderão ser o laudo do perito ou o parecer do
assistente técnico.

Desta forma, existem dois mercados de trabalho na perícia


judicial: o do perito e o do assistente.

O perito e o assistente técnico não necessitam fazer


concurso, curso de pós-graduação ou qualquer curso de
capacitação, assim como fazer parte de associação,
instituto, conselho ou outra agremiação de peritos para
desempenhar a função.

Pode-se ser perito judicial em um processo e assistente em


outro. Não há limite de processo para se atuar nas duas
funções.

Missão

Negociação de honorários

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O que é melhor: perito ou assistente?

Diretos do assistente na perícia

Parecer técnico

Encontro com o perito

Divergência e concordâncias com o perito

O assistente tem 03 missões cruciais: escrever o seu


parecer, tal qual o perito escreve o laudo; tentar
convencer o perito da tese que possui sobre o objeto
da perícia; por último, fazer crítica negativa, pontual,
a cada detalhe que não concorda com o laudo do
perito, ou citar os trechos positivos que ajudam sua
tese.

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Nomeação do assistentes
técnicos
As partes têm direito a nomear um assistente técnico cada
uma, se quiserem, na perícia judicial. Se a matéria da
perícia envolver mais de um conhecimento distinto, como
medicina e ciências contábeis, é admitido as partes
nomearem um assistente para cada matéria. Mesma coisa
para a nomeação do perito pelo juiz; haverá peritos
diferentes para áreas distintas.

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Na fase da perícia no processo, cada assistente técnico


pode preparar um parecer, assim como o perito prepara
um laudo, sobre o mesmo tema. Nada impede que os
assistentes técnicos assinem juntos o laudo do perito,
quando concordam com ele. Eles expressam a
concordância com o laudo do perito através de petições ou
pareceres isolados. O termo parecer para designar o
trabalho escrito do assistente, está determinado no Código
de Processo Civil – CPC, art. 433, porém chama-se ainda
essa redação técnica de laudo.

Como no mesmo artigo do CPC, o de número 433, é dito


que o assistente técnico apresentará seu parecer em até
dez dias depois de o perito entregar o laudo, é provável
entender o leitor, que o trabalho do assistente será
exclusivamente rebater ou apoiar as convicções do perito
através do seu parecer, porém, o trabalho do assistente
pode ser completo, oferecendo a elucidação dos fatos que
cercam a perícia, da mesma forma como o perito deverá
fazer no seu.

Comparando o trabalho do perito e do assistente, chega a


parecer que o assistente tem um trabalho comum ao do
perito: o de esclarecer os fatos; e outro extra: o de
contestar ou concordar com o laudo do perito. A partir daí,
obtêm-se condições de depreender a importância de que é
revestido o trabalho do assistente técnico, cujo
conhecimento dos recursos, da rotina e da burocracia nas
perícias, tem potencial de virar totalmente o teor do laudo
do perito, a favor de sua parte.

Mercado de trabalho do
assistente técnico
O mercado de trabalho dos peritos é vasto. Devido as suas
características, está sempre em constante renovação. O
profissional que queira se especializar nesse espaço, possui
grandes chances de fazer carreira, se houver dele a
manifesta intenção de prestar um trabalho de boa
qualidade dentro de suas atribuições profissionais, junto
ao propósito de cumprir os prazos que os juízes
determinam. Basta então, para tanto, ter-se
conhecimentos sobre a prática e a rotina forense em que
implica a ocupação do perito.

Assim como o mercado de perito é vasto, o de assistente


técnico não deixa de andar junto. Os casos mais comuns de
profissionais que trabalham como assistentes técnicos com
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relativo sucesso, são exatamente aqueles que se


originaram da prática de perito. Eles se tornaram
conhecidos como peritos a ponto de prestarem serviços
como assistentes das partes, de particulares ou empresas
de todos os portes. E, ainda, como decorrência do
conhecimento obtido no trato com empresas e
particulares, realizam serviços extraperícias, atuando
como profissionais liberais ou através de suas próprias
pequenas empresas.

Os elementos essenciais para a atividade de perito e


assistente técnico são exaustivamente apresentados
no livro Manual de Perícias – ora segundo um ponto de
vista, ora segundo outro, que, ao serem lidos no todo,
darão ao estudante da questão, uma visão global. As
diversas óticas de abordagem de um mesmo tema nele
apresentado, oportunizam segurança para aquele que quer
ingressar na função.

Após o começo da atividade de perito, é suscetível surgir


um leque de oportunidades para novos tipos de serviços
extrajudiciais.

O mercado de assistente técnico é grande. Significativa


porção das nomeações pelas partes caem em profissionais
sem os conhecimentos aqui mencionados, motivo da
grandeza do mercado, já que se torna fácil a colocação
daqueles mais preparados.

Inicialmente, é passível de ocorrerem quatro formas mais


comuns de o profissional ser nomeado como assistente
técnico pelas partes em processos:

– sendo ele distinguido como perito judicial, portanto com


experiência na área – as partes sabedoras disso o
procuram para atuar como pessoa de conhecimento
técnico-científico de sua confiança no processo;

– a parte, como tem direito a indicar um assistente


técnico, procura qualquer pessoa que conheça do
segmento em que se desenrola a perícia; às vezes, acaba
por indicar um amigo que não lhe cobrará nada pelo
encargo que exercerá;

– a empresa privada ou a administração pública nomeia


um funcionário de seus quadros sem conhecimento de
perícias;

– em processos vultosos, a parte, geralmente empresas,


contrata profissionais experts na matéria específica da
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perícia, porém sem prática forense ou em perícias.

Na escolha do primeiro tipo, a parte terá melhores chances


na elaboração da prova pelo perito, pois o assistente o
acompanhará em seu trabalho, podendo evitar equívocos
que esse possa cometer. Além disso, a parte estará
amparada pelo parecer do seu assistente, ao fazer
eventuais críticas às alegações técnicas do perito, quando o
assistente não concordar com a exploração e abordagem
dos fatos que o perito fez no laudo.

No segundo tipo, a parte estará visando não gastar com


assistente ou ignora ser importante o conhecimento
mínimo que o profissional tenha sobre perícias, entre
outros motivos. Ela desconhece que é necessário o
assistente ter noção sobre o exercício da função para então
esse diligenciar com o intento de representá-la
adequadamente. Por ocasiões, a parte nomeia um amigo
seu, que tem a intenção de ajudá-lo muito, porém durante
os encontros com o perito e o outro, ou os outros
assistentes, sente-se inseguro por não desfrutar do
domínio da realidade da burocracia exigida. O resultado
disso são perdas importantes de intervenções durante
reuniões, vistorias e exames, realizados conjuntamente
com o perito. Assim, o assistente deixa rolar o andamento
das teses do perito e do outro, ou dos outros assistentes,
sem suas intervenções. A escolha errada do profissional
pela parte envolvida no processo, em grande parte, é
devida à falta de orientação correta do seu advogado.

No terceiro caso, a empresa escolhe o assistente técnico


entre os funcionários que dispõe, justo aquele cuja área da
perícia exige conhecimento. Custa, aos proprietários e
diretores das empresas, compreender que não basta
simplesmente nomear um técnico qualquer para
desempenhar as formalidades do encargo. Entre outras
condições, este também necessita ter prática ou
conhecimento sobre perícias para representar a parte com
bons resultados. Costuma-se ver processos onde a disputa
de valores é alta, e no entanto, a empresa é representada
insatisfatoriamente.

Da mesma forma, sobrevêm feitos idênticos nas


administrações públicas. Prefeituras e suas autarquias,
departamentos estaduais de estradas ou de abastecimento
de água e saneamento, entre outros, têm este hábito, o de
nomear profissionais de seus quadros. Esses, além de não
possuírem experiência, sentem-se desmotivados, porque
não recebem pelo serviço extra, que não é de sua
atribuição imediata.
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Tarefas do assistente
técnico na perícia
1. Prestar assessoramento técnico e científico ao advogado
na montagem inicial do processo.
2. Sugerir ao advogado os quesitos que serão apresentados
no processo.
3. Interagir com os funcionários da empresa ligados ao
objeto da perícia judicial.
4. Informar ao advogado acerca da necessidade de
apresentação de quesitos suplementares, pois ele é a
pessoa mais indicada para detectar a sua utilidade e o
momento certo de apresentação. (quesitos suplementares
têm como função cercar melhor os assuntos específicos da
perícia).
5. Observar a necessidade da apresentação de quesitos
suplementares, com a consequente apresentação dos
mesmos pelo advogado, possibilita que o processo tome
nova direção, favorável a sua parte.
6. Conhecer todos os prazos relativos a si e ao perito.
7. Saber como os peritos costumam pensar e agir.
8. Alertar o perito sobre as possíveis distorções, ajudando-
o a esmiuçar os quesitos e suas respostas, para que não
venham a ocorrer danos graves, tendo em vista que a parte
adversa tende a distorcer os fatos com os seus próprios
quesitos, levando à confusão do perito e podendo, assim,
obter um laudo técnico favorável a sua parte.
9. Aapós a entrega do laudo por parte do perito nomeado
pelo juiz, quando não concordar com este, apresenta o seu
parecer nos autos em separado, no qual fará críticas, ponto
a ponto, ao laudo do perito.
10. Complementar e advertir o laudo do perito, quando o
mesmo, por lapso, apresentar cálculos equivocados e,
involuntariamente, omitir ou distorcer fatos e técnicas
importantes.
11. Após a entrega do laudo do perito, quando não
concordar com este, apresentar o seu parecer nos autos em
separado, no qual fará críticas, ponto a ponto, ao laudo do
perito.
12. Advertir o laudo do perito, quando o mesmo, por lapso,
apresentar cálculos equivocados e, involuntariamente,
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omitir ou distorcer fatos e técnicas importantes.

Assistente técnico sem


conhecimento de perícia
judicial se torna inseguro
A falta de conhecimento do assistente em perícias judiciais
leva-o a ter uma posição em que se sinta, até mesmo,
bastante inferior à autoridade que o perito possa
efetivamente representar em relação a ele.

Em alguns casos, percebe-se que os assistentes técnicos


nem chegam a abrir o processo para que estão nomeados,
deixando correrem as diligências e conclusões a bel prazer
do perito.

A principal característica do assistente técnico não


treinado é a falta de firmeza.

Aceitação do parecer do
assistente técnico
A aceitação incondicional do laudo preparado pelo perito,
por parte de alguns juízes, desprezando os laudos dos
assistentes técnicos, tem sido rejeitada nos tribunais,
demonstrando, com isso, a importância do assistente
técnico no processo.

O juiz pode utilizar o que está no laudo do assistente


técnico e não utilizar coisa alguma do contido no laudo do
perito.

Assistente técnico de
empresa sem a
qualificação necessária
A empresa em que é parte em processo tem o direito a
nomear um assistente técnico. Em nome do exercício desse
direito, os dirigentes da empresa indicam, na grande
maioria dos casos, um funcionário de seu quadro para
desempenhar tal função. O dirigente de empresa particular
ou estatal ou de um órgão público normalmente não tem
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noção de que, ao nomear como assistente técnico na


perícia um profissional que não conheça a prática e a
burocracia de uma perícia judicial, poderá estar causando
um grave dano a sua empresa ou instituição no processo
em que a mesma se encontra envolvida.

Isso porque é necessário que o assistente técnico da


empresa ou do órgão público tenha conhecimento dos
meandros e particularidades da perícia judicial para
realizar um trabalho eficiente. Caso contrário, a perda para
a empresa, no processo, poderá ser bastante grande.

Além da necessidade do assistente técnico ser capacitado,


a aempresa deve treinar os funcionários dos setores que
atendem os assistentes, pois eles saberão dar um melhor
suporte aos assistentes técnicos indicados pela empresa.

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